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HERMENÊUTICA

Capítulo 4
Métodos de Estudo
Bíblico e Regras para
Interpretação
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MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS
1. Define-se por “método” o “processo ou
técnica; maneira ordenada de fazer
alguma coisa”.
2. Abordaremos acerca da necessidade de
um estudo metódico regido por regras, a
fim de conduzir o leitor à plena
compreensão do texto.

2
MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS
1. Princípios que devem ser levados em
consideração:
a. Vá você mesmo diretamente ao texto:
não se limite somente ao que ouve nos
púlpitos.
b. Faça anotações do seu estudo.
c. Dedique-se ao estudo insistentemente e
sistematicamente.
d. Aplique o estudo à sua própria vida.
i. Só depois ensine aos demais.
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ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO
Ferramentas
Etapas Ações Obras Auxiliares
Principais
1. Leia o texto várias
1. Várias versões da 1. Concordância.
vezes.
Bíblia. 2. Dicionário da
Texto 2. Defina o gênero
2. Material para língua portuguesa.
literário.
anotação. 3. Dicionário Bíblico.
3. Anote tudo.

1. Observe nomes de 1. Atlas bíblico.


lugares e pessoas. 2. Arqueologia.
2. Quem? 3. Obras sobre a
1. Concordância
3. Para quem? vida, costumes e
bíblica.
Contexto 4. Quando? cultura nos
2. Introduções dos
5. Onde? tempos bíblicos.
6. Que? livros.
4. Informações sobre
7. Por quê? pesos, distâncias,
8. Anote tudo. valores, etc.
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ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO
Etapas Ações Ferramentas Principais Obras Auxiliares

1. Anote quaisquer
palavras
obscuras. 1. Concordância
1. Dicionário
2. Verifique na bíblica.
bíblico e da
Palavras concordância 2. Léxicos bíblicos
língua
quantas vezes a (línguas originais).
portuguesa.
palavra aparece 3. Traduções da Bíblia.
no livro.
3. Anote tudo.

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ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO
Ferramentas
Etapas Ações Obras Auxiliares
Principais

1. Concordância
1. Obras sobre a
1. Anote a ideia bíblica.
história da igreja e
principal do texto. 2. Notas bíblicas de
das doutrinas
2. Leia outras versões rodapé.
“cristãs”, para
para comparação. 3. Dicionários
avaliar
3. Use outros livros e bíblicos.
Ideias historicamente a
comentários para 4. Comentários
interpretação das
contrastar seu bíblicos.
ideias bíblicas.
pensamento com 5. Artigos de
2. Obras sobre a
de outros revistas.
história da
intérpretes. 6. Monografias
interpretação.
(Livros).

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ROTEIRO PARA O ESTUDO METÓDICO

Ferramentas
Etapas Ações Obras Auxiliares
Principais

1. Escreva o texto nas


1. Livros sobre
suas próprias
comunicação oral
palavras. 1. Livros de
e escrita.
Paráfrase 2. Revise a ortografia. gramática e
2. Livros sobre
3. Dê para alguém ler redação.
hermenêutica
para você e dizer o
bíblica.
que entendeu.

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MÉTODO ANALÍTICO
1. Análise: ato ou efeito de analisar.
a. Exame de cada parte de um todo, tendo em
vista conhecer sua natureza, suas proporções,
suas funções, suas relações.
2. “Método microscópico de estudar a Escritura”
3. Resultado: levar o estudante a compreender o
que o escritor sagrado disse aos destinatários
originais.
4. Estrutura do método analítico: (O.I.C.A.)
a. Observação;
b. Interpretação;
c. Correlação;
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d. Aplicação.
MÉTODO ANALÍTICO
1. Observação: leitura completa e minuciosa do
texto.
2. Interpretação: tomar nota da interpretação do
texto.
3. Correlação: anotar as demais passagens que se
correlacionam com o texto estudado.
4. Aplicação: qual aplicação cabe a passagem
estudada.
5. Lembre-se: para chegar a este ponto o leitor
deverá ter consciência do “significado
pretendido” e das regras de interpretação
apresentados anteriormente.
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MÉTODO ANALÍTICO – PRÁTICA
Fp 4.13: “tudo posso naquele que me fortalece?”
1. Observando:
a. Paulo fala sobre a adversidade: sobre ter
experimentado perdas e ganhos pessoais (aperto,
fome, carência e fartura);
b. Paulo evidencia a alegria na tristeza: A Epístola aos
Filipenses é a “mais alegre” do Novo Testamento.
c. A prosperidade dos humildes:
i. O segredo do seu contentamento é resultado de
sua total dependência do Senhor.
ii. As suas carências levaram-no a abandonar o
orgulho, que era a marca do seu antigo viver, para
com humildade buscar no Senhor suprir todas suas
necessidades. 10
MÉTODO ANALÍTICO – PRÁTICA
“tudo posso naquele que me fortalece”
1. Interpretando:
a. Tudo não significa “todas as coisas”: não
podemos confundir a fala de Paulo ao ponto de
forçar esse a afirmar que podia todas as coisas
no sentido de possuir todas as coisas.
b. Afinal, então, o que significa “tudo posso”?
c. “Tudo” significa: “a fim de vivermos contentes
em qualquer situação, boa ou ruim, precisamos
confiar no Senhor, que sempre permanece o
mesmo e nos fortalece continuamente”.

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MÉTODO ANALÍTICO – PRÁTICA
“tudo posso naquele que me fortalece”
1. Aplicando: Devemos confiar no Senhor, esta é a
afirmativa de Paulo.
a. De forma prática, devemos ainda rejeitar os
errôneos ensinamentos dos que aplicam tal
versículo a uma “suposta” prosperidade
terrena.
b. A escassez não é necessariamente sinal da
desaprovação de Deus, assim como a
abundância não indica obrigatoriamente a sua
aprovação.

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MÉTODO SINTÉTICO
1. Descobrir o sentido de um livro como um todo,
como uma unidade inteira. Não adentra nos
pormenores, mas faz uma análise global do livro.
2. Vislumbra o livro “telescopicamente”.
3. Sequencial interrogativo:
a. Qual era a intenção do autor ao escrever este livro?
b. Qual a ideia principal do livro?
c. Qual aplicação tem para nós?
4. Mesmo padrão: ler, observar e tomar notas.
5. Leva o leitor à familiarização com o livro estudado.
6. Descubra: o estilo do livro; o tema principal do livro;
7. Desenvolva: o tema principal do livro.
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MÉTODO SINTÉTICO - PRÁTICA
Filipenses
1. Panorama Geral:
a. Fundada por Paulo em sua segunda viagem
missionária; foi a primeira igreja a ser estabelecida
por ele na Europa (At 16).
b. A relação de Paulo com essa igreja sempre foi íntima
e cordial.
c. Ajudaram o apóstolo financeiramente por duas
vezes antes de a epístola ser escrita (4.16).
d. Ao saber do seu aprisionamento em Roma, a igreja
enviou Epafrodito com outra oferta.
e. Filipenses é a carta de agradecimento por essa
oferta.
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MÉTODO SINTÉTICO - PRÁTICA
Filipenses
1. Estilo Literário: enquadra-se no gênero dos
discursos lógicos, ou seja, no estilo epistolar.
a. Uma vez que é uma carta, deve ser lido como
tal.

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MÉTODO SINTÉTICO - PRÁTICA
1. Ambiente do livro:
1.Inicia-se com saudações e expressões de
gratidão (1.1-11).
2.A situação pessoal de Paulo (1.12-30):
a. Encarcerado; Paulo tinha consciência de que
corria grande perigo, mas esforçou-se para
não assustar seus amigos.
b. Sua maior preocupação era o progresso do
evangelho.
c. Ele vivia apenas para ajudar a promover a
causa de Cristo (v. 21).

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MÉTODO SINTÉTICO - PRÁTICA
1. Ambiente do livro:
a. Assuntos desenvolvidos dentro do livro:
i. O padrão da vida cristã: a humildade de Cristo
(2.1-30);
ii. O prêmio da vida cristã: o conhecimento de
Cristo (3.1-21);
iii. A paz da vida cristã: a presença de Cristo (4.1-
23).
2. Concluído o estudo do livro abordando-o por este
método, será possível o esclarecimento de
dúvidas, como as do capítulo 4.13 “tudo posso
naquele que me fortalece”.
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MÉTODO TEMÁTICO
1. Lista ordenada dos assuntos tratados na Bíblia e,
um a um, estudar o que ela tem a dizer sobre
eles.
2. Temos: concordâncias, livros, artigos, e outros
subsídios que nos auxiliarão na compreensão do
texto.
3. Conhecer o que o Senhor tem a dizer sobre um
tema de forma parcial, contribui para a formação
de opiniões deficientes e preconceituosas.
4. O estudo metódico das Escrituras possibilita ao
intérprete, através da ação do Espírito Santo, a
descoberta de tudo o que Deus tem a dizer sobre
um determinado tema. 18
MÉTODO TEMÁTICO
1. Existe uma variedade de Bíblias de Estudo.
2. Devemos estudá-las com cuidado.
3. Elas podem apresentar divergências ou
variações com relação a alguns temas.

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MÉTODO TEMÁTICO – PRÁTICA – A SALVAÇÃO
Gênesis 12.1-3
Êxodo 12.29-42; 14.13,14
Levítico 16.15-22
Deuteronômio 26.6-9
1 Samuel 2.1,2
Salmo 13.5,6; 18.1-3 e outras ref.
Isaías 12.1-3; 25.9 e outras ref.
Jeremias 23.5,6
Ezequiel 3.16-21; 18.21-23 e outras ref.
Mateus 1.21
Lucas 1.76-79 e outras ref.
João 1.12; 3.14-17 e outras ref.
Atos 4.12 e outras ref.
Romanos 1.16; 3.21-26 e outras ref.
1 Coríntios 15.1-8
2 Coríntios 5.17-6:1
Gálatas 2.16
1 Tessalonicenses 5.8-10
2 Tessalonicenses 2.13
1 Timóteo 1.15,16 20
MÉTODO BIOGRÁFICO
1. Informações biográficas a respeito das
personagens das Escrituras.
2. A narrativa simples: narrativa de fatos
históricos.
3. A exposição narrativa: ensinar uma lição
histórica.
4. Exposição do caráter: inclui informações
biográficas nos seus escritos com o propósito
de ensinar a respeito do caráter da pessoa
enfocada.

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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 1: Enquanto possível, devem-se tomar as
palavras no seu sentido usual e ordinário; nem
sempre significa tomá-la no sentido “literal”.
2. Cada idioma possui seus modos próprios e
peculiares de expressão, às vezes tão significantes
que, se tomados ao “pé da letra”, perdem o seu
real sentido.
3. Gn 6.12: “Porque toda a carne tinha corrompido
o seu caminho sobre a terra”. Se der significado
literal para as palavras carne e caminho, o texto
perde seu sentido original. Carne aqui significa
pessoa e caminho significa costumes, modos de
agir. 22
REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 2: O significado das palavras varia de
acordo com o contexto onde elas estão
inseridas.
2. “É de todo necessário tomar as palavras no
sentido que indica o conjunto da frase” 
3. Mt 26.26b: “... Tomai, comei; isto é o meu
corpo”.
a. O conjunto de frases deste versículo mostra
que corpo aqui não é no sentido literal, mas
no figurado.

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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 3: Se deve observar o contexto (com o
texto), isto é, os versículos que vêm antes e
depois daquele texto estudado.
2. Ef 3.4: “...quando lerdes, podeis compreender
o meu discernimento no mistério de Cristo”.
a. O mistério aqui significa a participação dos
gentios da Salvação oferecida por Cristo.
b. Este significado é entendido quando se
verifica o contexto.

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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 4: Entendendo o objetivo do livro ou da
passagem que contém as palavras obscuras se
entenderá o significado destas mesmas
palavras.
2. “É preciso tomar em consideração o objetivo ou
desígnio do livro ou passagem em que ocorrem
as palavras ou expressões obscuras”.
3. Romanos: expressa o objetivo do apóstolo Paulo
quando escreveu “ir para a Espanha via Roma”
(Rm 15.4). Tendo isto em consideração pode-se
entender o significado da justificação do ser
humano perante Deus pela fé e a fé sendo
justificada pelas obras diante dos indivíduos.
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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 5: entende-se um texto pela
comparação com aqueles já compreendidos. É
a correlação.
2. Permite:
a. Examinar passagens paralelas às que estão
em análise;
b. Perceber as passagens que tratam de um
mesmo assunto;
c. Perceber as passagens que têm alguma
relação entre elas ou que façam referência
umas às outras.
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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. Estes paralelos podem ser:
a. De palavras: Gl 3.27: “ de Cristo vos
revestistes”- Rm 13.13,14; Cl 3.12,14: nova vida
ou novas atitudes.
b. De ideias: Mt 16.18: “... sobre esta pedra
edificarei minha igreja...” - Mt 21.42,44; 1 Pe
2.4,8; Ef 2.20; 1 Co 3.10,11. Esta pedra é Jesus
Cristo.
c. De ensinos gerais: “Concluímos, pois, que o
homem é justificado pela fé sem as obras da
lei” (Rm 3.28); não se pode utilizar este texto
para dizer que o ser humano está isento das
obras de justiça e santificação - Tg 2.14-2627
REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 6: Deve-se levar em consideração que
nem a tradição, nem a razão, tampouco a
igreja, possuem tanta ou maior autoridade do
que as Sagradas Escrituras.
2. “A autoridade das Escrituras é a chave para a
igreja em todos os séculos”.
3. Exemplo: A crença no nascimento virginal de
Jesus é firmada porque simplesmente a Bíblia
diz que é assim.

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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 7: Quando um cristão lê uma passagem
bíblica, é comum entendê-la.
a. Quando a lê para um não cristão, tornar-se
difícil a captação de seu significado.
b. O apóstolo Paulo diz que o homem natural
não aceita as coisas do Espírito, pois elas se
discernem espiritualmente (1 Co 2.14).
c. “Devemos depender da fé salvadora e do
Espírito Santo para a compreensão e
interpretação da Escritura”.

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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 8: A Palavra de Deus não pode ser
motivo de justificativa para experiências
pessoais.
2. “Interpretar a experiência pessoal à luz das
Escrituras e não as Escrituras à luz da
experiência pessoal”.
3. É comum, hoje em dia, ouvir alguém dizer: “Eu
tive esta experiência (foi para o céu, teve
revelações...), por isso o que vou dizer é a
verdade”.
a. Este tipo de afirmação tem causado grandes
danos no seio de muitas igrejas. 30
REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 9: Seguir um personagem bíblico como
exemplo, só será válido se a Bíblia exprimir uma
ordem para se fazer o mesmo.
2. “Os exemplos bíblicos só têm autoridade prática
quando amparados por uma ordem que os
façam mandamento universal”.
3. “A função do intérprete é descobrir o significado
dos textos bíblicos para poder aplicá-los, com
segurança, a cada caso que se apresente nos dias
atuais”.
4. Pode-se resumir esta regra no seguinte: somos
livres para fazer qualquer coisa, desde que a
Bíblia não o proíba. 31
REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 10: É inútil ter a Bíblia na cabeça e não
no coração.
2. “O principal propósito da Escritura é mudar
nossas vidas e não multiplicar nossos
conhecimentos”.
3. Procurar aumentar o conhecimento bíblico
sim!
4. Mas ter o conhecimento sem a prática, de
nada irá adiantar.
5. As Escrituras dizem que o ser humano deve ser
cumpridor da Palavra e não apenas ouvinte.
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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 11: Uma das principais consequências
da Reforma Protestante foi a devolução da
Palavra para o povo.
2. Antes do século XVI os cristãos não tinham
acesso à Bíblia.
3. Hoje “Todo cristão tem o direito e a
responsabilidade de interpretar pessoalmente
as Escrituras, seguindo princípios
universalmente aceitos pela ortodoxia bíblica”.
4. Infelizmente muitos cristãos não fazem uso
dele.
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REGRAS PARA ANÁLISE DO TEXTO
1. REGRA 12: Nenhum credo ou dogma de igreja
alguma poderá substituir a autoridade das
Escrituras.
2. Eles somente terão valor se estiverem
coerentes com o que a Bíblia ensina.
3. “Apesar da importância da História da Igreja,
ela não chega a ser decisiva na fiel
interpretação da Escritura”.

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FORMAS DE INTERPRETAÇÃO
1.Interpretação Literal: interpretar as Escrituras
de forma natural e levar em consideração
apenas o que as palavras expressam.
a. “Quando nos deparamos com uma parábola,
ou com uma metáfora, interpretemo-las de
acordo com o método metafórico”. 
2.Iluminação Espiritual: período de oração antes
e depois de qualquer estudo bíblico
3.Princípio Gramatical: a Bíblia foi ela escrita de
conformidade com as regras gramaticais.
4.Contexto Histórico.
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FORMAS DE INTERPRETAÇÃO
1.Ensino Teológico: o ensino teológico é
imprescindível na interpretação das Sagradas
Escrituras, e o esforço dos mestres que
antecederam o estudo, é importante.
a. Podemos examinar livremente a Bíblia
Sagrada, mas não podemos descartar o
trabalho dos mestres. Os mestres nos foram
dados por Cristo (Ef 4. 11). 
2.Simetria Bíblica: O mais forte dos princípios da
hermenêutica sagrada é que a Bíblia interpreta-
se a si mesma. Não podemos sob hipótese
alguma, fazer doutrina a partir de passagens
isoladas 36
ANÁLISE TEOLÓGICA
1. Procuremos nos inteirar das suas
consequências práticas:
a. Que consequências para o agir humano está
a reclamar a fé cristã articulada no texto
sobre um determinado assunto?
b. Que compromissos requer esta fé para o
nosso agir e pensar como cristãos?
2. A análise teológica deve prosseguir
compreendendo:
a. A análise de passagens paralelas;
b. Breve avaliação teológica do texto.
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ANÁLISE TEOLÓGICA
1. Podemos utilizar como subsídios exegéticos:
a. Comparação de conteúdo com outros textos
(chaves ou concordâncias bíblicas);
b. Comparação com textos de gêneros iguais;
c. Monografias específicas sobre a temática do
texto (Livros que versam sobre o assunto);
d. Teologias bíblicas;
e. Teologias do Antigo Testamento;
f. Teologias do Novo Testamento;
g. Dicionários bíblico-teológicos;
h. Manuais de Teologia Sistemática;
i. Comentários bíblicos exegéticos.
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ANÁLISE TEOLÓGICA
1. A análise teológica constitui-se em uma
poderosa ferramenta para que possamos
examinar os títulos que os textos recebem nas
modernas versões da Bíblia.
2. Não é muito difícil perceber que, na realidade,
muitos deles revelam a posição teológica,
ideológica, classista ou mesmo de gêneros
dos seus respectivos editores.

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ATUALIZAÇÃO
1. Construir uma ponte entre o significado do texto
no passado e sua relevância para os dias atuais.
2. O significado atual de um texto não pode divorciar-
se de seu significado original.
3. Devemos descobrir o elemento comum entre o
contexto original entre o autor e o leitor.
4. Fazer a devida distinção entre o que é cultural e o
que é perenemente normativo.
5. Levar em consideração todas as partes do texto.
Precisamos compreender se a mensagem do texto
é evangelística, missionária, vida cristã etc.
6. O interprete deve descobrir e respeitar o
fundamento teológico. 40
ATUALIZAÇÃO
1. Somente é efetiva quando produz uma
resposta positiva, tanto do expositor como
daqueles a quem ele dirigirá sua interpretação.
2. Cuidado com as “colagens”: transposições
literais dos enunciados do texto para dentro da
nossa realidade.
3. Cuidado para não fazer uma leitura bíblica
somente para justificar nossas posturas de
hoje.
4. Cuidado para não realizar uma interpretação
legalista, moralista e idealista da Bíblia.
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ATUALIZAÇÃO
1. Requer cuidados e critérios adequados.
2. Muitos têm realizado interpretações em cima de
um texto, que não condiz com a real intenção do
autor.
3. Quando se age assim, o “tradutor” se transforma
em “traidor”.
4. Ao tentar traduzir a mensagem transmitida nos
textos para a atualidade, o intérprete corre o risco
de trair o conteúdo original de um dado texto.
5. Este é um alerta que deve estar “sobre a mesa”
durante todo o tempo em que se realiza a
exegese.
42
RESUMO GERAL

O
I
C
A 43

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