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DIRETRIZES

PEDAGÓGICAS
2023

ENSINO MÉDIO
VITÓRIA
novembro de 2022
EXPEDIENTE

VITOR AMORIM DE ANGELO


Secretário de Estado da Educação

ANDRÉA GUZZO PEREIRA


Subsecretária de Educação Básica e Profissional

ROSÂNGELA VARGAS DAVEL PINTO


Gerente de Ensino Médio

LUCILÉIA GILLES
Subgerente de Desenvolvimento Curricular do Ensino Médio

DORVAL MOREIRA COELHO NETO


Subgerente de Educação Profissional

Equipe Técnico Pedagógica:


CARLOS EDUARDO PINHEIRO
GABRIEL AYRES DO NASCIMENTO
GLEIDSON ROBERTO MARGOTTO
JAQUELINE MARCELINO DE SOUZA
LUÍS ANTÔNIO DE MATTOS SILVA
MARIA JOSÉ CALIMAN TERCI
RAFAEL RODRIGUES DE OLIVEIRA
ROSELY MARIA APARECIDA MACHADO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................................................................... 1
1 O NOVO ENSINO MÉDIO CAPIXABA .................................................................... 2
1.1 A FORMAÇÃO GERAL BÁSICA ............................................................................................................... 3
1.2 OS ITINERÁRIO FORMATIVOS ............................................................................................................... 4
1.3 OS APROFUNDAMENTOS...................................................................................................................... 4
1.4 OS COMPONENTES INTEGRADORES ..................................................................................................... 5
1.5 FORMAÇÃO PARA O MUNDO DO TRABALHO ...................................................................................... 6
1.6 AMPLIAÇÃO DA CARGA HORÁRIA ........................................................................................................ 7
1.7 AVALIAÇÃO NOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ....................................................................................... 8
2 OS ITINERÁRIOS FORMATIVOS DE APROFUNDAMENTO DAS ÁREAS E ENTRE
ÁREAS DO CONHECIMENTO ................................................................................... 9
2.1 ORGANIZAÇÃO DOS APROFUNDAMENTOS DAS ÁREAS/ENTRE ÁREAS DO CONHECIMENTO PARA O
ANO LETIVO DE 2023 .......................................................................................................................... 10
2.2 ITINERÁRIOS FORMATIVOS DAS ÁREAS/ENTRE ÁREAS DO CONHECIMENTO .................................... 11
2.2.1 Mídias Digitais: Linguagens em Ação!.......................................................................................................................................................... 11
2.2.2 Matemática Financeira e Fiscal...................................................................................................................................................................... 12
2.2.3 Modernização, Transformação Social e Meio Ambiente ..................................................................................................................... 12
2.2.4 Terra, Vida e Cosmo .......................................................................................................................................................................................... 13
2.2.5 Narrativas Socioliterárias: Literatura, Arte e Ciências Humanas Escrevem o Mundo................................................................... 13
2.2.6 O Esporte, a Ciência e suas Linguagens ....................................................................................................................................................... 14
2.2.7 Humanidades e Relações Socioambientais............................................................................................................................................... 14
2.2.8 Energias Renováveis e Eficiência Energética.............................................................................................................................................. 15
2.2.9 Aspirações Docentes......................................................................................................................................................................................... 16
3 A EDUCAÇÃO TÉCNICA E PROFISSIONAL ......................................................... 20
3.1 IFTP NA FORMA INTEGRADA .............................................................................................................. 22
3.1.1 Público-alvo e forma de ingresso .................................................................................................................................................................. 22
3.2 IFTP NA FORMA CONCOMITANTE ...................................................................................................... 23
3.3 ITINERÁRIO FORMATIVO COM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ......................................................... 23
3.4 ATRIBUIÇÕES ...................................................................................................................................... 23
3.5 REGULAMENTAÇÃO DOS CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS EM ESCOLAS ESTADUAIS........................ 23
3.5.1 Criação de cursos técnicos............................................................................................................................................................................... 24
3.5.2 Aprovação dos cursos técnicos pelo Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo............................................................ 25
3.5.3 Renovação da aprovação dos cursos técnicos pelo Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo................................ 26
3.5.4 Alteração das organizações curriculares em função do Novo Ensino Médio................................................................................. 27
3.6 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕESDA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – SISTEC............................... 27
3.6.1 Criação de ciclos de matrícula......................................................................................................................................................................... 28
3.6.2 Cadastro dos estudantes................................................................................................................................................................................. 28
3.6.3 Emissão do código de validação do diploma dos cursos técnicos ...................................................................................................... 28
3.7 CURSOS TÉCNICOS CONCOMITANTES (PRONATEC) E SUBSEQUENTES ............................................. 29
4 OS COMPONENTES INTEGRADORES ................................................................ 30
4.1 PROJETO DE VIDA ............................................................................................................................... 31
4.2 ESTUDO ORIENTADO .......................................................................................................................... 33
4.3 ELETIVA ............................................................................................................................................... 35
5 O ENSINO MÉDIO NOTURNO ............................................................................. 38
5.1 COMPONENTES CURRICULARES EM EAD NO ENSINO MÉDIO NOTURNO ......................................... 39
5.1.1 As aulas de Projeto de Vida EaD .................................................................................................................................................................... 40
5.1.2 As aulas de Estudo Orientado EaD ............................................................................................................................................................... 40
5.1.3 Projeto de Intervenção/Pesquisa Aplicada à Comunidade – ProInPAC........................................................................................... 40
5.2 O PROFESSOR DE COMPONENTE EAD ................................................................................................ 42
6 AS AULAS ELETIVAS COMPLEMENTARES ........................................................ 43
6.1 ASPECTOS CURRICULARES .................................................................................................................. 44
6.2 ASPECTOS OPERACIONAIS .................................................................................................................. 45
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 46
APRESENTAÇÃO

A Reforma do Ensino Médio, proveniente da Lei Federal nº 13.415 de 2017


e de seus desdobramentos, alcançou todas as Escolas da Rede Estadual
de Ensino em 2022, com o cumprimento da carga horária mínima destinada
a essa etapa e com a implementação do Novo Currículo Capixaba e do Iti-
nerário de Formação Técnica e Profissional para as 1ª séries. No ano letivo
de 2023, se iniciará a implementação dos Itinerários Formativos nas Área e
entre de Conhecimento para as turmas de 2ª série.
Considerando tal contexto, a Secretaria de Estado da Educação do Espírito
Santo – SEDU, por meio da Gerência de Ensino Médio – GEM, preparou
estas Diretrizes Pedagógicas do Ensino Médio para o ano letivo de 2023
com o objetivo de orientar e fortalecer as escolas na efetivação de tais novi-
dades, principalmente para as turmas de Ensino Médio de tempo parcial.
Assim, estas Diretrizes revisitam a implementação do Novo Ensino Médio
Capixaba, retomam conceitos importantes relacionados a esse processo e
trazem orientações para o desenvolvimento dos componentes curriculares
dos Aprofundamentos das Áreas/Entre Áreas de Conhecimento. Além disso,
também contemplam outras especificidades do Ensino Médio como, por
exemplo, o Itinerário de Formação Técnica e Profissional e os componentes
Clique aqui para acessar as
ofertados na forma EaD do Ensino Médio noturno. Diretrizes 2.0.

Para isso, serão retomados conceitos importantes relacionados ao Ensino


Médio no primeiro Capítulo deste documento. Já os capítulos 2, 3 e 4 tratam
de aspectos referentes aos Itinerários Formativos, sendo os Itinerários de
áreas e entre áreas de conhecimento a temática central do Capítulo 2; o
Itinerário de Formação Técnica e Profissional o tema do Capítulo 3 e, no
Capítulo 4, serão contemplados os Componentes Integradores. Por último,
será abordado o Ensino Médio noturno no Capítulo 5 e as aulas eletivas
complementares no Capítulo 6.
Ressaltamos aqui que, para as turmas de 3ª série no ano letivo de 2023, as
escolas deverão garantir aos estudantes a terminalidade do Currículo Bá-
sico Escola Estadual. Destacamos ainda que no portal do Novo Ensino Mé-
dio Capixaba é possível encontrar outras informações relevantes referentes Clique aqui para acessar o
à implementação do Novo Ensino Médio Capixaba. site do Novo Ensino Médio Capixaba.

Boa leitura!
O NOVO
ENSINO MÉDIO

1
CAPIXABA
O Ensino Médio no Espírito Santo tem sido remode-
lado para atender o que se propõe a Lei Federal
13.415 de 2017. A referida Lei traz importantes altera-
ções estruturais e curriculares para essa etapa da
Educação Básica. Tais mudanças têm como objetivo
central aproximar a escola da realidade dos jovens e
se refletem, principalmente, na implementação do
novo currículo capixaba, alinhado com a BNCC, com a
oferta da Formação Geral Básica e dos Itinerários For-
mativos, além do aumento da carga horária.

2
A Reforma do Ensino Médio busca assegurar o desenvolvimento integral dos estu-
dantes, colocando-os no centro da vida escolar, de modo a aprofundar a aprendiza-
gem e estimular o protagonismo, a autonomia e a responsabilidade por suas esco-
lhas e por seu futuro. Para tanto, a implementação do Novo Ensino Médio Capixaba
consiste na:
● Ampliação da carga horária mínima do Ensino Médio;
● Reestruturação da arquitetura Curricular, composta pela Formação Geral Bá-
sica, e pelos Itinerários Formativos;
● Escolha dos estudantes, garantindo que o discente tenha a possibilidade de
escolher e decidir o percurso formativo de seu interesse principalmente a partir
dos Itinerários Formativos, do componente Eletiva e das aulas eletivas comple-
mentares.
Nesse Cenário, o novo currículo do Espírito Santo para o Ensino Médio foi organi-
zado da seguinte forma: a Formação Geral Básica e os Itinerários Formativos.

FIGURA 1 - A Formação Geral Básica e o Itinerário Formativo

1.1 A FORMAÇÃO GERAL BÁSICA


A Formação Geral Básica (FGB), parte fixa no currículo do Novo Ensino Médio e
comum a todos os estudantes – independentemente do Itinerário Formativo cursado
–, contempla habilidades e competências do Currículo do Espírito Santo, norteado O professor da FGB deve desen-
pela BNCC. A FGB é apresentada aos estudantes por meio dos componentes cur- volver junto aos estudantes habi-
riculares Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte, Educação Física, Matemática, lidades e competências de forma
Química, Física, Biologia, História, Geografia, Filosofia e Sociologia, em suas res- integrada à Área do Conheci-
pectivas Áreas do Conhecimento. mento da qual faz parte o compo-
nente curricular que leciona. Para
isso, é muito importante a realiza-
ção do planejamento das aulas
FIGURA 2 – A Formação Geral Básica e seus componentes curriculares por Área de Conhecimento
em conjunto com os demais do-
centes da mesma Área. Assim, é
possível concentrar esforços
para o desenvolvimento concomi-
tante de uma mesma habilidade
(ou habilidades afins) ou de uma
mesma competência. Um passo
posterior seria a integração das
diversas Áreas, desenvolvendo
os Temas Integradores, por
exemplo.

3
1.2 OS ITINERÁRIO FORMATIVOS
Os Itinerários Formativos (IF) ou, simplesmente, Itinerário – são conjuntos de situa-
ções, atividades educativas e unidades curriculares cujo objetivo é proporcionar aos
estudantes momentos para aprofundar os conhecimentos e as habilidades relacio-
nados:
• às competências gerais do Currículo do Espírito Santo; e
• às competências específicas de uma determinada Área ou de diferentes Áreas
do conhecimento; ou
• às competências específicas da Formação Técnica e Profissional, além de
suas aplicações em contextos diversos.
Na prática, os IF materializam-se em diferentes trilhas ou percursos formativos te-
máticos dentre os quais o estudante terá a possibilidade de escolher aquele que
melhor se aproxima de seus interesses e de seu projeto de vida. Assim, cada estu-
dante deverá optar por um dos Itinerários Formativos ofertados pela escola e,
mesmo percorrendo caminhos formativos distintos no Ensino Médio, os educandos
terão uma parte curricular comum: a Formação Geral Básica.
Com relação à estrutura do Itinerário, existem pequenas variações na arquitetura
curricular entre aqueles Itinerários que envolvem as Áreas de Conhecimento e o
Itinerário de Formação Técnica e Profissional. Além disso, há outras alterações pro-
venientes de adequações para a oferta dos IF nos diferentes turnos (diurno ou no-
turno), tanto para o tempo parcial (carga horária total de 3000 horas) quanto para o
tempo integral (carga horária total de 3500 ou de 4300 horas). Em linhas gerais,
para o Ensino Médio diurno em tempo parcial, enquanto os Itinerários que envolvem
as Áreas de Conhecimento são organizados apenas em duas partes – Componen-
tes Integradores e Aprofundamento – o Itinerário de Formação Técnica e Profis-
sional está organizado em três – Formação para o Mundo do Trabalho, Compo-
nentes Integradores e Aprofundamento.

FIGURA 3 – Composição dos Itinerários Formativos no Ensino Médio em tempo parcial

Clique aqui para acessar os


Itinerário Formativo de Aprofundamento Documentos Curriculares do Ensino Médio.
Itinerário de Formação Técnica e Profissional
das Áreas/Entre Áreas do Conhecimento

1.3 OS APROFUNDAMENTOS
O Aprofundamento é a parte do Itinerário Formativo que contribui significativamente
para a diversificação e flexibilização curricular. Ele é constituído por componentes
curriculares que, por sua vez, são formados por objetos do conhecimento. O deta-
lhamento dos componentes curriculares de cada Aprofundamento pode ser en-
contrado no documento curricular do respectivo Itinerário, disponível no site do Cur-
rículo do Espírito Santo. Cabe destacar que, independentemente do Itinerário, os
componentes curriculares de cada Aprofundamento foram fundamentados nos Re-
ferenciais Curriculares para a Elaboração de Itinerários Formativos (Portaria MEC
nº 1.432, de 28 de dezembro de 2018) e perpassam por quatro Eixos Estruturan-
Clique aqui para acessar a
tes, a saber: Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Portaria MEC 1.432/2018.
Sociocultural e Empreendedorismo.
Durante a implementação do Novo Ensino Médio, a Rede Estadual disponibilizará
aos estudantes dez possibilidades de Aprofundamentos contidos nos Itinerários For-
mativos. Em 2021, as escolas estaduais, juntamente com as SRE e a SEDU Central,
escolheram, dentre os dez, aqueles Itinerários que melhor atenderiam a sua comu-
nidade escolar, segundo alguns critérios pré-estabelecidos, como a Área de Conhe-
cimento de preferência dos estudantes do 9º ano da região, o número de professo-
res efetivos da escola e o número de escolas estaduais vizinhas. Assim, cada uni-
dade escolar ofertará para seus estudantes apenas alguns desses Itinerários.

4
FIGURA 4 – Aprofundamentos contidos nos Itinerários Formativos Neste ponto, é muito importante
compreender a diferença entre o
conceito de Itinerário Formativo
de Aprofundamento do conceito
de Aprofundamento: enquanto
o primeiro se refere ao percurso
formativo como um todo – Com-
ponentes Integradores e Aprofun-
damento (além da Formação
para o Mundo do Trabalho, no
caso do IFTP) –, o Aprofunda-
mento é uma das partes do Itine-
rário e se concretiza como um
conjunto de componentes curri-
culares cuja temática comum
Cada Aprofundamento pode contemplar uma Área do Conhecimento ou várias de- está intimamente ligada ao nome
do Itinerário. Assim, por exemplo,
las, bem como estar relacionado à Educação Técnica e Profissional. Nesse sentido,
o Itinerário “Mídias Digitais: Lin-
os Itinerários ofertados pela Rede Estadual foram concebidos da seguinte forma: guagens em Ação!” é composto
um por Área do Conhecimento, totalizando quatro; cinco Entre Áreas do Conheci- por Componentes Integradores e
mento; e outro, denominado Itinerário de Formação Técnica e Profissional, por meio pelo Aprofundamento propria-
do qual são ofertados os cursos técnicos. mente dito, sendo os componen-
tes curriculares presentes no
Aprofundamento que caracteri-
FIGURA 5 – Itinerários ofertados pela Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo zam e nomeiam tal percurso for-
por Área do Conhecimento e na Formação Técnica e Profissional mativo, quais sejam: Arte e Patri-
mônio Cultural; Hispanidades e
Brasilidades – Iniciação; Inglês
como Língua Franca na Cultura
Digital; Língua Portuguesa e lin-
guagens digitais; e Mídias Digi-
tais e as Práticas Corporais.

1.4 OS COMPONENTES INTEGRADORES


Os Componentes Integradores cumprem o papel de aprofundar conhecimentos e
habilidades do currículo, interligando a Formação Geral Básica com o Aprofunda-
mento contido no Itinerário Formativo. Além disso, contribuem para a formação in-
tegral do estudante, uma vez que eles realizam, nesses componentes, atividades e
práticas que o ajudam na construção e execução de seu projeto de vida e no de-
senvolvimento de aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais durante sua for-
mação.
No Ensino Médio diurno em tempo parcial, os Componentes Integradores são três
para os Itinerários Formativos de Aprofundamento das Áreas/entre Áreas do Co-
nhecimento: Projeto de Vida; Estudo Orientado e Eletiva. Já no itinerário de For- Clique aqui para acessar a
Oferta de Itinerários Formativas 2023
mação Técnica e Profissional, são dois: Projeto de Vida e Eletiva. de cada escola da Rede Estadual.

FIGURA 6 – Componentes Integradores no Ensino Médio diurno em tempo parcial

Itinerário Formativo de Aprofundamento


Itinerário de Formação Técnica e Profissional
das Áreas/Entre Áreas do Conhecimento

5
1.5 FORMAÇÃO PARA O MUNDO DO TRABALHO
A Formação para o Mundo do Trabalho é composta pelas seguintes unidades cur-
riculares: Cultura Digital; Higiene, Saúde e Segurança e Projetos Empreendedores.
Todas as escolas que ofertam o Itinerário de Formação Técnica e Profissional, in-
dependente do curso ofertado possuem as referidas unidades curriculares em suas
organizações curriculares.

É importante destacar que as competências e habilidades a serem desenvolvidas e


consolidadas nas unidades curriculares que compõem a formação para o mundo do
trabalho deverão estar integradas aos demais módulos e fundamentadas nos quatro
eixos estruturantes: Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Inter-
venção sociocultural e Empreendedorismo.

FIGURA 7 – Componentes da Formação para p Mundo do Trabalho

Assim, sinteticamente, podemos esquematizar a estrutura do Novo Ensino Médio


Capixaba para o turno diurno em tempo parcial conforme a figura a seguir.

FIGURA 8 – Estrutura curricular do Ensino Médio diurno em tempo parcial


para os Itinerários Formativos de Aprofundamento nas Áreas/Entre Áreas do Conhecimento

FIGURA 9 – Estrutura curricular do Ensino Médio diurno em tempo parcial


para o Itinerário de Formação Técnica e Profissional

6
1.6 AMPLIAÇÃO DA CARGA HORÁRIA
Além do currículo, fez parte da implementação do Novo Ensino Médio Capixaba a
adequação da carga horária, sendo agora de, no mínimo, 1000 horas anuais, per-
fazendo um total mínimo de 3000 horas nos três anos. No Ensino Médio em tempo
parcial, do total de 3000 horas, 1800 horas estão destinadas à Formação Geral Bá-
sica, sendo 800 horas alocadas na 1ª série, 600 na 2ª série e 400 na 3ª série. As
demais 1200, são destinadas ao Itinerário Formativo, sendo 200 horas alocadas na
1ª série, 400 horas na 2ª série e 600 horas na 3ª série. Dessa forma, enquanto a
carga horária da FGB se reduz, a do Itinerário aumenta ao longo dos três anos,
sendo constante, porém, as 1000 horas anuais.

FIGURA 10 - Arquitetura do IF de Aprofundamento das Áreas/Entre Áreas do Conhecimento


para o Ensino Médio diurno em tempo parcial

FIGURA 11 - Arquitetura do Itinerário de Formação Técnica e Profissional


para o Ensino Médio diurno em tempo parcial

7
É importante notar que, em qualquer caso, o Itinerário Formativo se inicia na 1ª
série, quer apenas com os Componentes Integradores (no caso dos Aprofundamen-
tos das Áreas/Entre Áreas do Conhecimento), quer com os Componentes Integra-
dores juntamente com os componentes da Formação para o Mundo do Trabalho e
outros específicos do curso técnico (no caso do Itinerário de Formação Técnica e
Profissional). O que acontece é que, os componentes específicos dos Aprofunda-
mentos nas Áreas/Entre Áreas do Conhecimento iniciam-se apenas na segunda sé-
rie, enquanto os componentes específicos do Aprofundamento contido no Itinerário
de Formação Técnica e Profissional têm início logo na primeira série. Note, porém,
que a Formação Geral Básica está presente nas três séries do Ensino Médio e é
igual em todos os Itinerários, sendo norteada pela BNCC.

1.7 AVALIAÇÃO NOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS


Com relação à avaliação nos componentes do Aprofundamento dos Itinerários For-
mativos, ela deve estar conectada com uma concepção de educação que coloca o
estudante no centro do processo de ensino e de aprendizagem, tendo como foco o
desenvolvimento integral, o protagonismo e o projeto de vida do estudante. Para
tanto, é preciso diversificar os processos e os instrumentos avaliativos, a fim de que
sejam capazes de verificar o desenvolvimento das Competências Gerais da BNCC,
das habilidades gerais e específicas associadas aos quatro eixos estruturantes e
das habilidades relacionadas aos objetos do conhecimento desenvolvidos em cada
Itinerário Formativo. No caso da Formação Técnica e Profissional, é importante con-
siderar as diretrizes e normas relativas à avaliação de Cursos Técnicos aprovadas
pelos Conselhos Nacional e Estadual de Educação.
O Itinerário Formativo é passível de avaliação somativa, uma vez que seu objetivo
é assegurar a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento das habilidades
gerais e específicas esperadas. Antes disso, é interessante que o trabalho se inicie
com um diagnóstico capaz de identificar como os estudantes estão em relação às
competências e habilidades que se buscam desenvolver em cada componente do
Aprofundamento. Assim, sugere-se a adoção de avaliações diagnósticas seguidas
de atividades de nivelamento, de avaliações processuais, formativas e cumulativas,
autoavaliação, observação dos Professores, feedback dos colegas, além de testes
escritos, orais e outros, conforme orientado no documento curricular dos Aprofun-
damentos.
Dessa forma, recomenda-se que a diversificação dos processos e instrumentos de
avaliação considere a autoavaliação dos estudantes, a observação compartilhada
pelos Professores sobre a evolução no desempenho e sobre a atitude dos estudan-
tes em relação às competências e habilidades a serem consolidadas, analisando o
desenvolvimento do aluno em cada eixo estruturante. No caso da Formação Téc-
nica e Profissional, agregam-se a esses, a análise dos produtos gerados em meio
aos cursos escolhidos. Permanece, porém, a necessidade de os estudantes com-
pletarem a carga horária mínima de 75% de presença ao ano e integralizarem o
mínimo 60% de aproveitamento das habilidades propostas para cada eixo estru-
turante e/ou unidade curricular dos Itinerários Formativos nas avaliações propostas
para serem promovidos.

8
OS
ITINERÁRIOS FORMATIVOS
DE APROFUNDAMENTO DAS
ÁREAS E ENTRE ÁREAS DO

2
CONHECIMENTO
Em 2022, os estudantes da 1ª série que optaram pelo
Itinerário de Formação Técnica e Profissional iniciaram
a sua jornada no Ensino Médio já com componentes
específicos do Aprofundamento. Agora, está che-
gando o momento dos estudantes da 2ª série que op-
taram pelos Itinerários Formativos das Áreas/Entre
Áreas do Conhecimento experienciarem o Aprofunda-
mento. Essa é a grande novidade do Ensino Médio
Capixaba para o ano letivo de 2023.

9
Os Aprofundamentos das Áreas/Entre Áreas do Conhecimento foram organizados
de modo que seus componentes curriculares tivessem início apenas na segunda
série.
Clique aqui para ver o vídeo sobre a
Chamada Pública Escolar 2023.
FIGURA 1 – Desenvolvimento dos Itinerários Formativos Nas Áreas/Entre Áreas do Conhecimento

Clique aqui para acessar o


Guia do Estudante.

Assim, o estudante que se matricular na 1ª série fará na Chamada Pública Escolar


2023, a sua pré-matrícula apenas com a indicação do Itinerário que tem interesse,
porém ele não será enturmado nesse Itinerário de pronto. Essa indicação tem como
objetivo auxiliar a unidade escolar tanto na verificação da aderência dos Itinerários
escolhidos pela escola, quanto na previsão da quantidade de turmas de segunda
série em cada um dos Itinerários disponíveis na escola para o ano letivo seguinte.
Durante a primeira série, o estudante optante por um Itinerário nas Áreas/Entre Clique aqui para acessar o
Áreas do Conhecimento deverá ser orientado a conhecer melhor esses Aprofunda- Catálogo dos Itinerários Formativos
de Aprofundamento!
mentos com foco naqueles previstos em sua escola. Isso pode ser feito tanto a partir
de momentos promovidos pela unidade escolar ou a partir das aulas de Projeto de
Vida. Assim, o educando pode avaliar a sua indicação inicial de Itinerário para, só
então, fazer uma escolha mais assertiva do Aprofundamento que cursará nos dois
últimos anos do Ensino Médio. O Guia do Estudante, o Catálogo dos Itinerários For-
mativos de Aprofundamento e o aplicativo protagoniza! são ferramentas que podem
ser utilizadas nesse processo.

Clique aqui para acessar o


app protagoniza!

2.1 ORGANIZAÇÃO DOS APROFUNDAMENTOS DAS ÁREAS/ENTRE


ÁREAS DO CONHECIMENTO PARA O ANO LETIVO DE 2023
Para o início dos Aprofundamentos das Áreas/Entre Áreas do Conhecimento no ano
letivo de 2023, é importante que a equipe gestora organize o quadro de professores
considerando as especificidades dos novos componentes curriculares que serão
desenvolvidos. Assim, como primeiro passo, sugere-se identificar quais serão esses
novos componentes que estão presentes na organização curricular da segunda sé-
rie na unidade escolar, bem como a formação dos professores necessária para
Clique aqui para acessar as
atuar em cada um deles. Organizações Curriculares.

Um próximo passo seria o Professor, auxiliado pelo Pedagogo e pelo Professor Co-
ordenador de Área, revisitar o detalhamento do componente em que atuará a partir
dos documentos curriculares, fazendo curadoria de materiais e, assim, planejar as
aulas. Atenção especial deve ser dada ao Ensino Médio noturno, cujas organiza-
ções curriculares possuem algumas diferenças quando comparadas com as orga-
nizações curriculares do Ensino Médio diurno em tempo parcial.

Clique aqui para acessar o


site do Currículo/SEDU.

10
2.2 ITINERÁRIOS FORMATIVOS DAS ÁREAS/ENTRE ÁREAS DO CO-
NHECIMENTO
A seguir, destacaremos as principais características dos nove Aprofundamentos das Clique aqui para acessar o
Áreas/Entre Áreas do Conhecimento, trazendo informações úteis para a organiza- site do Novo Ensino Médio Capixaba.
ção inicial da escola em torno dos componentes curriculares dos Aprofundamentos.
Ao final do capítulo, serão apresentadas algumas tabelas cujas informações sobre
distribuição de aulas levaram em consideração as organizações curriculares do En-
sino Médio diurno em tempo parcial. Mais informações sobre os Itinerários Formati-
vos podem ser encontradas no site do Novo Ensino Médio Capixaba e no site do
Currículo da SEDU.

2.2.1 Mídias Digitais: Linguagens em Ação!


O Itinerário Formativo “Mídias Digitais: Linguagens em Ação!” tem como objetivo
desenvolver no estudante habilidades relacionadas às diversas formas de comuni-
Clique aqui para acessar os
cação, seja em Língua Portuguesa, seja em Língua Inglesa ou Espanhola, por meio Documentos Curriculares do Ensino Médio.
de processos criativos e inovadores de produção de mídias relacionados tanto a
situações do cotidiano quanto ao mundo do trabalho, tendo em vista o registro do
percurso humano durante sua história e a divulgação de expressões artísticas e
saberes diversos. Tal Itinerário destina o aprofundamento dos estudantes na Área
de Linguagens e suas Tecnologias e possui oito componentes curriculares, dis-
tribuídos na 2ª e 3ª série.

TABELA 1 – Componentes Curriculares do Itinerário Mídias Digitais: Linguagem em Ação!


Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Língua Portuguesa e linguagens digitais - 2 -
Inglês como língua franca na Cultura Digital - 1 -
Hispanidades e Brasilidades Iniciação - 2 - Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
Arte e Patrimônio Cultural - 2 3 Mídias Digitais: Linguagens em Ação!
Linguagens
e suas Tecnologias Mídias Digitais e as Práticas Corporais - 2 3
Linguagem, Comunicação e Mídia - - 3
Língua Inglesa e as Mídias Digitais - - 3
A Língua Espanhola na América Latina - - 3

Como o Aprofundamento “Mídias Digitais: Linguagem em Ação!” é específico da


Área de Linguagens e suas Tecnologias, os professores habilitados a lecionarem
nesses componentes são os dessa Área, conforme as especificações a seguir:
• Língua Portuguesa e linguagens digitais: Professor de Língua Portuguesa;
• Inglês como língua franca na Cultura Digital: Professor de Língua Inglesa;
• Hispanidades e Brasilidades Iniciação: Professor de Língua Espanhola;
• Arte e Patrimônio Cultural: Professor de Arte;
• Mídias Digitais e as Práticas Corporais: Professor de Educação Física;
• Linguagem, Comunicação e Mídia: Professor de Língua Portuguesa;
• Língua Inglesa e as Mídias Digitais: Professor de Língua Inglesa;
• A Língua Espanhola na América Latina: Professor de Língua Espanhola.

Importante dizer que as escolas que não possuírem professores do componente


Língua Espanhola poderão remanejar as horas desse componente, preferencial-
mente, para o componente Língua Inglesa.

11
2.2.2 Matemática Financeira e Fiscal
O Itinerário Formativo “Educação Financeira e Fiscal” tem foco nos conhecimentos
relacionados à sociedade e à tecnologia a partir de temas como consumo consci-
ente, tributação e organização financeira. O Aprofundamento desse Itinerário possui
um desenho curricular organizado para que os estudantes aprofundem seus conhe-
Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
cimentos na Área de Matemática e suas Tecnologias e é composto por cinco Matemática Financeira e Fiscal.
componentes curriculares, distribuídos na 2ª e 3ª série

TABELA 2 – Componentes Curriculares do Itinerário Educação Financeira e Fiscal


Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Matemática Financeira - 3 2
Estatística - 3 3
Matemática Consumo Responsável e Educação Tributária - 3 3
e suas Tecnologias
Educação Financeira - - 4
Projetos em Educação Financeira e Fiscal - - 3

A seguir, é indicada a habilitação necessária para o Professor de cada componente


curricular desse Itinerário:
• Matemática Financeira: Professor de Matemática;
• Estatística: Professor de Matemática;
• Consumo Responsável e Educação Tributária: Professor de Matemática, de
Geografia ou de Sociologia;
• Educação Financeira: Professor de Matemática;
• Projetos em Educação Financeira e Fiscal: Professor de Matemática.

2.2.3 Modernização, Transformação Social e Meio Ambiente


O Itinerário “Modernização, Transformação Social e Meio Ambiente” objetiva pro-
mover uma formação humanística e crítica acerca dos fenômenos sociais, econô-
micos, políticos e culturais vividos durante o processo de modernização. Assim, o
Aprofundamento desse Itinerário recai sobre a Área de Ciências Humanas e So-
Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
ciais Aplicadas a partir de quatro componentes curriculares, distribuídos nas 2ª e Modernização, Transformação Social
3ª séries e Meio Ambiente.

TABELA 3 – Componentes Curriculares do Itinerário Modernização, Transformação Social


e Meio Ambiente
Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Bioética e Natureza - 2 4
Perspectivas geográficas: Sociedade, Espaço e
- 2 3
Ciências Humanas Recursos Naturais
e Sociais Aplicadas Transformações socioambientais, políticas e ci-
- 2 4
dadania
Sociologia e Sociedade - 3 4

Para atuar nos componentes curriculares desse Itinerário, é importante observar a


habilitação necessária em cada um deles. Observe:
• Bioética e Natureza: Professor de Filosofia;
• Perspectivas geográficas: Sociedade, Espaço e Recursos Naturais: Profes-
sor de Geografia;
• Transformações socioambientais, políticas e cidadania: Professor de Histó-
ria;
• Sociologia e Sociedade: Professor de Sociologia.

12
2.2.4 Terra, Vida e Cosmo
O Itinerário Formativo “Terra, Vida e Cosmo” propõe a análise das teorias relativas
à origem e evolução da Vida e do Universo numa perspectiva científica. Nesse con-
texto, busca-se ampliar os conhecimentos relacionados à saúde, ambiente, socie-
dade e tecnologia. O Aprofundamento contido nesse Itinerário contempla a Área de
Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
Ciências da Natureza e suas Tecnologias por meio de três componentes curricu- Terra, Vida e Cosmo.
lares que se repetem na 2ª e 3ª séries

TABELA 4 – Componentes Curriculares do Itinerário Terra, Vida e Cosmo


Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Ciência, Tecnologia & Saúde - 3 5
Ciências da Natureza Que haja Luz! - 3 5
e suas Tecnologias
Do micro ao macro: a química está em tudo? - 3 5

A formação dos professores que atuarão em cada um desses componentes está


descrita a seguir:
• Ciência, Tecnologia e Saúde: Professor de Biologia;
• Que Haja Luz!: Professor de Física;
• Do Micro ao Macro: a Química está em tudo: Professor de Química.

2.2.5 Narrativas Socioliterárias: Literatura, Arte e Ciências Hu-


manas Escrevem o Mundo
O Itinerário Formativo “Narrativas Socioliterárias: Literatura, Arte e Ciências Huma-
nas Escrevem o Mundo” tem como objetivo aprofundar, por meio da literatura, as
formas de se conhecer o mundo em suas múltiplas dimensões, possibilitando a for-
mação de cidadãos capazes de relacionarem diferentes linguagens e diferentes co-
nhecimentos, em uma formação ética, estética e crítica. Assim, esse Itinerário foi Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
Narrativas Socioliterárias: Literatura, Arte e
construído para que os estudantes aprofundem seus conhecimentos na Área de Ciências Humanas Escrevem o Mundo.
Linguagens e suas Tecnologias e na Área de Ciências Humanas e Sociais Apli-
cadas, de forma integrada, ao cursarem seus oito componentes curriculares, distri-
buídos na 2ª e 3ª séries

TABELA 5 – Componentes Curriculares do Itinerário Narrativas Socioliterárias: Literatura, Arte


e Ciências Humanas Escrevem o Mundo
Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Literatura e vida social - 3 -
Linguagens Literatura e sociedade: conexões contemporâ- - - 3
e suas Tecnologias neas
Arte, Poder e (I) Materialidade - - 3
Análise crítica e metodológica - - 3
Olhares Geográficos: Sociedade e Espaço - 3 -
Ciências Humanas Narrativas de Clio: A História por meio da litera- - - 3
e Sociais Aplicadas tura
Narrativas Sociais - - 3
Sociologia em movimento - 3 -

Para lecionar nesse Itinerário, o professor deve observar a formação necessária em


cada um dos componentes curriculares, conforme a seguir:
• Literatura e vida social: Professor de Língua Portuguesa;
• Literatura e sociedade: conexões contemporâneas: Professor de Língua Por-
tuguesa;
• Arte, Poder e (I)Materialidade: Professor de Arte;
• Análise crítica e metodológica: Professor de Filosofia;
• Olhares Geográficos: Sociedade e Espaço: Professor de Geografia;
• Narrativas de Clio: a História por meio da literatura: Professor de História;
• Narrativas sociais: Professor de Sociologia;
• Sociologia em movimento: Professor de Sociologia.

13
2.2.6 O Esporte, a Ciência e suas Linguagens
O Itinerário Formativo “O Esporte, A Ciência e suas Linguagens” visa aprofundar os
conhecimentos relacionados à fisiologia humana e a prática desportiva, compreen-
der a relação entre a prática esportiva, a ciência e a qualidade de vida, considerando
os valores éticos e morais. Assim, durante o percurso, o estudante terá contato com Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
temas como estruturas anatômicas, processos fisiológicos envolvidos nas ativida- O Esporte, a Ciência e suas Linguagens.
des físicas, componentes orgânicos e inorgânicos presentes na alimentação hu-
mana, saúde, ética desportiva, entre outros.
Dessa forma, este Aprofundamento desenvolve habilidades relacionadas à Área de
Linguagens e suas Tecnologias e à Área de Ciências da Natureza e suas Tec-
nologias, de forma integrada, e é composto por quatro componentes curriculares
que se repetem na 2ª e na 3ª série.
TABELA 6 – Componentes Curriculares do Itinerário O Esporte, A Ciência e suas Linguagens
Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Rompendo os limites do esporte - 2 3
Linguagens
e suas Tecnologias Enhance Much? = Uso do Inglês como ferra- - 2 3
menta de integração
Morfologia Humana & Atividades Físicas - 3 3
Ciências da Natureza Da mecânica à biomecânica - - 3
e suas Tecnologias
Química & Esporte - 2 3

Para atuar neste Itinerário, o professor deverá verificar a formação necessária para
lecionar em cada um dos componentes curriculares do Aprofundamento, sendo:
• Rompendo os limites do esporte: Professor de Educação Física;
• Enhace Much? = Uso do Inglês como ferramenta de integração: Professor
de Língua Inglesa;
• Morfologia Humana & Atividades Físicas: Professor de Biologia;
• Da mecânica à biomecânica: Professor de Física;
• Química & Esporte: Professor de Química.

2.2.7 Humanidades e Relações Socioambientais


O Itinerário Formativo “Humanidades e Relações Socioambientais” propõe um apro-
fundamento envolvendo a Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e a
Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias tendo em vista o desenvolvi-
mento integral do estudante por meio de temáticas e atividades que estimulem o
Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
comprometimento social e a solidariedade para a promoção de um ambiente sus- Humanidades e Relações Socioambientais
tentável que minimize os impactos nocivos à sociedade e ao meio ambiente. Para
isso, o educando receberá nesse Itinerário uma formação humanística e crítica em
temas que envolvem a evolução humana, recursos naturais, desenvolvimento do
espaço geográfico, dentre outros, por meio de cinco componentes curriculares, dis-
tribuídos na 2ª e na 3ª série
TABELA 7 – Componentes Curriculares do Itinerário O Esporte, A Ciência e as suas Linguagens
AULAS SEMANAIS
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Ciências da Natureza A espécie humana e a relação com os recursos
- 3 3
e suas Tecnologias naturais
Percurso filosófico sobre a evolução humana - 3 3
Perspectiva geográfica: desenvolvimento e es-
Ciências Humanas - - 3
paço
e Sociais Aplicadas
Indivíduo, natureza e sociedade - - 3
Trajetórias humanas na história - 3 3

A atuação do professor nesse Itinerário está condicionada à formação necessária


para lecionar em cada um desses componentes curriculares, como descrito abaixo.
• A espécie humana e a relação com os recursos naturais: Professor de Bio-
logia;
• Percurso filosófico sobre a evolução humana: Professor de Filosofia;
• Perspectiva geográfica: desenvolvimento e espaço: Professor de Geografia;
• Indivíduo, natureza e sociedade: Professor de Sociologia;
• Trajetórias humanas na história: Professor de História.

14
2.2.8 Energias Renováveis e Eficiência Energética
O Itinerário Formativo “Energias Renováveis e Eficiência Energética” propõe o de-
senvolvimento da responsabilidade e da sensibilidade na conservação do meio am-
biente para a nossa e para as futuras gerações em relação ao uso dos recursos
energéticos disponíveis. Esse Itinerário envolve todas as quatro áreas do conheci- Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
mento e é composto por sete componentes curriculares, distribuídos na 2ª e na 3ª Energias Renováveis e
Eficiência Energética.
série
TABELA 8 – Componentes Curriculares do Itinerário Energias Renováveis e Eficiência Energética
Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Linguagens Português Instrumental - - 2
e suas Tecnologias Desenho Técnico - - 2
Matemática
Matemática e Sociedade - 3 2
e suas Tecnologias
Fontes de obtenção de Energia - - 3
Ciências da Natureza
A Física e as Matrizes Energéticas - 3 3
e suas Tecnologias
Matéria e Energia - - 3
Ciências Humanas
A Geografia das fontes de energia - 3 -
e Sociais Aplicadas

Para este Aprofundamento, temos a seguinte relação dos professores habilitados


para atuar em cada um de seus componentes curriculares:
• Português Instrumental: Professor de Língua Portuguesa;
• Desenho Técnico: Professor de Arte;
• Matemática e Sociedade: Professor de Matemática;
• Fontes de Obtenção de Energia: Professor de Biologia;
• A Física e as Matrizes Energéticas: Professor de Física;
• Matéria e Energia: Professor de Química;
• A Geografia das Fontes de Energia: Professor de Geografia.

15
2.2.9 Aspirações Docentes
O Itinerário Formativo “Aspirações Docentes” tem como objetivo possibilitar aos es-
tudantes uma abordagem crítico-reflexiva sobre o processo de ensino-aprendiza-
gem e o significado de educação considerando o contexto histórico-social em que
estão inseridos. Além disso, propicia o desenvolvimento de saberes essenciais à
Clique aqui para assistir a um vídeo sobre o IF
articulação de competências e habilidades das quatro áreas do conhecimento, con- Aspirações Docentes.
tribuindo para a formação de cidadãos e de profissionais participativos, com respon-
sabilidade social com vistas à dignidade humana. Para isso, o Aprofundamento con-
tido nesse Itinerário é composto por nove componentes curriculares, distribuídos na
2ª e na 3ª série

TABELA 9 – Componentes Curriculares do Itinerário Aspirações Docentes


Aulas semanais
Área de
Componentes Curriculares 1ª 2ª 3ª
Conhecimento
série série série
Linguagens
Linguagens: interações com o mundo - - 3
e suas Tecnologias
Matemática
Matemática - - 2
e suas Tecnologias
Ciências da Natureza
Ciência por Investigação - - 3
e suas Tecnologias
Caminhos da Educação - 3 -
Saber e Saberes - 3 -
Ciências Humanas Educação e Sociedade: Escola em Debates - 3 -
e Sociais Aplicadas Educação conectada - - 2
Vivência Pedagógica - - 2
Humanidades 4.0 - - 3

Para atuar nesse Aprofundamento, os professores precisam ter a seguinte forma-


ção em cada um de seus componentes curriculares:
• Linguagens: interações com o mundo: Professor de Língua Portuguesa, de
Língua Inglesa, de Língua Espanhola, de Arte ou de Educação Física;
• Matemática: Professor de Matemática;
• Ciência por Investigação: Professor de Biologia, ou de Física ou de Química;
• Caminhos da Educação: Professor de História, ou de Geografia, ou de Filoso-
fia, ou de Sociologia;
• Saber e Saberes: Professor de História, ou de Geografia, ou de Filosofia, ou de
Sociologia;
• Educação e Sociedade: Escola em Debates: Professor de História, ou de Ge-
ografia, ou de Filosofia, ou de Sociologia;
• Educação conectada: Professor de qualquer Área de Conhecimento;
• Vivência Pedagógica: Professor de qualquer Área de Conhecimento;
• Humanidades 4.0: Professor de História, ou de Geografia, ou de Filosofia, ou
de Sociologia.

16
TABELA 10 – Atuação dos professores nos Itinerários Formativos de Aprofundamento das Áreas/Entre Áreas do Conhecimento

Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de


Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de Professor(a) de
Língua Língua Língua Educação
Arte Matemática História Geografia Filosofia Sociologia Química Física Biologia
Portuguesa Inglesa Espanhola Física

MÍDIAS DIGITAIS:
LINGUAGENS EM AÇÃO             

EDUCAÇÃO FINANCEIRA
E FISCAL
            

MODERNIZAÇÃO,
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL             
E MEIO AMBIENTE

TERRA, VIDA E COSMO             


HUMANIDADES E RELAÇÕES
SOCIOAMBIENTAIS
            
NARRATIVAS SOCIOLITERÁRIAS
LITERATURA, ARTE E CIÊNCIAS             
HUMANAS ESCREVEM O MUNDO

O ESPORTE, A CIÊNCIA E SUAS


LINGUAGENS
            
ENERGIAS RENOVÁVEIS E
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA             

ASPIRAÇÕES DOCENTES             

17
TABELA 11 – Componentes curriculares dos Itinerários Formativos de Aprofundamento das Áreas do Conhecimento – Ensino Médio diurno em tempo parcial

ITINERÁRIO COMPONENTE CURRICULAR Nº DE ULAS Nº DE AULAS FORMAÇÃO NECESSÁRIA


ÁREA
FORMATIVO DO APROFUNDAMENTO PARA A 2ª SÉRIE PARA A 3ª SÉRIE DO PROFESSOR
Língua Portuguesa e linguagens digitais 2 - Professor de Língua Portuguesa
Inglês como Língua Franca na Cultura Digital 1 - Professor de Língua Inglesa
Hispanidades e Brasilidades - Iniciação 2 - Professor de Língua Espanhola
MÍDIAS DIGITAIS: Arte e Patrimônio Cultural 2 3 Professor de Arte
LINGUAGENS
LINGUAGENS
E SUAS TECNOLOGIAS Mídias Digitais e as Práticas Corporais 2 3 Professor de Educação Física
EM AÇÃO!
Linguagem, comunicação e mídia - 3 Professor de Língua Portuguesa
Língua Inglesa e as Mídias Digitais - 3 Professor de Língua Inglesa
A Língua Espanhola na América Latina - 3 Professor de Língua Espanhola
Matemática Financeira 3 2 Professor de Matemática
Estatística 3 3 Professor de Matemática
EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA Professor de Matemática, de Geografia ou
FINANCEIRA Consumo Responsável e Educação Tributária 3 3
E SUAS TECNOLOGIAS de Sociologia
E FISCAL
Educação Financeira - 4 Professor de Matemática
Projetos em Educação Financeira e Fiscal - 3 Professor de Matemática
Bioética e Natureza 2 4 Professor de Filosofia
MODERNIZAÇÃO, Perspectivas geográficas: Sociedade,
TRANSFORMAÇÃO CIÊNCIAS HUMANAS 2 3 Professor de Geografia
Espaço e Recursos Naturais
SOCIAL E SOCIAIS APLICADAS
Transformações socioambientais, políticas e cidadania 2 4 Professor de História
E MEIO AMBIENTE
Sociologia e Sociedade 3 4 Professor de Sociologia
Ciência, Tecnologia & Saúde 3 5 Professor de Biologia
TERRA, VIDA CIÊNCIAS DA NATUREZA
Que haja Luz! 3 5 Professor de Física
E COSMO E SUAS TECNOLOGIAS
Do micro ao macro: A química está em tudo? 3 5 Professor de Química

TABELA 12 - Componentes curriculares dos Itinerários Formativos de Aprofundamento Entre Áreas do Conhecimento – Ensino Médio diurno em tempo parcial

ITINERÁRIO COMPONENTE CURRICULAR Nº DE AULA Nº DE AULAS FORMAÇÃO NECESSÁRIA


ÁREA
FORMATIVO DO APROFUNDAMENTO PARA A 2ª SÉRIE PARA A 3ª SÉRIE DO PROFESSOR
CIÊNCIAS DA NATUREZA
A espécie humana e a relação com os recursos naturais 3 3 Professor de Biologia
E SUAS TECNOLOGIAS
HUMANIDADES Percurso filosófico sobre a evolução humana 3 3 Professor de Filosofia
E RELAÇÕES Perspectiva geográfica: desenvolvimento e espaço 3 3 Professor de Geografia
CIÊNCIAS HUMANAS
SOCIOAMBIENTAIS
E SOCIAIS APLICADAS Indivíduo, natureza e sociedade - 3 Professor de Sociologia
Trajetórias humanas na história 3 3 Professor de História

18
ITINERÁRIO COMPONENTE CURRICULAR Nº DE AULA Nº DE AULAS FORMAÇÃO NECESSÁRIA
ÁREA
FORMATIVO DO APROFUNDAMENTO PARA A 2ª SÉRIE PARA A 3ª SÉRIE DO PROFESSOR
Literatura e vida social 3 - Professor de Língua Portuguesa
LINGUAGENS
Literatura e sociedade: conexões contemporâneas - 3 Professor de Língua Portuguesa
E SUAS TECNOLOGIAS
NARRATIVAS
SOCIOLITERÁRIAS: Arte, Poder e (I)Materialidade - 3 Professor de Arte
LITERATURA, ARTE Análise crítica e metodológica - 3 Professor de Filosofia
E CIÊNCIAS
HUMANAS Olhares Geográficos: Sociedade e Espaço 3 - Professor de Geografia
ESCREVEM O CIÊNCIAS HUMANAS
Narrativas de Clio: A História por meio da literatura - 3 Professor de História
MUNDO E SOCIAIS APLICADAS
Narrativas sociais - 3 Professor de Sociologia
Sociologia em movimento 3 - Professor de Sociologia
LINGUAGENS Rompendo os limites do esporte 2 3 Professor de Educação Física
E SUAS TECNOLOGIAS Enhance Much? = Uso do Inglês
2 3 Professor de Língua Inglesa
O ESPORTE, como ferramenta de integração
A CIÊNCIA E SUAS Morfologia Humana & Atividades Físicas 3 3 Professor de Biologia
LINGUAGENS CIÊNCIAS DA NATUREZA
Da mecânica à biomecânica - 3 Professor de Física
E SUAS TECNOLOGIAS
Química & Esporte 2 3 Professor de Química

LINGUAGENS Português Instrumental - 2 Professor de Língua Portuguesa


E SUAS TECNOLOCIAS
Desenho técnico - 2 Professor de Arte
MATEMÁTICA
ENERGIAS Matemática e Sociedade 3 2 Professor de Matemática
E SUAS TECNOLOGIAS
RENOVÁVEIS
E EFICIÊNCIA CIÊNCIAS DA NATUREZA Fontes de obtenção de Energia - 3 Professor de Biologia
ENERGÉTICA E SUAS TECNOLOGIAS A Física e as Matrizes Energéticas 3 3 Professor de Física
Matéria e Energia - 3 Professor de Química
CIÊNCIAS HUMANAS
A Geografia das fontes de energia 3 - Professor de Geografia
E SOCIAIS APLICADAS
LINGUAGENS
Linguagens: interações com o mundo - 3 Professor da área de Linguagens
E SUAS TECNOLOGIAS
MATEMÁTICA
Matemática - 2 Professor de Matemática
E SUAS TECNOLOGIAS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Ciência por Investigação - 3 Professor da área de Ciências da Natureza
E SUAS TECNOLOGIAS
ASPIRAÇÕES Caminhos da Educação 3 - Professor da área de Ciências Humanas
DOCENTES
Saber e Saberes 3 - Professor da área de Ciências Humanas
CIÊNCIAS HUMANAS Educação e Sociedade: Escolas em Debates 3 - Professor da área de Ciências Humanas
E SOCIAIS APLICADAS Educação conectada - 2 Professor de qualquer Área
Vicência Pedagógica - 2 Professor de qualquer Área
Humanidades 4.0 - 3 Professor da área de Ciências Humanas

19
A

3
EDUCAÇÃO TÉCNICA E
PROFISSIONAL
A Educação Técnica e Profissional tem como objetivo
proporcionar ao estudante uma formação global pre-
parando-o para uma atuação qualificada no mundo do
trabalho, bem como levando-o a desenvolver as com-
petências e habilidades que lhe permitam enfrentar os
desafios do cenário sociocultural contemporâneo e
suas transformações.
No âmbito de atuação da Secretaria de Educação, a Educação Técnica e Profissio-
nal (EP) é ofertada no Itinerário de Formação Técnica e Profissional (IFTP) - na
forma integrada e concomitante - e também na forma subsequente, seguindo as
especificidades previstas no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e nas demais
legislações pertinentes.
O objetivo, portanto, da EP é promover ao jovem a formação de nível médio paralela
a uma habilitação profissional que o credencie para a atuação no mundo do traba-
lho, bem como para a continuidade dos estudos, isto é, para possibilidades de ver-
ticalização.
Na organização do IFTP, a oferta pode objetivar tanto a habilitação profissional téc-
nica (cursos técnicos) quanto a qualificação profissional (cursos de curta duração).
Quando se trata dos cursos técnicos, o IFTP pode ser organizado na forma inte-
grada ou concomitante ao Ensino Médio.
Em 2023, a Rede Estadual de Educação prevê a oferta de 35 cursos técnicos, dis-
tribuídos em 10 eixos tecnológicos, no formato do IFTP. Esses cursos estarão pre-
sentes em 135 escolas, o que corresponde a 46% das unidades escolares com
oferta da etapa ensino médio. O Catálogo dos Itinerários Formativos de Aprofunda-
mento e o Guia do Estudante, elaborados pela Secretaria de Educação do Espírito
Santo, bem como o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, contêm informações
mais detalhadas sobre esse Itinerário e os cursos técnicos nele contemplados.
O estudante que optar pelo Itinerário de Formação Técnica e Profissional será en-
turmado desde a 1ª série no referido IF, uma vez que terá contato com alguns dos
componentes curriculares do Aprofundamento logo no início da série supramencio-
nada.

QUADRO 1 - Itinerário de Formação Técnica e Profissional


ITINERÁRIO COMPONENTE CURRICULAR DO
ÁREA
FORMATIVO APROFUNDAMENTO
FORMAÇÃO Áreas relacionadas com os Compo- Componentes Curriculares relaciona-
TÉCNICA nentes Curriculares dos Cursos Téc- dos com os Cursos Técnicos oferta-
E PROFISSIONAL nicos ofertados dos

FIGURA 1 - Desenvolvimento do Itinerário de Formação Técnica e Profissional

Além disso, a oferta da EP pode se dar por meio da forma subsequente e da forma
concomitante vinculada ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Em-
prego (Pronatec).
Veremos nos tópicos a seguir o detalhamento dessas formas de oferta, os aspectos
regulatórios dessa modalidade, as atribuições dos profissionais envolvidos, bem
como o monitoramento da EP por meio do Sistema Nacional de Informações da
Educação Profissional e Tecnológica (Sistec).

21
3.1 IFTP NA FORMA INTEGRADA
O Itinerário de Formação Técnica e Profissional, na forma integrada, permite ao
estudante cursar, com uma única matrícula, numa mesma unidade escolar, os
componentes curriculares voltados à habilitação profissional, referentes ao curso
técnico escolhido e os componentes curriculares da formação geral básica. Na con-
clusão do curso, o estudante receberá diploma que certifica a conclusão do
ensino médio e confere a ele a habilitação profissional, conforme preconiza o
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.
O IFTP, na forma integrada, constituiu um curso único, realizado de forma inte-
grada e interdependente, no qual não é possível concluir o ensino médio de forma
independente da conclusão do ensino técnico de nível médio, tampouco, o inverso.
Não são dois cursos em um, com certificações independentes. Trata-se de um único
curso, cumprindo duas finalidades complementares, de forma simultânea e inte-
grada, garantindo que todos os componentes curriculares referentes às duas finali-
dades complementares sejam oferecidos, simultaneamente, desde o início até a
conclusão do curso.
Com objetivo de subsidiar as unidades escolares na implantação de um currículo
voltado à formação integral dos estudantes, a SEDU, elaborou o Guia de Cursos
Técnicos e de Qualificação Profissional, instituído por meio da Portaria SEDU Nº
83-R, de 28 de março de 2022.
O Guia de Cursos Técnicos e de Qualificação Profissional constituiu um esforço da
Secretaria na padronização dos currículos dos cursos de educação profissional, vi-
sando uma unidade de rede, permitindo a mobilidade dos estudantes, seguindo as
premissas do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT – 4ª versão), da Reso-
lução CNE/CEB Nº 03/2018, da Resolução CNE/CP Nº 01/2021, da Resolução
CEE-ES Nº 3.777/2014 e da Resolução CEE-ES Nº 5.777/2020.

3.1.1 Público-alvo e forma de ingresso


O Itinerário de Formação Técnica e Profissional, na forma integrada, é desti-
nado aos egressos do Ensino Fundamental, por esse motivo, o ingresso no
IFTP se dá na primeira série do ensino médio, prioritariamente, por meio do pro-
cesso de Chamada Pública Escolar e seus desdobramentos, seguindo as normati-
vas de matrícula da SEDU.
Além da chamada pública, o estudante pode ingressar no IFTP por meio de trans-
ferência ou remanejamento, sendo admitido nas seguintes situações:
I – a qualquer tempo, quando se tratar do mesmo curso técnico;
II - até o último dia letivo de julho do ano letivo corrente, quando se tratar da 1ª
série do itinerário de área/entre áreas de conhecimento para a 1ª série do Itine-
rário Formativo de Formação Técnica e Profissional;
III - até o último dia letivo de julho do ano letivo corrente, quando se tratar de
cursos técnicos distintos da 1ª série do Itinerário de Formação Técnica e Profis-
sional.
Quando atendidos os critérios listados anteriormente, a unidade escolar deverá ana-
lisar as seguintes condições na admissão do estudante no IFTP:
a) disponibilidade de vagas na escola e no turno;
b) análise curricular realizada pela coordenação do curso opinando pela possibi-
lidade de realização da nova matrícula e deferimento da direção da unidade es-
colar;
c) solicitação do responsável legal pelo estudante requerendo matrícula na 1ª
série do Itinerário de Formação Técnica e Profissional, acompanhado do histó-
rico escolar parcial com a carga horária e a verificação do rendimento escolar
dos componentes curriculares cursados e currículo documentado com as Emen-
tas dos componentes curriculares cursados;
d) Termo de compromisso assinado pelo estudante e seu responsável legal;
e) Elaboração de plano de estudo, visando a complementação curricular, elabo-
rado pelo coordenador de curso, juntamente com o corpo docente das unidades
curriculares do aprofundamento, devidamente deferida pela direção da unidade
escolar.

22
Assim, não será admitida transferência e remanejamento para o IFTP nas seguintes
situações:
a) após último dia letivo de julho do ano letivo corrente;
b) não houver disponibilidade de vagas, na escola e no turno, para cursar o IFTP;
c) a qualquer tempo na 3ª série do Ensino Médio Integrado, exceto quando não
implicar na alteração do curso técnico;
d) a qualquer tempo na 2ª série do IFTP, exceto quando não implicar na altera-
ção do curso técnico;
e) na falta de declaração emitida pela secretaria da escola de origem do estu-
dante com a carga horária e a verificação do rendimento escolar/frequência nos
componentes curriculares cursados, bem como o Ementário do curso de origem
do estudante;
f) quando indeferido pela Direção Escolar.

3.2 IFTP NA FORMA CONCOMITANTE


Os cursos técnicos ofertados na forma concomitante são destinados aos estudantes
matriculados no ensino médio. Nessa forma de oferta, o estudante cursa a formação
geral básica e itinerário formativo nas áreas/entre áreas do conhecimento (Ensino
Médio) em uma instituição da rede estadual e a formação técnica na mesma insti-
tuição ou em outra, porém com matrículas distintas.
É importante destacar que apesar do estudante ter dois vínculos, a conclusão do
Ensino Médio é condição necessária para certificação de sua habilitação profissio-
nal. A certificação poderá ser única, emitida pela instituição que ofertou o Ensino
Médio, contemplando todos os itinerários cursados pelo estudante ou ocorrer de
forma independente, por cada instituição de ensino, a depender das normativas do
Programa que ofertará os cursos técnicos concomitantes.
O ingresso dos estudantes nessa forma de oferta da educação profissional se dará
por meio de edital de seleção, a ser realizado pela SEDU.

3.3 ITINERÁRIO FORMATIVO COM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL


O estudante que cursar o itinerário nas áreas/entre áreas do conhecimento ou
mesmo o Itinerário de Formação Técnica e Profissional poderá cursar a qualificação
profissional em instituições parceiras, por meio de cursos de formação inicial e con-
tinuada. A certificação poderá ser única, emitida pela instituição que ofertou o En-
sino Médio, contemplando todos os itinerários cursados pelo estudante ou ocorrer
de forma independente, por cada instituição de ensino, a depender das normativas
do Programa que ofertará os cursos de qualificação profissional.

3.4 ATRIBUIÇÕES
As atribuições da Unidade Central, das SREs, das unidades escolares, dos
coordenadores de curso e dos professores, relacionadas à oferta de cursos
técnicos, podem ser acessadas por meio do QR Code ao lado.
Clique aqui para acessar as
atribuições da Unidade Central, SRE, es-
cola, coordenadores e professores.
3.5 REGULAMENTAÇÃO DOS CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS EM
ESCOLAS ESTADUAIS
A regulamentação dos cursos técnicos segue as orientações estabelecidas pela Re-
solução CEE-ES Nº 3.777/2014. Além disso, deve-se observar o fluxo da tramitação
estabelecido pela Portaria N° 083-R, de 29 de julho de 2020, que estabelece normas
complementares para a solicitação formal de portaria de criação de escola, curso,
etapa e modalidade de ensino do Estado do Espírito Santo, e dá outras providên-
cias.
Destacamos que em função da implementação do Novo Ensino Médio, o CEE/ES
vem promovendo, gradativamente, atualizações na Resolução CEE-ES Nº
3.777/2014. Sendo assim, as alterações que forem lançadas após a publicação des-
tas diretrizes deverão ser adotadas.

23
Ademais, lembramos que a tramitação de pedidos para aprovação e/ou renovação
de aprovação de cursos técnicos deverão ocorrer mantendo rigorosamente a no-
menclatura do curso conforme preceitua o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e
a Portaria de criação do curso.

Salientamos que as solicitações enviadas ao Conselho Estadual de Educação


para aprovação/renovação de credenciamento e para aprovação/renovação
de aprovação de cursos, etapas e/ou modalidades deverão compor processos
diferentes no ato da protocolização a fim de garantir uma maior celeridade na
tramitação junto a esse órgão, tendo em vistas que tais solicitações são deli-
beradas por comissões distintas.

Orientamos que a nomenclatura utilizada para protocolização dos processos de


aprovação e/ou renovação da aprovação sejam descritas conforme os exemplos a
seguir:

Itinerário de Formação Técnica e Profissional


Nome da escola – Nome do Município - Aprovação do Curso Técnico em xxxxxxxxx,
Ensino Médio com Itinerário de Formação Técnica e Profissional, na Forma Inte-
grada.
Nome da escola – Nome do Município - Renovação da Aprovação do Curso Técnico
em xxxxxxxxx, Ensino Médio com Itinerário de Formação Técnica e Profissional, na
Forma Integrada.

Itinerário de Formação Técnica e Profissional, em Tempo Integral


Nome da escola – Nome do Município - Aprovação do Curso Técnico em xxxxxxxxx,
Ensino Médio com Itinerário de Formação Técnica e Profissional, na Forma Inte-
grada, em Tempo Integral.
Nome da escola – Nome do Município - Renovação da Aprovação do Curso Técnico
em xxxxxxxxx, Ensino Médio com Itinerário de Formação Técnica e Profissional, na
Forma Integrada, em Tempo Integral.

Cursos Técnicos na forma Subsequente


Nome da escola – Nome do Município - Aprovação do Curso Técnico em xxxxxxxxx,
na Forma Subsequente.
Nome da escola – Nome do Município - Renovação da Aprovação do Curso Técnico
em xxxxxxxxx, na Forma Subsequente.

Cursos Técnicos na forma Concomitante


Nome da escola – Nome do Município - Aprovação do Curso Técnico em xxxxxxxxx,
na Forma Concomitante.
Nome da escola – Nome do Município – Renovação da Aprovação do Curso Técnico
em xxxxxxxxx, na Forma Concomitante.

Por fim, destacamos que, caso haja, durante a vigência da resolução que aprova o
curso técnico ofertado na unidade escolar, alteração do turno que consta nessa re-
solução, a escola deverá encaminhar ao CEE/ES ofício indicando essa mudança.

3.5.1 Criação de cursos técnicos


A criação de cursos técnicos nas instituições públicas de ensino segue o disposto
no Art. 127 da Resolução CEE-ES Nº 3.777/2014 e ocorre por meio de ato próprio
do executivo Estadual.
Conforme estabelecido na Portaria N° 083-R/2020, o processo de criação dos cur-
sos técnicos é atribuição da SEDU, ficando a cargo da Gerência de Ensino Médio.
Após tramitação interna entre os setores responsáveis da SEDU, a criação do curso
se dará a partir da publicação da Portaria de Criação de Curso no Diário Oficial do
Estado do Espírito Santo.

24
3.5.2 Aprovação dos cursos técnicos pelo Conselho Estadual
de Educação do Espírito Santo.
A solicitação da aprovação de curso técnicos junto ao CEE-ES ocorre em
consonância com o estabelecido na Resolução CEE-ES Nº 3.777/2014, ca- Clique aqui para acessar o
tutorial de instrução de processo –
bendo para tal a instrução de processos, por meio do sistema E-Docs (tuto- solicitação de aprovação.

rial disponível por meio do QR Code ao lado), contendo o Plano de Curso e


demais trâmites estabelecidos pelos artigos 69 e 148 da Resolução supra
referida, atentando-se para os prazos e procedimentos estabelecidos no ca-
lendário de protocolização de processos definido na Resolução CEE-ES Nº
5.118/2018.
Na instrução processual as unidades escolares e as SREs devem seguir os
modelos de Planos de Curso e as Matrizes de Organizações Curriculares
padronizados e estabelecidos na Portaria 279-R/2021 e no Guia de Cursos
Técnicos e Qualificação Profissional, adequados ao número de aulas sema-
nais da unidade escolar, conforme documentos disponibilizados no QR
Code ao lado.
Clique aqui para acessar os
Uma vez concluída a elaboração do Plano de Curso pela escola, o processo modelos de Planos de Curso e as
Matrizes de Organizações Curriculares.
de aprovação de cada curso técnico deve ser protocolizado pela SRE junto
ao CEE/ES, seguindo o fluxo estabelecido pela Portaria Nº083-R/2020, bem
como o que estabelece a Resolução CEE-ES Nº 3.777/2014 e suas altera-
ções, e esquematizado a seguir:

Salientamos que, em relação ao quantitativo de vagas solicitado para apro-


vação do curso, deve constar no plano de curso a mesma quantidade pre-
vista na portaria de criação, sendo esse número referente à oferta anual e
não tendo efeito cumulativo.

Exemplo: A Portaria de criação prevê a oferta de 80 vagas anuais para o curso


técnico em Publicidade para a EEEFM FELICIDADE. Assim, em cada ano le-
tivo, a unidade escolar poderá ofertar até 80 vagas, podendo esse número ser
inferior, mas nunca superior ao quantitativo autorizado em portaria.

Caso haja, na unidade escolar, procura de vagas para determinado curso técnico,
maior do que o previsto em portaria de criação do curso, a escola deverá encami-
nhar a demanda à SRE, que por sua vez, consultará a SEDU/GEM para análise e
validação da alteração do quantitativo de vagas e publicação de nova portaria de
criação.
A aprovação do curso técnico se dará por meio de Resolução publicada pelo CEE-
ES autorizando a oferta do curso, conforme prazo delimitado no ato autorizativo. As
unidades escolares que obtiverem a aprovação da oferta de cursos técnicos deve-
rão se atentar para o processo de renovação da aprovação do curso antes do tér-
mino da vigência explicitada na Resolução.

Atenção! A protocolização dos processos deve ocorrer nos prazos estabeleci-


dos pelo CEE-ES. O atraso na instrução processual poderá comprometer a
emissão dos diplomas ao término do curso.

25
3.5.3 Renovação da aprovação dos cursos técnicos pelo Con-
selho Estadual de Educação do Espírito Santo.
A renovação da aprovação é o ato pelo qual o CEE-ES delibera, por meio de Reso-
lução, sobre a continuidade da oferta de um curso técnico, cabendo à unidade es-
colar, por meio da SRE, protocolizar processo solicitando a continuidade da oferta.
Como etapa inicial, antes da protocolização do processo de renovação da aprova-
ção, a unidade escolar e a SRE deverão seguir os trâmites estabelecidos no Art.
10º da Portaria nº 083-R/2020, conforme esquema a seguir:

Deferida a solicitação pela SEEB, a SRE deverá instruir processo, por meio do sis-
tema E-Docs (tutorial disponível por meio do QR Code ao lado), solicitando ao CEE-
ES a renovação da aprovação do curso técnico, contendo o Plano de Curso e de-
mais trâmites estabelecidos pelos artigos 69 e 148 da Resolução CEE-ES Nº
Clique aqui para acessar o
3.777/2014, atentando-se para os prazos e procedimentos estabelecidos no calen- tutorial de instrução de processo –
dário de protocolização de processos definido na Resolução CEE-ES Nº renovação de aprovação.
5.118/2018.
Na instrução processual as unidades escolares e as SREs devem seguir os modelos
de Planos de Curso e as Matrizes de Organizações Curriculares padronizados e
estabelecidos na Portaria 279-R/2021 e no Guia de Cursos Técnicos e Qualificação
Profissional, adequados ao número de aulas semanais da unidade escolar, con-
forme documentos disponibilizados no QR Code ao lado.
Salientamos que, em relação ao quantitativo de vagas solicitado para renovação da
aprovação do curso, deve constar no plano de curso a mesma quantidade prevista
na portaria de criação, sendo esse número referente à oferta anual e não tendo
efeito cumulativo.
Clique aqui para acessar os
Exemplo: A Portaria de criação prevê a oferta de 80 vagas anuais para o curso modelos de Planos de Curso e as
Matrizes de Organizações Curriculares.
técnico em Publicidade para a EEEFM FELICIDADE. Assim, em cada ano le-
tivo, a unidade escolar poderá ofertar até 80 vagas, podendo esse número ser
inferior, mas nunca superior ao quantitativo autorizado em portaria.

Caso haja, na unidade escolar, procura de vagas para determinado curso técnico,
maior do que o previsto em portaria de criação do curso, a escola deverá encami-
nhar a demanda à SRE, que por sua vez, consultará a SEDU/GEM para análise e
validação da alteração do quantitativo de vagas e publicação de nova portaria de
criação.
A renovação da aprovação do curso técnico se dará por meio de Resolução publi-
cada pelo CEE-ES autorizando a oferta do curso conforme prazo delimitado no ato
autorizativo. As unidades escolares que obtiverem a aprovação da oferta de cursos
técnicos deverão se atentar para o processo de renovação da aprovação do curso
antes do término da vigência explicitada na Resolução.

Atenção! A protocolização dos processos deve ocorrer nos prazos esta-


belecidos pelo CEE-ES. O atraso na instrução processual poderá compro-
meter a emissão dos diplomas ao término do curso.

26
3.5.4 Alteração das organizações curriculares em função do
Novo Ensino Médio
A implementação do Novo Ensino Médio ensejou na necessidade de atualização
das organizações curriculares dos cursos técnicos em oferta na Rede Estadual de
Ensino. Por esse motivo, no ano 2022, as escolas que ofertam o IFTP iniciaram uma
nova organização curricular.
Assim, as unidades escolares que possuem Resolução de Aprovação / Renovação
de Aprovação vigente e cuja organização curricular constante no anexo do ato au-
torizativo não corresponda à organização iniciada em 2022 deverão solicitar a alte-
ração das organizações curriculares, somente, quando da necessidade de renova-
ção da aprovação do curso técnico, conforme estabelece a Resolução CEE/ES Nº
5.949/2021. A referida resolução assim prevê:

Art. 2º As instituições ou redes de ensino que, até a data


de publicação desta resolução, tenham obtido autori-
zação do CEE/ES para oferta de ensino médio, deverão
realizar a adequação de seus currículos, das propostas
pedagógicas e dos regimentos, em conformidade com o
disposto na Lei nº. 13.415/2017, na Resolução CNE/CP
nº. 4/2018, na Resolução CNE/CEB nº. 3/2018, nesta e
nas demais normativas do CEE/ES até o início da oferta
do novo currículo, de acordo com os prazos constantes
no art. 1º desta Resolução.
Parágrafo Único. As alterações de que trata este artigo,
efetuadas pelas instituições, que já tenham obtido auto-
rização do CEE/ES para a oferta do ensino médio até a
data de publicação desta resolução, deverão apresentá-
las ao Conselho somente na solicitação de renovação de
credenciamento, ficando as SREs responsáveis pelo
acompanhamento das alterações efetuadas, de acordo
com os prazos previstos no art. 1º desta resolução.

Atenção! A orientação descrita acima contempla apenas os cursos técnicos oferta-


dos na forma integrada. Para os cursos técnicos ofertados nas formas concomitante
e subsequente, a solicitação deve ser encaminhada ao CEE-ES, tão logo sejam
identificadas possíveis alterações na organização curricular, carga horária e emen-
tas dos cursos.

3.6 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES DA EDUCAÇÃO PRO-


FISSIONAL E TECNOLÓGICA – SISTEC
O Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica - SIS-
TEC é o sistema eletrônico do Governo Federal criado para registro e controle dos
dados da educação profissional no país e seu funcionamento ocorre no âmbito da
educação técnica e profissional de nível médio em todas as suas formas de oferta. Clique aqui para acessar o
O sistema é disponibilizado on-line, acessado por meio do endereço eletrônico, con- Tutorial do SISTEC.

forme procedimento descrito no tutorial disponibilizado no QR Code ao lado.


Todas as unidades de ensino que ofertam cursos técnicos devem ser cadastradas
no sistema para que possam realizar o registro dos cursos técnicos e dos estudan-
tes, visando a expedição futura dos diplomas de educação técnica e profissional de
nível médio, com validade nacional.
As etapas de cadastro são sequenciais, conforme detalhado a seguir:
1. Cadastro da Escola: realizado pela GEM;
2. Cadastro dos Usuários: realizado pela GEM, mediante solicitação enviada
pela unidade escolar, por meio do formulário que pode ser acessado no QR
Code ao lado;
3. Cadastro do Curso Técnico: realizado pela GEM após publicação da Resolu-
ou clique aqui para acessar o
ção de Aprovação expedida pelo CEE-ES; formulário de cadastro de usuários
4. Criação do ciclo de matrícula – orientado no item 3.6.1; do SISTEC.
5. Cadastro dos estudantes - orientado no item 3.6.2;
6. Emissão do código de validação do diploma – orientado no item 3.6.3.

27
3.6.1 Criação de ciclos de matrícula Para a realização das três etapas
O ciclo de matrícula representa uma visão relativa a dois momentos do estudante que seguem – Criação de ciclos
de matrícula; Cadastro de estu-
no curso: sua entrada (situação inicial) e a sua saída do curso (situação final), sendo
dantes; e Emissão do Código de
de responsabilidade da escola. validação do diploma dos cursos
No início de cada ano letivo a escola deverá criar um ciclo de matrícula. O conceito técnicos – a unidade escolar, em
de ciclo de matrícula está ligado à oferta de cursos e não de turmas. Assim, os caso de dúvida, pode consultar o
Tutorial do SISTEC por meio do
estudantes de diferentes turmas que iniciam um curso de mesma certificação e QR Code abaixo.
mesma carga horária, numa mesma data, podem pertencer a um mesmo ciclo de
matrícula.
O prazo para cadastrar um ciclo de matrícula vai até o dia 25 do mês seguinte ao
início das aulas, ou seja, até 25/03/2023. Por exemplo, se as aulas começaram em
fevereiro de 2023, independentemente do dia deste mês, tal ciclo pode ser cadas-
trado até o dia 25 de março de 2023. Para inclusão de estudantes após 25/03/2023
a escola deverá solicitar a abertura extemporânea de ciclo de matrícula ao MEC por Clique aqui para acessar o
Tutorial do SISTEC.
meio do sistema Fale Conosco, conforme procedimento descrito no Tutorial do SIS-
TEC, disponibilizado no QR Code ao lado.

Atenção! A criação do ciclo de matrícula e cadastro dos estudantes é pos-


sível somente para as escolas que estão devidamente cadastradas no
SISTEC e com os atos autorizativos dos cursos vigentes, ou seja, é ne-
cessário que a escola já possua a Resolução de Aprovação/Renovação
da Aprovação do Curso publicada no Diário Oficial do Espírito Santo.
Após a criação do ciclo de matrícula, a escola deverá realizar o cadastro
dos estudantes no sistema.

Orientamos que escolas, cujos processos de Aprovação/Renovação da Aprovação


do curso estão tramitando no CEE/ES ou que ainda estão em fase de instrução,
façam o encaminhamento da informação do número do Processo E-Docs, para a
SRE que, posteriormente, deverá encaminhar para a Gerência de Ensino Médio
para acompanhamento.
Assim que suas respectivas Resoluções de Aprovação e/ou Renovação da Aprova-
ção forem publicadas no DIO/ES, a escola solicitará a abertura extemporânea de
ciclo de matrícula, uma vez que o prazo para cadastramento do ciclo não foi obede-
cido.

3.6.2 Cadastro dos estudantes


Uma vez criado o Ciclo de Matrículas, a escola procederá com o cadastro dos estu-
dantes no SISTEC. Para tal, será necessário o número do Cadastro de Pessoa Fí-
sica – CPF dos mesmos, conforme procedimento descrito no Tutorial do SISTEC.

3.6.3 Emissão do código de validação do diploma dos cursos


técnicos
Após a conclusão dos cursos técnicos, a unidade escolar deverá emitir o diploma
para os estudantes concluintes e que atenderam todos os critérios de aprovação do
curso. Os diplomas devem seguir o que estipula o Art. 124 da Resolução CEE-ES
Nº 3.777/2014, devendo, dentre outras informações, conter número do cadastro do
SISTEC para que eles tenham validade nacional para fins de exercício profissional.
Os procedimentos necessários para emissão do cadastro no SISTEC constam no
Tutorial do SISTEC.

28
3.7 CURSOS TÉCNICOS CONCOMITANTES (PRONATEC) E SUBSE-
QUENTES
Atualmente, a rede estadual de educação também realiza a oferta de cursos técni-
cos nas formas concomitante, por meio do PRONATEC, e subsequente. Esses cur-
sos técnicos não constituem itinerário formativo, conforme descrito a seguir:
1 – Concomitante (PRONATEC): cursos técnicos ofertados por meio do Pro-
grama Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC e que
estão em andamento na rede estadual de ensino. O início das atividades letivas
desses cursos se deu no segundo semestre de 2021, assim, antes da implemen-
tação do Novo Ensino Médio.

Atenção! Os cursos técnicos, na forma concomitante, iniciados a partir de


2022 constituirão itinerários formativos conforme detalhado no item 3.2.

2 – Subsequente: os cursos técnicos subsequentes são destinados a estudantes


que concluíram o ensino médio, portanto, essa forma não possibilita a composi-
ção dos itinerários formativos, conforme preceitua a Resolução CNE/CEB nº
03/2018 e Resolução CNE/CP nº 01/2021.
Clique aqui para acessar as
As orientações para a execução da oferta de cursos técnicos concomitantes (PRO- orientações de cursos técnicos
concomitantes (PRONATEC) e
NATEC) e subsequentes constam nos documentos disponibilizados no QR Code ao subsequentes.
lado.

29
4
OS
COMPONENTES
INTEGRADORES
Os Componentes Integradores são de fundamental
importância na formação integral dos estudantes, uma
vez que têm como premissa despertar e desenvolver
nos discentes o protagonismo juvenil, contribuindo
para fortalecer os conhecimentos adquiridos na
Formação Geral Básica.
Os estudantes que ingressaram no Ensino Médio da Rede Estadual a partir de 2022
têm como novidade as organizações curriculares correspondentes ao novo Currí-
culo do Ensino Médio Capixaba, contendo em sua parte flexível os Componentes
Integradores, compostos por Projeto de Vida, Eletivas e Estudo Orientado no Ensino
Médio diurno em tempo parcial. Os Componentes Integradores fazem parte do Iti-
nerário Formativo e estão presentes nas três séries do Ensino Médio, não necessa-
riamente todos numa mesma série, a depender da organização curricular vinculada
à série cursada.

4.1 PROJETO DE VIDA


O Componente Integrador Projeto de Vida (PV) propõe uma construção pessoal do
caminho do estudante entre “quem ele é e o que ele quer ser”. Enquanto traça esse
percurso, o estudante se apropria de sua vida pessoal para projetar seus desejos e
formas de atuação no meio em que vive e no mundo. A proposta desse componente
é propiciar o exercício contínuo do autoconhecimento e da reflexão crítica sobre sua
atuação no mundo, na família e na comunidade. Dessa forma, as aulas de Projeto
de Vida devem promover um trabalho pedagógico intencional e estruturado, com o
objetivo de desenvolver a capacidade do estudante em dar sentido à sua existência,
tomar decisões, planejar o futuro e agir no presente, com autonomia e responsabi-
lidade. Nesse processo, o envolvimento da família é essencial tanto para o apoio,
quanto para o incentivo à construção e ao desenvolvimento do seu Projeto de Vida.
Para as aulas de Projeto de Vida no Ensino Médio, recomenda-se, para o caso de
duas aulas semanais, que as aulas sejam preferencialmente geminadas. A partir
delas, os estudantes iniciam um processo gradual, lógico e reflexivo na construção
de sua identidade e no seu posicionamento diante das diversas dimensões e cir-
cunstâncias da vida, por meio de temáticas fundamentais que se relacionam e se
complementam. Assim, esse componente tem como objetivo oferecer subsídios
aos estudantes para que possam:

• Projetar e traçar caminhos entre o “hoje” e o “amanhã”;


• Perceber a importância da vida escolar para realização de planos futuros;
• Vislumbrar diferentes cenários e possibilidades para a formação acadêmica e
profissional;
• Desenvolver o protagonismo.

Além disso, todos os componentes curriculares da 1ª série podem nortear a escolha


dos Itinerários Formativos de área/entre áreas de conhecimento a serem cur-
sados pelos estudantes a partir da 2ª série. Entretanto, o Componente Integrador
Projeto de Vida tem a responsabilidade de proporcionar momentos de reflexão so-
bre essa importante ação protagonista estudantil, uma vez que o Projeto de Vida
tem como pilar desenvolver a autonomia estudantil.
Assim, é muito importante que o professor de Projeto de Vida, apoiado pela equipe
gestora, proporcione momentos para que os estudantes da primeira série do ensino
médio conheçam, detalhadamente, os Itinerários Formativos definidos pela escola.
A unidade de ensino deve ter atenção redobrada para os estudantes que não indi-
caram itinerário durante o procedimento de matrícula para o ano letivo de 2023. Ao
final desse processo, o estudante da primeira série deve ter condições de escolher,
de forma assertiva, o Itinerário que cursará na segunda série.
O Projeto de Vida deve ser elemento transversal no desenvolvimento da proposta
de todas as áreas do conhecimento e seus respectivos componentes. Para isso, a
equipe gestora organizará o horário do Professor de Projeto de Vida para a realiza-
ção dos planejamentos entre os Professores de Projeto de Vida e os Professores
das demais Áreas do Conhecimento, propiciando o compartilhamento do desenvol-
vimento das aulas e dos temas que serão abordados para que estes sejam incor-
porados nas atitudes e ações de todos.

31
Assim, o Professor de Projeto de Vida (PV) deve trabalhar em conjunto com os de-
mais Professores na orientação e na construção dos projetos de vida dos estudan-
tes. Portanto, esse Professor deve ter um perfil que apresente, de forma destacada,
características como empatia, resiliência, solidariedade, habilidade de escuta e ca-
pacidade de planejamento e organização. Ressaltamos que as aulas de Projeto de
Vida deverão ser ministradas por Professores de qualquer componente curricular,
considerando o perfil desejado, a disponibilidade de carga horária e, preferencial-
mente, possuir a formação em PV ofertada pela SEDU.
Na dinâmica do trabalho educativo, o Professor de Projeto de Vida deve:
• Provocar, no estudante, o despertar sobre seus sonhos, suas ambições, aquilo
que deseja para sua vida, onde almeja chegar e que pessoa pretende ser;
• Levar os estudantes a refletirem sobre suas ações, sobre as etapas que deverão
atravessar e sobre os mecanismos necessários para chegar aonde desejam;
• Ser empático ao considerar os sonhos, desejos e plano de vida dos estudantes;
• Propor reflexões quanto à escolha dos Itinerários Formativos de Aprofunda-
mento.
As aulas de Projeto de Vida deverão ter registro de conteúdo no Seges, além de
serem avaliadas de forma processual, com registro de conceito “cursado” e fre-
quência para aprovação do estudante, considerando o desenvolvimento de habili-
dades como autoconhecimento, autonomia, compromisso, iniciativa, planejamento,
resolutividade, responsabilidade pessoal e social, com vistas à construção de seu
Projeto de Vida.
Na primeira semana de aula, ou nas primeiras aulas, acontece a Semana de Aco-
lhimento: conjunto de momentos nos quais os estudantes são recebidos pela es-
cola com atividades previamente organizadas pela equipe escolar. Nessa etapa, é
importante apresentar o componente Projeto de Vida para os estudantes e realizar
com eles um diagnóstico sobre seus sonhos e suas perspectivas de vida. Para isso,
podem ser realizadas dinâmicas com metodologias diversas. Os materiais produzi-
dos nesse momento serão utilizados como subsídios para o planejamento das de-
mais aulas.
A unidade escolar deve providenciar o material necessário para que o Professor
organize um modelo de portfólio. Este, por sua vez, deve escolher o tipo de portfólio
mais adequado à linha de trabalho que pretende desenvolver com cada turma. O
portfólio, como instrumento avaliativo e de monitoramento, deve ser desenvolvido
de forma contínua, colaborativa e participativa e, ainda, contar com o envolvimento
dos estudantes em sua elaboração, organização e conclusão. Para isso o portfólio:
• Deve ser construído desde o início do ano letivo (acolhimento dos estudantes);
• Pode ser físico ou digital (publicado em plataformas online);
• Pode conter elementos textuais (textos escritos, fragmentos de textos etc.) e vi-
suais (fotografias, gravuras, ilustrações etc.);
• Precisa evidenciar o desenvolvimento do estudante;
• Deve destacar pontos a serem reforçados e ajustados;
• Devem ser construídos ativamente pelos estudantes;
• Deve tratar-se de uma construção individual dos educandos;
• Devem ficar em um local onde somente o Professor de Projeto de Vida tenha
acesso, considerando que os materiais produzidos são de ordem pessoal e po-
dem trazer informações que não devem ser compartilhadas sem o consenti-
mento dos estudantes.
Periodicamente, o Professor de PV deve proporcionar aos estudantes um momento
de autoavaliação, para que possam avaliar as transformações que estão vivenci-
ando para possíveis correções de rota. Orienta-se, ainda, a realização periódica de
momentos de avaliação com os estudantes acerca do desenvolvimento das aulas
de Projeto de Vida, de forma a subsidiar seu planejamento. Do mesmo modo, cabe
à equipe pedagógica realizar momentos de autoavaliação, a fim de revisitar a forma
de como se organiza o desenvolvimento do PV, monitorando seus impactos no pro-
tagonismo dos estudantes.

32
No sentido de propiciar aos estudantes uma experiência significativa dentro da vida
escolar, cabe ao Professor de PV apropriar-se dos conceitos e dos princípios que
regem esse componente, buscando materiais de apoio para planejamento das au-
las: ementa, referências bibliográficas, textos produzidos, vídeos, dentre outros.
Tais materiais podem subsidiar o alcance dos objetivos definidos para cada série, Clique aqui para acessar a
ementa de Projeto de Vida do diurno.
conforme as grandes temáticas de PV descritas a seguir:

1ª Série 2ª Série 3ª série


AUTOCONHECIMENTO: PLANEJAMENTO MEU PROJETO DE VIDA,
EU NO MUNDO DE DECISÕES AQUI E AGORA.
Essa etapa é dedicada ao auto- Nesse momento da trajetória, A partir dessa etapa, o estu-
conhecimento, reconhecimento os estudantes conhecerão as dante realizará uma minuciosa
da importância dos valores, re- ferramentas de planejamento revisão do seu projeto de vida,
flexão sobre as competências para realização de seu projeto aplicando as ferramentas de
para o Século XXI e o desenvol- de vida, bem como a importân- planejamento a fim de vislum-
vimento das competências ne- cia e os elementos de um plano brar as possibilidades no
cessárias para a escolha do Iti- de ação. Paralelamente, serão mundo do trabalho e de conti-
nerário Formativo de Aprofun- realizadas reflexões sobre au- nuidade de estudos.
damento que o estudante cur- togestão e realização pessoal.
sará no Ensino Médio.

No turno noturno, o componente curricular Projeto de Vida está presente apenas


na primeira série do ensino médio, com carga horária total de 80 horas ofertadas no
formato EaD (Educação a Distância). Assim, a Semana de Acolhimento, o portfólio,
a autoavaliação e outras dinâmicas das aulas de Projeto de Vida do turno diurno
foram adaptadas e inseridas num ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Moodle,
local em que os estudantes terão acesso a atividades, a conteúdos e a avaliações,
bem como poderão interagir com os colegas de turmas e com o Professor. Para
isso, as grandes temáticas de Projeto de Vida foram condensadas para serem tra-
balhadas por meio do material específico da plataforma, pensando nas particulari-
dades desse turno.
No Itinerário de Formação Técnica e Profissional, o Projeto de Vida visa ampliar
a perspectiva do estudante sobre as possibilidades que seu curso técnico pode pro-
porcionar, seja atuando no mercado de trabalho, seja no desenvolvimento de habi-
lidades para o bom exercício de suas funções, ou ainda na verticalização, conside-
rando a carreira acadêmica. Nesse sentido, além dos princípios presentes no currí-
culo estadual, o Projeto de Vida é um ponto articulador entre a Formação Geral
Básica e a Formação Técnica e Profissional.
É importante ressaltar também que o professor de Projeto de Vida, que atua no
Itinerário de Formação Técnica e Profissional, conheça o Catálogo Nacional de Cur-
sos Técnicos – CNCT, principalmente o perfil do egresso e as possibilidades de
verticalização. Oportuno ainda esclarecer que o Itinerário de Formação Técnica e
Profissional, no módulo de Formação para o mundo do Trabalho, articula as emen- Clique aqui para acessar o
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.
tas da unidade curricular Projeto de Vida e Projetos Empreendedores, compreen-
dendo que o Projeto de Vida é um elemento que contribui para a formação do perfil
do egresso do curso técnico.

4.2 ESTUDO ORIENTADO


O Estudo Orientado (EO) tem como objetivo proporcionar ao estudante apoio e ori-
entação para seus estudos, com técnicas que o auxiliarão em sua aprendizagem,
otimizando sua vida escolar e fortalecendo o desenvolvimento do conhecimento nos
demais componentes curriculares. O estudante é direcionado, por meio do EO a
mudar de postura diante do processo de aprendizagem, a partir de uma rotina eficaz
de estudo, melhorando, assim, seu desempenho escolar. Para isso, é necessário
que o aluno desenvolva sua própria metodologia de estudo e priorize esse momento
para o aprimoramento de suas aprendizagens.
Com o intuito de desenvolver a prática de estudar, as aulas de Estudo Orientado
proporcionam o exercício do protagonismo dos estudantes. Assim, desenvolvendo
hábitos, organização e técnicas de estudo, na escola e fora dela, os estudantes
passam com autonomia pelo seu percurso de formação, sendo a eles assegurado
uma educação efetiva e de qualidade.

33
Portanto, é prioridade para o estudante, nas aulas de EO, saber o quê, quando e
como estudar, de acordo com a ementa, criando hábito de estudo, com dedicação
e com clareza dos procedimentos. Dessa forma, é construído um círculo dinâmico
que fortalece as aprendizagens: as aulas de Estudo Orientado oferecem subsídios
para potencializar a aprendizagem; o estudante passa a ver sentido e significado na
sua relação com o saber; o ato de estudar passa a ter sentido para seu projeto de
vida e, assim, as aulas de Estudo Orientado passam a ter um papel relevante para
ele.
É importante que o estudante compreenda que estudar é diferente de apenas fazer
tarefas ou de apenas ler e copiar. Estudar é analisar e se apropriar de um objeto do
conhecimento e saber como utilizá-lo quando necessário. Para isso, as aulas de EO
devem ter como objetivo levar o educando a:

• Entender a importância do desenvolvimento de hábitos e de rotinas de estudo;


• Reconhecer os elementos essenciais para o ato de estudar;
• Compreender a diferença entre intensidade e qualidade de estudo;
• Proporcionar a apropriação da capacidade de se organizar para estudar;
• Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária;
• Consolidar hábitos e rotinas de estudo.

Além disso, o EO também deve subsidiar as aprendizagens dos componentes cur-


riculares das Áreas de Conhecimento, inclusive sendo ferramenta para a recupera-
ção e para a recomposição da aprendizagem. Para isso é imprescindível que o pro-
fessor de Estudo Orientado tenha seu horário de planejamento fazendo interse-
ções com os horários de planejamento dos demais professores a fim de propor ati-
vidades que colaborem para o aprendizado do estudante nesses componentes, ao
mesmo tempo que possam ser desenvolvidos objetos próprios do Estudo Orientado
como, por exemplo, a capacidade de organização, técnicas de estudo, metodologias
de pesquisa, escrita de trabalhos científicos e a oralidade para apresentar ideias e
trabalhos. Assim, torna-se essencial o planejamento dos Professores de EO com os
PCA e demais professores na construção de estratégias para o desenvolvimento
das aulas de Estudo Orientado em conformidade com as necessidades de aprendi-
zagem dos estudantes.
No caso das turmas de terceira série, sugere-se que sejam desenvolvidas, ao longo
do ano letivo, atividades que deem subsídios à preparação dos estudantes para a
realização das avaliações externas que ocorrem no decorrer e final da Educação
Básica – Paebes, Saeb e Enem. Assim, por exemplo, o Professor de Estudo Orien-
tado poderá destinar algumas de suas aulas para trazer informações relativas a es-
sas avaliações, tais como: o objetivo de cada uma delas, as matrizes de descritores,
os dias e horários de aplicação das provas, a duração de cada uma delas, etc. Além
disso, pode propor que os estudantes desenvolvam uma rotina de estudos especí-
fica para essas avalições, recomendando materiais de estudo, apoiando-os durante
todo o processo e reforçando a importância que há em fazer essas provas com
dedicação e seriedade.
As aulas de EO podem ser ministradas por Professores de qualquer componente
curricular que possuam perfil criativo, dialógico, proativo e investigativo. Deve ser
levada em consideração a disponibilidade de carga horária desses Professores e
sugere-se, preferencialmente, que os professores de Estudo Orientado tenham con-
cluído a formação em EO oferecida pela SEDU. As aulas de EO serão avaliadas de
forma processual, com registro, no Seges, de conceito “cursado” e frequência
para aprovação do estudante, além de registro de conteúdo.
No turno noturno, o componente curricular Estudo Orientado está presente apenas
na primeira série do Ensino Médio, com carga horária total de 40 horas, porém no
formato EaD. Para isso, a metodologia das aulas de Estudo Orientado do turno di-
urno foi adaptada para construção de um Ambiente Virtual de Aprendizagem Mo-
odle, plataforma em que os estudantes terão acesso a atividades, conteúdos e ava-
liações, bem como poderão interagir com os colegas de turmas e com o Professor.
No Itinerário de Formação Técnica e Profissional, o Estudo Orientado segue a
mesma prerrogativa de subsidiar a aprendizagem do estudante no que se refere à
consolidação das habilidades e competências da Formação Geral Básica.

34
4.3 ELETIVA
Conforme preconiza a BNCC, para a efetivação de uma educação integral, as pro-
postas pedagógicas e os currículos devem considerar as múltiplas dimensões dos
estudantes. Isso implica em decidir sobre as formas de organização interdisciplinar
dos componentes curriculares e em adotar estratégias mais dinâmicas, interativas
e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem. Nessa perspec-
tiva, o Componente Integrador Eletiva exerce papel central na diversificação das
experiências escolares, proporcionando um espaço privilegiado para a experimen-
tação e para o aprofundamento dos estudos. É possível, por meio das eletivas, pro-
piciar ao estudante o desenvolvimento das distintas formas de linguagem, além de
viabilizar a expressão, a comunicação de ideias, a interpretação e a fruição de pro-
duções culturais e científicas.

Assim, a Eletiva tem como objetivo possibilitar a ampliação, o aprofundamento


e o enriquecimento do repertório de conhecimentos do estudante a partir de
conteúdos e temas relacionados aos componentes curriculares da Base Naci-
onal Comum, expandindo, dessa forma, sua capacidade de ler o mundo de
maneira crítica e propositiva e, mais ainda, de sua própria atuação como dis-
cente, como protagonista e como agente de transformação da sociedade.

As aulas do componente Eletiva serão desenvolvidas trimestralmente, conforme


organização curricular, e haverá tantas turmas de Eletiva quantas forem as turmas
das séries em que tal componente estiver presente, podendo ser multisseriada,
principalmente no caso das turmas de primeira e segunda série. Além disso, o es-
tudante tem na Eletiva mais uma forma de contato com a flexibilidade curricular,
uma vez que terá a oportunidade de escolher, a cada trimestre, qual temática eletiva
cursar dentre as apresentadas pela equipe escolar. Dependendo da temática de
interesse dos estudantes, os temas da Eletiva podem se repetir em mais de uma
turma. Nesse componente, o estudante será avaliado de forma processual, consi-
derando sua participação, seu envolvimento e suas produções, com registros, no
Seges, de conceito “cursado” e frequência para aprovação, além de registro
de conteúdo.
É importante destacar a intencionalidade que há no componente Eletiva em conso-
lidar, aprofundar e ampliar os conhecimentos relativos às competências e habilida-
des do currículo, apresentando-se também como oportunidade para contemplar os
Temas Integradores. Assim, é necessário atenção redobrada tanto na criação
quanto no desenvolvimento das aulas desse Componente Integrador para que essa
premissa não seja desconsiderada, esquecida ou desvirtuada. Para exemplificar,
eletiva cuja proposta seja meramente ensinar artesanato ou música não está dentro
do que se espera para esse componente. Porém, eletiva que se propõe a tratar do Clique aqui para acessar o
artesanato capixaba como elemento cultural, culminando na produção e mostra de acervo de eletivas da SEDU.
artesanato inspirados na cultura capixaba, evidenciando sua importância histórico-
cultural, ou eletiva que utilize a música para tratar da estética barroca ou renascen-
tista culminando em apresentação de músicas desse período acompanhadas de
análises comparativas entre as produções literárias desses período e das produ-
ções literárias modernas são exemplos de temáticas que podem ser desenvolvidas
nesse Componente Integrador. O Site do Currículo da SEDU possui um acervo de
temáticas eletivas que podem ser de pronto utilizadas, adaptadas ou servir de ins-
piração para a criação de novas temáticas eletivas. Para isso, no caso de criação,
deve-se observar a estrutura do modelo de ementa desse componente.
Ainda, dentro da premissa curricular da Eletiva está a possibilidade desse compo-
nente também ser um mecanismo para fomentar tanto a recuperação quanto a re-
composição de aprendizagens, a depender da forma como for estruturada. Assim,
a partir do resultado de avaliações externas, de avaliações diagnósticas ou das ava-
liações trimestrais pode-se propor eletiva para atender a determinado reagrupa- Clique aqui para acessar o
mento de estudantes com a intencionalidade de fortalecer e potencializar sua apren- modelo de ementa de Eletiva.
dizagem a partir de atendimento pedagógico personalizado dentro da Eletiva, con-
forme as necessidades comuns de aprendizagem desse trupo.

35
Outra possibilidade é trazer para a Eletiva, temáticas próprias dos Aprofundamentos
contidos nos Itinerários, como uma espécie de “mini-itinerário”. Nesse sentido, por
exemplo, a temática doping pode ser trabalhada no componente Eletiva fazendo
links com o componente curricular “Doping no esporte”, contido no Itinerário “O Es-
porte, a ciência e suas linguagens”, frisando durante as aulas que essa temática
será trabalhada de forma mais ampla nesse Aprofundamento em questão. Dentro
dessa perspectiva, pode-se também fazer uma miscelânia de temáticas abordadas
em um Itinerário para compor a eletiva. Isso é especialmente útil nas turmas de
primeira série para que os estudantes possam, na prática, ter uma amostra dos
Aprofundamentos, o que pode facilitar a escolha do Itinerário que irão seguir a partir
da segunda série.
Para as terceiras séries, sugerem-se temáticas que fortaleçam os estudantes para
a realização de avaliações externas, como Paebes, Saeb e Enem, principalmente
em Língua Portuguesa e Matemática. Para isso, é necessário analisar tanto os re-
sultados anteriores da escola nessas avaliações quanto os resultados das avalia-
ções diagnósticas, relacionando-os com as matrizes das respectivas avaliações.
Uma vez identificados os descritores e habilidades mais críticos, o Professor da
Eletiva, juntamente com o Pedagogo e o Professor Coordenador de Área, deve de-
cidir pela melhor estratégia que leve os estudantes à consolidação desses descrito-
res e habilidades críticos bem com os materiais necessários, inclusive por meio de
eletivas não multisseriadas envolvendo estudantes apenas de terceira série.
Para atuar nas eletivas, sugere-se priorizar os Professores cujo perfil seja tal que o
possibilite:
• Planejar a Eletiva de forma articulada com outros componentes curriculares,
por meio do planejamento e da realização de atividades compartilhadas ou pela
integração de habilidades e objetos de conhecimento afins;
• Elaborar aulas buscando formas criativas para propiciar novas estruturas con-
ceituais, fomentando a busca de respostas a problemáticas propostas;
• Estimular a curiosidade dos estudantes, criando possibilidades de aprendiza-
gens variadas, novas descobertas e novas experiências;
• Envolver os estudantes no processo de produção, nas tomadas de decisão e
no desenvolvimento da Eletiva.
Para o desenvolvimento do componente Eletiva, a equipe gestora, após apropriar-
se dos resultados de aprendizagem, do contexto social e cultural em que a comuni-
dade escolar está inserida, deverá socializar e analisar, na Jornada de Planeja-
mento Pedagógica – JPP, com toda a equipe pedagógica, esses resultados para
subsidiar a elaboração e a escolha das temáticas das eletivas a serem ofertadas no
primeiro trimestre.
Na semana posterior à semana de acolhimento, no horário da aula de Eletiva, os
Professores deverão apresentar aos estudantes a proposta de como será desen-
volvido o componente curricular e orientá-los a considerar seu projeto de vida na
escolha da Eletiva. Depois disso, os professores farão também o levantamento de
temas de interesse dos estudantes e o socializarão com o Professor Coordenador
de Área (PCA) e com o Pedagogo. Assegurando os interesses dos estudantes e a
partir dos resultados de aprendizagem socializados na JPP, os Professores seleci-
onarão as eletivas por Área de Conhecimento, considerando o acervo de eletivas
contido no site do Currículo da SEDU, ou elaborarão novas Eletivas, conforme mo-
delo de ementa.
A equipe pedagógica organizará o momento de divulgação das eletivas para os es-
tudantes. Para isso, é necessário definir um horário para a divulgação conferindo
um caráter de importância a este momento. Todos os estudantes serão convidados
a conhecer as propostas das eletivas. Vale a criatividade do Professor para desper-
tar o interesse dos estudantes na escolha. Após o momento de divulgação, os es-
tudantes preencherão uma ficha de inscrição, elaborada pela escola, onde escolhe-
rão por ordem de prioridade a Eletiva que desejam cursar. Os Professores que atu-
arão no componente Eletiva definirão, em articulação com o pedagogo e PCA, como
serão definidos os critérios de escolha das eletivas pelos estudantes.

36
O Pedagogo, com a participação dos PCA, fará a distribuição dos estudantes nas
Eletivas, por ordem de prioridade, seguindo os critérios estabelecidos e acordados
com os estudantes. Nesse momento, é importante lembrar que uma Eletiva poderá
ter estudantes de diferentes séries. A partir das escolhas, a equipe gestora apre-
sentará a Eletiva em que cada estudante foi comtemplado. Caso o estudante queira,
o prazo para trocar de Eletiva será de 15 dias. É importante considerar a existência
de vaga na Eletiva de interesse ou a possibilidade de troca entre os estudantes. O
número máximo de estudantes por turma de Eletiva será definido pela composição
das turmas no Seges.
Cabe aqui algumas observações sobre aulas de campo, incluindo transporte de es-
tudantes, e sobre a aquisição de materiais por parte da unidade escolar para serem
utilizados na Eletiva, aspectos muito comuns nesse componente. Com relação a
saída de estudantes da escola para aulas de campo, elas devem, imprescindivel-
mente, ser alinhadas com a SRE. Já a aquisição de materiais deve ser feita tendo
em vista o uso comum de todos os estudantes. Nesse sentido, apenas materiais
indispensáveis para realização da Eletiva e de uso coletivo devem ser adquiridos,
evitando os de uso individual, tendo em vista a necessidade de prestação de contas
de acordo com cada fonte de recurso utilizada.
Por fim, a escola deverá organizar um momento de culminância. A culminância con-
siste na socialização, para toda a comunidade escolar, de tudo que foi desenvolvido,
com o compartilhamento de conhecimentos, de experiências, de aprendizados e de
proposições de desafios para os próximos períodos letivos. Concluída a culminân-
cia, é o momento de avaliar as eletivas. Para isso, a equipe escolar elaborará um
instrumento para os estudantes avaliarem o grau de satisfação nas eletivas cursa-
das e, a partir dessa avaliação, definir pela efetividade ou não de nova oferta.
No Itinerário de Formação Técnica e Profissional as eletivas, além de fomentar
a flexibilização curricular e a integração entre a Formação Geral Básica e o Itinerá-
rio, devem ser elaboradas e desenvolvidas com o objetivo de aprofundar conheci-
mentos importantes para o desenvolvimento das habilidades e competências ne-
cessárias para os egressos dos cursos técnicos, alinhado ao que preconiza o Catá-
logo Nacional de Cursos Técnicos. Para isso, as eletivas serão ministradas prefe-
rencialmente por um Professor do Componente Curricular dos módulos de Forma-
ção para o Mundo do Trabalho ou de Aprofundamento e por um Professor da For-
mação Geral Básica, a partir da disponibilidade de carga horária destes profissio-
nais, cabendo ao coordenador do curso mediar esta interlocução com suporte da
equipe pedagógica.

37
5
O
ENSINO MÉDIO
NOTURNO
Em 2022, a primeira série do Ensino Médio noturno
passou a ser ofertada com parte de sua carga horária
realizada a distância. Esse formato continua para o
ano de 2023, estendendo-se também para as turmas
de segunda série, as quais trarão consigo o Aprofun-
damento referente à(s) Área(s) de Conhecimento.
No Ensino Médio noturno, considerando a necessidade de ampliação da carga ho-
rária anual para 1000 horas, uma das mudanças trazidas pelo novo Ensino Médio,
em atendimento à Lei Federal 13.1415/17, parte da carga horária dos estudantes
será desenvolvida no formato à distância – EAD. Dessa forma, é disponibilizada aos
estudantes e professores um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) no Moodle: Clique aqui para acessar a
Plataforma do Estudante.
a Plataforma do Estudante.
Nessa plataforma virtual, é disponibilizado conteúdo em formato de texto, de vídeo,
de áudio e outros recursos midiáticos. Essa variedade de recursos possibilita ao
estudante ter acesso de forma facilitada a conteúdos e materiais didáticos produzi-
dos pela Secretaria de Educação ou a materiais disponíveis em sites e plataformas
de hospedagem de conteúdos educacionais, selecionados com a intencionalidade
de desenvolver as habilidades e competências contidas nas ementas de cada um
dos componentes EaD.
A fim de facilitar a navegação, a plataforma foi estruturada a partir de trilhas forma-
tivas com uma variedade de atividades que possibilitam ao estudante praticar e re-
fletir sobre os temas trabalhados. Além disso, permite interações e troca de infor-
mações com os colegas de turma, por meio dos fóruns de discussão, e com o pro-
fessor, por meio do envio e do recebimento de atividades, de comentários, de ava-
liações e também pelos fóruns. Na plataforma, cada trimestre conta com três gran-
des temas cujas atividades devem ser feitas pelo estudante semana a semana para
que seja possível o professor orientá-los e realizar devolutivas das atividades de
forma satisfatória, quando for o caso. É importante destacar que, dentro de um tri-
mestre, as atividades da Plataforma são liberadas aos poucos, à medida que o es-
tudante cumpre as tarefas. Assim, por exemplo, a segunda atividade de um trimes-
tre é liberada apenas após o estudante concluir a primeira atividade, e a terceira
atividade fica disponível quando a segunda for entregue, e assim por diante.

5.1 COMPONENTES CURRICULARES EM EAD NO ENSINO MÉDIO


NOTURNO
Para a ampliação da carga horária, o Ensino Médio noturno passou a ter os compo-
nentes curriculares Estudo Orientado, Projeto de Vida e Projeto de Interven-
ção/Pesquisa Aplicada à Comunidade – ProInPAC ofertados no formato EaD por
meio da Plataforma do Estudante. Assim, os estudantes desse turno continuam com
quatro aulas presenciais diárias de 60 minutos cada, totalizando 20 horas de aulas
semanais presenciais, além do equivalente a cinco aulas semanais de 60 minutos
cada no formato à distância (EaD) referentes aos três componentes curriculares
acima citados, perfazendo uma carga horária semanal equivalente a 25 horas de
aula.
Dessa forma, os estudantes da primeira série do Ensino Médio noturno cumprem,
na Plataforma, 80 horas anuais de Projeto de Vida, 40 horas anuais de Estudo Ori-
entado e 80 horas anuais de ProInPAC, totalizando 200 horas anuais no formato
EaD. Já os estudantes da segunda e da terceira série terão apenas o componente
ProInPAC no formato EaD, integralizando 200 horas anuais à distância em cada
uma dessas séries.
FIGURA 1 - Estrutura curricular do Ensino Médio noturno

39
5.1.1 As aulas de Projeto de Vida EaD
As aulas de Projeto de Vida – PV no Ensino Médio Noturno seguirão as mesmas
premissas pedagógicas propostas para o Diurno.
É evidente que adaptações foram necessárias para viabilizar a realização desse
componente curricular em uma plataforma virtual. No entanto, a implementação do Clique aqui para acessar a
ementa de Projeto de Vida do noturno.
componente Projeto de Vida na modalidade EaD manteve o objetivo de incentivar o
estudante a refletir acerca da relação existente entre a sua trajetória escolar e o seu
desenvolvimento nas dimensões pessoal, cidadã e profissional.
O desenvolvimento dos estudantes nesse componente deverá ser acompanhado
pelos professores por meio do monitoramento da realização das atividades propos-
tas na plataforma. Ao longo do trimestre, as atividades e os conteúdos contarão com
temáticas estruturadas, mensalmente. A fim de verificar o aproveitamento obtido
será proposta uma atividade ao final de cada trimestre, no ambiente da plataforma,
com objetivo de recapitular as reflexões e os conhecimentos desenvolvidos. Cabe
ressaltar a importância dos registros de conceito “cursado” para aprovação do es-
tudante, além do registro de conteúdo, no sistema Seges.

5.1.2 As aulas de Estudo Orientado EaD


O Estudo Orientado – EO do noturno, também seguirá a mesma proposta pedagó-
gica do Diurno, cujo objetivo principal é de propiciar ao estudante condições para
que ele consiga estabelecer uma rotina eficiente de estudos por meio das atividades
on-line.
Clique aqui para acessar a
A despeito do desenvolvimento dos estudantes nesse componente, o professor de- ementa de Estudo Orientado do noturno.

verá acompanhar e monitorar a realização das atividades propostas na plataforma.


Ao longo do trimestre, as atividades e os conteúdos contarão com temáticas estru-
turadas, mensalmente. A fim de verificar o aproveitamento obtido será proposta uma
atividade ao final de cada trimestre, no ambiente da plataforma,
No que tange os registros no Seges, o professor deverá registrar o conteúdo e o
conceito “cursado” para aprovação do estudante. Porém, dada a natureza do com-
ponente, sugerimos que as atividades realizadas pelos estudantes, na plataforma
Moodle, componham até 10% da pontuação relativa ao trimestre, em um ou mais
componentes curriculares da Formação Geral Básica.
Assim, o desenvolvimento das atividades propostas em EO, podem computar até 3
pontos no primeiro trimestre, até 3 pontos no segundo trimestre e até 4 pontos no
terceiro trimestre, distribuídos em um ou mais Componentes Curriculares da For-
mação Geral Básica nos três trimestres

5.1.3 Projeto de Intervenção/Pesquisa Aplicada à Comunidade


– ProInPAC
O componente ProInPAC tem como objetivo o desenvolvimento de competências e
de habilidades voltadas para a prática da pesquisa e para o exercício do protago-
nismo e da autonomia dos estudantes no fazer científico e comunitário.
Tem ainda como objetivo levar o estudante à mudança de postura frente à Ciência
e ao conhecimento científico sobre sua comunidade, possibilitando-o criar no seu
cotidiano uma cultura verdadeiramente científica, alicerçada em evidências empíri-
cas e observacionais, em fatos, em dados, na manipulação correta desses dados,
em conclusões realistas, utilizando o Método Científico, para que ele seja capaz de
aplicar tais conhecimentos e ferramentas no dia a dia, em seus espaços sociais.
Nesse contexto, a organização pedagógica do ProInPAC, para a primeira série, tem
como objetivo desenvolver com os educandos temas como:
• as comunidades nas quais os estudantes estão inseridos;
• o Novo Ensino Médio Capixaba;
• os Eixos Estruturantes do novo currículo capixaba: investigação científica, medi-
ação e intervenção sociocultural, processos criativos e empreendedorismo;
• a forma como esses eixos norteiam as atividades científicas, sociais, criativas e
empreendedoras no contexto da nossa sociedade local e nacional.

40
A partir da segunda série, esse componente curricular promove o planejamento e o
desenvolvimento de um projeto de pesquisa e/ou intervenção relacionados ao Itine-
rário Formativo de Aprofundamento correspondente. Para isso, o estudante inicia o
ano letivo revisitando os Itinerários ofertados no Novo Ensino Médio Capixaba, com
a finalidade de delimitar, com maior clareza, o escopo de seu futuro projeto, pois é
nesta série que se iniciam os estudos de aprofundamento.
Dessa forma, com uma visão mais clara dos objetivos e das possibilidades científi-
cas, criativas, empreendedoras e de intervenção comunitária que estão inseridos
nesta etapa do Novo Ensino Médio Capixaba, os estudantes receberão formação
voltada para o desenvolvimento detalhado de todas as etapas que envolvem a cons-
trução de projetos de pesquisa e/ou intervenção.
Para que essa etapa se concretize, é recomendado que um dos professores do
Aprofundamento acompanhe tanto o desenvolvimento dos projetos de pesquisa
e/ou intervenção no ProInPAC na segunda série, quanto a culminância na terceira
série, por meio de um produto, que pode ser um relatório ou uma ação na comuni-
dade.
A seguir, são apresentados os objetivos que devem ser desenvolvidos em cada sé-
rie, de acordo com as temáticas abordadas:

1ª Série 2ª Série 3ª série

Reconhecimento dos Elaboração do Projeto Implementação do


Quatro Eixos Estruturan- de Pesquisa e/ou Projeto de Pesquisa
tes na Sociedade Intervenção e/ou Intervenção
80 horas 200 horas 200 horas

As aulas de ProInPAC subsidiarão a aprendizagem da investigação científica, a me-


diação e a intervenção sociocultural, os processos criativos e o empreendedorismo
ao longo da primeira série e, a partir da segunda série, permitirão aos estudantes
desenvolver e construir seus projetos de pesquisa e/ou intervenção nos Itinerários
Formativos de Aprofundamento, em suas respectivas Áreas de Conhecimento. Para
que isso ocorra, os projetos serão organizados com a orientação do Professor, em
grupos ou individualmente, de acordo com prioridades e com as necessidades das
turmas.
As aulas de ProInPAC podem ser ministradas por professores de qualquer uma das
Áreas de Conhecimento, tanto na primeira quanto na segunda séries. No entanto, é
preciso que o professor desse componente tenha perfil científico, criativo, dialógico,
proativo e, principalmente, investigativo.
Na dinâmica do trabalho educativo, é desejável que o professor de ProInPAC:
• provoque, no estudante, o interesse investigativo e a busca de solução para os
problemas cotidianos;
• leve o estudante a planejar suas ações e a monitorar sua execução a curto, mé-
dio e longo prazos, adequando seu planejamento, sempre que necessário;
• busque possibilitar o desenvolvimento de competências e de habilidades nos es-
tudantes, tais como: liderança, criatividade, flexibilidade, resiliência, dentre ou-
tras associadas aos objetivos propostos para cada série.
Nesse sentido, é importante que o estudante seja estimulado a identificar e a buscar
soluções para situações problema de sua comunidade relacionadas ao itinerário
formativo que cursará. Dentro desse contexto, um estudante inserido no itinerário
formativo Educação Financeira e Fiscal, por exemplo, poderá realizar alguma ação
e/ou projeto que tenha como finalidade desenvolver uma solução que ajude os mo-
radores de seu bairro a comparar preços de medicamentos, sem a necessidade de
que eles tenham que percorrer fisicamente todas as farmácias, em busca do melhor
preço.

41
Essa solução pode ser um aplicativo, uma planilha Excel disponibilizada para o cen-
tro comunitário do bairro e atualizada mensalmente, uma ação junto as farmácias,
para dinamizar o processo de acesso aos preços do medicamento, entre outras so-
luções possíveis.
É importante destacar que tais ações e/ou projetos sejam desenvolvidas ao longo
do ensino médio e que cada etapa faça com que o educando desenvolva habilida-
des e competências que o qualifique tecnicamente para que desenvolva as ações e
os projetos e, ao mesmo tempo, aproxime tais estudantes de suas respectivas co-
munidades para que entendam as principais demandas e necessidades de sua re-
alidade.
Dentro desse contexto, a arquitetura do ProInPAC foi delineada para que os alunos
da 1°, 2° e 3° séries façam as atividades propostas na plataforma Moodle e, ao final
de cada trimestre, desenvolvam também um produto no formato de relato escrito,
relatório, ação, pré-projeto, projeto, dentre outros. Tal produto trimestral pode ser
direcionado para ser construído dentro da própria plataforma, ou ser entregue em
outro formato, diretamente ao Professor, de acordo com as orientações de cada
trimestre.
Embora o componente ProInPAC seja com registo de conteúdo e de conceito “ cur-
sado”, no Sege, a fim de aprovação do estudante, sugerimos, que as atividades
realizadas a cada trimestre, na plataforma Moodle, componham até 10% da pontu-
ação relativa ao trimestre em um ou mais componentes curriculares da Formação
Geral Básica, no caso de turmas da 1ª série e, no caso da 2ª e 3ª séries, o percentual
sugerido comporá a pontuação dos trimestres de todas as unidades curriculares do
itinerário cursado pelo estudante.
Assim, o desenvolvimento das atividades propostas, podem computar até 3 pontos
no primeiro trimestre, até 3 pontos no segundo trimestre e até 4 pontos no terceiro
trimestre.
Cabe destacar que a função de avaliar, de registrar as notas no Seges e, também,
de acompanhar a frequência de realização das atividades propostas no ProInPAC
é do Professor deste componente.
Por fim, considerando que o ProInPAC é um componente curricular ofertado intei-
ramente em EaD, é importante e necessário que o planejamento de suas aulas
aconteça de modo integrado com os demais componentes do aprofundamento.
Essa integração garantirá que os produtos, incluindo as etapas necessárias para
seu planejamento, sejam gerados de modo inter e transdisciplinar e conectado ao
seu itinerário formativo de aprofundamento.
Mais informações sobre a oferta de componentes curriculares na modalidade de
Educação a Distância – EaD no Ensino Médio noturno podem ser obtidas na Porta-
ria Nº 044-R, de 03 de fevereiro de 2022.

Clique aqui para acessar a


5.2 O PROFESSOR DE COMPONENTE EAD Portaria Nº 044-R.
O professor dos componentes EaD do Ensino Médio noturno cumpre a função de
tutor no processo de aprendizagem do educando por intermédio da Plataforma do
Estudante. Além, do que já foi dito no Capítulo 4 em relação aos componentes Pro-
jeto de Vida e Estudo Orientado, ele deve:
• cumprir a carga horária de trabalho na escola;
• acompanhar semanalmente o progresso dos estudantes por meio da Plataforma;
• promover estratégias, em conjunto com a equipe pedagógica, para orientar o uso
da Plataforma ou para aumentar o engajamento dos estudantes na sua utiliza-
ção;
• pela Plataforma, orientar os estudantes quanto às atividades, bem como dar de-
volutiva das atividades e avaliações realizadas por eles, quando for o caso;
• identificar os estudantes que estão a mais de 10 dias sem acessar a plataforma
ou com mais de 5 atividades pendentes e, em conjunto com a equipe pedagó-
gica, estabelecer a melhor forma de intervenção com vistas à integralização da
carga horária EaD no tempo correto pelo educando;
• planejar de forma integrada aos demais componentes curriculares a distribui-
ção/atribuição de nota relativa ao desenvolvimento da atividade trimestral da Pla-
taforma EaD dos componentes integradores Projeto de Vida e Estudo Orientado.

42
AS

6
AULAS ELETIVAS
COMPLEMENTARES
As Eletivas Complementares são desenvolvidas no
contraturno do estudante e têm por objetivo aprofun-
dar os estudos, expandir o repertório cultural, artís-
tico, linguístico, criativo, corporal, científico e empre-
endedor por meio do desenvolvimento das
competências e habilidades previstas no
Currículo do Espírito Santo.
A Resolução nº 03, de 21 de novembro de 2018, em seu artigo 12, parágrafo 7º
versa:

“A critério dos sistemas de ensino, os currículos do en-


sino médio podem considerar competências eletivas
complementares do estudante como forma de amplia-
ção da carga horária do itinerário formativo escolhido,
atendendo ao projeto de vida do estudante”.

Dessa forma, a SEDU, por meio da Portaria 062-R de 17 de março de 2022, regu-
lamenta a oferta de Eletivas Complementares – EC aos estudantes matriculados
no ensino médio da rede pública estadual de ensino.

6.1 ASPECTOS CURRICULARES


Independentemente da proposta pedagógica da EC, é necessário que exista sem-
pre a intencionalidade de trabalhar com o estudante alguma competência e/ou
habilidade do currículo, podendo considerar diferentes padrões de desempenho
escolar dos estudantes e promover agrupamentos de modo a contemplar as espe-
cificidades de cada um desses grupos.
Ademais, da mesma forma como o Componente Integrador Eletiva, as aulas de EC
devem ser consideradas também como uma oportunidade para fomentar a recupe-
ração, a recomposição e o fortalecimento da aprendizagem, além de desenvol-
ver Temas Integradores.
Nessa perspectiva, alguns temas e objetivos de propostas pedagógicas para EC
são apresentados a seguir por Área de Conhecimento:
Linguagens e suas Tecnologias
• desenvolver a escrita por meio de produção de textos dissertativos-argumentati-
vos;
• estimular projetos de incentivo leitura;
• contemplar variadas modalidades esportivas, considerando as categorias que re-
únem as diversas práticas de esporte (BRASIL, 2017, p. 215-216): marca, preci-
são, técnico-combinatório, rede/quadra dividida ou parede de rebote, campo e
taco, invasão ou territorial e combate;
• contemplar diversas linguagens artísticas tais como teatro, música, dança, artes
visuais e artes audiovisuais.

Matemática e suas Tecnologias


• fortalecer o trabalho para a execução de cálculos matemáticos elementares dos
educandos por meio de atividades teóricas e experimentais;
• estimular a criação de clubes e/ou oficinas que desenvolvam o raciocínio mate-
mático como, por exemplo, xadrez, sudoku, problemas lógicos entre outros;
• incentivar pesquisas e trabalhos fundamentados no método científico, que envol-
vam raciocínio lógico e a linguagem matemática;
• encorajar os educandos a trabalhar com raciocínio lógico, algoritmos e programa-
ção.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


• realizar pesquisas científicas, fundamentadas no método científico, que seja com-
patível com a realidade local dos educandos;
• incentivar a realização de mostras científicas na escola a partir dos trabalhos por
eles desenvolvidos;
• promover a participação dos estudantes em feiras de ciências municipais, estadu-
ais, nacionais e internacionais;
• criação de clubes de astronomia observacional;
• desenvolver projetos de iniciação científica em Física, Química e Biologia.
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
• incentivar a criação de clubes de debates de temas atuais;
• realizar pesquisas intervenção sociocultural na perspectiva do método científico
compatíveis com a realidade local;
• desenvolver mostras científicas e culturais na escola a partir dos trabalhos por
eles elaborados;
• desenvolver projetos de iniciação científica em ciências humanas voltado para as
territorialidades locais.

Dentro desse contexto, é importante ressaltar que a estruturação de uma EC deva


considerar em sua concepção dois aspectos, são eles:
1º) o fortalecimento da construção do conhecimento alicerçado em habilidades
e competências; e
2º) a perspectiva de organizações de tais componentes na óptica dos eixos es-
truturantes do novo ensino médio: investigação científica, intervenção sociocul-
tural, empreendedorismo social e processos criativos.

6.2 ASPECTOS OPERACIONAIS


As Eletivas Complementares não são obrigatórias e serão desenvolvidas anual-
mente, no contraturno do estudante e, assim, não serão computadas para a pro-
gressão escolar. As turmas podem ser organizadas com estudantes de diferentes
séries, por exemplo: uma turma de EC voltada para a prática do xadrez pode ser
composta por estudantes da 1ª, 2ª e 3ª séries.
Para a adesão às aulas de EC por parte da escola é importante conhecer a Portaria
nº 062-R, de 17 de março de 2022, que regulamenta a oferta de aulas eletivas com-
plementares para estudantes da rede escolar pública estadual. Essa portaria traz
informações basilares para o funcionamento das aulas eletivas complementares,
como o número mínimo de estudantes por turma, número de turmas de Eletivas Clique aqui para acessar a
Portaria Nº 062-R.
Complementares por turno, número de aulas e duração de cada aula, além de ori-
entações para a construção da proposta pedagógica.
A oferta de aulas de EC deve ser precedida de pesquisa realizada pela escola sobre
os interesses e sobre as necessidades de aprendizagem em sua comunidade edu-
cativa a fim de conhecer o perfil de seus estudantes. Somente após esse primeiro
passo será possível elaborar proposta(s) pedagógica(s) para as aulas Eletivas Com-
plementares que sejam realmente aderentes aos interesses do público-alvo.
Neste momento, é importante que a unidade escolar considere a estrutura física da
unidade escolar e seus recursos materiais e humanos para verificar se a proposta
pedagógica é exequível. Um segundo passo é a organização do momento de divul-
gação das EC para que os estudantes conheçam as propostas pedagógicas antes
do período de inscrição, realizando um levantamento prévio do número de estudan-
tes que têm interesse em cada Eletiva Complementar a fim de definir quais e quan-
tas serão de fato as turmas que estarão à disposição dos estudantes no período de
inscrição.
Definidas as EC, a respectiva SRE procederá com a validação da adesão de cada
Eletiva Complementar a ser ofertada pela escola, que dará início ao período de ins-
crição dos estudantes na EC, por meio da Secretaria Escolar, conforme a Portaria
nº 062-R. Finalizado o período de inscrição, a equipe pedagógica deverá organizar
as turmas e divulgá-las, juntamente com informações de início das atividades e ho-
rários das aulas.
O desenvolvimento das aulas EC deve ser monitorado pela equipe gestora a fim de
garantir a continuidade da oferta. No encerramento das Eletivas Complementares,
a escola deverá organizar um momento de culminância, socializando para toda a
comunidade escolar tudo o que foi desenvolvido, na forma de apresentação, relató-
rio de projetos, experiências científicas, jornais, dramatização, dentre outras. Con-
cluída a culminância, a escola elaborará um instrumento para os estudantes avalia-
rem o grau de satisfação na EC cursada e, com base na avaliação, definir pela efe-
tividade ou não de nova oferta para o ano seguinte.
REFERÊNCIAS
[1] BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 13.005, de 20 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação - PNE e dá outras providências. Portal da Legislação, Brasília, 20 jun. 2014. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 27 out. 2021.
[2] BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE nº1, de 2 de fevereiro de 2016. Define Diretrizes
Operacionais Nacionais para o credenciamento institucional e a oferta de cursos e programas de Ensino
Médio, de Educação Profissional Técnica de Nível Médio e de Educação de Jovens e Adultos, nas etapas
do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, na modalidade Educação a Distância, em regime de colabo-
ração entre os sistemas de ensino. Brasília, 2 fev. 2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/in-
dex.php?option=com_docman&view=download&alias=33151-resolucao-ceb-n1-fevereiro-2016-pdf&ca-
tegory_slug=fevereiro-2016-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 27 out. 2021.
[3] BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nos 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de
20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga
a Lei no 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas
de Ensino Médio em Tempo Integral. Portal da Legislação, Brasília, 16 fev. 2017. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm. Acesso em: 27. out. 2021.
[4] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/Secretaria de Edu-
cação Básica, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#medio. Acesso em:
27. Out. 2021.
[5] BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE nº 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as Dire-
trizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, 22 nov. 2018. Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622. Acesso em: 27
out. 2021.
[6] BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 9.507, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Brasília, 26 maio 2017. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Ku-
jrw0TZC2Mb/content/id/20238603/do1-2017-05-26-decreto-n-9-057-de-25-de-maio-de-2017-20238503.
Acesso em: 27 out. 2021.
[7] BRASIL. Ministério da Educação. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Brasília: MEC, 2021. Dis-
ponível em: http://cnct.mec.gov.br/apresentacao. Acesso em 22/10/2021.
[8] DELORS, Jacques. Educação: Um tesouro a descobrir. 2ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF:
MEC/UNESCO, 2003.
[9] MORAN, José. A importância de construir Projetos de Vida na Educação. São Paulo, 2017. Acesso
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[10] ESPÍRITO SANTO (estado). Secretaria de Estado da Educação. Resolução CEE-ES nº 5666/2020, de
30 de novembro de 2020. Estabelece as normas para implantação do Novo Ensino Médio no âmbito do
Sistema de Ensino do Estado do Espírito Santo e promove alterações na Resolução CEE-ES nº
3.777/2014 para esta etapa da educação básica. Secretaria de Estado da Educação, Vitória, 30 nov.
2020. Disponível em: https://educacao.sedu.es.gov.br/Media/EducacaoSedu/Arquivos/Legisla%C3%A7%C3%B5es/Re-
solu%C3%A7%C3%A3o%20CEE-ES%205666-2020-Implanta%C3%A7%C3%A3o%20do%20Novo%20En-
sino%20M%C3%A9dio%20no%20ES-1.pdf. Acesso em: 27 out. 2021.
[11] ESPÍRITO SANTO (estado). Secretaria de Estado da Educação. Portaria nº 279-R, de 06 de dezembro
de 2021 – Edição Extra. Define procedimentos e diretrizes para implementação das organizações cur-
riculares na Rede Escolar Pública. Estadual, e demais providências. Diário Oficial dos Poderes do Es-
tado, Vitória, 08 de dez. 2021. Disponível em: https://sedu.es.gov.br/Media/sedu/pdf%20e%20Arqui-
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2022.
[12] ESPÍRITO SANTO (estado). Secretaria de Estado da Educação. Resolução CEE-ES nº 6.111, de 07 de
outubro de 2021. Altera títulos de seções e de subseções, numerações e redações de artigos da Reso-
lução CEE nº. 3.777, de 20 de outubro de 2014. Diário Oficial dos Poderes do Estado, Vitória, 07 out.
2021. Disponível em: https://ioes.dio.es.gov.br/portal/visualizacoes/pdf/6225/#/p:39/e:6225 . Acesso em:
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[13] ESPÍRITO SANTO (estado). Secretaria de Estado da Educação. Resolução CEE-ES nº. 5.707/2020.
Altera o Art. 61 da Resolução CEE-ES Nº. 3.777/2014. Altera o Art. 61 da Resolução CEE-ES nº.
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Santo – Áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e de Ciências da Natureza e suas Tecno-
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Santo – Áreas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, de Ciências Humanas e Sociais Apli-
cadas, de Matemática e suas Tecnologias e de Linguagens e suas Tecnologias. Vitória: SEDU.
2019. Disponível em: https://curriculo.sedu.es.gov.br/curriculo/wp-content/uploads/2022/04/Aspiracoes-
Docentes-versao-revisada.pdf. Acesso em: 25 nov. 2022.
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E PROFISSIONAL
GERÊNCIA DE ENSINO MÉDIO

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