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■ Equipe Descomplica
■ Coordenação: Madjory Almeida
Marcos Mattana
■ Revisão de conteúdo: Bruna Basile
C98r
Cunha, Rafael de Andrade
ISBN 978-85-309-9164-7
Agradecimentos
Recadinho dos professores
Semana 1 – Afinal, o que é um texto?
Semana 2 – Tipos textuais
Semana 3 – A redação modelo Enem
Semana 4 – Como planejar a redação
Semana 5 – Como o corretor vai analisar a sua
redação
Semana 6 – Introdução
Semana 7 – Desenvolvimento
Semana 8 – Conclusão
Semana 9 – Como utilizar os métodos de
raciocínio lógico
Semana 10 – Para que serve a coesão textual
Resuminho mara de tudo o que aprendemos
Dicas de gramática
O uso da vírgula
Noções básicas de ortografia e aspectos
linguísticos
Gabarito dos exercícios
Referências
Vem praticar!
Agradecimentos
Em 2019, quando surgiu o projeto de livro do Descomplica,
prontamente Rafael Cunha, nosso vice-presidente e professor de
Redação, topou, e juntos estruturamos todos os grandes caminhos
que os estudantes precisam trilhar para alcançar a nota mil na
redação.
Decidimos dar o pontapé inicial com a disciplina de redação por
alguns motivos: ela, nos vestibulares, é comum a todos os
estudantes, independentemente do curso que pretende escolher;
além disso, com os nossos anos de experiência, vimos que os
estudantes sempre buscam métodos eficientes para estudar essa
disciplina, que, às vezes, pode parecer até um pouco subjetiva,
afinal, não basta só dominar a técnica, é preciso também ter em
mente todos os jogos de cintura – que chamamos de
“conhecimento de mundo” ou “repertório”.
Com o passar do tempo, o projeto foi se tornando cada vez
maior, começamos a pensar não somente na estrutura do conteúdo
e dos exercícios, mas também em como tornar este livro único,
fugindo do óbvio e entregando um conteúdo do jeitinho que você já
conhece: a cara do Descomplica! Por isso, agradecemos a toda
Equipe Descomplica que, direta ou indiretamente, se dedicou muito
para que este livro e todos os seus conteúdos fossem o melhor e o
mais top possível. Em especial a Rafael Cunha, Bruna Basile,
Julyana Mattos, Matheus Pires, Maria Fernanda Borsatto, Ingrid
Oliveira, Carolina Angelici, Priscila Campos, Jéssica Martinho, André
Figueira, Julia Zany, Letícia Almeida, Pedro Julien, Victor Sahate,
Rafael Pereira, David de la Cadena, Barbara Beznosai, Luiz Tropardi,
Cleo Silva e Marina Mairos, que foram essenciais para todo esse
projeto.
Um muito obrigado também aos amigos Mariana Novaes, Vitório
Scheffer e Andrea Ramal, que também com suas agendas lotadas,
foram muito receptivos e colaboraram com vários pontos que
agregaram à versão final do livro.
Por fim, mas não menos importante, obrigado a você, nosso
aluno, que sempre nos faz crescer e nos dá a certeza de que
estamos indo pelo caminho certo.
Aulas de atualidades;
Classificações de texto
Embora as classificações de texto sejam muitas, iniciaremos
nossos estudos trabalhando duas divisões bastante simples:
quanto à forma e quanto ao conteúdo. Quanto à forma, os textos
podem ser classificados como textos verbais (construídos com
palavras, no sentido estrito do termo); não verbais (imagens,
símbolos, gestos e sons são utilizados na confecção) e híbridos
(associação entre palavras e imagens). No plano do conteúdo, são
divididos em literários (ou artísticos) e não literários (ou técnicos).
A seguir, temos um exemplo de texto híbrido literário, retirado de
um site da Internet.
Domínio da linguagem
Você já deve ter se deparado, em sua vida, com inúmeras
situações em que era necessário expressar-se de forma clara,
precisa e gramaticalmente correta, certo?! Pode ter sido na
apresentação de um trabalho na escola ou até em algum discurso
de homenagem no dia das mães. Por outro lado, também
ocorreram situações – provavelmente muitas – em que a utilização
de uma linguagem muito cuidada poderia fazer você soar “pedante”
perante outras pessoas, o que ocorreria em reuniões com os
amigos, por exemplo. Nessa situação e em outras, como falar com
seu chefe, você foi exigido no que diz respeito ao nível de
linguagem a ser empregado. Na verdade, não existe um uso de
linguagem essencialmente adequado. A escolha do nível aplicável
dependerá, fundamentalmente, do contexto em que o falante estiver
inserido. Vamos analisar a seguir os níveis de linguagem existentes
– todos já cobrados, mesmo que indiretamente, no vestibular.
Existem dois níveis macros da linguagem: o registro formal,
utilizado em situações de maior seriedade, por exemplo, trabalhos
acadêmicos, conferências, entrevistas etc. e o registro informal, que
é a linguagem falada em situações cotidianas de comunicação,
também conhecido como coloquial.
Com relação ao registro formal da linguagem, destaca-se o
conceito de norma-padrão como o conjunto de regras gramaticais
que devem ser adotadas em determinada situação comunicativa e
respeitadas as noções de sintaxe, regência e concordância na
produção de determinada mensagem. É, por exemplo, o caso de
uma redação de vestibular que exige a utilização de um registro
formal da linguagem de acordo com as normas gramaticais – sim,
aquelas escritas nos livros.
Podemos também encontrar outros níveis de linguagem na
sociedade, como a regional, a familiar e a especializada:
• A regional são as variações específicas e particulares de
determinadas regiões. O Brasil é um país com território extenso,
por isso há expressões idiomáticas que são características de
dialetos próprios de uma região. Por exemplo, no Rio de Janeiro,
conhecemos uma determinada fruta como “tangerina”, enquanto
em São Paulo é chamada de “mexerica” e na região Sul tem o
nome de “bergamota”. Você sabia? Isso ocorre devido às
influências vocabulares que o nosso idioma recebeu e continua
recebendo em determinada comunidade linguística.
• A familiar, por sua vez, é uma linguagem informal que recebe esse
nome por ser uma fala mais despreocupada em relação à norma-
padrão e conta com a utilização de gírias, vocabulário específico
de determinado grupo social como os skatistas, os surfistas etc.
• Já a especializada é conhecida como técnica e, normalmente,
está presente em textos técnicos, voltados para um grupo
específico de determinada profissão. É o caso dos manuais,
artigos científicos, monografias etc. Por exemplo, informalmente e
até mesmo em alguns comerciais divulgados na televisão, ao
apresentarem informações sobre a dengue, o transmissor dessa
doença é popularmente chamado de “mosquito da dengue”,
porém, no seu livro de biologia, um livro técnico, você deve
encontrar essa informação com outro nome: Aedes aegypti.
Conhecimento de mundo
Se, por um lado, é preciso dominar a linguagem para que
possamos ler e interpretar bem ou nos expressar do modo mais
adequado, de outro, isso de nada adiantará, se não tivermos o
conhecimento e as referências necessárias para apresentar o nosso
ponto de vista e convencer o leitor acerca do nosso
posicionamento. Em outras palavras, devemos possuir também o
conteúdo acerca do que desejamos falar, de nada adianta
sabermos “como escrever” uma redação se não soubermos “o que
escrever” nela. Nesse momento, um provável questionamento
invade sua mente: “O que é conteúdo? Como obtê-lo? Eu já não o
possuo?”. Essas dúvidas fazem total sentido a partir do que foi
colocado. Assim, vamos às respostas.
Em primeiro lugar, deve-se considerar conteúdo todo o
conhecimento que pode ser usado no entendimento ou na escritura
de um texto. Desde as referências mais banais (como reconhecer
os “mecanismos” utilizados para que se possa atravessar uma rua
em segurança, ou saber várias frases da trilogia de Star Wars – que
a força esteja com você!) até as mais sofisticadas, como
compreender o que são alimentos transgênicos, a fim de aprofundar
a discussão sobre a sua comercialização.
Em segundo lugar, os meios de obtenção desse conhecimento já
devem ter sido inferidos por você. Qualquer indivíduo que interaja
com a sociedade, assistindo à televisão ou conversando com os
amigos, passa a ter um acúmulo de conhecimento mínimo,
cotidiano, o que por si só já pode ser utilizado. A complementação
mais técnica pode ser obtida de diversas formas: na
escola/universidade, com a leitura de jornais, revistas, livros (que é
uma das principais formas!) e por meio das mais diversas mídias,
com o cinema e a Internet hoje ocupando posições de destaque.
Por fim, a última grande dúvida: você já possui esse
conhecimento? A resposta é sim e não. “Sim”, porque você chegou
ao vestibular com méritos, já tendo absorvido uma gigantesca
carga de conhecimento externo. “Não”, porque, sem dúvida,
diversos aspectos que você terá que dominar ainda serão
abordados ao longo das semanas do nosso livro.
Exercícios
1. (UEG-adaptada)
– Fio, fais um zoio de boi lá fora pra nois.
O menino saiu do rancho com um baixeiro na cabeça, e no terreiro, debaixo da chuva
miúda e continuada, enfincou o calcanhar na lama, rodou sobre ele o pé, riscando com o
dedão uma circunferência no chão mole – outra e mais outra. 3 círculos entrelaçados,
cujos centros formavam um triângulo equilátero. Isto era simpatia para fazer estiar.
ÉLIS, Bernardo. Nhola dos Anjos e a cheia do Corumbá. In: TELES, Gilberto M. (org.).
Os melhores contos de Bernardo Elis. São Paulo: Global, 2003. p. 27.
2. (ENEM-PPL) Gaetaninho
Ali na Rua do Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De automóvel ou de carro
só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de casamento. Por isso mesmo o sonho de
Gaetaninho era de realização muito difícil. Um sonho. [...]
— Traga a bola! Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde o pegou.
Pegou e matou.
No bonde vinha o pai do Gaetaninho.
A gurizada assustada espalhou a notícia na noite.
— Sabe o Gaetaninho?
— Que é que tem?
— Amassou o bonde!
A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.
Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e Gaetaninho
não ia na boleia de nenhum dos carros do acompanhamento. Ia no da frente dentro de um
caixão fechado com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as ligas, mas
não levava a palhetinha.
Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que
feria a vista da gente era o Beppino.
MACHADO, A. A. Brás, Bexiga e Barra Funda: notícias de São Paulo. Belo Horizonte;
Rio de Janeiro: Vila Rica, 1994.
c) “O importante é trabalhar com o que a gente gosta.” e “Posso lhe dar um emprego bem
melhor...”
e) “Posso lhe dar um emprego bem melhor...” e “Me adianta essa, vai...”
Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua escultura na neve, fazendo uso
de uma linguagem especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor,
porque
a) Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal e adequado para a expressão de
uma criança.
e) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em razão do registro formal utilizado
por esse último.
5. (ENEM) Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no
Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele
primeiro contato.
Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de
pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo
mundo quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de
índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da
sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o
importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem
precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos
tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês.
TERENA, M. Debate; MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro:
Garamond, 2000 (adaptado).
O Twitter se presta a diversas finalidades, entre elas, à comunicação concisa, por isso
essa rede social
a) é um recurso elitizado, cujo público precisa dominar a língua-padrão.
d) interfere negativamente no processo de escrita e acaba por revelar uma cultura pouco
reflexiva.
7. (ENEM) O poema abaixo pertence à poesia concreta brasileira. O termo latino de seu
título significa “epitalâmio”, poema ou canto em homenagem aos que se casam.
Disponível em:
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2004/2004_amarela.pdf.Acesso
em: 10 jun. 2019.
Considerando que símbolos e sinais são utilizados geralmente para demonstrações
objetivas, ao serem incorporados no poema “Epithalamium – II”,
a) adquirem novo potencial de significação.
8. (ENEM)
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos
linguísticos.
10. (ENEM-PPL)
Disponível em: https://www.blognerdegeek.com/. Acesso em: 7 mar. 2013.
(adaptado)
d) valorizar as manifestações nas redes sociais como medida do sucesso de uma relação
amorosa.
• Folhas para redigir suas redações (encontram-se nas páginas finais do livro).
Ah, não se esqueça de que você pode ter suas redações corrigidas. Para saber
mais acesse http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Redação da semana
Texto 1
Foi o belo e vaidoso Narciso, personagem da mitologia grega
incapaz de amar outras pessoas e que morreu por se apaixonar
pela própria imagem, que inspirou o termo narcisista. O conceito foi
depois reinterpretado por Freud, o primeiro que descreveu o
narcisismo como uma patologia. Nos anos setenta, o sociólogo
Christopher Lasch transformou a doença em norma cultural e
determinou que a neurose e a histeria que caracterizavam as
sociedades do início do século XX tinham dado lugar ao culto ao
indivíduo e à busca fanática pelo sucesso pessoal e o dinheiro. Um
novo mal dominante. Quase quatro décadas depois ganhou força a
teoria de que a sociedade ocidental atual é ainda mais narcisa.
Esse comportamento parece expandir-se como uma praga na
sociedade contemporânea. E não só entre os adolescentes e jovens
que inundam as redes sociais. “A desordem narcisista da
personalidade – um padrão geral de grandiosidade, necessidade de
admiração e falta de empatia – continua sendo um diagnóstico
bastante raro, mas as características narcisistas estão certamente
em alta”, explica a psicóloga Pat MacDonald, autora do trabalho
Narcissism in the Modern World (narcisismo no mundo moderno).
“Basta observar o consumismo galopante, a autopromoção nas
redes sociais, a busca da fama a qualquer preço e o uso da cirurgia
para frear o envelhecimento”, acrescenta em uma entrevista por
telefone.
Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/03/cultura/1486128718_178172.html.Acesso
em: 7 fev. 2018.
Texto 2
Segundo Codo e Senne (1985), a “Corpolatria” é uma espécie de
“patologia da modernidade” caracterizada pela preocupação e
cuidado extremos com o próprio corpo não exatamente no sentido
da saúde (ou presumida falta dela, como no caso da hipocondria),
mas particularmente no sentido narcisístico de sua aparência ou
embelezamento físico.
Para o corpólatra, a própria imagem refletida no espelho se torna
obsedante, incapaz de satisfazer-se com ela, sempre achando que
pode e deve aperfeiçoá-la. Sendo assim, a corpolatria se manifesta
como exagero no recurso às cirurgias plásticas, gastos excessivos
com roupas e tratamentos estéticos, abuso do fisiculturismo
(musculação, uso de anabolizantes etc.).
Disponível em: http://corpolatria.blogspot.com.br/2009/03/questao-o-que-e-
corpolatria.html.Acesso em: 6 fev. 2018.
Texto 3
O discurso da mídia decorre de uma pluralidade de produtos e
avanços tecnológicos a fim de aprimorar a estética e forma física.
Vemos todos os dias surgirem novos produtos de emagrecimento,
são pílulas, sucos, comidas diet, light e zero, aparelhos de
ginásticas, academias com uma imensidão de aparelhos, vídeos
com séries de exercícios pra se fazer em casa e perder medidas,
revistas especializadas em perda de peso em tantos dias,
cosméticos, cirurgias plásticas, redução de estômago.
O país pode está na maior crise financeira de todos os tempos,
mas a indústria da moda não para de crescer. Para todos os lugares
que se olha, se vê a influência ao culto de um corpo perfeito, uma
barriga saradinha, uma constante luta contra a balança, uma conta
de calorias presente em cada refeição. Os meios de comunicação
apresentam diariamente o glamour da glória e do sucesso, de
pessoas magras e em forma se dando bem em tudo o que fazem,
sem sofrer nenhum tipo de preconceito, apenas bem e com intensa
ascensão social.
Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/diretorio-
academico/_ed794_o_padrao_de_beleza_imposto_pela_midia/. Acesso em: 4 fev.
2018.
Redação 600-
Tema: Culto à aparência no mundo contemporâneo
Redação 900+
Tema: Culto à aparência no mundo contemporâneo
Sugestão de reescrita
1 Qual o preço da beleza?
2 A cantora norte-americana Beyoncé, em 2014, lançou uma canção que alcançou re-
percussão mundial: “Pret ty Hurts”, a beleza machuca, em português. Tal música reflete
3
sobre
os padrões estét icos impostos pela mídia e alerta, ainda, sobre a necessidade de
4
atentar-se aos
casos de bulimia entre os jovens que cultuam o corpo em detrimento da própria saúde.
5
Nesta
perspectiva, faz-se urgente avaliar as consequências da supervalorização da aparência
6
na con-
7 temporaneidade.
É preciso entender, primeiramente, que os padrões de beleza foram moldados pela
8
his-
tória. Na década de 50, por exemplo, a atriz Marilyn Monroe tornou-se referência: seios
9
fartos
e curvas voluptuosas caracterizam sua beleza física e, ainda hoje, alguns meios de
10
comunicação
insistem em unificar essa aparência. Neste contexto, parte do público feminino enxerga
11
nasci-
rurgias plást icas e na musculação uma forma de “ascensão”, porém, o perigo se alastra
12
quando
os indivíduos encaram as mudanças estéticas como a única maneira de at ingir a
13
felicidade.
Além disso, os chamados influenciadores digitais interferem no comportamento da
14
so-
ciedade. São inúmeros os perfis “fitness” (de aptidão física) que predominam nas redes
15
sociais
e expõem, diariamente, um estilo de vida voltado à prat ica de atividades físicas,
16 tratamentos
estéticos e de uma alimentação saudável. Muitas dessas referências são positivas, pois
17
incitam o
bem-estar corporal, entretanto, há postagens que est imulam dietas e treinos intensos
18
que não
condizem com a rotina e a condição física da maioria dos internautas, que muitas vezes
19
tentam
segui-las sem um acompanhamento médico. Os resultados, por conseguinte, podem ser
20
frus-
trantes e, novamente, nota-se que as pessoas são atraídas pelos conteúdos que veem na
21
internet.
É imprescindível, portanto, alternativas para solucionar esse impasse. O poder
22
midiático
deve, por meio de campanhas, descontruir os padrões e apresentar a coexistência dos
23
diversos
modelos físicos de beleza, a fim de trazer representatividade à população. Para dialogar
24
com os
jovens, a escola deve incitar debates e a reflexão sobre a temát ica. Ademais, os
25
influentes digitais
podem reforçar, em seu discurso, a necessidade de as atividades instruídas serem
26
acompanhadas
por um profissional, tal como o indivíduo ter discernimento na hora de exercê-las. No
27
sistema
capitalista vigente, as influências externas não deixarão de existir, mas é possível contê-
28
las a
29 partir do desenvolvimento do senso crítico da sociedade.
30
Semana 2
Tipos textuais
Já trabalhamos o conceito de texto, a tipologia da linguagem e
os pressupostos da escrita e da leitura. Tudo bem até aqui, né?!
Agora, vamos estudar os tipos textuais também conhecidos como
modos de organização discursiva, que, além de importantes, são
bastante cobrados no vestibular, hein.
Os tipos textuais estão relacionados com a forma como os
textos se organizam, de acordo com elementos de sua composição,
entre eles: tempos verbais, vocabulário, relações lógicas, classes
gramaticais, características específicas etc. Além disso, temos de
lembrar que um texto não é composto exclusivamente de uma
única tipologia, mas sim a partir da mistura desses modos de
organização.
Os cinco tipos estudados na língua portuguesa são: narração,
descrição, exposição, injunção e argumentação. Vamos entender
cada um deles?
O tipo narrativo é responsável por contar uma história, enunciar
fatos, ações de personagens em um tempo e enredo específicos.
Isso significa que, se esse tipo textual é responsável pela passagem
do tempo (psicológico ou cronológico), predominam, aqui, os verbos
de ação, normalmente no pretérito perfeito. Em alguns momentos, é
provável que você encontre verbos no presente também. Essa é
uma tentativa de aproximar o leitor dos fatos e, de certa maneira,
destacar mais a ação narrada (será que estamos usando essa
técnica com você? bem aqui neste livro? atenta). Alguns estudiosos
classificam esse uso como presente histórico.
A descrição, apesar de aparecer muitas vezes complementando
a narração, tem características diferentes. Imagine que você está
viajando, passeando por um lugar bem bonito e, de repente, resolve
tirar uma foto. Se alguém pedisse a você que apontasse cada ponto
interessante na imagem, como você faria isso? Perceba que,
naturalmente, você utilizaria verbos no pretérito imperfeito. Essa é a
marca mais importante do texto descritivo. Há, também, a
predominância de adjetivos que, você já sabe, caracterizam a cena.
Vamos ver um exemplo de texto misturando narração e
descrição?
NUNCA PUDE entender a conversação que tive com uma
senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite
de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo,
preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite. A
casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que
fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. A
segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem
quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a
estudar preparatórios. Vivia tranqüilo, naquela casa assobradada da
Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns
passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e
duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a
gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. (...)
Chamavam-lhe "a santa", e fazia jus ao título, tão facilmente
suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um
temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas,
nem grandes risos. No capítulo de que trato, dava para maometana;
aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se
a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era
mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa
simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia
odiar; pode ser até que não soubesse amar.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000223.pdf.
Acesso em: 22 jun. 2020.
Exercícios
1. (MACKENZIE-Adaptada) A arqueologia não pode ser desvencilhada de seu caráter
aventureiro e romântico, cuja melhor imagem talvez seja, desde há alguns anos, as
saborosas aventuras do arqueólogo Indiana Jones. Pois bem, quando do auge do sucesso
de Indiana Jones, o arqueólogo brasileiro Paulo Zanettini escreveu um artigo no Jornal da
Tarde, de São Paulo, intitulado “Indiana Jones deve morrer!”. Para ele, assim como para
outros arqueólogos profissionais, envolvidos com um trabalho árduo, sério e distante das
peripécias das telas, essa imagem aventureira é incômoda.
O fato é que o arqueólogo, à diferença do historiador, do geógrafo ou de outros
estudiosos, possui uma imagem muito mais atraente, inspiradora não só de filmes, mas
também de romances e livros os mais variados. Bem, para usar uma expressão de Eça de
Queiroz, “sob o manto diáfano da fantasia” escondem-se as histórias reais que
fundamentaram tais percepções. A arqueologia surgiu no bojo do Imperialismo do século
XIX, como um subproduto da expansão das potências coloniais europeias e dos Estados
Unidos, que procuravam enriquecer explorando outros territórios. Alguns dos primeiros
arqueólogos de fato foram aventureiros, responsáveis, e não em pequena medida, pela
fama que se propagou em torno da profissão.
FUNARI, P. P. A. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2003. Acesso em: 9 mar. 2020.
b) descritivo.
c) injuntivo.
d) informativo.
e) diálogo.
2. (IFPE) Vilarejo
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
b) injuntivas.
c) descritivas.
d) expositivas.
e) narrativas.
3. (ENEM-PPL) Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara,
mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que
sabíamos dele.
O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na
garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio
de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas
atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que,
ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com
os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:
— Cale-se ou expulso a senhora da sala.
Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar! Ele não mandava, senão
estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para mim ser
objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava como a mulher
que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta desastradamente proteger um
adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê um homem forte de ombros tão
curvos.
LISPECTOR, C. Os desastres de Sofia. A legião estrangeira. São Paulo: Ática, 1997.
b) injuntiva, em que se busca demonstrar uma ordem dada pelo professor à aluna.
e) narrativa, em que se contam fatos ocorridos com o professor e a aluna em certo tempo
e lugar.
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se organiza a própria
composição textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever,
argumentar, explicar, instruir. No trecho, reconhece-se uma sequência textual
a) explicativa, em que se expõem informações objetivas referentes à prima Julieta.
c) narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo, envolvem prima Julieta.
e) instruir o leitor leigo a respeito da validade relativa da investigação, com base nas
declarações da pesquisadora.
6. (ENEM) O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu
modo de agir. O corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica
se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma
“desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se
recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-
se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que
será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de
modo maduro.
Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da
intimidade com os assuntos da alma.
Cláudia, ano 48, n. 7, jul. 2009.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função
específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os
conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos
desse texto demonstra que sua função é:
a) vender um produto anunciado.
7. (UNESP) Leia o excerto do livro “Violência urbana”, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme
Assis de Almeida.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite,
não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando
estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal
vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz
tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte
de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades
brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo
sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto
como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O
sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares
de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos
transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
b) a narração.
c) a descrição objetiva.
d) a descrição subjetiva.
e) a dissertação expositiva.
c) expositiva.
d) narrativa.
e) poética.
Cantou Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Cite três elementos que evidenciam o caráter narrativo desse poema.
_____________________________________________________________________________________________________
Alguns versos da canção se configuram como enunciados que incitam à ação e, por
isso, são denominados, quanto à tipologia textual, de “injuntivos”. Exemplificam
enunciados injuntivos os seguintes versos:
a) Seu doutô os nordestino têm muita gratidão/ Pelo auxílio dos sulista nessa seca do
sertão.
b) Mas doutô uma esmola a um homem qui é são/ Ou lhe mata de vergonha ou vicia o
cidadão.
c) É por isso que pidimo proteção a vosmicê/ Home pur nóis escuído para as rédias do
pudê.
d) Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê/ Veja bem, quase a metade do Brasil
tá sem cumê.
e) Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage/ Dê cumida a preço bom, não esqueça
a açudage.
Redação da semana
Texto 1
Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/09/2.png.
Acesso em: 20 out. 2018.
Texto 2
O IBGE classifica o problema da fome em três níveis nomeados
de “níveis de insegurança alimentar”:
- Leve: existe a preocupação com a quantidade, bem como com a qualidade, dos
alimentos.
Redação 600-
Tema: Culto à aparência no mundo contemporâneo
Redação 900+
Tema: Fome no Brasil – Como enfrentar esse problema?
Sugestão de reescrita
Os pilares da democracia possuem a liberdade e a igualdade como direitos
1
fundamentais
2 aos cidadãos. Embora essa afirmação devesse ser aplicada no cenário brasileiro, devido à
Const ituição Cidadã ser baseada nessas premissas, ela não é efet iva no que diz respeito
3
à
questão da fome que at inge a população. A igualdade não é garant ida devido aos
4
obstáculos
tanto na distribuição dos alimentos produzidos em território nacional quanto na falta de
5
polít icas
6 públicas focadas nos mais vulneráveis.
Em primeiro lugar, cabe destacar que o Brasil é um dos maiores exportadores do
7
mundo.
Desde a colonização, o território ofereceu produtos como o pau-brasil, a cana-de-açúcar,
8
o
algodão e até a mineração tanto para a metrópole quanto para outras nações em trocas
9
comerciais.
Mesmo que hoje o povo tupiniquim seja independente de sua ant iga metrópole, a
10
maior parte da
produção agrícola ainda é dest inada para a comercialização exterior e prejudica a
11
distribuição
12 dos alimentos no país, o que acarreta cerca de 5% da população em situação de fome.
Por outro lado, mesmo que já tenham exist ido programas sociais, não foram
13
suficientes para
diminuir essa desigualdade no país. A ext inção da fome, a promoção da agricultura
14
sustentável e
a melhoria da nutrição são objet ivos da ONU no desenvolvimento sustentável dos
15
países. Mas essa
realidade ainda está longe de se Concret izar, visto que programas brasileiros, como o
16 Fome Zero,
que oferecia acesso à alimentação, não teve cont inuidade em trocas de governos e
17
deixam famílias
em condições de necessidade. Logo, é necessário que esses projetos cont inuem
18
independentemente
19 do término de um mandato.
Fica evidente, portanto, que medidas cont inuem sendo tomadas e permaneçam ao
20
longo dos
mandatos para auxiliar na diminuição da fome no território brasileiro. Por meio de
21
incent ivos
fiscais, o governo não deve cobrar impostos de ONGs que forneçam alimentos para
22
pessoas em
situação de rua e aos mais carentes para que cont inuem realizando esse trabalho, visto
23
que
recebem doações de voluntários apenas. É papel do Estado, também, retomar as
24
atividades de
restaurantes populares, que eram oferecidos nas campanhas de Fome Zero, para
25
conseguirem
26 levar alimentação ao maior número possível de pessoas.
27
28
29
1 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Semana 3
A redação modelo Enem
A hora dela chegou! A redação do Enem. Mas, antes de falarmos
tudo sobre o modelo, que tal ouvir um hit da Pocah e dos
professores do Desco para já ir se preparando para o que vem pela
frente? Garanto que ele nunca mais vai sair da sua cabeça e não vai
dar aquele sumiço na hora do vestibular. Aponta a câmera para o
código e vem dançar e cantar com a gente.
Linguagem impessoal
O texto dissertativo deve ser escrito, comumente, na terceira
pessoa. Dito de outro modo, os pronomes “eu”, “meu” ou “minha”
devem ser evitados, bem como formas verbais que contenham em
sua estrutura a desinência número-pessoal da primeira pessoa:
“acredito”, “acho”, “devo”, “quero”.
Mas você deve estar se perguntando “– Por que devo evitar
utilizar a primeira pessoa do singular no meu texto? se é a minha
opinião...”. De fato, parece paradoxal impedir que se utilizem marcas
de personalização em um texto pessoal. Na verdade, a explicação
para essa aparente contradição é bastante simples: de um lado, é
óbvio que o texto pertence a quem o produz; nesse sentido, seria
redundante o enunciador ter, o tempo todo, que “aparecer”. Por
outro lado – e aqui está o motivo maior, pega seu marca-texto! –,
bons argumentadores fazem com que opiniões pessoais pareçam
universais; isso, só mesmo a linguagem impessoal (em terceira
pessoa) pode realizar.
Exercícios
1. Criar uma adversidade significa, em alguns casos, contrapor uma ideia a outra, o que
pode gerar um erro de coerência, a contradição. Ao utilizar uma ideia adversativa no quarto
parágrafo, o autor comete tal erro? Explique.
2. Por que, ao dizer que “não se pode exigir que uma população que desconhece até
mesmo os princípios básicos de convívio social tenha uma atitude coerente em relação às
leis aplicadas”, o autor torna sua argumentação falha?
6. Uma aluna, ao ler o terceiro parágrafo, disse que o autor “falou, falou e não disse nada”.
Ela está certa em sua constatação? Como pode ser chamado esse tipo de erro?
9. (ENEM-2.ª aplicação) O último longa de Carlão acompanha a operária Silmara, que vive
com o pai, um ex-presidiário, numa casa da periferia paulistana. Ciente de sua beleza, o
que lhe dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino diferente do de suas
colegas. Cruza o caminho de dois cantores por quem é apaixonada. E constata, na prática,
que o romantismo dos contos de fada tem perna curta.
“O cientista Karl Marx, durante a Idade Média, defendia o ideal de uma sociedade com
distribuição igualitária de renda, a fim de combater a desigualdade social. No entanto,
ainda estamos longe de uma sociedade que preze pelo bem-estar social de todas as
classes, por isso, inúmeras mudanças precisam ocorrer para alterar este cenário”.
Sabe-se que para construir um texto de cunho argumentativo é
preciso defender um determinado ponto de vista e, além disso, é
necessário que as informações estejam corretas para validar a
perspectiva apresentada. De acordo com os seus conhecimentos,
identifique os erros que o produtor do texto cometeu ao defender as
suas ideias.
Redação da semana
Texto 1
Notícias que aparentam ser verdadeiras, que em algum grau
poderiam ser verdade ou que remontam a situações para tentar se
mostrar confiáveis: isso são as fake news que vemos atualmente.
Por isso, há de ser ter cuidado: as notícias falsas não são apenas
aquelas extremamente irônicas, que têm o intuito de ser engraçadas
e provocar o leitor. As notícias falsas atualmente buscam
disseminar boatos e inverdades com informações que não estão
100% corretas sobre pessoas, partidos políticos, países, políticas
públicas… Elas não vão aparentar ser mentira, ainda mais se nós
acreditamos que elas podem ser verdadeiras – mas não são.
MERELES, Carla; MORAES, Isabela. Notícias falsas e pós-verdade: o mundo das fake
news e da (des) informação. Politize , 16 out. 2019.
Texto 2
SUPORTE. A linha (do tempo) entre a verdade e a mentira, 2018. Disponível em:
http://vidadesuporte.com.br/tag/fake-news/. Aceso em: 10 fev. 2020.
Texto 3
FELIX, Fernanda. Como Identificar fake news. Academia do Jornalista, 10 de out. 2017.
Disponível em: https://academiadojornalista.com.br/producao-de-texto-
jornalistico/como-identificar-fake-news/.
Acesso em: 18 fev. 2020.
Redação 600-
Tema: Os efeitos das fake news na sociedade brasileira contemporânea
Redação 900+
Tema: Os efeitos das fake news na sociedade brasileira contemporânea
Sugestão de reescrita
1 Isso não é uma verdade
2 Machado de Assis sempre teve como objetivo promover o senso crítico dos leitores, por
3 meio da escrita, acerca do comportamento humano. Em Dom Casmurro, por exemplo, o
4 autor buscou instigar sobre o problema de ter a verdade estabelecida de acordo com
5 uma única perspectiva por causa da ausência da voz de Capitu sobre sua suposta traição.
6 Entretanto, poucas décadas depois dos ensinamentos do bruxo do Cosme Velho, notícias
7 falsas as fake news se espalham cada vez mais na sociedade brasileira.
8 Cabe destacar a repercussão dessas notícias na internet. Recentemente, após
9 o assassinato da vereadora Marielle Franco, esse assunto se tornou um dos mais
comentados na internet. Além da comoção, houve também a disseminação de
10
informações
11 falsas com o objetivo de difamar o caráter da parlamentar. Devido ao discurso de ódio
12 nas mídias, medidas foram tomadas pelo PSOL, como uma seção no site para desmentir
13 boatos e um local para receber denúncias de notícias falsas com o objetivo de tentar
14 punir os responsáveis.
15 Entretanto, não é de hoje que boatos geram efeitos irreversíveis para a sociedade.
16 Uma notícia compartilhada muitas vezes, mesmo que seja falsa, acaba se tornando uma
17 verdade. Em 2014, uma mulher morreu após ser espancada por moradores do Guarujá
18 a partir de mentiras contadas em uma rede social, acusando-a de praticar magia negra
19 com crianças. Dessa forma, fica claro que o leitor tanto de notícias quanto de mídias
20 sociais como o Facebook, por exemplo, deve assumir uma postura crítica e conferir a
21 veracidade das informações para evitar tragédias como essa.
22 Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para coibir a proliferação
2 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Semana 4
Como planejar a redação
Você já esteve ou se imaginou em uma situação-limite, como o
momento da realização da prova de redação no vestibular? É fácil
imaginar os “estágios” dessa ocasião tão marcante em nossas
vidas: certa tensão no ar, o silêncio imperando na sala, os minutos
do relógio passando tão lenta e, ao mesmo tempo, tão rapidamente,
num paradoxo angustiante. Nesse contexto, apenas um aspecto
vem a sua mente: resolver a prova a todo custo! Escrever é a regra
do jogo, e você deve fazer isso de forma consciente, constante e
organizada. Então, você começa a escrever tudo aquilo que foi
aprendido, todas as referências lidas, todas as reflexões feitas em
sala de aula… Enfim, tudo o que você sabe e que diga respeito ao
tema proposto pela banca. Desse modo, a nota atribuída pelo
corretor será boa, certo? Errado. Infelizmente, a melhor estratégia
não é a descrita acima.
A tarefa de produção textual é complexa e necessita de uma fase
pré-textual, talvez até mais demorada que a fase de escritura em si.
Essa fase pode ser dividida, para fins didáticos, em quatro etapas
distintas, que, se percorridas com o devido cuidado, permitirão ao
candidato um gigantesco salto de qualidade no que tange à
apreciação da banca. É importante destacar que essas etapas não
são regras, mas apenas uma sugestão de como você pode
estruturar seu texto e evitar fugas ao tema ou bloqueios de escrita.
Vamos a elas?
As etapas de preparação
Etapa 4: Roteirização
O Enem valoriza a etapa de roteirização, a qual ele chama de
projeto de texto. Essa estratégia é importante para evitar que partes
desconectadas do tema proposto sejam utilizadas na redação. Essa
questão avalia a inteligibilidade do seu texto, ou seja, da coerência e
da plausibilidade entre as ideias apresentadas, o que é garantido
pelo planejamento prévio à escrita. A inteligibilidade depende,
portanto, dos seguintes fatores: seleção de argumentos, relação de
sentido entre as partes do texto, progressão temática adequada ao
desenvolvimento do tema, revelando que a redação foi planejada e
organizada em uma ordem lógica e desenvolvimento dos
argumentos, com a explicitação da relevância das ideias colocadas
para a defesa do ponto de vista defendido.
Trata-se do último momento pré-textual. Depois de todo o
processo anterior, você já deve ter percebido que alguns
“parágrafos” começam a se definir. Agora, é necessário preparar as
linhas gerais da introdução, a ordem mais adequada para os
parágrafos argumentativos que vão compor o desenvolvimento e o
encaminhamento da conclusão.
Somente depois de observadas essas quatro etapas que você
deverá começar a escrever. Lembre-se: quanto mais tempo
investido no planejamento do texto, menos tempo gasto na
escritura propriamente dita, pois um texto bem planejado flui muito
mais do que aquele feito na hora – o que leva muuuitas vezes ao
travamento e até bloqueio. 3
Exercícios
Mal-entendidos
Dividimos a História em eras, com começo e fim bem definidos,
e mesmo que a ordem seja imposta depois dos fatos – a gente vive
para a frente, mas compreende para trás, ninguém na época disse
“Oba, começou a Renascença!” – é bom acreditar que os fatos têm
coerência e sentido, e nos deem lições. Só que podemos aprender a
lição errada.
Falamos nos loucos anos 20, quando várias liberdades novas
começavam a ser experimentadas, e esquecemos que foi a era que
gerou o fascismo. O espírito da “Era do Jazz” de Scott Fitzgerald foi
o espírito totalitário, e prevaleceram não os passos do “Charleston”
mas os passos de ganso. A leitura convencional dos anos 40 é que
foram os anos em que os Estados Unidos salvaram a Europa dela
mesma. Na verdade, a Segunda Guerra salvou os Estados Unidos.
Completou o trabalho do New Deal de Roosevelt e acabou com a
crise econômica que sobrara dos anos 30, fortalecendo a sua
indústria ao mesmo tempo que os poupava da destruição que
liquidou com a Europa, e inaugurou o keynesianismo militar que
sustenta a sua economia até hoje. O fim da Segunda Guerra foi o
começo da Era Americana. Os americanos salvaram o mundo – e
ficaram com ele. Os plácidos e sem graça anos 50 não foram tão
aborrecidos assim. Foram os anos do “existencialismo”, de
revoluções na arte e na literatura, do nascimento do rockenrol... Já
nos fabulosos anos 60, enquanto as drogas, o sexo e a comunhão
dos jovens pela paz e contra tudo o que era velho tomava conta das
praças e das ruas, o conservadorismo careta se entrincheirava no
poder – Nixon nos Estados Unidos, os generais aqui – e Margaret
Thatcher começava a sua própria revolução. O que foi que
aconteceu mesmo nos anos 60?
Nos anos 70 e 80 também houve um desencontro entre a
percepção e a realidade, ou continuou o mal- entendido das
décadas passadas. E quando fizerem a leitura do fim dos anos 90 e
deste começo de milênio, qual será a conclusão errada? A que o
mundo está se tornando mesmo uma aldeia global ou está se
dividindo cada vez mais entre ricos e pobres, entre inteligência
excludente, burrice generalizada e estupidez institucionalizada?
Com as maravilhas conseguidas pela ciência e a técnica estamos
vivendo o auge do ideal iluminista ou estamos em plena regressão
obscurantista, com o fundamentalismo religioso e o espírito tribal
em guerra aberta contra a razão? E no Brasil? O que é que está
acontecendo, exatamente? Daqui a 30 anos saberemos. Ou talvez
não.
VERISSIMO, Luiz Fernando. Mal-entendidos. O Globo, 13 fev. 2005.
1. Verissimo afirma que “a gente vive para a frente, mas compreende para trás”. Explique.
2. De acordo com o autor, ao analisar os fatos históricos, a lição aprendida pode não ser a
mais acertada. Partindo da leitura integral do texto, pode-se afirmar que ele defende esse
ponto de vista? Justifique.
3. Para construir sua argumentação, Verissimo opta por uma estratégia bastante
interessante, a qual se repete cada vez que ele fala de uma década. Caracterize-a.
4. O que o autor quis dizer com a expressão “passos de ganso”, no 2.º período do 2.º
parágrafo?
5. Pode-se dizer que o uso de travessões no 1.º parágrafo e ao final do 2.º parágrafo
possui a mesma finalidade? Por quê?
6. Ao caracterizar algumas décadas, Verissimo utiliza termos que explicitam sua visão – e
às vezes até mesmo a visão coletiva – sobre elas. Destaque três exemplos.
7. Ao final do 2.º parágrafo, Verissimo deixa uma pergunta: “O que foi que aconteceu
mesmo nos anos 60?” Qual a sua intenção ao fazer isso?
8. O último parágrafo do texto levanta uma série de questões a respeito dos anos 90 e do
início do milênio. Partindo da postura adotada pelo autor ao longo do texto, é correto
afirmar que ele não vê uma saída positiva? Fundamente com uma passagem do texto.
Redação da semana
Texto 1
Xenofobia é o medo, aversão ou a profunda antipatia em relação
aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas estranhas
ao meio daquele que as julga ou que vêm de fora do seu país com
uma cultura, hábito e religião diferente. A xenofobia pode
manifestar-se de várias formas, envolvendo as relações e
percepções do endogrupo em relação ao exogrupo, incluindo o
medo de perda de identidade, suspeição acerca de suas atividades,
agressão e desejo de eliminar a sua presença para assegurar uma
suposta pureza.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Xenofobia. Acesso em: 16 de abr. 2018.
Texto 2
Mohamed Ali, refugiado sírio residente no Brasil há três anos, foi
hostilizado e agredido verbalmente em Copacabana, região nobre
do Rio de Janeiro, onde trabalha vendendo esfihas e doces típicos.
Em vídeo publicado nas redes sociais é possível ver um homem
exaltado que grita repetidas vezes “sai do meu País!”, ostentando
dois pedaços de madeira nas mãos e ameaçando o refugiado. “O
nosso país tá sendo invadido por esses homens-bomba, que
matam crianças”, diz, em discurso xenofóbico.
Carta Capital, 4 de ago. 2017. Disponível em:
https://www.cartacapital.com.br/politica/saia-do-meu-pais-agressao-a-refugiado-
no-rio-expoe-a-xenofobia-no-brasil. Acesso em: 14 abr. 2018.
Texto 3
Uma nova charge do semanário satírico francês “Charlie Hebdo”
provocou revolta nas redes sociais. A peça sugere que Alan Kurdi,
menino refugiado que morreu afogado ao tentar chegar à Europa, se
tornaria um agressor sexual quando crescesse, em referência à
recente onda de denúncias contra imigrantes na Alemanha.
Charge do “Chalie Hebdo” sobre imigrantes provocou polêmica nas redes sociais.
“O que o pequeno Alan seria se ele se tornasse adulto?”, pergunta a charge, ao lado
uma caricatura do corpo do menino afogado em uma praia. “‘Apalpador’ de bundas na
Alemanha”, acrescenta.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/01/1729460-charlie-
hebdo-e-criticado-por-retratar-menino-refugiado-como-estuprador.shtml. Acesso
em: 19 abr. 2018.
Texto 4
Alemanha promete lutar contra xenofobia após ataques a
refugiados
O Ministério do Interior da Alemanha liderou neste domingo (23)
os pedidos para que se reprimam os racistas e militantes de direita,
depois da segunda noite de confrontos entre manifestantes e a
polícia do lado de fora de um abrigo para refugiados, numa cidade
do leste da Alemanha, perto de Dresden. [...]
Redação 600-
Tema: A xenofobia em discussão no século XXI
Redação 900+
Tema: A xenofobia em discussão no século XXI
Sugestão de reescrita
Discussões envolvendo xenofobia têm sido levantadas há muito tempo. Mas é fato
1
que, nos últ imos
anos, em um contexto de mundo globalizado, com tráfego cada vez maior de pessoas
2
entre
nações, este problema tem se agravado. No âmbito brasileiro, essa questão é ainda
3
recente e vem
ganhando espaço nas discussões com a vinda de refugiados. A ideia do brasileiro
4
enquanto
“homem cordial”, cunhada por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil, parece
5
ser menos
válida quando se discute a xenofobia em âmbito nacional: a hospitalidade e recept
6
ividade dão
7 lugar à frieza, à marginalização e, frequentemente, à violência.
Esta rejeição ao estrangeiro parece vir de generalizações. Discursos como
8
muçulmanos são
terroristas”, contendo uma visão muito despersonificada de um grupo de pessoas, são
9
comuns e
contribuem para a disseminação da violência, tanto física quanto verbal e estrutural –
10
esta últ ima
referente à não inserção do estrangeiro nos espaços geográficos e sociais do país para
11
onde
12 emigra..
O filme Era o Hotel Cambridge, da diretora Eliane Caf fé, ilustra muito bem esta últ
13
ima
questão ao retratar, através de uma narrat iva que mistura ficção e documentário, o dia a
14
dia de
refugiados sírios que, sem lugar para ir, acabam em uma ocupação do Movimento sem
15
Teto. O
que o filme apresenta são situações bem próximas da realidade: uma tendência a
16
rejeitar o
17 estrangeiro e o marginalizar nos centros urbanos.
A principal saída para essa questão está na educação. No ensino básico, seria
18
interessante
levar imigrantes de diferentes países para palestrarem, conscient izando os alunos
19
acerca da
problemát ica dos discursos xenofóbicos e dos efeitos negat ivos que esses discursos
20
representam no
dia a dia daqueles que buscam refúgio no Brasil. Somente assim seria possível retornar
21
ao
“homem cordial” e instaurar na mentalidade colet iva a ideia de que seres humanos não
22
são ilegais.
23
24
25
26
27
28
29
30
3 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Semana 5
Como o corretor vai analisar a
sua redação
Dissemos que as mudanças estruturais na educação brasileira,
sobretudo nos últimos tempos, têm causado enorme influência
sobre os modelos de vestibular. Uma das consequências mais
evidentes é a forma de apresentação das propostas de redação.
Antes limitados a duas ou três frases, muitas vezes enigmáticas
(descubra), os temas passaram a incluir fragmentos de textos
teóricos, trechos de leis, letras de música, poemas, charges e
fotografias, enfim, uma coletânea de ideias e informações para
ajudar você a construir o texto.
Dessa maneira, o ato de redigir é antecedido de um ato de leitura.
É, geralmente, com o material fornecido pela Banca que você saberá
orientar sua redação sem se perder nos inúmeros caminhos que lhe
ocorrem ao ler o tema. Ao mesmo tempo, deverá exercer – e
demonstrar – sua capacidade de absorver o conteúdo apresentado,
adaptando-o a seu projeto de texto, como que numa atividade de
reciclagem criativa.
Mas é com certa frequência que os alunos confundem uso com
cópia ou citação literal (mas você não vai cair nessa, né, docinho?).
Vale lembrar que os fragmentos fornecidos precisam ser
interpretados para que se aproveite deles apenas o essencial. A
partir daí, você passa a associar as informações e ideias
apresentadas, somando-as às suas. Só assim terá utilizado de
forma inteligente e ativa a coletânea. Mais uma vez, portanto, não
existe uso fácil; eis uma excelente oportunidade de enriquecer a
redação.
As competências do Enem
O modelo de redação utilizado no Enem já foi mencionado por
nós – a redação dissertati-va-argumentativa. No entanto, além de
saber tudo sobre a estrutura da redação, você precisa entender as
competências que a banca cobra para avaliar o seu aprendizado,
afinal, vale a pena pensar um pouco com a cabeça do corretor. São
cinco competências, valendo de 0 a 200 pontos em cada e ter
clareza do que cada uma delas cobra é essencial para que você
conquiste a sua nota da melhor forma. Vamos entender a seguir
como o corretor utiliza das competências para avaliar sua redação.
Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios
200 pontos gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizarem
reincidência.
Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos
160 pontos
desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com
120 pontos
alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da língua portuguesa, com muitos desvios
80 pontos
gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.
Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da língua portuguesa, de forma sistemática, com
40 pontos
diversificados e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registo e convenções da escrita.
Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-
160 pontos
argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-
120 pontos
argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trecho dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto
80 pontos
dissertativo- argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão.
Fuga ao tema/não entendimento à estrutura dissertativo-argumentativa. Nesses casos, a redação recebe nota zero e
0 ponto
é anulada.
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada,
200 pontos
configurando autoria, emdefesa de um ponto de vista.
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em
160 pontos
defesa de um ponto de vista.
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e
120 pontos
pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos
80 pontos
argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.
Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de
40 pontos
vista.
0 ponto Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionadas ao tema e sem defesa de um ponto de vista.
Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos
linguíst icos necessários para a construção da argumentação
Essa competência avalia dois mecanismos importantes da
coesão textual: a capacidade de evitar repetições e trabalhar
ligações no texto, a fim de não repetir palavras na redação e
trabalhar referências, além de variar o uso de conectivos e de
ganchos no texto, desenvolvendo a conexão entre as orações,
períodos e parágrafos. É importante lembrar que esse mecanismo é
avaliado ao longo de toda a redação, e não em apenas uma parte
específica.
Como a coesão é um assunto superimportante não só para a
redação do Enem, mas para a construção de qualquer texto, vamos
aprofundar mais sobre esse assunto na semana 10.
Veja os critérios de avaliação da banca para a competência 4:
200 pontos Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
160 pontos Articula as partes do texto, com poucas inadequações, e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequações, e apresenta repertório pouco diversificado de
120 pontos
recursos coesivos.
Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequações, e apresenta repertório limitado de
80 pontos
recursos coesivos.
Elabora muito bem a proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articula à discussão desenvolvida no
200 pontos
texto.
160 pontos Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articula àdiscussão desenvolvida no texto.
Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articula à discussão desenvolvida no
120 pontos
texto.
Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema, ou não articulada com a discussão
80 pontos
desenvolvida no texto.
0 ponto Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não relacionada ao tema ou ao assunto.
Exercícios
Texto 1
No dia da primeira exibição pública de cinema – 28 de dezembro
de 1895, em Paris –, um homem de teatro que trabalhava com
mágicas, Georges Mélies, foi falar com Lumière, um dos inventores
do cinema; queria adquirir um aparelho, e Lumière desencorajou-o,
disse-lhe que o “Cinematógrapho” não tinha o menor fragme como
espetáculo, era um fragment4343 científico para reproduzir o
movimento e só poderia fragme para pesquisas. Mesmo que o
público, no início, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida
breve, logo cansaria. Lumière enganou-se. Como essa estranha
máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar
estórias para enormes plateias, de geração em geração, durante já
quase um século?
BERNARDET, Jean-Claude. O que é cinema. In: BERNARDET, Jean-Claude; ROSSI,
Clóvis. O que é jornalismo, o que é editora, o que é cinema. São Paulo: Brasiliense,
1993.
Texto 2
Edgar Morin define o cinema como uma máquina que registra a
existência e a restitui como tal, porém levando em consideração o
indivíduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o
universo pessoal, solicitando a participação do espectador.
GUTFREIND, C. F. O filme e a representação do real. E-Compós, v. 6, p. 11, 2006.
Adaptado.
Texto 3
Disponível em: www.meioemensagem.com.br.Acesso em: 12 jun. 2019 (adaptado).
Texto 4
O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado:
quase 3 300 salas em 1975, uma para cada 30 000 habitantes, 80%
em cidades do interior. Desde então, o país mudou. Quase 120
milhões de pessoas a mais passaram a viver nascidades. A
urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura
urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as
mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia
do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1 000 salas. Com
a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se
reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2
200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é
apenas o 60.º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma
concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das
grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo
do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as
periferias urbanas, as cidades pequenas e médias do interior.
Disponível em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br. Acesso em: 13 jun. 2019.
(Fragmento).
1. Quais informações podem ser retiradas do texto 1? Em qual parte da redação elas
podem ser utilizadas?
3. Quais informações podem ser retiradas do texto 3? Em qual parte da redação elas
podem ser utilizadas?
4. Quais informações podem ser retiradas do texto 4? Em qual parte da redação elas
podem ser utilizadas?
10. Analise o trecho de uma redação sobre o tema Ética e respeito do vestibular da
Universidade Estadual de Londrina:
“A charge em questão aborda comportamentos hipócritas, muito comumente
observados na sociedade atual. Como representado nos desenhos, as pessoas que pedem
ética e respeito, em determinada situação, são as mesmas que, em outras situações,
desrespeitam a sociedade e o meio ambiente ao jogar lixo na rua. Paralelamente ao
cenário abordado na charge, podem-se citar outros exemplos: pessoas que reclamam da
corrupção, mas, ao mesmo tempo, furam filas de bancos e outros atendimentos; pessoas
que pedem tolerância para com sua própria opinião, mas que não toleram opiniões alheias.
Todas essas situações são demonstrações de típicos comportamentos hipócritas, assunto
retratado e criticado na charge”.
O fragmento lido contempla as exigências do tema de acordo com a análise da charge?
Justifique sua resposta.
Redação da semana
Texto 1
A cultura indígena está presente na língua materna, nos
costumes, cantos, danças, pinturas corporais, ritos, narrativas,
saberes e tecnologias. Ela é uma das raízes ou matrizes da cultura
brasileira atual. Seus traços são encontrados em diferentes
momentos cotidianos dos brasileiros: em nossa alimentação (em
comidas como mandioca, pipoca e tapioca), em objetos, como a
rede de descansar, no conhecimento das ervas medicinais, na
nomenclatura de animais, no folclore, religiões, em manifestações
culturais tradicionais e na relação com a natureza.
Em aldeias mais isoladas, a cultura indígena é forte e está
“preservada”. Mas a grande realidade hoje é que a maioria dos
índios está imersa em duas culturas e dois mundos: a convivência
com os brancos e a vivência da cultura tradicional.
Historicamente, quanto maior é a convivência com os brancos,
maior o risco de se perder as tradições. No atual contexto, a
preservação do território e da cultura constituem os principais
desafios dos povos indígenas.
Disponível em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/o-
indigena-no-brasil-uma-luta-historica-para-existir.htm. Acesso em: 08 maio 2018.
Texto 2
Os Povos Indígenas estão presentes nascinco regiões do Brasil,
sendo que a região Norte é aquela que concentra o maior número
de indivíduos, 305.873 mil, sendo aproximadamente 37,4% do total.
Disponível em: http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao?
start=1#. Acesso em: 06 maio 2018.
Texto 3
Nas terras indígenas, a exploração e o aproveitamento dos
recursos hídricos e das riquezas minerais só podem ser feitos com
a autorização do Estado brasileiro. Mas as áreas de preservação
ambiental e os territórios indígenas são alvos da extração ilegal de
recursos.
O avanço do agronegócio também é um fator que pressiona os
territórios indígenas. No Parque do Xingu, ao longo dos anos se
formou um cinturão de fazendas de soja em seu entorno,
transformando o parque indígena em uma “ilha verde de floresta”.
Grandes obras hidrelétricas na Amazônia também são alvos de
críticas. A maior delas é a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Baixo
Xingu, em Altamira (PA), que será a segunda maior do país. A
barragem gerou um forte movimento de oposição entre os povos
indígenas da bacia do Xingu, que temem que a hidrelétrica afete os
rios e sua sobrevivência. Recentemente a FUNAI autorizou o IBAMA
a conceder a licença para a barragem operar.
Disponível em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/o-
indigena-no-brasil-uma-luta-historica-para-existir.htm. Acesso em: 11 maio 2018.
Texto 4
Redação 600-
Tema: A questão do índio no Brasil contemporâneo
Redação 900+
Tema: A questão do índio no Brasil contemporâneo
Sugestão de reescrita
1 Em sua obra modernista Macunaíma, Mario de Andrade descreveu a caracterização
do povo brasileiro, sendo influenciada por traços indígenas, afrodescendentes e
2
europeia.
3 Dessa maneira, o popularmente conhecido como herói sem nenhum caráter é uma ana-
4 logia ao retrato do início de uma nação, sendo primit iva quando se trata dos índios e,
glorificada, com os europeus. Esse livro, apesar de ser ficcional, não se distancia da
5
realida-
de, uma vez que na contemporaneidade a valorização cultural e representat iva dos
6
povos
indígenas é esquecida, devido ao descaso populacional e governamental sobre os nat
7
ivos do
8 país.
Em primeiro lugar, é necessário descrever o processo de colonização do Brasil.
9
Tendo
nascido por meio de exploração, a dominação de povos e culturas ocorreu, da mesma
10
for-
11 ma. Assim como afirma o antropólogo Darcy Ribeiro, a cultura do europeu se sobrepôs
12 à ident idade nat iva, perdendo-se muitos traços indígenas. Esse comportamento é visto
até os dias atuais, de forma que o índio, além de esquecido pela sociedade, é
13
ridicularizado
14 nos canais de informação e mídia.
15 Essa forma de ridicularizar, vista em programas de televisão, é ainda mais reafir-
mada ao transformar a cultura e ident idade desse povo em fantasias e forma de
16 diversão.
17 Esse processo deu início ao trabalho da art ista indígena Katú Mirim #índionãoéfantasia,
18 que defende que o uso dos trajes, além de ser ofensivo, é modo de reforçar o
preconceito.
Ao que é visto no cenário contemporâneo, o indígena, além de não ter reconhecimento
19
his-
tórico sobre o processo de formação do Brasil, é desvalorizado e zombado pela
20
disparidade
21 e sobreposição de culturas.
Assim, que o Brasil atual é miscigenado e diversificado, quanto às influências, é
22
fato.
Entretanto, não se pode desprender dos primeiros influenciadores de ident ificação
23
cultural.
Por esse mot ivo, é necessário que o índio seja não somente valorizado, mas
24
representado e
aproximado da cultura atual, com part icipações midiát icas, como programas de
25
entrevis-
tas e novelas que representem essa população hodierna. Além disso, deve haver uma
26
cons-
cient ização no âmbito escolar para que as crianças e jovens interpretem o indígena
27
como
28 parte da história brasileira, de modo a promover palestras para apresentar os costumes e
característ icas, com representante de tribos e aldeias, para uma valorização de quem
29
ini-
30 ciou a história há mais de 500 anos.
Semana 6
Introdução
A introdução
Cara, mas de onde surgiu a introdução da redação? pra quê? A
palavra introdução é formada a partir do verbo latino ducere (levar,
transportar, puxar sem descontinuidade, conduzir) e do prefixo
intro-, derivado do advérbio latino intro “dentro” (especialmente de
casa). A partir da etimologia, fica nítido o entendimento do que seria
o ato de introduzir o texto: conduzir o leitor para o seu interior,
dando noções sobre sua orientação geral e sua organização.
Em outras palavras, o leitor deve “sentir-se em casa” já na
introdução, de modo que possa identificar o tema em discussão e
prever, genericamente, qual o posicionamento defendido pelo
enunciador.
Objetivos e funções
Como acabamos de ver, uma introdução eficiente deve revelar
apenas o necessário para situar o leitor no texto, estimulando-o a
prosseguir com a leitura e atiçando a sua curiosidade. Para que isso
aconteça, o parágrafo deve conter os dois aspectos anteriormente
mencionados:
• A contextualização do tema, ressaltando a relevância da questão
em debate. Essa função é de suma importância, uma vez que é a
partir dela que o enunciador revela para a banca ter compreendido
integralmente a proposta.
• A apresentação de uma tese para o tema, especificando qual o
ponto de vista a ser defendido ao longo do texto. Essa é uma das
partes mais importantes da dissertação argumentativa, visto que,
se não há tese, ou seja, se não há a emissão de opinião, não há
sobre o que argumentar. Por isso, um texto sem tese torna-se
expositivo, e não argumentativo.
Observe o exemplo a seguir:
Tema: As manifestações populares no Brasil como ferramenta
de mudança social
A crise econômica e a falta de representatividade democrática,
em alguns países do norte da África, estimularam uma série de
protestos populares denominados “Primavera Árabe”. Esses
acontecimentos provocaram a retirada de ditadores do poder,
mostrando que a participação ativa dos cidadãos pode mudar a
realidade de um cenário político. As insatisfações do povo em
relação à política acontecem ao redor do mundo, inclusive no
Brasil, que também exerce este direito de livre manifestação com
o objetivo de promover mudanças sociais.
Note que o parágrafo contempla as duas funções da introdução:
a contextualização do tema e a apresentação da tese. É importante
destacar que na introdução não se devem incluir argumentos ou
explicá-los, é realmente uma prévia do que será aprofundado no
desenvolvimento (é só aquele gostinho, sabe?! Afinal, queremos
cativar o leitor para ler o restante do texto). Assim, note que no
primeiro período, “A crise econômica e a falta de representatividade
democrática, em alguns países do norte da África, estimularam uma
série de protestos populares denominados ‘Primavera Árabe’”, há
uma contextualização acerca das manifestações populares; no
segundo período, “Esses acontecimentos provocaram a retirada de
ditadores do poder, mostrando que a participação ativa dos
cidadãos pode mudar a realidade de um cenário político”, há uma
aproximação entre o contexto utilizado para mostrar a relevância do
tema e a tese; e, por fim, no terceiro período, “As insatisfações do
povo em relação à política acontecem ao redor do mundo, inclusive
no Brasil, que também exerce este direito de livre manifestação com
o objetivo de promover mudanças sociais”, há a apresentação da
tese que será fundamental para o desenvolvimento da
argumentação.
Estratégias da introdução
É preciso ressaltar, antes de tudo, que não existe uma “receita”
única e infalível para se construir uma boa introdução (poxa, não
podemos só colocar aquela receita top de miojo?). Isso vai depender
de fatores, entre eles o seu conhecimento de mundo e o
entendimento do tema propriamente dito, como apresentado ao
longo das semanas. Por isso, é importante que você cultive o hábito
de leitura para adquirir repertório e inovar tanto nas estratégias de
contextualização quanto de argumentação. Contudo, algumas
técnicas introdutórias podem (e devem) ser assimiladas, a fim de
que as funções da introdução sejam cumpridas com a maior
eficiência possível e que a banca examinadora possa observar o
texto com bastante “simpatia” (lembre-se: a primeira impressão
conta muito!). Vamos a elas.
Fórmulas desgastadas
Foi dito que uma pitada de originalidade é sempre bem-vinda em
qualquer redação, conferindo uma espécie de bônus – em termos
de nota. Mas é aquela linha beeem tênue, do mesmo modo, evitar
construções previsíveis, se não permite ganhos, ao menos evita
perdas. Por isso, procure ao máximo evitar construções com
formato clichê, como “Desde a Antiguidade, o homem [...]” ou “A
humanidade, desde os primórdios, [...]”. Esse tipo de alusão, além de
desgastada, não revela qualquer tipo de base cultural, já que as
referências são extremamente genéricas ou inexatas. Então é
importante sairmos da caixinha!
Exercícios
7. Sabendo como se constrói uma tese, mostre que trecho define o posicionamento do
texto e que estratégia foi utilizada na sua formulação.
8. Que outra estratégia poderia ter sido utilizada nessa mesma temática?
Texto para as questões 9 e 10
Na obra Dom Quixote, do escritor Miguel de Cervantes, o personagem Alonso Quijano
cultivava o prazer pela leitura e explorava sua inclinação imaginária ao projetar seus
sonhos, temores e emoções para o mundo fictício. Assim como ocorre com Alonso, as
crianças também usufruem da fantasia e, a partir dela, criam novas visões e
questionamentos; neste contexto, a literatura contribui na construção da formação infantil.
No entanto, um empecilho ao desenvolvimento dos pequenos é que nem sempre há o
estímulo à leitura, ficando clara a necessidade de alterações.
10. Identifique outras duas estratégias de contextualização que poderiam ser utilizadas em
um tema sobre “a importância da literatura na formação da criança”.
Redação da semana
Texto 1
A participação dos jovens esteve presente em momentos
históricos muito importantes para o nosso país, como a briga para o
Brasil se tornar uma República, a resistência à ditadura através do
movimento estudantil, a luta pelas Diretas Já, quando
reconquistamos o direito ao voto etc. No entanto, os adultos ainda
têm grande dificuldade de ver o jovem como um sujeito que tem
muito com o que contribuir.
Na época da ditadura militar (1964-1984), o governo tentava, a
todo custo, fazer a sociedade pensar que os jovens eram
bagunceiros, sonhadores e que suas propostas eram um perigo
para todos. Essa ideia está n a cabeça de muita gente até hoje, e
não só por causa do Regime Militar no Brasil, mas de tantos
questionamentos e lutas que os jovens já zeram no mundo todo.
Lutas que deixaram muita gente poderosa com medo do que a
juventude pode propor. Não levar o jovem a sério é uma forma de
tentar desmotivá-lo e evitar as mudanças.
Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/pt/br_politica_vira.pdf. Acesso em: 24
maio 2018.
Texto 2
Disponível em:
https://istoe.com.br/380009_O+QUE+OS+JOVENS+PENSAM+SOBRE+A+POLITICA/.
Acesso em: 20 maio 2018.
Texto 3
A preocupação dos jovens adolescentes em geral com a
corrupção na política mais uma vez se evidencia em 27% das
respostas sobre qual seria o principal fator que causa problemas
sociais do País. Esse número sobe para 35% entre os moradores da
região Centro-Oes-te, que acompanham com mais proximidade o
que s e passa na capital da República. Quando os entrevistados
devem apontar três itens para a mesma pergunta, o tema da
corrupção política atinge 51% das respostas.
Este descrédito nos políticos já havia sido diagnosticado por um
estudo realizado pelo Instituto Polis e Instituto Brasileiro de Análise
Sociais e Econômicas (Ibase) em 2005. Entre os 8 mil jovens de oito
regiões metropolitanas do Brasil ouvidos por essas organizações,
65% afirmaram não acreditar que os políticos representem os
interesses da população. Entretanto, o estudo mostra que eles
creem na política como caminho para transformações sociais mais
profundas. Ambas as pesquisas afastam a ideia do jovem alienado,
que não se preocupa com o próprio país. Em Adolescentes e Jovens
do Brasil, os entrevistados mostraram-se dispostos a ir além da
crítica aos escândalos, posicionando-se em questões objetivas.
Disponível em:
https://www.unicef.org/brazil/media/3596/file/Adolescentes_e_jovens_do_Brasil_Participacao_Social_
Acesso em: 16 maio 2018.
Redação 600-
Tema: O poder do jovem na sociedade contemporânea
Redação 900+
Tema: O poder do jovem na sociedade contemporânea
Sugestão de reescrita
1 No filme “Cidade de Deus”, Buscapé conta a história do crescimento do crime
organizado na favela que se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro no
2
início
dos anos 80. O protagonista, que cresceu em um ambiente violento, consegue mudar a
3
sua
realidade e não seguir o caminho do tráfico ao retratar o cenário vivido na comunidade
4
aos
jornais por causa de uma câmera fotográfica. Assim, pode-se perceber o poder do jovem
5
na
sociedade brasileira, visto que mesmo com adversidades enfrentadas no dia a dia é
6
possível
7 superá-las em busca de um futuro melhor.
8 Em primeiro lugar, cabe destacar como as novas mídias sociais auxiliam o jovem no
combate a problemas da sociedade. Em 2010, houve a invasão do Complexo do Alemão,
9
pelos
10 policiais do Rio de Janeiro, com o objet ivo de recuperar o território dominado pelo poder
paralelo. Nesse contexto, surge o portal chamado “Voz das Comunidades” que transmit
11
iu os
primeiros registros da ocupação, não só com o compromisso de informar sua vizinhança,
12
mas
também de levar a voz da favela para fora dos seus limites. Por esse mot ivo, hoje, Renê
13
Silva,
criador do veículo de notícias, é um dos jovens mais influentes do mundo por causa
14 desse feito.
Além disso, outro aspecto importante em relação ao jovem é a atuação em
15
manifestações
16 populares em busca de melhorias sociais. Desde que o novo presidente Jair Bolsonaro foi
eleito, uma série de ações desagradam à sociedade. O cont ingenciamento de verbas
17
para as
universidades e inst itutos federais levou milhares de estudantes às ruas com o objet ivo
18
de
19 protestar contra a ação. Assim, de encontro à modernidade líquida de Zygmunt Bauman,
pode-se perceber que, mesmo que as relações estejam efêmeras na sociedade, o
20
brasileiro
21 ainda possui senso de colet ividade em prol de uma causa.
22 Portanto, fica claro que a atuação do jovem na sociedade possui papel importante
23 para a mudança dos cenários contemporâneos. Dessa forma, é necessária uma ação do
Ministério da Educação e Cultura, que deve, por meio da oferta de oficinas e seminários
24
nas
25 escolas, no contraturno das aulas, orientar os alunos a buscar informações sobre o país e
aprender sobre o uso de mídias sociais, com o objet ivo de desenvolver tanto o senso crít
26
ico
quanto a capacidade de mobilização por meio das redes. Assim, novos projetos
27
poderiam ser
criados para beneficiar a comunidade, além de uma maior part icipação polít ica dos
28
jovens.
29
30
4 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Semana 7
Desenvolvimento
Agora que você já viu a introdução, vamos partir para o
desenvolvimento. Você já sabe que ele constitui a maior parte do
texto dissertativo, e é nele que a introdução é expandida, ou seja, é a
hora de arrasar e ampliar tudo aquilo que você levantou lá no
começo para prender seu leitor. A função principal consiste em
defender a sua visão de mundo, explicitada ou sugerida no primeiro
parágrafo do texto. É importante dizer que o desenvolvimento é a
parte mais importante da dissertação, pois é nele que surgem os
principais recursos argumentativos – aqueles que serão
responsáveis pelo convencimento do leitor. Vamos por partes.
Parágrafo
O parágrafo é a unidade do texto que desenvolve um núcleo
semântico principal, associado a núcleos acessórios, que devem ser
articulados entre si para produzir sentido. Em outras palavras, o
parágrafo de desenvolvimento jamais poderá desenvolver duas
ideias principais. Cada uma dessas ideias, separadamente, deverá
estar contida em um único parágrafo.
Além disso, devemos considerar também como deve ser a
estrutura interna de um parágrafo-padrão de desenvolvimento.
Nesse sentido, podemos afirmar que duas partes são inerentes a
um bom parágrafo: o tópico frasal – um período-síntese da ideia
que será desenvolvida – e a ampliação –, que nada mais é do que o
“desembrulhar” do tópico frasal.
Leia com atenção o parágrafo abaixo, retirado de uma redação
sobre a Criminalidade no Brasil:
“Além disso, deve-se atentar para os fatores socioeconômicos implicados no
processo. Ao contrário do que pensa a maioria, não é a pobreza, mas sim o contato
desta com a riqueza, que faz com que a criminalidade seja tão presente em nossa
sociedade. De fato, em um país em que crianças descalças, sem qualquer perspectiva
de ascensão social, fazem malabarismos para pessoas trancadas no interior de seus
confortáveis veículos, é mais provável que o crime surja como uma grande ‘válvula de
escape’”.
Nesse desenvolvimento, note que o primeiro período constitui o
tópico frasal: apresentação da ideia central que será aprofundada,
ou seja, os fatores socioeconômicos que impactam a criminalidade
no Brasil. Enquanto os demais períodos são responsáveis pela
ampliação – no caso, feita pelo processo de exemplificação. É,
portanto, um período resumitivo, cujo objetivo é organizar as ideias
de forma lógica a partir de uma síntese do argumento.
Coerência
Em uma análise superficial, ser coerente significaria “não cair em
contradição”. Entretanto, uma análise mais aprofundada permitiria
trabalhar a coerência como a produção de sentido para o texto
dissertativo. Essa “produção de sentido” deve ser buscada sob duas
perspectivas distintas, mas complementares; é o que chamamos de
coerência interna e de coerência externa.
Entende-se por coerência interna o conjunto de informações não
contraditórias e sequenciadas logicamente que compõem o todo
textual. Por exemplo, em um texto em que se busca avaliar as
causas, as consequências e propor soluções para uma
determinada questão – cada um desses tópicos desenvolvidos em
um parágrafo –, parece coerente fazer com que os parágrafos do
desenvolvimento sigam exatamente a ordem anunciada. Do
contrário, teríamos uma situação no mínimo “estranha”: a
proposição de soluções para um problema pouco conhecido em
profundidade (devido à ausência das causas) pelo leitor.
A coerência externa, por sua vez, trata da associação do texto
com o mundo em que vivemos. Em outras palavras, de nada vale
uma redação que produz sentido internamente, se ela não tem um
vínculo de razoabilidade com a realidade exterior. Um exemplo
disso ocorreria em uma redação em que, ao buscar soluções para a
democratização do acesso ao cinema no Brasil, o autor propusesse
que órgãos como o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça
pudessem intervir nessa problemática. Essa “possibilidade” destitui-
se de coerência externa por diversos motivos: a) A democratização
do acesso ao cinema no Brasil é uma questão relacionada à cultura
do cidadão; b) O Ministério da Saúde corresponde, no Brasil, ao
setor governamental responsável pela administração e manutenção
da saúde pública do país; c) O Ministério da Justiça e Segurança
Pública é um órgão do Poder Executivo Federal para gerir os
assuntos nacionais pertinentes ao Poder Judiciário (polícia,
manutenção e defesa dos Direitos Humanos) e outros temas
institucionais pertinentes ao Direito. Assim, é claro que o grau de
apreciação do corretor sobre uma informação desse tipo seria
baixa, o que implicaria uma nota ruim.
Coesão
Provavelmente, você sempre viu “coesão e coerência” andando
juntas, isso se dá por serem intimamente ligadas. Se a segunda é
responsável pela parte do conteúdo, pode-se dizer que à primeira
cabe a responsabilidade sobre o plano formal do texto. Sem dúvida
alguma, é impossível um texto produzir sentido sem que haja algum
tipo de ligação entre suas partes. É aí que entra o conjunto de
mecanismos conhecido como recursos de coesão.
É válido ressaltar dois principais recursos de coesão: os
conectivos (ou conectores), entre os quais se destacam as
conjunções coordenativas e subordinativas, as palavras ou
expressões denotativas e os advérbios; e os chamados “ganchos”
semânticos, que são espécies de “pontes” para a continuação do
raciocínio. Ficou um pouco em dúvida de como tornar seu
desenvolvimento coeso? Não se preocupe, a semana 10 fala só
desse assunto.
Estratégias argumentativas
Para fundamentar as ideias no desenvolvimento, utilizamos as
chamadas estratégias argumentativas, que são elementos que nos
ajudarão a defender uma determinada perspectiva e contribuem
para a validação das informações apresentadas nos parágrafos e o
aprofundamento do texto, como o uso de: dados estatísticos,
comparações, alusões literárias e artísticas, referências musicais,
dados informativos de jornais e noticiários, abordagem entre causa
e consequência, argumentos de autoridade, uso de citações, entre
outros.
Veja, a seguir, a construção dos tópicos frasais e como as
fundamentações são realizadas a partir de estratégias
argumentativas:
Exercícios
3. Que trecho mostra a fundamentação desse tópico? Qual estratégia foi utilizada na
organização dos argumentos?
4. Identifique as estratégias argumentativas que foram utilizadas no parágrafo.
b) marcas de interlocução, para aproximar o leitor das experiências vividas pela autora.
Redação da semana
Texto 1
Disponível em: https://imagens.usp.br/?attachment_id=18614. Acesso em: 20 maio
2019.
Texto 2
A julgar pelo tom médio dos comentários que li no fim de
semana, estamos em uma situação pré-revolucionária a partir da
qual nada mais será o mesmo na política brasileira. Até gostaria que
fosse verdade, mas receio que a realidade seja um pouco mais
pesada. [...] Os protestos não durarão para sempre. Como escrevi
numa coluna da semana passada, manifestações dão trabalho,
impõem um ônus às cidades e acabam enjoando. Se democracia
direta fosse bom, assembleias de condomínio seriam um sucesso.
Não são. E esse é um dos motivos por que inventamos a
democracia representativa. É claro que algo desse movimento
permanecerá, mas é cedo para uma avaliação definitiva. Se o
passado serve de guia para o futuro, o quadro não é dos mais
promissores. Após o impeachment de Fernando Collor, em 1992,
boa parte dos brasileiros acreditávamos que o país abraçara um
novo – e melhor – paradigma no que diz respeito à tolerância para
com os desmandos da classe política. Ainda que isso tenha
ocorrido em algum grau, não foi o suficiente para evitar os muitos
escândalos que se sucederam. A política mudou, mas muito menos
do que desejaríamos.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/115676-o-tamanho-das-
mudancas.shtml. Acesso em: 17 maio 2019.
Texto 3
Ficou conhecido no Brasil inteiro, durante o início da década de
90, o movimento dos “ca-ras-pintadas”, que consistiu em multidões
de jovens, adolescentes em sua maioria, que saíram às ruas de todo
o país com os rostos pintados em protesto devido aos
acontecimentos dramáticos que vinham abalando o governo do
então presidente Fernando Collor de Mello. [...]
De qualquer modo, os caras-pintadas tornariam-se ícones de um
novo modo que o povo descobriu de se fazer democracia: a
deposição de seus dirigentes incompetentes ou corruptos.
Disponível em: http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/caras-pintadas/.
Acesso em: 13 maio 2019.
Redação 600-
Tema: Manifestações populares no Brasil como ferramenta de mudança
Redação 900+
Tema: Manifestações populares no Brasil como ferramenta de mudança
Sugestão de reescrita
1 Deitado eternamente em berço esplêndido?
2 Em março de 2018, milhares de cidadãos se reuniram diante da ALERJ (Assembleia
3 Legislat iva do Estado do Rio de Janeiro) para um ato em memória da vereadora Marielle
4 Franco e seu motorista, Anderson Gomes, assassinados quando voltavam de um evento.
A mistura de tristeza e indignação impulsionou manifestações populares que cobravam
5
a
apuração do crime e prestavam solidariedade num momento tão last imoso. Nesse sent
6
ido,
nota-se a importância das manifestações para alterar o cenário de inércia polít ica dos
7
in-
8 divíduos e incitar melhorias.
9 Em primeiro lugar, a força colet iva tem enorme impacto no âmbito social. A Histó-
ria comprova que a mobilização dos indivíduos contribuiu para combater a opressão,
10
como
11 visto durante as “Diretas Já”, movimento que ocorreu na década de 80 em torno da luta
12 pela democracia frente ao período ditatorial no Brasil. Tal fato, posteriormente, impul-
13 sionou a restauração do poder civil e a retomada das eleições diretas, evidenciando que a
14 part icipação da comunidade é uma ferramenta de transformação polít ica.
15 Por outro lado, a violência ut ilizada para reprimir protestos também é uma reali-
16 dade. Em 2015, por exemplo, professores do Paraná tentaram acompanhar a votação de
17 um projeto de lei que mudava o custeio do Fundo da Previdência do Estado, mas foram
barrados na porta da Assembleia e covardemente agredidos por policiais. Esse episódio
18
foi
19 apenas um, dentre vários, que confirma o abuso de poder das autoridades, ferindo a li-
berdade de expressão garant ida pela Const ituição de 1988. Por conseguinte, a sensação
20 de
medo se instaura e faz com que muitos cidadãos tenham receio de manifestações, sendo
21
que
22 estas são uma forma legít ima de preservar a cidadania.
23 É preciso, portanto, conter esse impasse e valorizar as marchas populares em prol
dos direitos democrát icos. Para tal, polít icas de segurança pública são imprescindíveis
24
para
oferecer novos treinamentos aos policiais, a fim de que estes tenham uma perspectiva
25
mais
humana e respeitosa acerca dos indivíduos. Ademais, na escola, os professores de
26
ciências
humanas devem incitar a reflexão por meio de documentários e promover debates sobre
27
a
relevância das manifestações populares para a manutenção do bem-estar social. Só
28
assim
29 os brasileiros se erguerão do berço esplêndido e caminharão em busca de mudanças.
30
5 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Semana 8
Conclusão
Depois dessas duas semanas intensas sobre a introdução e o
desenvolvimento, chegamos à parte final da redação – a conclusão
(uffa!), mas não vá pensando que ela é a parte mais fácil, não... aliás,
terminar a redação de um jeito fantástico é um dever e tanto.
É comum você, no momento em que se prepara para escrever o
último parágrafo do texto, sofrer de um mal súbito de relaxamento.
Isso porque, após ter quebrado a cabeça na introdução e ter criado
argumentos coesos, coerentes e consistentes para embasar seu
pensamento durante o desenvolvimento, é normal que se tenha a
impressão de que o pior já passou. Mas não é bem assim não, meu
anjo. Sem dúvida, a falta de preocupação com as últimas linhas que
compõem o texto é uma estratégia totalmente falha, na medida em
que a nota pode ser diminuída nessa etapa. Se o grau atribuído pela
banca examinadora só vem após a leitura de toda a Redação,
parece claro que uma má impressão ao fim do texto pode diminuir
sua nota. Por isso, devemos atentar para a conclusão, que pode ser
convertida em mais um instrumento de aquisição de pontos. Nesse
sentido, uma boa conclusão é aquela que cumpre três objetivos, dos
quais vamos falar tim-tim por tim-tim.
Objetivos e funções
Em primeiro lugar, deve-se ter a preocupação de fazer o leitor
perceber que o texto acabou. Do mesmo modo que é frustrante
assistir a um filme em que o final só é percebido no momento em
que as letras dos créditos começam a aparecer na tela (quem
nunca, né?! e a gente fica naquele modo “rindo de nervoso”), uma
conclusão que mais parece outro parágrafo do desenvolvimento
jamais será apreciada pelo examinador. O que fazer então? As
possibilidades são inúmeras, mas uma boa dica (pegou o marca
texto?) é começar o parágrafo com uma palavra ou expressão que
tenha valor conclusivo. Palavras e expressões denotativas como
“desse modo”, “sendo assim”, “portanto”, “então”, “dessa forma”,
“tendo em vista” e outras constituem ótimas sugestões.
Em segundo lugar, a boa conclusão deve buscar ser uma
decorrência natural daquilo que foi dito ao longo do texto. Em outras
palavras, ela deve ser uma espécie de síntese ratificadora da
argumentação do enunciador. A dica aqui consiste em tentar
parafrasear aquilo que foi sugerido como tese ou ponto de vista na
introdução. Sem dúvida, trata-se de uma excelente pedida para
iniciar o parágrafo final.
Por fim, devemos sempre nos preocupar com aquela boa
impressão – já mencionada – que deve ter a banca examinadora.
Por isso, no espaço que ainda estiver disponível para a confecção
do texto, o aluno deverá, no mínimo, manter (e, se possível, elevar) o
nível de interesse do leitor. Trata-se de um “algo mais” em relação
aos outros candidatos, o que, com certeza, renderá bons frutos na
nota. Sobre o cumprimento dessa função, falaremos um pouquinho
a frente.
Você pode, como ferramenta de fechamento, seguir o passo a
passo:
1. Utilizar um conectivo conclusivo para evidenciar o fim do texto.
4. Criar uma tentativa de melhoria para a questão abordada no texto ou uma reflexão
provocada a partir da análise dos argumentos citados.
Proposta de Intervenção
Mas... pera lá, ainda temos a proposta de intervenção! Pois é...
Ela consiste no modo de finalização da redação modelo Enem.
Essas propostas precisam ter duas características muito
importantes: em primeiro lugar, é preciso que elas sejam aplicáveis
ao tema e ao que foi dito no texto. Não faz sentido propor soluções
de algo que não foi discutido ao longo da redação, né?! Fora isso,
elas precisam ser detalhadas. A ideia é: além de dizer o que é
necessário fazer, é importante mostrar quem pode ajudar nisso e, é
claro, como isso pode ser feito.
De acordo com a Cartilha do Participante do Enem, a proposta de
intervenção é avaliada na competência 5 da grade de correção.
Nessa parte do texto, espera-se que você elabore uma proposta de
intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos
humanos. O objetivo é sugerir uma iniciativa que busque enfrentar o
problema apresentado na frase-tema. Essa proposta deve estar
relacionada ao tema e integrada ao seu projeto de texto, ou seja, aos
argumentos e informações apresentadas ao longo da redação.
Para elaborar a proposta você deve responder às questões:
1. O que é possível apresentar como proposta de intervenção para o problema? (AÇÃO
5. Que outra informação pode ser acrescentada para detalhar a proposta? (DETALHAMENTO
O texto-circuito
O que é, onde vive, o que come? O texto-circuito tem como
principal característica, assim como de um circuito, voltar ao início,
ou seja, precisamos retomar, então, a opinião global do texto. O
texto-circuito é, portanto, uma estratégia que evidencia como o
texto foi pensado e planejado anteriormente, o que o diferencia das
outras redações produzidas por inspiração, e não por estruturação
de ideias. É uma estratégia em que você pode usar uma informação
como forma de contextualização na introdução ou até mesmo no
título e retomá-la na conclusão como fechamento das ideias.
Por mais que o Enem exija uma proposta de intervenção que é
sugestivamente incentivada a ser colocada na conclusão do texto
para cumprir de modo efetivo essa competência, é interessante que
a finalização do texto retome também as ideias apresentadas ao
longo da redação. Portanto, a utilização de um texto-circuito é uma
maneira de finalizar as ideias apresentadas e mostrar que o texto foi
estruturado de forma planejada.
A estratégia é simples: não é interessante copiar literalmente a
tese apresentada na introdução. Nesse sentido, sugerimos, sempre,
a construção de uma paráfrase, ou seja, de um período que diga
exatamente a mesma coisa que a tese disse, mas com outras
palavras, em outros termos. Vamos aos exemplos:
Tema: O valor dos animais de estimação no mundo de hoje.
• Direcionamento (Introdução): Nos últimos tempos, porém, a mídia
tem veiculado casos extremos de maus-tratos e até morte de
animais, o que nos leva a uma discussão que precisa ser
prioridade no coletivo: se esses seres são tão importantes, por que
não cuidar e respeitar?
• Retomada do direcionamento (Conclusão): Fica claro, portanto,
que o valor dos bichos de estimação na sociedade de hoje, apesar
de grande, não é compartilhado por todas as pessoas.
“Para reduzir essa manipulação em determinados locais, deveria ser cortado qualquer
sinal de transmissão de internet, assim reduziria a influência de certos dados no
comportamento desses usuários”.
Analise a proposta de intervenção e indique se ela pode ser considerada exemplar.
Justifique sua resposta.
“Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para que o funk continue a ser
transmitido nacional e internacionalmente como patrimônio cultural da identidade
brasileira. Dessa forma, é necessário que o Ministério da Educação, órgão regulador da
educação nacional, inclua na Base Nacional Comum Curricular a valorização das
manifestações artísticas de língua portuguesa, por meio da utilização do repertório
musical de funk nas aulas de artes, produção textual, sociologia, entre outras, com o
objetivo de incluir a música popular brasileira nas salas de aulas de forma que haja
representatividade aos alunos que vivem essa realidade.”
3. Qual trecho pode ser considerado o detalhamento da proposta? Qual item é detalhado
por ele?
4. Qual é a ação interventiva apresentada no fragmento?
10. De acordo com o tema, o título e o fragmento de conclusão, é possível considerar que o
fragmento é um texto-circuito? Justifique sua resposta.
Redação da semana
Texto 1
Drogas: um problema nosso
Texto 2
Criança usando crack em ruas de SP
Texto 3
Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/brasil-e-o-
segundo-maior-consumidor-de-cocaina-e-derivados-diz-estudo.html. Acesso em:
14 mar. 2018.
Texto 4
Disponível em:
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/158075/001020512.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 mar. 2018.
Redação 600-
Tema: A questão das drogas como desafio no Brasil
Redação 900+
Tema: A questão das drogas como desafio no Brasil
Sugestão de reescrita
Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o fato social consiste em maneiras de agir e
1
pensar que contribuem
para que os indivíduos sigam um comportamento coletivo generalizado. A partir dessa
2
ideia, muitos jovens
veem no uso de drogas uma forma de integração social, marcada pela fase da
3
experimentação, fazendo com
que o indivíduo acredite ter poder e controle sobre si mesmo. Embora as consequências
4
de seu consumo sejam
ignoradas por parte dos usuários, é preciso reconhecer as drogas como um problema de
5
saúde pública no
6 Brasil e analisar alternativas para contê-la.
Primeiramente, a mídia teve alta influência no estímulo às drogas lícitas. Durante
7
os anos 90, em
países do continente americano, como o Brasil, houve um “boom” na comercialização do
8
tabaco: personagens
de novelas e filmes que fumavam cigarros atrelavam-se a um perfil de descontração e
9
poder o que propiciou a
glamourização da nicotina, vista pelos interlocutores como uma válvula de escape à
10
realidade. Por conseguinte,
parte significativa da população aderiu ao consumo e, hoje, segundo a Organização
11
Mundial da Saúde, o
câncer de pulmão muitas vezes relacionado ao uso frequente de cigarro é uma das
12
doenças que mais matam
13 no mundo, revelando a necessidade de políticas públicas para combater esse mal.
14 Além disso, a proibição de substâncias ilícitas é o modelo mais adotado nos países,
porém o número
de usuários aumenta todos os anos. A frase popular “Tudo que é proibido é mais
15
gostoso” parece fazer sentido
nesse contexto e, segundo o site BBC, o narcotráfico é a principal atividade do crime
16
organizado e a que mais
rende faturamento no mundo. Neste sentido, medidas são necessárias para a sociedade
17
brasileira com o objetivo
de melhorar esse desafio, assim como foi feito no governo uruguaio que, em 2016,
18
liberou a legalização da
planta Cannabis como estratégia para combater o tráfico e diminuir o índice de
19
criminalidade no país; tal ação
resultou na diminuição do consumo de drogas, tendo uma intervenção mais efetiva do
20
que a do proibicionismo.
Portanto, as drogas são desafiadoras no cenário brasileiro, mas há formas de retê-
21
las. Mesmo que,
atualmente, vários países coíbam propagandas televisivas que incitem o tabagismo, é
22
imprescindível que a mídia
e o Ministério da Saúde reforcem campanhas que alertem sobre os prejuízos do cigarro e
23
que haja mais postos
de saúde que ofereçam tratamento àqueles que queiram se livrar do vício. Ademais, o
24
Brasil deve reforçar suas
políticas públicas com intensa fiscalização para conter o narcotráfico. Seria bem-visto,
25
ainda, se o Governo se
inspirasse em intervenções internacionais, visto que o proibicionismo contém falhas e
26
que a redução do consumo
27 pela legalização possui comprovações científicas.
28
29
30
6 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Semana 9
Como utilizar os métodos de
raciocínio lógico
Sabemos que, com toda a pressão do vestibular, às vezes,
raciocinar de forma clara fica complicado, né?! Mas vamos te ajudar
a utilizar todos os métodos de raciocínio para escrever a redação e
você vai conseguir tirar de letra. Podemos dizer que todo texto deve
possuir uma organização lógica de encadeamento de ideias para
garantir a coerência, de forma que facilite a leitura, a apreensão de
sentido e o seu objetivo principal seja cumprido. Em um texto
argumentativo, por exemplo, a intenção da redação é voltada para o
convencimento do leitor sobre um ponto de vista. Para isso, pode-
se adotar uma estratégia de organização dos argumentos ou
método que facilite a progressão textual.
Etimologicamente, a palavra método significa o caminho por
meio do qual se chega a um fim ou objetivo, ou seja, são os meios
empregados para a investigação, descoberta e comprovação da
verdade. Por isso, os métodos de raciocínio são utilizados para tal
função organizacional. Entre eles, os dois principais são: a indução
(caso particular para um caso geral) e a dedução (caso geral para
um caso particular).
É importante destacar que os métodos de raciocínio lógico são
formas de estruturar os parágrafos e podem ser utilizados tanto na
introdução, quanto no desenvolvimento. Lembre-se também de que
não são as únicas formas de estruturação de um parágrafo, mas é
importante conhecê-las para que haja uma possibilidade de escolha
de estratégia de organização.
Método indutivo
O método indutivo, também conhecido como generalização, é a
estratégia que se parte da observação e da análise de fatos de
afirmações particulares para atingir conclusões gerais, universais.
Por exemplo:
• Os livros são capazes de modificar a vida humana, assim como a
televisão, o jornal e outros meios de comunicação.
• Ora, os livros, a televisão, o jornal, o rádio e os outros meios são
fontes de informação.
Método dedutivo
O método dedutivo, denominado particularização, é a estratégia
que se parte de um caso geral para um particular. É o inverso do
que acontece na indução. Esse método se torna mais conhecido
pelo famoso raciocínio de Aristóteles sobre Sócrates.
• Todo homem é mortal;
• Ora, Sócrates é homem;
• Logo, Sócrates é mortal.
Esse é um exemplo básico de como funciona o método dedutivo.
A dedução é aquela que se organiza do geral para o particular, ou
seja, parte de uma verdade universal, geral, para chegar a
afirmações e conclusões mais individuais. Tal ideia geral é
conhecida como premissa inicial, ou premissa maior. Depois disso,
com uma ou mais premissas intermediárias (menores), é possível
alcançar uma conclusão, de caráter particular.
• Fontes de informação são capazes de trazer transformação à vida
humana (premissa inicial).
Método dialético
A palavra dialética significa a capacidade para falar de
dualidades, ou seja, contradições. Diferentemente da indução e da
dedução, a dialética não se baseia em evidências ou premissas,
mas em três elementos muito importantes: a tese, a antítese e a
síntese. É importante ressaltar que a tese dialética (chamaremos
assim para evitar qualquer tipo de dúvida) é diferente da tese que
você apresenta na introdução do seu texto.
Recomenda-se utilizar essa estrutura dialética no
desenvolvimento para a organização da argumentação. A tese
dialética é uma afirmação inicial com relação à tese da redação; a
antítese é um elemento oposto, contraditório à tese dialética; e, por
fim, a síntese é o momento em que as afirmações da tese dialética e
da antítese se associam para chegar a uma conclusão de ideias. A
dialética é, portanto, fruto de uma combinação e de oposição de
pensamentos.
Agora, vejamos um exemplo sobre a dialética. Em um tema de
redação em que se pergunte se as adaptações de clássicos da
literatura no Brasil são válidas ou não, é muito comum
encontrarmos benefícios e prejuízos acerca desse tema, ou seja,
podemos tanto apresentar argumentos favoráveis à adaptação dos
clássicos da literatura quanto argumentos contrários. Percebe-se,
então, que certas situações ou questões, às vezes, podem ser e não
ser ao mesmo tempo. Portanto, a dedução, a indução e a não
contradição se tornam limitantes do raciocínio humano, sendo
necessário o método dialético. Eis um exemplo: o tema é A
influência da TV na sociedade brasileira do século XXI:
“É fácil perceber que os efeitos negativos da televisão nascem na difusão de valores
como o individualismo e a violência, veiculados por imagens a que estão submetidas
muitas pessoas sem senso crítico. Paradoxalmente, esse mesmo meio de
comunicação de massa permite um contato com o mundo distante, possibilitando ao
público ter acesso ao poder da informação. Na verdade, a discussão sobre a influência
da TV só fará sentido se for considerado o uso que cada telespectador faz do veículo, o
que depende de sua formação prévia, e não do que é reproduzido.”
A síntese conciliadora
O primeiro tipo de síntese é a conciliadora que, como o próprio
nome diz, traz harmonia, associação aos elementos que, a princípio,
são contraditórios. Na discussão sobre o tema anterior, A influência
da TV na sociedade brasileira do século XXI, podemos, por exemplo,
concluir que tudo depende do veículo e do programa em questão,
afinal, a TV é um meio com múltiplos usos, alguns positivos, outros
negativos. Esse seria um exemplo de síntese conciliadora, na qual
esclarecemos os termos, mostrando que, de certa forma, não há
uma contradição no que está sendo apresentado. Podemos,
também, nessa síntese, deslocar a questão, como uma fuga à
discussão anterior, o que fica muito claro no parágrafo que vimos
anteriormente sobre o mesmo tema.
A síntese reafirmadora
A síntese reafirmadora (como o próprio nome diz!) reafirma a
tese apresentada, desbancando o argumento antitético. Assim,
apresenta-se um argumento, tenta-se contestar tal argumento com
a antítese e, por fim, usa-se a síntese para reafirmar e convencer o
leitor da invalidez da antítese. Vamos ao exemplo.
Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que o investimento em
educação é fundamental para o nosso país, pois constitui a principal
base para o desenvolvimento. Há quem sustente, no entanto, que a
“chave” para o sucesso está na escolha de bons administradores
como governantes. Os defensores dessa ideia parecem se esquecer
de que, por mais capacitada que seja a autoridade governante, o
verdadeiro desenvolvimento só ocorrerá com indivíduos realmente
qualificados em todos os setores. Esse ideal somente a educação
de qualidade permitiria atingir.
No exemplo, podemos perceber facilmente os três elementos do
raciocínio:
• Tese: O investimento em educação é fundamental para o nosso
país, pois constitui a principal base para o desenvolvimento.
• Antítese: Não é a educação, mas a escolha de bons
administradores como governantes que permite o
desenvolvimento.
• Síntese (reafirmadora): Ainda que o governante seja competente,
o verdadeiro desenvolvimento só virá de indivíduos qualificados
em todos os setores – o que só pode ser atingido com boa
educação.
A síntese reafirmadora, então, anula o argumento antitético e
reforça a tese, ou seja, o seu ponto de vista.
Exercícios
3. Com exemplos retirados do texto, indique qual foi a síntese utilizada no parágrafo
4. Quanto às falhas na argumentação, quais são apresentadas na redação?
II. O uso de orações subordinadas, tal como ocorre no terceiro período, é muito comum
em textos dissertativos.
IV. O procedimento argumentativo do texto é dedutivo, isto é, vai do geral para o particular.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
b) dialético.
c) dedutivo.
d) indutivo.
1
curador − responsável pelo museu dia.
2
planetário − local onde é possível reproduzir o movimento dos astros.
Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos
livros e nas telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os
protagonistas. (l. 24-27)
Na frase acima, o autor procura delimitar um sentido para a palavra história por meio
dos trechos destacados. Esses trechos apresentam uma formulação do seguinte tipo:
a) exemplificação.
b) particularização.
c) modalização.
d) dedução.
9. (UERJ simulado) Brasil será país de maioria idosa em 2030, revela IBGE
Na esteira dos países desenvolvidos, o Brasil caminha para se tornar um país de
população majoritariamente idosa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o grupo de
crianças com até 14 anos já em 2030 e, em 2055, a participação de idosos na população
total será maior que a de crianças e jovens com até 29 anos.
A tendência de envelhecimento da população já foi observada no Censo de 2002 e
ganhou força nos últimos dez anos. Em comparação com o último Censo, verifica-se que a
participação do grupo com até 24 anos de idade cai de 47,4% em 2002 para 39,6% em
2012. Essa mudança também fica clara no aumento da idade média da população, que
passou de 29,4 anos em 2002 para 33,1 anos em 2012.
Os idosos, segundo a pesquisa, são em sua maioria mulheres (55,7%) brancas (54,5%)
e moradores de áreas urbanas (84,3%) e correspondem a 12,6% da população total do país,
considerando a participação relativa das pessoas com 60 anos ou mais.
Os números do IBGE mostram ainda que a principal fonte de rendimento dos idosos de
60 anos ou mais foi a aposentadoria ou a pensão, equivalendo a 66,2%, e chegando a
74,7% no caso do grupo de 65 anos ou mais.
A coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, destaca a necessidade de atenção a
essa mudança na composição da população. “Hoje em dia a população de idosos que
recebe benefícios é muito expressiva, grande parte recebe contribuições de transferência
de renda. Os trabalhadores (que irão se aposentar no futuro e têm carteira assinada) têm
mais garantias. O sistema previdenciário tem que estar atento ao envelhecimento”, afirma.
BIANCHI, P. Brasil vai se tornar um país de idosos já em 2030, diz IBGE. Terra, São
Paulo, 23 nov. 2013. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/brasil-
vai-se-tornar-um-pais-de-idosos-ja-em-2030-diz-
ibge,91eb879aef2a2410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html. Acesso em: 9 mar.
2020.
Adaptado.
b) argumentos falaciosos.
c) proposições implícitas.
d) observações particulares.
b) dialético.
c) dedutivo.
d) comparativo.
Redação da semana
Texto 1
A violência urbana também consiste em um tipo de violação da
lei penal. Consiste na prática de crimes diversos contra pessoas
(assassinatos, roubos e sequestros), e contra o patrimônio público,
influenciando de forma negativa o convívio entre as pessoas e a
qualidade de vida. Esse tipo de violência manifesta-se
particularmente nas grandes cidades.
Disponível em: http://www.significados.com.br/violencia/. Acesso em: 20 abr. 2018.
Texto 2
(28/10/2016)
Texto 4
O Atlas da Violência 2017, lançado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) e o pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública nesta segunda-feira, 5, revela que homens, jovens, negros e
de baixa escolaridade são as principais vítimas de mortes violentas
no País. A população negra corresponde à maioria (78,9%) dos 10%
dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/atlas-da-violencia-2017-
negros-e-jovens-sao-as-maiores-vitimas. Acesso em: 19 abr. 2018.
Redação 600-
Tema: O problema da violência urbana no Brasil
Redação 900+
Tema: O problema da violência urbana no Brasil
Sugestão de reescrita
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em 2015, uma pessoa é
1
assassinada a cada
nove minutos no Brasil, dentre eles estão civis e, também, policiais. Sendo assim, é
2
possível perceber que esse
dado reforça a temática de que a criminalidade no país, apesar de extremamente
3
relevante nos debates midiá-
ticos, ainda necessita de atenção no que se refere à falta de infraestrutura do sistema
4
carcerário, assim como
5 políticas efetivas de segurança pública.
Em primeiro lugar deve-se ressaltar a dificuldade do país em estabelecer uma
6
relação coerente com o
sistema carcerário e suas possibilidades de ressocialização. Compreendendo o quarto
7
lugar no ranking dos países
com maior população carcerária do mundo, através do Ministério da Justiça, o Brasil não
8
possui processos de
ressocialização dos detentos e, com isso, a reincidência no cenário do crime se torna uma
9
opção, sendo um em
cada quatro pessoas. Isso ocorre porque, além do Estado não incentivar a população
10
reclusa a novas oportu-
nidades de vida, não há um ambiente propício dentro dos presídios, uma vez que, além
11
de superlotados, são
deliberadamente focos de doenças, como tuberculose, HIV e hepatite, por conta do
12
descaso governamental.
Essa despreocupação por parte do governo se estende, também, no âmbito das ruas
13
para com os
profissionais da área da segurança pública, por não haver certa compreensão estatal de
14
que a violência mútua
proporciona soluções para a problemática. Isso pode ser visto pelo fato de que, no Rio de
15
Janeiro, por exemplo,
um policial é morto a cada dois dias em decorrência da violência nas ruas, através do G1.
16
Através desse dado,
é possível entender que a polícia também é um coletivo que sofre com a falta de
17
políticas que assegurem a efe-
18 tivação do trabalho e, sobretudo, da segurança dos indivíduos.
Sendo assim, é notório entender que a problemática da guerra nas ruas é um ciclo
19
vicioso que prejudica
a população como um todo, de modo a caracterizar um tema totalmente reflexivo sobre
20
a atuação governa-
mental no país. Desse modo, políticas efetivas na melhoria do sistema carcerário como
21
um todo, desde a im-
plementação da privatização deste meio, para fins trabalhistas, como empresas do setor
22
têxtil, é imprescindível
para a construção de uma nova realidade. Além disso, a necessidade de uma atenção
23
exclusiva, por meio de
assistentes sociais e psicólogos especializados em ex-detentos, deve ser mais enfatizada
24
para a ressocialização
dessa parte da população na sociedade. Por fim, essa problemática social conseguirá ser
25
diminuída e a ocor-
rência de mortes de policiais também, além de impulsionar um aumento salarial nos
26
cargos de profissionais
que, diariamente, também sofrem com o medo de ser acometidos pela violência.
27
Somente desta forma o país
começará a mudar suas perspectivas sobre uma temática histórica e extremamente
28
difícil de erradicar.
29
30
7 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
8 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Semana 10
Para que serve a coesão textual
Você chegou à semana 10 \o/. É hora de comemorar, você está
quase na linha de chegada para dar check em tooodas as técnicas
de redação (só consigo pensar naquela musiquinha de linha de
chegada, com as bandeirinhas preto e branco).
Em nossas primeiras aulas (parece que já faz 21 anos), falamos
rapidamente sobre a importância de o texto produzir sentido e de as
ideias estarem sequenciadas de modo lógico. Chamamos a esses
processos, genericamente, de coerência textual. Também falamos
sobre a necessidade de fazer com que as partes desse texto
estivessem amarradas, interligadas entre si. Tratava-se da coesão
textual. Entretanto, embora as colocações tenham sido inicialmente
pertinentes, é necessário agora trabalharmos mais profundamente
a questão da coesão, competência 4 da grade de correção do Enem.
A coesão de um texto pode ser definida como um conjunto de
mecanismos utilizados com o objetivo de estabelecer ligações ou
nexos entre as partes e de evitar as repetições de palavras.
Dependendo do objetivo para o qual for utilizado o recurso de
coesão, ele fará parte de um grupo específico, que veremos a seguir.
Vale destacar os três níveis de ligações que podem ser
estabelecidos pelos recursos de coesão: o nível intrafrasal, criando
nexos entre os elementos de um mesmo período; o interfrasal, em
que pelo menos dois períodos são interligados; e o interparagrafal,
em que o elo ocorre entre parágrafos distintos
Tipos de mecanismos
Coesão referencial
A coesão referencial é responsável por anunciar ou retomar
informações presentes no texto. Essa estratégia é importante para
evitar repetições entre as palavras por meio da utilização de
recursos anafóricos e catafóricos. A anáfora é um mecanismo que
faz referência a um termo ou expressão citada anteriormente no
texto, enquanto a catáfora faz alusão a um termo que será citado
posteriormente.
Observe o exemplo abaixo:
“Em sua obra ‘Vigiar e punir’, Foucault elabora a imagem da vigilância constante,
representada por uma prisão denominada Panóptico. Hoje, esse seu conceito não se
concretiza no controle da segurança, mas na observação permanente e invasiva das
ações e dos gostos dos usuários dos meios virtuais. Essa ressignificação decorre
destes fatos: a excessiva exposição do sujeito e os interesses comerciais de grandes
empresas”.
Coesão sequencial
Os elementos de coesão sequencial são responsáveis pelo
sequenciamento ou andamento do texto. Eles servem para conectar
segmentos textuais e, normalmente, criam nexos semânticos entre
eles. Assim, estabelecem as principais ligações entre as partes da
redação, de forma que a coesão textual se manifeste mais
notoriamente. Entre os principais recursos, destacam-se as frases
de apoio, os termos conectivos (portanto, dessa forma, assim etc.) e
os ganchos semânticos. Veja o exemplo abaixo:
“Em primeira instância, é preciso avaliar o comportamento humano na busca pela
diferenciação. Visto que a massificação e a globalização tendem a homogeneizar os
indivíduos, busca-se a exposição como meio de destaque. Com isso, vidas privadas
são descortinadas, e pensamentos são materializados em curtidas e
compartilhamentos. Essa conduta, de certa forma, reflete a transferência para as
mídias digitais daquilo que evita expor interpessoalmente. Nesse contexto, o monitor
se converte no diário onde se imprime a essência pessoal e se constrói a
autoafirmação”.
Exercícios
1. (UEFS) Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugou-se.
Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abraçou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. Orientou.
Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cumprimentou. Assentou-se.
Preparou-se. Examinou. Leu. Convocou. Leu. Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou.
Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou. Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou.
Explorou. Escondeu. Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Depositou.
Depositou. Depositou. Associou-se. Vendeu-se. Entregou. Sacou. Depositou. Despachou.
Repreendeu. Suspendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou. Ordenou.
Telefonou. Despachou. Esperou. Chegou. Vendeu. Lucrou. Lesou. Demitiu. Convocou. Saiu.
Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou. Dormiu. Roncou. Sonhou.
Sobressaltou--se. Acordou. Preocupou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou. Bebeu. Dormiu.
Dormiu. Dormiu. Acordou. Levantou-se. Aprontou-se...
MINO. Como se conjuga um empresário. Disponível em:
<http://docslide.com.br/documents/como-se-conjuga-um-empresario.html. Acesso
em: 18 jan. 2016.
Adaptado.
c) não possui uma relação lógica entre as palavras, que é garantida, unicamente, por meio
de elementos de conexão.
2. (UNIFESP) Enlace
No convento da senhorita Sandra Carvalho e cirurgião plástico Nóbrega Pernotta,
contraíram carmelitas ontem as próprias testemunhas sendo seus pais os laços
matrimoniais.
Millôr Fernandes
A graça, no texto de Millôr, decorre da:
a) alteração dos sentidos das palavras, já que a forma de organizá-las sugere outro
significado, diferente de enlace, proposto no título.
b) transgressão do princípio sintático de articulação das palavras, o que acaba por criar
associações inusitadas e singulares.
c) desorganização total do texto, que faz com que o leitor tente ordenar as palavras para
enten-dê-lo, o que não é possível.
e) articulação das palavras dentro das convenções da língua, mas com outros matizes de
significação, o que altera, por exemplo, o sentido do título.
b) porque
c) embora
d) portanto
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado
em 2009, contém vários conectivos, sendo que
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a
bola de cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para
serem aplicadas no jogo.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldade não é
algo naturalmente esperado.
e) os pais levarem e buscarem seus filhos até a porta do ônibus que os leva à escola.
7. (ENEM) Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma
série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que
disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano
influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia,
que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma
nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo
violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
RODRIGUES, S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
Para entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça
a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente
pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há
coesão por elipse do sujeito é:
a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas”.
8. (IFSUL) Spine poetry, ou poesia de lombada, é a arte – pelo menos no sentido travesso
da palavra – de empilhar livros de tal forma que os títulos formem um todo inteligível.
Observe o poema de Sérgio Rodrigues:
d) o poema possui coerência e coesão, as quais são obtidas através da semântica das
palavras.
9. (IME) Onde estou?
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
10. (ENEM) Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de
jornal eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica
algumas vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos
dias mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua
cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada demais.
Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que
parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você escreveu
exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso
que digo para meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os estímulos são valiosos
pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no colo também eu
preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De
modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar
neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando
parece que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há
muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de
calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Redação da semana
Texto 1
Brasil produz lixo como primeiro mundo, mas faz descarte como nações pobres
Texto 2
Apenas 3% de todo o lixo produzido no Brasil é reciclado
Texto 3
Dá para transformar lixo em energia?
Redação 600-
Tema: O excesso de lixo no cenário brasileiro e os problemas para o meio ambiente
Redação 900+
Tema: O excesso de lixo no cenário brasileiro e os problemas para o meio ambiente
Sugestão de reescrita
1 O documentário Lixo extraordinário retrata o trabalho do art ista
2 plást ico Vik Muniz no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América
3 Lat ina. Embora a arte feita com resíduos de material reciclável tenha encantado
4 diversos espectadores no mundo, o excesso de dejetos ainda é um problema
5 para o meio ambiente no cenário brasileiro devido a fatores polí t icos e sociais.
6 Em primeiro lugar, cabe destacar a ausência de polí t icas públicas acerca do
7 descarte sustentável de lixo. Segundo dados divulgados pela revista Época, 85%
8 dos brasileiros não têm acesso à coleta selet iva. Dessa forma, devido à falta de
9 incent ivo e ao desconhecimento sobre a separação de resíduos, muitas pessoas
10 descartam irregularmente determinados produtos que podem contaminar os
11 solos, por exemplo, as pilhas e baterias. Isto se torna um problema à medida
12 que modelos de celulares são lançados anualmente e a população compra sem
13 necessidade.
14 Além disso, a ineficácia do controle e da fiscalização do descarte irregular
15 de dejetos prejudica o meio ambiente. Desde 2014, a Polí t ica Nacional de
16 Resíduos Sólidos estabeleceu o fechamento de lixões a céu aberto, entretanto,
17 essa proposta ainda não é eficaz, visto que o território brasileiro ainda possui
18 diversos ambientes inadequados para dest inar o lixo. Além disso, segundo
19 dados da WWF, o Brasil é um dos maiores produtores de lixo do mundo.
20 Assim, medidas são necessárias para consolidar as resoluções governamentais
21 sustentáveis.
22 Fica evidente, portanto, que o excesso de lixo é um problema no cenário
23 brasileiro. Dessa forma, o Ministério do Meio Ambiente deve fiscalizar e proibir
24 a atuação de lixões a céu aberto e subst ituí-los por aterros sanitários, visto que
25 são locais mais apropriados para o descarte de resíduos. Isso pode ser feito a
26 part ir de operações de órgãos públicos e fiscais da natureza com o objet ivo de
27 multar, fechar espaços irregulares e preservar o meio ambiente.
28
29
30
Resuminho mara de tudo o
que aprendemos
2. Leia os textos da coletânea. Sublinhe trechos que pareçam significativos para seu
texto. A leitura da coletânea nunca deve ser passiva; muito pelo contrário, você deve
buscar sempre interpretar e “processar” as informações ali presentes, de modo a criar
argumentos e referências úteis para a redação. Além disso, lembre-se de que, em
temas de abordagem muito ampla, a coletânea tem outra importante função: direcionar
o entendimento do tema e os aspectos que, no texto, devem ser trabalhados.
3. Faça uma listagem de ideias, argumentos e exemplos. Tudo o que vier à sua mente
deve ser colocado no papel, de modo que você possa, depois, selecionar e organizar os
elementos que parecem mais interessantes para a construção textual.
7. Conclusão – mais uma vez, é válido lembrar cada uma das funções do parágrafo de
conclusão: a) reafirmar o seu ponto de vista sobre o tema; b) apresentar a proposta de
intervenção com os cinco elementos: ação, meio, finalidade, agente e detalhamento; c)
por último, estabeleça um “diálogo” com a introdução – e com o título, se você tiver
feito – para garantir a circularidade do texto.
8. Escreva o rascunho em até quarenta e cinco minutos – você terá vinte minutos para
passar o texto a limpo e ainda um tempinho para revisar o texto. Lembre-se de que
controlar o tempo (e a redação deve “gastar” cerca de uma hora/uma hora e meia da
sua prova) é fundamental.
9. Releia o texto, preocupando-se com vírgulas, acentos, palavras “comidas” e afins. Faça
as últimas correções que se mostrarem necessárias.
Texto 1
Disponível em: http://www.ivancabral.com/2014/03/charge-do-dia-imobilidade-
urbana.html.
Acesso em: 15 jan. 2020.
Texto 2
Em meio à crescente frota de automóveis nas grandes cidades
do País, as bicicletas lutam para conquistar espaço. Levantamento
feito pelo G1 junto às prefeituras das 26 capitais do Brasil mostra
que, juntas, elas possuem 1.118 km de ciclovias – o que representa
apenas 1% do total da malha viária das cidades (97.979 km de
ruas).
O Brasil tem hoje cerca de 70 milhões de bicicletas, mas quase
não há lugares exclusivos e seguros para se trafegar, especialmente
nas metrópoles. Para o especialista em mobilidade Alexandre
Delijaicov, da Universidade de São Paulo (USP), o problema é que
não é dada prioridade a quem realmente precisa. “Mais de um terço
das viagens no país é feita a pé, a maior parte por uma população
que não tem dinheiro para se locomover. Não construir calçadas
mais largas e ciclovias é um absurdo”, diz.
O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) diz
que há um estímulo ao uso do carro por todos os lados. “Trata-se
de um urbanismo mercantilista, que só colabora para piorar a
construção coletiva da coisa pública.”
Disponível em: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/03/ciclovias-representam-
apenas-1-da-malha-viaria-das-capitais-no-pais.html. Acesso em: 22 jan. 2020.
Texto 3
O rodízio municipal de veículos de São Paulo ou também
chamado de Operação Horário de Pico pela CET é uma restrição à
circulação de veículos automotores na cidade de São Paulo.
Implantado de forma experimental a partir de 1996 com o propósito
de melhorar as condições ambientais reduzindo a carga de
poluentes na atmosfera, se consolidou como um instrumento para
reduzir congestionamentos nas principais vias da cidade, nos
horários de maior movimento. Para mitigar os efeitos dos
congestionamentos no trânsito e na qualidade do ar da cidade, a
Prefeitura de São Paulo estendeu o rodízio para a circulação dos
caminhões dentro do Centro Expandido a partir do dia 30 de junho
de 2008.
O rodízio foi estabelecido pela Lei Municipal 12.490, de 3 de
outubro de 1997, e regulamentada pelo Decreto 37.085 e suas
alterações.
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rod%C3%ADzio_de_ve%C3%ADculos_de_S%C3%A3o_Paulo.Acesso
em: 18 jan. 2020.
Redação 2
Texto 1
Funk pode ser reconhecido oficialmente como manifestação cultural popular
18/03/2019, 18h08
A proposta (PLC 81/2018) já aprovada pela Câmara dos
Deputados reconhece oficialmente o funk como manifestação
cultural popular e digna do cuidado e proteção do poder público. O
relator na Comissão de Educação no Senado, Humberto Costa (PT-
PE), lembrou que o movimento musical e cultural nascido nos
Estados Unidos chegou ao Brasil na década de 1970 e ganhou um
ritmo próprio. Ele lamentou que o funk carioca seja representado
nos meios de comunicação de forma preconceituosa.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2019/03/funk-pode-
ser-reconhecido-oficialmente-como-manifestacao-cultural-popular. Acesso em: 10
fev. 2020.
Texto 2
“Fico chateado quando falam que funk não é cultura”
Redação 3
Texto 1
Texto 2
Apesar de o autismo ter um número relativamente grande de
incidência, foi apenas em 1993 que a síndrome foi adicionada à
Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da
Saúde. A demora na inclusão do autismo neste ranking é reflexo do
pouco que se sabe sobre a questão. Ainda nos dias de hoje, o
diagnóstico é impreciso, e nem mesmo um exame genético é capaz
de afirmar com precisão a incidência da síndrome. “Existe uma
busca, no mundo todo, para entender quais são as causas
genéticas do autismo”, explica a Professora Maria Rita dos Santos e
Passos Bueno, coordenadora do núcleo voltado a autismo do
Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco do
Instituto de Biociências (IB) da USP.
Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=um-retrato-do-autismo-
no-brasil.Acesso em: 02 out. 2019.
Texto 3
Fake News! Um estudo apresentado em 1998, que levantou
preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o
sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo, foi posteriormente
considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que
o publicou. Infelizmente, sua publicação desencadeou um pânico
que levou à queda das coberturas de vacinação e subsequentes
surtos dessas doenças. Não há evidência de uma ligação entre essa
vacina e o autismo/transtornos autistas.
Disponível em: http://www.saude.gov.br/fakenews/44429-vacinas-causam-
autismo-fake-news.Acesso em: 27 set. 2019.
Texto 4
Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/todas-as-
noticias/2018/abril/2-de-abril-dia-mundial-da-conscientizacao-do-autismo. Acesso
em: 8 out. 2019.
Redação 4
Texto 1
Apesar de ser uma modalidade de ensino que está crescendo no
País, a educação a distância ainda possui dificuldades. As
mudanças aceleradas que vêm ocorrendo no mundo, aliadas ao
rápido desenvolvimento das tecnologias da informação, têm
aumentado a capacidade de modernização dos processos
educacionais e ampliado as possibilidades de interação entre
indivíduos separados geograficamente. A utilização da tecnologia
no ensino, através de meios eletrônicos e computacionais, pode
contribuir na resolução de muitos problemas educacionais.
O Ensino a Distância (EAD) é um método que permite a
realização de cursos de graduação, pós-graduação, especialização,
entre outros, sem a necessidade de comparecer às salas de aulas
convencionais. Ainda permite uma flexibilidade enorme em relação
ao horário de estudos e a realização das atividades.
Porém, o desenvolvimento de projetos de EAD exige mudanças
de hábitos, seja do professor, ao desenvolver o processo, seja da
equipe, que precisa valorizar o trabalho participativo, seja dos
alunos, que necessitam melhorar a sua capacidade de
autoformação, de modo a desenvolverem um processo de
aprendizagem em que a presença física do professor é eventual.
Apesar da modalidade de ensino a distância ter apresentado uma
grande quantidade de adeptos, existem vários obstáculos que
podem provocar desilusão do aluno e do tutor on-line.
Disponível em: https://www.ead.com.br/ead/possiveis-obstaculos-dos-cursos-a-
distancia.html.Acesso em: 04 maio 2019.
Texto 2
Infelizmente, grande parte da população não tem acesso aos
meios digitais ou à internet. Além disso, apesar das novas gerações
se adaptarem aos recursos digitais com maior facilidade, pessoas
nascidas antes da década de 1980 apresentam muitas vezes
dificuldades em lidar com as novas linguagens e os novos recursos
digitais.
A solução seria mais investimentos ao acesso destes recursos
na educação de base, integrados aos conteúdos comuns e políticas
públicas que tornem possível o acesso à internet e aos aparelhos
tecnológicos. A adaptação das gerações anteriores parece que a
cada dia avança mais e é uma questão de tempo e de oportunidade.
Disponível em: https://canaldoensino.com.br/blog/5-desafios-da-educacao-a-
distancia-no-brasil.Acesso em: 13 maio 2019.
Redação 5
Texto 1
Sabe-se que a Constituição é a lei fundamental e suprema de
uma nação, ditando a sua forma de organização e seus princípios
basilares.
Os Direitos Culturais, além de serem direitos humanos previstos
expressamente na Declaração Universal de Direitos Humanos
(1948), no Brasil encontram-se devidamente normatizados na
Constituição Federal de 1988 devido à sua relevância como fator de
singularizarão da pessoa humana. [...]
Texto 2
Desigualdades no acesso à produção cultural:
Entretenimento: a minoria dos brasileiros frequenta cinema uma
vez no ano. Quase todos os brasileiros nunca frequentaram museus
ou jamais frequentaram alguma exposição de arte. Mais de 70% dos
brasileiros nunca assistiram a um espetáculo de dança, embora
muitos saiam para dançar. Grande parte dos municípios não possui
salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais multiuso.
Livros e Bibliotecas: o brasileiro praticamente não tem o hábito
de leitura. A maioria dos livros estão concentrados nas mãos de
muito poucos. O preço médio do livro de leitura é muito elevado
quando se compara com a renda do brasileiro nas classes C/D/E.
Muitos municípios brasileiros não têm biblioteca, a maioria destes
se localiza no Nordeste, e apenas dois no Sudeste.
Acesso à Internet: uma grande porcentagem de brasileiros não
possui computador em casa, destes, a maioria não tem qualquer
acesso à internet (nem no trabalho, nem na escola).
Profissionais da Cultura: a metade da população ocupada na
área de cultura não tem carteira assinada ou trabalha por conta
própria (Fonte: Ministério da Cultura – IBGE – IPEA).
Disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/culture-and-
development/access-to-culture/. Acesso em: 13 mar. 2020.
9 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Dicas de gramática
E a decoreba?
Na escola, é comum que os professores ensinem diversos casos
gerais e exceções para o uso da crase. Aqui, como queremos
descomplicar de vez a sua vida e, é claro, facilitar a sua lembrança
na hora do vestibular, abriremos mão de todos os casos específicos
e faremos a análise do fenômeno da crase partindo de três
condições. Todas as três precisam ser satisfeitas, ou não teremos o
fenômeno da crase. Vamos ver?
1. Deve haver uma preposição “a” obrigatória;
Referiu-se à Juliana.
Note que temos aqui duas frases parecidas, mas que, ainda
assim, se comportam de forma diferente com relação ao uso da
crase. Na primeira frase, não utilizamos o acento grave. Aqui, a
terceira condição não foi satisfeita. Não usamos o artigo a antes de
pronomes, de qualquer classificação.
Ajoelhou-se perante a mulher.
Dica
Assim como citamos anteriormente, em vários casos, substituir
o substantivo que vem depois da vogal a por uma palavra no
masculino pode ajudar na definição da crase. Veja:
Referiu-se à mulher. Referiu-se ao homem.
Quem e cuja
Os pronomes quem e cuja não admitem a anteposição do artigo;
portanto, diante deles não ocorrerá crase.
Esta é a mulher a quem obedeço.
Que
Diante do pronome relativo que, normalmente não há crase, pois
esse pronome não admite a anteposição do artigo.
Esta é a faculdade a que aspiro.
Horário/tempo
Antes de locuções adverbiais de tempo, cujo núcleo é a palavra
“hora” (ou seu plural, “horas”), ocorre crase.
Chegarei domingo às 18 horas.
Exercícios
1. Em alguns nomes de lugares femininos não é correto utilizar a crase. Assinale a
alternativa em que ocorre esse uso incorreto:
a) Marta foi à Itália.
d) Quero que você fique bem à vontade para negar meu pedido, se não puder atendê-lo.
(04) A primeira frase significa que alguém exalava o perfume da flor de romã.
(08) A segunda frase significa que alguém tem o perfume da flor de romã.
b) às – a – à – à – a
c) as – a – à – a – à
d) às – a – à – a – à
e) as – à – à – a – a
b) à – à – à – à
c) à – à – a – a
d) à – à – a – à
e) a – a – à – à
1
pendão: bandeira, flâmula
2
augusto: nobre
c) para evitar a ambiguidade gerada pela inversão dos versos, tratando-se de uso de
acento diferencial.
d) para que o leitor reconheça o sujeito “à lembrança”, por meio do acento grave em seu
adjunto adnominal “a”.
b) àquele – à – há
c) àquele – à – à
d) àquele – a – há
e) aquele – à – há
8. (PUC) Foi mais ____ de um século que, numa região de escritores, propôs-se a maldição
do cientista que reconduziria o arco-íris ____ simples matéria: era uma ameaça ____ poesia.
a) a – a – à
b) há – à – a
c) há – à – à
d) a – a – a
e) há – a – à
10. ____ noite, todos os operários voltaram ____ fábrica e só deixaram o serviço____ uma
hora da manhã.
a) há – à – à
b) a – a – a
c) à – à – à
d) à – a – há
e) a – à – a
O uso da vírgula
Exercícios
1. Atendo-se aos enunciados que seguem, sua tarefa consistirá em analisá-los, levando
em consideração o uso ou não da vírgula. Em seguida, ative seus conhecimentos no
sentido de deixar registradas as impressões obtidas por meio de tal análise.
A mãe da garota eufórica resolveu buscá-la mais cedo no colégio.
A mãe da garota, eufórica, resolveu buscá-la mais cedo no colégio.
b) “E vive ainda a lembrança do último Zumbi, o rei de Palmares, o guerreiro que viveu na
morte o seu direito de liberdade e de heroísmo...”
3. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação
que devem preencher as lacunas da frase ao lado: Quando se trata de trabalho
científico____ duas coisas devem ser consideradas____ uma é a contribuição que o trabalho
oferece____ a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula.
4. (IBGE) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas
lacunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência.
Aos poucos___a necessidade de mão de obra foi aumentando ___ tornando-se
necessária a abertura dos portos ___para uma outra população de trabalhadores___os
imigrantes.
a) O – ponto e vírgula – vírgula – vírgula
b) O – O – dois-pontos – vírgula
b) Elevar-se é uma aspiração humana a que música, essa arte próxima do divino, assiste
com uma harmonia quase celestial. (Bravo!, 7/1998.)
c) Estamos começando a mudar, mas ainda pagamos um preço alto por isso. (IstoÉ,
5/11/1997.)
e) Acho impossível, e mesmo raso, analisar que é o teatro infantil fora de um contexto
social. (O Estado de S. Paulo, 4/7/1999.)
7. (FGV - adaptada) Em cada um das lacunas abaixo, você poderá colocar ou não um sinal
de pontuação. Sua decisão não deverá contrariar as regras de pontuação vigentes.
Quem ensina ou orienta ___ precisa desenvolver __ a habilidade de ser empático __ a
empatia __ consiste __ na capacidade de colocar-se __ no lugar do outro __ de ver as coisas
da perspectiva dele __ por exemplo __ uma professora __ ao avaliar um novo jogo de
palavras cruzadas destinado a ampliar __ o vocabulário de suas crianças __ pode achá-lo
fascinante __ mas deve perguntar-se __ se as crianças lidarão bem com o novo jogo __
será que elas vão gostar __ será que vão entender as regras de funcionamento __ será que
o vocabulário vai realmente ser ampliado __
9. (UNICAMP)
Na tira de Garfield, a comicidade se dá por uma dupla possibilidade de leitura.
a) Explicite as duas leituras possíveis e explique como se constrói cada uma delas.
10 Acesse: http://livro.descomplica.com.br/redacao.
Noções básicas de ortografia e
aspectos linguísticos
A ortografia é forma convencional pelo qual se representa na
escrita uma língua. Em geral, o sistema de grafia oficial das línguas
é estabelecido pela tradição oral e a origem e história das palavras.
Além disso, o sistema ortográfico oficial do Brasil é o que foi
estabelecido nas bases do novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa, acordo entre os países falantes de Língua Portuguesa,
entre eles: Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Brasil,
Moçambique, Timor Leste e São Tomé e Príncipe.
Caso haja dúvidas sobre a escrita de palavras da Língua
Portuguesa, utilize o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
(VOLP) para tirar suas dúvidas. O VOLP é elaborado pela Academia
Brasileira de Letras, em consonância com o novo Acordo
Ortográfico.
Acentuação gráfica
São utilizados acentos agudo ou circunflexo na 3.ª pessoa de alguns verbos: ele vem,
eles vêm; ele tem, eles têm; ele contém, eles contêm; ele convém, eles convêm; ele crê, eles
creem; ele revê, eles reveem.
Grafia de palavras
• As flexões dos verbos e nomes mantêm o s ou o z das formas
básicas: fazia, fiz → fazer; analisamos, analisarei → analisar.
Aspectos linguísticos
• A fim de ou afim de? A palavra “a fim” indica finalidade e significa
“para”, “com o propósito”, “com o intuito”. “Afim” é um adjetivo que
significa “igual”, “semelhante” ou “parecido”.
• A ou há? O “há” vem do verbo haver, que é utilizado somente no
sentido de indicar tempo decorrido ou de “existir”. Já o “a” se
refere a alguma coisa que ainda vai acontecer.
Exercícios
6. Explique por que os recursos coesivos são importantes para a redação. Cite um
fragmento do texto que ilustre uma falha coesiva devido à ausência desses recursos.
SEMANA 1
1. B
SEMANA 2
1. D
SEMANA 3
1. Não, pois ele dá continuidade à defesa de seu ponto de vista,
apresentando apenas uma ressalva quanto às exigências da
sociedade com relação ao comportamento de cada indivíduo.
2. Porque ele cria uma generalização, afirmando que toda a
população desconhece os princípios básicos de convívio social, o
que se aplica apenas a uma parcela dela.
3. “Já que elas são feitas por pessoas que não se importam com
as necessidades dos menos favorecidos.”
4. Sim, já que o tema trata da ideia de cidadão de forma ampla,
não apenas no que diz respeito à situação brasileira. Há, portanto,
uma restrição ao enfoque do tema.
5. “Relativa também é a visão que uma pessoa possui quanto ao
seu papel em uma sociedade.”
6. Sim. A abordagem circular é um erro cometido por muitos
vestibulandos na escrita de uma redação. Isso ocorre devido ao
mau planejamento do texto, visto que o aluno começa a escrever
sem saber como começar e terminar as ideias, por isso torna-se um
texto repetitivo que fala sempre sobre as mesmas questões e não
conclui nenhuma informação. Por outro lado, não se pode confundir
abordagem circular com texto-circuito. O texto-circuito é uma boa
estratégia de redação, a qual evidencia um planejamento de texto. É
quando um texto utiliza uma boa referência na contextualização ou
até mesmo no título e o aluno consegue retomá-la na conclusão,
mostrando um circuito fechado de ideias.
7. D
O autor do texto defende um ponto de vista: o cigarro faz mal à
saúde. Para convencer os usuários a deixarem de adquirir esse
produto, o emissor fala sobre os gastos financeiros, pois, se houver
um aumento do preço para a venda de maço de cigarros, o custo
para bancar o fumo será mais alto e muitos indivíduos não vão
querer manter esses custos.
8. O produtor do texto focou a exposição de informações e não
soube defender seu argumento. É preciso abordar quais são os
empecilhos da obesidade e da má alimentação, justificando a
necessidade de os indivíduos cuidarem de sua saúde a fim de
prevenirem doenças cardiovasculares.
9. C
No texto, a personagem feminina acredita que a sua beleza
serviria de “porta-voz” para possibilidades de ascensão social, no
entanto o texto evidencia que ela se enganou com esse
pensamento, pois isso não lhe garantiu necessariamente sorte na
vida e nos relacionamentos.
10. Para validar uma determinada perspectiva, é preciso que as
informações contidas no texto estejam corretas. O primeiro erro é
afirmar que Karl Marx era um cientista e o segundo consiste em
relacionar o filósofo Karl Marx dentro da Idade Média, uma vez que
este fez parte do século XIX. O conhecimento de mundo é muito
importante para a produção de textos argumentativos.
SEMANA 4
1. O ser humano tende sempre a viver projetando o futuro,
preparando para o que ainda está por vir, mas, para entender o
funcionamento de tudo, busca sempre respostas no passado.
2. Sim, pois toda a sua argumentação tem como base as
interpretações equivocadas do significado de cada década, o que
comprova, dentro de sua visão, que isso pode, de fato, ocorrer.
3. Ele trabalha com oposições, apresentando como cada década
ficou conhecida historicamente e o que ocorreu em cada uma delas.
4. Passos lentos e curtos.
5. Não. No 1.º caso, ele utiliza como forma de inserir um
comentário paralelo, uma opinião do autor. No 2.º caso, a ideia é
acrescentar uma informação a mais sobre um termo já
mencionado, substituindo os parênteses.
6. Possibilidades: “loucos” / “plácidos” / “sem graça” /
“aborrecidos” / “fabulosos”.
7. Resposta pessoal. Sugestão: ele insinua que os
acontecimentos dos anos 60 não são tão significativos, apenas
reproduções do que acontece em toda a década.
8. Sim, ele apresenta uma visão negativa. Isso pode ser
comprovado quando ele utiliza “qual será a conclusão errada?”,
colocando como inevitável sua ocorrência.
9. Tema 1: Assunto: cinema e democratização. Tema 2: Assunto:
publicidade infantil.
10. As duas frases-tema têm como recorte o cenário brasileiro,
porém com enfoques em temas diferentes. No tema 1, é pedida
uma análise da democratização do cinema, ou seja, o quanto se é
possível afirmar ou não a popularização das suas formas de
acesso. Já no segundo tema a reflexão crítica é acerca da
publicidade direcionada ao público infantil, poden-do-se explorar as
regulamentações, a funcionalidade e como o público-alvo dessas
ações publicitárias é afetado.
SEMANA 5
1. O texto 1 apresenta informações sobre a primeira exibição
pública de cinema, em Paris. Essas informações poderiam ser
utilizadas na introdução do texto como um recurso para
contextualização do assunto para depois restringir o tema.
2. Sugestão de contextualização: A primeira exibição pública de
cinema ocorreu em Paris, em 1985. Os irmãos Lumière, inventores
do cinema, revolucionam a forma de transmitir cultura aos seus
telespectadores, a partir das grandes telas.
3. O gráfico apresenta dados sobre o público que frequenta as
salas de cinema e a relação com os filmes na televisão. A partir dos
dados, pode-se inferir que mais da metade dos telespectadores que
assistem a filmes nas salas de cinema também assistem-nos na
TV; menos da metade dos telespectadores de televisão vão ao
cinema, menos de 20% da população frequenta o cinema etc. Essas
informações podem ser utilizadas no desenvolvimento de uma
redação como embasamento para justificar opiniões e ideias.
4. O texto 4 informa o número de salas de cinema no Brasil
durante o período de 1975 e 2019. Assim, nota-se que o Brasil já
investiu muito em salas de cinema, mas, hoje, populações inteiras
são excluídas do cinema. Assim, nota-se que as áreas privilegiadas
são as de renda mais altas nas grandes cidades.
5. Sugestão de argumentação: De acordo com dados divulgados
pela Ancine, nota-se que desde o ano de 1975 o Brasil perdeu
muitas salas de cinema, restringindo o acesso aos espectadores
que moram em áreas de renda mais alta nas grandes cidades e
excluem populações inteiras do cinema, por exemplo, das periferias
urbanas ou cidades pequenas do Norte e do Nordeste. Assim, nota-
se que o acesso às salas de cinema não é democrático no Brasil e
medidas devem ser tomadas para mudar esse cenário.
6. As palavras-chave que auxiliam no entendimento do tema
são: “democratização”, ou seja, que apresenta uma problemática
acerca da questão, pois, se o aluno deve falar sobre os meios de
tornar o cinema acessível e democrático, significa que a realidade
atual não é essa. Além disso, a palavra “cinema” direciona para o
assunto central da discussão.
7. O parágrafo apresentado tem como justificativa para a falta de
democratização no acesso às salas de cinema a criação de
plataformas de streaming, as quais podem ser acessadas de
qualquer ambiente, a qualquer momento. Entretanto, esses
aplicativos popularizam o acesso à cultura devido ao preço, porém
exige um recurso que muitas pessoas podem não ter: acesso à
internet. Além disso, outro fato que se torna incoerente com relação
ao tema e, portanto, uma fuga é que os problemas relacionados ao
cinema não são culpa dessa plataforma, pois, mesmo que ela
possibilite o acesso aos filmes, o ambiente cultural do “cinema”
ainda não se torna acessível à grande parte da população por
outros motivos, por exemplo: a distância até uma sala de cinema, a
ausência de salas de cinemas em determinadas regiões e o preço
do ingresso.
8. O candidato que escreve uma redação e não contempla as
palavras-chave exigidas no tema perde ponto na competência 2, a
qual avalia que o candidato compreenda a proposta de redação.
9. A charge chama a atenção para o ditado popular segundo o
qual “falar é fácil, difícil é fazer”. Muitas vezes as pessoas defendem
enfaticamente valores que não têm. Em uma sociedade, para ser
um representante da ética, é preciso seguir valores e princípios
morais positivos que conduzam o indivíduo a sempre ter condutas e
práticas exemplares. A ética, assim como o respeito, norteiam o
comportamento de uma pessoa ou mesmo de um grupo, gerando
consequências para si e para os outros. Cultivar o respeito por si e
pelos outros permite que haja reconhecimento, aceitação,
apreciação e valorização das qualidades do próximo e de seus
direitos.
10. O texto apresenta, de modo claro e conciso, a crítica
proposta pela charge em questão. Assim, entre as linhas 1 a 4, o
candidato resume o assunto do qual trata a charge, isto é, por meio
das mensagens, o autor chama a atenção para o comportamento
contraditório das pessoas que se manifestam favoravelmente aos
direitos civis e que, em determinadas situações, posicionam-se de
maneira rigorosamente contrária àquela que defenderam. Desse
modo, o candidato demonstra ter compreendido o conteúdo
denunciado pelas imagens.
SEMANA 6
1. O tema fala sobre o papel da literatura na nossa formação,
hoje.
2. De “Em ‘A literatura’” até “e de ser”.
3. De “Nesse sentido” até “de sociedade”.
4. Não. Apesar de apresentar uma contextualização, não há
posicionamento claro. É, portanto, expositivo.
5. A contextualização é cultural, uma vez que usa a obra de
Roberto Da Matta na apresentação do tema.
6. A contextualização termina em “lei no país” e tem como
estratégia a utilização de um filme, sendo, portanto, reconhecida
como cultural.
7. A tese, a partir de “isso confirma”, tem construção de maneira
analítica, visto que apresenta, na sua formulação, os dois
argumentos a serem defendidos no desenvolvimento: o que de (1) a
escola e (2) a família têm papel na resolução do problema.
8. O aluno poderia apresentar uma análise histórica da ideia de
bullying nas escolas, comparando a sua presença nesse meio
ontem e hoje.
9. Além do cuidado gramatical, o parágrafo apresenta uma
contextualização muito interessante, levando em consideração a
história e os desafios de Dom Quixote, bem como uma tese bem
construída e clara.
10. Dados sobre o hábito de leitura entre as crianças poderiam
ser interessantes na contextualização. Além disso, o aluno poderia
criar uma comparação entre a forma como a leitura é levada em
consideração aqui, no Brasil, e fora do País (e os resultados disso).
SEMANA 7
1. Sim. O parágrafo de desenvolvimento pode ser considerado
exemplar, pois apresenta uma justificativa sobre a tese no tópico
frasal – “a exibição de certos filmes é restrita a algumas salas de
cinema” – e a fundamentação, elementos necessários para a
construção de um parágrafo-padrão.
2. “Destaca-se, primeiramente, que a exibição de certos filmes é
restrita a algumas salas de cinema.”
3. A fundamentação do tópico frasal foi feita a partir de uma
estratégia de consequência – “As regiões metropolitanas do país
têm acesso a diversos tipos de produções, inclusive as premiadas
internacionalmente, enquanto cidades periféricas recebem apenas
os chamados ‘blockbusters’ – projeções que são recordes de
bilheteria” – e causa – “Isso pode ser explicado a partir do conceito
de ‘indústria cultural’ dos sociólogos Adorno e Horkheimer porque
há uma seleção do que determinados espectadores podem assistir,
restringindo a apenas o que é considerado cultura de massa”.
4. As estratégias utilizadas para fundamentação do argumento
foram: exemplificação (explicação sobre os “blockbusters”) e
argumento de autoridade (sobre o conceito de “indústria cultural” de
Adorno e Horkheimer).
5. De acordo com o tópico frasal do primeiro parágrafo de
desenvolvimento, pode-se notar que serão aprofundadas ideias
sobre a falta de informações a respeito do transtorno. No entanto,
as ideias foram apresentadas de modo superficial porque se fala
sobre o “número de jovens dessa condição ser elevado”, mas não
há nenhuma evidência que comprove esse dado. Além disso, é
necessário estabelecer o início, meio e o fim das ideias do
parágrafo, o qual se encontra sem a finalização das ideias.
6. Sugestão de reescrita: Destaca-se, primeiramente, a escassez
de informações acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA). De
acordo com dados do IBGE, o Brasil possui cerca de 35 milhões de
crianças no Brasil, entre elas 241 mil seriam autistas. Devido ao
número de jovens portadores dessa condição ser elevado, foi
necessário criar meios de conscientização e informação sobre essa
causa, tais como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo e o
“Abril Azul” – mês de luta pelos que vivem com o transtorno. Assim,
nota-se que houve uma grande evolução, porém medidas ainda são
necessárias para ampliar o conhecimento sobre essa questão por
causa da complexidade para o fechamento de diagnósticos e para
mitigar o preconceito em relação aos portadores do distúrbio.
7. A expressão “em primeiro lugar” indica que o parágrafo
apresentado é o primeiro de desenvolvimento. Além disso, funciona
como importante recurso coesivo na organização do texto.
8. Sugestão de resposta: A internet possibilita a mudança de vida
de diversos jovens brasileiros.
9. As estratégias argumentativas utilizadas para o
aprofundamento da argumentação foram: pequena narrativa
ilustrativa – “Em 2010, houve a invasão do Complexo do Alemão,
pelos policiais do Rio de Janeiro, com o objetivo de recuperar o
território dominado pelo poder paralelo” – e exemplificação – “surge
o portal chamado “Voz das Comunidades” que transmitiu os
primeiros registros da ocupação, não só com o compromisso de
informar sua vizinhança, mas também de levar a voz da favela para
fora dos seus limites”.
10. D
Ao longo da argumentação, a narradora usa recursos
argumentativos que reforçam os contrastes, como o uso da
conjunção adversativa “mas”, de ideias contrastantes. Isso
corrobora também o caráter argumentativo pelo uso do operador
argumentativo, introduzindo o argumento mais forte.
SEMANA 8
1. A proposta de intervenção não é considerada exemplar e
recebe nota zero pois desrespeita o critério básico de uma
conclusão modelo Enem: o respeito aos direitos humanos. Em uma
proposta, quaisquer fragmentos que constituem desrespeito aos
direitos humanos e incitem as pessoas à violência, ou seja, aqueles
em que transparece a ação de indivíduos na administração da
punição, por exemplo, os que defendem a “justiça com as próprias
mãos”, devem ser desconsiderados.
2. O agente da proposta de intervenção é o Ministério da
Educação.
3. O detalhamento da proposta de intervenção deve ser uma
complementação, ou seja, uma informação extra sobre algum dos
elementos da intervenção. No fragmento destacado, percebe- se
que a frase “órgão regulador da educação nacional” é uma
complementação com relação ao antecedente. Assim, o
detalhamento é uma informação complementadora do agente da
proposta.
4. A ação interventiva para o tema do legado do funk como
elemento de identidade nacional é a valorização das manifestações
artísticas de língua portuguesa na Base Nacional Comum Curricular.
5. A finalidade de implementar a proposta de intervenção sobre o
legado do funk é a inclusão da música popular brasileira nas salas
de aula, de forma que haja representatividade dos alunos que vivem
essa realidade.
6. O meio de realização da proposta de intervenção acerca do
legado do funk é a utilização do repertório musical do funk em aulas
de arte, produção textual e sociologia.
7. Na intervenção analisada, há alguns elementos essenciais
para sua construção, por exemplo: agente (“ONG”), ação
(“promovam a difusão de informação acerca do tema”), meio (“isso
pode ser feito por meio de palestras e campanhas de
conscientização em escolas e instituições sociais que recebam
pessoas autistas”), finalidade (“com o objetivo de integrá-los cada
vez mais na sociedade”).
8. No fragmento de intervenção apresentado falta o
detalhamento – uma informação extra sobre algum elemento da
proposta. Todavia, não há também um período de retomada a
elementos da introdução que auxilia na circularidade do texto.
9. Portanto, fica evidente a necessidade de discussão acerca do
autismo no Brasil. Dessa forma, é necessário que ONGs
relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista tenham médicos,
psicólogos e psicopedagogos especializados nessa condição para
promover a difusão de informação sobre o tema. Isso pode ser feito
por meio de palestras e campanhas de conscientização em escolas
e instituições sociais que recebam pessoas autistas com o objetivo
de integrá-los cada vez mais sociedade. Somente assim os autistas
poderão conviver normalmente em sociedade, assim como o
personagem da série da Netflix.
10. O fragmento pode ser considerado um exemplar de texto-
circuito porque a conclusão estabelece uma retomada com o título,
visto que retomam a ideia do Mito de Narciso.
SEMANA 9
1. A redução não é a solução mais adequada.
2. Os que defendem a redução apontam que, em vários países
do mundo, a idade para ser julgado como adulto é inferior à do
Brasil. Além disso, destacam que, se um jovem de 16 anos é
consciente para votar, também o é para responder criminalmente
por seus atos, principalmente aqueles cometidos contra a vida.
3. A síntese do tipo reafirmadora consiste em que a redução não
é a solução mais adequada, pois o sistema prisional é ineficiente e
não diminui a violência, já que nenhum país que reduziu a
maioridade teve queda nas taxas de criminalidade. Além disso,
menos de 10% das infrações cometidas por menores são atentados
à vida – os mais apontados pelos defensores. Destaca-se também
o fato de que o cidadão brasileiro é responsabilizado penalmente a
partir dos 12 anos e, aos 16, o voto é facultativo, não sendo critério
para a definição de “consciência plena”. Há também o fato de que,
no mundo, existe uma tendência de elevar a maioridade em vários
países, inclusive em alguns pontos dos EUA.
4. O texto supera o impasse da argumentação de forma
reafirmadora, destruindo a antítese e reforçando o ponto de vista
apresentado na tese: a redução da maioridade penal não é a
solução mais adequada. A reafirmação fica por conta do segundo
parágrafo de desenvolvimento, que apresenta dados e reflexões que
confirmam a ideia apresentada na tese.
5. A construção da dialética no texto é perceptível por meio dos
três elementos-base (tese, antítese e síntese) muito bem
desenvolvidos durante toda a escrita. Como pode ser observado nas
questões anteriores, a reafirmação do ponto de vista pela antítese e
pela finalização do texto com a síntese de ideias, de modo claro e
muito bem argumentado, prevê um bom entendimento por parte do
autor.
6. E
Com relação às alternativas, apenas a afirmativa I é inadequada,
pois o primeiro período do texto apresenta uma constatação
genérica sobre a diversidade linguística de cada idioma (“Todas as
verdades linguísticas são estruturadas...”) seguida de uma oposição
introduzida no segundo período pela conjunção coordenativa
adversativa “mas”. O terceiro, formado essencialmente por orações
subordinadas (concessiva e causal), constitui a exemplificação, que
levam à conclusão coerente sobre a particularidade da variedade-
padrão.
7. D
Em um texto de caráter argumentativo, a conclusão é
estabelecida pela combinação lógica dos axiomas já existentes. Por
outro lado, pelo método dialético, interpretam-se os processos com
a oposição de premissas que tendem a se resolver numa solução
(tese + antítese = síntese, conciliação de contrários). Já o método
dedutivo parte da análise geral para o particular. O método indutivo
estabelece um raciocínio que parte do particular para o geral, como
o que Cristovam Buarque aplica no texto “Nós, escravocratas”, ao
enumerar razões específicas, facilmente constatadas no cotidiano,
para sustentar sua opinião.
8. B
(Comentário UERJ) Ao apresentar o sentido de história que
emergiria da experiência vivida, o autor emprega expressões
linguísticas com estruturas de mesmo tipo (que todos nós
procuramos nas páginas dos livros e nas telas dos cinemas; na qual
as estrelas e eu éramos os protagonistas). Esses trechos cumprem
o papel de particularizar o sentido da palavra “história”.
9. D
O método de raciocínio indutivo é caracterizado a partir da
observação de casos particulares para estabelecimento de uma
conclusão geral. Assim, a partir de observações particulares, a
pesquisadora Ana Lúcia Saboia, em seu texto, chega à conclusão de
que é preciso ficar atento ao envelhecimento da população.
10. C
A argumentação no texto de Rodrigo Lacerda é apresentada sob
a forma de silogismo, ou seja, são expostas duas proposições
(premissas) e, por elas, por inferência, chega-se a uma terceira,
chamada conclusão. Assim, parte-se do geral para o particular e
deduz-se algo a respeito. No trecho, “ler nos faz mais felizes” é a
premissa geral; “ler é um caminho para o autoconhecimento”, a
premissa particular e; “o autoconhecimento é um caminho para a
felicidade”, a conclusão.
SEMANA 10
1. E
O uso da vírgula
1. Com relação ao primeiro enunciado, não identificamos o uso
da vírgula, fato perfeitamente compreensível, de modo que o
adjetivo “eufórica” seja um adjunto adnominal. Nesse sentido, cabe
ressaltar que o termo faz referência à garota, não à mãe.
Já no segundo deve-se fazer uso da vírgula, pois é o caso de um
aposto explicativo que, necessariamente, deve aparecer precedida
desse sinal de pontuação. Nesse caso, o termo traz referência à
mãe da garota.
2.
a) O uso da vírgula está em concordância com o padrão formal da
linguagem, por se tratar de um adjunto adverbial de tempo.
b) Adequado ao padrão formal da linguagem, deve-se utilizar a
vírgula, que se trata de um aposto explicativo, fazendo referência
ao termo anterior, “último Zumbi”.
3. C
Com relação às alternativas, a primeira vírgula separa os termos
sintáticos de uma mesma caracterização; os dois-pontos trazem
uma explicação ao texto (sendo as duas coisas que devem ser
consideradas); por fim, o ponto e vírgula separa termos quando
enumerados.
4. C
As duas vírgulas iniciais separam, novamente, termos de uma
mesma caracterização sintática, não tendo necessidade de colocar
vírgula no espaço seguinte. Por fim, trazer a explicação de algum
termo por conta dos “dois-pontos”.
5. B
Semana 1
Tema: Culto à aparência no mundo contemporâneo
Semana 2
Tema: Fome no Brasil – Como enfrentar esse problema?
Semana 3
Tema: Os efeitos das fake news na sociedade brasileira contemporânea
Semana 5
Tema: A questão do índio no Brasil contemporâneo
Semana 7
Tema: As manifestações populares no Brasil como ferramenta de mudança social
Semana 8
Tema: A questão das drogas como desafio no Brasil
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Semana 9
Tema: O problema da violência urbana no Brasil
Semana 10
Tema: O excesso de lixo no cenário brasileiro e os problemas para o meio ambiente
Texto 1
Tema: Mobilidade urbana no século XXI: os desafios do ir e vir na sociedade brasileira
Texto 2
Tema: O legado da cultura do funk para o processo de identidade brasileiro
Texto 4
Tema: Desafios da Educação a Distância no Brasil