FICHA TÉCNICA:

O dramaturgo mineiro Juarez Guimarães Dias e o flautista e compositor paulista Victor Somma
possuem em suas trajetórias diversas realizações nacionais e internacionais nas quais se
ressaltam a originalidade do conteúdo artístico, o potencial de inserção social pela arte e a
busca por linguagens que sejam ao mesmo tempo acessíveis ao grande publico e em
ressonância com a vanguarda da criação contemporânea. A dupla quer trazer relevo ao
potencial dramatúrgico da obra de Milton Nascimento e Lô Borges, trazendo um espetáculo
inédito inspirado nos discos Clube da Esquina 1 e 2. Além do casal de atores brasileiros,
cenografia e multimidia, estarão em cena dois músicos de diferentes estados brasileiros e dois
músicos belgas apaixonados pela cultura brasileira. A experiência literária e dramatúrgica do
mineiro Juarez Guimarães Dias juntamente com a singularidade da criação musical do paulista
Victor Somma se junta com a expertise da Virtuosi Produções Artísticas para a realização de
um espetáculo cheio de sutileza, apontando para um Brasil mais criativo e sensível, que
valoriza e busca novos olhares para as pérolas do passado que inspiram e aprofundam a
criação artística do presente.

DRAMATURGIA/DIREÇÃO DE CENA:
JUAREZ GUIMARÃES DIAS é Professor do Departamento de Comunicação Social da FAFICH/
UFMG, Escritor, Encenador e Publicitário. É mineiro, vive em Belo Horizonte e nasceu em 14
de abril de 1978 em Conselheiro Lafaiete. Doutor em Artes Cênicas (Unirio), Mestre em
Literatura (PUC-Minas) e Bacharel em Publicidade e Propaganda (Uni-BH). Professor
Colaborador do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da UFMG e Co-
coordenador do Núcleo de Estudos em Estéticas do Performático e Experiência
Comunicacional (Neepec/ UFMG). Atua também como dramaturgo e encenador e publica
textos no seu blog Escrita em progresso. É autor dos livros Narrativas em cena: Aderbal Freire-
Filho (Brasil) e João Brites (Portugal) (Móbile Editorial/ Faperj) e O fluxo metanarrativo de
Hilda Hilst em Fluxo-floema (Ed. Annablume). Suas pesquisas versam sobre autobiografias,
autoficção e narrativas de si, gênero e sexualidade, performance, performatividade e
teatralidade, redes sociais digitais e publicidade e propaganda.

ARRANJOS/DIREÇÃO MUSICAL
VICTOR SOMMA é compositor e flautista paulista radicado na Bélgica, Mestre em composição
pela KU-Leuven (Bélgica), bacharel em composição pela mesma universidade e bacharel em
flauta transversal pela UFRJ. Sua música vem sendo tocada por importantes músicos europeus
como o pianista Ashot Katchatourian, o maestro Ivan Meylemans, o flautista Berten
D’Hollander e a Orquestra Sinfônica de Leuven(Bélgica). Seu crescente interesse pela música
como ferramenta de inserção social o levou a colaborar com projetos socioculturais como o
ReMuA (Bruxelas/Bélgica), Ação Social pela Mùsica do Brasil (RJ) e, entre 2013 e 2020 à
convite da pianista Maria João Pires como coordenador do Workshop de criação musical dos
corais Equinox na Bélgica. Victor Somma foi professor do departamento de instrumentos e
voz da KU-Leuven/LUCA-Arts (Leuven, Bélgica) entre 2020 e 2022, e ensina atualmente nos
conservatórios de Bertrix e Sint-Hubert (Bélgica). Em 2023 lançará seu álbum “Minimal
Dreams” com concertos agendados na Holanda, EUA, Suíça e Bélgica.

MÚSICOS:
Além de Victor Somma tocando diferentes flautas, o quarteto contará com a participação do pernambucano
Gilberto Campello na percussão, e dos belgas Emmanuel Baily nas cordas dedilhadas e Marine Horbaczewski no
violoncelo.

GILBERTO CAMPELLO – PERCUSSÃO

GILBERTO CAMPELLO, percussionista natural do Recife (Pernambuco), foi influenciado desde cedo pelas
tradições culturais nordestinas em especial sua música e rítmica percussiva. Já como músico profissional, teve
suas contribuições para a música pernambucana premiadas com duas Menções Honrosas do Conselho Estadual
de Cultura. Atua como músico, pesquisador e desenvolvedor de instrumentos musicais no projeto Pandeiros do
Mundo em parceria com a AG Percusión. É monitor da World Konnakkol Academy (India).

Gilberto gravou várias trilhas sonoras de filmes, novelas, peças teatrais e documentários, entre os quais, para a
Rede Globo de Televisão, Caminho das Índias, Salve Jorge, Deus Salve o Rei, Órfãos da Terra e O Auto da
Compadecida, de Guel Arraes, este último com o grupo Sa Grama, com o qual gravou cinco discos.

Em 2003, Gilberto foi o único latino-americano selecionado para receber Bolsa-prêmio da Fundação UNESCO/
Aschberg no prestigioso Instituto Superior de Artes em Havana, Cuba. Em 2004, iniciou seus estudos em frame
drums com N. Scott Robinson, professor da San Diego Mesa College, Califórnia. Em 2006, passou a estudar com
Glen Velez, professor da Juilliard School, New York.

Gilberto apresentou-se com artistas como João Donato e banda (Brasil), Deborah Colker (Brasil), Los Hombres
Calientes (EUA/Cuba), Duo Karma (Cuba), Chuck Redd (EUA), Silvério Pessoa (PE), Go East Orkestar (RJ), na
Orquestra Barroca da Unirio (RJ), e Cabloco Muderno (RJ-PA). Atuou como músico no Trio Viramundo (RJ), e
como diretor musical e arranjador do grupo Zazumba (RJ-PE). Gilberto foi também membro fundador do grupo
Sa Grama.

EMMANUEL BAILY/CORDAS DEDILHADAS

Por formação, Emmanuel Baily vem do mundo da música clássica, com um mestrado em violão no Conservatório
Real de Liége. Ele também atua como arranjador e compositor em uma veia que se aproxima da música
contemporânea. Espontaneamente, ele se inclina para a música barroca, clássica e contemporânea – e para os
padrões do jazz.

Trabalhou com Wang Wei 4tet, Langues étrangeres (teatro), Bow (dança), Brouhaha (público jovem) Orquestra
Vivo! Dirigido por Garrett List, Kind of Pink (Philippe Laloy), Alefba, Conferência dos Pássaros (Fabrizio Cassol),
André Borbé e Joris Vanvinckenroye (Aranis). Como parte de sua carta branca no festival Gaume Jazz 2015,
Emmanuel foi acompanhado por 4 músicos de diferentes esferas musicais: Xavier Rogé na bateria, Lambert
Colson na corneta, Khaled Aljaramani no oud e Jean-François Foliez no clarinete. Com este grupo, ele gravou o
primeiro álbum em seu próprio nome para o selo Iglectic da Igloo Records.

MARINE HORBACZEWSKI/VIOLONCELO
Marine Horbaczewski estudou no Conservatório de Liège, onde recebeu o mestrado em violoncelo e também
em música de câmara. Ela seguiu aulas de improvisação com Garrett List e Michel Massot e desde então toca
tanto em conjuntos clássicos como em grupos experimentais como o trio Massot - FLorizoone - Hobraczewski. A
violoncelista Marine Horbaczewski combina seu treinamento clássico no violoncelo com o desejo de livre
improvisação e exploração de seu instrumento. Ela colaborou com Richard Galliano, Ivan Paduard, Garret List e
fundou o grupo Wang Wei.

PRODUÇÃO:

VIRTUOSI PRODUÇÕES ARTÍSTICAS Fundada em 2012 na cidade de Belo Horizonte, a

Virtuosi Produções se dedica a trazer o melhor da Música de Concerto para os palcos de Minas
Gerais e do Brasil. O grande destaque da sua programação anual é a série “Concertos Virtuosi”,
que apresentou grandes atrações internacionais, como as pianistas Maria João Pires (Portugal)
e Valentina Lisitsa (Ucrânia). Nesta série também se apresentam o Coro e a Orquestra Virtuosi,
grupos criados pela Virtuosi Produções, compostos por mais de 40 cantores e instrumentistas
profissionais de Belo Horizonte, que apresentam grandes obras do repertório sinfônico-coral.

Ocupando sempre os principais palcos da cidade, como os Grandes Teatros do Palácio das
Artes, Sesc Palladium e Cine Brasil, a Virtuosi já apresentou várias produções de óperas, como
Bastien und Bastienne (W. A. Mozart) e Dido e Eneas (Purcell), além de festivais, como o
Pianofest, Cravo e Cantigas, Movimento Violão/BH e inúmeros recitais solo e de câmara.