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A vivência de Maria com todo o sofrimento que a perda e o luto proporcionam, foi o
motor utilizado pelo Espírito Santo para transformar a dor em força para seguir em
frente, agora como igreja. E a Igreja Primitiva, que por tantas vezes viveu a mesma dor
de perda e morte, foi igualmente capacitada para seguir em frente. Vamos aprender
com os relatos bíblicos que sempre após um evento triste a igreja mantinha viva a sua
missão.
Porém, antes de tudo, é bom lembrarmos, que a exemplo de Maria, quando falamos em
Igreja Primitiva, estamos falando de mães, pais, filhos, esposas e maridos, irmãos de
sangue, amigos queridos que sentiram a tristeza, que experimentaram o choro da perda,
que buscaram o ar para respirar ao receberem uma notícia indesejada. Não podemos
olhar para os relatos bíblicos sem antes humanizar os seus personagens. Foram homens
e mulheres, como nós que viveram e partilharam de momentos de luto.
Nunca a igreja tinha sofrido com a morte. Antes as prisões eram milagrosamente abertas
(At 5.17-20) e a morte não chegava neles. Agora, uma grande perseguição se inicia e
todos, com exceção dos apóstolos, abandonam suas casas, seus amigos, sua história e
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saem fugidos. Aqueles homens ainda choram a perda de um servo fiel. Ainda viviam o
luto da perda de um amigo querido e irmão valoroso. O que eles fariam agora? Eles
permaneceram pregando e espalhando o evangelho enquanto fugiam (At 8.4). A igreja
sofre a dor do luto e da perda, porém não deixa de fazer aquilo a qual foi chamada para
fazer, pregar o evangelho e transformar vidas, proporcionando alegria aos que antes
viviam a dor do pecado (At 8.8).
Mais uma vez a dor da morte e a angústia por uma possível perda atinge a igreja. O que
fazer neste momento? Como reagir ao ver os seus sendo mortos e lançados a prisão? A
igreja permaneceu em oração (At 12.4). A igreja estava congregada (At 12.12), orava e
clamava a Deus, pela conservação da vida, pelo livramento. Em tempos de perda e luto,
a igreja deve continuar a orar, crendo que a oração do justo pode muito em seus efeitos
(Tiago 5.16).
Em momentos de luto e de perda a igreja deve continuar sua caminhada, pois nós já
vimos a promessa, Cristo Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2)! A igreja
deve manter-se alegre e firme, pois encontrou em Cristo a esperança de viver junto ao
trono de Deus (Hb 12.2)! Em Cristo somos fortalecidos e não nos cansamos nem
desanimamos (Hb 12.3). “Por isso, levantem as mãos cansadas e fortaleçam os joelhos
vacilantes” (Hb 12.12).
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CONCLUSÃO – UM DIA TODAS AS LÁGRIMAS ELE SECARÁ
Em momentos de luto, de perda, de dor e aflição, a igreja de Cristo deve manter seus
olhos voltados para o céu, onde iremos todos juntos, com nossas vestes lavadas no
sangue do Cordeiro, nos apresentaremos diante do trono do Eterno. Ali, fome, sede,
dor, moléstia alguma nos afligirá. Pois o Cordeiro, o Senhor e bom pastor nos
apascentará e nos guiará para as fontes da água da vida. Ali, naquele momento sem
igual, ele estenderá sua mão sobre os nossos olhos e enxugará toda a lágrima que
teimosamente insiste em cair (Ap 7.9-17).
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