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Matemática e Racio Log - Aula 03 LIVRO GRIFADO (Lógica de Argumentação) PDF
Matemática e Racio Log - Aula 03 LIVRO GRIFADO (Lógica de Argumentação) PDF
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1. DIAGRAMAS DE EULER-VENN
O estudo das proposições categóricas pode ser feito utilizando os diagramas de Euler-Venn. É
habitual representar um conjunto por uma linha fechada e não entrelaçada.
Algum A não é B: O conjunto A tem pelo menos 1 elemento que não é elemento de B.
Vejamos como representar cada uma das proposições categóricas utilizando os diagramas de
Euler-Venn.
Todo A é B
A é subconjunto de B.
A é parte de B.
A está contido em B.
B contém A.
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B é universo de A.
B é superconjunto de A.
Se sabemos que a proposição “Todo A é B” é verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?
Algum A é B
Se “algum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais proposições
categóricas?
Observe que quando afirmamos que “Algum A é B” estamos dizendo que existe pelo menos um
elemento de A que também é elemento de B.
Nenhum A é B
Nenhum B é A.
Todo A não é B.
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Todo B não é A.
A e B são conjuntos disjuntos.
Se “nenhum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?
Algum A não é B
Observe que “Algum A não é B” não equivale a “Algum B não é A”. Por exemplo, dizer que
“Algum brasileiro não é pernambucano” não equivale a dizer que “Algum pernambucano não é
brasileiro”.
Se “algum A não é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?
“Algum A é B” é indeterminada, pois pode haver ou não elementos na interseção dos conjuntos
A e B.
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1. INTRODUÇÃO AOS ARGUMENTOS
Em muitos aspectos, a Lógica se confunde com a Filosofia, a Ética, o Direito, assim como os
demais ramos do conhecimento e tem algumas áreas de difícil entendimento.
Assim como é difícil conceituar o que é a Matemática, também é difícil conceituar o que seja a
Lógica. No nosso caso, que se restringe a responder questões de concursos, podemos dizer que
a lógica é a tentativa sistemática de distinguir os argumentos válidos dos não válidos.
O que afinal é a validade? Ou melhor, o que é um argumento? Para começar pela última noção,
mais fácil, podemos dizer que um argumento tem uma ou mais premissas e uma conclusão. Ao
avançar um argumento, damos a entender que a premissa ou premissas apoiam a conclusão. Esta
relação de apoio é habitualmente assinalada pelo uso de expressões como “logo”, “assim”,
“consequentemente”, “portanto”, “como se vê”, ...
Sócrates é homem.
Todos os homens são mortais.
As premissas são “Sócrates é homem” e “Todos os homens são mortais. “Logo” é o sinal de um
argumento” e a conclusão é “Sócrates é mortal”.
A vida real nunca é tão evidente e inequívoca como seria se todas as pessoas falassem da
maneira como falariam se tivesse lido livros de lógica. Por exemplo, muitas vezes avançamos
argumentos sem apresentar todas as nossas premissas.
Neste argumento, está implícita uma premissa suprimida: a de que nenhum estudante que tenha
nota vermelha passa de ano. Pode ser tão óbvia, pelo contexto, qual a premissa pressuposta, que
seja pura e simplesmente demasiado aborrecido formulá-la explicitamente. Formular
explicitamente premissas que fazem parte do pano de fundo de premissas partilhadas é uma
forma de “pedantismo”.
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Contudo, temos de ter em mente que qualquer argumento efetivamente usado pode ter uma
premissa suprimida que tenha de se explicitar para que possa ser rigorosamente analisado.
Vamos dar agora uma primeira noção de validade. Considere os seguintes pequenos argumentos
simples.
Argumentos do tipo I
Argumentos do tipo II
b) João é inteligente.
Os argumentos do tipo I têm conclusões verdadeiras sempre que têm premissas verdadeiras. Ou
seja, considerando que as premissas são verdadeiras, nós poderíamos garantir a veracidade da
conclusão. Dizemos que são argumentos válidos. Os argumentos do tipo I têm claramente esta
propriedade. Como poderia Jesus sendo filho de José e de Maria não ser filho de Maria? Não há
maneira alguma de João ser aluno do Estratégia e de todos os estudantes do Estratégia serem
inteligentes sem que João seja inteligente.
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A lógica é o estudo sistemático dos argumentos válidos. Isto quer dizer que precisamos
desenvolver técnicas rigorosas para determinar quais argumentos são válidos. É claro que não se
pretende dizer que só com a lógica uma distinção poderia ser feita. Mas a lógica ajuda-nos a
separar as formas de argumentação. Para construir uma ciência do pensamento correto é preciso
pensar corretamente. A lógica precede, pois, a si mesma – em certo sentido.
Provisoriamente, pelo menos, digamos que a lógica é o estudo das inferências, consideradas do
ponto de vista de sua validade.
1.1. Argumento
Inferir é uma atividade que conduz a uma proposição que é afirmada com base em uma ou mais
outras proposições, aceitas como pontos de partida do processo. Não importa ao lógico o
processo, interessando-lhe as proposições envolvidas e as relações que entre si possam manter.
As proposições podem ser verdadeiras ou falsas, diferindo, pois, de ordens (frases imperativas),
perguntas (frases interrogativas) e frases exclamativas.
A conclusão é justamente a proposição que se afirma tomando as demais (premissas) como base
da argumentação. Naturalmente os termos “premissa” e “conclusão” são relativos à
argumentação em foco, podendo uma proposição figurar como premissa em um argumento,
como conclusão em outro.
Um argumento se diz válido, quando as premissas e conclusão são de tal modo relacionadas que
é impossível que as premissas sejam verdadeiras, a menos que a conclusão também o seja.
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Embora um argumento seja um conjunto de proposições, nem todos os conjuntos de
proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinte conjunto de proposições não é um
argumento.
Neste caso, não temos um argumento, porque não há nenhuma pretensão de justificar uma
proposição com base nas outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um conjunto de
proposições com alguma relação entre si. Há apenas uma sequência de afirmações.
Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só pode ter uma conclusão.
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Todo argumento que consiste em duas premissas e uma conclusão denomina-se
silogismo.
2. AMBIGUIDADE
Não se deve confundir proposições com frases. Uma frase é uma entidade linguística, é a
unidade gramatical mínima de sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras “Recife é uma” não
é uma frase, mas o conjunto de palavras “Recife é uma cidade” é uma frase, pois já se apresenta
com sentido gramatical.
Uma proposição é uma entidade abstrata, é o pensamento que uma frase declarativa exprime
literalmente. Ora, um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes frases.
Por isso, a mesma proposição pode ser expressa de formas diferentes. Por exemplo, as frases “Eu
joguei o lápis” e “O lápis foi jogado por mim” exprimem a mesma proposição (são equivalentes).
As frases seguintes também exprimem a mesma proposição: “O céu é azul” e “The sky is blue”.
Além de podermos ter a mesma proposição expressa por diferentes frases, também pode
acontecer que a mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste caso, dizemos que a
frase é ambígua.
A frase “A cada dez minutos, um carioca abraça Joana” é ambígua, porque exprime mais do que
uma proposição: tanto pode querer dizer que existe um carioca (sempre o mesmo) que, a cada
dez minutos abraça Joana, como pode querer dizer que, a cada dez minutos, um carioca
(diferente) abraça Joana.
Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos com exatidão o que significam. São as
frases vagas. Uma frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira indistinta. Por
exemplo: “O professor de lógica é velho” é uma frase vaga, porque não sabemos a partir de
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quantos anos de idade podemos considerar que alguém é velho. Outro exemplo de frase vaga é
o seguinte: “Muitos alunos estudam no Estratégia”. Muitos, mas quantos? 10? 20? 1000?
3. VERDADE E VALIDADE
A validade de um argumento não garante a verdade da conclusão, assim como a verdade das
premissas e conclusões não garantem a validade de um argumento.
a) é válido
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Ao lógico só importa a primeira condição. A determinação da verdade das premissas é tarefa das
pesquisas científicas.
Validade ou não validade da argumentação é que cabe à Lógica determinar, mesmo em casos de
premissas falsas.
Apesar de tanto as premissas quanto a conclusão serem falsas, continua a aplicar-se a noção de
validade dedutiva supracitada: é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão
falsa.
Não interessa que as premissas sejam falsas. O que interessa é o seguinte: suponha que as
premissas sejam verdadeiras. Abstraia-se do mundo real!! Imaginou que todos os números
primos são pares? Imaginou agora que nove é um número primo? Ok! Você agora pode
GARANTIR que nove é um par!!
Como se vê, a validade é uma propriedade diferente da verdade. A verdade é uma propriedade
das proposições que constituem os argumentos (mas não dos argumentos) e a validade é uma
propriedade dos argumentos (mas não das proposições).
Podemos ter:
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.
(FCC 2009/SEFAZ-SP)
Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que, necessariamente,
(A) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
(B) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
(C) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
(D) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
(E) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
Comentário
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𝑝: 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑟𝑖𝑠𝑒 𝑒𝑐𝑜𝑛ô𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑞: 𝑜 𝑑ó𝑙𝑎𝑟 𝑠𝑢𝑏𝑖𝑟á
𝑟: 𝑜𝑠 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑠𝑒𝑟ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠
III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise econômica.
Em símbolos, temos:
I. 𝑝 → ~𝑞
II. 𝑞 ∨ 𝑟
III. 𝑟 ↔ ~𝑝
De acordo com o enunciado, as três proposições compostas são verdadeiras. Vamos construir a
tabela verdade correspondente e verificar quando é que isso ocorre.
Como são três proposições simples envolvidas, então a tabela terá 2= = 8 linhas. Lembre-se que
o número de linhas de uma tabela verdade com 𝑛 proposições simples é igual a 2@ .
Devemos lembrar as regras dos conectivos. A proposição composta pelo “se..., então...” é falsa
quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso.
𝒑 𝒒 𝒓 ~𝒑 ~𝒒 𝒑 → ~𝒒 𝒒 ∨ 𝒓 𝒓 ↔ ~𝒑
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
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A proposição ~𝑝 é a negação da proposição 𝑝, portanto seus valores lógicos são opostos aos
valores de 𝑝.
A proposição ~𝑞 é a negação da proposição 𝑞, portanto seus valores lógicos são opostos aos
valores de 𝑞.
𝒑 𝒒 𝒓 ~𝒑 ~𝒒 𝒑 → ~𝒒 𝒒 ∨ 𝒓 𝒓 ↔ ~𝒑
V V V F F
V V F F F
V F V F V
V F F F V
F V V V F
F V F V F
F F V V V
F F F V V
𝒑 𝒒 𝒓 ~𝒑 ~𝒒 𝒑 → ~𝒒 𝒒 ∨ 𝒓 𝒓 ↔ ~𝒑
V V V F F F
V V F F F F
V F V F V V
V F F F V V
F V V V F V
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V
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A proposição 𝑞 ∨ 𝑟 é verdadeira quando apenas um dos componentes for verdadeiro. Ou seja,
𝑞 ∨ 𝑟 é verdadeira quando 𝑞 é verdadeira e 𝑟 é falso ou quando 𝑞 é falso e 𝑟 é verdadeiro (linhas
2, 3, 6 e 7).
𝒑 𝒒 𝒓 ~𝒑 ~𝒒 𝒑 → ~𝒒 𝒒 ∨ 𝒓 𝒓 ↔ ~𝒑
V V V F F F F
V V F F F F V
V F V F V V V
V F F F V V F
F V V V F V F
F V F V F V V
F F V V V V V
F F F V V V F
𝒑 𝒒 𝒓 ~𝒑 ~𝒒 𝒑 → ~𝒒 𝒒 ∨ 𝒓 𝒓 ↔ ~𝒑
V V V F F F F F
V V F F F F V V
V F V F V V V F
V F F F V V F V
F V V V F V F V
F V F V F V V F
F F V V V V V V
F F F V V V F F
Como as três proposições compostas são verdadeiras, estamos interessados apenas na sétima
linha desta tabela.
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𝒑 𝒒 𝒓 ~𝒑 ~𝒒 𝒑 → ~𝒒 𝒒 ∨ 𝒓 𝒓 ↔ ~𝒑
V V V F F F F F
V V F F F F V V
V F V F V V V F
V F F F V V F V
F V V V F V F V
F V F V F V V F
F F V V V V V V
F F F V V V F F
Para que as compostas sejam verdadeiras, a proposição 𝑝 deve ser falsa, a proposição 𝑞 deve ser
falsa e a proposição 𝑟 deve ser verdadeira.
𝑞: 𝑜 𝑑ó𝑙𝑎𝑟 𝑠𝑢𝑏𝑖𝑟á
Concluímos que não ocorrerá uma crise econômica, o dólar não subirá e os salários serão
reajustados.
(E) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
Letra E
Jair está machucado ou não quer jogar. Mas Jair quer jogar, logo:
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a) Jair não está machucado nem quer jogar.
Comentário
O enunciado nada fala sobre a verdade das proposições expostas. Observe que o enunciado da
questão anterior garantiu a veracidade das premissas.
Perguntamo-nos: Quem é Jair? Quem está nos falando que Jair está machucado? Isto é verdade?
Como podemos inferir uma conclusão se não tenho certeza sobre o valor lógico das premissas?
Existe um teste semântico, isto é, um teste que se baseia nos valores de verdade das suas
premissas e conclusão. Um argumento é válido se, e só se, não for possível ter conclusão falsa e
premissas verdadeiras.
Portanto, para termos um argumento válido devemos supor que as premissas são verdadeiras. Se
(e este é um grande se) as premissas forem verdadeiras, então a conclusão também será.
Ora, se admitimos a proposição “Jair quer jogar” como verdadeira, devemos assumir a
proposição “Jair não quer jogar” como falsa. Temos então o seguinte esquema:
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Perguntamo-nos: Quando é que uma disjunção (proposição composta pelo conectivo “ou”)
p Ú q é verdadeira? Se ao menos uma das proposições p ou q é verdadeira; p Ú q é falsa se e
somente se ambas p e q são falsas. No nosso caso, temos uma disjunção que é verdadeira, e
uma das proposições que a compõe é falsa. Concluímos que a outra proposição “Jair está
machucado” é verdadeira.
Não estamos afirmando que premissas do enunciado são verdadeiras nem que a conclusão
também o seja.
Dizemos apenas que, SE as premissas forem verdadeiras, então a conclusão também será
verdadeira.
Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim:
a) estudo e fumo.
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e) fumo e surfo.
Comentário
Que escolhamos uma conclusão adequada para que o argumento seja válido.
Devemos então, de acordo com a teoria exposta, assumir que as premissas são verdadeiras.
Temos o seguinte esquema:
A proposição “Não velejo” é verdadeira. Como a proposição “Velejo” é a sua negação, temos
que seu valor lógico é falso.
A proposição acima é uma disjunção e, para que seja verdadeira, ao menos uma das proposições
que a compõe deve ser verdadeira. Como a proposição “Velejo” é falsa, concluímos que “Não
estudo” é verdadeira. “Estudo”, que é a negação de “Não estudo”, é, portanto, falsa.
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Conclusão: Surfo, não estudo, fumo, não velejo.
Gabarito: E
Observação: Daqui em diante, por motivos tipográficos, também para evitar uma “poluição
visual”, não colocaremos mais as chaves nas proposições compostas que assumiremos como
verdadeiras. Estará implícito, levando em consideração a teoria exposta. Simplesmente
aplicaremos as regras dos conectivos para que as compostas sejam verdadeiras. Por exemplo:
Quando não trabalho, não fico feliz ou fico desiludido. Quando faço compras, não fico feliz e
fico desiludido. Quando não faço compras e fico feliz, trabalho. Quando não faço compras e
estou desiludido, não fico feliz. Hoje, fico feliz. Portanto, hoje,
(A) trabalho, não estou desiludido, não fico feliz e faço compras.
(C) trabalho, não estou desiludido, fico feliz e não faço compras.
(D) não trabalho, estou desiludido, não fico feliz e não faço compras.
Comentário
iv) Quando não faço compras e estou desiludido, não fico feliz.
v) Fico feliz.
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Vamos começar pela proposição simples. Estamos assumindo que hoje fico feliz.
L
𝐹𝑎ç𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 → HIIIJIIIK
𝑛ã𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧 𝑒 𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑙𝑢𝑑𝑖𝑑𝑜.
NOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOQ
Como a proposição “não fico feliz” é falsa, então a proposição “não fico feliz e fico desiludido” é
falsa.
L
𝐹𝑎ç𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 → HIIIJIIIK
𝑛ã𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧 𝑒 𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑙𝑢𝑑𝑖𝑑𝑜.
NOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOQ
L
Como o consequente é falso, o antecedente também deve ser falso (já que não admitimos VF no
“Se...,então...”).
NOOOOPOOOOQ → HIIIJIIIK
𝐹𝑎ç𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝑛ã𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧 𝑒 𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑙𝑢𝑑𝑖𝑑𝑜.
NOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOQ
L L
(A) trabalho, não estou desiludido, não fico feliz e faço compras.
(B) não trabalho, estou desiludido, fico feliz e faço compras.
(C) trabalho, não estou desiludido, fico feliz e não faço compras.
(D) não trabalho, estou desiludido, não fico feliz e não faço compras.
(E) trabalho, estou desiludido, não fico feliz e faço compras.
S S
HIIIIIJIIIIIK
𝑁ã𝑜 𝑓𝑎ç𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝑒 HI
NOOOOOOOOOPOOOOOOOOOQ IJIIK → 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧
S
Como o antecedente é verdadeiro, o consequente também será verdadeiro (para que não ocorra
VF).
S S
HIIIIIJIIIIIK
𝑁ã𝑜 𝑓𝑎ç𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝑒 HI
NOOOOOOOOOPOOOOOOOOOQ IJIIK → NO
𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
OPOOQ
S S
Gabarito: C
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(TRT 19a Região 2014/FCC)
Se Ana for nomeada para um novo cargo, então Marina permanecerá em seu posto.
Comentário
Se Ana for nomeada para um novo cargo, então Marina permanecerá em seu posto.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
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Bom, sempre que houver uma proposição simples, devemos começar por ela. No caso, vamos
partir da proposição IV, que diz que Beatriz não fez o concurso.
L
Se Juliana for promovida então HIIIIIIIJIIIIIIIK
Beatriz fará o concurso.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Uma proposição composta pelo conectivo "se..., então...” é verdadeira quando não ocorre VF.
Como a segunda componente (consequente) é F, a primeira componente não poderá ser V.
Concluímos que o antecedente é F.
L L
Se HIIIIIIJIIIIIIK então HII
Juliana for promovida IIIIIJIIIIIIIK
Beatriz fará o concurso.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
L
Marina não permanecerá em seu posto ou HIIIIIIJIIIIIIK
Juliana será
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ ́ promovida .
S
Temos agora uma proposição composta pelo conectivo “ou”. Para que esta proposição seja
verdadeira, devemos ter pelo menos um componente V. Esta é a regra do conectivo “ou”. Como
o segundo componente é F, o primeiro componente tem que ser V.
S L
HIIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIIK
Marina não permanecerá em seu posto ou HIIIIIIJIIIIIIK
Juliana será́ promovida .
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Vamos à proposição I.
L L
Se HIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIK , então Marina permanecerá em seu posto.
Ana for nomeada para um novo cargo HIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIK
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Uma proposição composta pelo conectivo "se..., então...” é verdadeira quando não ocorre VF.
Como a segunda componente (consequente) é F, a primeira componente não poderá ser V.
Concluímos que o antecedente é F.
Obviamente a solução parece longa porque as proposições foram repetidas várias vezes na
explicação. Na prova, sua resolução ficaria assim:
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L L
Se HIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIK , então Marina permanecerá em seu posto.
Ana for nomeada para um novo cargo HIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIK
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
S L
HIIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIIK
Marina não permanecerá em seu posto ou HIIIIIIJIIIIIIK
Juliana será́ promovida .
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
L L
Se HIIIIIIJIIIIIIK então HII
Juliana for promovida IIIIIJIIIIIIIK
Beatriz fará o concurso.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Em lógica não é suficiente termos argumentos válidos, pois, como vimos, podemos ter
argumentos válidos com conclusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa). Em lógica,
pretendemos chegar a conclusões verdadeiras. Por isso, precisamos de argumentos sólidos.
Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois, por definição, é válido e tem premissas
verdadeiras; ora, a validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadeiras e conclusão
falsa.
Este argumento não é sólido, porque a segunda premissa é falsa (os paranaenses não são
paulistas). E é porque tem uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o argumento ser
válido. O seguinte argumento é sólido (válido com premissas e conclusão verdadeiras).
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Todos os curitibanos são paranaenses.
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira e é impossível que, sendo a premissa
verdadeira, a conclusão seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, porque a conclusão
se limita a repetir a premissa.
Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido persuasivo (do ponto de vista racional).
Talvez se recorra a argumentos deste tipo, isto é, argumentos que não são bons (apesar de
sólidos) mais vezes do que se imagina.
- Por quê?
- Porque sim.
Afinal, queria-se justificar o aumento de salário (conclusão) e não se conseguiu dar nenhuma
razão plausível para esse aumento. O empregado limitou-se a dizer “Porque sim”, ou seja,
“Preciso de um aumento de salário porque preciso de um aumento de salário”. Como se vê,
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trata-se de um argumento muito ruim, pois com um argumento deste tipo não se consegue
persuadir ninguém. Veremos adiante que isso se trata de uma “petição de princípio”.
Observação: não pense que só os argumentos em que a conclusão repete a premissa é que são
ruins. Um argumento é ruim (ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do que a
conclusão. Por exemplo:
Este argumento é válido, mas não é um bom argumento, porque as premissas não são menos
discutíveis do que a conclusão.
5. SILOGISMOS CATEGÓRICOS
Um silogismo, como já vimos, é um argumento que consiste de duas premissas e uma conclusão.
A sua relação é determinada pelo tipo de proposições que contém.
O silogismo categórico, que estudaremos a seguir, recebe este nome por conter proposições
categóricas (enunciados simples com apenas um sujeito e um predicado).
Vamos lá...
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E: Para representar a proposição universal negativa.
De posse destes elementos, pode-se entender melhor o que se chama oposição lógica das
proposições, regida pelo princípio da contradição. Duas proposições são opostas quando têm o
mesmo sujeito e o mesmo predicado, mas diferem entre si em quantidade ou qualidade.
Contraditórias são duas proposições que possuem o mesmo sujeito e o mesmo predicado, mas
que diferem entre si, tanto em qualidade como em quantidade. Trata-se da oposição mais forte,
porque não há nada em que elas possam convir, ou seja, sua oposição é absoluta (uma é a
negação da outra).
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Observe que:
Por exemplo: “Todo homem é mortal” e “Nenhum homem é mortal”, ambas são
universais, sendo que uma é verdadeira e a outra falsa.
“Toda mulher é bela” e “Nenhuma mulher é bela”, ambas são universais, mas
falsas.
Exemplo: “Algum homem é mortal” e “Algum homem não é mortal”, ambas são
particulares, sendo uma verdadeira e outra falsa.
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Os argumentos podem ser representados por meio dos diagramas de Venn, ferramenta
extremamente útil, pois permite saber rapidamente se um argumento é válido ou não: os válidos
são evidentes, os inválidos no geral são ambíguos.
6. REGRAS DE INFERÊNCIA
As regras de inferência servem para analisar a validade de um argumento com maior rapidez.
Modus Ponens
Se P, então Q.
P.
Portanto, Q.
Estudei.
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Modus Tollens
Se P, então Q.
Não Q.
Portanto, não P.
Ou seja: se temos uma proposição condicional e afirmamos que o consequente é falso, podemos
concluir que o antecedente será falso.
Silogismo Hipotético
Se P, então Q.
Se Q, então R.
Portanto, Se P, então R.
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Obviamente, você pode encadear mais proposições.
Se P, então Q.
Se Q, então R.
Se R, então S.
Se S, então T.
Se T, então U.
Portanto, se P, então U.
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7. SOFISMAS OU FALÁCIAS
Sofismas ou falácias são raciocínios que pretendem demonstrar como verdadeiros os argumentos
que logicamente são inválidos.
Quanto mais subliminares forem, ou seja, quanto mais difícil de detectar as premissas não
racionais que procuram fundamentar as conclusões, maior é a sua força de convencimento e mais
sedutores eles se tornam.
Argumentos válidos que possuem premissas falsas não são falácias. Na verdade, uma falácia é
um argumento inválido que tem a aparência de um argumento válido, e que, portanto, engana.
Há argumentos inválidos que são tão patentemente inválidos que ninguém é persuadido por
eles. Estes não são falácias. Para que um argumento inválido seja uma falácia, é preciso que sua
invalidade não seja óbvia: ele precisa ter a aparência de validade.
As falácias podem ser reunidas em dois grandes grupos: as falácias formais e as informais. Nesta
aula, vamos estudar apenas as formais.
Muitas vezes não é a inverdade das premissas que invalida os argumentos, mas sim a forma
como esta premissa (e a conclusão) são colocadas. Como um argumento inválido pode ter
qualquer combinação de verdade e falsidade entre as premissas e a conclusão, ele é, por vezes,
persuasivo, mesmo quando quebra as formas do silogismo hipotético.
Devemos estar muito atentos às duas principais falácias formais: a falácia da afirmação do
consequente e a falácia da negação do antecedente.
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Estas falácias são muito utilizadas na argumentação do dia-a-dia (por consequência, também
muito citadas nas questões de concursos).
Logo, choveu.
À primeira vista, o argumento até pode parecer válido. No entanto, o primeiro termo só afirma
que se o antecedente for verdadeiro, o consequente também o será. Até porque se o
consequente é verdadeiro, o antecedente pode ser verdadeiro ou falso.
Se p, então q.
q.
Logo, p.
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7.1.2. Falácia da Negação do Antecedente
Quem nos garante isso? Guilherme poderia ficar doente por outros motivos!
Se p, então q.
~p
Logo, ~q.
Alguns argumentos podem ser representados por meio dos Diagramas de Venn – ferramenta
muito útil, pois permite saber rapidamente se um argumento é válido ou não. Os argumentos
válidos são evidentes; os inválidos, em geral, são ambíguos.
Exemplo 1
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Pelo diagrama, temos:
Exemplo 2
Agora vamos desenhar a segunda premissa (por cima do desenho anterior). Queremos desenhar
a proposição “todo recifense é brasileiro”. Perceba que agora estamos encrencados. A
“extensão” do conjunto dos brasileiros pode ser feita de várias maneiras. Veja:
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Há, portanto, ambiguidade. Assim, concluímos que o argumento é inválido.
Observe que, apesar de a conclusão ser uma proposição verdadeira, o nosso argumento é
inválido. Isto porque não podemos inferir a conclusão a partir das premissas. Imagine que você
não conhecesse a estrutura organizacional do Brasil – você não teria condições de afirmar a
conclusão baseando-se apenas nas premissas.
Sempre que surgir ambiguidade ao se traçar o diagrama de Venn, isto é, uma determinada
premissa puder ser representada por um conjunto com diversas extensões, estando prejudicada
a conclusão, deduzimos que o argumento é inválido, mesmo que ainda não saibamos qual regra
está sendo infringida.
Regra nº 1
Exemplo:
A primeira premissa pode ser representada por dois conjuntos distintos, “pernambucanos” e
“cariocas” sem ponto de contato. A segunda premissa tem representação semelhante, porém, o
conjunto dos recifenses pode estar em qualquer lugar fora do conjunto carioca.
36
O conjunto dos recifenses pode englobar só uma parte dos pernambucanos, pode não ter
contato com os pernambucanos, mas também pode estar totalmente contido no conjunto dos
pernambucanos. Diante desta ambiguidade, o argumento é inválido.
Regra nº 2
Coloquei uma parte do diagrama dos animais perigosos em tracejado (justamente a parte que
ficamos em dúvida).
37
De acordo com as frases que compõem o silogismo, seria perfeitamente possível que o conjunto
dos animais perigosos estivesse completamente “dentro” do conjunto dos répteis.
Outra conclusão igualmente falsa poderia ser: “Nenhum animal perigoso é réptil”.
Regra nº 3
Vou fazer um desenho mostrando que este argumento pode gerar incertezas.
38
Observe que mesmo as premissas sendo verdadeira e a conclusão também verdadeira, o
argumento é inválido. Para testar silogismos, não devemos ficar presos aos fatos do mundo real.
Você deve, simplesmente, desenhar os conjuntos e verificar se existe alguma possibilidade de
tornar a conclusão falsa.
A lógica não traz conhecimento, mas serve apenas para facilitar a verificação dos conhecimentos
já adquiridos, confrontando-os com os princípios que os fundamentam, para ver se não os
contradizem.
A condição que é posta antes das premissas é significativa: SE as premissas forem verdadeiras, a
conclusão sê-lo-á também. Necessariamente, pois se trata de um argumento válido. O silogismo
não estabelece a verdade das premissas. Estabelece que SE as premissas forem verdadeiras, a
conclusão também seria (quando o argumento é válido).
Todavia, o silogismo é uma forma, uma organização dada ao pensamento e, que põe em
evidência a coerência e o rigor desse pensamento. Permite o estabelecimento de uma hierarquia
entre os conceitos, contribuindo para a sua melhor compreensão. Sob uma forma completa ou
incompleta, velada ou expressa, está presente em todo o discurso.
39
9. FIGURAS E MODOS DO SILOGISMO CATEGÓRICO
Um silogismo, como vimos, envolve apenas três proposições.
Os termos, ou seja, os sujeitos e predicados dessas proposições, devem ser apenas três. Cada
termo aparece exatamente duas vezes.
Exemplo:
40
O termo médio relaciona o termo menor e o termo maior. Assim, o termo médio é
“pernambucano”.
wqprvxxy rp@sq
HIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIK
𝑇𝑜𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑐𝑖𝑓𝑒𝑛𝑠𝑒
NOOPOOQ é NO
𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑏𝑢𝑐𝑎𝑛𝑜
OOOPOOOOQ .
opqrs rp@sq opqrs réuvs
wqprvxxy ryvsq
HIIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIIK
𝑁𝑒𝑛ℎ𝑢𝑚 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑏𝑢𝑐𝑎𝑛𝑜
NOOOOPOOOOQ é 𝑝𝑟𝑒𝑔𝑢𝑖ç𝑜𝑠𝑜
NOOOPOOOQ .
opqrs réuvs opqrs ryvsq
{s@|}~xãs
HIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIK
𝑁𝑒𝑛ℎ𝑢𝑚 𝑟𝑒𝑐𝑖𝑓𝑒𝑛𝑠𝑒
NOOPOOQ é 𝑝𝑟𝑒𝑔𝑢𝑖ç𝑜𝑠𝑜
NOOOPOOOQ .
opqrs rp@sq opqrs ryvsq
Note que a premissa maior ficou em segundo lugar. Para termos o silogismo em sua
apresentação “canônica”, faz-se a troca.
Observe que a premissa maior é universal negativa (tipo E); a premissa menor é universal
afirmativa (tipo A) e a conclusão é universal negativa (tipo E).
Antes de entrarmos no assunto propriamente dito, vamos definir o que são as figuras do
silogismo e os modos que lhe são correspondentes.
Designa-se por figura cada uma das formas que o silogismo pode tomar derivado da posição do
termo médio (M) como sujeito ou predicado nas proposições.
41
• No silogismo de terceira figura, o termo médio é sujeito na maior e na menor.
• No silogismo de quarta figura, o termo médio é predicado na maior e sujeito na menor.
Chama-se modo a disposição ou ordem das premissas do silogismo de acordo com a quantidade
e a qualidade.
Como já vimos, as premissas podem ser universas afirmativas, universais negativas, particulares
afirmativas e particulares negativas, representadas, respectivamente, pelas letras A, E, I e O.
No nosso exemplo acima, o silogismo é do tipo EAE-1 (o número 1 indica que é de primeira
figura), pois o termo médio “pernambucano” é sujeito na premissa maior e predicado na
premissa menor.
Um argumento válido é identificado como de primeira figura, quando o seu termo médio ocupa a
posição de sujeito na premissa maior e de predicado na premissa menor.
Quanto ao modo, a premissa maior não pode ser particular e a premissa menor não pode ser
negativa.
Observe que o termo médio “ser vivo” é sujeito na primeira premissa e predicado na segunda.
Observe ainda que a primeira premissa não é particular e a segunda não é negativa.
42
Nenhum mamífero é peixe.
Toda baleia é mamífero.
Portanto, nenhuma baleia é peixe.
Trata-se de um argumento válido. Observe que a premissa maior é universal (não é particular) e a
menor não é negativa. O termo médio “mamífero” é sujeito na primeira proposição e predicado
na segunda.
Um argumento legítimo é de segunda figura quando o seu termo médio ocupa a posição de
predicado em ambas as premissas.
Quanto ao modo, uma das premissas deve ser negativa e a maior não pode ser particular.
Exemplo:
43
9.1.3. Silogismo de terceira figura
Um argumento legítimo é identificado como de terceira figura, quando o seu termo médio ocupa
a posição de sujeito em ambas as premissas.
Quanto ao modo, a premissa menor deve ser afirmativa e a conclusão deve ser particular.
Exemplo:
Um argumento legítimo é identificado como de quarta figura, quando o seu termo médio ocupa
a posição de predicado na premissa maior e o seu termo médio ocupa a posição de sujeito na
premissa menor.
Quanto ao modo (o mesmo da primeira figura), a premissa maior não pode ser particular e a
premissa menor não pode ser negativa.
Não se trata de uma nova figura, mas sim da primeira, cujas premissas estão transpostas,
causando a inversão dos termos maior e menor.
Exemplo:
Sócrates é homem.
Todo homem é mortal.
44
(VUNESP 2013/PC-SP)
Todo homem é mortal. Nenhum mortal é pedra. Logo, nenhum homem é pedra.
(A) Mortal.
(B) Pedra.
(C) Todo.
(D) Nenhum.
(E) Homem.
Comentário
O terceiro termo, cuja função é a de estabelecer um vínculo entre o termo menor e o termo
maior, é chamado de termo médio.
O termo médio é o termo que estabelece um vínculo entre “homem” e “pedra”; é o termo que
aparece nas duas premissas.
45
Gabarito: A
(VUNESP 2013/PC-SP)
(A) OAE – 2.
(B) AEI – 4.
(C) EAO – 1.
(D) AOE – 2.
(E) AIE – 3.
Comentário
O termo médio é “verde”, que é o termo que cria um vínculo entre o termo menor e o termo
maior.
A primeira premissa contém o termo maior. Portanto, a primeira premissa é a premissa maior.
A segunda premissa contém o termo menor. Portanto, a segunda premissa é a premissa menor.
Observe que o termo médio é predicado nas duas premissas. Quando isso ocorre, dizemos que
o silogismo é de segunda figura. Estamos agora em dúvida entre as alternativas A e D.
Vamos descobrir o modo do silogismo. Não precisamos alterar a ordem das premissas, porque já
estamos com a forma canônica.
46
Todo sapo é verde. (Proposição Universal Afirmativa: A)
Gabarito: D
47
LISTA DE QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES
1. (CESPE – 2018/ABIN)
Carlos é um espião.
Se a proposição lógica “Pedro é músico.” for a conclusão desse argumento, então, as premissas
juntamente com essa conclusão constituem um argumento válido.
2. (CESPE – 2018/EMAP)
3. (CESPE – 2016/ANVISA)
48
A sentença "As consequências de nossos atos são florestas devastadas, descongelamento das
calotas polares, extinção de dezenas de espécies animais, poluição dos rios e diminuição drástica
das reservas de água potável" apresenta um argumento válido.
4. (CESPE – 2016/FUNPRESP)
P1: Se eu assino o relatório, sou responsável por todo o seu conteúdo, mesmo que tenha escrito
apenas uma parte.
P2: Se sou responsável pelo relatório e surge um problema em seu conteúdo, sou demitido.
C: Logo, escrevo apenas uma parte do relatório, mas sou demitido.
c) Eu escrevo apenas uma parte do relatório, assino o relatório e surge um problema em seu
conteúdo.
49
(CESPE – 2016/DPU)
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a população não faz justiça com as
próprias mãos.
50
d) Se o suspeito é flagrado cometendo delito, então há punição de criminosos.
Assinale a opção correspondente à conclusão que torna esse argumento um argumento válido.
Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela matemática, apesar de achar essa uma
área muito difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas
disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a
disciplina chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente
para estudar e não será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca
das estruturas lógicas.
51
Geral”, é correto afirmar que o argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é
um argumento válido.
A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada,
julgue o seguinte item.
Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se
for ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não
assistirei à aula”, em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que
essa representação constitui um argumento válido.
Suponha que a proposição “Se Josué foi aprovado no concurso e mudou de cidade, então
Josué mudou de emprego” seja uma premissa de um argumento. Se a proposição “Josué não
mudou de emprego” for outra premissa desse argumento, uma conclusão que garante sua
validade é expressa pela proposição
e) Se Josué não mudou de emprego, então Josué não foi aprovado no concurso.
52
(CESPE – 2013/PC-DF)
Se (1) e (2) são premissas verdadeiras, então a proposição (3), a conclusão, é verdadeira, e a
sequência é uma dedução lógica correta.
53
(B) nenhum policial civil esforçado concluiu o ensino superior.
(C) os policiais civis que não concluíram o ensino superior não são esforçados.
(E) existe policial civil com ensino superior que não é esforçado.
Afirma-se que: “Toda pessoa gorda come muito”. É correto concluir que
Diante, apenas, das premissas “Existem juízes”, “Todos os juízes fizeram Direito” e “Alguns
economistas são juízes”, é correto afirmar que
(B) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.
54
19. (FCC – 2014/TRF 3a Região)
Diante, apenas, das premissas “Nenhum piloto é médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos
os astronautas são pilotos”, então é correto afirmar que
(B) algum X é Z.
(C) nenhum X é Z.
(D) algum Z é X.
(E) nenhum Z é X.
55
(C) Algum pândego é nefelibata.
Em uma cidade as seguintes premissas são verdadeiras: Nenhum professor é rico. Alguns
políticos são ricos. Então, pode-se afirmar que:
Considere a afirmação “Todo corintiano é feliz”. A partir dessa afirmação, pode-se concluir que:
56
a) Toda cobra listrada é venenosa.
O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada, é constituído por
três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As
premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é consequência
necessária das premissas.
57
É (são) silogismo(s) somente:
(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e III
(E) II e III
Pedro é engenheiro.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a asserção que indica a conclusão do seguinte
argumento:
Considerando que o estudo é muito importante na vida das pessoas, segue-se que alunos não
deveriam passar de ano sem estudar, visto que a passagem de ano é um desafio e desafios não
devem ser evitados.
58
(A) A passagem de ano é um desafio.
(D) não existe situação em que as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa.
Considerando que Freud é o pai da psicanálise, assinale a alternativa que apresenta o que é
correto afirmar acerca do seguinte argumento:
Freud é o pai da psicanálise ou Freud é jogador de futebol. Freud não é o pai da psicanálise.
Logo, Freud é jogador de futebol.
59
30. (FGV – 2014/CGE-MA)
a) o bolo é de laranja.
b) o refresco é de limão.
Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então um químico e um biólogo serão
contratados em junho do mesmo ano.
Se for adquirido um novo congelador ou uma nova geladeira, então o chefe comprará sorvete
para todos.
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido contratado. Apenas com estas informações,
pode-se concluir que, necessariamente, que
60
(D) não foi adquirido um novo congelador.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a conclusão silogística que se pode inferir das
seguintes premissas: “Todo brasileiro é cidadão” e “João é brasileiro”.
(B) Adição.
61
34. (FGV – 2008/SAD-PE)
Como você está dirigindo um automóvel, você conclui que deve trafegar pela pista da esquerda.
II. Você mora no Recife e telefona para sua mãe em Brasília. Entre outras coisas, você diz que
“Se domingo próximo fizer sol, eu irei à praia”. No final do domingo, sua mãe viu pela televisão
que choveu no Recife todo o dia. Então, ela concluiu que você não foi à praia.
III. Imagine o seguinte diálogo entre dois políticos que discutem calorosamente certo assunto:
Se João amava Teresa, então Lili é vizinha de Teresa. Lili não é vizinha de Teresa. Se João não é
vizinho de Teresa, então João amava Teresa. Logo
62
(C) João amava Teresa ou não é vizinho de Teresa.
No ano passado, Marcelo prometeu que se o seu time ganhasse todos os jogos e seu ídolo
Canelinha fosse o artilheiro do campeonato, então ele ficaria todo o ano seguinte sem tomar
cerveja. Sabendo que Marcelo cumpre todas as suas promessas e que, neste ano, ele tem
tomado cerveja todo final de semana, é correto concluir que, no ano passado, necessariamente,
c) o time de Marcelo perdeu todos os jogos e Canelinha não foi o artilheiro do campeonato.
d) o time de Marcelo não ganhou todos os jogos ou Canelinha não marcou gols no campeonato.
e) o time de Marcelo não ganhou todos os jogos ou Canelinha não foi o artilheiro do
campeonato.
Carlos é engenheiro.
63
(C) se Eliane não é secretária, então Bruno não é médico.
64
GABARITOS
01. C
02. C
03. E
04. C
05. C
06. E
07. C
08. A
09. D
10. E
11. E
12. C
13. C
14. E
15. E
16. D
17. C
18. C
19. C
20. A
21. C
22. D
23. D
24. B
25. C
26. E
27. B
28. D
29. D
30. B
31. B
32. B
65
33. ANULADA
34. E
35. D
36. E
37. C
66
LISTA DE QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES COM COMENTÁRIOS
1. (CESPE – 2018/ABIN)
Carlos é um espião.
Se a proposição lógica “Pedro é músico.” for a conclusão desse argumento, então, as premissas
juntamente com essa conclusão constituem um argumento válido.
Comentário
Para verificar a validade de um argumento, devemos supor que todas as premissas são
verdadeiras.
Há uma proposição simples: Carlos é um espião. Este será o nosso ponto de partida.
Vamos analisar a segunda premissa. Lembre-se que estamos supondo que TODAS as premissas
são verdadeiras.
Como estamos supondo que “Carlos é um espião” é uma proposição verdadeira, então a sua
negação será falsa.
Esta segunda premissa é uma proposição composta pelo “se..., então...”. Para que ela seja
verdadeira, não pode ocorrer VF. Assim, como o segundo componente é F, o primeiro
componente não pode ser V.
𝑆𝑒 NOOOOOOOOPOOOOOOOOQ
𝐴𝑛𝑑𝑟é é 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝐴𝐵𝐼𝑁 , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 NOOOOOOOPOOOOOOOQ
𝐶𝑎𝑟𝑙𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 é 𝑢𝑚 𝑒𝑠𝑝𝑖ã𝑜.
L L
67
Com a informação que “André é servidor da ABIN” é uma proposição falsa, podemos analisar a
primeira premissa.
Esta primeira premissa é uma proposição composta pelo “se..., então...”. Para que ela seja
verdadeira, não pode ocorrer VF. Assim, como o segundo componente é F, o primeiro
componente não pode ser V.
Concluímos que “Pedro não é músico” é uma proposição falsa. Assim, a sua negação “Pedro é
músico” será uma proposição verdadeira.
Gabarito: Certo
2. (CESPE – 2018/EMAP)
Comentário
A banca considerou este item como certo. Eu marcaria o item como errado, pois não há uma
premissa indicando que São Paulo está localizado no Sudeste brasileiro. Lembre-se que esta é
uma questão de Lógica e não de Geografia. Não estamos interessados na veracidade das
premissas.
68
Premissa 2: A Ilha de Marajó está localizada em São Paulo.
Este apenas seria um argumento válido se houvesse uma premissa afirmando que São Paulo
está situado no sudeste brasileiro.
Assim, reitero que o gabarito oficial da banca foi dado como “certo”, mas eu marcaria o item
como errado.
Gabarito: Certo.
3. (CESPE – 2016/ANVISA)
A sentença "As consequências de nossos atos são florestas devastadas, descongelamento das
calotas polares, extinção de dezenas de espécies animais, poluição dos rios e diminuição drástica
das reservas de água potável" apresenta um argumento válido.
Comentário
Um argumento é formado por premissas e conclusão. Acima, temos apenas uma proposição.
Uma proposição por si só não é um argumento.
Gabarito: Errado.
4. (CESPE – 2016/FUNPRESP)
Comentário
O argumento é válido, pois não tem como a conclusão ser falsa se a premissa for verdadeira.
69
Gabarito: Certo.
P1: Se eu assino o relatório, sou responsável por todo o seu conteúdo, mesmo que tenha escrito
apenas uma parte.
P2: Se sou responsável pelo relatório e surge um problema em seu conteúdo, sou demitido.
C: Logo, escrevo apenas uma parte do relatório, mas sou demitido.
c) Eu escrevo apenas uma parte do relatório, assino o relatório e surge um problema em seu
conteúdo.
Comentário
As premissas P1 e P2 indicam que se a pessoa assina o relatório, torna-se responsável pelo seu
conteúdo, mesmo que tenha escrito apenas uma parte. Se houver problemas em seu conteúdo,
ele será demitido.
Precisamos de uma premissa que garanta que houve problema no conteúdo e que o relatório foi
assinado pela pessoa.
Gabarito: C
70
(CESPE – 2016/DPU)
Comentário
Para avaliar a validade de um argumento, devemos supor que todas as suas premissas são
verdadeiras. O nosso ponto de partida será a proposição simples, que indica que “faz frio
durante a noite”.
Lembre-se que estamos supondo que TODAS as premissas são verdadeiras. A premissa acima é
uma condicional. Para que ela seja verdadeira, não podemos permitir a ocorrência de VF. Como
o segundo componente é F, o primeiro não pode ser V.
Vamos agora analisar a segunda proposição. Como “Cláudio sai de casa” é falso, então “Cláudio
fica em casa” é verdade.
71
A premissa acima é uma condicional. Para que ela seja verdadeira, não podemos permitir a
ocorrência de VF. Como o primeiro componente é V, o segundo não pode ser F.
A premissa acima é uma condicional. Para que ela seja verdadeira, não podemos permitir a
ocorrência de VF. Como o segundo componente é F, o primeiro não pode ser V.
𝐶ℎ𝑜𝑣𝑒
NPQ → 𝑀𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑛ã𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑎𝑜 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑚𝑎
NOOOOOOOPOOOOOOOQ
L L
A premissa acima é uma condicional. Para que ela seja verdadeira, não podemos permitir a
ocorrência de VF. Como o segundo componente é verdadeiro, NUNCA ocorrerá VF.
Desta forma, o antecedente pode ser V ou pode ser F. Não temos como concluir.
Item I.
Não temos como avaliar se esta proposição é V ou F, pois não sabemos o valor do consequente.
Assim, não podemos garantir que a proposição do item é verdadeira.
Gabarito: Errado
72
Item II.
Gabarito: Certo
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a população não faz justiça com as
próprias mãos.
Comentário
73
Sejam:
Se A, então B.
Se B, então C.
Se C, então D.
Se A, então D.
A questão pede que seja acrescentada uma premissa de tal forma que a conclusão seja D: A
população não faz justiça com as próprias mãos.
Ora, para garantir que D seja verdade, basta que A seja verdade.
Gabarito: A
Assinale a opção correspondente à conclusão que torna esse argumento um argumento válido.
74
b) Carlos não é especialista em recursos humanos e Paulo não é técnico de contabilidade.
Comentário
Para termos um argumento válido, devemos supor que todas as premissas são verdadeiras.
Esta segunda premissa é uma proposição composta pelo “se..., então...”. Para que ela seja
verdadeira, não pode ocorrer VF. Assim, como o segundo componente é F, o primeiro
componente não pode ser V.
𝑺𝒆 NOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOQ
𝑨𝒏𝒂 𝒏ã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒂 𝒏𝒂 á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒆 𝒊𝒏𝒇𝒐𝒓𝒎á𝒕𝒊𝒄𝒂 , 𝒆𝒏𝒕ã𝒐 NOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOQ
𝑷𝒂𝒖𝒍𝒐 é 𝒕é𝒄𝒏𝒊𝒄𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆.
𝑭 𝑭
Queremos que a premissa seja verdadeira. A premissa é composta pelo “ou”. Uma proposição
composta pelo “ou” é verdadeira se PELO menos um de seus componentes for V. Como temos
duas falsas, a outra que restou tem que ser verdadeira.
𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 é 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒂𝒍𝒊𝒔𝒕𝒂 𝒆𝒎 𝑹𝑯
NOOOOOOOOOPOOOOOOOOOQ , 𝒐𝒖 𝑨𝒏𝒂 𝒏ã𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒂 𝒆𝒎 𝒊𝒏𝒇𝒐𝒓𝒎.
NOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOQ , 𝒐𝒖 𝑩𝒊𝒂𝒏𝒄𝒂 é 𝒑𝒓𝒐𝒇
NOOOOPOOOOQ.
𝑽 𝑭 𝑭
75
Observe ainda que “Ana não trabalha na área de informática” é falsa. Portanto, “Ana trabalha na
área de informática” é verdade.
Gabarito: D
Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela matemática, apesar de achar essa uma
área muito difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas
disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a
disciplina chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente
para estudar e não será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca
das estruturas lógicas.
Comentário
Assim, para concluir que Mariana é aprovada em química geral, precisamos de uma premissa
adicional.
A premissa adicional pode ser: Mariana aprende Cálculo 1. Com isso, poderemos concluir que
ela é aprovada em Química Geral.
76
Outra premissa que poderia ser adicionada seria: Mariana aprende Química Geral. Com isso,
poderemos concluir que ela é aprovada em Química Geral.
Sem a adição de uma dessas premissas, não podemos concluir que ela é aprovada em Química
Geral.
Gabarito: Errado
A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada,
julgue o seguinte item.
Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se
for ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não
assistirei à aula”, em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que
essa representação constitui um argumento válido.
Comentário
Para que o argumento seja válido, devemos supor que as premissas são verdadeiras.
𝑆𝑒 𝑓𝑜𝑟 𝑖𝑔𝑛𝑜𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒, NO
𝑠𝑒𝑟𝑒𝑖 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧
OPOOQ.
S
Ora, quando o consequente é V, nada podemos concluir sobre o antecedente, pois admitimos a
ocorrência de VV ou de FV.
𝑆𝑒 NO
𝑓𝑜𝑟 𝑖𝑔𝑛𝑜𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒
OOOPOOOOQ , 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑖 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧
NOOPOOQ.
? S
77
Como não sabemos se ele é ignorante ou não, não temos como concluir se ela vai assistir a aula
ou não.
𝑆𝑒 NO
𝑎𝑠𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑟 à 𝑎𝑢𝑙𝑎
OOOPOOOOQ , NO𝑛ã𝑜 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑖 𝑖𝑔𝑛𝑜𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒
OOOOOPOOOOOOQ.
? ?
Gabarito: Errado
Suponha que a proposição “Se Josué foi aprovado no concurso e mudou de cidade, então
Josué mudou de emprego” seja uma premissa de um argumento. Se a proposição “Josué não
mudou de emprego” for outra premissa desse argumento, uma conclusão que garante sua
validade é expressa pela proposição
e) Se Josué não mudou de emprego, então Josué não foi aprovado no concurso.
Comentário
Em um argumento, devemos supor que todas as proposições dadas (premissas) são verdadeiras.
Se Josué foi aprovado no concurso e mudou de cidade, então Josué mudou de emprego.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Desta forma, sabemos que “Josué não mudou de emprego.” é uma proposição verdadeira.
Obviamente, a sua negação é falsa, ou seja, a proposição “Josué mudou de emprego” é falsa.
L
Se Josué foi aprovado no concurso e mudou de cidade, HIIIIIIIJIIIIIIIK.
então Josué mudou de emprego
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
78
O que está acontecendo? Temos uma proposição composta pelo conectivo “se..., então” e que
é verdadeira. Sabemos que em uma proposição condicional verdadeira não pode ocorrer VF,
nesta ordem.
Como o segundo componente é falso, o primeiro componente não pode ser verdadeiro. Ou seja,
o primeiro componente tem que ser falso!
L L
Se HIIIIIIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIIIIIIK HIIIIIIIJIIIIIIIK.
Josué foi aprovado no concurso e mudou de cidade , então Josué mudou de emprego
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Conclusão: A proposição “Josué foi aprovado no concurso e mudou de cidade” é falsa. Para
saber a verdade, devemos negar esta proposição. Ora, para negar tal proposição, devemos
negar seus componentes e trocar o conectivo “e” pelo conectivo “ou”.
Ficamos com: “Josué não foi aprovado no concurso ou não mudou de cidade".
Gabarito: C
(CESPE – 2013/PC-DF)
Comentário
Devemos supor que todas as premissas são verdadeiras, inclusive a proposição P4: Há criminosos
livres. A proposição simples sempre é o nosso ponto de partida.
79
L
Se a justiça é eficaz, então HIIIIIIIJIIIIIIIK
não há criminosos livres .
NOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Lembremos a regra do conectivo “se..., então...”. Para que a composta seja verdadeira, não
podemos admitir a ocorrência de VF, nesta ordem. Como o consequente é falso, o antecedente
não poderá ser verdadeiro, terá que ser falso.
L L
HIIIIIJIIIIIK
Se a justiça é eficaz , então HIIIIIIIJIIIIIIIK
não há criminosos livres .
NOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
L
A impunidade é alta ou a HIIIJIIIK
justiça é eficaz .
NOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOQ
S
Para que a proposição composta pelo conectivo “ou” seja verdadeira, pelo menos um dos
componentes deve ser verdadeiro. Como o segundo componente é falso, então o primeiro
deverá ser verdadeiro.
S L
HIIIIIJIIIIIK
A impunidade é alta HIIIJIIIK .
ou a justiça é eficaz
NOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOQ
S
S
Se HIIIIIJIIIIIK
a impunidade é alta , então a criminalidade é alta.
NOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
No “se..., então...” não admitimos a ocorrência de VF. Como a primeira frase é verdadeira, a
segunda não poderá ser falsa.
S S
HIIIIIJIIIIIK , então HIIIIIIJIIIIIIK
Se a impunidade é alta a criminalidade é alta .
NOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
80
A conclusão do argumento é C: Portanto, a criminalidade é alta.
Vimos que esta proposição é verdadeira. Assim, o argumento é válido e o item está certo.
Item II. A negação da proposição P1 pode ser escrita como “Se a impunidade não é alta, então a
criminalidade não é alta.”
A negação de uma proposição composta pelo conectivo “se..., então...” não pode ser escrita
com o conectivo “se..., então...”. A correta negação de P1 é “A impunidade é alta e a
criminalidade não é alta”.
Se (1) e (2) são premissas verdadeiras, então a proposição (3), a conclusão, é verdadeira, e a
sequência é uma dedução lógica correta.
Comentário
S
Se o crime foi perfeito, HIIIIIIIJIIIIIIIK
então o criminoso não foi preso.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
81
Para que uma proposição composta pelo conectivo “se..., então...” seja verdadeira não pode
haver VF. Se a segunda proposição (consequente) é verdadeira, o antecedente pode ser
verdadeiro ou pode ser falso. Assim, não temos como saber se o crime foi perfeito ou não. O
argumento é inválido e o item está errado.
Gabarito: Errado
1. (VUNESP – 2013/PC-SP)
(C) os policiais civis que não concluíram o ensino superior não são esforçados.
(E) existe policial civil com ensino superior que não é esforçado.
Comentário
Comecemos com a construção da proposição universal afirmativa: Todos os policiais civis são
esforçados.
Agora vamos construir a proposição particular: Existem policiais civis que concluíram o ensino
superior.
82
Sabemos que existe uma interseção entre o conjunto dos policiais civis e o conjunto das pessoas
com nível superior. O problema é que não sabemos se existem pessoas com nível superior e que
não são esforçadas. Por essa razão, não fecharemos o diagrama do conjunto das pessoas de nível
superior.
O gabarito é a letra D.
Ora, todos os policiais civis são esforçados, tendo concluído o ensino superior ou não.
Gabarito: D
2. (FGV – 2014/AL-BA)
Afirma-se que: “Toda pessoa gorda come muito”. É correto concluir que
Comentário
83
Coloquei 3 letras em vermelho, para que possa facilitar a visualização dos três tipos possíveis de
pessoas, de acordo com a proposição dada.
As pessoas do tipo B são pessoas que não são gordas, mas que comem muito.
As pessoas do tipo C são pessoas que não são gordas e que não comem muito.
Esta proposição é falsa. Basta tomar a pessoa B, que come muito e não é gorda.
Esta frase também é falsa e também podemos tomar a pessoa B como contraexemplo. B é uma
pessoa que não é gorda e come muito.
Esta frase é verdadeira. Se uma pessoa não come muito, ela automaticamente é uma pessoa do
tipo C e, consequentemente, não é gorda.
Falsa. O enunciado afirmou que toda pessoa gorda come muito. Aí vem uma pessoa e diz: “Ahh!!
Que é isso?? Eu sou gordo e não como muito. Eu sou um contraexemplo!!”.
Não interessa!! O que interessa é a informação dada no enunciado, que devemos tomar como
verdade absoluta.
84
e) não existe pessoa que coma muito e não seja gorda.
Gabarito: C
Diante, apenas, das premissas “Existem juízes”, “Todos os juízes fizeram Direito” e “Alguns
economistas são juízes”, é correto afirmar que
(B) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.
Comentário
Nesta questão nem precisamos construir diagramas. Sabemos que Todos os juízes fizeram
Direito. Sabemos também que alguns economistas são juízes. Ora, para que um economista seja
juiz, ele tem que ter cursado Direito Portanto, ao menos um economista fez Direito.
Gabarito: C
Diante, apenas, das premissas “Nenhum piloto é médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos
os astronautas são pilotos”, então é correto afirmar que
85
(E) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.
Comentário
Vamos começar construindo os diagramas das seguintes proposições: “Todos os astronautas são
pilotos” e “Nenhum piloto é médico”. Não temos como desenhar com precisão o diagrama da
proposição “Nenhum poeta é médico”.
Gabarito: C
5. (FCC – 2013/PGE-BA)
(B) algum X é Z.
(C) nenhum X é Z.
(D) algum Z é X.
(E) nenhum Z é X.
Comentário
86
Vamos construir o diagrama de “Algum X é Y”. Sabemos que existe uma interseção entre os
conjuntos X e Y, mas não sabemos a relação de X e Z. Por esta razão, não deixarei completo o
diagrama de X.
Observe que os elementos da interseção de X e Y, não são Z. Portanto, existe elemento de X que
não é elemento de Z.
Gabarito: A
6. (FCC – 2013/PGE-BA)
Comentário
87
Não se preocupe com os nomes envolvidos na questão. A lógica que estudamos é a lógica
formal, a lógica da forma. Não é uma lógica de conteúdo. Estamos simplesmente interessados na
estrutura das proposições.
Vamos agora à proposição “Algum pândego é trôpego”. Sabemos que existe uma interseção
entre o conjunto dos Pândegos e o conjunto dos Trôpegos, mas não sabemos qual a relação
entre os trôpegos e os nefelibatas. Vamos deixar incompleto o desenho deste diagrama.
Na verdade, poderíamos ter respondido esta questão sem nem ter construído os diagramas. Pois
se sabemos que todo pândego é nefelibata, já podemos garantir que algum pândego é
nefelibata.
Gabarito: C
7. (ESAF – 2012/ATA-MF)
Em uma cidade as seguintes premissas são verdadeiras: Nenhum professor é rico. Alguns
políticos são ricos. Então, pode-se afirmar que:
88
d) Alguns políticos não são professores.
Comentário
Agora vamos à proposição “Alguns políticos são ricos”. Sabemos que existe uma interseção
entre o conjunto dos políticos e o conjunto dos ricos, mas não sabemos qual é a relação entre o
conjunto dos políticos e o conjunto dos professores.
A região vermelha contém políticos que não são professores, porque eles são ricos.
Gabarito: D
8. (FGV – 2007/FNDE)
Considere a afirmação “Todo corintiano é feliz”. A partir dessa afirmação, pode-se concluir que:
89
c) toda pessoa que não é corintiana não é feliz.
Comentário
A alternativa A é falsa, pois podem existir pessoas felizes que não são corintianas.
A alternativa C é falsa, pois podem existir pessoas que não são corintianas e são felizes.
A alternativa D é verdadeira, pois o infelizes estão “fora” do conjunto das pessoas felizes. E como
todo corintiano é feliz, podemos afirmar que os infelizes não são corintianos.
Gabarito: D
9. (FGV – 2008/SAD-PE)
90
e) Algumas cobras que não são listradas podem ser venenosas.
Comentário
Desenhei algumas cobras. Obviamente as cobras que não são listradas estão fora do conjunto
das cobras listradas.
A alternativa A é falsa, pois podem existir cobras listradas que não são venenosas (por exemplo, a
cobra 2).
A alternativa C é falsa, pois existem cobras que não são venenosas e que são listradas (por
exemplo, a cobra 2).
Esta alternativa é falsa, já que nenhuma cobra não-listrada pode ser venenosa.
91
Gabarito: B
O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada, é constituído por
três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As
premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é consequência
necessária das premissas.
(A) I
(B) II
(C) III
92
(D) I e III
(E) II e III
Comentário
Não podemos concluir, portanto, que Júlio é um homem. Este é um argumento inválido.
93
Vamos novamente construir diagramas.
João é um animal. Pelo diagrama, vemos que João pode ou não ser um homem. Assim, o
argumento é inválido.
94
Concluímos que obrigatoriamente José será um animal.
Gabarito: C
Pedro é engenheiro.
Comentário
Questão muito fácil. A conclusão é a proposição que vem após a expressão “logo”.
Gabarito: E
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a asserção que indica a conclusão do seguinte
argumento:
Considerando que o estudo é muito importante na vida das pessoas, segue-se que alunos não
deveriam passar de ano sem estudar, visto que a passagem de ano é um desafio e desafios não
devem ser evitados.
95
(B) Alunos não deveriam passar de ano sem estudar.
Comentário
Nesta questão, o argumento não foi construído como temos o costume nas aulas de lógica. Para
encontrar a conclusão do argumento, devemos procurar alguma expressão que indique uma
inferência. Neste caso, a expressão “segue-se” tem o mesmo valor de um “portanto”. Desta
maneira, a conclusão do argumento é a proposição “alunos não deveriam passar de ano sem
estudar”.
Gabarito: B
(D) não existe situação em que as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa.
Comentário
96
Questão bem simples e que apenas cobra a definição de um argumento válido. Vimos que NÃO
PODEMOS TER ARGUMENTOS VÁLIDOS COM PREMISSAS VERDADEIRAS E CONCLUSÃO
FALSA.
Gabarito: D
Considerando que Freud é o pai da psicanálise, assinale a alternativa que apresenta o que é
correto afirmar acerca do seguinte argumento:
Freud é o pai da psicanálise ou Freud é jogador de futebol. Freud não é o pai da psicanálise.
Logo, Freud é jogador de futebol.
Comentário
Esta questão busca exatamente a situação que acabamos de comentar. Para analisar a validade
do argumento, não devemos nos preocupar com a veracidade de suas premissas. Para
determinar a validade do argumento, devemos supor que as premissas são verdadeiras.
Ora, como estamos assumindo que Freud não é o pai da psicanálise, temos a seguinte situação
na primeira premissa:
L
HIIIIIIIIIJIIIIIIIIIK
𝐹𝑟𝑒𝑢𝑑 é 𝑜 𝑝𝑎𝑖 𝑑𝑎 𝑝𝑠𝑖𝑐𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑜𝑢 𝐹𝑟𝑒𝑢𝑑 é 𝑗𝑜𝑔𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
97
Para que a premissa seja verdadeira, o segundo componente deverá ser verdadeiro, pois uma
proposição composta pelo conectivo “ou” é verdadeira se pelo menos um de seus componentes
o for.
L S
HIIIIIIIIIJIIIIIIIIIK HIIIIIIIIJIIIIIIIIK .
𝐹𝑟𝑒𝑢𝑑 é 𝑜 𝑝𝑎𝑖 𝑑𝑎 𝑝𝑠𝑖𝑐𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑜𝑢 𝐹𝑟𝑒𝑢𝑑 é 𝑗𝑜𝑔𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Por quê? Porque SUPONDO que as premissas sejam verdadeiras, a conclusão também será. Não
tem como as premissas serem verdadeiras sem que a conclusão também o seja.
Não devemos confundir validade de um argumento com a veracidade de uma proposição, ok?
Agora perceba que o enunciado nos disse que o Freud citado na questão é o próprio pai da
psicanálise. Isso faz com que uma das premissas seja falsa e a conclusão também seja falsa.
Gabarito: D
a) o bolo é de laranja.
b) o refresco é de limão.
98
e) o bolo é de laranja e o refresco é de limão.
Comentário
Questão de lógica de argumentação. Devemos supor que todas as premissas são verdadeiras e
começar pela proposição simples (se existir uma proposição simples).
Vamos à segunda premissa. É uma proposição composta pelo “se..., então...” e o seu
consequente é falso, pois “o sanduíche não é de queijo”.
L
Se o refresco não é de limão, então HIIIIIIIJIIIIIIIK
o sanduíche é de queijo.
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Uma proposição composta pelo conectivo "se..., então...” é verdadeira quando não ocorre VF.
Como a segunda componente (consequente) é F, a primeira componente não poderá ser V.
Concluímos que o antecedente é F.
L L
HIIIIIIIJIIIIIIIK , então o sanduíche é de queijo.
Se o refresco não é de limão HIIIIIIIJIIIIIIIK
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
S
Se o bolo é de laranja, então HIIIIIIJIIIIIIK
o refresco é de limão.
NOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOQ
S
Uma proposição composta pelo conectivo "se..., então...” é verdadeira quando não ocorre VF.
Como o segundo componente é V, o antecedente pode ser V ou F (pois irá ocorrer VV ou FV).
Assim, não temos como determinar se o bolo é ou não de laranja.
Gabarito: B
Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então um químico e um biólogo serão
99
contratados em junho do mesmo ano.
Se for adquirido um novo congelador ou uma nova geladeira, então o chefe comprará sorvete
para todos.
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido contratado. Apenas com estas informações,
pode-se concluir que, necessariamente, que
Comentário
Lembre-se que em um argumento devemos supor que todas as premissas são verdadeiras.
Partiremos da proposição simples, que diz que “nenhum biólogo havia sido contratado”. Vamos
à primeira proposição.
Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então um químico e um biólogo serão contratados em junho do mesmo ano.
Como nenhum biólogo foi contratado, o consequente desta proposição composta pelo
conectivo “se..., então” é falso.
L
Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então HIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIK
um químico e um biólogo serão contratados em junho do mesmo ano.
Uma proposição composta pelo conectivo "se..., então...” é verdadeira quando não ocorre VF.
Como a segunda componente (consequente) é F, a primeira componente não poderá ser V.
Concluímos que o antecedente é F.
L L
HIIIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIIIK
Se o projeto X for aprovado até HIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIJIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIK.
maio de 2013 , então um químico e um biólogo serão contratados em junho do mesmo ano
Observe que não vamos conseguir desenvolver mais nada neste argumento. Observe a
proposição:
100
Se NOOOOOOOPOOOOOOOQ
um biólogo for contratado , então um novo congelador será adquirido.
NOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOQ
L ?
Quando o primeiro componente do “se..., então...” é F, não temos como saber o valor lógico do
segundo componente.
Gabarito: B
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a conclusão silogística que se pode inferir das
seguintes premissas: “Todo brasileiro é cidadão” e “João é brasileiro”.
Comentário
Concluímos que João é um cidadão, pois ele é brasileiro e todo brasileiro é cidadão.
A resposta é a letra B.
Observe que a alternativa A faz com que o argumento seja válido, mas não seria uma conclusão
silogística, pois não teríamos utilizado a informação de que João é brasileiro.
Gabarito: B
101
18. (VUNESP – 2013/PC-SP)
(B) Adição.
Comentário
O gabarito preliminar da VUNESP foi a letra A, dizendo que este argumento tem a forma de um
Modus Tolens. Está errado!! O modus tollens nega o consequente em uma das premissas e tem
como conclusão a negação do antecedente.
Gabarito: Anulada
102
Como você está dirigindo um automóvel, você conclui que deve trafegar pela pista da esquerda.
II. Você mora no Recife e telefona para sua mãe em Brasília. Entre outras coisas, você diz que
“Se domingo próximo fizer sol, eu irei à praia”. No final do domingo, sua mãe viu pela televisão
que choveu no Recife todo o dia. Então, ela concluiu que você não foi à praia.
III. Imagine o seguinte diálogo entre dois políticos que discutem calorosamente certo assunto:
Comentário
I. A placa informa que “Se você está em um caminhão, então vá para a pista da direita”.
Como você está dirigindo um automóvel, você conclui que deve trafegar pela pista da esquerda.
Se você não está em um caminhão (no caso, está em um automóvel), você pode escolher a pista
em que irá trafegar.
Como choveu o dia todo, sua mãe concluiu que você não foi à praia.
103
III. O terceiro item obviamente é FALSO, pois nem o político A chamou o político B de ladrão,
nem o político B chamou o político A de ladrão. O político A apenas afirmou que “na Câmara tá
cheio de ladrão” e o político B afirmou que ele próprio não era um dos ladrões.
Gabarito: E
Se João amava Teresa, então Lili é vizinha de Teresa. Lili não é vizinha de Teresa. Se João não é
vizinho de Teresa, então João amava Teresa. Logo
Comentário
Uma proposição composta pelo conectivo "se..., então...” é verdadeira quando não ocorre VF.
Como a segunda componente (consequente) é F, a primeira componente não poderá ser V.
Concluímos que o antecedente é F.
Se NOOOOOPOOOOOQ
João amava Teresa , então NOOOOOOPOOOOOOQ
Lili é vizinha de Teresa.
L L
Se NOOOOOOOOPOOOOOOOOQ
João não é vizinho de Teresa , então João amava Teresa
NOOOOOPOOOOOQ.
L L
104
Concluímos que a proposição “João não é vizinho de Teresa” é F, ou seja, a proposição “João é
vizinho de Teresa” é V.
Observe que na alternativa D temos uma proposição composta pelo conectivo “ou”.
(D) NOOOOOOPOOOOOOQ
João não amava Teresa ou não é vizinho de Lili.
NOOOOOPOOOOOQ
S ?
Não sabemos o valor lógico do segundo componente, mas como o primeiro componente é V, a
composta da alternativa D é verdadeira. Lembre-se se tivermos algum dos componentes V, a
composta do conectivo “ou” será V.
Gabarito: D
No ano passado, Marcelo prometeu que se o seu time ganhasse todos os jogos e seu ídolo
Canelinha fosse o artilheiro do campeonato, então ele ficaria todo o ano seguinte sem tomar
cerveja. Sabendo que Marcelo cumpre todas as suas promessas e que, neste ano, ele tem
tomado cerveja todo final de semana, é correto concluir que, no ano passado, necessariamente,
c) o time de Marcelo perdeu todos os jogos e Canelinha não foi o artilheiro do campeonato.
d) o time de Marcelo não ganhou todos os jogos ou Canelinha não marcou gols no campeonato.
e) o time de Marcelo não ganhou todos os jogos ou Canelinha não foi o artilheiro do
campeonato.
Comentário
Sabemos que Marcelo tem tomado cerveja todo final de semana. Assim, é falso dizer que ele
ficou todo o ano sem tomar cerveja.
𝑆𝑒 𝑠𝑒𝑢 𝑡𝑖𝑚𝑒 𝑔𝑎𝑛ℎ𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑗𝑜𝑔𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑢 í𝑑𝑜𝑙𝑜 𝑓𝑜𝑠𝑠𝑒 𝑎𝑟𝑡𝑖𝑙ℎ𝑒𝑖𝑟𝑜, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 NOOOOOPOOOOOQ
𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑠𝑒𝑚 𝑏𝑒𝑏𝑒𝑟.
L
105
Como o consequente é falso, o antecedente será falso (Modus Tollens). Raciocinando de outra
forma: sabemos que não pode ocorrer VF em uma proposição condicional. Como o segundo
componente é F, o primeiro não pode ser V.
𝑆𝑒 NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQ
𝑠𝑒𝑢 𝑡𝑖𝑚𝑒 𝑔𝑎𝑛ℎ𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑗𝑜𝑔𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑢 í𝑑𝑜𝑙𝑜 𝑓𝑜𝑠𝑠𝑒 𝑎𝑟𝑡𝑖𝑙ℎ𝑒𝑖𝑟𝑜 , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑠𝑒𝑚 𝑏𝑒𝑏𝑒𝑟
NOOOOOPOOOOOQ.
L L
Para negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, basta negar os dois componentes e
trocar pelo conectivo “ou”.
Conclusão: Seu time não ganhou todos os jogos ou seu ídolo não foi artilheiro.
Gabarito: E
Carlos é engenheiro.
106
(E) se Carlos é engenheiro, então Eliane não é secretária.
Comentário
Esta é uma proposição composta pelo “ou...ou...” e o enunciado afirma que ela é verdadeira.
Ora, uma proposição composta pelo “ou...ou...” é verdadeira quando apenas um de seus
componentes é verdadeiro.
Como o segundo componente é falso (Carlos não é engenheiro), concluímos que o primeiro
componente (Bruno é médico) é verdadeiro.
Bruno é médico – Verdade
Olhemos a última proposição, que também é verdadeira: Se Bruno é médico, então Eliane é
secretária.
Para que uma composta pelo “se..., então...” seja verdadeira, não pode ocorrer VF (nesta
ordem).
Como o primeiro componente é V, o segundo não pode ser F. Concluímos que “Eliane é
secretária” é verdadeira.
Acabamos de ver que uma composta pelo “se..., então...” é verdadeira, quando não ocorre VF
(nesta ordem).
Como o segundo componente (Eliane não é secretária) é falsa, o primeiro componente não
pode ser verdadeiro.
107
O gabarito é a letra C, pois é uma proposição composta do “se..., então...” em que ocorre FF.
(C) se Eliane não é secretária, então Bruno não é médico.
Gabarito: C
108
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ficamos por aqui, queridos alunos. Espero que tenham gostado da aula.
Vamos juntos nesta sua caminhada. Lembre-se que vocês podem fazer perguntas e sugestões no
nosso fórum de dúvidas.
Guilherme Neves
109