Frente A-Cap1-Conjuntos e Números

MATEMÁTICA FRENTE A
1
CAPÍTULO
PCL4
Conjuntos e Números
A Lógica por trás da Matemática
MATEMÁTICA | Capítulo 1
Você já parou para pensar na importância dos

números no seu cotidiano?
Imagine como seriam as seguintes situações sem os números:
• Como saberíamos qual seria a temperatura prevista para o dia?

Isso pode interferir, por exemplo, na maneira de se vestir.
• Como você conseguiria descobrir se está atrasado para o

1º horário de aula?
• Será que o dinheiro que você tem é suficiente para comprar um

lanche na cantina?
Esses são apenas alguns exemplos de como precisamos dos

números no nosso dia a dia. E é por isso que estudar os conjuntos
numéricos é fundamental!
A noção de números e suas generalizações está intimamente

relacionada à História da humanidade. À medida que a sociedade
foi se desenvolvendo, surgiu a necessidade de realizar cálculos e,
assim, os números foram se aprimorando. A linguagem dos números
é universal e eles são objeto de estudo da Matemática.
Além dos números, a Matemática possui outras ferramentas, por

exemplo, o Diagrama de Lewis Carrol, que busca agrupar coisas que
não possuem elementos comuns. O matemático Lewis Carrol ingressou
na Universidade de Oxford no ano de 1851, sendo condecorado com
medalha de mérito pelos excelentes resultados. Mas sua vida é mais
conhecida por escrever o romance Alice no País das Maravilhas, que
possui várias referências matemáticas. No capítulo oito desse livro,
“O campo de Croquet da Rainha”, a personagem Alice dialoga com as
cartas de baralho dos números 2, 5 e 7, os quais ilustram os números
primos iniciais positivos.
Pensando no exemplo das cartas de baralho, um fato curioso é

a maneira como elas são divididas em agrupamentos: cada naipe
(de paus, de ouros, de copas e de espadas) possui um conjunto de
cartas. A partir dessa ideia, podemos olhar os conjuntos de forma
intuitiva, como uma reunião de elementos que possuem uma dada
propriedade estrutural.
Yara Ferreira
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Bernoulli Sistema de Ensino 5

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Para saber mais sobre a lógica matemática

TÁ NA MÍDIA
presente no livro Alice no País das Maravilhas,

acesse o QR Code.
VÍDEO
1. Noções de lógica Muitas vezes, efetuamos certas operações sobre

proposições, chamadas operações lógicas, que
A Teoria de Conjuntos é um dos elementos são definidas de acordo com as regras do cálculo
estruturais da Matemática, e conecta-se com a Filosofia proposicional. A seguir, veremos algumas dessas
por relacionar seus elementos aos preceitos da lógica operações.
aristotélica. Isso quer dizer que devemos conhecer
vários elementos ligados às Ciências Humanas para Negação
garantir um bom entendimento da Matemática. Observe
Chama-se negação de uma proposição p a
alguns conceitos associados à lógica aristotélica,
proposição representada por “não p” (~p), cujo valor
que representou um dos primeiros trabalhos sobre a
lógico é a verdade, quando p é falsa, e a falsidade,
sistematização da síntese lógica proposicional.
quando p é verdadeira.
Na linguagem cotidiana, realizamos a negação

1.1. Proposição
dizendo “não” antes do verbo da proposição dada.
Chama-se proposição todo conjunto de palavras No entanto, podemos negá-la antepondo a ela
ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido expressões como “é falso que” ou “não é verdade que”.
completo. As proposições constituem o conteúdo de
orações declarativas. Dessa forma, essas orações não Exemplos:
são exclamativas nem interrogativas, mas comunicam 1. p: 11 + 5 = 16 (V)
uma informação.
~p: 11 + 5 ≠16 (F)
Assim, são proposições: 2. q: 4 é primo. (F)
I. Todos os seres humanos são mortais. ~q: 4 não é primo. (V)
II. Belo Horizonte é a capital do estado de São Paulo. 3. p: Spielberg dirigiu Alice no País das Maravilhas. (F)
III. Existe um número par que é primo. ~p: É falso que Spielberg dirigiu Alice no País das
Maravilhas. (V)
Chama-se valor lógico de uma proposição a verdade V,
OBSERVAÇÃO
se a proposição for verdadeira, e a falsidade F, se ela
for falsa. Nos exemplos anteriores, as proposições I e Fazer a negação de uma proposição não significa
III são verdadeiras, e a II é falsa. Para ser proposição, sempre recusá-la, mas sim atribuir um sentido
deve-se assumir um valor lógico. contrário à proposição.
A lógica matemática adota como regras Exemplo:

fundamentais os seguintes princípios: • p: Não vou sair.
I. Uma proposição é igual a ela mesma (princípio da ~p: Vou sair.
identidade).
Conjunção
I. Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao
mesmo tempo (princípio da não contradição). Chama-se conjunção de duas proposições p e q a
proposição representada por "p e q" (p ∧ q), cujo valor
II. Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa, ou lógico é a verdade, quando p e q são ambas verdadeiras.
seja, verifica-se sempre um desses casos, e nunca A falsidade está nos demais casos, ou seja, naqueles
um terceiro (princípio do terceiro excluído). em que pelo menos uma das preposições é falsa.
6 Bernoulli Sistema de Ensino

Assim, o critério que estabelece o valor lógico da ESTÁ NO MUNDO

conjunção de duas proposições pode ser resumido na
tabela a seguir – em que são examinadas todas as Conectivos lógicos e o Direito
possibilidades para que p e q –, denominada tabela-
-verdade da proposição p ∧ q.
Os conectivos lógicos aristotélicos estudados
p q p∧q neste capítulo para orientar e padronizar a escrita
V V V matemática podem ser destacados nas mais variadas
V F F ciências. Por exemplo, na ciência do Direito, a maior
F V F parte do processo descritivo da Lei é efetivada pelo
uso correto de tais conectivos. A seguir, mostraremos
F F F
alguns elementos extraídos da Lei Penal Brasileira para
Exemplo: estabelecer uma conexão direta com a interpretação
• Considere as proposições p e q a seguir: dada dentro do contexto matemático.
p: O artista Van Gogh nasceu no Brasil. (F)
q: ¹8 < 3 (V) Artigos do Código Penal Brasileiro
Como p é falsa e q é verdadeira, a conjunção “p e q”
Art. 18. – Diz-se o crime:
é falsa.
Crime doloso
Disjunção
oloso, quando o agente quis o resultado ou
I–d
Chama-se disjunção de duas proposições p e q a assumiu o risco de produzi-lo;
proposição representada por “p ou q” (p ∨ q), cujo
valor lógico é verdade, quando pelo menos uma das Art. 155. – Subtrair, para si ou para outrem,
proposições p e q é verdadeira, e falsidade, quando p coisa alheia móvel.
e q são ambas falsas.
Nesse caso, o critério que permite decidir o valor
Na escrita desses artigos, percebemos que o
lógico da disjunção de duas proposições pode ser
conectivo ou, como na escrita matemática, representa
resumido na seguinte tabela-verdade:
a busca por satisfazer somente a um dos elementos
p q p∨q descritos ou mesmo os dois. No campo jurídico, esse
V V V aspecto associa-se de forma semelhante. Segundo
V F V o artigo 18, o crime é considerado doloso nos casos
em que:
F V V
F F F • O agente quis o resultado;
Exemplo: • O agente assumiu o risco de produzir resultado;
• Sejam as seguintes proposições: • O agente quis o resultado e assumiu o risco de

p: Instagram é uma rede social. (V) produzi-lo.
q: –5 ≥ 4 (F) E, segundo o artigo 11, o crime ocorre nos casos
Sendo p verdadeira e q falsa, a disjunção “p ou q” em que o agente:
é verdadeira.
• Subtrai para si coisa alheia móvel;
Disjunção exclusiva • Subtrai para outrem coisa alheia móvel;
O conectivo “ou” tem dois sentidos conforme for • Subtrai para si e para outrem coisa alheia móvel.
escrito na sentença. Considere as proposições:
P: João é filósofo ou matemático.
Q: Paula ou é gaúcha ou é capixaba. Art. 158. – Constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, e com o intuito de
A proposição P indica que pelo menos uma das obter para si ou para outrem indevida vantagem
proposições “João é filósofo” e “João é matemático” é econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar
verdadeira, sendo que ambas podem ser verdadeiras. de fazer alguma coisa.
Assim, dizemos que em P o conectivo “ou” é inclusivo (v).
Todavia, a proposição Q afirma que uma, e somente
uma, das proposições “Paula é gaúcha” e “Paula é Na escrita desse artigo, percebemos que o
capixaba” é verdadeira, já que é impossível ocorrer conectivo e, como na escrita matemática, representa a
“Paula é gaúcha e capixaba”. Logo, dizemos que em Q busca por satisfazer a todos os elementos. No campo
o conectivo “ou” é exclusivo (v) jurídico, esse aspecto associa-se de forma semelhante.

O agente que comete o ato ilícito busca constranger Quantificador existencial

alguém sob violência ou grave ameaça, mas deve
Esse quantificador é indicado pelo símbolo ∃, que se
também possuir o intuito de obter vantagem econômica,
lê: “existe”, “existe pelo menos um”, “algum” ou “existe
pois, sem esse efeito cumulativo, o ato não pode ser
um”. Dessa forma, a proposição p: ∃ x ∈  | x + 4 = 9
enquadrado no artigo 158. (que se lê: existe um número real x tal que x + 4 = 9)
A escrita científica busca, com o uso dos conectivos é uma proposição verdadeira.
estabelecidos na lógica aristotélica, criar mecanismos Assim, dada uma sentença aberta p(x) em um
que unifiquem a linguagem das ciências em seus conjunto A, o símbolo ∃, referente à variável x,
aspectos mais básicos. representa uma operação lógica que transforma a
sentença aberta p(x) em uma proposição verdadeira
ou falsa, conforme p(x) exprima ou não uma condição
possível no conjunto A.
1.2. Quantificação
Para quantificar elementos na matemática, usamos 1.3. Negação de proposições
símbolos chamados quantificadores. Para efetuarmos a negação de conjunções,
disjunções e proposições com quantificador, utilizaremos
Exemplo:
as regras conhecidas como Regras de Morgan.
• Considere a expressão p(x): x + 6 = 9.
Negação de uma conjunção
Observe que, por conter a variável x, o valor Negar que duas proposições são ao mesmo tempo
lógico V ou F de p(x) dependerá do valor numérico verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos uma
atribuído à variável. A expressão é verdadeira se é falsa. Por exemplo, a negação da proposição “Ana é
substituímos x por 3, mas é falsa para qualquer médica e professora” é “Ana não é médica ou não é
outro valor dado a x. professora”.
~(p ∧ q) = p v q
Orações que contêm variáveis são denominadas Note que a negação transforma a conjunção em
sentenças abertas. Tais orações não são proposições disjunção.
porque seu valor lógico é discutível. No entanto,
podemos transformá-las em proposições atribuindo
Negação de uma disjunção
valor às variáveis ou utilizando os quantificadores. Negar que pelo menos uma de duas proposições é
verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas. Por
Quantificador universal exemplo, a negação da proposição “Marcelo é músico
ou atleta” é “Marcelo não é músico e não é atleta”.
É indicado pelo símbolo ∀, que se lê: “qualquer
~(p v q) = ~p e ~q
que seja”, “para todo” ou “para cada”. Assim,
são verdadeiras as seguintes proposições: Note que a negação transforma a disjunção em
conjunção.
p: ∀ x ∈  | x + 1 > x
Negação de proposições com
Em que se lê: qualquer que seja x pertencente a ,
quantificador
tem-se:
A negação da proposição ∀ x ∈ A | p(x) equivale
x+1>x à afirmação: existe pelo menos um x ∈ A, sendo que
p(x) é falsa.
q: ∀ x ∈  | x2 – 9 = (x + 3).(x – 3)
Assim, a negação da proposição “Todo aluno da
Em que se lê: para todo número real x, tem-se: turma C é estudioso” é “Existe pelo menos um aluno
x2 – 9 = (x + 3).(x – 3) da turma C que não é estudioso” ou “Nem todo aluno
da turma C é estudioso”.
Exemplo:
Analogamente, a negação da proposição ∃ x ∈ A | p(x)
• Sejam o conjunto A = {2, 4, 6, 8, 9} e a expressão é equivalente à afirmação de que, para todo x ∈ A, p(x)
é falsa.
p(x): x é par.
Assim, a negação da proposição “Existe um número
Note que p(x) é, simplesmente, uma sentença
cuja raiz quadrada é zero” é “Todo número tem raiz
aberta e, por isso, é desprovida de valor lógico V quadrada diferente de zero”, ou seja, “Nenhum número
ou F. Entretanto, a sentença aberta p(x) seguida tem raiz quadrada igual a zero”.
do símbolo ∀, ou seja, ∀ x ∈ A | x é par, torna-se Portanto, a negação transforma o quantificador
uma proposição e, portanto, tem um valor lógico – universal em quantificador existencial (seguido de
que, no caso, é a falsidade. negação), e vice-versa.

CODIFICANDO
Você sabe o que é programação?
De uma maneira simplificada, programação é um conjunto de instruções (códigos) que têm como função
dizer a um sistema o que ele deve fazer. Um estudante, por exemplo, se programa para acordar, alimentar-se, ir
para a escola e voltar para casa, várias vezes por semana, no que é chamado de rotina. Comparativamente, os
computadores e outros dispositivos são também programados para realizar várias ações, algumas mais simples e
comuns, outras mais complexas e esporádicas. No mundo em que vivemos, cada vez mais atividades e serviços
possuem alguma programação.
A programação está presente em quase tudo que fazemos atualmente, principalmente nas atividades que
envolvem o uso da Internet e de dispositivos eletrônicos. Ela é utilizada em computadores, sistemas bancários,
organizações governamentais, TVs, smartphones, sites, aplicativos, entre outros. Por trás de cada programa,
há uma linguagem específica, chamada de linguagem de programação. Existem vários tipos e formatos, e algumas
delas são específicas para certa finalidade ou utilidade. Apesar das diferenças, todas possuem características em
comum.
Para entender qualquer linguagem de programação, é necessário primeiro dominar a lógica por trás dela.
Ao longo desta seção, você irá aprender alguns comandos lógicos que servem como base para a criação de
diversos códigos.
As primeiras atividades propõem a prática de exercícios de lógica. Elas podem parecer simples, mas serão a
base para futuros códigos de programação.
As atividades finais, que correspondem à fase do labirinto, irão iniciar a programação em blocos, introduzindo
comandos básicos. Nelas, você precisará criar um pequeno programa usando os comandos “avançar” e “virar” e,
mais tarde, o laço “repetir”, para dar vida ao zumbi.
É hora de rodar seu código!
EXERCÍCIO RESOLVIDO
01. A proposição “É falso que não está frio ou que está chovendo” é equivalente a:
A. “É verdade que não está frio ou que está chovendo”.

B. “Chove, mas não faz frio”.
C. “Está frio ou não está chovendo”.
D. “Está frio e não está chovendo”.
Resolução:
Consideremos as proposições p: não está frio e q: está chovendo. A proposição dada é a negação da disjunção
p ou q. Logo, pela Regra de Morgan, a proposição equivale a afirmar que p e q são ambas falsas, isto é, está
frio e não está chovendo, conforme exposto na alternativa D.

BERNOULLI
NO
PL
SOLUÇÕES
AY
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
RE
01 Destaque nas figuras ilustrativas de cada

item o local associado às proposições
Proposição d: Maria nasceu nas regiões
A e B.
correspondentes. Região A Região B
A. Considere a figura ilustrativa da escola
com várias turmas do primeiro ano para
representar a proposição p: o aluno Marcos
pertence ao primeiro ano, turma A.
1º Ano 1º Ano 1º Ano 1º Ano 1º Ano Proposição m: Marcos nasceu nas regiões
A B C D E A ou B.
Região A Região B
ESCOLA
B. Considere que, na criação de algumas

regiões pelo mundo, por motivo de erro,
houve o estabelecimento de áreas que
pertenciam às duas regiões. Observe
a ilustração de um desses casos para
as regiões A e B, sendo a área comum
conhecida como Região das Cerejeiras.
02 (Fatec-SP–2016) Proposição é uma frase
declarativa que exprime um pensamento de
Região A Região B sentido completo. Toda proposição possui um
único valor lógico: falso (F) ou verdadeiro (V).
Assinale a alternativa que apresenta uma

proposição.
A. Vamos estudar?
B. Parabéns!
C. x + y > 3
Região das 1 1 2
Cerejeiras D.
3 2 5
E. x2 + 5x + 6
Proposição p: João nasceu na região A.
Região A Região B
03 Escreva a negação das proposições a seguir:
A. p: o valor de x é maior que 3.

B. q: todo município é do Brasil.
C. s: a camisa do time é verde ou branca.
D. r: a camisa do time é verde e amarela.
Proposição q: Pedro nasceu na região B. 04 Considerando que as afirmações a seguir são

verdadeiras, podemos afirmar do ponto de
vista lógico que a rua E é composta somente
Região A Região B
por casas amarelas e vermelhas? Justifique.
A: Toda casa amarela de uma cidade X está

na rua E.
B: Existem ruas A, V, B, E, P e Q na cidade X.
C: João mora na rua E e sua casa é vermelha.
D: Maria mora em uma casa amarela.

2. Fluxogramas A seguir, devemos estabelecer os principais

símbolos associados aos elementos do fluxograma.
O pensamento lógico matemático está vinculado ao Seu uso será aplicado como forma de seguir as ideias
encadeamento de ideias, implicações, que possam ser encadeadas para o pensamento lógico-matemático.
aferidas em um contexto e, por sua vez, acabam gerando
outros elementos. Mas é preciso identificar a ligação que
gera esses encadeamentos, pois não podemos inferir 2.1. Elementos e seus significados
verdades sem usar de ferramentas apropriadas. A seguir, ilustram-se alguns símbolos associados
O pensamento matemático segue um fluxo ao processo de criação do fluxograma.
contínuo e cartesiano de propriedades e objetivos.
Podemos descrever que são verdades elementares que Símbolo Significado
levam a outras verdades mais gerais.
Início / Fim do Processo
Uma forma de sintetização do pensamento Início ou o fim de um fluxo
matemático é a utilização dos símbolos que compõem no diagrama.
os fluxogramas. Os fluxogramas não compõem uma
Dados
área exclusiva da exatas, e sim uma estrutura que Representa qualquer tipo
busca alcançar o encadeamento de ideias de forma de dado no fluxograma.
precisa e condizente com a realidade.
Símbolo de decisão
Na Administração, o uso dos fluxogramas é Mostra que uma decisão
amplamente difundido. No entanto, um dos grandes será tomada e que o
fluxo do processo seguirá
propagadores desses símbolos foram os programadores. determinada direção com
Esses profissionais fazem uso dos fluxogramas para base nessa decisão.
compor a estrutura base do pensamento lógico que Processamento
antecede as linhas de programação. Indica um determinado
processo e suas funções e
atividades.
ESTÁ NO MUNDO
Conector
Fluxogramas para a programação Indica que haverá uma
informática / algoritmos conexão neste ponto.
Como representação visual do fluxo de dados, Para criar de forma correta um fluxograma,
fluxogramas são úteis para escrever um programa ou devemos seguir algumas dicas de trabalho. Observe
algoritmo e explicá-los ou colaborar com eles. Você a seguir:
pode usar um fluxograma para descrever a lógica
por trás de um programa antes mesmo de começar Primeiro passo: defina a meta
a codificar o processo automatizado. Ele ajuda a a ser alcançada
organizar o seu pensamento de visão geral e fornece
um guia para quando chegar a hora de codificar. Mais Neste momento, você deve saber claramente qual
especificamente, fluxogramas podem: é o seu objetivo final. Estabeleça um conjunto mínimo
de ferramentas a serem usadas. Busque o conteúdo a
• Demonstrar a forma como o código é organizado.
ser inserido e elenque os dados relevantes.
• Visualizar a execução do código dentro de um
programa. Segundo passo: estabeleça uma ordem
• Mostrar a estrutura de um site ou aplicativo. Na Matemática, alguns resultados não podem
ser alcançados antes de outros, pois é comum existir
• Entender como usuários navegam um site ou
uma dependência hierarquizada entre os objetos. Por
programa.
exemplo, quando nossa sentença numérica possui
Muitas vezes, programadores escrevem soma e produto (2 + 3 . 4), devemos somar somente
pseudocódigo, uma combinação de linguagem natural depois de efetuarmos o produto. Neste momento,
e linguagem de computador que pode ser lido por analise as propriedades que podem ser usadas.
pessoas. Isso pode proporcionar maiores detalhes do
Exemplo:
que contidos no fluxograma e servir para substituir
o fluxograma ou ser um próximo passo para criar o • Considere que seu problema seja resolver uma
código real. expressão numérica como a seguinte:
[...] 15
3 2. 3 4 . 3 4. 2
Disponível em: <https://www.lucidchart.com/pages/pt/
3
o-que-e-um-fluxograma>. Acesso em: 08 ago. 2019.

Na resolução da questão, devemos ter estratégias para a solução. Terceiro passo:

Nesse exemplo, primeiro resolvemos as operações que estão dentro dos
organize os Símbolos
parênteses, depois as que estão dentro dos colchetes e, por último, as
operações dentro das chaves. Mas, entre as operações também existe uma Veja mentalmente quais
ordem de prioridade: potenciação e radiciação; multiplicação e divisão; são as formas e símbolos
adição e subtração. usados. Não é possível criar
um fluxograma sem antes
Portanto, resolvendo a expressão, temos:
conhecer seus objetos de
15 formação. Então, no início,
3 2. 3 4 . 3 4. 2 escreva em uma folha os
3
símbolos e seus significados.
3 2. 3 4 . 3 4 . 7
3 2. 3 12 28 Quarto passo:

desenhe
3 2 . 43 3 86 89
Comece a desenhar seu
Para essa etapa, devemos conhecer a ordem de solução dos principais fluxograma com base em seu
objetos matemáticos. objetivo.
Fluxogramas
Para saber mais sobre fluxogramas, como são

TÁ NA MÍDIA
usados em outras áreas, dicas e muito mais, acesse

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Exemplo:
• Uma pessoa conversa com um amigo sobre o futebol brasileiro e afirma que “O Brasil possui uma grande
quantidade de jogadores de futebol, sendo reconhecido no mundo por essa característica”. Segundo essa
mesma pessoa, “um dos fatores que levam ao número elevado de jogadores é a alta importância que o meio
jornalístico cria sobre o fato, que afeta a sociedade como um todo”.
O ouvinte estabeleceu uma linha de pensamento para analisar os dados apresentados, que podem ser
descritos do ponto de vista lógico-matemático, como a seguir:
Elementos criados:
I. p: A sociedade brasileira é afetada pelos meios de comunicação.
II. q: Os meios de comunicação brasileiros dão alta importância ao futebol.
III. r: a sociedade sendo afetada promoverá um aumento no número de jogadores.
Você deverá analisar o processo e a linha de pensamento do ouvinte e será capaz de afirmar com base em
seus argumentos sobre cada etapa p, q e r para aceitar ou refutar a argumentação do narrador. Não existe,
nesse contexto, resposta certa ou errada, pois trata-se de um exemplo hipotético.
Você deve seguir com base em suas respostas de foro íntimo se a argumentação será válida no processo
do ensino lógico-matemático. No fluxograma, S e N representam, respectivamente, sim ou não para cada
proposição.

Início
p S
N N
q
Fim
Argumento
falho S Fim
Argumento
N falho
r
S
Fim
Argumento
válido
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05 Observe a seguir o conjunto de passos a serem seguidos para criação de um fluxograma que busca
resolver as equações do segundo grau dadas por:
Equação 1: x2 – 4x + 5 = 0
Equação 2: x2 – 3x + 2 = 0
Passo 1: Meta a ser alcançada.
Resolver as equações apresentadas caso existam raízes reais.
Passo 2: Ordem para resolução.
• Identificar os coeficientes a, b e c nas equações apresentadas.

• Calcular o discriminante (∆ = b2 – 4ac).
• Observar o valor do discriminante para identificar se existem raízes reais.
• Usar a fórmula de Bhaskara caso existam raízes reais.

Passo 3: Identificar os elementos de uso para o fluxograma.
Observe que existem condicionais, processamentos e entradas de dados.
Agora, construa um fluxograma que estabeleça os elementos descritos nos passos anteriores.
(Dica: Use a ferramenta digital indicada na seção "Tá na Mídia" para criar seu fluxograma.)
06 Estabeleça um fluxograma para seguir os passos da solução do problema hipotético que Marcos possui
ao pagar uma dívida com o saldo de suas reservas econômicas.
Passo 1: Meta a ser alcançada.
Efetuar o pagamento com os recursos disponíveis.
Passo 2: Ordem para resolução.

• Observar os valores disponíveis no saldo dos fundos financeiros para garantir a possibilidade de pagamento.
• Obter o valor da dívida.
• Efetuar o pagamento caso exista recursos econômicos.
• Receber o troco caso exista.
Passo 3: Identificar os elementos de uso para o fluxograma.
Os símbolos empregados são entradas de dados, processamento e condicionais.
07 O fluxograma a seguir foi criado para operacionalizar um conjunto de ações com números inteiros.
Início
Entrada de dados
x
O número Não Adicionar

é par? uma unidade
Processador 1
Sim
Divida o resultado Processador 2

por 2
O resultado Sim
Fim
é 1?
Não
O professor de Matemática, ao passar para seus alunos o fluxograma, escolheu o número 20 para entrada
de dados, ou seja, x = 20. Os alunos, após análise dos resultados, passaram pelo processador 1 k vezes.
Calcule o número k encontrado pelos alunos desse professor.

3. Conjuntos Para descrever um conjunto, podemos usar três

recursos:
I. Enumerar seus elementos, escrevendo-os entre
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chaves;
II. Descrevê-lo por meio de uma propriedade
característica de seus elementos; ou
III. Escrever seus elementos no interior de uma
figura fechada, geralmente um círculo, chamado
Diagrama de Venn.
Exemplo:
• Consideremos o conjunto A dos números ímpares
positivos.
Nesse caso, são elementos de A: 1, 3, 5, 7, 9, 11, ...
Assim, a descrição do conjunto A por enumeração
de seus elementos é:
A = {1, 3, 5, 7, 9, 11, ...}
Se colocarmos x como a variável que representa
cada um dos elementos de A, temos:
No estudo dos conjuntos, três noções são aceitas
A = {x | x é número ímpar positivo}
sem definição: conjunto, elemento e pertinência. Esses
conceitos inauguram a teoria dos conjuntos e, por isso, Podemos, ainda, usar um diagrama:
são chamados conceitos primitivos. A
1 3 5
A ideia de conjunto é a mesma estabelecida pelo 7 9 11
escritor Lewis Carrol, ou seja, de coleção, agrupamento. 13 15
Assim, dizemos de forma intuitiva que um conjunto 17 ...
é uma coleção qualquer de objetos que buscam
enfatizar uma ideia ou propriedade. • Para indicar que o elemento 5 pertence ao conjunto
A, escrevemos 5 ∈ A.
Exemplo:
• Se quisermos indicar que o elemento 6 não
• Conjunto dos estados do Centro-Oeste brasileiro:
pertence a A, escrevemos 6 ∉ A.
A = {Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Distrito Federal} 3.2. Conjunto unitário
• Conjunto dos números pares: Seja o conjunto A = {x | x – 3 = 2}. Para que um
elemento pertença ao conjunto A, ele deve possuir a
P = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
propriedade x – 3 = 2. Como a única solução dessa
Os componentes de um conjunto são chamados equação é x = 5, então podemos escrever A = {5}.
elementos. A relação de pertinência entre elemento
Como o conjunto A possui um único elemento,
e conjunto exprime a condição de um elemento dizemos que A é um conjunto unitário.
pertencer ou não a um conjunto.
3.3. Conjunto vazio

3.1. Representação de um conjunto
Seja o conjunto B = {x | x < 4 e x > 6}. Note que
O elemento de um conjunto pode ser um número, não existe um número real que seja simultaneamente
uma letra, um nome, uma pessoa, etc. Há casos, menor do que 4 e maior do que 6. Logo, o conjunto B
ainda, em que um conjunto pode ser elemento de não possui elemento algum. Portanto, dizemos que B
outro conjunto. é um conjunto vazio e escrevemos B = ∅ ou B = { }.
Exemplo:
3.4. Conjuntos iguais
• A Copa do Mundo de 2018 é um conjunto formado
por 32 seleções (elementos), que, por sua vez, são Dois conjuntos, A e B, são iguais quando todos
conjuntos formados por jogadores. os elementos de A pertencem a B e, reciprocamente,
todos os elementos de B pertencem a A.
Em geral, um conjunto é indicado por uma letra
Por exemplo, consideremos os conjuntos:
maiúscula, A, B, C, ..., e seus elementos por uma
letra minúscula, a, b, x, y, ... A = {x | x2 + x = 0} e B = {–1, 0}

Note que A e B possuem exatamente os mesmos OBSERVAÇÃO

elementos. Sendo assim, A e B são conjuntos iguais e
O sinal de pertinência ∈ é usado para relacionar um
escrevemos A = B. elemento a um conjunto e, quando a relação é entre
Verifique as igualdades a seguir: dois conjuntos, usa-se o sinal de inclusão.
{2, 3, 5, 7} = {5, 2, 7, 3} = {3, 7, 2, 5}

Elemento ∈ conjunto
{a, b, c} = {a, a, a, b, b, b, b, c} Subconjunto ⊂ conjunto
Exemplo:
3.5. Subconjuntos
• Considere B = {7, {7}} um conjunto com dois
Considere os conjuntos A = {0, 1, 2} e B = {–1, elementos. Logo,
0, 1, 2, 3}. Observe que todos os elementos de A
7 ∈ B, pois 7 é elemento de B;
pertencem também a B. Dessa forma, podemos dizer
que A está contido em B ou que A é um subconjunto {7} ∈ B, pois {7} é elemento de B;
(ou parte) de B e, assim, escrevemos: {7} ⊂ B, pois {7} é subconjunto de B;
A está contido em B (A ⊂ B) ou B contém A (B ⊃ A). ∅ ⊂ B (propriedade de inclusão);
A representação de subconjuntos, no Diagrama de {{7}} ⊂ B, pois {7} é elemento de B.

Venn, é feita da seguinte forma:
A solidão dos Números Primos
B
A
Divulgação
0 1
–1
2
3
TÁ NA MÍDIA
O símbolo ⊂ é chamado sinal de inclusão.
Caso exista ao menos um elemento de A que não

pertença a B, então a sentença A ⊂ B é falsa. Nesse
caso, escrevemos A ⊄ B (A não está contido em B).
Para todo conjunto A, valem as seguintes FILME
propriedades da inclusão:
A solidão dos números primos é baseado
I. A ⊂ A (todo conjunto é subconjunto de si mesmo); no livro de Paolo Giordano, da editora Bertrand.
O filme mostra, de forma metafórica, o conjunto de
II. ∅ ⊂ A (o conjunto vazio é subconjunto de qualquer
números primos gêmeos em que os elementos primos
conjunto). são separados por duas unidades, ou seja, a diferença
entre eles é sempre 2. Ao assistir ao filme ou ler o livro,
3.6. Conjunto das partes perceba que os personagens principais, Mattia e Alice,
podem ser comparadas aos números primos gêmeos,
Consideremos o conjunto A = {0, 1, 2}. singulares, sempre sós, embora próximos. Apesar de
Os subconjuntos de A, indicado por P(A), denominado o autor se fixar nas duas personagens centrais da
conjunto das partes de A. narrativa, ele não exclui a possibilidade de existirem
outros indivíduos em locais ou momentos diferentes
Nesse caso, temos: que possam ser vistos sob o mesmo olhar, assim como
o conjunto formado por números primos gêmeos, que
P(A) = {∅, {0}, {1}, {2}, {0, 1}, {0, 2}, {1, 2}, representa não um par, mas vários pares que possuem
{0, 1, 2}} essas mesmas características.
Observe que A tem 3 elementos e 8 subconjuntos Conjunto de números primos gêmeos: A = {(3, 5),
(23 = 8). Pode-se provar que, se um conjunto possui (5, 7), (11, 13) (17, 19), (29, 31), ...}.
n elementos, então ele possui 2n subconjuntos. Para o mundo moderno assolado pela desigualdade
Em outros termos: social e traumas constantes, percebe-se uma
identificação com pessoas que estão em um grau de
A tem n elementos ⇔ P(A) tem 2n elementos proximidade, mas ao mesmo tempo intocáveis.

BERNOULLI
NO
PL
SOLUÇÕES
AY
RE EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
Considere os conjuntos A 1, 2, 3 e B a, b, 1, 3 . Complete as lacunas com os símbolos pertence
08 e ⊂ (está contido).
A. 1 _________ A E. {3} ________ B

B. {1} _______ A F. b _________ B
C. ∅ _________ A G. {a} ________ B
D. 1 _________ B H. {1, a, b} ________ B
09 Considere o conjunto A formado pela população brasileira, o conjunto B formado pelas pessoas da região
Norte e o conjunto C formado pelas pessoas do estado do Tocantins. Represente-os em um Diagrama de
Venn e estabeleça a relação de inclusão entre os conjuntos A e B; B e C; e A e C.
10 Considere um número x constante e construa um fluxograma a partir das informações a seguir:
I. Seja A = {x | x é um número par} e B = {x | x é um número ímpar}, aumente o valor de x em 1 se

x ∈ A e diminua 5 do seu valor se x ∈ B.
II. Se o valor de x for maior que 1, volte ao passo anterior. Caso contrário, pare o processo.
Observe o exemplo a seguir para x = 23.
23 18 19 14 15 10 11 6 7 2 3 2
3.7. Operações com conjuntos OBSERVAÇÕES
Dados dois conjuntos, A e B, vamos definir três I. Quando dois conjuntos A e B não têm elemento
operações: interseção, reunião e diferença. comum, dizemos que A e B são conjuntos
O resultado de cada uma, nos diagramas, será indicado disjuntos.
pela parte colorida.
II. A negação da proposição p: x ∈ (A ∩ B) é ~p: x ∉ A
ou x ∉ B.
Interseção de conjuntos
A B
Reunião de conjuntos
A B
A ∩ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}
A ∪ B = {x | x ∈ A ou x ∈ B}
Chama-se interseção de dois conjuntos A e B,

representada por A ∩ B, o conjunto formado pelos Chama-se reunião (ou união) de dois conjuntos
elementos que pertencem aos dois conjuntos A e B, representada por A ∪ B, o conjunto formado
simultaneamente. Isso significa que apenas os pelos elementos que pertencem a pelo menos um dos
elementos comuns a A e a B pertencem à interseção
conjuntos A e B.
de A e B.
Exemplos:
Exemplos:
1. Se X = {a, b, c, d} e Y = {c, d, e}, então:
1. Se X = {a, b, c, d, e} e Y = {a, e, i, o, u}, então
X ∩ Y = {a, e}. X ∪ Y = {a, b, c, d, e}
2. {1, 3, 5, 7, 9} ∩ {1, 2, 3, 4, 5} ∩ {3, 4, 5, 6} = 2. {1, 3, 5} ∪ {1, 2, 3, 4, 5} ∪ {6, 7} = {1, 2, 3, 4,

{3, 5}. 5, 6, 7}
3. Se A = {4, 6, 8, 10} e B = {5, 7, 9}, então A ∩ B = ∅. 3. {0, 1, 2} ∪ ∅ = {0, 1, 2}

OBSERVAÇÃO Esse conjunto é formado pelos elementos que

precisariam ser reunidos aos elementos de A para este
A negação da proposição p: x ∈ (A ∪ B) é ~p: x ∉ A
se tornar igual a B.
e x ∉ B.
Um dos símbolos para indicar esse conjunto
Diferença entre conjuntos complementar é CBA .
Chama-se diferença entre dois conjuntos A e B, No diagrama a seguir, a parte mais clara é o
representada por A – B, o conjunto formado pelos conjunto complementar de A em relação a B.
elementos de A que não pertencem a B.
B
A B
A
A – B = {x | x ∈ A e x ∉ B}
Note que, por definição, B – A é o conjunto

formado pelos elementos de B que não pertencem a A.
No diagrama a seguir, a diferença B – A está colorida. Observe que o conjunto complementar de A em
relação a B é formado pelos elementos de B que
A B não pertencem a A, ou seja, é o mesmo que B – A.
Por isso, podemos dizer que a complementação é um
caso particular da diferença:
CBA = B – A
No caso em que se tem o conjunto complementar

Exemplos:
de A em relação a um conjunto universo, representado
1. Sendo A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {0, 2, 4, 6}, temos por U, pode-se, simplesmente, indicar uma das
A – B = {1, 3} e B – A = {6}. seguintes formas:
2. Se C = {5, 7, 9} e D = {4, 5, 6, 7, 8, 9}, então CUA ou A

C – D = ∅.
Problemas
Caso particular da diferença Na resolução de problemas que envolvem o cálculo
Quando há uma inclusão, A ⊂ B, dizemos que existe do número de elementos de um conjunto, é bastante
o conjunto complementar de A em relação a B. útil a representação dos dados em diagramas.
02. Em uma universidade com 140 funcionários, sabe-se que

• 80 funcionários leem o jornal A;
• 30 funcionários leem o jornal B;
• 10 funcionários leem os dois jornais.
Responder às perguntas a seguir:
A. Quantos funcionários leem apenas o jornal A?
B. Quantos funcionários leem apenas o jornal B?
C. Quantos funcionários não leem nenhum desses dois jornais?
D. Quantos funcionários leem apenas um dos dois jornais?
E. Quantos funcionários leem pelo menos um dos dois jornais?
F. Quantos funcionários não leem o jornal A?
G. Quantos funcionários não leem o jornal B?

Resolução:
Considere A e B os conjuntos formados pelos leitores dos jornais A e B, respectivamente. É importante

ressaltar que a 1ª informação não afirma que 80 pessoas leem apenas o jornal A, e sim que algumas dessas
80 pessoas podem, também, ler os jornais B, C, D, etc. Para representarmos os dados do exercício no
Diagrama de Venn, devemos proceder da seguinte forma:
I. Atribuímos o dado do exercício referente à interseção dos conjuntos, que, neste caso, é chamado de b;
II. Em seguida, consideramos como a o número de elementos que pertencem apenas ao conjunto A;
III. Depois, consideramos como c o número de elementos que pertencem apenas ao conjunto B;
IV. Finalmente, consideramos como d o complementar do conjunto A ∪ B.
U
A B
a b c d
Montando o sistema, temos:
a b c d 140 a b c d 140

a b 80 a 10 80

b c 30 0 c 30
10

b 10 b 10
a b c d 140 70 10 20 d 140 d 40

a 70 a 70 a 70

c 20 c 20 c 20

b 10 b 10 b 10
Logo:
A. a = 70 C. d = 40 E. a + b + c = 100 G. a + d = 110
B. c = 20 D. a + c = 90 F. c + d = 60
3.8. Princípio da inclusão e exclusão

Algumas das perguntas do exercício resolvido 03 podem ser respondidas por meio de uma fórmula que
fornece o número total de elementos na reunião de dois conjuntos finitos.
Considere os conjuntos A e B representados no seguinte diagrama:
A B
Indicando a cardinalidade de um conjunto X por n(X), ou seja, o número de elementos de X, temos:
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
O número de elementos da união desses conjuntos é a soma dos elementos de A, n(A), com os elementos de B,
n(B), e a subtração dos elementos da interseção dos conjuntos A e B, n(A ∩ B). Observe que os elementos que
se encontram na interseção dos conjuntos A e B foram contados duas vezes, por isso a subtração de n(A ∩ B).

Há também uma fórmula que fornece o número total de elementos na reunião de três conjuntos finitos A, B e C,
como na figura a seguir:
A B
n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(B ∩ C) – n(A ∩ C) + n(A ∩ B ∩ C)
No caso geral em que se tem n conjuntos finitos, o número de elementos da reunião deles é dado por uma
fórmula conhecida como Princípio da Inclusão e Exclusão.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
03. Em uma empresa, há 150 funcionários. Sabe-se que 85 deles usam o vale-transporte, 75 usam o vale-
-refeição, e 10 não usam nenhum dos dois vales. Com base nessas informações, calcular o número de
funcionários que usam os dois vales citados.
Resolução:
Sejam A e B os conjuntos formados por funcionários que usam vale-transporte e vale-refeição, respectivamente.
Podemos afirmar que 140 funcionários usam pelo menos um dos dois vales; logo, n(A ∪ B) = 140. Portanto:
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B) ⇒ 140 = 85 + 75 – n(A ∩ B) ⇒ n(A ∩ B) = 20
04. Com o objetivo de analisar o consumo de três marcas, A, B e C, de um mesmo produto, um estudante fez
uma pesquisa em que foram consultadas 1 000 pessoas. O resultado dessa pesquisa encontra-se na tabela
a seguir:
Marca Número de consumidores

A 400
B 450
C 520
AeB 100
AeC 200
BeC 300
A, B e C 60
Analisando esses resultados, determinar o número de pessoas consultadas que não consomem nenhuma
dessas três marcas.
Resolução:
O problema pode ser resolvido com o auxílio do Diagrama de Venn ou com a Fórmula do Princípio da Inclusão
e Exclusão. Para resolvê-lo, usaremos o diagrama.
A B Considere a interseção dos três conjuntos: x = 60

a y b
Em seguida, as interseções duas a duas:
x
z w y = 100 – 60 = 40
z = 200 – 60 = 140
c
C w = 300 – 60 = 240

Depois, os subconjuntos exclusivos:
a = 400 – x – y – z = 400 – 60 – 40 – 140 = 160
b = 450 – x – y – w = 450 – 60 – 40 – 240 = 110
c = 520 – x – w – z = 520 – 60 – 240 – 140 = 80
Somando os valores encontrados em cada região do diagrama, obtemos o número de pessoas que consomem
pelo menos uma das três marcas:
a+b+c+y+z+w+x=
160 + 110 + 80 + 40 + 140 + 240 + 60 = 830
Portanto, o número de pessoas que não consomem nenhuma das três marcas é 1 000 – 830 = 170.
VAI LÁ E FAZ
O relatório sobre a Internet no Brasil e no mundo em 2018, feito pela Data Reportal, com dados da agência
e Are Social e da plataforma Hootsuite, revela que as redes sociais dominam o país. O Brasil está atrás apenas
das Filipinas no ranking mundial de tempo diário em plataformas desse tipo, contabilizando mais de três horas e
meia por usuário. Além disso, brasileiros passam mais de nove horas por dia navegando na Internet.
Disponível em: <https://www.techtudo.com.br/listas/2019/02/dez-fatos-sobre-o-uso-de-internet-no-brasil-em-2018.ghtml>.
Acesso em: 08 ago. 2019. [Fragmento]
Acesse o QR Code ao lado e use o Google Forms para realizar uma pesquisa. O objetivo é identificar
quais são as redes sociais mais usadas pelas pessoas que você conhece e o motivo pelo qual são
usadas.
Para realizar a atividade, siga os passos seguintes:
1° Passo: Elabore um questionário sobre as principais redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter.
Para isso, crie duas perguntas, sendo uma de múltipla escolha para identificar o número de pessoas que usam:
• Apenas Facebook • Facebook e Instagram • Facebook, Instagram e Twitter
• Apenas Instagram • Facebook e Twitter • Nenhuma das três
• Apenas Twitter • Instagram e Twitter
E uma outra pergunta aberta para saber o motivo que leva essas pessoas a utilizarem as redes sociais.
Fique livre para elencar os motivos que considere relevantes para sua pesquisa, por exemplo: buscar produtos
ou serviços, diversão, interação social, acompanhar notícias, etc.
2° Passo: Solicite ao máximo de pessoas que participem da pesquisa respondendo ao formulário. Para isso,
será necessário compartilhar o link do questionário.
3° Passo: Analise os resultados obtidos na primeira

pergunta e preencha o Diagrama de Venn ao lado com os
resultados coletados, sendo os conjuntos as redes sociais
Yara Ferreira
citadas e os elementos a serem inseridos o número de pessoas

que as utilizam.
A. Quantas pessoas você entrevistou no total?
B. Quantas pessoas usam somente uma rede social?
C. Quantas pessoas usam pelo menos duas?
D. Quantas pessoas usam Facebook e Instagram, mas

não usam Twitter?

4° Passo: Agora, analise os resultados obtidos na segunda pergunta. Em seguida, responda:
A. Qual o principal motivo pelo qual as pessoas usam as redes sociais?
B. As redes sociais são como uma faca de dois gumes: de um lado temos a riqueza de informações
processadas diariamente nessas plataformas, algo que pode ser utilizado de maneira muito produtiva
quando analisadas e aplicadas para o crescimento de um negócio; mas do outro lado está uma grande
aliada da queda de produtividade e aumento da procrastinação. Muitas vezes as redes sociais atuam
como vilãs e drenam muito tempo de nossas vidas. Somos capazes de passar horas navegando sem,
necessariamente, realizar algo produtivo.
Disponível em: <https://canaltech.com.br/redes-sociais/Dicas-para-nao-desperdicar-o-seu-tempo-nas-redes-sociais/>.
Acesso em: 08 ago. 2019.
Quais estratégias podemos utilizar para não desperdiçar muito tempo nas redes sociais?
Poste o seu Diagrama de Venn em uma das suas redes sociais e escreva sobre as estratégias que podemos
utilizar para usá-las de forma mais produtiva.
#souBernoulliDiagrama
BERNOULLI
NO
PL
SOLUÇÕES
AY
RE
11 Represente cada caso no diagrama indicado.
A. A – (A ∩ B) B. (A – B) ∪ (B – A)
A A
B B
12 Sejam A e B dois conjuntos, tais que:
A ∪ B = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k}
A ∩ B = {d, e, f, g} e A – B = {a, b, c}
Determine o número de elementos do conjunto B.
13 (IFAL–2018) Em uma pesquisa realizada com estudantes do IFAL, verificou-se que 100 alunos gostam
de estudar Português, 150 alunos gostam de estudar Matemática, 20 alunos gostam de estudar as duas
disciplinas e 110 não gostam de nenhuma das duas. Quantos foram os estudantes entrevistados?
A. 330
B. 340
C. 350
D. 360
E. 380
14 Em uma turma de determinada escola, 22 alunos jogam futebol, 20 jogam vôlei, 16 jogam
basquete, 9 jogam futebol e vôlei, 11 jogam vôlei e basquete, 7 jogam futebol e basquete,
4 praticam os três esportes e 5 não praticam nenhum. Com base nessas informações, determine o
número total de alunos dessa turma e o número de alunos que praticam pelo menos um dos esportes.

4. Conjuntos numéricos Assim, –7 e –2 são exemplos de números

primos.
Nosso estudo sobre os conjuntos
Como subconjuntos de , definimos os
se limitará, a partir deste ponto, seguintes conjuntos:
aos conjuntos numéricos. Você
já aprendeu que conjuntos são + = {0, 1, 2, 3, ...} inteiros não
agrupamentos de elementos que negativos;
possuem alguma característica em – = {..., –3, –2, –1, 0} inteiros não
comum. Esse raciocínio também positivos;
se aplica aos números e, por isso,
*+ = {1, 2, 3, ...} inteiros positivos;
vamos classificá-los e organizá-los
em categorias numéricas, iniciando *− = {..., –3, –2, –1} inteiros negativos.
pelos números que utilizamos para Podemos representar os números
fazer a contagem de elementos. inteiros usando uma reta, sobre a qual são
Olendino Mendes
marcados pontos equidistantes. A cada
4.1. Números naturais ponto da reta, associamos um número
inteiro. O ponto correspondente ao número
O conjunto dos números naturais é um conjunto infinito zero denomina-se origem.
e ilimitado, formado pelos elementos 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...
e representado por . –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6
 = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Na reta numérica, o sentido da seta

indica crescimento: um número inteiro é
O sucessor de um número natural é o número natural que sempre menor que o número inteiro que
vem imediatamente depois dele. Assim, se n ∈ , seu sucessor está à sua direita.
é (n + 1). Pode-se dizer, também, que o antecessor de (n + 1)
Exemplos
é n. Observe que todo número natural possui um único sucessor
e que o zero é o único natural que não é sucessor de nenhum 1. –5 < –1 (–5 é menor que –1);
outro. 2. –1 < 0 (–1 é menor que 0);
É conveniente destacar o conjunto * =  – {0}, subconjunto 3. 3 > –3 (3 é maior que –3).
de :
Há, na reta numérica, uma simetria em
* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ...} relação à sua origem. Se k é um número
inteiro, então –k é o seu simétrico. São
OBSERVAÇÃO
simétricos, por exemplo, os inteiros –4 e 4.
O sinal asterisco (*), colocado à direita e acima de um Na reta numérica, dois números simétricos
conjunto numérico, exclui o zero do conjunto. situam-se a uma mesma distância da origem,
porém em lados opostos em relação a ela.
4.2. Números inteiros

4.3. Números racionais
No conjunto , sempre é possível efetuar a adição e a
multiplicação. Isso significa que a soma e o produto de dois Chamam-se números racionais todos
números naturais resultam sempre em um número natural. aqueles que podem ser escritos como
fração. São racionais, portanto, os números
Já a subtração de dois números naturais nem sempre é um p
expressos sob a forma , na qual o inteiro
número natural. Por isso, surgiu a importância de se ampliar o q
conjunto , introduzindo os números negativos. p é o numerador e o inteiro q ≠ 0 é o
De fato, os demais conjuntos numéricos a serem estudados denominador. Representamos o conjunto
são expansões de . Em grau crescente de complexidade, dos números racionais pelo símbolo .
temos: números naturais, números inteiros, números racionais, De acordo com a definição, são exemplos
números reais e números complexos. de números racionais:
O conjunto  dos números inteiros é definido da seguinte 3 5
1. Os números inteiros, 3 = ou 5 ;
1 1
maneira:
2 1
2. Os decimais exatos, 0=
,2 = ou
 = {..., –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} 10 5
64 16
0=
, 64 = ;
Por definição, todo número natural é inteiro; logo,  ⊂ . 100 25
3 1
3. Os decimais periódicos, 0, 333...
= = ;
O conceito de número primo é extensível aos números 9 3
inteiros. Nesse caso, dizemos que um número inteiro p, tal que 4. As raízes exatas, por exemplo, ¹9 ou
p ∉ {–1, 0, 1}, é primo se possui 4 divisores: 1, –1, p, –p. 3
−8 .

OBSERVAÇÕES
I. Como todo número inteiro é racional, podemos escrever  ⊂ .
II. Dizemos que uma fração é o inverso de outra quando o produto delas é igual a 1.
p
III. Uma fração é irredutível se p e q forem primos entre si, ou seja, se o MDC (p, q) = 1.
q
Geratriz de uma dízima periódica

Em uma dízima periódica, chama-se período o algarismo ou grupo de algarismos que se repete infinitamente,
e geratriz de uma dízima a fração equivalente a ela.
Em uma dízima simples, o período começa no primeiro algarismo após a vírgula.
Exemplo:
• Determinar a geratriz da dízima simples 0,313131...
Seja N = 0,313131... Como há dois algarismos no período, multiplicamos ambos os membros da igualdade
por 102 = 100. Assim:
31
100.N = 31,313131... ⇒ 100.N = 31 + 0,313131... ⇒ 100.N = 31 + N ⇒ 99.N = 31 ⇒ N =
99
Na prática, podemos usar a seguinte regra para transformar uma dízima simples em fração: tomamos o
período e o dividimos por um número formado por tantos noves quantos forem os algarismos do período.
Na chamada dízima composta, há um ou mais algarismos depois da vírgula que não fazem parte do período.
Exemplo:
• Determinar a geratriz da dízima composta 0,5282828...
Como 0,5282828... = 0,528, então o período é 28. Para obter sua geratriz, multiplicamos os dois membros
da igualdade N = 0,5282828... por 101 = 10, pois há apenas 1 algarismo antes do período.
28
10.N = 5,282828... ⇒ 10.N = 5 + 0,282828... ⇒ 10.N 5 ⇒ 990.N = 495 + 28 ⇒ 990.N = 523 ⇒ N = 523
99 990
BERNOULLI
NO
PL
SOLUÇÕES
AY
RE
15 Determine as frações geratrizes dos casos a seguir:
A. 0,444... C. 0,162162162... E. 1,26333...

B. 0,323232... D. 0,0444...
23 7 47 11 4 11
16 (IFCE) Considere os seguintes números reais , ,
24 8 48
, 1, , ,
12 3 8
em ordem crescente, o menor e o maior deles são, respectivamente,
. Colocando-se esses números
23 7 4 47 4
A. e 1. C. e . E. e .
24 8 3 48 3
11 4 7 11
B. e . D. e .
12 3 8 8
17 (IFPE–2018) Chamamos uma fração de unitária se o numerador for igual a um e o denominador for
1 1 1
um inteiro positivo, por exemplo: , , . Os antigos egípcios costumavam trabalhar com frações que
3 7 2
poderiam ser obtidas como soma de frações unitárias diferentes, por exemplo:
5 1 1

8 2 8

Por esse motivo, esse tipo de fração, que pode ser obtido por soma de frações unitárias distintas, é conhecido
por “frações egípcias”. O uso das frações egípcias facilitava as contas e comparações, especialmente num
mundo onde não havia calculadoras.
1 1 1 1
Encontre uma fração, F, equivalente à soma F .
3 4 6 7
77 25 49
A. C. E.
84 28 56
51 73
B. D.
56 84
4.4. Números reais

Há números decimais que não são exatos nem periódicos. Tais números decimais são impossíveis de se
escrever na forma fracionária e, por isso, não são racionais. Esses números são chamados números irracionais.
Por exemplo, as raízes quadradas de números naturais que não são quadrados perfeitos são números
irracionais, como ¹3 = 1,7320508... ou ¹7 = 2,6457513...
Outros irracionais igualmente importantes são π = 3,14159265358... (razão entre o comprimento de uma
circunferência e o seu diâmetro) e o número e = 2,7182818... (base do logaritmo natural).
O conjunto 
Chama-se conjunto dos números reais aquele formado pela união dos números racionais com os irracionais.
Esse conjunto é indicado pelo símbolo  e, por definição, todo número racional é número real, ou seja,  ⊂  .
No diagrama a seguir, representamos o conjunto  demarcando suas partes.
  (Irracionais)
A reta real
O conjunto  pode também ser representado em uma reta. Para isso, é estabelecida uma correspondência
entre os números reais e os pontos da reta. Na prática, dado um número real qualquer, existe um, e apenas um,
ponto na reta numérica correspondente a esse número real. É correto imaginar que os elementos de  preenchem
completamente a reta real.
–3 0 1 2
– 2 5 π
9
4.5. Intervalos reais

Alguns subconjuntos contínuos de  são chamados intervalos reais. Sendo a e b números reais com a < b,
temos:
A. Intervalo fechado a, b B. Intervalo aberto a, b
Representações: [a, b] = {x ∈  | a ≤ x ≤ b} Representações: ]a, b[ = {x ∈  | a < x < b}
Na reta real: Na reta real:

a b a b

C. Intervalo fechado em a e aberto em b F. Intervalo de a fechado até +∞
Representações: [a, b[ = {x ∈  | a ≤ x < b} Representações: [a, +∞[ = {x ∈  | x ≥ a}

a b a
D. Intervalo aberto em a e fechado em b G. Intervalo de –∞ até a aberto
Representações: ]a, b] = {x ∈  | a < x ≤ b} Representações: ]–∞, a[ = {x ∈  | x < a}

a b a
E. Intervalo de a aberto até +∞ H. Intervalo de –∞ até a fechado
Representações: ]a, +∞[ = {x ∈  | x > a} Representações: ]–∞, a] = {x ∈  | x ≤ a}

a a
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
05. Os números reais a e b estão representados na reta real.
–1 a 0 b 1
O número a2.b se encontra
A. à direita de 1.
B. entre b e 1.
C. entre –1 e 0.
D. entre 0 e b.
Resolução:
Como –1 < a < 0, temos a2 entre 0 e 1. Como 0 < b < 1, temos que a2.b é positivo e menor que b, isto é,
entre 0 e b.
06. Sendo A = ]–2, 5] e B = ]3, +∞[, obter A ∩ B, A ∪ B e A – B.

Resolução:
Cálculo de A ∩ B:
A = ]–2, 5]
–2 5
B = ]3, +∞[
3
A ∩ B = ]3, 5]
3 5
Cálculo de A ∪ B:
A = ]–2, 5]
–2 5
B = ]3, +∞[
3
A ∪ B = ]–2, +∞[
–2
Cálculo de A – B:
A = ]–2, 5]
–2 5
B = ]3, +∞[
3
A – B = ]–2, 3]
–2 3

BERNOULLI
NO
PL
SOLUÇÕES
AY
RE EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
3 3
18 (UEG-GO) Se colocarmos os números reais –¹5, 1, − e em ordem decrescente, teremos a sequência:
3 3
5 8
3 3
A. , 1, − , –¹5 C. 1, , − , − 5
8 5 8 5
3 3 3 3
B. , 1, − 5, − D. 1, , − 5, −
8 5 8 5
3 n 2
19 (UECE–2018) A quantidade de números inteiros positivos n, que satisfazem a desigualdade < < , é:
7 14 3
A. 2 C. 4
B. 3 D. 5
5. Módulo de um número real

Nas ciências, é comum o uso de números reais que, I. Considere o número x positivo.
em determinadas situações, como a altura de uma sala de
aula, as medidas de duração de tempo na Física, o número
de átomos em uma molécula, etc., não possuem significado 0 x
distância: d = x – 0 = x
se forem negativos. Essa impossibilidade muitas vezes gera a
necessidade de garantias na obtenção de resultados sempre
positivos, sendo no campo da matemática uma das formas II. Considere o número x negativo.
de obtenção o uso do módulo do número ou valor absoluto.
Os números reais foram representados na reta real e x 0

convencionou-se que os valores positivos seriam inseridos à distância: d = 0 – x = –x
direita do marco zero e os negativos à esquerda. Veja a seguir
alguns exemplos.
III. Considere o número x nulo.
Exemplo:
• Represente os números a seguir na reta real indicada. 0

distância: d = 0
A. Número 1
0 1 Nos casos apresentados, percebemos que

a distância do valor x ao marco zero da reta
B. Número –2
real é o próprio valor quando x é positivo ou
–2 0 nulo e será seu oposto quando o valor de x for
1 negativo.
C. Número
2 Na representação do módulo do número
0 1 real x, usamos o símbolo a seguir, bem como
2 sua representação de valor com o uso dos
elementos matemáticos.
D. Número − 2
Símbolo: x , lê-se módulo de um número
– 2 0
real de valor x. Será representado de forma
Observamos que o valor na reta real é dotado de duas resumida e simbólica por:
características, sendo uma delas a orientação (direita,
esquerda ou sobre o marco zero) e a outra a distância do x, se x 0 (próprio valor de x quando ele

número representado ao marco zero da reta. O valor absoluto for positivo ou nulo)
x
ou módulo de um número real x representa, de forma intuitiva, x, se x 0 (o oposto do valor de x quando

a distância entre o valor real x, indicado na reta real, até o
ele for negativo)
marco zero. Seu valor poderá ser obtido como a seguir:

Exemplo: B. De forma análoga ao item anterior, devemos
• Escreva o valor absoluto ou módulo do número x encontrar os valores de x – 8 para os quais a

em cada caso. distância ao marco zero será 18.
A. x = 6 ⇒ como x é positivo, então o módulo é o x 8 18 x 26

próprio valor de x. Logo, o módulo será 6. x 8 18 ou
x 8 18 x 10
B. x = –2 ⇒ como x é negativo, então o módulo
é o oposto do valor de x. Logo, o módulo será
–(–2) = 2. C. Nesse caso, não existem valores de x, pois a
distância não poderia ser –3, ou seja, o módulo
C. x 1 2 como x é negativo, então o
módulo é o oposto do valor de x. Logo, o não pode ser igual a um valor negativo.

módulo será 1 2 2 1.
Modelos 2: |x| = |y|
D. x 3 5 como x é positivo, então o módulo
é o próprio valor de x. Logo, o módulo será Nesse caso, temos a mesma ideia da equação
3− 5. anterior, ou seja, se as distâncias são iguais, então os
valores de x e y serão iguais ou opostos. Em símbolos:
5.1. Equações modulares simples x y x y ou x y .
As equações modulares simples visam encontrar os
Exemplo:
valores de x para os quais as sentenças são verdadeiras.
Nesse modelo de equações, devemos trabalhar com o • Determine todos os valores de x que satisfazem a
conceito de distância até a origem e buscar resolvê-las
equação 2x 3 x 8 .
sem o uso de muitas ferramentas algébricas.
A seguir apresentaremos os dois modelos Resolução:

existentes de equações simples.
2x 3 x 8 x 11

Modelos 1: |x| = k
2x 3 x 8 ou

ou
Para os valores de k menores que zero, observamos
2x 3 x 8 5
que a equação perde seu sentido, pois a distância ao x 3
marco zero da reta real não possui valores negativos.
Contudo, para k maior ou igual a zero, podemos
estabelecer que x pode assumir o valor k na parte 5.2. Inequações modulares simples
positiva ou negativa da reta real.
Para resolvermos inequações modulares, e
–k k considerando a > 0, observaremos as seguintes
distância k 0 distância k propriedades:
Exemplo: Propriedade 1
• Determine todos os valores de x para os quais as
equações dos itens são verdadeiras. x <a –a < x < a
A. x =8 –a +a
B. x 8 18 x ≤a –a ≤ x ≤ a
C. x 8 3 –a +a
Resolução:
A. Ao escrever essa equação, observe que Propriedade 2

estamos buscando os valores de x para os
quais a distância desse número ao marco zero x >a x < –a ou x > a
vale 8, ou seja, nosso valor de x pode estar à
direita do marco zero (valores positivos) ou à –a +a
esquerda do marco zero (valores negativos).
x ≥a x ≤ –a ou x ≥ a
Logo:
x 8 x 8 ou x 8 –a +a

07. Resolver as inequações.

A. |3x + 6| ≤ 9
Resolução:
Usando a Propriedade 1, temos:
–9 ≤ 3x + 6 ≤ 9 ⇒ –15 ≤ 3x ≤ 3 ⇒ –5 ≤ x ≤ 1
S = {x ∈  | –5 ≤ x ≤ 1}
B. |2x + 3| ≥ 5
Resolução:
Usando a Propriedade 2, temos:
2x 3 5 2x 8 x 4

2x 3 5
2x 3 5 2x 2 x 1
S = {x ∈  | x ≤ –4 ou x ≥ 1}
BERNOULLI
NO
PL
SOLUÇÕES
AY
RE
20 Calcule os módulos indicados a seguir:
A. 10 F. a ,a > 0
B. 1+ 2 G. 5x , x > 0
C. −8 H. 3x ,x 1
D. 2 −1 I. x3,x 0
E. 1−3 6 J. x −5
21 Resolva as equações a seguir:
A. x =5
B. x3 2
C. 2x 6 10
D. x 3 4
E. 3x 4 0
F. 3x 10 6
G. 2x 10 x 1
H. 3x 6 2x 8
22 No século XIX, o matemático Hermann Minkowski considerou uma mudança na usual métrica da
Geometria euclidiana devido a impossibilidades técnicas para percorrer caminhos diretos entre dois
pontos. Essa nova métrica ficou conhecida como Geometria do Táxi, em que a distância é medida como
a viagem de um táxi.

Observe as figuras a seguir, que ilustram parte do mapa de uma cidade planejada em que as linhas
horizontais e verticais são ruas, e cada quadrado formado na malha representa um quarteirão de lado
1 unidade. A figura 1 mostra que, pela Geometria euclidiana, a menor distância entre os pontos A e D será
o segmento AD. Contudo, de forma geral, não seria possível passar por dentro das quadras. Já a figura
2 mostra dois possíveis caminhos retilíneo usando as particularidades das ruas da cidade.
7
B Escola
6
A
5
Residência A
C
4
Biblioteca
D
3
Praça Central
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 1
7
B Escola
6
A
5
Residência A
C
4
Biblioteca
D
3
Praça Central
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 2
A distância entre dois pontos usando a Geometria de Táxi será igual à soma dos módulos das variações
horizontais e verticais. Podemos calcular a distância d entre A e D (Figura 2) da seguinte forma:
d x A xD y A yD
sendo xA, xD, yA e yD, respectivamente, iguais às numerações das ruas horizontais e ruas verticais da
saída e chegada.
Com base nas informações e assuntos correlatos, calcule as distâncias do motorista de táxi nos casos a
seguir:
A. Sair da praça central e chegar na escola.

B. Sair da praça central, se encaminhar até a escola e depois ir para a biblioteca.
C. Sair da praça central, seguir até a escola, ir para a Residência A e, depois, se dirigir até a biblioteca.
23 Resolva as seguintes inequações modulares.
A. |2x – 1| < 5
B. |2x + 3| > 5
C. |2x – 3| ≤ 1
D. |2 – 3x| ≥ 1

NO
BERNOULLI • Pedro está exatamente entre Cézar e Erivando;
PL
SOLUÇÕES
AY
EXERCÍCIOS PROPOSTOS • Paulo não é o primeiro e Erivando não é o último;
RE
• Edno está separado de Erivando por dois
01. (PUC Rio) Os sobrenomes de Roy, Edu e Luan são outros atletas.
Todeka, Sharifa e Arrabeca, não necessariamente
Considerando esses dados, qual é a posição
nessa ordem. O de sobrenome Sharifa, que não
de Paulo?
é o Roy, é mais velho que Luan. O de sobrenome
Arrabeca é o mais velho dos três. A. Primeira posição D. Quarta posição
B. Segunda posição E. Quinta posição
Concluímos, então, que os sobrenomes de Roy,
Edu e Luan são, respectivamente, C. Terceira posição
A. Todeka, Sharifa e Arrabeca. 04. (Fatec-SP–2019) São proposições equivalentes

B. Todeka, Arrabeca e Sharifa. para a negação da proposição “todo homem ama
C. Arrabeca, Sharifa e Todeka. lógica”:
D. Arrabeca, Todeka e Sharifa. • “pelo menos um homem não ama lógica”;

E. Sharifa, Todeka e Arrabeca. • “algum homem não ama lógica”;
02. (UERJ) Rafael comprou quatro passagens aéreas • “existe um homem que não ama lógica”.
para dar uma de presente para cada um de seus
Assim, a forma correta de negar a proposição
quatro netos. Para definir a época em que irão “todas as vagas deste vestibular são de ensino
viajar, Rafael pediu para cada um dizer uma superior” é
frase. Se a frase fosse verdadeira, o neto viajaria
imediatamente; se fosse falsa, o neto só viajaria A. “algumas vagas deste vestibular são de ensino
no final do ano. O quadro a seguir apresenta as superior”.
frases que cada neto falou. B. “existem vagas deste vestibular que não são
de ensino superior”.
Neto Frase
C. “nenhuma das vagas deste vestibular é de
I Viajarei para a Europa ensino superior”.
D. “pelo menos uma vaga deste vestibular é de
II Meu voo será noturno
ensino superior”.
III Viajarei no final do ano E. “todas as vagas deste vestibular não são de
ensino superior”.
O Flamengo é o melhor
IV
time do Brasil 05. (UFMG) Se A = {1, 3, 5, 7, 9, 11}, B =
{1, 2, 3, 4, 5} e C = {2, 4, 7, 8, 9, 10}, então
A partir das frases ditas, Rafael não pôde definir
(A ∪ B) ∩ C – A é igual a:
a época da viagem do neto representado pelo
seguinte número: A. {4}
B. {2, 4}
A. I C. III
C. {2, 4, 8}
B. II D. IV
D. {8, 10}
03. (Unifor-CE–2019) A corrida de rua da
Universidade de Fortaleza é um dos principais e 06. (CEFET-PR) A alternativa que representa na
mais tradicionais eventos esportivos do Ceará. região sombreada a operação (A ∪ B) – (A ∩ B) é:
A 26ª Corrida de Rua Unifor aconteceu dia 3 de A. D.
junho de 2018, com a participação de homens e A B A B
mulheres, amadores ou profissionais, com idade
a partir dos 18 anos, que competiram em duas E E
provas, uma de 5 km e outra de 10 km. Cinco B. E.
A B A B
atletas (Paulo, Pedro, Edno, Erivando e Cézar)
foram treinar para a corrida de rua na pista
E E
de atletismo da Unifor e resolveram fazer uma
C.
competição entre eles. Os cinco atletas estavam A B
alinhados na pista de atletismo. Veja as seguintes
informações quanto à ordem deles: E

07. (UEG-GO–2018) Dados dois conjuntos, A e B, Com base nessas informações, assinale a
em que A ∩ B = {b, d}, A ∪ B = {a, b, c, d, e} e alternativa que contém o Diagrama de Euler-
B – A = {a}. O conjunto B é: -Venn que descreve corretamente a relação entre
os conjuntos.
A. {a}
B. {c, e} A. M
C. {a, b, d} E F
D. {b, c, d, e}
E. {a, b, c, d, e}
08. (UEFS-BA–2018) Sejam os conjuntos A, B e C, tais B. F

que o conjunto A contém 5 elementos, o conjunto B
E M
contém 6 elementos e a intersecção dos conjuntos
B e C contém dois elementos. Sabe-se que a soma
dos elementos do conjunto B é 95 e também que:
• A ∩ B ∩ C = {13}
C.
• C⊂B
E F
• 26 ∈ A M
• A ∩ B = {8, 13, 19, 23}
Se a diferença entre o maior elemento do conjunto A

e o maior elemento do conjunto C é igual a 12, D.
então o maior elemento par do conjunto B é E
M
F
A. 24.
B. 18.
C. 22.
D. 16. E.
F E
E. 20.
M
09. (UEG-GO–2019) Em uma pesquisa sobre a
preferência para o consumo de dois produtos,
foram entrevistadas 970 pessoas. Dessas, 525
afirmaram consumir o produto A, 250 o produto B 11. (UFJF-MG) Dados os intervalos A = [–1, 3),
e 319 não consomem nenhum desses produtos. B = [1, 4], C = [2, 3), D = (1, 2] e E = (0, 2],
O número de pessoas que consomem os dois consideremos o conjunto P = [(A ∪ B) – (C ∩ D)] – E.
produtos é Marque a alternativa incorreta.
A. 124. A. P ⊂ [–1, 4]
B. 250. B. (3, 4] ⊂ P
C. 525. C. 2 ∈ P
D. 527. D. 0 ∈ P
E. 775.
12. (Mackenzie-SP–2018) Em uma pesquisa com 120
10. (Fatec-SP–2019) Entre as pessoas que pessoas, verificou-se que:
compareceram à festa de inauguração da FATEC • 65 assistem ao noticiário A;
Pompeia, estavam alguns dos amigos de Eduardo.
• 45 assistem ao noticiário B;
Além disso, sabe-se que nem todos os melhores
amigos de Eduardo foram à festa de inauguração. • 42 assistem ao noticiário C;
Considere:
• 20 assistem ao noticiário A e ao noticiário B;
F: conjunto das pessoas que foram à festa de
• 25 assistem ao noticiário A e ao noticiário C;
inauguração.
E: conjunto dos amigos de Eduardo. • 15 assistem ao noticiário B e ao noticiário C;
M: conjunto dos melhores amigos de Eduardo. • 8 assistem aos três noticiários.

Então, o número de pessoas que assistem somente 16. (Albert Einstein–2018) Um grupo de 180 turistas
a um noticiário é está hospedado em um mesmo hotel no estado de
São Paulo. As regiões Norte, Sul e Sudeste são as
A. 7.
regiões do Brasil que já foram visitadas por pelo
B. 8. menos um desses turistas. Desses turistas, 89 já
C. 14. estiveram na região Sul e 78 já estiveram na região
D. 28. Norte. Sabendo que 33 desses turistas só conhecem
a região Sudeste, o número desses turistas que já
E. 56.
estiveram nas regiões Norte e Sul é:
13. (UEG-GO–2018) Numa pesquisa com idosos, A. 10

perguntou-se se eles utilizam o cartão de crédito B. 13
e, ainda, se têm alguma dívida. Todos os idosos C. 17
entrevistados nessa pesquisa responderam D. 20
dizendo sim ou não a cada pergunta.
Desses idosos, 20 disseram utilizar o cartão 17. (UEL-PR) Um grupo de estudantes resolveu fazer
de crédito; 70 disseram ter alguma dívida; uma pesquisa sobre as preferências dos alunos
15 responderam utilizar o cartão de crédito e ter quanto ao cardápio do restaurante universitário.
alguma dívida; 40 disseram não utilizar o cartão 9 alunos optaram somente por carne de frango,
de crédito e não ter nenhuma dívida. O número 3 somente por peixes, 7 por carne bovina e
frango, 9 por peixe e carne bovina, e 4 pelos
de idosos entrevistados nessa pesquisa foi de
três tipos de carne. Considerando que 20 alunos
A. 60. se manifestaram vegetarianos, 36 não optaram
B. 75. por carne bovina e 42 não optaram por peixe,
assinale a alternativa que apresenta o número de
C. 100.
alunos entrevistados.
D. 115.
A. 38
E. 130.
B. 42
14. (UERJ) Em uma escola, circulam dois jornais: C. 58

Correio do Grêmio e O Estudante. Em relação à D. 62
leitura desses jornais, por parte dos 840 alunos E. 78
da escola, sabe-se que:
18. (UFMG) Em uma pesquisa de opinião, foram
• 10% não leem esses jornais; obtidos estes dados:
• 520 leem o jornal O Estudante; • 40% dos entrevistados leem o jornal A;
• 440 leem o jornal Correio do Grêmio. • 55% dos entrevistados leem o jornal B;
Calcule o número total de alunos do colégio que • 35% dos entrevistados leem o jornal C;
leem os dois jornais. • 12% dos entrevistados leem os jornais A e B;
• 15% dos entrevistados leem os jornais A e C;

15. (PUC Rio–2017) Em uma pesquisa, constatou-se
que, das 345 pessoas de um determinado local, • 19% dos entrevistados leem os jornais B e C;
195 jogavam tênis, 105 jogavam tênis e vôlei, e • 7% dos entrevistados leem os três jornais;
80 não jogavam nem vôlei nem tênis.
• 135 pessoas entrevistadas não leem nenhum
Qual é o número de pessoas que jogavam vôlei e dos três jornais.
não jogavam tênis?
Considerando-se esses dados, é correto afirmar
A. 70 que o número total de entrevistados foi:
B. 75 A. 1 200
C. 105 B. 1 500
D. 180 C. 1 250
E. 195 D. 1 350

19. (UFPR–2019) Em uma pesquisa de opinião, 21. (UECE) Num certo grupo de pessoas, metade lê o
eleitores foram perguntados se recordavam em jornal A notícia e um terço lê O informativo, mas
quais candidatos a deputado (federal e estadual) somente um sexto lê ambos os jornais. Do grupo,
haviam votado nas últimas eleições. Num grupo a quantidade de pessoas que não leem nem
de 2 018 eleitores entrevistados, constatou-se A notícia nem O informativo é
que:
A. a metade.
• 1 492 eleitores recordavam para qual candidato B. um terço.
a deputado federal haviam votado;
C. dois terços.
• 1 278 eleitores recordavam para qual candidato D. um quinto.
a deputado estadual haviam votado;
E. um sexto.
• 347 eleitores não recordavam nenhum dos
candidatos em que haviam votado. 22. (FUVEST-SP–2018) Dentre os candidatos que
fizeram provas de Matemática, Português e
A. Quantos desses eleitores entrevistados se
Inglês num concurso, 20 obtiveram nota mínima
recordavam de pelo menos um candidato
para aprovação nas três disciplinas. Além disso,
(deputado estadual ou deputado federal) em
sabe-se que:
que haviam votado?
I. 14 não obtiveram nota mínima em Matemática;
B. Quantos eleitores recordavam os dois
candidatos (deputado federal e estadual) em II. 16 não obtiveram nota mínima em Português;
que haviam votado? E quantos recordavam
III. 12 não obtiveram nota mínima em Inglês;
apenas o candidato a deputado federal e
apenas o candidato a deputado estadual em IV. 5 não obtiveram nota mínima em Matemática
que haviam votado? Coloque os resultados e em Português;
obtidos na tabela a seguir:
V. 3 não obtiveram nota mínima em Matemática
Recordaram os votos Eleitores e em Inglês;
Para ambos os cargos (deputado
VI. 7 não obtiveram nota mínima em Português e
federal e estadual)
em Inglês;
Apenas para deputado estadual
VII. 2 não obtiveram nota mínima em Português,
Apenas para deputado federal Matemática e Inglês.
A quantidade de candidatos que participaram do

20. (UEPA) “Cabelo e vestuário são itens que concurso foi:
se destacam no rol de preocupações das
A. 44 D. 48
adolescentes que costumam frequentar as
‘baladas’ belenenses” – é o que aponta a pesquisa B. 46 E. 49
realizada com 650 meninas, na faixa etária entre C. 47
15 e 19 anos.
1 7
23. (IFSul–2018) Os números 2
2
; –0,3; – ; 2π;
5
Destas, 205 comparecem a esse tipo de festa
2 ; – 1, 3 , quando dispostos sobre a reta real,
se adquirem um traje inédito; 382 se fazem
presentes após uma boa “escova” no cabeleireiro; aparecem, em ordem decrescente, da seguinte
forma:
102 aparecem nos locais onde acontecem as
7 1
“baladas” com traje inédito e depois de uma A. – ; – 1, 3 ;–0,3; 2 ; 2 ; 2π
5 2
“escova” no cabeleireiro.
7 1
B. – ; – 1, 3 ; –0,3; 2 ; 2 ; 2π
Pergunta-se: quantas são as adolescentes 5 2
1 7
consultadas que não se preocupam em ir ao C. 2π; 2 ; 2 ; –0,3; – 1, 3 ; –
2 5
cabeleireiro fazer “escova”, nem em vestir uma 1 7
roupa inédita? D. 2π; 2 ; 2 ; – ; – 1, 3 ; –0,3
2 5
A. 39
24. (IFPE–2018) Pedro, um aluno do curso de
B. 63 Almoxarife do IFPE – Cabo, em seu estágio,
C. 102 se deparou com a seguinte situação: no
D. 165 almoxarifado, encontravam-se 20 caixas de lápis,
1
E. 1 778 cada caixa com 30 lápis. Ele precisava mandar
10

dessas caixas para o laboratório de Matemática. Com base nessas informações, pode-se concluir
Ao abrir as caixas que chegaram ao laboratório, que a intersecção A ∩ B ∩ C corresponde ao
5 intervalo:
o professor de Matemática colocou dos lápis
6
sobre as mesas, guardando o restante dos lápis A. [0, 3]
no armário. B. [0, 5]
C. [–2, 0]
Nessas condições, podemos afirmar que o professor
D. [–2, 5]
guardou, no armário do laboratório, um total de
A. 10 lápis. D. 40 lápis. 28. (UFF-RJ) Segundo o matemático Leopold Kronecker

B. 20 lápis. E. 50 lápis. (1823-1891), “Deus fez os números inteiros,
o resto é trabalho do homem.” Os conjuntos
C. 30 lápis.
numéricos são, como afirma o matemático, uma
das grandes invenções humanas.
25. (CEFET-MG) Um grupo de alunos cria um jogo
de cartas, em que cada uma apresenta uma Assim, em relação aos elementos desses conjuntos,
operação com números racionais. O ganhador é correto afirmar que
é aquele que obtiver um número inteiro como
A. o produto de dois números irracionais é sempre
resultado da soma de suas cartas. Quatro jovens
um número irracional.
ao jogar receberam as seguintes cartas:
B. a soma de dois números irracionais é sempre
1ª carta 2ª carta um número irracional.
C. entre os números reais 3 e 4 existe apenas um
4 7
Maria 1, 333... + 1, 2 + número irracional.
5 3
D. entre dois números racionais distintos existe
pelo menos um número racional.
1 1
Selton 0, 222... + 0, 3 + E. a diferença entre dois números inteiros
5 6
negativos é sempre um número inteiro
negativo.
3 8
Tadeu 1, 111... + 1, 7 +
10 9
29. (CEFET-MG) A operação (∆) entre os conjuntos
A e B, nessa ordem, é definida por:
7 1
Valentina 0, 666... + 0, 1 +
2 2 A ∆ B = {x ∈  | x ∈ B e x ∉ A}.
O vencedor do jogo foi Sendo A = {x ∈  | 1 ≤ x ≤ 3} e B = {x ∈  | 2 < x ≤ 7}

então o conjunto (A ∆ B) é igual a:
A. Maria.
B. Selton. A. ]3, 7]
C. Tadeu. B. [0, 4[
D. Valentina. C. ]–2, 7[
D. [5, 7]
26. (UPE–2018) Um ciclista estabeleceu a meta de
percorrer a distância entre duas cidades durante 30. (Fatec-SP) Se x e y são números reais tais que
três dias. No primeiro dia, percorreu um terço x = (0,25)0,25 e y = 16–0,125, é verdade que
da distância. No dia seguinte, mais um terço do
A. x = y.
que faltava. Que fração da distância ele necessita
percorrer no terceiro dia para atingir sua meta? B. x > y.
1 4 C. x . y = 2 2.
A. D.
3 9 D. x – y é um número irracional.
2 5 E. x + y é um número racional não inteiro.
B. E.
3 9
C.
2 31. (Unifor-CE) Qual, entre os números seguintes,
9 é racional?
27. (IFSul–2018) Considere os seguintes intervalos: A. π4 D. 3

−0, 064
B. 3
0, 1 E. 4
0, 016
A = {x ∈  | x ≤ 3}, B = {x ∈  | –2 ≤ x ≤ 5} e
C = {x ∈  | x ≥ 0}. C. 3
0, 27

32. (Unit-SE–2019) Considerem-se p e q números O conjunto (A ∩ B) ∩ C tem

racionais e as proposições: A. dois elementos.
I. Se p é um número inteiro e q não é um número B. três elementos.
inteiro, então p.q não é um número inteiro.
C. quatro elementos.
II. Se p e q são números racionais não inteiros,
D. oito elementos.
então p + q é um número racional não inteiro.
E. quatorze elementos.
III. p – q pode ser um número racional não inteiro.
Após análise, é correto afirmar:

37. (AFA-SP) Considere os seguintes conjuntos
numéricos , , , , I =  –  e considere
A. Somente I é verdadeira. também os seguintes conjuntos:
B. Somente I e II são falsas.
A = ( ∪ I) – ( ∩ )
C. As três proposições são falsas.
D. Somente I e III são verdadeiras. B =  – ( – )
E. As três proposições são verdadeiras D = ( ∪ I) ∪ ( – )
33. (UFRN) A quantidade de portas de um hotel Das alternativas a seguir, a que apresenta
é um múltiplo de três. Com 10 galões de tinta, elementos que pertencem aos conjuntos A, B e D,
1 nessa ordem, é:
um pintor consegue pintar do total de portas
3
do hotel. 5
A. –3; 0,5 e
2
A. Determine quantos galões de tinta são
B. 20; 10 e 5
necessários para ele pintar a metade do total
de portas. C. –¹10; –5 e 2
B. Se o proprietário do hotel gastou, em tintas, 3

D. ; 3 e 2, 31
1 2
R$ 280,00 para pintar das portas, especifique
3
quanto irá gastar para pintar o restante, 38. (PUC Rio) O conjunto dos números reais que
mantidos os preços das tintas. satisfazem a inequação |x + 2| ≤ 2x + 5 é:
A. x ≥ –3
34. (UFMG) Considere x, y e z números naturais. Na
divisão de x por y, obtêm-se quociente z e resto 8. B. x ≥ –2
x
Sabe-se que a representação decimal de é a 7
y C. x ≥ −
dízima periódica 7,363636... Então, o valor de 3
7
x + y + z é: D. x ≤ −
3
A. 190 C. 192 E. x ≤ –2
B. 191 D. 193
39. (Unit-AL) Sabendo-se que x1 e x2 são números
35. (UFJF-MG) Define-se o comprimento de cada um reais distintos que satisfazem a equação
dos intervalos [a, b], ]a, b[, ]a, b], e [a, b[ como
|3x + 10| = |5x + 2|, é correto afirmar que o
sendo a diferença (b – a). Dados os intervalos
valor de |x1 − x2| é:
M = [3, 10], N = ]6, 14[, P = [5, 12[, o comprimento
do intervalo resultante de (M ∩ P) ∪ (P – N) 7
A.
é igual a: 2
B. 4
A. 1 D. 7 11
C.
B. 3 E. 9 2
D. 6
C. 5 15
E.
2
36. (UEL-PR) Considere os seguintes conjuntos:
I. A = {x ∈  | 2 < x < 20}
40. (PUC Minas) As alturas das mulheres adultas
que habitam certa ilha do Pacífico satisfazem a
II. B = {x ∈  | x = 2n, n ∈ } h 153
desigualdade 1, em que a altura h é
40 22
III. C x  | x , n 
n medida em centímetros.

Então, a altura máxima de uma mulher dessa ilha, em metros, é igual a:
A. 1,60
B. 1,65
C. 1,70
D. 1,75
BERNOULLI
NO
PL
SOLUÇÕES
AY
SE LIGA NO ENEM
RE
01. (Enem–2018) Em um aeroporto, os passageiros devem submeter suas bagagens a uma das cinco máquinas
de raio X disponíveis ao adentrarem a sala de embarque. Num dado instante, o tempo gasto por essas
máquinas para escanear a bagagem de cada passageiro e o número de pessoas presentes em cada fila estão
apresentados em um painel, como mostrado na figura.
Máquina 1 Máquina 2 Máquina 3
35 segundos 25 segundos 22 segundos

5 pessoas 6 pessoas 7 pessoas
Máquina 4 Máquina 5
40 segundos 20 segundos
4 pessoas 8pessoas
Um passageiro, ao chegar à sala de embarque desse aeroporto no instante indicado, visando esperar o menor
tempo possível, deverá se dirigir à máquina
A. 1. D. 4.
B. 2. E. 5.
C. 3.
02. (Enem–2017) Neste modelo de termômetro, os filetes na cor preta registram as temperaturas mínima
e máxima do dia anterior, e os filetes na cor cinza registram a temperatura ambiente atual, ou seja, no
momento da leitura do termômetro.
–30 50
–20 40
–10 30
0 20
10 10
20 0
30 –10
40 –20
50 –30

Por isso ele tem duas colunas. Na da esquerda, os 04. (Enem–2016) Até novembro de 2011, não havia
números estão em ordem crescente, de cima para
uma lei específica que punisse fraude em concursos
baixo, de –30 °C até 50 °C. Na coluna da direita,
públicos. Isso dificultava o enquadramento
os números estão ordenados de forma crescente,
de baixo para cima, de –30 °C até 50 °C. dos fraudadores em algum artigo específico do
Código Penal, fazendo com que eles escapassem
A leitura é feita da seguinte maneira:
da Justiça mais facilmente. Entretanto, com o
• A temperatura mínima é indicada pelo nível sancionamento da Lei 12 550/11, é considerado
inferior do filete preto na coluna da esquerda;
crime utilizar ou divulgar indevidamente o
• A temperatura máxima é indicada pelo nível conteúdo sigiloso de concurso público, com pena
inferior do filete preto na coluna da direita; de reclusão de 12 a 48 meses (1 a 4 anos). Caso
• A temperatura atual é indicada pelo nível esse crime seja cometido por um funcionário
superior dos filetes cinza nas duas colunas. 1
público, a pena sofrerá um aumento de .
Disponível em: <www.if.ufrgs.br>. 3
Acesso em: 28 ago. 2014 (Adaptação).
Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 15 ago. 2012.
Qual é a temperatura máxima mais aproximada
registrada nesse termômetro? Se um funcionário público for condenado por
A. 5 °C fraudar um concurso público, sua pena de reclusão
B. 7 °C poderá variar de
C. 13 °C A. 4 a 16 meses.
D. 15 °C B. 16 a 52 meses.
E. 19 °C C. 16 a 64 meses.
D. 24 a 60 meses.
03. (Enem–2017) Uma pessoa ganhou uma pulseira
formada por pérolas esféricas, na qual faltava E. 28 a 64 meses.
uma das pérolas. A figura indica a posição em
que estaria faltando esta pérola. 05. (Enem–2016) Nas construções prediais são
utilizados tubos de diferentes medidas para a
instalação da rede de água. Essas medidas são
conhecidas pelo seu diâmetro, muitas vezes
medido em polegada. Alguns desses tubos, com

1 3 5
medidas em polegada, são os tubos de , e .
2 8 4
Colocando os valores dessas medidas em ordem
crescente, encontramos
Ela levou a joia a um joalheiro, que verificou
que a medida do diâmetro dessas pérolas era 1 3 5
A. , , .
4 milímetros. Em seu estoque, as pérolas do 2 8 4
mesmo tipo e formato, disponíveis para reposição,
1 5 3
tinham diâmetros iguais a: 4,025 mm; 4,100 mm; B. , , .
2 4 8
3,970 mm; 4,080 mm e 3,099 mm.
3 1 5
C. , , .
O joalheiro então colocou na pulseira a pérola cujo 8 2 4
diâmetro era o mais próximo do diâmetro das
pérolas originais. 3 5 1
D. , , .
8 4 2
A pérola colocada na pulseira pelo joalheiro tem
5 1 3
diâmetro, em milímetro, igual a: E. , , .
4 2 8
A. 3,099
B. 3,970
06. (Enem) Deseja-se comprar lentes para óculos.
As lentes devem ter espessuras mais próximas
C. 4,025
possíveis da medida 3 mm. No estoque de uma loja,
D. 4,080 há lentes de espessuras: 3,10 mm; 3,021 mm;
E. 4,100 2,96 mm; 2,099 mm e 3,07 mm.

Se as lentes forem adquiridas nessa loja, a espessura escolhida será, em milímetros, de:
A. 2,099 C. 3,021 E. 3,10

B. 2,96 D. 3,07
07. (Enem) No contexto da matemática recreativa, utilizando diversos materiais didáticos para motivar seus
alunos, uma professora organizou um jogo com um tipo de baralho modificado. No início do jogo, vira-se
uma carta do baralho na mesa e cada jogador recebe em mãos nove cartas. Deseja-se formar pares de
cartas, sendo a primeira carta a da mesa e a segunda, uma carta na mão do jogador, que tenha um valor
equivalente àquele descrito na carta da mesa. O objetivo do jogo é verificar qual jogador consegue o maior
número de pares. Iniciado o jogo, a carta virada na mesa e as cartas da mão de um jogador são como no
esquema:
7,5 4
4,3 6,8
6
0,75 3
8 4% 3
3 4
4
3,
%
6 75
8
3
4
Carta da mesa Cartas da mão
Segundo as regras do jogo, quantas cartas da mão desse jogador podem formar um par com a carta da mesa?
A. 9 D. 4
B. 7 E. 3
C. 5
08. (Enem) Segundo a Associação Brasileira de Alumínio (ABAL), o Brasil foi o campeão mundial, pelo sétimo
ano seguido, na reciclagem de latas de alumínio. Foram reciclados 96,5% do que foi utilizado no mercado
interno em 2007, o equivalente a 11,9 bilhões de latinhas. Este número significa, em média, um movimento
de 1,8 bilhão de reais anuais em função da reutilização de latas no Brasil, sendo 523 milhões referentes a
etapas da coleta, gerando, assim, emprego e renda para cerca de 180 mil trabalhadores. Essa renda, em
muitos casos, serve como complementação do orçamento familiar e, em outros casos, como única renda da
família.
CONHECIMENTO PRÁTICO GEOGRAFIA, n. 22 (Adaptação).
Com base nas informações apresentadas, a renda média mensal dos trabalhadores envolvidos nesse tipo de
coleta gira em torno de
A. R$ 173,00. D. R$ 504,00.
B. R$ 242,00. E. R$ 841,00.
C. R$ 343,00.
09. (Enem)
A contagem de bois
Em cada parada ou pouso, para jantar ou dormir, os bois são contados, tanto na chegada quanto
na saída. Nesses lugares, há sempre um potreiro, ou seja, determinada área de pasto cercada de arame,
ou mangueira, quando a cerca é de madeira. Na porteira de entrada do potreiro, rente à cerca, os peões
formam a seringa ou funil, para afinar a fila, e então os bois vão entrando aos poucos na área cercada.
Do lado interno, o condutor vai contando; em frente a ele, está o marcador, peão que marca as reses.
O condutor conta 50 cabeças e grita: – Talha! O marcador, com o auxílio dos dedos das mãos, vai marcando
as talhas. Cada dedo da mão direita corresponde a 1 talha, e da mão esquerda, a 5 talhas. Quando
entra o último boi, o marcador diz: – Vinte e cinco talhas! E o condutor completa: – E dezoito cabeças.
Isso significa 1 268 bois.
BOIADA, comitivas e seus peões. O Estado de S. Paulo, ano VI, 63. ed., 21 dez. 1952 (Adaptação).

Para contar os 1 268 bois de acordo com o processo Ela fez alguns cálculos e verificou que o erro seria
descrito anteriormente, o marcador utilizou corrigido se o valor incorreto indicado na nota dos
clientes fosse multiplicado por:
A. 20 vezes todos os dedos da mão esquerda.
A. 0,54 C. 0,70 E. 1,28
B. 20 vezes todos os dedos da mão direita.
B. 0,65 D. 1,42
C. todos os dedos da mão direita apenas uma vez.
D. todos os dedos da mão esquerda apenas uma vez. 12. (Enem) Um fabricante de cosméticos decide
E. 5 vezes todos os dedos da mão esquerda e produzir três diferentes catálogos de seus
5 vezes todos os dedos da mão direita. produtos, visando a públicos distintos. Como
alguns produtos estarão presentes em mais de um
10. (Enem) O jogo da velha é um jogo popular, catálogo e ocupam uma página inteira, ele resolve
originado na Inglaterra. O nome “velha” surgiu fazer uma contagem para diminuir os gastos com
do fato de esse jogo ser praticado, à época em originais de impressão. Os catálogos C1, C2 e C3
que foi criado, por senhoras idosas que tinham terão, respectivamente, 50, 45 e 40 páginas.
dificuldades de visão e não conseguiam mais Comparando os projetos de cada catálogo, ele
bordar. Esse jogo consiste na disputa de dois verifica que C1 e C2 terão 10 páginas em comum;
adversários que, em um tabuleiro 3 × 3, devem C1 e C3 terão 6 páginas em comum; C2 e C3 terão 5
conseguir alinhar, verticalmente, horizontalmente páginas em comum, das quais 4 também estarão
ou na diagonal, 3 peças de formato idêntico. em C1.
Cada jogador, após escolher o formato da peça
Efetuando os cálculos correspondentes, o fabricante
com a qual irá jogar, coloca uma peça por vez, em
concluiu que, para a montagem dos três catálogos,
qualquer casa do tabuleiro, e passa a vez para o
necessitará de um total de originais de impressão
adversário. Vence o primeiro que alinhar 3 peças. igual a:
A. 135 C. 118 E. 110

B. 126 D. 114
13. A elaboração de um programa de computadores

consiste em fornecer uma série de comandos
ao computador para que este execute uma
determinada tarefa. Tais comandos devem ser
dados em uma linguagem apropriada, chamada
No tabuleiro representado anteriormente, estão linguagem de programação. É comum que
registradas as jogadas de dois adversários em um programador, antes de digitar o programa
um dado momento. Observe que uma das peças propriamente dito, crie um algoritmo, ou seja,
tem formato de círculo e a outra tem a forma de uma espécie de rascunho que contém a sequência
um xis. Considere as regras do jogo da velha e o de operações que o futuro programa deverá
executar. Um programador escreveu em um papel
fato de que, neste momento, é a vez do jogador
o seguinte algoritmo:
que utiliza os círculos. Para garantir a vitória na
sua próxima jogada, esse jogador pode posicionar
Passo 1: Dados iniciais
a peça no tabuleiro de
x0: valor de entrada
A. uma só maneira.
Passo 2: Faça x0 – 1.
B. duas maneiras distintas.
Passo 3: Se |x0 − 1| = 6, então FIM.
C. três maneiras distintas.
Passo 4: Se |x0 −1| ≠ 6, então VOLTE AO
D. quatro maneiras distintas. PASSO 2, UTILIZANDO |x0 − 1| COMO DADO
E. cinco maneiras distintas. DE ENTRADA.
11. (Enem) Em quase todo o Brasil existem

Após a implementação do programa, foram feitos
restaurantes em que o cliente, após se servir, pesa
vários testes. Em um desses testes, verificou-se
o prato de comida e paga o valor correspondente,
que o passo 2 foi repetido uma única vez, antes
registrado na nota pela balança. Em um
de o programa terminar. O número de valores
restaurante desse tipo, o preço do quilo era
reais possíveis para o dado de entrada x0, nessas
R$ 12,80. Certa vez, a funcionária digitou por
condições, é igual a:
engano na balança eletrônica o valor R$ 18,20
e só percebeu o erro algum tempo depois, A. 1 C. 3 E. 5
quando vários clientes já estavam almoçando. B. 2 D. 4

VOLUME 1 GABARITO
A
03 A. O valor de x é menor ou igual a 3.
FRENTE
B. Existem municípios que não são do Brasil.

CAPÍTULO 1
C. A camisa do time não é verde e não é branca.
Conjuntos e Números D. A camisa do time não é verde ou não é amarela.
Aprendizagem 04 Não, pois as afirmações não são referentes às demais

cores.
01 A. 05 Equação 1:
Início
1º Ano 1º Ano 1º Ano 1º Ano 1º Ano

A B C D E x2 – 4x + 5 = 0
a = 1, b = –4 e c =5
ESCOLA
Discriminante
∆ = b2 – 4ac
B. p: ∆ = (–4)2 – 4 . 1 . 5
Região A Região B
Não existem
∆≥0 Não Fim
raízes reais
Sim
Fórmula de Bhaskara
−b ± ∆
q: x=
2a
Região A Região B
Fim
Equação 2:
Início
d: x2 – 3x + 2 = 0
a = 1, b = –3 e c = 2
Região A Região B
Discriminante
∆ = b2 – 4ac
∆ = (–3)2 – 4 . 1 . 2
∆=1
Não existem
∆≥0 Não Fim
raízes reais
m:
Sim
Região A Região B
Fórmula de Bhaskara
−b ± ∆
x=
2a
3± 1
x=
2
Fim
02 D

GABARITO VOLUME 1
06 11 A.
A
Início B
Entrada de dados
saldo dos recursos
financeiros B.
A
B
Valor da conta
Valor da 12 n(b) = 8
conta ≤ saldo Não é possível
Não Fim
dos recursos efetuar o 13 40; 35
pagamento
14 B
4
Sim 15 A.
9
32
B.
Existe troco? 99
Não Fim
6
C.
Sim 37
2
Receber o troco D.
45
379
Fim E. 300
07 k=2
16 D
08 A. ∈ C. ⊂ E. ⊂ ou ∈ G. ⊂ 17 C
B. ⊂ D. ∈ F.∈ H. ⊂ 18 C
09 19 B
A 20 A. 10
B
C B⊂A B. 1 + 2
C⊂B C. 8
C⊂A D. 2 −1
E. 3 6 −1
10 F. a
G. 5x
Início
H. 3 + x
Entrada do I. 3–x
valor de x J. x 5 se x 5

5 x se x 5
21 A. S = {–5, 5}
x é par? Sim Some 1
B. S = {1, 5}
Não C. S = {–2, 8}
Diminua 5 D. S = ∅
4
E. S = 3

Sim x > 1? Não Fim 16 4
F. S = 3 , 3


VOLUME 1 GABARITO
11
20 D
G. S = 3 , 9
21 B
2 22 E
H. S = 14, 5

22 A. 5 23 C
B. 12 24 A
C. 12
25 C
23 A. S = {x ∈  | –2 < x < 3}
26 D
B. S = {x ∈  | x < –4 ou x > 1} 27 A
C. S = {x ∈  | 1 ≤ x ≤ 2} 28 D
1
D. S = x  | x ou x 1 29
3 A
Propostos 30 A
31 D
01 C
32 B
02 C
33 A. 15 galões.
03 E
B. R$ 560,00
04 B
34 B
05 B
35 C
06 D
36 B
07 C
37 D
08 B 38 C
09 A 39 C
10 E 40 D
11 C
Enem
12 E
13 01 B
D
02 E
14 204 alunos.
03 C
15 A
04 C
16 D
05 C
17 C
06 C
18 B
07 E
19 A. 1 671
08 B
B.
09 D
Recordaram os votos Eleitores
10 B
Para ambos os cargos (deputado
federal e estadual)
1 099 11 C
12 C
Apenas para deputado estadual 179
13 B
Apenas para deputado federal 393 MEU Acertei ____ de ____ • ____ %
APROVEITAMENTO

Frente A-Cap1-Conjuntos e Números

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MATEMÁTICA FRENTE A

Você já parou para pensar na importância dos

• Como saberíamos qual seria a temperatura prevista para o dia?

• Como você conseguiria descobrir se está atrasado para o

• Será que o dinheiro que você tem é suficiente para comprar um

Esses são apenas alguns exemplos de como precisamos dos

A noção de números e suas generalizações está intimamente

Além dos números, a Matemática possui outras ferramentas, por

Pensando no exemplo das cartas de baralho, um fato curioso é

Bernoulli Sistema de Ensino 5

alexsl / Getty Images

Para saber mais sobre a lógica matemática

presente no livro Alice no País das Maravilhas,

1. Noções de lógica Muitas vezes, efetuamos certas operações sobre

Na linguagem cotidiana, realizamos a negação

A lógica matemática adota como regras Exemplo:

6 Bernoulli Sistema de Ensino

Assim, o critério que estabelece o valor lógico da ESTÁ NO MUNDO

Exemplo: • O agente assumiu o risco de produzir resultado;

• Sejam as seguintes proposições: • O agente quis o resultado e assumiu o risco de

Bernoulli Sistema de Ensino 7

O agente que comete o ato ilícito busca constranger Quantificador existencial

8 Bernoulli Sistema de Ensino

Você sabe o que é programação?

É hora de rodar seu código!

A. “É verdade que não está frio ou que está chovendo”.

Bernoulli Sistema de Ensino 9

01 Destaque nas figuras ilustrativas de cada

B. Considere que, na criação de algumas

Assinale a alternativa que apresenta uma

A. p: o valor de x é maior que 3.

Proposição q: Pedro nasceu na região B. 04 Considerando que as afirmações a seguir são

A: Toda casa amarela de uma cidade X está

10 Bernoulli Sistema de Ensino

2. Fluxogramas A seguir, devemos estabelecer os principais

Bernoulli Sistema de Ensino 11

Na resolução da questão, devemos ter estratégias para a solução. Terceiro passo:

3  2. 3  12  28 Quarto passo:

Para saber mais sobre fluxogramas, como são

usados em outras áreas, dicas e muito mais, acesse

I. p: A sociedade brasileira é afetada pelos meios de comunicação.

II. q: Os meios de comunicação brasileiros dão alta importância ao futebol.

III. r: a sociedade sendo afetada promoverá um aumento no número de jogadores.

12 Bernoulli Sistema de Ensino

Acesse o QR Code ao lado para construir e

compartilhar seus fluxogramas online.

Passo 1: Meta a ser alcançada.

Resolver as equações apresentadas caso existam raízes reais.

Passo 2: Ordem para resolução.

• Identificar os coeficientes a, b e c nas equações apresentadas.

Bernoulli Sistema de Ensino 13

Passo 3: Identificar os elementos de uso para o fluxograma.

Observe que existem condicionais, processamentos e entradas de dados.

Passo 1: Meta a ser alcançada.

Efetuar o pagamento com os recursos disponíveis.

Passo 2: Ordem para resolução.

Os símbolos empregados são entradas de dados, processamento e condicionais.

O número Não Adicionar

Divida o resultado Processador 2

14 Bernoulli Sistema de Ensino

3. Conjuntos Para descrever um conjunto, podemos usar três

3.3. Conjunto vazio

Bernoulli Sistema de Ensino 15

Note que A e B possuem exatamente os mesmos OBSERVAÇÃO

3 2. 3 12 28 Quarto passo:

A. 1 _ A E. {3} B

a b c d 140 70 10 20 d 140 d 40

3.8. Princípio da inclusão e exclusão