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Análise de uma modalidade coletiva

Nome: Bárbara Soares Magalhães

Turma: 10ºICT

Modalidade: Futebol

1. História da modalidade.

Na China, no ano 206 a.C.,


publicou-se o regulamento de um
jogo de bola com os pés, de aplicação
no treinamento militar, praticado
desde o tempo do imperador Shih
Huang-ti Che Houng-ti, por volta de
2.500 a.C. Mas foi na Grécia,
entretanto, que se encontraram os
primeiros indícios de um precursor do
futebol, denominado episkuros. Esse jogo consistia na disputa de uma bexiga de
animal, cheia de ar ou areia, por dois grupos de atletas que se esforçavam para
levá-la até determinado ponto.

Quando as legiões romanas dominaram e ocuparam a Grécia, em 150 a.C., o


episkuros migrou para Roma, e recebeu o nome de harpastum. O jogo era
praticado num campo delimitado por duas linhas, as metas. Cada equipe se
colocava junto a essas linhas, até ser dada a ordem para começar. Assim, todos
se precipitavam sobre a bexiga de animal (coberta por uma capa de couro), que
podia ser carregada com os pés ou com as mãos. O harpastum era muito
semelhante ao rugby.

Na Idade Média apareceu em Florença o “cálcio”, jogado com os pés e as


mãos por equipes de 27 jogadores, num campo com duas metades iguais. O
objetivo do jogo era levar a bola de couro, cheia de ar, até dois postes situados
nas extremidades. Ainda na Idade Média, na Gália e depois na Bretanha, surgiu
o soule, praticado com uma bola de couro cheia de feno ou farelo, em que era
permitida a utilização dos pés e a distribuição de socos e até rasteiras. Como a
disputa terminava às vezes em morte, surgiu a expressão “violento desporto
bretão”.

O futebol rapidamente se difundiu e se popularizou na Inglaterra. Havia


competições entre cidades vizinhas e o jogo transformava-se em batalha
campal. Eduardo II proibiu-o em 1314, mas não foi obedecido. Em 1349,
Eduardo III ordenou que se cumprisse a proibição. A repressão, no entanto, não
impediu que o jogo evoluísse. No século XVI, o desporto foi submetido a uma
regulamentação sob o nome de hurling over country. Os habitantes de duas
cidades se reuniam num campo a igual distância das duas e, para vencer,
tratavam de levar a bola à praça da cidade adversária. A violência persistia e
continuou quando, no século XVII, o jogo foi transformado no hurling at goals,
praticado por equipes de quarenta a sessenta jogadores, que, divididos em dois
campos, tinham por objetivo levar a bola até a baliza adversária.

A resistência dos reis estendeu-se até o século XVIII, e, só no início do


século seguinte, com o aumento da violência e as tentativas de regulamentar o
jogo, a preferência dos ingleses pelo desporto prevaleceu. Na década de 1830,
Thomas Arnold, que reformou o ensino superior inglês e destacava a
importância do desporto na educação, usou o hurling at goals para criar as bases
do rugby.

Rapidamente o jogo foi adotado por escolas e universidades. As regras,


porém, não estavam unificadas e, em alguns colégios, houve reação contra o
uso das mãos no jogo. Para contornar o problema, a Universidade de
Cambridge publicou, em 1846, o primeiro regulamento, que foi aprovado e
homologado. Como as divergências não cessaram, em 26 de outubro de 1863, os
partidários do futebol apenas com os pés fundaram a Football Association, para
uniformizar o uso das regras. Em 1871, um grupo descontente com as novas
regras, que proibiam usar as mãos para conduzir a bola ou derrubar o
adversário, fundou a Rugby Union, e separou definitivamente o futebol do
rugby.

No mesmo ano, teve início a disputa da famosa taça da Football


Association e, no ano seguinte, realizou-se a primeira partida internacional, entre
Escócia e Inglaterra. No princípio, o futebol, ainda amador, baseava-se
principalmente nos recursos individuais e no corpo-a-corpo. As equipes
jogavam com até sete atacantes, até que, em 1883, a Universidade de Cambridge
experimentou com êxito cinco atacantes. Em 1885, o futebol na Inglaterra foi
profissionalizado, por pressão da entrada de jogadores escoceses no país. Em
consequência da evolução técnica e tática, e o entusiasmo pelo jogo cresceu.

2. Objetivo do jogo e regras mais importantes.

- Cada equipa deve ser composta por 11 jogadores, um guarda-redes que defende
a baliza e mais 10, que jogam na frente.

- Um jogo de futebol tem a duração de 1h30m, constituído por duas partes, em


que cada uma tem a duração de 45 minutos.

- Durante um jogo, cada equipa tem direito a três substituições. Um jogador que
entrou em campo, mais tarde pode ser substituído por um outro elemento da
equipa.
Numa formação em que o técnico seja simultaneamente jogador e treinador, o
mesmo também poderá entrar em campo para substituir um atleta.

- Uma partida de futebol é dirigida por uma equipa de arbitragem, constituída


por um árbitro principal, dois árbitros assistente e o designado 4º árbitro.

- O canto é a marcação de um pontapé a partir do ângulo da linha de canto. A


bola pode ser pontapeada para a grande área ou pode ser passada para um colega
de equipa que esteja em qualquer local do campo. A marcação do

canto acontece quando a bola sai do campo pelas linhas de fundo do lado da
equipa que está a defender por ação de um jogador da mesma formação.

- Quando a bola sai fora das linhas laterais do campo por interposição de um
atleta de uma das equipas, a formação contrária tem o direito de voltar a
introduzir a bola no jogo a seu favor. O lançamento é feito com as mãos, sendo
que o futebolista deverá ter o corpo inclinado para a frente e com os pés da parte
de fora da linha lateral do campo.

- Fora de jogo é uma falta assinalada sempre que um jogador da equipa atacante
se encontra numa posição mais avançada do que a linha dos defesas da formação
contrária, quando lhe é passada a bola ou a outro colega.

O fora de jogo só pode ser marcado quando uma jogada se está a desenvolver
para a frente da linha de meio-campo da equipa que está a atacar.

3. Dimensões do campo e função das áreas.

Medidas máximas:

- 120m de comprimento

- 90m de largura

Medidas mínimas:

- 90m de comprimento

- 45m de largura
Nos internacionais

Medidas máximas:

- 110m de comprimento

- 75m de largura

Medidas mínimas:

- 100m de comprimento

- 64m de largura.

O campo é dividido ao meio por uma


linha transversal, no centro da qual é
desenhado um círculo com raio de
9,15m, de onde se dá a saída, no
início de cada tempo de jogo ou
sempre após a marcação de um golo.

As balizas, cada uma nos extremos


das linhas de largura, são formadas
por duas traves verticais, cujas faces
internas estão separadas 7,32m uma da outra e unidas por uma trave horizontal
a 2,44m do solo. As traves, com no máximo de 12cm de espessura, sustentam a
rede do lado de fora do campo.

Em frente às balizas, há duas áreas. A pequena, tem a distância der 5,5m das
traves (para os lados e para a frente) e serve para a cobrança do tiro de meta
sempre que a bola ultrapassa a linha de fundo, depois de ter sido tocada por
um jogador da equipe atacante. Na grande área, cujo limite é desenhado a
16,5m das traves, as infrações cometidas pelos jogadores do time defensor são
punidas com o pênalti, cuja cobrança é executada por tiro livre direto, a 11m do
gol. Fora da grande área é desenhado um arco de circunferência, chamado
meia-lua, com 9,15m de raio e centro no ponto de cobrança de pênalti.

As extremidades da linha central e os vértices das laterais são marcados com


bandeiras. Desses vértices fazem um pontapé, sempre que a bola é lançada pela
linha de fundo após o toque de um jogador da equipe defensora.
4. Elementos técnicos mais importantes:

CONDUÇÃO DE BOLA

A condução da bola mais utilizada é a do interior do pé. A bola deve circular do


direito para o esquerdo, sem se perder o domínio. É preciso manter a cabeça
levantada e procurar a melhor solução para a sequência do jogo. Uma boa
condução de bola faz-se sem olhar para a bola.

RECEÇÃO

A receção da bola pode ser efetuada com diferentes partes do corpo, com exceção
dos braços e mãos. Para receber a bola, quer rasteira, quer em trajetória aérea o
jogador, de preferência com um só toque, deve amortecer a bola e colocá-la à sua
frente, de forma a dar continuidade ao jogo.

PASSE

Cabeça sempre levantada e pé de


apoio bem colocado, sensivelmente à
altura da bola. O passe executa-se
essencialmente com o interior do pé,
cuja superfície de contacto, mais
plana, deverá permitir uma maior
precisão da trajetória.
REMATE

No remate, para alunos destros, coloca-se o pé esquerdo ao lado da bola. Com o


pé direito dá-se um pontapé bem perpendicular ao solo. Este acompanha a bola
e ombro esquerdo inflete e o braço esquerdo cruza em frente do corpo.

REMATE DE CABEÇA

A cabeça pode ser utilizada no jogo defensivo, testa para cima ou no jogo
ofensivo, testa horizontal ou para baixo no caso de um cabeceamento picado. Na
execução do remate existe a retração do peito a espera e o remate.

DRIBLE/FINTAS

O drible/finta é um gesto técnico


que se destina a vencer a oposição
do adversário de modo a tornar
possível o passe ou o remate. O
jogador recorre a mudanças bruscas
de direção, sempre com a bola
controlada.
DESMARCAÇÃO

Quando é um companheiro que tem a bola, a movimentação deve ser feita para
um espaço livre com rapidez, de modo a fugir à marcação do adversário e
receber a bola.

GUARDA-REDES

Tem uma ação importante a desempenhar dentro da equipa, apresentando um


papel essencialmente defensivo. Cabe-lhe a responsabilidade última de defender
a baliza e evitar o golo.

5. Movimentações táticas:

A Tática no Futebol
Embora não seja uma guerra, o futebol é o confronto entre duas nações
representadas pelos seus “guerreiros” no campo.
Por isso, mesmo sendo um desporto, ele adapta o conceito de tática utilizado nas
guerras: tática é a arte de dispor e ordenar tropas para combate.

Restringindo-se agora apenas ao futebol, dá para acrescentar outro conceito.


Como as equipas são compostas por pelo menos três setores – defesa, meio-
campo e ataque – é preciso aplicar um sistema, responsável pela coordenação das
partes entre si, transformando o que poderia ser um emaranhado de 11 jogadores
em uma estrutura organizada.
Para isso, a partir da década de 1930, o futebol passou a evoluir com a criação de
diversos sistemas táticos, responsáveis pela organização das equipas.

TÁTICA NO FUTEBOL

É preciso diferenciar três aspetos que contribuem para a execução do sistema


tático adotado pela equipa.
Existem três tipos de táticas, e todas elas devem ser levadas em consideração pelo
treinador de futebol.

Tática Individual: é a função desempenhada pelo jogador. Dentro da proposta


coletiva, o técnico precisa de estabelecer de maneira clara e eficiente o papel de
cada um. Envolve as orientações sobre a movimentação do jogador, a postura
ofensiva e a postura defensiva.

Tática de grupo: é o planejamento dirigido a um setor específico. Envolve as


atribuições de cobertura, apoio à marcação, linhas de passe e triangulações,
ocupação e abertura de espaços.
Exemplo: tática de grupo para defesa e ataque no lado direito do campo,
envolvendo o lateral-direito, o primeiro volante e o meia-articulador.
Conforme suas táticas individuais, todos precisam saber como auxiliar uns aos
outros na marcação, e como se movimentar organizadamente nas investidas de
ataque.

Tática coletiva: é o planejamento adotado para toda a equipa, aquele “dos


números”, responsável por interligar e coordenar as táticas de grupo.
Mas o sucesso da tática coletiva depende da maneira como o treinador define as
funções de cada jogador (táticas individuais) e a movimentação ordenada de
cada setor (táticas de grupo).
Apenas definir o sistema tático, sem o cuidado de organizar as partes e as
individualidades, não é suficiente.

SISTEMAS TÁTICOS

A evolução das regras e do preparo físico levou os treinadores a criar novos


sistemas de acordo com a exigência de cada época.
No início, o futebol se resumia a um grande número de atletas no ataque.
A estratégia era a ligação direta. Mas, com a regra do impedimento, as equipas
precisaram de se organizar.

O enfoque passou do ataque para o meio, onde a bola precisaria de permanecer


por maior tempo em busca da articulação.
Cada sistema, entretanto, surge como oposição ao antecessor, exatamente pela
necessidade de vencê-lo.

A FIFA reconhece apenas seis sistemas táticos. Os demais são considerados


variações destes já existentes:

W.M – Arsenal - 1925


É o primeiro sistema tático identificado na história do futebol. Tem três
zagueiros em linha, dois volantes, dois meias de ligação e três atacantes. Fez
tanto sucesso que todos passaram a usá-lo, “espelhando” os confrontos. Quem
quisesse vencer teria de aumentar o número de atacantes.

4-2-4 (utilizado pelo Brasil nas Copas de 58 e 62)


Com o objetivo de criar dificuldades para o W.M,
surgiu o 4-2-4. Com relação ao antecessor, um
volante virou o 4º zagueiro, e um meia virou o 4º
atacante. E no confronto com o W.M, ficaram 4
zagueiros para marcar 3 atacantes, e 4 atacantes
contra três zagueiros.
A simplificação do 4-2-4 reduziu a permanência
da bola no meio-campo, resumindo-se o jogo à
ligação direta. Aos poucos, entretanto, a atenção
dos confrontos passou do ataque e da defesa para
o meio-campo. E assim, o 4-3-3 é o primeiro
sistema que busca aumentar a posse de bola no
setor de criação. Pode variar de um volante e dois
meias para dois volantes e um meia, modificando-se ainda mais com as
estratégias de ataque ou defesa (laterais ofensivos ou defensivos, sistema de
marcação e movimentação dos atacantes). Hoje, por exemplo, o Barcelona utiliza
um 4-3-3 com laterais quase fixos à defesa, em linha, e atacantes de
movimentação que jogam em diagonal, ao contrário dos antigos pontas, que
corriam para o fundo e faziam cruzamentos. É o mesmo sistema, mas com uma
estratégia diferente.

4-3-3 (utilizado pelo Brasil na Copa de 1970)

A simplificação do 4-2-4 reduziu a permanência da bola no meio-campo,


resumindo-se o jogo à ligação direta. Aos poucos, entretanto, a atenção dos
confrontos passou do ataque e da defesa para o meio-campo. E assim, o 4-3-3 é o
primeiro sistema que busca aumentar a posse de bola no setor de criação. Pode
variar de um volante e dois meias para dois volantes e um meia, modificando-se
ainda mais com as estratégias de ataque ou defesa (laterais ofensivos ou
defensivos, sistema de marcação e movimentação dos atacantes). Hoje, por
exemplo, o Barcelona utiliza um 4-3-3 com laterais quase fixos à defesa, em linha,
e atacantes de movimentação que jogam em diagonal, ao contrário dos antigos
pontas, que corriam para o fundo e faziam cruzamentos. É o mesmo sistema, mas
com uma estratégia diferente.

4-4-2 (utilizado pelo Brasil na Copa de 1994)


Cada vez mais as atenções voltaram-se para o meio-campo. E então um dos
atacantes passou para o setor de criação, eliminando a existência dos pontas. É
um dos sistemas táticos que mais permite variações, dependendo da tática
individual dos homens de meio e de ataque: variam o número de volantes e
articuladores, o posicionamento de todos, e a característica dos atacantes. No
meio, o desenho pode ser o quadrado, o losango, a linha, variando de um até
quatro volantes. No ataque, também podem ser dois centro atacantes fixos, ou
dois atacantes de movimentação, ou então uma combinação entre o centro
atacante e o atacante.

3-5-2 (nascido na Itália)


Este é o esquema que mais sofre distorções.
Nasceu na Itália com o conceito de líbero. O
líbero (em italiano, “livre”), está originalmente
localizado na defesa, mas é um jogador “livre”
para se posicionar conforme as exigências da
partida. Dentro do mesmo jogo pode estar atrás
da linha de zagueiros – como homem da sobra,
à frente deles – como volante, investir pelo meio
ou pelas laterais, e até mesmo aparecer na área
para concluir. Baresi é o maior exemplo de
líbero bem sucedido pela inteligência com a
qual se posicionava em campo, sempre atento à
hora de modificar a própria posição.
Mas no Brasil o sistema é mal compreendido.
No 3-5-2 tupiniquim, o líbero virou o “homem
da sobra”, ou pior: o “terceiro zagueiro”. Atua
fincado atrás da linha de zaga, sem liberdade para apoiar nem sequer de
posicionar-se à frente deles, como um volante. E assim, o time perde volume no
meio-campo.
Compreender a função do líbero é fundamental para o sucesso do 3-5-2, porque
apenas com um jogador capaz de assimilar essa tática individual de extrema
alternância de funções, com posicionamento, noção de cobertura e
movimentação constante, pode exercê-la. Do contrário, o líbero seguirá sendo
apenas um rebatedor atrás da linha de zaga.
Outro conceito trazido pelo 3-5-2 é o de alas, abolindo os laterais. Os alas têm
na origem a função de não apenas jogar pelos lados, mas também ocupar os
espaços de meio-campo na articulação das jogadas.

3-4-3 (Dinamarca 2002/Ájax 1995)


É um sistema quase misto, que se utiliza dos conceitos de defesa do 3-5-2 (líbero,
cobertura e posicionamento) de meio-campo do 4-4-2 (diversas possibilidades de
desenhos e estratégias) e de ataque do 4-3-3 (retorno do 3º atacante).
Os demais esquemas são considerados pela FIFA variações destes seis
reconhecidos. Portanto, o 3-6-1 pode ser visto como uma variação do 3-5-2, o 4-
5-1 como uma alternativa ao 4-4-2 e assim por diante.

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