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HERMENÊUTICA

Princípios para
Interpretação Bíblica

1
CONTEXTO HISTÓRICO GERAL
1. Quem é o autor do texto?
2. Quem são os destinatários?
a. Qual o relacionamento entre ambos?
3. Quais são suas circunstâncias no momento?
4. Que situação histórica levou à composição do
documento?
5. Qual o propósito do autor?
6. Qual é o tema geral ou a preocupação do
autor?
7. O argumento ou a narrativa têm um esboço
facilmente discernível?
2
LEITURA DO TEXTO
1. Descobrir tudo o que pudermos sobre os
destinatários.
2. Vamos acrescentar:
a. Observação de palavras e expressões
repetidas;
b. Observar as pessoas e os lugares
mencionados;
c. Observar os acontecimentos (ao menos os
principais);
d. Observar ordens, pedidos, proibições;
e. Tentar determinar a atmosfera (louvor,
gratidão, urgência, preocupação, etc.)
3
DIVISÃO DE PARÁGRAFOS
1. Este exercício, na realidade, envolve a leitura em
devoção da Bíblia:
a. Já faz parte da agenda diária.
b. Mesmo assim ele não deve jamais ser
omitido.
2. Esta leitura está relacionada à descoberta de
“blocos de pensamento” ou parágrafos de
pregação, e eles aparecem em todo o texto.
3. Bíblia de Estudo Plenitude (ARC):
a. Atos 9.32-35: observe as inicias em negrito
nos versos 32 e 36.

4
DIVISÕES PRINCIPAIS DO LIVRO
1. E,Tente
Portanto,
Ora, quanto organizar
se
àsjácoisas
sem dúvida os
ressuscitastes
quegrande
alguma, parágrafos
com
é oCristo,
me escrevestes, empiedade:
buscai
mistériobom
da grupos
as coisas
seria que o
que são de
quecima,
homem
conforme
Aquele senão
tema, onde Cristo
tocasse
ideia
manifestou emestá assentado
mulher
principal,
em carne Corà7.1)
destra
(1justificado
etc.
foi emde
2. espírito,
Como évisto
possível Deus
dos anjos, (Cl 3.1)aos
pregado
determinar umagentios,
divisão crido
denouma
mundoou
epístola e recebido
livro? acima, na glória (1Tm 3.16)
a. Por meio de uma declaração do autor (Cl 3.1)
b. “Pistas” estruturais (Rm 12.1, 1 Cor 7.1,25, 8.1,
12.1)
c. Mudanças de gênero literário (1Tm 3.16)
d. Repetição e mudança de formas gramaticais (de
indicativos, imperativos, etc. (Ef 1-3, 4-6). 

5
CONFIRME OS LIMITES DA PASSAGEM
1. A passagem possui começo e fim
reconhecíveis?
2. As edições da Bíblia já trazem os livros
divididos em perícopes, cada uma delas
ostentando um título.
a. Não é bom confiar automaticamente nas
divisões tradicionais de capítulos e versículos
que nossas traduções trazem.
3. Delimitar um texto significa estabelecer os
limites para cima e para baixo, isto é, onde ele
começa e onde ele termina.
6
CRITÉRIOS PARA A DELIMITAÇÃO DO TEXTO

1. Elementos que indicam um novo início.


2. Elementos que indicam o término.

7
ELEMENTOS QUE INDICAM UM NOVO INÍCIO
1.EE Tempo
aconteceu que,
voltandoeEliseu
espaçotendo decorrido
a Gilgal, um naquela
havia fome ano, no terra;
tempoeem os
que os reis saem para a guerra, enviou Davi a Joabe, e a mãe
seus
2. Tempo e espaço são indícios importantes. e
filhos
E, dos
passado profetas
o sábado, estavam
Maria assentados
Madalena, na sua
Salomé epresença;
Maria,
servos
disse aocom
de Tiago, seu ele,
moço:e aPõe
compraram todoa opanela
Israel,
aromas para
grande
para que
irem ao destruíssem
lume(Mc
ungi-lo e faze os
um
16.1)
a.caldo
O dede
filhos tempo
Amom
ervaseparapode
cercassem indicar
Rabá;
os filhos porémoDavi
dos profetas início,
(2Rs 4.38)em a
ficou
continuação, a conclusão
Jerusalém ou a repetição de
(2Sm 11.1)
um episódio.
b. O espaço, por sua vez, localiza fisicamente a
ação e dá a noção de movimento.
c. 2 Sm 11.1; 2 Rs 4.38; Mt 2.1; Mc 16.1; Lc 1.5.

8
ELEMENTOS QUE INDICAM UM NOVO INÍCIO
1. Actantes ou personagens
2. Em textos narrativos, a nova ação pode se
iniciar com a chegada, a percepção ou a mera
aparição de um novo personagem, ou com a
atividade de alguém que até agora estava
inativo
3. Ex 2.1; 2 Rs 4.42; Mc 7.1; Lc 1.26
E foi-se um varão da casa de Levi e casou
com uma filha de Levi (Ex 2.1)

9
ELEMENTOS QUE INDICAM UM NOVO INÍCIO
1.Ouvi isto, óesacerdotes,
Cingi-vos
Vocativo e escutai,
lamentai-vos,
e/ou novos ó casa
sacerdotes; de Israel,
gemei,
destinatários e escutai,
ministros do
ó casa
altar; do rei,
entrai porquevestidos
e passai, a vós pertence
de panos este
dejuízo,
saco, visto quea
durante
2.fostes
Umaumpassagem
laço para
profética,
Mispa e rede
também
estendida
chamada
sobre o Tabor
noite, ministros do meu Deus; porque a oferta de manjares
oráculo profético,
e a libação cortadas foram(Os
pode ser
da5.1)
demarcada por um
Casa de vosso Deus. (Jl 1.13)
vocativo (explicita a quem as palavras são
dirigidas).
a. Esses destinatários podem ser os mesmos
com quem o texto vinha tratando, ou pode
ocorrer alguma mudança de destinatário.
b. Esses indícios podem evidenciar uma nova
fase da argumentação.
c. Os 5.1. Jl 1.13; Gl 3.1; Ef 5.22, 25; 1 Jo 4.1, 7.
10
ELEMENTOS QUE INDICAM UM NOVO INÍCIO
1. Introdução ao discurso
2. Introduz a fala de um dos personagens.
3. Pode funcionar como separação entre algo
ocorrido ou contado pelo personagem e o
comentário que este mesmo personagem faz a
respeito.
4. Jó 6.1; 8.1; Lc 15.7, 10.
Então, Jó respondeu e disse: (Jó 6.1)

11
ELEMENTOS QUE INDICAM UM NOVO INÍCIO
1. Mudança de estilo
2. O texto pode sofrer uma ruptura quando o autor
mescla dois tipos diferentes de exposição.
3. É o que acontece quando se passa do discurso
para a narrativa, da prosa para a poesia, ou da
1. Aqui
poesiaencontramos
para a proza. uma divisão errônea de
versículos:
4. Jz 5.1; 5.31; Mt 10.4-5; Mt 11.1-2.
a. O início do versículo 3 deveria manter-se ao
1
E aconteceu que, acabando
final do versículo 2. Jesus de dar instruções
aos seus doze
b. Assim discípulos, apartiu
manteríamos dali a ensinar
integridade da ea e
frase
pregar nas cidades deles. 2
teríamos uma melhor transiçãoE João, entre
ouvindo no
narrativa
cárcere falar
e discurso.dos feitos de Cristo, enviou dois dos
seus discípulos (Mt 11.1,2) 12
ELEMENTOS QUE INDICAM O TÉRMINO
1.E E,
Espaço
acenando-lhes
levantou-se aquelaelemesma
com a mãonoite,para que seas
e tomou
a. A duas
suas narrativa
calassem, pode ficar
contou-lhes
mulheres, asdesfocada
ecomosuas porservas,
o Senhor
duas causa de
o tirara um
da
e os
“deslocamento do tipo partida” ou de uma
prisão e disse:
seusextensão.
onze Anunciai
filhos, istoo avau
e passou Tiago e aos irmãos.
de Jaboque. (Gn
E, saindo, partiu para outro
32.22)
b. 2 Sm 19.40; At 12.17. lugar. (At 12.17)
2. Tempo
a. As informações temporais podem indicar que a
ação narrada está chegando ao seu término.
b. Pode acontecer a expansão do tempo, que
dispersa nossa atenção, bem como o chamado
“tempo terminal”, com o qual o autor dá a
narrativa por concluída.
c. Nm 20.29; 1 Rs 10.25; Gn 32.22; Jo 13.30; At 4.3.13
EXEMPLO COMPLETO – MARCOS 4.35-41
1) 4.33-34 sumário conclusivo;
2) 4.35 mudança de estilo – discurso x narrativa;
a) Indicação temporal – sendo já tarde;
b) Mudança espacial – outra margem;
c) Com isso a nova ação é desencadeada;
3) 4.41 ação terminal do tipo temor e
questionamento;
4) 5.1 – novo espaço;
5) 5.2 – novo personagem.
ANÁLISE ESTILÍSTICA
1. Na análise sintática, pretendemos perceber a
forma como o autor articula as palavras.
2. Na análise estilística, preocupamo-nos com a
maneira pela qual ele procura dar maior
expressividade, maior colorido, maior vivacidade
a seu texto.
3. Estudar o estilo de um autor equivale a estudar as
chamadas “figuras”.
4. Há figuras de linguagem comuns a todos os
idiomas, mas há também algumas próprias de
um grupo linguístico ou de uma cultura.

15
ANÁLISE ESTILÍSTICA
1. Em O Novo Testamento encontramos muitas
figuras da língua portuguesa, e mais outras
próprias do antigo universo semita e do grego.
2. Várias figuras das línguas e das culturas bíblicas se
perdem na tradução, seja porque o idioma de
chegada não permite manter o original, seja
porque há jogos de palavras e expressões
idiomáticas intraduzíveis.
3. Por outro lado, são introduzidas aquelas da
língua e da cultura do tradutor, além daquelas
ligadas ao estilo pessoal de quem traduz.

16
FIGURAS DE PENSAMENTO, RETÓRICA, FIGURAS DE
PALAVRA OU ESTILO
1.pelas
Polissíndeto;
Mas,
De mais
entranhas
se eu
disso,assíndeto;
expulso
da
também poliptoto;
misericórdia
os demônios
Manassésdo
pelopleonasmo;
nosso
derramou
dedoDeus,
de
macarismo
com
muitíssimo
Deus,que ou bem-aventurança.
certamente,
o oriente
sangue do
ainocente,
vós
altoé nos
chegado
até
visitou
queo encheu
Reino
(Lc 1.78)
dea
2.Jerusalém
Antropomorfismo:
de um ao Atribuição
Deus. outro
(Lc 11.20) de formas
extremo, aforaeoações
seu
humanas a Deus (Lc 11.20).
pecado, com que fez pecar a Judá, fazendo o que
3. Antropopatismo: Atribuição de sentimentos
era mal aos olhos do SENHOR. (2Rs 21.16)
humanos a Deus (Lc 1.78).
4. Gradação.
5. Eufemismo: Uso de uma expressão mais branda
em lugar de outra mais pesada ou tabu (Jo
11.11).
6. Merismo; Hipérbole: 2Rs 21.16; Gl 1.8.
17
FIGURAS DE PENSAMENTO, RETÓRICA, FIGURAS DE
PALAVRA OU ESTILO
1. Inclusão; questão retórica: Pergunta cujo
objetivo não é obter uma resposta, e sim fazer o
interlocutor pensar e concordar com o orador (Lc
13.2, 4; Rm 9.14; 19-21).
2. Ironia; oxímoro;
3. Paralelismo: Justaposição de palavras ou frases
que se equivalem sintática ou semanticamente.
Há três tipos de paralelismo:
a. Sinonímico (Lc 1.46-47);
b. Antitético (1 Cor 1.22);
c. Sintético (quando entre as ideias expressas há uma
relação de causa-efeito ou quando a segunda frase
dá maior precisão à primeira: 1 Cor 1.27-28). 18
FIGURAS DE PENSAMENTO, RETÓRICA, FIGURAS DE
PALAVRA OU ESTILO
1. Quiasmo; aliteração; elipse; epíteto; hipérbato;
anáfora.
2. Comparação: Semelhança estabelecida com o
uso da palavra “como” dentro de uma frase. Se a
comparação é desenvolvida em uma descrição ou
uma história, ela se torna uma parábola (Mt
23.37).
3. Metáfora: Semelhança estabelecida sem o uso
da partícula “como” (Jo 14.6).
4. Antonomásia; metonímia.

19
GÊNEROS LITERÁRIOS
1. Quando nos comunicamos através da
linguagem falada ou escrita, sempre utilizamos
determinadas formas, mais ou menos fixas.
2. Estas formas dependem, em grande parte:
a. Do momento e da situação em que são
formuladas;
b. Da intenção com que são expressas;
c. Das pessoas para as quais são dirigidas;
d. Da situação em que se encontram.

20
GÊNEROS LITERÁRIOS
1. A forma de um texto é a soma de suas
características de estilo, sintaxe e estrutura;
isto é, sua configuração linguística.
2. Características estruturais são aquelas que
resultam da relação das partes de um texto
entre si.
3. Um gênero literário é um agrupamento de
textos de acordo com diversas características
comuns, isto é, não apenas as de natureza
formal.

21
GÊNEROS LITERÁRIOS
1. Os estudiosos estabelecem os princípios
básicos do método:
a. Qual a pessoa gramatical é o sujeito?
b. O sujeito dirige-se constantemente a outra
pessoa gramatical?
c. O modo e o tempo do verbo:
i. O imperativo pode ser indício do gênero
“exortação”;
ii. O futuro do gênero “vaticínio” (predição).

22
GÊNEROS LITERÁRIOS
1. O tipo da frase: características para o “gênero
argumentação” e para certas parábolas são as
perguntas retóricas (Quem entre vós?).
2. A estrutura interna de um texto, de acordo
com os resultados da linguística.
3. A semântica.
4. O tamanho. A relativa brevidade é o único
critério seguro para o gênero “carta”.
a. Epístola aos Hebreus, seria uma carta?

23
GÊNEROS LITERÁRIOS
1. Parábolas, comparações e exemplos só são
reconhecíveis como tais por estarem situados
num nível de tempo e de pessoas diferente do
nível do contexto.
2. Uma grande vantagem do estudo das formas é a
determinação do “lugar vivencial” (Sitz im Leben).
a. Tem por objetivo descobrir em que situação e
com que finalidade foram repetidos e
transmitidos os ditos e as histórias a respeito
de Jesus, de modo que acabaram adquirindo as
formas tais como as encontramos nos textos do
Novo Testamento.
24
GÊNEROS LITERÁRIOS
1. Trata-se sempre
Guardai-vos de guardai-vos
dos cães, uma situação sócio-
dos maus
comunitária típica e representativa dentro
obreiros, guardai-vos da circuncisão! (Fp 3.2)do
cristianismo primitivo.
2. A pergunta pela intencionalidade do texto
pode ser abordada em estreita conexão com a
análise das formas.
3. Podemos distinguir as seguintes funções:
1.Função expressiva (emotiva): dar vazão a
sentimentos (2 Cor 11; Fp 3.2);
2.Função diretiva: apelar ao destinatário (peço-
vos, exorto-vos, em Rm 12.1s, Gl 4.12 e
outros); 25
GÊNEROS LITERÁRIOS
1.Função referencial (informação): expor algum
tema (Rm 1-3; 6-7; Gl 3-4);
2.Função poética: ressaltar a forma linguística (1
Cor 13; Rm 8.31-39).
3.Função de contato: estar junto aos
destinatários (Rm 1.10-13; 15.22-24 Gl 4.20).
4. Seu conhecimento é de suma importância para
o estudo da intencionalidade das narrativas e
discursos encontrados na Bíblia.

26
EVANGELHOS
1. A tradição da história: É o material narrativo, no
qual encontramos os feitos de Jesus.
2. Relatos de milagres: Provam a autoridade de
Jesus como Messias e, mais ainda, manifestam a
sua divindade. No livro de Atos, os milagres
atestam que Jesus age por meio de seus
discípulos.
3. Podem ser divididos em quatro grupos:
a. Curas (Mc 1.29-31; 3.1-6);
b. Exorcismos (Mc 1.23-27; 5.1-20);
c. Ressuscitações (Mc 5.21-24; 5.35-43);
d. Milagres sobre a natureza (Mc 4.37-41; Lc 5.1-11).
27
EVANGELHOS

1. A tradição da palavra: Nesse grupo


encontramos as frases e os ditos de Jesus: é o
material discursivo.
2. Comparações, parábolas e alegorias: Os
evangelistas usam o termo “parábola” para
designar as várias histórias que Jesus contava
ou as comparações que ele fazia.

28
GÊNEROS MENORES, FORMAS E FÓRMULAS FORA DOS
EVANGELHOS
1. Nas epístolas, que são gêneros literários
maiores, encontramos diversos tipos de
materiais, tais como tradição litúrgica e textos
parenéticos.
a. Material litúrgico;
b. Hinos ou cânticos cultuais;
c. Confissão de Fé;
d. Materiais parenéticos;
e. Catálogo de vícios e virtudes;
f. Moral familiar;
g. Catálogo de deveres;
h. Apocalipse de João. 29
ANÁLISE DO CONTEÚDO
1. Análise de conteúdo: traz em si um caráter
sintético e integrativo das partes do texto e, da
mesma forma, o interesse pelo conteúdo literal
dos versículos que reproduzem a tradição a ser
estudada.
2. Muito do que já fizemos serve como base para a
análise de conteúdo aqui pretendida. A análise
linguístico-sintática, semântica e pragmática toma
sua importância nesse momento.
3. Um olhar global sobre o léxico de um texto ou
até de um segmento de um texto fornece uma
primeira indicação acerca da impostação
teológica dos livros. 30
ANÁLISE LINGUÍSTICO-SINTÁTICA
1. Buscar os diversos aspectos a partir dos quais
possamos avaliar uma linguagem empregada em
um texto específico.
2. Observaremos os seguintes aspectos: 
a. Léxico: objetiva examinar a existência de vocábulos,
expressões ou frases de destaque no texto;
b. Categorias e formas gramaticais;
c. Conexão: podemos compreender como palavras,
expressões e frases relacionam-se entre si.
d. Estilo: observamos neste caso o emprego das
formas de expressão encontradas no texto;
e. Estrutura e disposição: queremos compreender as
diversas partes que compõem nosso texto.
31
ANÁLISE DE CONTEÚDO PELO MÉTODO HITÓRICO-CRÍTICO
1. Compreender certos detalhes relacionados
com a situação e o contexto da época:
a. Dados geográficos;
b. Dados sociais;
c. Dados econômicos;
d. Dados políticos;
e. Dados culturais;
f. Dados religiosos.

32
CUIDADOS
1. Atomização: estudo isolado de diversos termos e
dados apresentados pelo texto.
2. Dependência abusiva de comentários bíblicos.

33
CUIDADOS
1. Análise de termos, seguida da interpretação
do todo:
a. Selecionam os termos e expressões mais
importantes, apresentando o estudo do seu
significado;
b. Procuram correlacionar o conteúdo das
diversas partes num todo coerente e
orgânico.
2. Isto pode levar ao risco da atomização.
3. A análise deve ser feita de acordo com a
estrutura dada pela própria perícope.
34
ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO
Ferramentas
Etapas Ações Obras Auxiliares
Principais
1. Leia o texto várias
1. Várias versões da 1. Concordância.
vezes.
Bíblia. 2. Dicionário da
Texto 2. Defina o gênero
2. Material para língua portuguesa.
literário.
anotação. 3. Dicionário Bíblico.
3. Anote tudo.

1. Observe nomes de 1. Atlas bíblico.


lugares e pessoas. 2. Arqueologia.
2. Quem? 3. Obras sobre a
1. Concordância
3. Para quem? vida, costumes e
bíblica.
Contexto 4. Quando? cultura nos
2. Introduções dos
5. Onde? tempos bíblicos.
6. Que? livros.
4. Informações sobre
7. Por quê? pesos, distâncias,
8. Anote tudo. valores, etc.
35
ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO
Etapas Ações Ferramentas Principais Obras Auxiliares

1. Anote quaisquer
palavras
obscuras. 1. Concordância
1. Dicionário
2. Verifique na bíblica.
bíblico e da
Palavras concordância 2. Léxicos bíblicos
língua
quantas vezes a (línguas originais).
portuguesa.
palavra aparece 3. Traduções da Bíblia.
no livro.
3. Anote tudo.

36
ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO
Ferramentas
Etapas Ações Obras Auxiliares
Principais

1. Concordância
1. Obras sobre a
1. Anote a ideia bíblica.
história da igreja e
principal do texto. 2. Notas bíblicas de
das doutrinas
2. Leia outras versões rodapé.
“cristãs”, para
para comparação. 3. Dicionários
avaliar
3. Use outros livros e bíblicos.
Ideias historicamente a
comentários para 4. Comentários
interpretação das
contrastar seu bíblicos.
ideias bíblicas.
pensamento com 5. Artigos de
2. Obras sobre a
de outros revistas.
história da
intérpretes. 6. Monografias
interpretação.
(Livros).

37
ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO

Ferramentas
Etapas Ações Obras Auxiliares
Principais

1. Escreva o texto nas


1. Livros sobre
suas próprias
comunicação oral
palavras. 1. Livros de
e escrita.
Paráfrase 2. Revise a ortografia. gramática e
2. Livros sobre
3. Dê para alguém ler redação.
hermenêutica
para você e dizer o
bíblica.
que entendeu.

38
MÉTODO ANALÍTICO
1. Análise: ato ou efeito de analisar.
a. Exame de cada parte de um todo, tendo em
vista conhecer sua natureza, suas proporções,
suas funções, suas relações.
2. “Método microscópico de estudar a Escritura”
3. Resultado: levar o estudante a compreender o
que o escritor sagrado disse aos destinatários
originais.
4. Estrutura do método analítico: (O.I.C.A.)
a. Observação;
b. Interpretação;
c. Correlação;
39
d. Aplicação.
MÉTODO ANALÍTICO
1. Observação: leitura completa e minuciosa do
texto.
2. Interpretação: tomar nota da interpretação do
texto.
3. Correlação: anotar as demais passagens que se
correlacionam com o texto estudado.
4. Aplicação: qual aplicação cabe a passagem
estudada.
5. Lembre-se: para chegar a este ponto o leitor
deverá ter consciência do “significado
pretendido” e das regras de interpretação
apresentados anteriormente.
40
ANÁLISE TEOLÓGICA
1. Como minha perícope trata:
a. Da pessoa de Deus;
b. Jesus Cristo;
c. Espírito Santo;
d. Homem;
e. Pecado;
f. Salvação;
g. Igreja;
h. Futuro.

41
APLICAÇÃO
1.Que mensagem o texto pode comunicar para
mim pessoalmente, para minha Igreja e para
a sociedade em que atuo?
2.Que ideias ou práticas o texto defende?
3.Quais ideias ou práticas o texto critica e por
quê?
4.Que implicações traz a mensagem do texto
para vivência de minha:
a. Espiritualidade pessoal;
b. Eclesial;
c. Sociopolítica.
42

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