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AlfaCon Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
O Espaço Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Relevo����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Unidades do Relevo�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Características Gerais do Relevo Brasileiro:��������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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O Espaço Brasileiro
Relevo
Conjunto de formas que sobressaem na crosta terrestre, concebidas sob ação de forças internas
e externas, denominadas agentes de relevo.
Possui papel importante na definição das atividades humanas.
Influencia os processos de ocupação das áreas.
O relevo pode sofrer modificações, que podem ser:
Modificações ENDÓGENAS (internas): ocorrem a partir de pressões exercidas pelo magma.
Ex.: tectonismo (movimento das placas tectônicas);
vulcanismo (atividade de vulcões);
sismos (terremotos).
Movimentos EXÓGENOS (externos): ocorrem por meio de variações na temperatura, ou vento ou chuva;
Produzem erosões ou intemperismos; (desgaste ou desagregação das partículas da rocha).
As erosões ou intemperismos podem ser de origens:
→→ FÍSICAS: oscilação de temperatura no interior das rochas;
→→ QUÍMICAS: transformação de minerais em contato com a água;
→→ BIOLÓGICAS: pressão exercida pelas raízes das plantas.
Unidades do Relevo
→→ Planaltos: são unidades de relevo relativamente planas e localizadas em regiões de altitudes elevadas.
Situam-se geralmente acima de 300 metros do nível do mar.
São classificados em:
˃˃ Planaltos sedimentares: formados por rochas sedimentares, o que resultou da elevação das
regiões de bacias sedimentares, provocada por agentes endógenos de modificação do relevo
(exemplo: tectonismo).
˃˃ Planaltos cristalinos: formados por rochas ígneas intrusivas e metamórficas. São originados
pelo desgaste de montanhas por meio de agentes exógenos de modificação do relevo (exemplo:
ação da água e dos ventos).
˃˃ Planaltos basálticos: formados por rochas ígneas extrusivas. São originados pelas erupções
vulcânicas e consequente solidificação do magma na superfície.
Principais encontrados no Brasil são:
Planalto das Guianas (Norte do Brasil);
Planalto Brasileiro – da Amazônia até Rio Grande do Sul e de Roraima ao litoral Atlântico;
Planalto Central – partes do Norte, Nordeste e Sudeste e Centro-Oeste do Brasil;
Planalto Atlântico ou Oriental – nordeste a norte do Rio Grande do Sul;
Planalto Meridional ou Arenito Basáltico – terras da bacia do Rio Paraná.
→→ Planície: é uma unidade de relevo caracterizada por possuir paisagens geralmente planas, pouco
acidentadas e localizadas em regiões com baixas altitudes, estando geralmente próximas ao
nível do mar.
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As planícies são consideradas relevos em construção. São formas do relevo recentes (Era Cenozoica).
Possuem origem sedimentar, ou seja, localizam-se em bacias sedimentares de origem recente.
Nas planícies os processos de acúmulo de sedimentos superaram os processos de erosão.
Podem ser classificadas em três tipos:
1) Aluviais: nesse caso, o transporte de sedimentos é feito pelos rios, dando origem à planície alu-
vional ou fluvial;
2) Costeiras: o transporte de sedimentos é feito por águas marinhas, dando origem à planície
costeira ou marinha;
3) Lacustres: forma-se a planície lacustre quando há soterramento de um lago.
Principais são: Planície Amazônia (Rio Amazonas);
Planície do Pantanal (MS e sudeste do MT);
Planície Costeira (litoral brasileiro);
Planície Gaúcha ou dos Pampas (metade do sul do RS).
→→ Depressões: suas principais características estão relacionadas ao nível altimétrico (altitude) em
que se encontram: costumam estar rebaixadas em relação às áreas que as limitam, podendo ser
encontradas também abaixo do nível do mar.
Sua superfície, apesar de plana, apresenta irregularidades, sendo, portanto, bastante acidentada
e com inclinações.
São formadas por meio de processos erosivos.
Em suas bordas, podemos encontrar bacias sedimentares.
O desgaste natural dessas bacias por meio de agentes transformadores do relevo pode originar as
depressões. Essa forma de relevo também pode ser formada pelo afundamento das áreas provocado
por forças oriundas do interior da Terra.
Depressões podem ser geradas por rochas cristalinas e rochas sedimentares. O desgaste dessas
rochas provoca um intenso acúmulo de sedimentos.
De acordo com a altitude, podem ser classificadas em:
Depressões relativas: são consideradas relativas às áreas de depressão que possuem nível al-
timétrico maior que o nível do mar, mas com altitudes inferiores às das áreas que as circundam.
Exemplos: Depressão Cuiabana, no Brasil.
Depressões absolutas: são consideradas depressões absolutas as áreas que apresentam altitudes mais
baixas que o nível do mar. Exemplo: Mar Cáspio, localizado entre os continentes europeu e asiático.
Classificação das depressões de acordo com a localização:
1) Periféricas: localizam-se em áreas de contato entre bacias sedimentares e núcleos cristalinos. Normal-
mente apresentam formato alongado. Exemplo: Depressão Periférica Paulista, no estado de São Paulo.
2) Marginais: situam-se em áreas de origem sedimentar. Exemplo: Depressão Sul-Amazônica.
3) Interplanálticas: como o próprio nome sugere, localizam-se em altitudes mais baixas que os pla-
naltos que estão ao seu redor.
Exemplo: Depressão Sertaneja, do São Francisco e Norte e Sul Amazônica.

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Características Gerais do Relevo Brasileiro:


Antigo e desgastado (o Brasil é conhecido por ter uma formação geologicamente antiga, o que
significa que ele esteve, ao longo das eras geológicas, mais tempo exposto à ação dos agentes externos
ou exógenos de transformação do relevo, como as chuvas, os ventos e demais fatores. Por isso, as
formas superficiais foram bastante desgastadas ao longo do tempo, o que explica, por exemplo, a
ausência de grandes cadeias montanhosas no país).
Ação endógena baixa (não temos vulcanismo e terremotos).
Ação exógena é a principal transformadora do relevo brasileiro, por meio da: chuva e temperatura.
Predominância de planaltos acima dos 200 metros de altitude.
Escudos cristalinos – 36% (maciços antigos ou crátons).
Bacias sedimentares – 64%.
Não há presença de dobramentos modernos, pois não estamos nos limites de placas tectônicas.
Exercícios
01. Segundo estudos, o relevo predominante no Brasil é:
a) Depressão Central.
b) Planícies e Terras Baixas.
c) Planalto Brasileiro.
d) Planície Costeira.
e) Planalto das Guianas.
02. No território brasileiro, as estruturas e as formações litológicas são antigas, mas as formas do
relevo são recentes. Estas foram produzidas pelos desgastes erosivos que sempre ocorreram e con-
tinuam ocorrendo, e com isso estão permanentemente sendo reafeiçoadas.
(ROSS, J. S. (org). Geografia do Brasil. 5ª ed. EdUSP, 2005. p.45).

Conforme as descrições realizadas pelo texto acima, o relevo brasileiro é de origem antiga, sendo
muito trabalhado pelos agentes exógenos de modelagem. Essa dinâmica implica:
a) a constituição de formações orogenéticas.
b) a ausência de cadeias montanhosas no território nacional.
c) a existência de imensas áreas de planície.
d) a elevada amplitude altimétrica do País.
e) as zonas de planalto ao longo do leito do rio Amazonas.
03. Sobre as formas de relevo existentes na superfície terrestre, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Os planaltos são mais elevados que as planícies e menos do que as montanhas. Podem apre-
sentar composições cristalinas, sedimentares e basálticas.
b) A depressão, quando abaixo do nível do mar, é chamada de absoluta, mas acima do nível do
mar e abaixo da região de entorno, é chamada de relativa.
c) Nas planícies, o processo de erosão não é muito acentuado, havendo uma deposição de sedi-
mentos em menor grau em comparação com as demais formas de relevo.
d) As cadeias montanhosas encontram-se, geralmente, nas mais recentes formações geológicas.
e) No Brasil não há a ocorrência de dobramentos modernos.

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04. O relevo corresponde às formas do terreno que foram moldadas pelos agentes internos e
externos sobre a crosta terrestre. Cada forma de relevo corresponde a um estado da atuação
desses agentes. Analise as proposições referentes ao relevo.
I. Planalto é um compartimento do relevo com superfície irregular e altitude superior a 300
metros, onde predominam processos erosivos.
II. Planície é uma parte do relevo com superfície plana e altitude igual ou inferior a 100 metros,
onde predominam os acúmulos recentes de sedimentos.
III. Depressão é uma fração do relevo mais plano que o planalto, onde predominam processos
erosivos, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros.
IV. No Brasil predominam planaltos e depressões.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa II é verdadeira.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
Gabarito
01 - C
02 - B
03 - C
04 - E

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
O Espaço Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Classificação do Relevo�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Classificação Segundo Aroldo de Azevedo – (Diferença Altimétrica)������������������������������������������������������������������2
Classificação Segundo Aziz Ab’saber: (Morfoclimáticas – Agentes do Clima)����������������������������������������������������2
Classificação Segundo Jurandyr Ross (Morfoclimático e Altimétrico)����������������������������������������������������������������3
Pontos Culminantes do Brasil�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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O Espaço Brasileiro
Classificação do Relevo
A classificação do relevo teve como objetivo explicitar o conhecimento sobre as paisagens
naturais do nosso país e assim auxiliar o planejamento público de ocupação do espaço geográfico.
Além disso, proporcionou uma maior e melhor noção da disposição dos recursos minerais, o que
ajudou a favorecer a atividade econômica da mineração.
Conheceremos agora as seguintes classificações do relevo brasileiro:
Classificação Segundo Aroldo de Azevedo – (Diferença Altimétrica)
Primeira classificação do relevo brasileiro – década de 1940.
O Brasil ficou dividido em 59% de planaltos, conceituados como terrenos acidentados com mais
de 200 metros.
41% de planícies, consideradas como áreas planas com altitudes inferiores.
As áreas mais altas, acima de 1200 metros, perfizeram um valor muito pequeno, de aproximada-
mente 0,58%.
O Brasil foi dividido em oito unidades de relevo: o planalto das Guianas, a planície Amazônia, o
planalto Central, a planície do Pantanal, o planalto Atlântico, a planície Costeira, o planalto Meri-
dional e a planície de Pampa.
Confira o mapa a seguir:
Mapa destacando 4 Planaltos e 4 Planícies.

Classificação Segundo Aziz Ab’saber: (Morfoclimáticas – Agentes do Clima)


Publicada no ano de 1958, levou em consideração os processos morfoclimáticos.
Passou a considerar como planalto toda e qualquer área em que o processo de erosão (perda de
sedimentos) é superior ao de sedimentação (acúmulo de sedimentos).
Nas planícies, de maneira inversa, é a sedimentação que supera a erosão.
Não levou em consideração a altitude para a classificação do relevo, mas sim os tipos de proces-
sos geomorfológicos predominantes.

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Os planaltos, então, passaram a compor cerca de 75% do território brasileiro; as planícies


ficaram com 25%.
Perfazendo um total de dez unidades de relevo: o Planalto das Guianas, a Planície e Terras Baixas
Amazônicas, o Planalto Central, o Planalto do Maranhão-Piauí, o Planalto Nordestino, a Planície do
Pantanal, as Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, as Planícies de terras baixas costeiras, o Planalto
Meridional e o Planalto Uruguaio Sul-Rio-Grandense.
Observe o mapa a seguir:
Destaque 7 Planaltos e 3 Planícies.

Classificação Segundo Jurandyr Ross (Morfoclimático e Altimétrico)


Realizada no ano de 1989.
Baseada no Projeto Radam Brasil, realizado entre os anos 1970 – 1985 e estudos realizados pelo
geógrafo Aziz Nacib Ab’Saber.
Uma novidade foi a introdução de mais um tipo de unidade de relevo: as depressões.
Foi considerada depressão qualquer área de relevo aplainada que estivesse rebaixada em relação
ao seu entorno:
→→ “depressões relativas”, (acima do nível do mar);
→→ “depressões absolutas”, aquelas que se encontram abaixo do nível do mar (no Brasil não existem).
A classificação foi mais detalhada:
A divisão ficou constituída por 28 unidades de relevo, sendo 11 planaltos, 11 depressões e 6 áreas
de planícies.
Usou três critérios:
1) Morfoestrutura – origem geológica;
2) Paleoclima – antigos agentes climáticos;
3) Morfoclima – atuais agentes climáticos.

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Ficou marcado pela presença de grandes depressões, como a da Amazônia Oriental, e alguns
grandes planaltos, como as Chapadas da Bacia do Parnaíba e da Bacia do Paraná. Dentre as planí-
cies, o destaque vai para a do Rio Amazonas e os tabuleiros litorâneos.
Mapa com a classificação de Jurandyr Ross: 11 Planaltos, 11 Depressões e 6 áreas de Planícies.

Pontos Culminantes do Brasil

Exercícios
01. Para a atual proposta de identificação das macrounidades do relevo brasileiro, elaborada por
Jurandyr Ross (1989), foram fundamentais os trabalhos de Ab’Saber e os relatórios e mapas pro-
duzidos pelo Projeto Radam Brasil. Ross passou a considerar para o relevo brasileiro, conforme
as suas origens, as unidades de planaltos, depressões e planícies.
Adaptação: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005.

Quais as unidades do relevo brasileiro que, de acordo com a gênese, segundo Ross, são resultan-
tes de deposição de sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial?
a) Planícies.
b) Depressões.
c) Planaltos cristalinos.
d) Planaltos orogenéticos.
e) Planície escandinava.
02. Segundo Aziz Nacib Ab Saber, geógrafo, o relevo predominante no Brasil é:
a) Depressão Central.
b) Planícies e Terras Baixas.
c) Planalto Brasileiro.

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d) Planície Costeira.
e) Planalto das Guianas.
03. Na classificação do relevo brasileiro, elaborada pelo Prof. Jurandyr S. Ross, a Planície Amazônica:
a) mantém as mesmas dimensões das classificações anteriores.
b) é substancialmente ampliada em relação à classificação de Aziz Ab’Saber.
c) desaparece.
d) limita-se aos trechos que margeiam os grandes rios da região.
e) interliga-se à Planície do Pantanal.
Gabarito
01 - A
02 - C
03 - D

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
O Espaço Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fatores Climáticos�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Massas de Ar������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Altitude���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Latitude: (distância da Linha do Equador)����������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Maritimidade:����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Continentalidade:���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Correntes Marítimas:���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Relevo������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Vegetação�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Urbanização�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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O Espaço Brasileiro
Fatores Climáticos
Conjunto de condições atmosféricas que caracterizam uma região.
No mundo, existem vários tipos de climas que se diferem de acordo com a localização geográfica,
são determinados principalmente pela inclinação solar, ou seja, o modo como os raios incidem na
superfície terrestre.

Massas de Ar
Porções de ar que se deslocam no planeta.
Podem ser marítimas, continentais, quentes e frias.
As quentes formam-se em regiões tropicais; as frias, em regiões polares.

Tipos de Massas De Ar:


→→ Massa Equatorial Atlântica:
Quente e com elevada umidade.
Origem: Oceano Atlântico, na região da Linha do Equador.
Atua: principalmente nos estados do Nordeste brasileiro.

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→→ Massa equatorial Continental:


Quente e úmida.
Origem: Amazônia, região central do estado do Amazonas;
Atua: no inverno AM, AC e RR / verão Centro-Oeste e áreas do Oeste de SP e MG.
→→ Massa Tropical Atlântica:
Quente e úmida.
Origem Atlântico Sul.
Atua: no verão, estados do Sudeste e Sul / no inverno, pode atingir também o Nordeste e o Cen-
tro-Oeste.
→→ Massa Tropical Continental:
Quente com baixos índices de umidade.
Origem: região Nordeste da Argentina.
Atua: baixa intensidade atinge somente os estados que fazem fronteira com o Paraguai e a Ar-
gentina.
→→ Massa Polar Atlântica
Fria e úmida.
Origem: Antártida (Polo Sul).
Atua: no inverno intensamente nos estados do Sul e Sudeste, podendo atingir os estados do
Nordeste do Brasil.
Quando muito forte, atravessa o interior do Brasil chegando à Amazônia, provocando o
fenômeno chamado de FRIAGEM.
Altitude
Quanto maior é a altitude, menor é a temperatura.
Latitude: (distância da Linha do Equador)
Quanto maior é a latitude, menor é a temperatura.
Maritimidade:
Influenciado pela proximidade das massas de água (mares e oceanos).
Maior umidade.
Maior Índice Pluviométrico.
Baixa Amplitude térmica.
Continentalidade:
Quanto mais para o interior do continente, menor índice de umidade (menor quantidade de
chuvas).
Maior será a amplitude térmica (diferença entre a máxima e a mínima).
O continente aquece com maior facilidade e esfria com maior facilidade.
Correntes Marítimas:
Fluxos de água que ocorrem no mar.

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Transporta umidade, calor ou frio (conforme a região em que se origina).


As quentes evaporam e causam mais chuva.
Relevo
Algumas serras bloqueiam a umidade alterando o clima e a umidade de determinada região.
Ex.: Planalto da Borborema (NE) e região do Atacama (Chile).
Vegetação
As florestas retêm grande umidade do ar (Floresta Amazônica).
Elas propiciam um aumento nos índices de chuva e mantêm temperaturas mais amenas.
Urbanização
Retenção do calor pelas construções.
Aumento da temperatura local.
Exercícios
01. Desmatamento da Amazônia interfere no ciclo das chuvas.
Estudo mostra que o impacto da destruição da floresta pode alterar o clima do Brasil e de países
vizinhos. Nos últimos 30 anos, o Brasil já teve 600 mil quilômetros quadrados de terras desmatadas.
(Adaptado de: ANBA, 20/03/2009. Disponível em: http://www.anba.com.br/).

O impacto do desmatamento da Amazônia sobre o regime de chuvas se dá pela seguinte questão:


a) aumento médio das temperaturas.
b) contenção das reservas hídricas subterrâneas.
c) diminuição da emissão de umidade para a atmosfera.
d) intensificação da convergência das massas de ar.
e) aumento das anomalias climáticas cíclicas.
02. Clima é a sucessão habitual dos estados do tempo meteorológico. A grande variação climática
no planeta é resultante da interação dos fatores climáticos, que são os responsáveis pela grande
heterogeneidade climática da Terra e estão diretamente relacionados com a geografia de cada
porção da superfície terrestre. Em qual das alternativas a seguir há APENAS fatores climáticos,
isto é, aqueles que contribuem para determinar as condições climáticas de uma região do globo?
a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade relativa do ar e grau geotérmico.
b) Temperatura do ar, pressão, altitude, hidrografia e massas de ar.
c) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e relevo.
d) Altitude, massas de ar, maritimidade e latitude.
e) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e grau geotérmico.
03. Sobre as Zonas Térmicas da Terra, responda a alternativa correta:
a) A zona intertropical recebe maior incidência de luz que as zonas polares, porém em menor
intensidade em comparação com as zonas temperadas.
b) As zonas temperadas, em um determinado período do ano, registram temperaturas inferio-
res em relação às zonas polares da Terra.
c) Quando mais próxima uma localidade se encontra do Meridiano de Greenwich, maior a sua
exposição aos raios solares.
d) A zona intertropical costuma registrar elevadas temperaturas por se localizar próxima à
Linha do Equador, zona da Terra onde os raios solares incidem perpendicularmente.
e) As zonas térmicas da Terra são responsáveis pelas estações do ano.

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04. Você já deve ter visto no telejornal a famosa frase: “ frente fria é responsável por fortes chuvas
caídas sobre região tal”. Pois é. Acontece que, quando uma dessas massas se desloca, leva consigo
as condições de temperatura, pressão e umidade características de sua área de origem. Com isso,
forçosamente, altera as condições climáticas dos lugares que consegue alcançar em sua trajetória.
LINHARES, F. Geografia Contextualizada. 6ª série. Recife: Editora Construir, 2006. p.106.

Sobre o tema das frentes e massas de ar, assinale a alternativa INCORRETA:


a) as massas de ar deslocam-se com base em um determinado padrão global, responsável pela
articulação da circulação geral atmosférica.
b) as frentes de ar ocorrem quando há um choque entre massas de ar, geralmente de caracterís-
ticas diferentes.
c) quando as massas de ar originam-se em regiões oceânicas, costumam ser frias e secas, e
quando se originam em regiões continentais, costumam ser quentes e úmidas.
d) as massas de ar polar recebem esse nome porque se originam nos polos do planeta, ou seja,
em regiões de elevadas latitudes.
05. De acordo com seus conhecimentos sobre os fatores que influenciam o clima dos diversos
lugares do planeta, é correto afirmar que:
a) Quanto maior a latitude, maiores são as médias térmicas anuais.
b) Quanto menor a altitude, menor a temperatura.
c) As massas de ar são enormes bolsões de ar, que se mantêm estáticas na superfície da Terra.
d) A maior ou menor proximidade de grandes quantidades de água exerce forte influência no
comportamento da umidade relativa do ar, no entanto não há influência na temperatura.
e) O relevo influi na temperatura e na umidade do ar, ao facilitar ou dificultar a circulação de
massas de ar.
Gabarito
01 - C
02 - D
03 - D
04 - C
05 - E

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O Espaço Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fenômenos Climáticos:�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Dinâmica Dos Ventos���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Ventos Alísios����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Zona de Convergência Intertropical���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Efeito Coriolis����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Ventos Contra-Alísios��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
El Niño����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
El Niño no Brasil�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
La Niña���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

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O Espaço Brasileiro
Fenômenos Climáticos:
Dinâmica Dos Ventos
O vento é muito importante, pois modela o relevo, transporta umidade, ameniza o calor, dentre
outras dinâmicas.
Trata-se de um deslocamento de ar, que se desloca das áreas de alta pressão para as áreas de baixa
pressão atmosférica.
De acordo com os movimentos, os ventos podem ser:
Ventos de oeste: deslocam-se dos trópicos em direção aos polos do planeta.
Ventos polares de leste: são ventos que se deslocam dos polos em direção aos trópicos.
Ventos alísios: se direcionam dos trópicos para as regiões próximas à linha do Equador.

Ventos Alísios
Ventos constantes e úmidos.
De baixas altitudes.
Sopram dos trópicos para o Equador Leste/Oeste.
Por serem úmidos provocam grandes chuvas.
Zona de Convergência Intertropical
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é uma área que circunda a Terra, próximo à linha
do Equador, onde apresenta todo o ano a atuação dos alísios, uma vez que recebe maior incidência
dos raios solares.
Efeito Coriolis
Descoberto pelo Engenheiro Francês Gustave Gaspar Coriolis.
Os ventos alísios, ao se deslocarem das zonas de alta para baixa pressão, quando se aproximam da
ZCIT, sofrem um desvio de sua trajetória para oeste, tendo em vista que a Terra gira de oeste para leste.
Esse efeito da física é chamado de Efeito Coriolis.
Ventos Contra-Alísios
Sopram do Equador para os trópicos, oeste para leste.

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Ventos secos atuam em altitudes mais elevadas.


Atuam nas Zonas Equatoriais de baixa pressão para as Zonas Subtropicais de alta pressão;
Ocorrência alta nos desertos.
El Niño
Fenômeno da natureza que acontece de forma irregular.
Frequência de 2 a 7 anos.
Gera alterações climáticas nas porções centrais e leste do Oceano Pacífico Equatorial.
No Hemisfério Sul ocorre durante 3 a 4 meses próximos a 25 de dezembro.
Traz como consequência o aquecimento das águas do oceano Pacífico (1982 e 1983 aqueceu 6°C).
O El Niño assinala o aquecimento das águas do Oceano Pacífico uma vez que os ventos alísios
diminuem e assim provocam o aquecimento das águas marítimas.
El Niño no Brasil
Afeta o índice pluviométrico em determinadas regiões, aumentando as temperaturas.
No Norte e Nordeste é intensificado nos períodos de seca e estiagem, desiquilibrando a fauna e a
flora locais, e acarreta um maior número de queimadas.
No Sudeste e Sul ocorre o aumento da quantidade de chuvas (desmoronamentos, enchentes,
elevação dos níveis dos rios...).

La Niña
Características opostas ao El Niño.
Ocorre o resfriamento anormal das águas do oceano, resultado do aumento da intensidade dos
ventos alísios.
O fenômeno La Niña traz como consequências no Brasil:
Estiagens nas regiões Sul e Sudeste e aumento do volume de chuvas na região Norte e Nordeste,
com possibilidade maiores chuvas no sertão nordestino.
Exercícios
01. Tanto o El Niño quanto o La Niña são fenômenos atmosféricos que representam uma série
de alterações no sistema formado pelos oceanos e pelo clima, envolvendo principalmente o
Oceano Pacífico nas proximidades do oeste da América do Sul. Ambos produzem alterações
no clima de todo o planeta.
A principal diferença entre o El Niño e o La Niña é:
a) O El Niño promove secas em todos os continentes, e o La Niña é responsável pelo aumento
das chuvas.
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b) O El Niño surge do aquecimento das águas oceânicas, enquanto o La Niña surge de seu res-
friamento anômalo.
c) O El Niño atua no Hemisfério Sul, ao passo em que o La Niña atua no Hemisfério Norte.
d) O El Niño provoca uma onda de umidade excessiva em todos os lugares, enquanto o La Niña
é responsável pela seca extrema.
e) O El Niño é um fenômeno natural cíclico, e o La Niña é de responsabilidade das atividades humanas.
02. “La Niña se adianta e deve atingir o Brasil em 1998”. O CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e
Estudos Climáticos), localizado em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, acredita que ainda
este ano os efeitos do fenômeno La Niña que resfria a temperatura média das águas do Oceano
Pacífico Equatorial, atingirão o Brasil. Este dado faz parte do relatório divulgado pelo órgão,
em junho de 1998. Se isto efetivamente acontecer, as consequências poderão ser notadas no
Brasil, com efeitos contrários aos do “El Niño”.
Assinale a alternativa que caracteriza essa situação no Sul e Nordeste do país respectivamente:
a) Deficiência de chuvas no Sul e excesso de precipitação no Nordeste.
b) Secas prolongadas com posteriores nevascas; aumentará a aridez do Sertão.
c) Geadas nas “Serras Gaúchas” e intensas chuvas na Zona da Mata.
d) Fortes ventos com chuvas no Sul e ventos secos em todo Nordeste.
e) Estiagem no Sul seguida de estação chuvosa e aumento da seca em todo o Nordeste.
03. Observe o esquema abaixo, que indica a circulação atmosférica sobre a superfície terrestre, e
indique a alternativa correta.

a) Os ventos contra-alísios dirigem-se da área tropical em direção aos polos, provocando


quedas bruscas de temperatura e eventualmente queda de neve, movimentando-se em
sentido anti-horário no Hemisfério Sul e em sentido horário no Hemisfério Norte.
b) Os ventos alísios dirigem-se das áreas de alta pressão, características dos trópicos, em
direção às áreas de baixa pressão, próximas ao Equador, movimentando-se em sentido anti
-horário no Hemisfério Norte e em sentido horário no Hemisfério Sul.
c) Os ventos contra-alísios dirigem-se dos trópicos em direção ao Equador, movimentando-se
em sentido horário no Hemisfério Norte e anti-horário no Hemisfério Sul, graças à ação da
Força de Coriolis.
d) Os ventos alísios dirigem-se das áreas tropicais para as equatoriais, em sentido horário no
Hemisfério Norte e anti-horário no Hemisfério Sul, graças à ação da Força de Coriolis, asso-
ciada à movimentação da Terra.
04. O fenômeno El Niño é um acontecimento climático natural cuja origem ainda não é definida,
existindo várias hipóteses. Esse evento provoca aquecimento anormal das águas de qual oceano?
a) Atlântico
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b) Antártico
c) Índico
d) Ártico
e) Pacífico
05. O deslocamento das massas de ar, que dão origem aos ventos, se faz sempre:
a) das áreas mais elevadas para as mais baixas.
b) das áreas de temperaturas mais altas para as de temperatura mais baixa.
c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão.
d) das áreas mais úmidas para as mais secas.
e) de oeste para leste.
Gabarito
01 - B
02 - A
03 - D
04 - E
05 - C

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
O Espaço Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Clima do Brasil�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Características Gerais���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tipos de Clima do Brasil���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Clima Equatorial�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tropical Úmido: (Tropical Litorâneo)������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tropical Semiúmido: (Tropical Central)�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tropical se Altitude�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Tropical Semiárido�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Subtropical���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

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O Espaço Brasileiro
Clima do Brasil
Características Gerais
O clima é o conjunto de condições atmosféricas que caracterizam uma região.
O território brasileiro, em virtude da sua localização e grande extensão, apresenta diferentes
tipos de clima.
A maior parte do território brasileiro encontra-se nas áreas de baixas latitudes, entre o Equador e
o Trópico de Capricórnio. Por essa razão, predominam os climas quentes e úmidos.
Os climas influenciam as características da vegetação.
Determinadas espécies de vegetais se desenvolvem em determinados climas.
Os principais climas do Brasil são: Equatorial, Tropical Úmido, Tropical Semiúmido, Tropical
De Altitude, Tropical Semiárido e Subtropical.

Tipos de Clima do Brasil


Clima Equatorial
Região Amazônica.
Alta pluviosidade, de 2000 a 2500 mm/ano.
Médias térmicas de 24°C.
Elevada umidade.
→→ Ventos alísios.
→→ Evapotranspiração da floresta Amazônica.
→→ Densa malha hidrográfica da região.
MEC e MEA.
Tropical Úmido: (Tropical Litorâneo)
Ao longo do litoral Brasileiro de Nordeste a Sudeste.
Pluviosidade elevada 1500 a 2000 mm/ano.
Médias térmicas 20 a 24°C.
No Nordeste as chuvas ocorrem de março a agosto.
MTA.
Tropical Semiúmido: (Tropical Central)
Região Centro-Oeste, parte do Nordeste e parte do Sudeste.
Duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno seco.
Pluviosidade entre 1000 a 1500 mm/ano.
Média térmica 24°C.
MTC e MEC.

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Tropical se Altitude
Região Serrana do Sudeste (Serra da Mantiqueira).
Relevo é fator determinante para explicar as temperaturas amenas.
Pluviosidade entre 1500 mm/ano.
Média térmica 17 °C a 22°C.
MTA.
Tropical Semiárido
Clima do interior Nordestino (Sertão).
Baixos índices pluviosidade inferior a 600 mm/ano.
Planalto da Borborema e Planalto do Maranhão Piauí.
Chuvas irregulares e mal distribuídas (fevereiro a junho).
Média térmica 26°C a 28°C.
MTA, MEC, MPA e MEA.
Subtropical
Predominante no Sul do Brasil.
Chuvas bem distribuídas o ano todo, de 1500 a 2000 mm/ano.
Inverno com chuvas frontais.
Presença de geadas no inverno.
Temperaturas médias térmicas são inferiores a 18°C.
Amplitude térmica elevada.
MPA e MTA.

Exercícios
01. Em relação aos tipos climáticos encontrados no Brasil, a afirmação errada é:
a) O clima equatorial apresenta elevados índices pluviométricos e temperaturas médias acima
de 22 °C.
b) O clima da costa oriental do Nordeste apresenta chuvas mais abundantes nos meses de inverno.
c) O clima tropical com chuvas de verão e invernos secos ocorre em grande parte do terri-
tório brasileiro.

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d) O clima subtropical apresenta pequenas amplitudes térmicas e chuvas concentradas no verão.


e) O clima semiárido apresenta baixos índices pluviométricos e grande irregularidade na dis-
tribuição das chuvas.
02. Assinale a opção que correlaciona corretamente tipo de clima / região do Brasil / característi-
cas do clima, respectivamente:
a) Equatorial / toda a Amazônia / sem estação seca e chuvas acima de 3000 mm/ano, estações
individualizadas.
b) Tropical / planalto Central / seca na primavera e verão, chuvas abaixo de 1000 mm/ano.
c) Semiárido / Alto vale do São Francisco / chuvas de outono-inverno, em torno de 600m.
d) Tropical / áreas mais elevadas do planalto Central / sem estação seca, temperaturas médias
acima de 25°C e verões muito quentes.
e) Subtropical / maior parte da região Sul / chuvas bem distribuídas, médias térmicas abaixo
de 25°C e estações mais acentuadas.
03. Em relação aos tipos de clima no Brasil, marque qual clima abrange uma porção maior do ter-
ritório e melhor caracteriza o país:
a) Clima Tropical
b) Clima Equatorial
c) Clima Subtropical
d) Clima Desértico
e) Clima Semiárido
04. As características descritas abaixo fazem referência a um único tipo de clima brasileiro. Anali-
se-as e responda a qual tipo de clima elas estão se referindo.
→→ Temperaturas médias elevadas ao longo do ano.
→→ Baixa precipitação anual e chuvas mal distribuídas.
→→ Encontro de quatro massas de ar: Equatorial Continental, Equatorial Atlântico, Tropical Atlânti-
co e Polar Atlântica.
a) Clima Tropical
b) Clima Semiárido
c) Clima Equatorial
d) Clima Subtropical
e) Clima Tropical Úmido
Gabarito
01 - D
02 - E
03 - A
04 - B

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Políticas Territoriais��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Problemas Ambientais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Principais Problemas Ambientais Atuais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Problemas Ambientais Brasileiros������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Principais Problemas com os Solos�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Processo de Salinização do Solo����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Poluição da Atmosfera e Alterações no Clima����������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Medidas Tomadas pelos Países para Tentar Conter os Problemas Ambientais na Atmosfera���������������������������7
Poluição das Águas�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
Eutrofização ou Eutroficação��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
Água no Brasil���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7

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Políticas Territoriais
Problemas Ambientais
Nos dias atuais, o planeta terra é afetado por vários problemas ambientais, muitos deles provoca-
dos pela ação humana. Esses problemas afetam a fauna, flora, solo, águas, ar e etc.
Uma grande conferência da ONU, realizada em 1949, promoveu um debate em torno da conservação
e utilização de recursos naturais. Nesse momento, eles estavam preocupados com os prejuízos ambientais
causados pela poluição gerada por indústrias e cidades, além das ameaças causadas por testes nucleares.
Todos esses problemas, acrescentados de um risco ambiental cada vez maior, conduziram a um
novo encontro na cidade de Roma no ano de 1968. Dentre vários assuntos que foram tratados, a
preocupação em planejar soluções para os problemas ambientais ganharam destaque.
Após essas grandes reunião foi realizada a primeira conferência das Nações Unidas sobre meio
ambiente em 1972, na cidade de Estocolmo – Suécia. Ela teve como intuito conscientizar a socieda-
de sobre sua relação com o ambiente, principalmente quanto à exploração dos recursos naturais, a
poluição do ar e das águas.
Principais Problemas Ambientais Atuais
→→ Poluição do ar:
Causada por gases poluentes gerados, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis
(carvão mineral, gasolina e diesel) e indústrias.
Queimadas em matas e florestas como forma de ampliar áreas para pasto ou agricultura.
→→ Poluição das águas:
Rios, lagos, mares e oceanos são poluídos por meio do lançamento de despejos, esgotos e lixo,
acidentes ambientais (vazamento de petróleo), etc.
→→ Poluição do solo:
Provocada por contaminação (agrotóxicos, fertilizantes e produtos químicos) e descarte in-
correto de lixo.
Esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultura), provocado pelo uso incorreto.
→→ Outros problemas:
Desmatamento com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira.
Diminuição e extinção de espécies animais, provocados pela caça predatória e destruição de
ecossistemas.
Falta de água para o consumo humano, causado pelo uso irracional (desperdício), contaminação
e poluição dos recursos hídricos.
Acidentes nucleares que causam contaminação do solo por centenas de anos. Podemos citar como
exemplos os acidentes nucleares de Chernobyl (1986) e na Usina Nuclear de Fukushima no Japão (2011).
Aquecimento Global, causado pela grande quantidade de emissão de gases do efeito estufa.
Diminuição da Camada de Ozônio, provocada pela emissão de determinados gases (CFC, por
exemplo) no meio ambiente.
Problemas Ambientais Brasileiros
Os problemas ambientais dentro do território brasileiro ocorrem desde a época da colonização,
estendendo-se aos subsequentes ciclos econômicos (cana, ouro, café, etc.).
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Nos dias atuais, os principais problemas estão relacionados com as práticas agropecuárias pre-
datórias, o extrativismo vegetal (atividade madeireira) e a má gestão dos resíduos urbanos.
Os principais agravantes de ordem rural e urbana são:
→→ perda da biodiversidade em razão do desmatamento e das queimadas;
→→ degradação e esgotamento dos solos por causa das técnicas de produção;
→→ escassez da água pelo mau uso e gerenciamento das bacias hidrográficas;
→→ contaminação dos corpos hídricos por esgoto sanitário;
→→ poluição do ar nos grandes centros urbanos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% dos municípios bra-
sileiros apresentam problemas ambientais, entre eles temos: queimadas e desmatamento.
Queimadas: utilizadas geralmente para limpar uma determinada área, renovar as pastagens e
facilitar a colheita de produtos como a cana-de-açúcar.
Essa prática pode ser prejudicial para o ecossistema, pois aumenta os riscos de erosão, mata mi-
cro-organismos que vivem no solo, retira nutrientes e causa poluição atmosférica.
Desmatamentos: utilizados na ampliação da agropecuária, extração da madeira para uso co-
mercial, criação de hidrelétricas, mineração e expansão das cidades.
O desmatamento prejudica o ecossistema de diferentes maneiras, provocando erosões, agrava-
mento dos processos de desertificação, alterações no regime de chuvas, redução da biodiversidade,
assoreamento dos rios, etc.
Principais Problemas com os Solos
Erosão
Processo de desgaste do solo de causas naturais ou antrópicas.
Intensificado pela retirada da cobertura vegetal, deixando o solo exposto aos agentes intempéricos.
→→ Águas (rios e chuvas).
→→ Ventos (erosão eólica como no Parque Estadual de Vila Velha – Ponta Grossa-PR).
Podem ser:
˃˃ Ravinas (valetas).
˃˃ Voçorocas (grandes erosões).
˃˃ Erosão laminar.
Lixiviação
Processo de “lavagem”, perda dos minerais do perfil do solo, causado pela “lavagem” promovida
pelas chuvas e pela infiltração de água no solo;
Erosão leve.
Laterização
Um tipo de intemperismo químico que consiste no enriquecimento da superfície por óxidos hi-
dratados de ferro ou alumínio.
Surgimento de uma crosta ferruginosa (carapaça laterítica).
Após esse processo os solos são denominados lateríticos, lateritos.

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Causas da laterização: associadas a processos naturais (solos muito desgastados pelo tempo)
ou antrópicos, destacam as queimadas e o desmatamento, que removem a proteção da superfície e
deixam de fornecer materiais orgânicos.
Consequências da laterização: dificuldade oferecida para a penetração de raízes, além do
aumento da improdutividade, um problema recorrente na Região Amazônica. Atualmente bastante
intenso na região do Cerrado brasileiro.
Desertificação
Ocorre nas regiões de clima semiárido do Nordeste.
Ausência de chuvas, solos com pouca umidade.
Uso inadequado pelo homem (queimadas).
Retirada da cobertura vegetal.
Empobrecimento do solo e consequentemente desertificação.
Arenização
Ocorre em solos arenosos com clima úmido e chuvoso.
Áreas do Pampa Gaúcho são áreas de maior ocorrência no Brasil.
Os agentes sejam naturais ou humanos modificam o solo:
→→ Intensificou devido à excessiva atividade de agricultura e sobre pastoreio.
→→ Processo natural intensificado pelo homem.
→→ Processo de formação de bancos de areia no solo, em um fenômeno equivalente à desertificação,
diferenciando-se desta por manifestar-se em áreas de clima úmido e relativamente chuvoso,
além de ser comum em solos de composição previamente arenosa, intensifica-se através da
retirada da cobertura vegetal, com isso o solo arenoso fica exposto e sofre o processo de areniza-
ção pela ação dos ventos e chuvas.
Assoreamento
Acúmulo de sedimentos em ambientes aquáticos.
Seus impactos para o meio ambiente são grandes, como a obstrução de cursos de água, destrui-
ção de habitats aquáticos, prejuízos na água destinada ao consumo e veiculação de poluentes.
Processo de Salinização do Solo
Entende-se por salinização do solo o acúmulo excessivo de sais minerais em forma de íons (Na+
e Cl-) na superfície e também na estrutura interior do relevo utilizado para o plantio.
É um processo que se manifesta mais comumente em áreas de clima árido e semiárido em que
são elevados os índices de evaporação e muito baixas as quantidades médias de chuvas.
Sabemos que, naturalmente, a água possui sais minerais e demais compostos, tais como o potássio
e muitos outros. No entanto, o acúmulo excessivo dessa água no solo, somado ao seu elevado índice
de evaporação, pode provocar o processo de salinização, pois os sais depositados não evaporam em
conjunto. Assim, quando as chuvas são poucas e o solo é pouco lavado pelo escoamento das águas
pluviais na superfície, esses sais mantêm-se ainda mais acumulados, causando a perda de sua fertili-
dade e até mesmo intensificando processos de desertificação.
Existem três causas principais para a salinização do solo: a subida do nível freático, a adoção de
métodos incorretos de irrigação e o acúmulo de água salgada proveniente dos mares e oceanos.

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Poluição da Atmosfera e Alterações no Clima


INVERSÃO TÉRMICA
Fenômeno natural que ocorre principalmente no inverno quando o ar e o solo registram tempe-
raturas mais baixas, podendo chegar a 4°C. Quando isso acontece o ar frio não consegue se elevar,
enquanto o ar mais quente fica nas camadas mais altas e não consegue descer ocorrendo uma estabi-
lização temporária da atmosfera.
Ocorre com maior incidência em locais que absorvem muito calor durante o dia e perde com
facilidade o calor à noite (regiões no interior do continente).
Locais com pouca ou sem cobertura vegetal.
A poluição do ar na inversão térmica fica concentrada nas camadas mais baixas, próximas ao
solo. Com isso, produz um efeito tampão, prejudicando a saúde da população.


SOLUÇÃO
Políticas ambientais eficientes.
Fiscalização das Indústrias.
Diminuição das queimadas.
Utilização de biocombustíveis.
Campanhas de conscientização.
ILHAS DE CALOR
Típicas de grandes cidades.
Os raios solares atingem a cidade e não conseguem se dissipar.
As temperaturas comparadas a áreas rurais chegam a ser de 5º C a 10º C maiores.
São consideradas microclimas urbanos.
→→ Causas: Poluição atmosférica, falta de cobertura vegetal, intensa urbanização (barra a circu-
lação dos ventos).
CHUVAS ÁCIDAS
Precipitação com presença de ácido sulfúrico, nítrico e nitroso resultantes de reações químicas
na atmosfera.
Queima de combustíveis fósseis liberam gases que em contato com hidrogênio + oxigênio + água
aumenta muito a acidez da chuva, diminuindo o PH e tornando-a prejudicial aos seres vivos.
Consequências:
Destruição da cobertura vegetal.
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Acidificação dos solos.


Acidificação das águas dos rios e lagos.

EFEITO ESTUFA
Ocasionado pela concentração de gases na atmosfera (retém os raios solares).
O efeito estufa é necessário para o aquecimento da Terra, sem ele o planeta seria muito frio
(30º C a menos).
Com o aumento da poluição do ar, esse efeito estufa veio a aumentar, originando o aqueci-
mento global.
Retentores de radiação térmica:
→→ Vapor de água;
→→ Metano;
→→ Oxido nitroso;
→→ Ozônio; e
→→ Clorofluorcabonetos (CFC).
Aumento de 3,5ºC a mais na atmosfera causara um empobrecimento generalizado da biodiversi-
dade terrestre, com uma extinção provável de 70% das espécies.
Entre 1880 e 2012, a temperatura já subiu de 0,85ºC a 1,06 ºC.
Até 2100, estima-se que se elevará para mais 2º C, causando grandes danos ao planeta.
Consequências do aumento do efeito estufa:
→→ aquecimento global;
→→ derretimento de geleiras;
→→ migração de pessoas;
→→ desertificação de áreas rurais;
→→ extinção de espécies;
→→ secas mais frequentes;
→→ aumento de desastres naturais; e
→→ queda na produtividade de alimentos.

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Medidas Tomadas pelos Países para Tentar Conter os Problemas Ambientais


na Atmosfera
Protocolo de Montreal em 1987, (substituir as substâncias que destroem a camada de ozônio).
Protocolo de Kyoto em 1997, (países se comprometeram a reduzir a emissão de gases de efeito estufa).
COP 21: Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (2015)
→→ Representantes de 197 países.
→→ Objetivo principal foi firmar o acordo que ficou conhecido como Acordo de Paris, entre 195 nações.
→→ Voltada para a redução das emissões de gases do efeito estufa. (esse acordo deverá entrar em vigor
a partir de 2020).
→→ Objetivo é limitar o aquecimento global até 2100 para um 1,5ºC
→→ Metas do Brasil:
˃˃ Redução dos gases do efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030.
˃˃ Ampliação da participação de fontes de energia renováveis na matriz energética.
Poluição das Águas
Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-se coberta por água.
No entanto, menos de 3% deste volume é de água doce, cuja maior parte está concentrada em
geleiras (geleiras polares e neves das montanhas), restando uma pequena porcentagem de águas
superficiais para as atividades humanas. A água está distribuída da seguinte forma no planeta Terra:
→→ 97,5% da disponibilidade da água do mundo estão nos oceanos, ou seja, água salgada.
→→ 2,5% de água doce e está distribuída da seguinte forma:
→→ 29,7% aquíferos;
→→ 68,9% calotas polares;
→→ 0,5% rios e lagos;
→→ 0,9% outros reservatórios (nuvens, vapor d’água etc.).
Eutrofização ou Eutroficação
Fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos em fósforo ou nitro-
gênio, normalmente causado pela descarga de efluentes agrícolas, urbanos ou industriais) num
corpo de água mais ou menos fechado, o que leva à proliferação excessiva de algas, que, ao entrarem
em decomposição, levam ao aumento do número de micro-organismos e à consequente deterioração
da qualidade do corpo de água.
Água no Brasil
Detém 53% do manancial de água doce disponível na América do Sul e possui o maior rio do
planeta (rio Amazonas).
Os climas equatorial, tropical e subtropical que atuam sobre o território, proporcionam elevados
índices pluviométricos.
Mesmo com grande disponibilidade de recursos hídricos, o país sofre com a escassez de água
potável em alguns lugares.
A água doce disponível em território brasileiro está irregularmente distribuída: aproximada-
mente, 72% dos mananciais estão presentes na região amazônica, restando 27% na região Centro-
Sul e apenas 1% na região Nordeste do país.
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Exercícios
01. “Pesquisa feita pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) indicou os pontos mais
quentes do Recife, as chamadas ‘ilhas de calor’. O resultado do estudo aponta que, em um
mesmo ambiente, a temperatura chega a variar até 13 graus. Em março deste ano, os meteoro-
logistas registraram até seis graus acima da temperatura média esperada para o mês”.
G1, 03 abr. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil>. Adaptado.

Entre os aspectos ligados ao surgimento do fenômeno das ilhas de calor, podemos destacar:
a) a intensificação do aquecimento global
b) a remoção da vegetação em áreas rurais
c) a verticalização dos centros urbanos
d) a expansão desmedida de áreas verdes
e) a ampliação das áreas periféricas
02. O fenômeno da inversão térmica é responsável pela difusão de problemas respiratórios na po-
pulação residente em grandes centros urbanos. Sobre esse tema, é correto afirmar:
I. É um processo totalmente relacionado com a ação humana sobre o meio ambiente;
II. Ocorre por meio da interrupção temporária da circulação atmosférica;
III. Trata-se de um fenômeno natural, que só causa prejuízos em áreas poluídas;
IV. É uma consequência direta da formação das ilhas de calor;
V. Seus impactos são mais sentidos em ambientes rurais.
Estão corretas as alternativas:
a) I e IV
b) II e III
c) I, III e V
d) I, II e IV
e) II, IV e V
Gabarito
01 - C
02 - B

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Políticas Territoriais��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Meio Ambiente – Unidades de Conservação�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Conferências Ambientais���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Primeiras Conferências Mundiais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Objetivo das Conferências Ambientais����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Políticas Públicas Ambientais Brasileiras������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)����������������������������������������������������������������������������������������5
Gestão�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

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Políticas Territoriais
Meio Ambiente – Unidades de Conservação
Conferências Ambientais
As conferências sobre o meio ambiente são responsáveis por reunir os maiores líderes do
planeta para discutirem soluções relacionadas à conservação da natureza e elaborarem projetos de
desenvolvimento sustentável.
Durante o século XX, o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e das técnicas utilizadas em
pesquisas de observação dos fenômenos naturais tornaram possíveis ao homem detectar os danos
decorrentes da evolução capitalista e industrial. Áreas do conhecimento, como a ecologia, já apon-
tavam para esse discurso no século anterior e consolidaram a base para diversos cientistas abrirem
caminho para um “despertar da consciência ecológica”.
Todo esse processo foi caracterizado, principalmente, pela adoção de práticas alternativas de de-
senvolvimento, que tinham como objetivo a preservação da natureza e de todos os seus recursos.
Nesse contexto, surgiram as grandes conferências mundiais sobre o meio ambiente, que reúnem
de tempos em tempos as lideranças globais.
Primeiras Conferências Mundiais
Conferência da ONU, realizada em 1949, promoveu um debate em torno da conservação e uti-
lização de recursos naturais.
Nesse momento, eles estavam preocupados com os prejuízos ambientais causados pela poluição
gerada por indústrias e cidades, além das ameaças causadas por testes nucleares.
Houve novo encontro na cidade de Roma no ano de 1968. Dentre vários assuntos que foram
tratados, a preocupação em planejar soluções para os problemas ambientais ganhou destaque.
Conferência de Estocolmo
Realizada entre 5 e 16 de junho de 1972, em Estocolmo, Suécia.
Foi a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada pela Organi-
zação das Nações Unidas (ONU). Representou o início das discussões internacionais sobre o Meio Ambiente.
Protocolo de Montreal
Trata-se de um acordo internacional, assinado em 1987. O seu objetivo é reduzir a emissão de
gases CFC, responsáveis pela destruição da camada de ozônio.
Protocolo de Kyoto
Consistiu em um tratado internacional assinado em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão. O
objetivo era alertar para o aumento do efeito estufa e do aquecimento global.
Teve importância por ser o primeiro acordo a estabelecer metas de redução de gases de efeito estufa.
O Protocolo de Kyoto só entrou de fato em vigor, a partir de 2005, durante a COP 11, em Montreal.
Rio-92 (Eco 92)
Ocorreu após 20 anos da Conferência de Estocolmo. Também chamada de Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o evento foi realizado no Rio de Janeiro, em 1992.
Na ocasião, 172 países se reuniram para avaliar os principais problemas ambientais e discutir
metas de redução dos impactos por eles gerados.
Como resultado surgiu a Agenda 21, que envolvia a dimensão social, econômica, cultural, educa-
cional e ambiental das populações.
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O objetivo era conduzir ao desenvolvimento sustentável como forma de melhorar a qualidade de


vida das pessoas e do meio ambiente.
Rio + 10
Ocorreu entre 26 de agosto e 4 de setembro de 2002, em Johanesburgo, na África do Sul.
O objetivo do encontro era avaliar os avanços dos acordos definidos na Rio-92. O evento serviu
também para reforçar a necessidade e urgência de atender o que foi acordado durante a Rio-92.
COP 15
A Conferência das Partes sobre o Clima foi realizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima. O evento ocorreu nos dia 7 a 18 de dezembro de 2009, em Copenhague, na Dinamarca.
O objetivo do encontro era discutir as alternativas para enfrentar o aquecimento global.
O cenário apontado pelos cientistas é de que a temperatura da Terra não poderia aumentar mais
do que 2 °C em relação aos níveis pré-industriais, até o final do século.
Caso contrário, se alcançará um ponto irreversível das mudanças climáticas.
Rio + 20
Também chamada de Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável,
ocorreu entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro.
Foi um dos maiores eventos já realizados pela ONU e contou com a participação de mais de 180 países.
Teve como objetivo fortalecer e assegurar o desenvolvimento sustentável entre os países envol-
vidos. Um tema bastante discutido foi a Economia Verde, que significa o crescimento econômico
aliado à redução da emissão de gases poluentes.
COP 21: Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (2015)
Contou com representantes de 197 países.
O objetivo principal foi firmar o acordo que ficou conhecido como Acordo de Paris, entre 195 nações.
Voltado para a redução das emissões de gases do efeito estufa (esse acordo deverá entrar em vigor
a partir de 2020).
Objetivo é limitar o aquecimento global até 2100 para um 1,5ºC.
Metas do Brasil:
→→ Redução dos gases do efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030.
→→ Ampliação da participação de fontes de energia renováveis na matriz energética.
Objetivo das Conferências Ambientais
Os problemas socioambientais levantam diversas posições no cenário mundial, como a indiferença, as
justificativas banais e, também, a busca por alternativas de enfrentamento desses conflitos. Dessa maneira,
após a ciência apontar para os impactos ambientais gerados pelo homem, diversas lideranças de peso
tomaram a iniciativa de tentar reverter esse quadro, criando assim as conferências do meio ambiente.
Hoje em dia, essas conferências se tornaram referência na conscientização planetária, e têm o
objetivo de debater questões socioambientais, relacionadas ao desenvolvimento e a natureza, além
de apresentarem soluções para o futuro da sociedade.
O termo sustentabilidade vem suscitando debates intensos no cenário internacional. Ele propõe
a exploração dos recursos naturais sem deteriorá-los, pensando sempre na sua preservação para as
gerações futuras. Em decorrência dos problemas ambientais, presenciados nas últimas décadas, ser
sustentável é uma prática cada vez mais aceita.
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Durante as conferências internacionais sobre o meio ambiente, lideranças mundiais reúnem-


se para discutir a relação do homem com a natureza. São abordados assuntos como o aquecimento
global, os buracos na camada de ozônio e a poluição de rios e oceanos, ou seja, desastres que para serem
solucionados necessitam de toda uma reestruturação no modo de produção e consumo da sociedade.
É aí que as conferências ambientais e sustentabilidade entram em contato, pois o segundo termo
aparece como solução em longo prazo e vem ganhando grande destaque entre as lideranças mundiais.
Políticas Públicas Ambientais Brasileiras
Política Ambiental:
→→ Conjunto de normas, leis e ações públicas visando à preservação do meio ambiente em um
dado território.
→→ Criadas no Brasil a partir da década de 1930.
→→ Criação de parques nacionais, localizados em pontos onde ocorriam as expansões agrícolas e os
consequentes processos de desmatamento.
Destacaram-se a criação:
Parque Nacional de Itatiaia (na divisa de Minas Gerais e Rio de Janeiro).
Parque do Iguaçu (entre o Paraná e a Argentina).
Parque da Serra dos Órgãos (também no estado do Rio de Janeiro).
1934 primeiro Código Florestal Brasileiro: para regulamentar o uso da terra no sentido de pre-
servar o meio natural.
Na década de 1950, graças ao processo de expansão industrial que se intensificou no país, quando
o objetivo era atrair indústrias estrangeiras e impulsionar o desenvolvimento econômico e financei-
ro, as políticas ambientais foram deixadas de lado e, consequentemente, seus avanços estagnaram.
Na década de 1960, algumas ações ainda foram realizadas, com destaque para a promulgação
do Novo Código Florestal Brasileiro, que estabelecia alguns novos parâmetros, como a criação das
APPs (Áreas de Proteção Permanente) e a responsabilização dos produtores rurais sobre a criação
de reservas florestais em seus terrenos.
Nos anos seguintes, graças às pressões realizadas pelos movimentos ambientalistas, além da rea-
lização da Conferência de Estocolmo de 1972, o Brasil retomou o emprego de ações direcionadas
a ampliar a política ambiental no país. A primeira grande atitude foi à criação, no ano de 1973, da
Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), cuja orientação girava em torno da preservação do
meio ambiente e da manutenção dos recursos naturais no país.
Na década de 1980, outros órgãos foram criados, como o Sistema Nacional de Meio Ambiente
(SISNAMA), o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e um órgão voltado para a fisca-
lização, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a política ambiental no Brasil conheceu
os seus maiores avanços quando foi elaborada aquela que é considerada uma das leis ambientais mais
avançadas em todo o mundo. Tal referência deve-se, principalmente, ao fato de a legislação abarcar
tanto os deveres dos cidadãos quanto das empresas, instituições e o próprio governo.
A crítica, a partir de então, deixou de ser direcionada sobre a legislação, passando a questionar
acerca de sua aplicação, uma vez que inúmeros crimes ambientais – sobretudo aqueles cometidos
por grandes empresas – geralmente acabam sem punição.
Em 2010, no entanto, houve uma nova polêmica envolvendo a política ambiental, com a elabo-
ração de um Novo Código Florestal, que é considerado pelos grupos ambientalistas um retrocesso
na legislação brasileira em relação ao meio ambiente. Entre os pontos polêmicos, está a redução das
áreas das APPs e a anistia a crimes ambientais praticados por latifundiários.
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Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)


Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – LEI 9.985/2000) – é o conjunto de
unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. É composto por 12 categorias de
UC, cujos objetivos específicos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas
que precisam de maiores cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser
utilizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo.
O SNUC foi concebido de forma a potencializar o papel das UC, de modo que sejam planejadas
e administradas de forma integrada com as demais UC, assegurando que amostras significativas e
ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas estejam adequadamente
representadas no território nacional e nas águas jurisdicionais.
Além disso, a visão estratégica que o SNUC oferece aos tomadores de decisão possibilita que as UC,
além de conservar os ecossistemas e a biodiversidade, gerem renda, emprego, desenvolvimento e propi-
ciem uma efetiva melhora na qualidade de vida das populações locais e do Brasil como um todo.
O SNUC tem os seguintes objetivos:
→→ contribuir para a conservação das variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos no
território nacional e nas águas jurisdicionais;
→→ proteger as espécies ameaçadas de extinção;
→→ contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;
→→ promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;
→→ proteger as características relevantes de natureza geológica, morfológica, geomorfológica, espeleológica,
arqueológica, paleontológica e cultural;
→→ recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
→→ proporcionar meio e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento
ambiental; e
→→ favorecer condições e promover a educação e a interpretação ambiental e a recreação em contato
com a natureza.
Gestão
A gestão do SNUC é feita com a participação das três esferas do poder público (federal, estadual
e municipal). As competências dos órgãos para a gestão do sistema vão desde a coordenação e acom-
panhamento do sistema, até a sua implementação propriamente dita.
O SNUC é gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:
Órgão consultivo e deliberativo: representado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), tem a função de acompanhar a implementação do SNUC;
Órgão central: representado pelo Ministério do Meio Ambiente, tem a finalidade de coordenar o SNUC;
Órgãos executores: representados na esfera federal, pelo Instituto Chico Mendes de Conserva-
ção da Biodiversidade (ICMBio) e IBAMA, em caráter supletivo, e nas esferas estadual e municipal,
pelos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente.
Os órgãos executores do SNUC têm a função de implementá-lo, subsidiar as propostas de criação
e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, mas nas respectivas
esferas de atuação.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação é composto por dois grupos:
→→ As de proteção integral e as de uso sustentável.
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Unidades de proteção integral não podem ser habitadas pelo homem, sendo admitido
apenas o uso indireto dos seus recursos naturais – em atividades como pesquisa científica e
turismo ecológico, por exemplo.
Unidades de conservação de uso sustentável admitem a presença de moradores. Elas têm como
objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais.

Exercícios
01. As chamadas Unidades de Conservação são fundamentais para a proteção da fauna e da flora
no Brasil e para o desenvolvimento sustentável do país. Sobre essa afirmação e a definição legal
abaixo, é CORRETO afirmar que:
Unidade de Conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas juris-
dicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com ob-
jetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção. (Lei Federal n. 9.985, de 18 de julho de 2000).
a) o objetivo principal das Unidades de Conservação no país é a proteção da fauna e da flora;
no entanto, ao impedir a destruição desses elementos, também protege a geologia e o relevo
de ações de degradação do ambiente.
b) há exemplos de comunidades ribeirinhas na Amazônia que sobrevivem dentro de uma
Unidade de Conservação utilizando de forma equilibrada os recursos naturais e ainda rece-
bendo visitantes para práticas de ecoturismo.
c) no Brasil, a primeira Unidade de Conservação surgiu no bioma Mata Atlântica, próximo
ao litoral e às grandes cidades, mas hoje tem crescido a preocupação em criar Unidades de
Conservação no bioma Amazônia dada a sua extensão e a fragilidade do ambiente em face
do avanço da agropecuária e do desmatamento para a retirada de madeira.
d) como em outros países, o Brasil conta com uma bem estruturada rede de proteção à fauna e
à flora, com infraestrutura organizada para educação ambiental e ecoturismo, na qual todas
as Unidades de Conservação federais – que são espaços fundamentais para a observação da
natureza – estão incluídas.

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02. A inevitável devastação ambiental decorrente do processo de desenvolvimento industrial é um


“quadro” que começa a se modificar a partir da defesa pública de um novo conceito: O DE-
SENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
O uso dessa expressão tem a finalidade de:
a) sustentar a inevitável necessidade do desenvolvimento.
b) garantir que o desenvolvimento contemporâneo não se sustenta.
c) propor a conciliação do desenvolvimento com o meio ambiente.
d) sustentar o meio ambiente em detrimento do desenvolvimento.
e) divulgar a insustentável situação do meio ambiente.
Gabarito
01 - D
02 - C

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Modelo Econômico Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fontes de Energia – Renováveis e Não Renováveis (1ª Parte)���������������������������������������������������������������������������������������2
Fontes Renováveis de Energia��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Matriz Energética no Brasil e no Mundo�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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Modelo Econômico Brasileiro


Fontes de Energia – Renováveis e Não Renováveis (1ª Parte)
Classificam-se em:
Tradicionais ou Antigas:
→→ tração animal;
→→ fogo;
→→ água;
→→ vento; e
→→ energia do corpo.
Modernas: surgiram com a chegada da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, quando
teve início o desenvolvimento que hoje chamamos de fontes modernas de energia. (A principal fonte
de energia no início do processo industrial era a lenha.)
Fontes modernas de energia:
→→ carvão mineral;
→→ petróleo;
→→ gás natural;
→→ energia nuclear e atômica;
→→ hidroeletricidade.
Alternativas:
→→ a solar;
→→ a eólica;
→→ a maremotriz;
→→ a biomassa;
→→ o hidrogênio; e
→→ a geotérmica.
Fontes Renováveis de Energia
São aquelas que possuem a capacidade de serem repostas naturalmente pela natureza.
Nem toda fonte renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da emissão de poluentes ou de
impactos ambientais em larga escala.
Tipos de energia produzidos com fontes renováveis:
Energia Hidrelétrica
No Brasil, mais de 90% da energia elétrica consumida no país advém de usinas hidrelétricas,
Apesar disso, o país só utiliza 25% do seu potencial hidráulico.
Vantagem: é uma fonte de energia renovável e não polui a atmosfera. Seu uso permite que um
país não seja tão dependente do petróleo e de outros combustíveis fósseis.
Desvantagens: os custos iniciais de construção são altos e o represamento do rio altera seu fluxo
natural, causando desequilíbrio ambiental nos ecossistemas envolvidos.
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Principais Hidrelétricas:
1) Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná – Capacidade: 14.000 MW; Em tamanho é o
Amazonas, mas com
maior potencial, é o
2) Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu – Capacidade: 11.233 MW; Paraná
3) Usina Hidrelétrica de Tucuruí, Rio Tocantins – Capacidade: 8.370 MW.
Energia eólica:
Recurso energético inesgotável e renovável;
Produção de energia com aerogeradores, que ativam turbinas, e geradores que convertem a
energia mecânica produzida em energia elétrica.
A principal vantagem é a não emissão de poluentes na atmosfera e os baixos impactos ambientais.
Principais parques eólicos: Qual é o impacto da energia eólica no meio ambiente?

1º Osório – RS Assim o aproveitamento dos ventos para geração de energia


apresenta, como toda tecnologia energética, impactos ambientais
2º Caetité, Guanambi e Igaporã – BA desfavoráveis como, por exemplo: impacto visual, poluição sonora,
interferência eletromagnética, mudanças no clima, aumento do efeito
3º Santa Vitória do Palmar – RS estufa, danos à fauna.

Na região Nordeste, é a fonte de energia mais utilizada, com 36,5%.


Energia solar
Aproveitamento da luz do sol para a geração de eletricidade e também para o aquecimento da
água para uso.
Trata-se também de uma fonte inesgotável de energia, haja vista que o sol – ao menos na sua con-
figuração atual – manter-se-á por bilhões de anos.
Existem duas formas de aproveitamento da energia solar:
A região Nordeste tem a maioria dos dias de radiação solar no ano.
Fotovoltaica – são utilizadas células específicas, que lançam mão do chamado “efeito fotoelétri-
co” para a produção de eletricidade.
Térmica – utiliza-se o aquecimento da água, tanto para uso direto quanto para a geração de
vapor, que atuará em processos de ativação de geradores de energia, lembrando que podem ser utili-
zados também outros tipos de líquidos.
No mundo, em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito utilizada.
Principais parques solares do Brasil:
1º Parque solar Nova Olinda – PI (292 MW)
2º Parque solar Ituverava – BA (254 MW)
3º Parque solar Bom Jesus da Lapa – BA (158 MW)
Biomassa
Queima de substâncias de origem orgânica para a produção de energia.
Ex.: a lenha, o bagaço de cana, resíduos agrícolas, restos florestais e até excrementos de animais.
É considerada uma fonte de energia renovável porque o dióxido de carbono produzido durante
a queima é utilizado pela própria vegetação na realização da fotossíntese, o que significa que, desde
que haja controle, o seu uso é sustentável por não alterar a macro composição da atmosfera terrestre.
Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados como um tipo de biomassa, pois também
são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica.
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O exemplo mais conhecido é o etanol (Proálcool – 1975) (fonte de energia alternativa) produzi-
do da cana-de-açúcar, mas podem existir outros compostos advindos de vegetais distintos, como a
mamona, o milho e muitos outros.
Os biocombustíveis mais utilizados são: etanol, biogás e o biodiesel.
Energia das marés (maremotriz)
Trata-se do aproveitamento da subida e descida das marés para a produção de energia elétrica,
funcionando de forma relativamente semelhante a uma barragem comum. Além das barragens, são
construídas eclusas e diques, que permitem a entrada e a saída da água durante as cheias e as baixas
das marés, o que propicia a movimentação das turbinas.
A maior usina que produz energia elétrica e usa o movimento das ondas do mar da América
Latina encontra-se em Porto Pecém – CE .

Matriz Energética no Brasil e no Mundo

Exercícois
01. O Brasil vem se tornando um país que utiliza cada vez mais fontes renováveis de energia,
embora ainda haja uma necessidade de diversificar os tipos de produção existentes no país.
Os dois principais tipos de fontes de energia renováveis utilizados pelo Brasil atualmente são:
a) eólica e solar
b) nuclear e hidrelétrica
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c) hidrelétrica e biomassa
d) eólica e biomassa
e) solar e hidrelétrica
02. A energia solar apresenta muitos fatores positivos, como o fato de ser renovável, ocupar espaços
reduzidos em comparação a outras fontes e não emitir poluentes na atmosfera. Além disso, a
energia advinda dos raios solares é abundante e pode ser bastante produtiva quando devida-
mente aproveitada. No entanto, ela apresenta algumas desvantagens, destacando-se a:
a) a baixa necessidade nas regiões de maior insolação.
b) os elevados custos das instalações.
c) a inacessibilidade em lugares remotos.
d) a frequente necessidade de manutenção.
e) os efeitos sobre as temperaturas da Terra.
03. O desenvolvimento da queima da biomassa resulta de estratégias para reduzir, principalmente, os
impactos gerados pela utilização de combustíveis fósseis na sociedade. Embora o carvão mineral
e o petróleo ainda sejam recursos naturais centrais na sociedade atual, os biocombustíveis vêm
ganhando cada vez mais relevância no cenário nacional e internacional das fontes de energia.
Sobre a biomassa, é INCORRETO afirmar que:
a) apresenta como vantagem o baixo custo de operação e a facilidade de armazenamento e transporte.
b) é uma fonte de energia poluente, porém em menor intensidade se comparada aos
demais combustíveis.
c) a biomassa pode ser utilizada a partir do reaproveitamento de resíduos agrícolas, tais como
o bagaço de cana-de-açúcar.
d) por definição, entende-se por biomassa as diferentes formas de energia advindas de
material inorgânico.
e) apesar de menos poluente, o cultivo em larga escala de vegetais para a biomassa pode causar
prejuízos ambientais.
Gabarito
01 - C
02 - B
03 - D

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Modelo Econômico Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fontes de Energia – Renováveis e não Renováveis (2ª Parte)���������������������������������������������������������������������������������������2
Fontes Não Renováveis�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tipos de Recursos Energéticos não Renováveis:�������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Petróleo Exploração Brasil�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
O Carvão Mineral���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
O Gás Natural����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Energia Nuclear (Atômica)������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Xisto Betuminoso���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Vantagens e Desvantagens da Energia não Renovável���������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Modelo Econômico Brasileiro


Fontes de Energia – Renováveis e não Renováveis (2ª Parte)
Fontes Não Renováveis
São aquelas que poderão esgotar-se em um futuro relativamente próximo.
Alguns recursos energéticos, como o petróleo, carvão mineral, o gás natural e o xisto betumino-
so e os minerais radioativos como uranio, tório, lítio e césio, possuem o seu esgotamento estimado
para algumas poucas décadas (aproximadamente 40 anos), o que eleva o caráter estratégico que
esses elementos possuem.
Tipos de Recursos Energéticos não Renováveis:
Combustíveis Fósseis:
3 tipos principais são: o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, mas existem muitos outros,
como o nafta e o xisto betuminoso.
Fontes de energia mais importantes e mais disputadas pela humanidade no momento;
Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 81,63% de toda a matriz energética global
advém dos três principais combustíveis fósseis acima citados;
Brasil possui apenas 56,8%;
Problemas:
Altos índices de poluição gerados pela sua queima.
São os principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento dos pro-
blemas vinculados ao aquecimento global.
Petróleo Exploração Brasil
1939: primeiro poço, Recôncavo Baiano (polo de Camaçari – BA);
Até o final da década de 1960 (choque do petróleo1973) a produção era realizada em bacias sedi-
mentares terrestres (polo de Camaçari – BA);
Com a crise na década de 70 (crise do Petróleo), a Petrobras intensificou as pesquisas nas plataformas
continentais, transformando a bacia de Campos no RJ, na maior produtora a partir da década de 1980.
No início do século XXI (2001) o Brasil se torna autossuficiente nessa matéria prima e com desco-
bertas no pré-sal, sendo um dos países com as maiores reservas do mundo (8mil metros da superfície).

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O Carvão Mineral
60% é importado; maior produção é do tipo Hulha (quando o teor de carbono é entre 60 a 80%)
As maiores reservas estão no RS, SC, PR e SP.
SC é o maior produtor.
Importamos o carvão tipo Antracito com 92% de teor de Carbono dos EUA, África do Sul e Austrália.

O Gás Natural
Maior parte é retirada das plataformas continentais;
Desde 1997 o Brasil importa Gás da Bolívia, através do Gasoduto Brasil-Bolívia com extensão de
3.150 km, construído em 1997 e começou a operar em 1999, atualmente atende varias regiões do Brasil.
O Gás natural é utilizado nas indústrias químicas, siderúrgicas, petroquímicas e de fertilizante,
meios de transporte.
Maior consumidor é a região Sudeste.

Energia Nuclear (Atômica)


Na energia nuclear – também chamada de energia atômica –, a produção de eletricidade ocorre
por intermédio do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa os geradores. Nas usinas
nucleares, o calor é gerado em reatores onde ocorre uma reação chamada de fissão nuclear a partir,
principalmente, do urânio-235, um material altamente radioativo.
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Embora as usinas nucleares gerem menos poluentes do que outras estações de operação semelhante
(como as termoelétricas), elas são alvo de muitas polêmicas, pois o vazamento do lixo nuclear produzido
ou a ocorrência de acidentes podem gerar graves impactos e muitas mortes. No entanto, com a emergên-
cia da questão sobre o aquecimento global, o seu uso vem sendo reconsiderado por muitos países.
Seu uso foi idealizado na década de 1960 e implantado em 1969 com a criação do Programa
Nuclear Brasileiro.
→→ ANGRA I inaugurada em 1981 foi desativada por problemas técnicos em 19 fev 2015, porém encon-
tra-se em funcionamento.
→→ ANGRA II começou a operar em 2000
→→ ANGRA III (em construção e não concluída)
Principal reserva de Urânio é em Caetité – BA.
No Paraná encontramos urânio nos municípios de Figueira e Curiúva.

Xisto Betuminoso
O xisto betuminoso é um recurso natural fóssil também encontrado em áreas de rochas sedi-
mentares, em que um material de origem orgânica, sob determinadas condições de pressão e tem-
peratura, forma-se e agrega-se por entre essas rochas. Assim, ao aquecê-las a mais ou menos 500ºC,
obtém-se o chamado óleo de xisto, o que é, literalmente, um ato de “tirar óleo de pedra”.
Rocha de onde é extraído o óleo de xisto

O Brasil possui uma das maiores reservas de xisto betuminoso do planeta, o que pode ser visto
como uma condição estratégica. Por outro lado, sua extração não é tão vantajosa, pois ele é conside-
rado uma fonte de energia menos eficiente e também com produtividade menor, além de ser respon-
sável por profundos impactos ambientais tanto em sua coleta quanto em sua combustão.
Vantagens e Desvantagens da Energia não Renovável
Vantagens
→→ Por serem usadas há muito tempo, o homem domina a tecnologia e a infraestrutura utilizadas
para a extração e uso das fontes não renováveis.

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→→ Em geral, têm custo mais reduzido do que as fontes limpas e renováveis (eólica e solar, por
exemplo), sendo vantajosa para nações pobres e em desenvolvimento.
Desvantagens
→→ São esgotáveis, podendo acabar em um período de curto, médio ou longo prazo.
→→ A extração e o transporte de fontes de energia não renováveis podem resultar em problemas am-
bientais, especialmente o petróleo retirado do fundo do mar.
→→ A queima de combustíveis de fontes não renováveis polui o ar, e é fonte para a formação do efeito
estufa e do aquecimento global. Além disso, pode ocasionar chuvas ácidas.
→→ São extremamente inflamáveis, exigindo estocagem cuidadosa para evitar explosões.
→→ Em alguns caso, a extração e a comercialização dessas fontes de energia resulta em disputas entre
empresas, países ou regiões.
Exercícios
01. As fontes não renováveis de energia, embora tenham o seu uso amplamente questionado, res-
pondem por uma considerável parte da matriz global de geração de eletricidade. Entre os itens
a seguir, podemos considerar como pertencentes a esse segmento:
I. A produção a partir do carvão mineral;
II. O funcionamento das usinas nucleares;
III. A utilização do petróleo e seus derivados;
IV. A construção de estações eólicas;
V. A produção de energia hidroelétrica.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III
b) II e IV
c) IV e V
d) I, II e III
e) I, III e V
02. Fonte de energia amplamente utilizada na atualidade que ainda não encontrou um declínio
mesmo com os avanços produzidos pela Terceira Revolução Industrial. Apesar de ser altamen-
te poluidora, essa matriz responde por 80% de toda a energia gerada em âmbito mundial.
O trecho acima refere-se:
a) ao petróleo.
b) aos combustíveis fósseis.
c) às centrais hidrelétricas.
d) ao gás natural.
e) à energia atômica ou nuclear.
03. “Vivemos numa ‘civilização do petróleo’. A importância desse recurso natural vai além da
geração de energia”.
(LUCCI, E. A. et. al. Território e sociedade no mundo globalizado. 2ª ed. Editora Saraiva, 2014. p.341).

“O petróleo está prestes a acabar? A realidade será feita de automóveis eléctricos? Acabam os navios
petroleiros que naufragam e poluem o mar? Nada disso. O petróleo veio para ficar. E vai ficar ainda ao
logo dum tempinho. Bastante tempinho”.
(TAVARES, A. A Era do Petróleo veio para ficar. Disponível em . Acesso em: 27 mar. 2015).

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Além da geração de combustíveis para a obtenção de energia, entre os demais uso do petróleo nas
atividades econômicas, podemos citar:
I. Fabricação de plásticos e borrachas;
II. Confecção de rochas ígneas para fins arquitetônicos;
III. Produção de cosméticos e medicamentos;
IV. Transformação em fibras sintéticas;
V. Sintetização do alumínio e outros metais.
Sobre as afirmativas acima, é correto dizer que:
a) somente I, III e IV estão corretas
b) somente II, III e V estão corretas
c) somente I, IV e V estão corretas
d) somente I, II e III estão corretas
e) Todas estão corretas
04. Apesar de um relativo declínio nas últimas décadas, esse recurso natural continua sendo a
mais importante fonte de energia da atualidade. Trata-se de uma fonte não renovável e que
atua na produção de eletricidade, combustíveis e na constituição de matérias-primas para
inúmeros produtos, como a borracha sintética e o plástico.
A descrição acima refere-se:
a) ao gás natural
b) ao xisto betuminoso
c) à água
d) ao petróleo
e) ao carvão mineral
Gabarito
01 - D
02 - B
03 - A
04 - D

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
A População Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
A Sociedade Nacional��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Miscigenação Brasileira�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Indígena��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
O Branco�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
O Negro��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Imigrantes no Brasil�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Industrialização Brasileira�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Imigração Atual������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
A Diversidade Étnica nos Países do Mundo��������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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A População Brasileira
A Sociedade Nacional
A sociedade nacional é aquela com sede no Brasil, que se organiza de acordo com as leis nacionais.
O Brasil, como se sabe, é um país com uma grande diversidade étnica, ou seja, apresenta uma
elevada variedade de raças e etnias.
O termo “raça” neste caso não é compreendido em seu sentido biológico, mas sim em seus
aspectos socioculturais de modo a diferenciar os grupos populacionais por características físicas
externas, geralmente a cor e outros aspectos.
O termo “etnia” costuma definir as populações com base também em suas diferenciações cultu-
rais e linguísticas, envolvendo também tradições, religiões e outros elementos.
O Brasil é um país miscigenado, com influências culturais de outros países. Essas influências
externas trouxeram como consequências:
→→ hábitos culinários;
→→ festas comemorativas;
→→ ritmos de danças;
→→ cidades foram fundadas por colonizações de imigrantes.
Miscigenação Brasileira
São 3 grupos no país:
Mulato: mistura de branco e negro.
Caboclo: mistura de branco e índio.
Cafuzo: mistura de índio e negro.
Pardos: 46,7% (mistura de brancos com índios ou negros)
Brancos: 44,2%
Negros: 8,2%
Indígenas, amarelos e outros: 0,9%
Fonte: Pnad – IBGE 2016

Indígena
Na época do descobrimento eram 5 milhões de índios.
Principais grupos: Tupi-guarani, Jê, Aruaque, Caribe, Tucano e Charrua.
O Censo 2010 revelou que, das 896 mil pessoas que se declaravam ou se consideravam indíge-
nas, 572 mil ou 63,8 %, viviam na área rural e 517 mil, ou 57,5 %, moravam em Terras Indígenas
oficialmente reconhecidas.
Concentrados no Norte e Centro-Oeste.
O Branco
Portugueses: primeiros exploradores e colonizadores do Brasil.
Europeus em geral: entram para colonização como forma de atender à falta de mão de obra, princi-
palmente após a proibição do tráfico negreiro – (alemães, italianos, espanhóis, holandeses e poloneses).

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O Negro
Para atender à necessidade da economia açucareira, mineração e cafeeira.
Calcula-se que mais de 5 milhões de negros foram trazidos como escravos para o Brasil.
Foram dois os grupos de escravos:
Sudaneses: Vindos do Golfo da Guiné, hoje países da Nigéria, Gana, Togo, Benim, Costa do
Marfim e Daomé.
Bantos: Regiões próximas ao rio Congo, hoje países do Congo, Angola, e Moçambique.
Imigrantes no Brasil
O papel dos imigrantes no Brasil foi muito importante para a colonização e para o desenvolvi-
mento econômico de muitas áreas no Brasil.
A partir de 1530 na fase pré-colonial do Brasil foram os portugueses que entraram, inicialmente,
apenas interessados em extração de recursos para comercializá-los na Europa.
A partir de 1808, (abertura dos portos), (vinda da Família Real), D. João emite um decreto que
permite ao estrangeiro a posse de terras (antes isso era só permitido aos portugueses).
Porém, o fluxo foi pequeno, pois para as atividades agrárias, havia o tráfico de escravos, e as outras
funções livres, como o funcionalismo público, eram direcionadas aos portugueses e seus descendentes.
Essa imigração foi incentivada pelo governo até os anos de 1850 para garantir a posse das colônias
de povoamento implantadas no Sul do país.
Lei Eusébio de Queirós (1850)
Em 1850 com a promulgação da Lei Eusébio de Queirós, foi proibido o tráfico de negros. Iniciou-
se desta forma, a intensificação da imigração:
→→ para a cultura de café.
→→ atividades urbano-industriais.
→→ para acesso à posse de terras na região Sul (colônias de povoamento), que durou até 1930.
Lei de Cotas da Imigração (1934)
Diante da crise de 1929, o governo de Getúlio Vargas, observando o excedente de mão de obra,
impôs a Lei de Cotas da Imigração (1934):
→→ redução do número de imigrantes (com exceção de portugueses, cujo número era livre).
Industrialização Brasileira
Nas décadas de 1950, 60 e 70, a industrialização brasileira foi quem atraiu imigrantes europeus,
judeus do pós-guerra. Além disso, o chamado “Milagre econômico” (1969 – 1973), também con-
tribuiu com imigrantes vindos dos países vizinhos e países africanos, como Angola e Moçambique.
De 1980 a 1994 a emigração superou a imigração devido:
→→ à instabilidade política.
→→ a baixos salários e ao desemprego (choque do petróleo).
→→ à década perdida.
Imigração Atual
Atualmente o Brasil recebe imigrantes forçadamente vindos de catástrofes, guerras, ou dificul-
dade econômica (haitianos, bolivianos angolanos e venezuelanos).
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Imigração Boliviana:
Bolivianos começam a vir para o Brasil na década de 1950.
O ano de 1980 marca a imigração atual.
Estima-se que existam 32 mil bolivianos no Brasil.
Destinos dos bolivianos são: 40% na cidade de São Paulo, 10% Rio de Janeiro.
Principais de recepção de bolivianos são Corumbá – MS (40% da Pop) e Guajará-mirim – RO.
Imigração haitiana:
2010 marcou o início da imigração haitiana no Brasil, a principal entrada foi via Tabatinga-AM,
logo após o terremoto do Haiti.
Atualmente, cerca de 50 a 100 haitianos entram no Brasil via Acre, 130 mil já entraram desde
2010. Eles ingressam na condição de refugiados com visto válido por 5 anos.
Imigração Venezuelana:
De 2015 a 2016, 77 mil venezuelanos entram no Brasil via Roraima pela cidade de Pacaraima,
fugindo de caos político (regime autoritário), econômico e institucional.
Atualmente é o maior fluxo de imigrantes do Brasil e está sendo considerado como uma
“crise migratória”.
2017: 17 mil pedidos de asilo no Brasil, já entraram 176.259 venezuelanos até dezembro de 2018,
porém destes, 17% já deixaram o país.
A Diversidade Étnica nos Países do Mundo
Identificou-se no mundo, pelo Instituto Harvard para a Investigação Económica, 650 grupos
étnicos, em 190 países.
Observa-se que:
Os vinte países mais diversos do mundo são todos africanos, liderados pela Uganda, seguido da Libéria.
O Japão e a Coreia são os países mais homogêneos.
Os países europeus são globalmente homogêneos, dando lugar ao conceito de Estado-nação.
Os países americanos são geralmente diversos, com exceção da Argentina, do Chile e do Paraguai.
Os países do Médio Oriente têm diversidades variadas, porém o Iraque é um dos mais diversos.
Conclui-se que:
Os conflitos internos parecem ser mais frequentes nos países com maior diversidade étnica.
A diversidade étnica correlaciona-se com a latitude (quanto menor a latitude, maior é a diversi-
dade e menor é o PIB per capita).
Democracias fortes se correlacionam com homogeneidade.

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Exercícios
01. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, no século XV, encontraram aqui os índios.
Quais os principais grupos étnicos formadores da população brasileira?
a) Os indígenas (nativos).
b) Os europeus (colonizadores) e africanos (escravos).
c) Os indígenas (nativos), europeus (colonizadores) e africanos (escravos).
d) Os chineses, indígenas, alemães e africanos.
02. Leia com atenção e coloque (V) ou (F) nas alternativas sobre as características da população:
( ) O povo brasileiro foi formado por mistura de raças.
( ) O branco já vivia no Brasil e depois vieram os índios.
( ) Os índios estavam aqui e chegaram os brancos.
( ) vários pratos feitos com milho e mandioca também são influencias indígenas.
( ) Entre as muitas contribuições dos povos africanos à cultura brasileira destacam-se ritmos e
danças, como o samba e a capoeira.
( ) A cultura brasileira não conta com a influência dos imigrantes europeus e asiáticos.
a) V, F, V, F, V, V.
b) F, V, F, F, F, F.
c) F, F, F, V, V, F.
d) V, V, F, V, F, V.
e) V, F, V, V, V, F.
03. Uma população, com origem comum, sustentou a economia do país durante vários anos por
meio de seu trabalho, embora tenha sido trazida à força para o Brasil. Boa parte de nossa cultura,
práticas sociais, religiões, tradições e costumes está associada a valores oriundos desse povo.
O fragmento acima faz referência a que elemento étnico constituinte da população brasileira?
a) Imigrantes árabes.
b) Africanos
c) Imigrantes japoneses.
d) Indígenas.
e) Alemães e italianos.
04. Qual foi a principal motivação que levou os venezuelanos a deixarem seu país e seguirem para o Brasil?
a) Os venezuelanos vieram para o Brasil depois que um terremoto atingiu o país em 2010,
afetando milhares de pessoas.
b) Os venezuelanos vieram para o Brasil, porque o governo brasileiro criou um programa para
o recebimento de imigrantes que desejassem trabalhar em áreas da construção civil.
c) Os venezuelanos vieram para o Brasil em decorrência de uma grave crise política, econômi-
ca e humanitária que se instaurou na Venezuela.
d) Os venezuelanos vieram para o Brasil fugindo das diversas catástrofes naturais que atingem
o país periodicamente.
Gabarito
01 - C
02 - E
03 - B
04 - C
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
A População Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Nova Dinâmica Demográfica (01 Parte)������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Demografia��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
População�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Comunidade������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fatores que Contribuem para o Aumento ou a Redução da População�����������������������������������������������������������������2
Conceitos Populacionais����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fatores que Contribuem para o Aumento da População�����������������������������������������������������������������������������������������3
Características da População Brasileira���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

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A População Brasileira
Nova Dinâmica Demográfica (01 Parte)
Demografia
É a área do conhecimento que se preocupa em estudar o comportamento, as transformações e
a dinâmica geral da população, utilizando-se principalmente de elementos estatísticos e pesquisas
qualitativas. Esse ramo do saber em muito se aproxima à Geografia da População, que, da mesma
forma, também se preocupa com as dinâmicas populacionais, enfatizando as questões sociais rela-
cionadas ao espaço geográfico.
População
É um agrupamento de indivíduos da mesma espécie que ocorrem em uma mesma área.
É definida como o número de pessoas que habita um determinado território ou região. Dessa forma,
os seus ciclos de crescimento, seu nível médio de renda, sua distribuição, entre outros fatores, são de fun-
damental importância para a compreensão do funcionamento dos diversos aspectos do espaço social.
Um dos elementos demográficos mais estudados pela Geografia da População e pela Demografia é o
índice de crescimento populacional. O crescimento acelerado ou desacelerado das populações é algo cons-
tantemente debatido e teorizado por especialistas e teóricos dessas áreas do saber. Precisar com detalhes o
funcionamento desse fator é importante para o planejamento de políticas públicas e ações sociais.
Comunidade
Conjunto de populações que vivem no mesmo local.
Sempre estão interagindo entre si e com o meio.
Observação importante:
Quanto mais cresce a população, mais aumenta a destruição da natureza;
mais difícil fica a sua sobrevivência.
Fatores que Contribuem para o Aumento ou a Redução da População
Potencial Biótico → indica a capacidade de uma população aumentar o número de indivíduos.
Resistência ambiental → conjunto de fatores que se opõem ao potencial biótico (fonte de
alimento, água, doenças, etc.).
Conceitos Populacionais
Densidade demográfica: número de indivíduos / dividido pelo espaço ocupado.
Taxa de natalidade: número de nascidos de uma determinada espécie em certo tempo.
Taxa de fecundidade: estimativa de filhos que uma mulher tem ao longo da vida.
Taxa de mortalidade: número de mortes de uma determinada espécie em um espaço de tempo.
Taxa de mortalidade Infantil: número de mortes de crianças no primeiro ano de vida.
Dispersão ou migração: deslocamento de uma população para outro local, (processo voluntário).
Crescimento vegetativo: taxa de natalidade – taxa de mortalidade.
População absoluta: número total de habitantes.
População relativa: é a densidade demográfica.
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano: medida comparativa usada para classificar os
países em: desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
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O IDH é baseado em três critérios:


→→ expectativa de vida ao nascer;
→→ grau de escolaridade;
→→ PIB per capita.
O IDH foi criado em 1990 e utilizado desde 1993 pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento);
A pontuação máxima do IDH de um país desenvolvido é igual a 1.
Relatório de desenvolvimento humano (14/09/2018):
→→ 1º Noruega: 0,953;
→→ 2º Suíça: 0,944;
→→ 3º Austrália: 0,939;
→→ 13º EUA: 0,924;
→→ 44º Chile: 0,843;
→→ 47° Argentina: 0,825;
→→ 55º Uruguai: 0,804;
→→ 78º Venezuela: 0,761;
→→ 79º Brasil: 0,759;
→→ 189º Níger: 0,354.
Povoado: refere-se à densidade demográfica.
Populoso: refere-se ao número total de habitantes.
Superpovoado ou superpopuloso: é quando o quantitativo populacional é maior do que os
recursos sociais e econômicos existentes para a sua manutenção.
Um lugar superpovoado é caracterizado por não ter recursos suficientes para abastecer toda a
sua população.
Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente povoado. Bangladesh não é populoso, porém
superpovoado. O Japão é um país populoso, densamente povoado e não é superpovoado.
Fatores que Contribuem para o Aumento da População
→→ diminuição da taxa de mortalidade:
˃˃ determinada pelos avanços agrícolas e tecnológicos;
˃˃ aumento na produção de alimentos;
˃˃ progressos médicos e sanitários;
→→ aumento da taxa de natalidade;
→→ aumento das taxas de imigração.
Características da População Brasileira
Populoso e pouco povoado.
População predominantemente urbana: 84,36%.
→→ começou a ser predominantemente urbana a partir de 1960.

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Concentração populacional em determinadas áreas (reflexo histórico).


Taxa de mortalidade: 7 mortes para cada mil habitantes (mundo 7,8).
Taxa de natalidade: 13 nascimentos para cada mil habitantes.
Crescimento vegetativo: 1,6 habitantes para cada mil (crescimento cada vez mais lento).
Exercícios
01. Um estudo sobre a dinâmica e a distribuição da população de uma determinada área é rea-
lizado a partir do conhecimento e da compreensão dos seus indicadores demográficos. Em
relação a alguns desses indicadores, analise as proposições abaixo.
I. A densidade demográfica é obtida a partir da divisão da superfície territorial de um lugar
pela sua população absoluta.
II. A taxa de fecundidade é um indicador populacional que influencia diretamente o compor-
tamento de outro indicador, o da natalidade.
III. A taxa de mortalidade infantil identifica o número de óbitos de crianças menores de um ano.
IV. O crescimento vegetativo é calculado com base nas taxas de natalidade, mortalidade e migração.
V. O superpovoamento de uma área não é identificado apenas pela densidade demográfica,
mas também pelas condições socioeconômicas existentes.
As alternativas verdadeiras são:
a) I e IV apenas.
b) I, II e III apenas.
c) I, III, IV e V apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) II, III e V apenas.
02. Em relação a potencial biótico, pode-se afirmar que corresponde ao(à):
a) início da colonização de um ambiente por uma população.
b) número de indivíduos que entram em uma população.
c) número de indivíduos que saem de uma população.
d) união anatômica entre indivíduos da mesma espécie.
e) capacidade de uma população de aumentar o número de indivíduos em condições ideais.
03. Existem duas formas principais de se abordar o quantitativo populacional em um espaço. De
um lado temos as taxas de __________________, que representam o número de habitantes
por quilômetro quadrado; de outro, temos as taxas de __________________, que estão rela-
cionais ao número de habitantes, independentemente do tamanho do território.
A alternativa que completa corretamente as lacunas acima é:
a) densidade demográfica e superpovoamento.
b) crescimento vegetativo e população absoluta.
c) população local e população geral.
d) densidade demográfica e população absoluta.
e) crescimento vegetativo e população geral.
04. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado como referência em estudos compa-
rativos das condições de vida das populações. Seus três grandes indicadores são:
a) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e quantidade de trabalhadores abaixo da
linha da pobreza.
b) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e PIB per capita.
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c) Nível de instrução, PIB per capita e número de empregos com carteira assinada.
d) Expectativa de vida ao nascer, PIB per capita e a quantidade de trabalhadores domésticos.
e) PIB per capita, nível de instrução e taxa de fecundidade.
05. A expressão ____________________, também chamada de “população relativa”, refere-se à
proporção entre quantidade de pessoas presentes em um dado território em relação à área que
ocupam. É um importante índice capaz de indicar quando há um grande número de habitan-
tes em áreas reduzidas ou quando ocorrem casos de vazios territoriais.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna indicada no texto:
a) Demografia
b) Densidade Demográfica
c) População local
d) Relação habitante/área
e) População residente
Gabarito
01 - E
02 - E
03 - D
04 - B
05 - B

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
A População Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Nova Dinâmica Demográfica (02 Parte)������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Brasil: 208.887.221 Milhões de Hab.���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Distribuição e Estrutura da População Brasileira por Regiões������������������������������������������������������������������������������������2
Região Sudeste���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Região Nordeste������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Região Sul�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Região Norte������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Região Centro-Oeste����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Densidade Demográfica por Estados�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Grau de Urbanização no Brasil: 84,36% (Passou a ser Predominantemente Urbano a Partir de 1960)������������3
Evolução do Crescimento da População no Brasil����������������������������������������������������������������������������������������������������3
Queda na Taxa de Mortalidade: (Motivos)����������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Características Gerais da Evolução Populacional do Brasil������������������������������������������������������������������������������������4
Política Nacional de Planejamento Familiar�������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

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A População Brasileira
Nova Dinâmica Demográfica (02 Parte)
Brasil: 208.887.221 Milhões de Hab.
Um país populoso, mas pouco povoado.
5° mais populoso do mundo; em 1º lugar: CHINA (1,3 bilhões), 2º lugar: ÍNDIA (1,2 bilhões), 3º
lugar: EUA (329 milhões) e 4º lugar INDONÉSIA (262 milhões).
Densidade demográfica do Brasil é de 23,8 hab./km².
População está distribuída de maneira desigual:
→→ concentração populacional encontra-se na faixa litorânea do território nacional;
→→ reflexo do povoamento histórico do país;
→→ políticas de “Marcha para o Oeste” no século XX (1938), foram insuficientes para promover a in-
teriorização do país.
Assim temos:
→→ Sudeste é a região mais povoada, com maior densidade demográfica: 78 hab./km².
→→ Norte menos povoado: 3 hab./km².
Distribuição e Estrutura da População Brasileira por Regiões
Região Sudeste
População total: 81 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: 67 hab./km².
Corresponde a 10,9% do território.
Composta por 4 estados.
Possui o maior PIB do Brasil.
Dentre as cidades, temos as duas mais populosas do Brasil (São Paulo, 11 milhões/hab. e Rio de
Janeiro, 6 milhões/hab.
Região Nordeste
Total: 53 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: 27 hab./km² (Zona da Mata).
Corresponde a 18,2% do território.
Composta por 9 estados.
Terceiro maior PIB do Brasil.
Região Sul
Total: 27 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: 38 hab./km².
Corresponde a 6,8% do território.
Composta por 3 estados.
É a segunda região mais rica do país depois da região Sudeste.
Possui o maior IDH, maior taxa de alfabetização e os melhores níveis de educação, saúde e bem
-estar social do país.
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Região Norte
Total: 16 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: 2,6 hab./km².
Corresponde a 45% do território.
Composta por 7 estados.
Região Centro-Oeste
Total: 14 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: 5,8 hab./km².
Corresponde a 18,86% do território.
Composta por 3 estados mais o Distrito Federal.
Densidade Demográfica por Estados
1º Distrito Federal: 444,7 hab./km².
2º Rio de Janeiro: 365,2 hab./km².
3º São Paulo: 166,2 hab./km².
4º Alagoas: 112,3 hab./km².
5º Sergipe: 94 hab./km².
12º Paraná: 55,6 hab./km² (pop. urb.: 85,33% – pop. rural: 14,67%).
Grau de Urbanização no Brasil: 84,36% (Passou a ser Predominantemente
Urbano a Partir de 1960)
Sudeste: 92,95%
Centro-Oeste: 88,8%
Sul: 84,93%
Norte: 73,53%
Nordeste: 73,13%
Evolução do Crescimento da População no Brasil
O crescimento da população brasileira começou a diminuir a partir da década de 1970.
Em 1950, pós-segunda Guerra, ocorreu a “explosão demográfica” principalmente nos países
subdesenvolvidos, fruto de uma queda nas taxas de mortalidade, devido ao avanço da medicina.
Redução das taxas de fecundidade:
→→ 1960 eram 6 filhos/mulher.
→→ 1980 eram 4 filhos /mulher.
Devido aos seguintes fatores:
→→ Aumento do êxodo rural (revolução verde).
→→ Aumento das taxas de urbanização, mais acesso à informação.
→→ Entrada da mulher no mercado de trabalho (industrialização).
→→ Uso de métodos contraceptivos.

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Década atual: 1,9 filhos/mulher, comparando com 1,6 filhos/mulher no mundo.


Em 2020, serão 1,7 filhos /mulher.
Taxa de natalidade atual: 13 nascimentos para cada 1000 habitantes.
Taxa de mortalidade infantil atual: Brasil encontra-se na 92º posição de 193 países, com 17,5
mortes a cada 1000 nascimentos.
Comparações:
País com maior taxa de mortalidade infantil com 110,6 mortes a cada 1000 nas. Afeganistão;
País com a menor taxa de mortalidade infantil, com 1,8 mortes a cada 1000 nascimentos: Mônaco
Países desenvolvidos possuem uma taxa de mortalidade de 2 a 3 mortes/1000 nascimentos.
Mundo possui uma taxa de 8,24 mortes / ano, a cada 1000 hab.
Queda na Taxa de Mortalidade: (Motivos)
As taxas de mortalidade vêm diminuindo desde 1940 (eram 24,94 mortes/1000hab.).
Melhoras na medicina.
Melhoras nas condições sanitárias e higiênicas.
Campanhas de vacinação.
A taxa de mortalidade atual é de 7 mortes/1000 hab.
Fase de “bônus demográfico”:
O Brasil está em uma situação mais favorável agora do que há cinco décadas.
O fenômeno é chamado de “bônus demográfico” e ocorre quando há, proporcionalmente, um
maior número de pessoas em idade ativa aptas a trabalhar (entre 15 e 64 anos).
O Brasil possui 50 milhões de jovens.
O aumento da população nessa faixa etária começou no início da década de 2010 e terá seu auge
em 2020 (período de bônus demográfico).
Enquanto isso, a expectativa de vida do brasileiro passou de 62,5 anos em 1980 para 75, 2 anos
atualmente.
Características Gerais da Evolução Populacional do Brasil
A população continua crescendo, porém de forma cada vez mais lenta.
Entre 2030 e 2040, estabilizará o crescimento.
A partir de 2030, teremos uma população considerada idosa; hoje nossa população é considerada adulta.

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Política Nacional de Planejamento Familiar


Essa política no Brasil está assegurada pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei nº 9.263, de 1996.
Planejamento familiar é um conjunto de ações que pretendem auxiliar as pessoas a terem
filhos e também as que preferem adiar o crescimento da família, não se tratando de política de
controle de natalidade.
Iniciou-se no Brasil a Política Nacional de Planejamento Familiar em 2007 e consiste em:
→→ incluir oferta de 8 métodos contraceptivos gratuitos;
→→ venda de anticoncepcionais a preços reduzidos na rede de farmácia popular.
Exercícios
01. Apesar de ser a maior Região do Brasil em extensão territorial, o Norte possui um contingente
populacional pequeno se comparado com outras Regiões do Brasil, apresentando aproxima-
damente 4 habitantes por quilômetro quadrado, sendo, portanto, pouco povoado. Marque a
alternativa que representa essa relação entre população e área.
a) População total
b) Taxa de crescimento populacional
c) Densidade demográfica
d) População absoluta
02. Os últimos censos demográficos do Brasil têm registrado inúmeras mudanças na dinâmica e
no comportamento da população brasileira. Todas as afirmações abaixo são exemplos destas
alterações com exceção da (o):
a) declínio das taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade geral.
b) aumento da população idosa no conjunto da população.
c) crescimento da população e ameaça de explosão demográfica.
d) elevação do número de pessoas empregadas no setor terciário.
e) aumento da expectativa de vida.
03. População brasileira cresce 0,9% entre 2012 e 2013; A população brasileira cresceu 0,9%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste ano, o Brasil
tem 201,03 milhões, ou seja, 1,79 milhão a mais do que no ano passado (199,24 milhões). O
crescimento é menor do que o observado entre 2011 e 2012, que havia sido 0,93%. Segundo o
pesquisador do IBGE Gabriel Borges, a tendência é que o ritmo de crescimento da população
caia até 2042, ano em que a população brasileira para de crescer. “A população vai crescendo,
cada vez menos, até 2042, quando começa a diminuir”.
Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/08/populacaobrasileira-cresce-09-entre-2012-e-2013. Acesso em: 09
setembro de 2013.

Indique a alternativa que não representa uma tendência demográfica para o Brasil nas próximas
duas décadas:
a) Diminuição da população absoluta.
b) Aumento da expectativa de vida da população.
c) Diminuição das taxa de natalidade e mortalidade.
d) Aumento do percentual de idosos sobre o total da população.
e) Diminuição do percentual de jovens sobre o total da população.
Gabarito
01 - C
02 - C
03 - A
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
A População Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Migrações���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Migrações Internacionais:�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Modalidades de Migração No Brasil�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Migrações Internas�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Principais Fluxos Migratórios do Brasil�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Nordestinos para o Sudeste (1950 até 1995)���������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Marcha para o Centro-Oeste (Governo de Getúlio Vargas – 1934)�����������������������������������������������������������������������3
Migração De Retorno���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

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A População Brasileira
Migrações
Troca de país, estado, região ou até mesmo de casa (temporariamente ou permanente) (secas,
terremotos, guerras e enchentes).
Os principais motivos que levam populações a emigrar são:
→→ Busca por melhores possibilidades de emprego e melhor renda que em seus países de origem.
→→ Fuga de conflitos diversos (guerras, epidemias, catástrofes naturais).
Migrações Internacionais:
Emigração: (Saída dos Indivíduos)
Emigração significa deixar o local de origem (a pátria) com intenção de se estabelecer em um país
estranho. Um indivíduo que se encontra nesta situação é denominado na sua pátria por emigrante.
Imigração: (Chegada dos Indivíduos)
Imigração é o fenômeno protagonizado pelo mesmo indivíduo, mas visto pela perspectiva do
país que o acolhe. Ou seja, é a entrada de quem vem do exterior para fins de trabalho e/ou residência,
passando a ser denominado por imigrante.

Modalidades de Migração No Brasil


Migrações Internas
Migração Êxodo rural ou rural urbano:
É o deslocamento da população rural para a cidade de forma duradoura.
Ocorre principalmente devido ao processo de industrialização no campo (intensa mecanização),
expulsando do campo os pequenos produtores.
Migração Êxodo Urbano Ou Urbano Rural:
Deslocamento de pessoas da cidade para o campo (êxodo urbano) de forma duradoura.
Migração Urbana:
Migração duradoura de pessoas de uma cidade para outra.
Migração Pendular:
Típica de grandes cidades.
Quando as pessoas saem de sua cidade para trabalhar em outra, retornando no final do dia.
Migração Sazonal:
Ligada às estações do ano.
O migrante sai de sua cidade em determinado período do ano retornando posteriormente após a
passagem da estação.
Trabalhadores que saem das regiões secas do Nordeste em busca de trabalho em outras regiões.
Transumância:
Modalidade de migração sazonal típica de rebanhos.
Migração Nomadismo:
Deslocamento constante de populações em busca de alimentos (em extinção).
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Principais Fluxos Migratórios do Brasil


Nordestinos para o Sudeste (1950 até 1995)
Nordestinos que saem em direção ao Sudeste e Centro-Oeste (questão da seca no sertão, falta de
emprego, baixo índice de industrialização com relação a outras regiões).
Esse período compreendeu o momento da revolução industrial que se alavancou no final da
primeira metade do século XX, até o início da segunda metade da década de 90.
Marcha para o Centro-Oeste (Governo de Getúlio Vargas – 1934)
Migrantes do Sul (principalmente na década de 1970) saem em direção às regiões do Centro-Oes-
te e Norte (principalmente para o Estado de RO), (agricultores sulistas, principalmente gaúchos, em
busca de novas áreas de cultivo com preços baixos).
Criação de colônias de habitação, colônias agrícolas (colônia agrícola de Goiás) e abertura de
estradas (a partir de 1960, fundação de Brasília).
Foram criadas 15 colônias para abastecer de alimentos as regiões industriais (política de integra-
ção nacional).
Migração De Retorno
A partir de 1995 até 2000, houve uma considerável queda nas taxas de migrações e começou a ocorrência
da migração de retorno, ou seja, migrantes que vieram do Nordeste para a região Sudeste agora estão retor-
nando, por aparecerem por lá oportunidades de empregos fruto de uma desconcentração industrial.
A partir de 2008 as migrações para o Sudeste voltam a ocorrer, em menor número que antes.
Agora os migrantes são de pessoas com mão de obra melhor qualificada, que vêm em busca de
acumular um pouco de dinheiro para depois voltar para casa, diferentemente do passado em que as
pessoas vinham com toda a família sem a intenção de retornar.

Cinza: Migração nordestina em direção ao Sudeste – expansão industrial e construção civil.


Azul: Migração do Centro-Sul em direção ao Centro-Oeste e Amazônia – agropecuária.
Verde: Migração da população do Centro-Oeste em direção à Amazônia – agropecuária e mineração.
Laranja: Migração nordestina em direção à Amazônia – ciclo da borracha, pecuária e garimpo.
Roxo: Migração nordestina em direção ao Centro-Oeste – construção de Brasília.

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MIGRAÇÕES ATUAIS:

Exercícios
01. A migração pode ser definida como:
a) A entrada de migrantes em um determinado país.
b) A saída de migrantes de um determinado país para outro.
c) O deslocamento populacional pelo território de um país.
d) As políticas públicas de controle de natalidade implantadas pelo governo para controlar o
crescimento populacional.
e) Qualquer deslocamento espacial realizado por uma pessoa ou por parte de uma população.
02. Quando um indivíduo sai de um país em busca de melhores condições de vida, ele recebe o nome de:
a) emigrante.
b) forasteiro.
c) imigrante.
d) peregrino.
e) gringo.
03. Migração é o deslocamento espacial de um indivíduo ou de parte da população de um lugar
para outro. A principal causa da migração no mundo e no Brasil tem origem:
a) cultural.
b) política.
c) econômica.
d) ambiental.
e) religiosa.

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04. Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar


E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café
Todo dia eu só penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão. […]
BUARQUE, Chico. Cotidiano. Construção, Philips, 1993.

Na letra da canção de Chico Buarque, observa-se uma certa rotina do eu lírico quanto às suas ativi-
dades diárias, o que inclui ir e voltar do seu trabalho. Esse tipo de deslocamento caracteriza-se como:
a) transumância
b) migração pendular
c) migração sazonal
d) mudança diária
e) migração externa
Gabarito
01 - E
02 - A
03 - C
04 - B

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ÍNDICE
A População Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Trabalhadores e o Mercado de Trabalho������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Trabalhadores����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Profissional��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Mercado de Trabalho��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
PEA (População Economicamente Ativa)�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
PNEA (População não Economicamente Ativa)������������������������������������������������������������������������������������������������������2
PEI (População Economicamente Inativa)����������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Classificações de Trabalho�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
“Bônus Demográfico”���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
O Desemprego���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Mulher no Mercado de Trabalho��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Mercado de Trabalho No Brasil����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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A População Brasileira
Trabalhadores e o Mercado de Trabalho
Trabalhadores
Trabalhador é considerado legalmente (formalmente) como todo aquele realiza tarefas baseadas
em contratos, com salário acordado e direitos previstos em lei.
É um termo amplo que inclui todo aquele que vive do seu trabalho – isto inclui o escravo, o servo,
o artesão, o proletário. No caso de voluntariado, trabalha-se em instituições sem fins lucrativos, não
sendo, portanto, assalariados.
Profissional
É definido como aquele que tem conhecimentos da sua profissão, ou especialista e a coloca a
serviço da sociedade.

Mercado de Trabalho
O mercado de trabalho é uma expressão utilizada para se referir às formas de trabalho que
possam existir, sendo remunerados de alguma forma, seja trabalho manual ou intelectual. As
pessoas vendem sua força de trabalho por um salário, que pode ser em dinheiro, moradia, bonifica-
ção, ou outra forma de recompensa pelo trabalho exercido.
PEA (População Economicamente Ativa)
Segundo o IBGE, no Brasil temos na PEA 63,05% da população, que compreende pessoas de 15 a 65
anos, que são classificados como ocupados e desocupados (termos que servem para diferenciar as pessoas
que estão absorvidas pelo mercado de trabalho). Elas representam capacidade produtiva para o país.
No Brasil:
Homens correspondem a 57% da PEA.
Mulheres correspondem a 43% da PEA.
→→ Primário: (20% da PEA) agricultura, pecuária, extrativismo vegetal e pesca.
→→ Secundário: (21% da PEA) atividades industriais (indústria de transformação, de mineração e de
construção civil).
→→ Terciário: (59% da PEA) comércio, prestação de serviços: administração pública, bancos,
educação, saúde, transporte, etc.
Sofremos atualmente um processo de terciarização da economia, graças à intensa mecanização
do campo e da indústria (substituição do homem pela máquina). Também chamado de hipertrofia
do setor terciário.
Globalização e avanços tecnológicos deixaram os setores mais informatizados e robotizados,
dando surgimento a muitos desempregados.
PNEA (População não Economicamente Ativa)
Pessoas não economicamente ativas são as que não podem ser classificadas nem como empregadas nem
como desempregadas, como, por exemplo, pessoas que não possuem e nem estão procurando trabalho.
PEI (População Economicamente Inativa)
Menores de 14 anos, deficientes e os acima de 65 anos.
Dessa maneira, os grupos sociais que formam a população inativa são os seguintes: estudantes,
pré-aposentados, aposentados e aqueles com alguma deficiência permanente.
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Classificações de Trabalho
→→ Trabalho formal, onde há registro na carteira de trabalho, contribuições à previdência social,
legalidades trabalhistas.
→→ Trabalho informal, que não há registro, não há pagamento da contribuição previdenciária.
O crescimento do trabalho informal tem prejudicado a previdência pública, pois não há entrada
das contribuições para que haja o pagamento das aposentadorias, criando um déficit econômico
nas contas do governo. Um dos principais fatores que levam ao aumento significativo do trabalho
informal são as crises econômicas, que implicam muitas vezes no trabalho autônomo da população.
“Bônus Demográfico”
O Brasil atualmente está inserido no “Bônus Demográfico”, ou seja, período em que a população
ativa é mais numerosa (população com faixa etária adulta de 20 a 59 anos).
Sob o ponto de vista da economia, um período de bônus demográfico significa que um país tem
mais força de trabalho do que pessoas inativas. Ou seja, há um excedente de pessoas para produzir e
pagar impostos e assim alavancar o crescimento econômico.
O Brasil possui 50 milhões de jovens. O aumento da população nessa faixa etária começou no
início da década de 2010 e terá seu auge em 2020.
A ONU indica que o bônus demográfico está ocorrendo atualmente em 59 países – entre eles
o Brasil. Para a organização, a proporção de jovens na população mundial atingiu seu auge. Há 1,8
bilhão de jovens no mundo, sendo que 87% deles vivem nos países em desenvolvimento, uma força
trabalhadora que poderia fazer a diferença.
63,05% da população brasileira pertence à PEA, e estão distribuídos pelos 3 setores da economia:
Os trabalhadores da PEA que se distribuem por setores trabalhistas e classificam a economia de
um país a partir do setor que possui o maior número desses trabalhadores.
Países mais desenvolvidos economicamente têm uma tendência a possuírem a maior parte de
sua população economicamente ativa no setor terciário.
Países com baixo desenvolvimento econômico (subdesenvolvidos) possuem a maior parte de
sua população economicamente ativa no setor primário.
Países em desenvolvimento econômico (países emergentes) possuem a maior parcela de sua po-
pulação economicamente ativa no setor secundário.
O Desemprego
É outra característica do mercado de trabalho e acontece quando a quantidade de vagas ofereci-
das é menor que o número de pessoas para exercerem o trabalho.
Há dois tipos de desemprego:
→→ conjuntural que está associado às crises econômicas, em que há baixo crescimento econômico,
tendo quedas na produção, nas vendas, ou até mesmo devido a problemas naturais, como secas
e geadas, interferindo na produção do setor primário, causando demissões da população que
trabalha nesses ramos.
→→ estrutural, ou também chamado de tecnológico, que ocorre em consequência da substituição da
mão de obra por máquinas, a entrada de robôs, tratores, computadores, são fatores que causam a
dispensa dos trabalhadores que são substituídos por máquinas, que não necessitam de remunera-
ção econômica por sua produção.

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Mulher no Mercado de Trabalho


A MULHER no mercado de trabalho vem-se destacando. São cerca de 43% da PEA, ou seja, 46
milhões de pessoas, com destaque para o setor terciário: educação, saúde, serviços domésticos.

Mercado de Trabalho No Brasil


Temos atualmente 13 milhões de pessoas que vivem sem emprego no país, segundo o IBGE
Desse total, quase um 1/3 tem entre 18 e 24 anos.

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Exercícios
01. Segundo dados do “Jornal do Brasil”, a mulher brasileira tem hoje, em média, 1,9 filhos contra
4,35 nos anos 1980, e 6,28 na década de 1960. A redução da taxa de natalidade verificada no
Brasil está relacionada à(ao):
a) participação crescente da mulher no mercado de trabalho, inviabilizando o tradicional ins-
tituto do casamento.
b) mudança da população, que deixou, em cerca de 30 anos, de ser rural, passando a majorita-
riamente urbana.

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c) sucesso de políticas de controle da natalidade, impostas pelos governos militares, no final


dos anos 1960.
d) processo de envelhecimento rápido da estrutura demográfica, motivada pela elevação da
expectativa de vida da população.
e) legalização do aborto e da laqueadura de trompas, derivadas do novo texto da Constituição de 1988.
Gabarito
01 - B

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
A População Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Pobreza e Exclusão Social�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Pobreza���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Exclusão Social��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Classificação da Pobreza����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
IDH Brasileiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Coeficiente de GINI������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Causas da Pobreza no Brasil����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Como Está Atualmente?�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

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A População Brasileira
Pobreza e Exclusão Social
Pobreza
É a condição de quem é pobre, ou seja, que não tem as condições básicas para garantir a sua
sobrevivência com qualidade de vida e dignidade.
Exclusão Social
Um processo pelo qual o socialmente excluído não possui acesso a certos direitos que são essen-
ciais para o seu desenvolvimento pleno, ou seja, situação na qual as necessidades das pessoas não são
atendidas de forma adequada. Podem ser:
Exclusão econômica ocorre quando os indivíduos de uma camada social são excluídos do acesso ao
consumo de produtos ou excluídos do processo de produção.
Exclusão política está associada à falta de acesso a informação ou ao acesso precário a meios que
ajudem na formação de opinião sobre assuntos políticos.
Exclusão Cultural e Étnica: conceito atribuído as minorias étnicas e culturais, por exemplo, a
exclusão dos índios.
Exclusão Etária: designa a exclusão por idades, por exemplo, crianças e idosos.
Exclusão Sexual: tipo de exclusão que é determinada pelas diferentes preferências sexuais, por
exemplo, a exclusão dos transexuais.
Exclusão de Gênero: relativo ao gênero masculino e feminino, por exemplo, a exclusão das mulheres.
Exclusão Patológica: exclusão relativa às doenças, por exemplo, os portadores de HIV.
Exclusão Comportamental: aborda sobre os comportamentos destrutivos, por exemplo, dos indiví-
duos toxicodependentes.
Classificação da Pobreza
Segundo a Organização das Nações Unidas uma pessoa pobre é aquela que não tem dinheiro
para garantir uma refeição que forneça 1750 calorias por dia.
Para a ONU, uma pessoa pobre é que tem uma renda equivalente a US$ 1,25 por dia ou cerca
de quatro reais.
Para a União Europeia, uma pessoa pode ser considerada pobre quando ganha 60% da renda
média do país. Na Dinamarca seria quem possui uma renda igual ou inferior a 2.500,00 reais.
Classes Sociais
Miserável: até 1 salário mínimo, de 798 até 1000 reais por mês.
Baixa: entre 1 e 2 salários mínimos por mês.
Média baixa: entre 3 a 6 salários mínimos por mês.
Média: entre 7 a 19 salários mínimos por mês.
Média alta: entre 20 e 29 salários mínimos por mês.
Alta: 30 ou mais salários mínimos por mês.
IDH Brasileiro
Apesar dos avanços no combate à concentração de renda, o Brasil ainda é conhecido internacio-
nalmente como uma das sociedades mais desiguais do planeta.
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O Brasil tem avançado em seu índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medida comparativa
entre países que engloba riqueza, educação e expectativa média de vida.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das
Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os crité-
rios utilizados para calcular o IDH são:
→→ Grau de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e expectativa de vida escolar,
ou tempo que uma criança ficará matriculada;
→→ Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habi-
tantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no entanto, a partir de 2010,
ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente os mesmos
aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também considera os recursos financeiros oriundos do exterior;
→→ Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população, reflete as condições de saúde e dos
serviços de saneamento ambiental.
O IDH varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH de um local.
Muito alto desenvolvimento humano
1º Noruega – 0.953
2º Suíça – 0.944
3º Austrália – 0.939
Alto desenvolvimento humano
73º Cuba – 0.777
78º Venezuela – 0.761
79º Brasil – 0.759
Médio desenvolvimento humano
113º Filipinas – 0.699
Baixo desenvolvimento humano
189º Níger – 0.354

Coeficiente de GINI
O Brasil é um dos países que tem a maior concentração de renda no mundo. Um estudo realizado
pelo Pnud demonstra que houve melhora no “coeficiente de Gini” brasileiro.

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O coeficiente de Gini é adotado internacionalmente para medir a concentração de renda dos países.
Entre 2001 e 2007, esse índice brasileiro passou de 0,593 para 0,552 (quanto mais próximo de
zero, menor é a desigualdade), reduzindo o grau de desigualdade em 7%. A análise feita pelo Ipea
sobre a redução da desigualdade mostrou que essa queda contínua é a mais duradoura já ocorrida
nos últimos 30 anos. Mesmo assim, o índice Gini brasileiro está bem longe do ideal, se comparado
com o da Dinamarca (0,247), o mais baixo do mundo.

Causas da Pobreza no Brasil


A pobreza no Brasil tem uma causa nos primórdios de sua história após descobrimento.
A colonização e todo o seu processo, bem como a escravidão, propiciaram o surgimento de
muitas pessoas pobres ao longo do território.
O fim da escravidão e o início do êxodo rural agravaram a pobreza. Uma vez que os escravos
libertos não possuíam oportunidade de emprego, e as pessoas que migravam para a cidade não con-
seguiam boas moradias, em virtude da infraestrutura limitadas dos meios urbanos.
Dessa forma, a acentuação da pobreza no Brasil foi nítida:
→→ Periferias surgiram (aglomerados subnormais).
→→ O desemprego aumentou.
→→ O trabalho informal cresceu.
No entanto, a população mais pobre seguia vivendo à margem, a violência, então, passou a
aumentar, em virtude da desigualdade de oportunidades.
Fatores político-sociais: corrupção; inexistência ou mau funcionamento de um sistema democráti-
co; fraca igualdade de oportunidades.
Fatores econômicos: exploração dos pobres pelos ricos; sistema fiscal inadequado, representando
um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a própria pobreza, que prejudica
o investimento e o desenvolvimento, economia dependente de um único produto.
Fatores socioculturais: reduzida instrução; discriminação social relativamente ao género ou à raça;
valores predominantes na sociedade; exclusão social; crescimento muito rápido da população.
Fatores naturais: desastres naturais, climas ou relevos extremos; doenças.
Problemas de Saúde: adição a drogas ou álcool; doenças mentais; doenças da pobreza como a SIDA
e a malária; deficiências físicas.

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Fatores históricos: colonialismo; passado de autoritarismo político.


Insegurança: guerra; genocídio; crime.
Como Está Atualmente?
Apesar de muitos dos problemas terem sido contornados, a pobreza no Brasil ainda revela no
cotidiano as disparidades regionais.
Apenas a partir dos anos de 1990, no final do século XX, que a estabilidade econômica começou
a reinar no Brasil.
A renda per capita no Brasil aumentava de forma gradual, o poder de consumo se acentuou a
partir de 2003 e a pobreza extrema quase fora liquidada até meados de 2010.
O Brasil, inclusive, no mesmo período foi retirado do Mapa da Fome, praticamente extinguindo
um problema agravado pela pobreza no Brasil.
Os anos de concentração política no sul e no sudeste beneficiaram as regiões, acentuando índices
de pobreza maiores em estados do norte e nordeste.
Maranhão, Piauí e Alagoas estão entre os que possuem maior número de pessoas na faixa de
pobreza extrema do Brasil.
Atualmente, a pobreza no Brasil é avaliada segundo dois índices. Segundo o Ministério do De-
senvolvimento Social, é possível diferenciar pobreza e pobreza extrema:
→→ Pobreza abrange pessoas que vivem com renda mensal que não ultrapasse os R$ 140 reais por mês;
→→ Pobreza extrema abrange pessoas que vivem com renda mensal que não ultrapasse os R$ 70;
A pobreza no Brasil é um problema que atinge, atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas.
Beirando um alto índice, o número alcança os 15% da população brasileira, tendo uma concen-
tração maior nos estados da região norte e nordeste.
Mapa Mostra os Estados que Possuem a Maior Proporção de Pobres:

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Exercícios
01. O Brasil é um país subdesenvolvido e que ainda possui uma significativa quantidade de
pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Sobre os fatores que contribuem para a constru-
ção e permanência da pobreza no Brasil, assinale a alternativa incorreta:
a) A pobreza no Brasil não é causada por um episódio único, sendo resultado de uma série de
fatores históricos, sociais, conjunturais e políticos.
b) O tipo de colonização ao qual o Brasil foi submetido no passado exerce influência até os dias
atuais na distribuição da riqueza no país.
c) Fatores históricos possuem influência insignificante na expressiva quantidade de pessoas que
vivem na pobreza no Brasil. O principal fator reside em uma tradição cultural de desvalorização
do trabalho. A maior parte dessas pessoas opta por não trabalhar, por comodismo ou escolha.
d) O desenvolvimento tardio do país configura-se como uma das causas do quadro de
pobreza brasileiro.
e) A histórica dependência econômica que nosso país tem em relação às nações desenvolvi-
das e organismos financeiros internacionais agrava ainda mais a desigualdade social e a
pobreza existentes no Brasil.
02. As pessoas consideradas em situação de extrema pobreza são assim classificadas de acordo com cri-
térios estabelecidos por organismos internacionais. Sobre esse dado, avalie as proposições a seguir:
I. O cálculo adotado pelo Brasil em 2011 define extrema pobreza como aquela em que o indiví-
duo recebe menos de 70 reais mensais, cerca de 2,3 reais por dia.
II. Segundo a ONU e o Banco Mundial, as pessoas em situação de extrema pobreza são aquelas
que vivem com menos de 1,25 dólar por dia.
III. Os critérios adotados pelo Governo brasileiro, ONU e Banco Mundial são muito distintos.
Se adotada a medida internacional, teríamos no Brasil um número muito maior de pessoas
classificadas em situação de extrema pobreza.
Estão corretas as alternativas:
a) I e III.
b) I e II.
c) II e III.
d) Todas as alternativas.
e) Apenas a alternativa I.
03. A respeito da distribuição das pessoas em situação de pobreza no país, assinale a alternativa correta.
a) A pobreza está concentrada exclusivamente em estados da região norte e nordeste do país.
b) Nas regiões sul, sudeste e litoral brasileiros, a questão da pobreza já foi superada, pois não há
mais números significativos de pessoas em situação de pobreza.
c) Praticamente todos os municípios brasileiros, principalmente as periferias dos grandes
centros metropolitanos, contam com pessoas abaixo da linha da pobreza.
d) A pobreza está concentrada em poucas cidades do país. Na maior parte dos municípios bra-
sileiros, essa situação é inexistente.
e) A maior parte das pessoas em situação de pobreza é encontrada em pequenas cidades e pro-
priedades rurais isoladas.
Gabarito
01 - C
02 - D
03 - C
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
A População Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Espaço Urbano e Problemas Urbanos�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Problemas Urbanos�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Enchentes�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lixos Urbanos����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Despejo de Esgotos nos Rios e Canais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Poluição Sonora�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Emissão de Gases����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Problemas Sociais Urbanos�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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A População Brasileira
Espaço Urbano e Problemas Urbanos
O Espaço Urbano pode ser definido como o espaço das cidades, o conjunto de atividades que
ocorrem em uma mesma integração local, com a justaposição de casas e edifícios, atividades e
práticas econômicas, sociais e culturais.
O espaço da cidade é, dessa forma, uma paisagem representativa do espaço geográfico, um terri-
tório das práticas políticas e um lugar das visões de mundo e mediações culturais.
No entanto, é preciso estabelecer uma distinção entre o urbano e as cidades. Existem cidades, por
exemplo, que não são consideradas urbanas, por possuírem uma pequena quantidade de habitantes
e uma baixa dinâmica econômica.
Para o IBGE, cidades com menos de 20 mil habitantes são consideradas como espaço rural.
Além disso, no meio agrário, evidenciam-se algumas práticas e características do espaço urbano, o
que nos leva a crer que o urbano transcende (vai além) do espaço das cidades.
Dessa forma, o espaço urbano é economicamente produzido, mas socialmente vivenciado, ou
seja, apropriado e transformado com base em ações racionais e também afetivas.
O geógrafo brasileiro Roberto Lobato Corrêa afirma, em várias de suas obras, que o espaço
urbano é fragmentado, articulado; é também o condicionante das ações sociais e o reflexo destas,
em uma interação dialética. Além disso, segundo o mesmo autor, ele pode ser compreendido como
um conjunto de símbolos e como um campo de lutas, principalmente envolvendo as classes sociais.
Na era moderna, podemos dizer que o processo de crescimento do espaço urbano ocorre por dois
argumentos de elementos principais, os fatores atrativos e os fatores repulsivos.
Fatores atrativos: supostos benefícios, como crescimento industrial, em que boa parte da população
do campo é atraída pela oferta de mão de obra, e às possibilidades de crescimento e emancipação sociais.
Fatores repulsivos: saída dos trabalhadores do campo, em face da mecanização da produção
agrícola ou da concentração fundiária.
Por meio dos fatores atrativos e repulsivos, observamos que o espaço urbano cresce com a
migração do tipo campo-cidade que, quando ocorre em massa, é chamada de êxodo rural.
Esse movimento proporciona um crescimento desordenado das cidades, ocasionando, graves
problemas sociais urbanos, dos quais se destacam: a favelização, ocupações irregulares, índices de
miséria, violência e muitos outros.

Problemas Urbanos
Enchentes
Ocorre, principalmente, por causa da impermeabilização do solo urbano, que é coberto na maior
parte por asfalto e cimento. Assim, a água não penetrar e se acumula sobre o solo.
Outro fator é a alteração de cursos d’água, como o aterramento para construção civil ou
mudanças do curso de rios, o aterramento de áreas pantanosas, locais para onde a água escorria –
sem essa possibilidade ela se acumula sobre o solo – ou mesmo a ocupação irregular na beira de rios.
Entupimento dos bueiros como fator que colaboram para as enchentes, sem falar, também, nas
mudanças climáticas, que alteram os ciclos das chuvas, fazendo com que verdadeiras tempestades
culminem em enchentes de grandes proporções e graves consequências.

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Lixos Urbanos
O aumento populacional causa uma maior produção de lixo, tornando-se outro grande problema
para o meio ambiente em áreas urbanas, pois a falta de um tratamento adequado para os resíduos
sólidos domésticos, principalmente os despejados em lixões ou em cursos d’água, queimados ou de-
positados em terrenos baldios vão causar impactos ambientais severos nos solos, águas e mesmo no ar.
O acúmulo inadequado destes lixos urbanos vão produzir gases e substâncias tóxicas que, ao
entrarem em contato com o meio em que são depositados, vão ser causadores de doenças graves e
contaminação do ambiente. Também é preciso destacar que, em relação aos lixões, os mais afetados
são as camadas mais pobres da sociedade, justamente a camada que dispõe de menores recursos na
questão de atendimento hospitalar.
Despejo de Esgotos nos Rios e Canais
O crescimento desordenado e a falta de infraestrutura urbana das cidades fez com que ocorresse
uma ausência de planejamento em relação ao saneamento básico.
Esse fato ocasiona um despejo sistemático de esgoto sanitário doméstico e industrial em rios e canais em
grande escala, fazendo com que ocorra um grande impacto em ecossistemas aquáticos, aumento da conta-
minação da água, proliferação de doenças e menor disponibilidade de água doce para consumo humano.
Poluição Sonora
O grande número de automóveis nos centros urbanos vai colaborar significativamente para a
produção da chamada poluição sonora.
Além dos automóveis, também podemos destacar as obras de construção civil, fábricas, entre
outros fatores que vão ser responsáveis por distúrbios mentais, aumento significativo do stress e
até problemas auditivos.
Emissão de Gases
Emitidos por: automóveis e indústrias.
Geram:
→→ efeito estufa (devido à grande quantidade de gás carbônico);
→→ chuvas ácidas (alteração do pH das águas, causando a mortandade dos animais e a acidificação do solo);
→→ ilhas de calor que ocorrem nas regiões centrais das grandes cidades. Tal situação é consequência
do processo de verticalização, ou seja, a formação de prédios que limitam a circulação do ar e,
somada à retirada das árvores, contribui para a concentração do calor. É por isso que as regiões
centrais ou muito urbanizadas estão sempre mais quentes que o restante da cidade;
→→ inversão térmica um fenômeno climático que dificulta a dispersão dos poluentes emitidos pela
ação humana. Em virtude disso, gases tóxicos pairam sobre a superfície das cidades, provocando
doenças respiratórias e o aumento das temperaturas.
A falta de planejamento público e a ausência de uma maior consciência ambiental constituem os
problemas ambientais urbanos, como a poluição das águas de rios, lagos e oceanos, o aumento das
temperaturas, a ocorrência de chuvas ácidas (fruto da emissão de gases tóxicos na atmosfera), isso
tudo somado às poluições visual e sonora.
O fato é que os distintos processos de urbanização estão diretamente ligados à industrialização e
todos eles apresentam problemas tanto de caráter social quanto de caráter ambiental.
Boa parte desses problemas não está ligada somente ao processo de urbanização em si, mas
também à má distribuição de renda e às contradições sociais.

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Problemas Sociais Urbanos


Problemas sociais urbanos:
→→ Segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamen-
to público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades.
→→ Especulação imobiliária, encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornan-
do-os inacessíveis à grande massa populacional, desta forma, áreas que antes eram baratas e de
fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para o crescimento das favelas, precárias con-
dições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes
não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
Outro problema da especulação imobiliária em todos os tipos de cidades: a questão dos lotes
vagos. Aqui observamos dois principais motivos:
1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não possui condições de
construir neles.
2) a espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda poste-
rior. Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e
acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue.
→→ Favelização – associa-se também à concentração de renda, ao desemprego e à falta de planeja-
mento urbano. Muitas pessoas, por não disporem de condições financeiras para custear suas
moradias, acabam não encontrando outra saída senão ocupar de forma irregular (por meio de
invasões) áreas que geralmente não apresentam características favoráveis à habitação, como os
morros com elevada declividade.
O processo de favelização contribui para a agressão ao meio ambiente, visto que as ocupações ir-
regulares geralmente ocorrem em zonas de preservação ou em locais próximos a rios e cursos d’água.
A estimativa da ONU é de que, até 2030, mais de 2 bilhões de pessoas estarão morando em favelas
em todo mundo.
Exercícios
01. Das alternativas abaixo, todas representam problemas vivenciados no espaço urbano, EXCETO:
a) Ilhas de Calor.
b) Inversão Térmica.
c) Favelização.
d) Segregação Espacial.
e) Concentração Fundiária.
02. O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais marcante da modificação das condições iniciais
do clima pelo processo de urbanização, caracterizado pela modificação do solo e pelo calor
antropogênico, o qual inclui todas as atividades humanas inerentes à sua vida na cidade.
BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos: estudo em microclimas em Maceió. São Paulo: EdUSP, 2005.

O texto exemplifica uma importante alteração socioambiental, comum aos centros urbanos. A
maximização desse fenômeno ocorre:
a) pela reconstrução dos leitos originais dos cursos d’água antes canalizados.
b) pela recomposição de áreas verdes nas áreas centrais dos centros urbanos.
c) pelo uso de materiais com alta capacidade de reflexão no topo dos edifícios.
d) pelo processo de impermeabilização do solo nas áreas centrais das cidades.
e) pela construção de vias expressas e gerenciamento de tráfego terrestre.
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03. Considere as seguintes afirmações que tratam do ambiente em grandes centros urbanos:
I. O aumento da temperatura em face do adensamento de construções, do asfaltamento de
ruas e avenidas e da rarefação ou ausência de vegetação tende a gerar as “ilhas de calor”.
II. Em geral, a expansão nos grandes centros urbanos brasileiros tem sido realizada em terrenos
ambientalmente estáveis e com baixa vulnerabilidade à ocupação.
III. Comumente, as áreas de risco à ocupação correspondem aos fundos de vales, topos de
morros e vertentes íngremes.
IV. Parques, áreas verdes e matas ciliares, contribuem para a melhoria do clima urbano, ameni-
zando os gradientes térmicos.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e IV apenas.
Gabarito
01 - E
02 - D
03 - B

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Localização, Extensão e Limites Territoriais / Construção do Território���������������2
Região Nordeste�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
A Bahia no Brasil e no Nordeste���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Pontos Extremos do Território Baiano���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Construção Socioespacial do Território Baiano������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Capitanias Hereditárias����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Geografia da Bahia – Localização, Extensão e Limites


Territoriais / Construção do Território
O Nordeste é uma das cinco macrorregiões geográficas do IBGE, ao lado do Centro-Oeste, Sul, Sudeste
e Norte. Nela, o estado da Bahia situa-se na parte sul da região, fazendo divisa com as regiões Sudeste, Norte e
Centro-Oeste. Esta localização gera uma fácil integração com o restante do território brasileiro.

Região Nordeste

Fonte: IBGE

A Bahia é hoje um estado importante nos cenários regional e nacional, assumindo significativa
expressão quanto ao tamanho de sua população, dinâmica de suas atividades econômicas, impor-
tância de suas cidades, bem como pelas ricas manifestações culturais, pela intensa procura de suas
praias, diversidade de belas paisagens, presente tanto no litoral quando no sertão e nas serras.
O estado da Bahia está localizado entre os paralelos 8º32’00’’ 18º20’07’’ de latitude sul e os meri-
dianos de 37º20’37’’ e 46º36’59’’ de longitude oeste. Essa posição geográfica insere todo o seu territó-
rio na Zona Tropical.
O estado da Bahia limita-se ao sul com o Espírito Santo e Minas Gerais, ao norte, com os estados
do Piauí, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no leste com o oceano Atlântico e no oeste com os estados
de Tocantins, Minas Gerais e Goiás. Observa-se que, na região Nordeste, a Bahia é o maior estado
em área, com 564.733,2 km².

A Bahia no Brasil e no Nordeste

Fonte: upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/Brazil_Bahia.png
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Pontos Extremos do Território Baiano


PONTOS EXTREMOS MUNICÍPIO
Norte Curaçá
Sul Mucuri
Leste Jandaíra
Oeste Formosa do Rio Preto
FIQUE LIGADO: No ponto extremo-norte, no município de Curaçá, a divisa é feita pelo rio São Fran-
cisco; no extremo-sul, pela barra do Riacho Doce, em Mucuri; no extremo-leste, a divisa é feita pela
barra do rio Real em Jandaíra; e, no extremo-oeste, pelo divisor de águas. O litoral baiano conta com
932 km de extensão, o maior do Brasil.

Construção Socioespacial do Território Baiano


Em consequência da configuração espacial que apresenta e do processo de povoamento que
ocorreu, o espaço baiano oferece, do litoral para o interior, uma sucessão de paisagens diferenciadas,
marcadas por uma grande diversidade de ecossistemas.
A história da política no estado brasileiro da Bahia confunde-se, muitas vezes, com a política do país,
uma vez que Salvador, por muitos anos, foi a capital da Colônia. Salvador foi fundada em 1549, e foi capital
até 1763, revelando o expressivo papel da Bahia no cenário nacional, o que continua até os dias atuais.
Em março de 1534, o Brasil foi dividido em Capitanias Hereditárias, que tinham como objetivo
povoar a colônia e proteger as terras recém-descobertas de possíveis invasores. As Capitanias Here-
ditárias foram formadas por faixas lineares de terra, indivisíveis e inalienáveis.

Capitanias Hereditárias

Fonte: Mapa de 1649, Cartógrafo Henricus Hondius. 01b

A capitania da Bahia de Todos os Santos foi doada a Francisco Pereira Coutinho, e tinha seus
limites norte com a capitania de Pernambuco e, ao sul, com a capitania de Ilhéus. No século XVIII,
as capitanias de Ilhéus e Porto Seguro foram incorporadas à capitania da Bahia de Todos os Santos
para formar a capitania da Bahia, que passou agora a ter como limite sul a capitania do Espírito
Santo, e ao oeste as capitanias de Minas Gerais e Goiás.
O fracasso da Bahia de Todos os Santos foi atribuído ao seu , Francisco Pereira Coutinho, que não
teria tido condições de enfrentar os ataques dos tupinambás. Somam-se a isso a falta de recursos e a
distância entre as sedes das capitanias.
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Francisco Pereira Coutinho

A Bahia é a primeira das capitanias hereditárias a se transformar em capitania real. Em 1549, o


primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, construiu a cidade de São Salvador, na Baía
de Todos os Santos , para ser a capital da colônia. Além de sede política e administrativa, funcionou
como polo de desenvolvimento econômico de toda a região, com açúcar, tabaco e algodão no século
XVIII e tráfico de escravos até meados do século XIX.
Com a colonização, a capitania da Bahia incorporou os territórios das capitanias de Ilhéus, Ita-
maracá e Porto Seguro. A partir da ocupação de Salvador e arredores, nos dois primeiros governos-
gerais do Brasil, existiram distinções muito nítidas entre Salvador — e seu recôncavo — e o interior
mais distante. Apesar das excelências do fundeadouro descoberto em 1501, os portugueses aban-
donaram-no nas duas primeiras décadas de existência da colônia, dando margem a que franceses
ali negociassem com os indígenas. Em face desse abandono, explica-se a surpresa de Pero Lopes de
Sousa, cuja viagem é de 1530, ao encontrar na Bahia o lendário Caramuru, que desde 1510 ou 1511,
quando naufragara, vivia entre os selvagens.
No século XVIII, quando da divisão da Bahia em quatro comarcas, as duas do sertão já possuíam
77.000 habitantes. Acompanhando, por um aspecto, a conquista do território, e correspondendo,
por outro, à orientação de Portugal, ficaram caracterizadas quatro zonas de produção: 1) o Recôn-
cavo, para a cana-de-açúcar; 2) Jaguaripe e Camamu, para a farinha de mandioca; 3) tabuleiros ou
areais, para fumo e mandioca; 4) o sertão, para o gado. A principal característica da economia foi
estar voltada para o mercado externo, com as terras da Bahia fornecendo matérias-primas e artigos
da lavoura tropical, que interessavam à Europa.
Não foi somente com boiadas e currais que se completou a incorporação dos sertões à Bahia, mas
também com as guerras contra os índios amoipiras, acroás e paiaiás. Após a primeira e a segunda
guerras contra os índios de Jaguaripe e Paraguaçu (1558 e 1559), concluiu-se a posse de Matuim e
Passé. Além disso, as missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e dos frades de São Fran-
cisco e do Monte Carmelo muito contribuíram para as atividades civilizadoras, produtivas e cons-
tantes. Outro estímulo para o povoamento consistiu no descobrimento de ouro na serra de Jacobina.

Marco do Descobrimento, Porto Seguro (BA).

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Exercícios
01. Considerando sua forma e dimensão territorial e ainda sua grande diversidade histórica e
geográfica, o estado da Bahia é um expressivo resumo de todo o Brasil. Assinale a alterna-
tiva que contém o nome dos estados que fazem divisa com a Bahia.
a) Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Paraíba e Ceará.
b) Alagoas, Piauí, Minas Gerais e Tocantins.
c) Ceará, Piauí, Maranhão, Sergipe, Rio Grande do Norte e Tocantins.
d) Paraíba, Piauí, Maranhão e Alagoas.
e) Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e Sergipe.
02. Sobre a localização do território baiano assinale a opção correta:
a) No continente americano, a localização da Bahia favorece as relações com o Norte, Centro
-Oeste e Sul da América do Sul.
b) O acesso à América do Norte e à Europa é dificultoso, e impede relações comerciais da Bahia
com essas áreas do planeta.
c) Pela sua localização e pelas suas dimensões, a Bahia reúne apenas condições de relações co-
merciais com o litoral, deixando o interior sem integração.
d) A Bahia situa-se na parte norte da região Nordeste do Brasil.
Gabarito
01 - B
02 - A

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Construção do Território����������������������������������������������������������������������������������������������2
Estado Da Bahia – Formação Territorial������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Evolução Político-Administrativa�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
As Regiões da Bahia�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Mesorregiões Geográficas������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Mesorregião Metropolitana de Salvador������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Mesorregião do Sul Baiano�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Mesorregião do Extremo Oeste Baiano��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Mesorregião do Vale São-Franciscano da Bahia�����������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Mesorregião do Centro Norte Da Bahia�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Mesorregião do Nordeste Baiano������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Mesorregião do Centro Sul Baiano���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6

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Geografia da Bahia – Construção do Território


A economia extrativista, ancorada na exploração do pau-brasil, foi a principal atividade econô-
mica do século XVI. O pau-brasil era usado nos tempos coloniais em função do corante avermelha-
do que se extraía da madeira e servia para tingir tecidos e fabricar tinta para escrever.
A atividade canavieira, que serviu de base para a economia colonial, ocupou áreas do Recôncavo
Baiano. Foi a mais importante atividade até o século XIX, quando entrou em decadência por falta
de condições de competir com outros centros produtores no Brasil e no exterior. Além da cana-de
-açúcar, podemos destacar ainda a atividade pecuária no Litoral Norte e o fumo, muito usado para a
compra de escravos.
O crescimento da economia baiana atraiu interesse da Metrópole Portuguesa e de outros países.
No início do século XVII, Salvador, Camamu e Ilhéus sofreram vários ataques de holandeses que
queriam controlar o território baiano.
Concomitantemente à agricultura, a pecuária extensiva foi responsável pela ocupação no Sertão
baiano, a partir do século XVIII pelo vale do São Francisco. A grande distância entre Salvador e o
interior determinou a emergência de alguns pontos importantes do território baiano, como Dias
D’Ávila, Alagoinhas e Feira de Santana.

Feira de Santana, Bahia.

A exploração de minérios foi relevante para a ocupação de algumas localidades no interior do ter-
ritório. A produção de ouro (Jacobina e Rio das Contas) e diamantes (Mucugê, Lençóis e Andaraí).
Os diamantes explorados nessa região tiveram tanta relevância que a Chapada ficou conhecida como
Diamantina.
Mesmo com o desenvolvimento do extrativismo, Salvador e o Recôncavo continuaram a ser as
áreas mais relevantes. É aí onde se inicia o processo de industrialização baiano, como as fábricas de
charutos, tecido e rapé, além de fundições de motores. Um destaque econômico fora desse circuito
Salvador-Recôncavo é o sul do estado, com o cultivo do cacau.
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Estado Da Bahia – Formação Territorial

Fonte: Fonte: Silva et al., 2000

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Evolução Político-Administrativa
Em 1827, a Bahia possuía 41 municípios, que foram se desmembrando, totalizando hoje 417 mu-
nicípios. Os sucessivos desmembramentos da malha municipal baiana, pela emancipação de novas
unidades político-administrativas, provocou uma fragmentação considerável do território.
Os municípios de Porto Seguro e Ilhéus foram os primeiros a serem criados em 1534 e, em seguida,
o município de Salvador. Muitos deles possuem denominações diferentes de sua fundação. No período
entre 1828 e 1889, foram criados mais de 63 municípios e, no período entre 1890 e 1940, mais 62 novos
municípios. As últimas emancipações ocorreram nos anos 1980, com a implantação de 79 municípios, e
nos anos 2000, quando foram criados mais dois municípios (Barrocas, desmembrado de Serrinha e Luís
Eduardo Magalhães, desmembrado de Barreiras), chegando ao número de 417 municípios. O maior mu-
nicípio é Formosa do Rio Preto, com 16.304 km², e o menor é Madre de Deus, com apenas 32 km².

As Regiões da Bahia
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dividiu o estado da Bahia e demais
estados em mesorregiões e microrregiões geográficas, sobretudo para fins estatísticos, tendo em
vista a gestão do território. As mesorregiões foram identificadas segundo os seguintes critérios: or-
ganização produtiva, relações existentes entre as cidades e condicionamentos naturais ligados ao
relevo, ao clima, à vegetação e à hidrografia. De acordo com esses critérios, na Bahia foram delimita-
das sete mesorregiões e 32 microrregiões.

Mesorregiões Geográficas

Fonte: IBGE

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Mesorregião Metropolitana de Salvador


A mesorregião Metropolitana de Salvador é uma das sete mesorregiões do estado brasileiro da
Bahia. É formada pela união de 38 municípios agrupados em três microrregiões.

Elevador Lacerda, cidade de Salvador.

É nesta mesorregião que se localiza a capital e o maior polo industrial do estado. Sua população é de
aproximadamente 4,5 milhões de habitantes, cerca de 1/3 da população total do estado. Os principais mu-
nicípios são: Salvador, Camaçari, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Catu e Simões Filho.

Mesorregião do Sul Baiano


A mesorregião Sul da Bahia é formada pela união de 38 municípios agrupados em três microrregiões.

Vista aérea de Camaçari (BA)

É nesta mesorregião que se localizam os grandes cultivos de cacau, além de grande fluxo turísti-
co, nas praias da região sul. Os principais municípios são: Itabuna, Ilhéus, Eunápolis, Porto Seguro,
Teixeira de Freitas e Valença. Onze municípios localizados nesta região compõem o chamado
Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia.

Mesorregião do Extremo Oeste Baiano


A mesorregião do Extremo Oeste Baiano é uma das sete mesorregiões do estado brasileiro da
Bahia. É formada pela união de 24 municípios agrupados em três microrregiões. Os municípios mais
populosos são Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Santa Maria da Vitória.
Esta vasta região baiana pertenceu a Pernambuco até meados de 1824. D. Pedro I a desligou do
território pernambucano como punição pelo movimento separatista conhecido como Confederação
do Equador. A então Comarca do São Francisco foi o último território desmembrado de Pernam-
buco, impondo àquele estado uma grande redução da extensão territorial, de 250 mil km² para os
98.311 km² atuais. Após três anos sob administração mineira, a região foi anexada à Bahia em 1827.
Com altos índices pluviométricos e terras férteis, está atualmente inserida na região conheci-
da como “MATOPIBA”, considerada a última fronteira agrícola do país. Marcada pela recepção de
produtores rurais migrantes da Região Sul, a mesorregião do Extremo Oeste Baiano é hoje uma das
maiores produtoras de soja e algodão do Brasil.

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FIQUE LIGADO: A expressão MATOPIBA, também chamada de MAPITOBA, resulta de


um acrônimo formado com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Ela
designa uma extensão geográfica que recobre parcialmente os territórios dos quatro estados
mencionados. Inicialmente conhecida por região do MAPITO, passou a englobar o oeste da
Bahia, tornando-se assim, região do MATOPIBA.

Mesorregião do Vale São-Franciscano da Bahia


A mesorregião do Vale São-Franciscano da Bahia é uma das sete mesorregiões do estado brasilei-
ro da Bahia. É formada pela união de 27 municípios agrupados em quatro microrregiões.
Assim como o Extremo Oeste Baiano, boa parte desta região pertenceu ao estado de Pernam-
buco até meados de 1824 (Microrregião de Juazeiro). Após três anos sob administração mineira foi
anexada ao estado da Bahia em 1827.
Nessa região localiza-se boa parte do curso do rio São Francisco e também se localiza a Usina Hi-
drelétrica de Sobradinho, uma das principais usinas hidrelétricas do país, e o Complexo Hidrelétrico
de Paulo Afonso.

Mesorregião do Centro Norte Da Bahia


A mesorregião do Centro Norte Baiano é uma das sete mesorregiões do estado brasileiro da
Bahia. É formada pela união de oitenta municípios agrupados em cinco microrregiões.
Os principais municípios são: Feira de Santana, Irecê, Itaberaba, Jacobina e Senhor do Bonfim.

Mesorregião do Nordeste Baiano


A mesorregião do Nordeste Baiano é uma das sete mesorregiões do estado brasileiro da Bahia. É
formada pela união de 60 municípios, com uma população de aproximadamente 1 milhão e meio de
habitantes, agrupados em seis microrregiões. Os principais municípios são: Alagoinhas, Euclides da
Cunha, Serrinha, Ribeira do Pombal e Valente.

Mesorregião do Centro Sul Baiano


A mesorregião do Centro Sul Baiano é uma das sete mesorregiões do estado brasileiro da Bahia.
É formada pela união de 118 municípios agrupados em oito microrregiões. O maior e mais impor-
tante município é Vitória da Conquista, com 336.987 habitantes, capital regional de uma área que
abrange cerca de 80 municípios polariza todo o Centro Sul Baiano. Há também os centros regionais
secundários, que são: Jequié com 161.391 habitantes, Guanambi com 84.645 habitantes, Itapetin-
ga com 74.642 habitantes, Brumado com 68.776 habitantes e Macaúbas com 50.262 habitantes. As
cidades mais ricas são Vitória da Conquista com um PIB de 3.469.179.856,00 e Jequié com um PIB
de 1.675.164.732,00. As microrregiões mais populosas são as de Vitória da Conquista com 676.326
habitantes, Jequié com 517.170 habitantes e Guanambi com 401.741 habitantes.

Vista aérea de Jequié (BA)


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Exercícios
01. Sobre a capital Salvador é verdadeiro afirmar que:
a) Salvador localiza-se no litoral ocidental do Brasil, tem distâncias, medidas em linha reta,
bem variadas com relação às demais capitais estaduais.
b) A Bahia é um estado brasileiro localizado na região Nordeste e faz divisa com os estados
de Pernambuco e Ceará ao norte; com o Tocantins, a oeste; com Goiás, a sudeste; Minas
Gerais, ao sul; Espírito Santo, a sudeste; e Sergipe e Alagoas, a nordeste.
c) Salvador localiza-se no litoral oriental do Brasil, tem distâncias, medidas em linha reta, bem
variadas com relação às demais capitais estaduais.
d) Maceió é a capital mais próxima de Salvador, enquanto Rio Branco é a capital mais distante,
com exatos 3.212 km separando as duas capitais dos estados da Bahia e do Acre.
02. Analise as proposições abaixo acerca da formação territorial da Bahia:
I. A economia extrativista, ancorada na exploração do pau-brasil, foi a principal atividade
econômica do século XVI.
II. A atividade canavieira, que serviu de base para a economia colonial, ocupou áreas do Re-
côncavo Baiano.
III. Além da cana-de-açúcar podemos destacar ainda a atividade pecuária no Litoral Norte e o
fumo, muito usado para a compra de escravos.
Assinale a opção correta:
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Apenas a alternativa III é verdadeira.
d) Todas as alternativas são verdadeiras.
03. Em 1549, o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, construiu a cidade de São
Salvador, na Baía de Todos os Santos, para ser a capital da colônia.
Sobre essa realidade assinale a opção verdadeira sobre Salvador nesse contexto:
a) Além de sede política e administrativa, funcionou como polo de desenvolvimento econômi-
co de toda a região, com açúcar, tabaco e algodão no século XVIII e tráfico de escravos até
meados do século XIX.
b) Com a colonização, a capitania da Bahia incorporou os territórios das capitanias de Ilhéus,
Pernambuco e Porto Seguro.
c) A partir da ocupação de Salvador e arredores, nos dois primeiros governos-gerais do Brasil, exis-
tiram distinções pouco definidas entre Salvador — e seu recôncavo — e o interior mais distante.
d) A economia extrativista, sustentada na exploração do pau-brasil, foi uma das atividades
mais importantes do século XVI, junto com a produção de café.
Gabarito
01 - C
02 - D
03 - A

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Relevo e Hidrografia da Bahia��������������������������������������������������������������������������������������2
Geologia������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Relevo����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Planície Litorânea���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Bacia Sedimentar do Recôncavo-Tucano�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Planalto Costeiro�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Planalto Sul Baiano�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Chapada Diamantina���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Chapadão Ocidental do São Francisco�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Serra Geral do Espinhaço���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Depressão Sertaneja������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Hidrografia�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Bacias Hidrográficas e Principais Rios da Bahia������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Bacia do São Francisco�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Polêmica Rota da Transposição���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
Mapa da Integração de Bacias do Semiárido������������������������������������������������������������������������������������������������������������������8
Aspectos Positivos���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������8
Aspectos Negativos�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������8

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Geografia da Bahia – Relevo e Hidrografia da Bahia


Geologia
O território baiano é formado por rochas sedimentares de diversas idades, rochas magmáticas e
metamórficas, que compõem o embasamento pré-câmbrico.

As rochas sedimentares ocorrem na porção central do estado, nos municípios que compõem a
Chapada Diamantina. Foram formadas pela ação dos rios, ventos e até mesmo de geleiras do Pro-
terozoico. Uma grande extensão de rochas sedimentares calcárias ocorre nas regiões Nordeste,
Chapada Diamantina, Médio São Francisco e Oeste da Bahia.
Nos terrenos cristalinos é muito comum a ocorrência de gnaisses, migmatitos, granitos, sienitos,
filitos, ardósias, xistos, diabásio, basaltos e rochas granulíticas. São as formações mais antigas do
território baiano e aparecem em várias porções do estado.
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Devido à sua geologia, o estado da Bahia mantém posição de destaque no cenário nacional,
estando no quinto lugar na produção de bens minerais. Os minérios são encontrados tanto nas
rochas cristalinas como nas sedimentares e são explorados nas minas ou dispostos nas jazidas exis-
tentes nas diversas regiões da Bahia. O estado possui uma das maiores reservas inexploradas do
Brasil. Nos últimos anos ganhou destaque a produção de urânio, cromo, salgema, magnesita e talco.

Relevo
O relevo do estado da Bahia tem características essencialmente determinadas por fatores geo-
lógico-estruturais e climáticos. As influências conjuntas desses fatores resultaram na construção e
modelagem do relevo baiano, que destaca, no seu aspecto geral, oito principais unidades geomorfo-
lógicas apresentadas no mapa abaixo:

Planície Litorânea
Estão localizadas a leste do estado, na faixa litorânea, alongando-se em direção norte-sul desde
o município de Jandaíra, no Litoral Norte, até o município de Mucuri, no Litoral Extremo-Sul. As
formas de origem marinha, praias, dunas, cordões litorâneos, restingas e terraços formam belas pai-
sagens no litoral baiano.
Em alguns trechos do litoral, paralelos à costa, podemos perceber a existência de recifes, formados por
arenitos e conglomerados, que representam linhas de antigas praias, exceto as localizadas na região de
Abrolhos.
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As planícies litorâneas abrigam as desembocaduras de rios que se apresentam em forma deltaica


ou estuarina.
Bacia Sedimentar do Recôncavo-Tucano
A Bacia do Recôncavo-Tucano localiza-se no centro-leste do estado da Bahia, Região Nordeste
do Brasil, perfaz uma área de aproximadamente 12.000 km² e apresenta uma orientação geral que
segue o trend NE-SW. Limita-se a norte e noroeste com a Bacia de Tucano, pelo Alto de Aporá; ao sul
com a Bacia de Camamu, pelo sistema de falhas da Barra; a leste, pelo sistema de falhas de Salvador;
e a oeste pela Falha de Maragogipe.

O relevo é caracterizado por topos tabulares e baixas colinas resultantes do processo de erosão
que atuou sobre as rochas sedimentares, arenitos, folhelhos, calcários, siltitos e argilitos.
Planalto Costeiro
Planalto Costeiro é uma forma de relevo que tem uma superfície elevada, com cume mais ou menos
elevado e que se encontra no litoral. São considerados planaltos costeiros, as elevações com média de 1000
metros encontrada em litorais. São formados por erosão por água, derretimento de geleiras, ou outros
processos. Em alguns casos, eles são geralmente encontrados aos redores de áreas serranas.
Planalto Sul Baiano
É constituído por relevos planos, conservados por material de cobertura terciário-quaternária,
vertentes abruptas, com altitude variando entre 600-1000m. Predominam os solos do tipo Latos-
solos e Argissolos (Podzólicos), em geral com baixa e média fertilidade natural. Os cursos do rio
Pardo e do rio de Contas atravessam este modelado. O rio de Contas separa o Planalto de Maracás do
Planalto de Vitória da Conquista.
Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina ocupa uma posição central no estado da Bahia e inclui 58 municípios. Essa
região é a parte setentrional da Cadeia do Espinhaço, um conjunto de montanhas disjuntas, que se estende
desde o estado de Minas Gerais, em direção ao norte, até alcançar a calha do Rio São Francisco.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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É uma superfície soerguida, dobrada, falhada e aplainada, formada por rochas sedimentares meta-
morfizadas, localizadas na parte central do estado. A altitude varia entre 600 e pouco mais de 2000m.

Parque Nacional da Chapada Diamantina

Chapadão Ocidental do São Francisco


É constituído por extensas superfícies planas e suavemente onduladas, localizadas na região oeste do
estado, com altitudes variando entre 600 e 800m. É formado por rochas sedimentares areníticas, onde
foram desenvolvidos solos de textura média a arenosa, os Latossolos e os Neossolos Quartzênicos de baixa
fertilidade natural. Os rios apresentam padrão paralelo, entalhados nas zonas de fraturas. Nesta paisagem
são encontradas as veredas, denominação dada às áreas de nascentes dos rios que drenam para o rio São
Francisco, constituídas por vales abertos, úmidos, revestidos por gramíneas e palmeiras de buriti.
Serra Geral do Espinhaço
Apresenta um relevo intensamente movimentado, montanhoso e serrano, sendo cortado pelo
curso médio do rio São Francisco. Na margem esquerda do rio São Francisco, as serras são fragmen-
tadas e descontínuas, subdivididas em várias, onde se destacam as serras do Estreito e do Boqueirão,
com altitudes variando de 600 a 1000m.
Depressão Sertaneja
É a maior compartimentação do relevo baiano, estendendo-se pelo interior, com altitudes que
variam de 400 a 600m. Correspondem às amplas superfícies de aplainamento que foram elaboradas
sob condições climáticas semiáridas.

Inselbergues em Milagres (BA) – Fonte: http://www1.uefs.br/dcbio/lamiv/inselbergs.html

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Os vales dos rios instalados na Depressão Sertaneja são geralmente largos e pouco profundos.
Estão predominantemente sob o domínio do clima semiárido, cobertos por vegetação de caatinga
ou transição caatinga-floresta caducifólia e subcaducifólia. No município de Milagres e arredores
é comum a presença de inselbergues (relevo residual formando uma elevação ilhada que surge em
regiões de climas semiáridos e áridos, devido ao processo de pediplanação).

Hidrografia
A rede hidrográfica do estado da Bahia é composta por um sistema de 13 compartimentos que
abrigam grandes, médias e pequenas bacias, como podemos observar no mapa abaixo:
Bacias Hidrográficas e Principais Rios da Bahia

Os rios da Bahia pertencem a dois grupos: o primeiro é integrado pelo São Francisco e seus
afluentes. Entre esses últimos destacam-se os afluentes da margem esquerda, que nascem no planalto
ocidental (Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto).
O segundo grupo compreende os rios que correm diretamente para o Atlântico (Mucuri, Jequi-
tinhonha, Pardo, Contas, Paraguaçu, Itapicuru e Vaza-Barris). Os dois grupos incluem, na região
semiárida, rios de regime intermitente.
Bacia do São Francisco
A bacia do São Francisco é a maior do estado, ocupando uma área de 304.421 km². Na Bahia sua
drenagem corresponde ao médio e baixo curso, abrangendo terras da região Oeste, parte da região
Central e da região Norte, onde são observados dois tipos climáticos: o tropical chuvoso com estação
seca e vegetação de cerrado, e o semiárido com vegetação de caatinga.
O rio São Francisco apresenta uma maior quantidade de água, ou seja, maior vazão, entre os meses
de janeiro a março, no período das chuvas de verão. A menor vazão é verificada nos meses de agosto a
outubro, quando o rio atinge as cotas mais baixas, período de estiagem e perdas de água por evaporação.
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A rede de drenagem da margem direita do rio São Francisco e da margem esquerda do lago de
Sobradinho é temporária, resultante dos baixos índices pluviométricos destas regiões. Os principais
afluentes são os rios Santo Onofre, Paramirim, Verde, Jacaré e Salitre.
Na sua bacia, no estado da Bahia, foram construídos 39 açudes de diversas dimensões, destacan-
do-se dois grandes, Sobradinho e o de Itaparica. Foram formados por barramentos para o forneci-
mento de energia elétrica pelas usinas de Sobradinho e pelo Complexo de Paulo Afonso.

Outras usinas hidrelétricas menores estão localizadas em seus afluentes: Alto Fêmeas e Rieger,
ambas no rio das Fêmeas em São Desidério; Correntinha, no rio Corrente em Correntinha; e Santa
Cruz, no rio de Pedras e Aisa no rio de Ondas, ambas em Barreiras.
As águas do Velho Chico são utilizadas também para consumo da população urbana e rural,
agricultura, principalmente para os projetos de irrigação, para consumo animal, atividades indus-
triais e de mineração, localizadas ao longo do seu curso.
São encontradas diversas cachoeiras, destacando-se a do Acaba Vida, no rio Janeiro, afluente do
rio Grande e a cachoeira de Paulo Afonso, no próprio rio São Francisco. Esta última ficou compro-
metida após o preenchimento do lago de Itaparica.

Cachoeira do Acaba Vida

Polêmica Rota da Transposição


Em agosto de 2016 a obra de integração das bacias hidrográficas nordestinas a partir do desvio
de água do rio São Francisco completa nove anos. Estão previstos dois eixos principais: o eixo norte
levará água de Cabrobó (PE) para os sertões pernambucano, cearense e potiguar; já o eixo leste
colherá água em Petrolândia (PE) para as áreas mais próximas do litoral nos estados da Paraíba e de
Pernambuco.

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Mapa da Integração de Bacias do Semiárido

Fonte: www.estado.com.br

Aspectos Positivos
˃˃ Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios.
˃˃ Aumento da renda e do comércio das regiões atingidas.
˃˃ Redução de problemas trazidos pela seca.
˃˃ Irrigação de áreas abandonadas e criação de novas fronteiras agrícolas.
˃˃ Redução de doenças e óbitos gerados pelo consumo de água contaminada ou pela falta de água.
˃˃ Obras de revitalização do rio.
Aspectos Negativos
˃˃ Benefícios – grande empresário (carcinicultor, flores, frutas) e outras atividades agrícolas.
˃˃ Não haverá a socialização da água; canalizações indevidas.
˃˃ Incorporação de terra pelos latifundiários.
˃˃ Impacto na produção de energia (diminuição da vazão do rio).
˃˃ Água de má qualidade (80% da população não possui saneamento básico e despeja todo seu
esgoto na água do rio).
˃˃ Dúvidas custo-benefício.
˃˃ Impactos ambientais dos mais diversos.
Na região semiárida, os principais rios que compõem a bacia do São Francisco são: Pajeú, Brígida,
Moxotó, Ipanema e Garça, responsáveis pelo abastecimento d’água da região através de barragens
e açudes, que também contribuem com uma parcela d’água para pequenos projetos de irrigação da
área.
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IMAGENS DA TRANSPOSIÇÃO

As bacias do rio Contas, Paraguaçu e Itapicuru são do tamanho médio, estando inseridas total-
mente no estado da Bahia. Embora apresentem características distintas, suas nascentes estão loca-
lizadas na parte central do estado. A Chapada Diamantina constitui o divisor de águas entre as três
mencionadas bacias e a do São Francisco. Os rios Contas, Paraguaçu e Itapicuru têm o seu percurso
em direção leste. Após nascerem na Chapada Diamantina, penetram nas áreas aplainadas do Sertão
baiano. Em seguida, atingem a zona costeira, desembocando no oceano Atlântico. À exceção dos
demais, o Paraguaçu tem suas águas desembocando na Baía de Todos os Santos.
O rio Itapicuru, que atravessa quase todo o território baiano sob o clima semiárido, nasce no
Piemonte da Chapada Diamantina (região norte da Chapada Diamantina), no município de Antônio
Gonçalves, que, por essa razão, é conhecido como oásis do sertão.
Seu curso segue no sentido oeste-leste, de forma praticamente perene durante o ano todo, fato
relativamente raro nesta região. Passa pelas estâncias hidrominerais de Caldas do Jorro e Caldas de
Cipó. Faz limites entre os estados da Bahia e Sergipe, nos municípios de Itapicuru, Bahia e Tobias
Barreto em Sergipe, desaguando no oceano Atlântico no município baiano do Conde.
A bacia do rio Itapicuru é marcada pela presença de 28 açudes de tamanho médio e vários açudes
menores que são construídos a cada nova seca.
Em janeiro de 2016, o rio transbordou seu leito menor e alagou a maioria das ruas de Conde, ilhando o
município. O número de desabrigados foi de centenas de famílias, tendo os efeitos sido menores, uma vez
que a população foi avisada previamente da inundação em decorrência das fortes chuvas.

O rio Paraguaçu atravessa as principais zonas climáticas do estado, apresentando um regime


perene. É o maior rio genuinamente baiano. Seu nome Paraguaçu é de origem indígena e significa
água grande, mar grande, grande rio. Nasce no Morro do Ouro, Serra do Cocal, município de Barra
da Estiva, Chapada Diamantina, segue em direção norte passando pelos municípios de Ibicoara,
Mucugê e até cerca de 5 km a jusante da cidade de Andaraí, quando recebe o rio Santo Antônio.
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Muda de direção em seu curso para oeste e leste, servindo como divisor entre os municípios de
Itaeté, Boa Vista do Tupim, Marcionílio Souza, Itaberaba, Iaçu, Argoim, Santa Teresinha, Antônio
Cardoso, Castro Alves, Santo Estevão, Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Cabaceiras do
Paraguaçu, Conceição da Feira, Muritiba de São Félix, e as cidades de São Felix de Cachoeira e Mara-
gogipe desemboca na Baía de Todos os Santos entre os municípios de Maragogipe e Saubara.
Tem 600 km de curso, ao longo do qual banha cidades importantes do ponto de vista turístico,
e povoados como Santiago do Iguape, São Francisco do Paraguaçu, Nagé, Coqueiros, São Roque e
Barra do Paraguaçu. É navegável em seu baixo curso, da foz até as cidades de Cachoeira e São Félix,
passa por Maragogipe em um percurso de 46 km. Ao longo do trecho navegável, acham-se duas ilhas,
a de Monte Cristo e a Ilha dos Franceses, razão pela qual é considerado um rio turístico, levando os
viajantes a beneficiarem-se dos valiosos atrativos turísticos da região, não só pela beleza natural que
se descortina na paisagem, mas também pela visão encantadora que se pode ter do acervo arquitetô-
nico que se situa às suas margens. Podemos citar alguns pontos turísticos, como a Casa-Grande da
antiga fazenda São Roque, o Fortim da Salamina, a capela de Nossa Senhora da Penha e as ruínas do
convento, da igreja e do hospital que a Ordem Franciscana ergueu no século XVII, em São Francisco
do Paraguaçu próximo a Santiago do Iguape.
Com a construção da barragem de Pedra do Cavalo, responsável pelo controle de suas cheias,
ganhou mais uma utilização, a de responder pelo abastecimento de água todo o Recôncavo, Feira de
Santana e a Grande Salvador.
O rio Vaza-Barris é um curso de água que banha os estados da Bahia e Sergipe. Sua nascente
localiza-se na serra da Canabrava, sertão da Bahia, no município de Uauá. Apresenta um regime
perene, com cerca de 450 quilômetros de comprimento que atravessa a Bahia e Sergipe, desaguando
no litoral sergipano, no local denominado Mosqueiro. Em seu percurso, localiza-se a Cachoeira do
Jacoca, no município de Macambira, em Sergipe. Nesse local forma um desfiladeiro com mais de 40
metros de altura.
Os dois maiores açudes são: Cocorobó, no Vaza-Barris, município de Canudos e o de Adustina,
no rio Velho, cujas águas banham os municípios de Adustina e Paripiranga.
O rio Real é o divisor geográfico natural entre a Bahia e o estado de Sergipe. Na Bahia atravessa
terras de clima semiárido, o que lhe confere um regime intermitente. Na medida em que se aproxima
do litoral, o clima se torna mais úmido e as chuvas contribuem para o crescimento de seu volume na
foz, no município de Jandaíra.
A Bacia do rio Inhambupe encontra-se inserida na região norte do estado, com sua nascente lo-
calizada no município de Teofilândia, em área de abrangência do clima típico de uma região semiá-
rida. O rio Inhambupe nasce no município de Teofilândia, porção nordeste (NE) do estado da Bahia
e desemboca no oceano Atlântico, na região de Baixios, Costa Litorânea do município de Esplanada.
A Bacia Hidrográfica do Rio Inhambupe abrange os seguintes municípios: Teofilândia, Serrinha,
Biritinga, Água Fria, Sátiro Dias, Inhambupe, Aporá, Cardeal da Silva, Entre Rios, Esplanada. A área
de drenagem do rio corresponde a um total de aproximadamente 36.440 km². A estrutura pluvial
modela-se de sul para norte e de leste para oeste, com intensidade das chuvas decrescendo do litoral
(cerca de 1.450 mm/ano), para o centro da região (Sátiro Dias – 680 mm/ano).
Os rios Pardo e Jequitinhonha têm suas nascentes no estado de Minas Gerais, atravessam a Bahia
na região sudeste-sul, desembocando no oceano Atlântico. Tanto o rio Pardo como o rio Jequitinho-
nha são perenes, face ao clima chuvoso, com regime de chuvas regulares e sem estação seca, típico
do Litoral Sul do estado. O rio Pardo tem sua foz localizada no município de Canavieiras, enquanto
o Jequitinhonha encontra-se em Belmonte. Em 2003 foi inaugurada a Usina Hidrelétrica de Itapebi,
no rio Jequitinhonha.

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As bacias do Recôncavo Norte são formadas pelos rios Subaúma, Sauípe, Jacuípe, Pojuca, Joanes
e Suabé. Com exceção do último, que deságua na Baía de Todos os Santos, todos os outros rios
desaguam no oceano Atlântico.
As bacias do Recôncavo Sul estão localizadas a leste do estado. Constituem pequenas bacias re-
presentadas pelos rios Jaguaripe, Jequié, Una e Jiquiriça, sendo que esta última é a de maior área.
Todos os rios são perenes por estarem na maior parte situados na zona costeira que apresenta preci-
pitações elevadas.
As bacias do Leste são formadas pelos rios Colônia/Cachoeira, Almada e Una. Estão localizadas
na zona costeira, de clima chuvoso com ausência de estação seca. Alguns desses rios são utiliza-
dos para abastecimento urbano e rural, diminuindo sensivelmente a vazão no período de maior
demanda. Fazem parte das bacias do Extremo-Leste os rios João de Tiba, Buranhém, Caraíva,
Jucuruçu, Itanhém, Peruípe e Mucuri. Estão localizados na região do Extremo-Sul do estado. Os rios
João de Tiba, Caraíva e Peruípe têm suas nascentes localizadas no estado da Bahia, enquanto as dos
rios Buranhém, Jucuruçu, Itanhém e Mucuri estão localizadas no estado de Minas Gerais.

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Exercícios
01. Sobre o quadro geológico-geomorfológico baiano assinale a opção incorreta:
a) O relevo do estado da Bahia tem características essencialmente determinadas por
fatores geológico-estruturais e climáticos. As influências conjuntas desses fatores resul-
taram na construção e modelagem do relevo baiano, que destaca no seu aspecto geral
seis unidades geomorfológicas
b) A planície litorânea está localizada a leste do estado, na faixa litorânea, alongando-se em
direção norte-sul desde o município de Jandaíra, no Litoral Norte, até o município de
Mucuri, no Litoral Extremo-Sul.
c) A Bacia do Recôncavo-Tucano localiza-se no centro-leste do estado da Bahia, Região
Nordeste do Brasil.
d) O Planalto Costeiro é uma forma de relevo que tem uma superfície elevada, com cume
mais ou menos elevado e que se encontra no litoral.
02. Sobre a Chapada Diamantina assinale as opções abaixo:
I. A Chapada Diamantina ocupa uma posição central no Estado da Bahia e inclui 58 municípios.
II. Essa região é a parte setentrional da Cadeia do Espinhaço, um conjunto de montanhas dis-
juntas, que se estende desde o Estado de Minas Gerais, em direção ao Norte, até alcançar a
calha do Rio São Francisco.
III. É uma superfície soerguida, dobrada, falhada e aplainada, formada por rochas sedimentares
metamorfizadas, localizadas na parte central do estado.
Assinale a opção verdadeira:
a) Somente I é verdadeiro
b) I e II são verdadeiros
c) Somente II é verdadeiro.
d) I, II e III são verdadeiros
Gabarito
01 - A
02 - D

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Clima e Vegetação do Território Baiano���������������������������������������������������������������������2
Vegetação����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Transição Entre Tipos de Vegetação.��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Floresta Tropical Pluvial (Mata Atlântica)����������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
Floresta Tropical Caducifólia e Subcaducifólia���������������������������������������������������������������������������������������������������������8
Floresta de Várzea���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������8
Formações Litorâneas��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������8
Caatinga�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������9
Cerrado���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������9
Transição����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������10

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Geografia da Bahia – Clima e Vegetação do Território Baiano


A atmosfera é muito dinâmica. Essa constante dinâmica do estado da atmosfera sobre um de-
terminado lugar da superfície terrestre denomina-se tempo. Já o clima corresponde ao conjunto de
variações do tempo de um determinado lugar, observado durante vários anos seguidos.
A análise das condições climáticas de uma região é importante, pois o clima se reflete nas feições
geomorfológicas, no regime dos rios, na formação dos solos e na cobertura vegetal. As atividades
humanas mantêm uma forte relação com o clima e isso é bem observado no território baiano.
As condições climáticas do estado da Bahia são muito variáveis e estão relacionadas à intera-
ção de diferentes sistemas atmosféricos com fatores geográficos. A localização do estado favorece
uma intensa insolação durante o ano inteiro e, dessa forma, muito calor, caracterizando uma área
de climas tropicais. A altitude, a disposição do relevo e a proximidade ou distância da superfície
oceânica proporcionam as diferenciações locais dos climas do estado.
A Bahia apresenta 4 principais tipos climáticos: Clima Tropical Chuvoso sem estação seca, Clima
Tropical Chuvoso com estação seca, Clima Seco (Semiárido) e Clima Tropical de Altitude.

O Clima Tropical Chuvoso sem estação seca apresenta temperaturas médias anuais acima de
18ºC, desconhecendo estação fria. É úmido, de maneira que geralmente em nenhum mês do ano a
pluviosidade registra índices inferiores a 60 mm. Esse clima ocorre nas proximidades da faixa litorâ-
nea, com chuvas distribuídas ao longo de todos os meses do ano e médias superiores a 1400 mm/ano.
A cidade de Salvador ilustra bem essa realidade.
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O Clima Tropical Chuvoso com estação seca apresenta médias mensais de temperatura durante o
ano acima de 18ºC, sendo um clima úmido. A diferença em relação ao Clima Tropical Chuvoso sem
estação seca é justamente o período seco. Podemos dividir esse grande grupo na Bahia em alguns
subgrupos importantes. Na região oeste, os índices pluviométricos são um pouco mais baixos do
que no litoral. Existem, durante o ano, dois períodos bem distintos: um chuvoso no verão e outro
seco, bem definido no inverno. A vegetação predominante é o cerrado. Este clima é, portanto, menos
úmido que o da faixa litorânea, podendo ser chamado de Clima Tropical Subúmido.
Nas áreas próximas da Chapada Diamantina, área central do estado, os dois períodos – o seco e o
chuvoso, não são tão distintos quanto o do oeste do estado, indicando somente um pequeno período
de seca. A média anual de temperatura é de 24,7ºC.
O Clima Seco (Semiárido) ocupa mais da metade do território baiano. Esse tipo climático predo-
mina na região central e norte do estado, onde se registram pequenas quantidades de chuva durante
todo o ano e onde a evaporação é intensa. A caatinga é a formação vegetal desse tipo climático.
No norte e nordeste, áreas mais secas da Bahia, o clima é muito quente, apresentando tem-
peraturas elevadas durante todo o ano, com médias anuais atingindo até 27ºC. Os índices plu-
viométricos no semiárido são os mais baixos do estado com os totais anuais variando de menos
de 400 mm a 800 mm. Os valores chegam a menos de 400 mm no norte do estado. As menores
médias anuais pluviométricas foram registradas em Chorrochó, Rodelas, Curaçá e Macururé. A
chuva que cai nessa região é irregular, constando de um período pouco chuvoso e outro período
seco.
Quando o período se prolonga por muito tempo, provoca a seca nessas áreas. Os rios e açudes
secam, os pastos e lavouras são perdidos, o gado morre e a população sofre com a estiagem, causando
grave crise social e econômica nos municípios atingidos pela seca.
A seca assolou o interior da Bahia no ano de 2016, e várias cidades decretaram estado de emer-
gência. Nas zonas rurais de Andaraí, Juazeiro e Castro Alves (a 417 km, 500 km e 190 km da capital,
respectivamente), a população passa sede, o gado morre pelos pastos e a agricultura familiar amarga
perda de até 100%. A seca que castigou a Bahia em 2016, sobretudo na região do semiárido, assolou
comunidades das regiões norte, nordeste, centro-oeste e sudeste.
O Clima Tropical de Altitude, o quarto grande tipo climático que pode ser destacado no terri-
tório baiano, ocorre na Chapada Diamantina, no Planalto de Vitória da Conquista e no Planalto de
Maracás. Este tipo climático está associado às elevadas altimetrias, onde são registradas as tempera-
turas médias anuais mais baixas do estado, 19º a 21ºC, com temperaturas inferiores a 18ºC no mês
mais frio.
Em resumo, considerando a média de um longo período, observa-se que as mais altas tempera-
turas anuais da Bahia foram medidas no norte do estado, onde em vários municípios, registram-se
temperaturas médias anuais acima de 26ºC e, ao mesmo tempo, precipitação anual inferior a 400
mm. Assim, é a região onde encontramos as mais altas temperaturas e as menores precipitações. Por
outro lado, os lugares com as mais baixas temperaturas médias anuais do estado ocorrem nas áreas
de Clima Tropical de Altitude, com médias anuais abaixo de 20ºC, contrastando com as regiões das
elevadas temperaturas do semiárido baiano. Em relação à precipitação, as regiões com maior preci-
pitação anual na Bahia localizam-se na faixa litorânea.
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MAPA PLUVIOMÉTRICO DA BAHIA (1981-2010)

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PRECIPITAÇÃO MÉDIA SAZONAL (ESTAÇOES DO ANO)

Fonte: http://www2.secti.ba.gov.br/atlasWEB/climatologia_p3.html

Vegetação
Para se compreender a presença de cada formação vegetal de uma área ou região, devem-se con-
siderar vários elementos naturais, cabendo ao clima e ao solo o principal papel. A vegetação depende
do clima, principalmente em relação à precipitação, à temperatura e à umidade do ar. Quanto à de-
pendência em relação ao solo, deve-se considerar a presença dos elementos minerais e orgânicos, a
sua capacidade de retenção de água, a sua fertilidade, além de sua espessura.
Perto de 64% do território baiano é revestido por caatingas; 16%, por cerrados; 18%, por florestas;
e 2%, por campos. As florestas ocorrem na área litorânea e ocupam uma faixa de terra cuja largura
varia entre 100 km (no Recôncavo) e 250 km (no vale do rio Pardo). No lado oriental, apresentam-se
como matas perenes; no centro, como semidecíduas; e, no lado ocidental, como decíduas agrestes.

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O estado da Bahia apresenta as seguintes formações vegetais em sua condição primitiva:


˃˃ Floresta Tropical Pluvial (Mata Atlântica);
˃˃ Floresta Tropical Caducifólia e Subcaducifólia;
˃˃ Floresta de Várzea;
˃˃ Formações Litorâneas;
˃˃ Caatinga;
˃˃ Cerrado.
Transição Entre Tipos de Vegetação.

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Floresta Tropical Pluvial (Mata Atlântica)


A Floresta Tropical Pluvial estende-se por toda a faixa litorânea de Mucuri a Jandaíra. É conside-
rada pelos estudiosos a mais rica floresta tropical úmida do planeta, sendo fisionomicamente densa
e compacta.
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

Apresenta árvores altas, podendo atingir até 50 metros, troncos grossos com pequeno espaça-
mento entre eles e uma biodiversidade maior do que a da Floresta Amazônica. Nessa área, temos os
maiores índices pluviométricos da Bahia e chuvas bem distribuídas durante quase todo o ano. As
principais espécies são: pau-brasil, sucupira, jacarandá, ipê-roxo, jatobá, maçaranduba e palmiteiro.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Atualmente, essa cobertura vegetal está quase toda devastada pela atividade prejudicial dos ma-
deireiros aí instalados e substituída por atividades agropastoris, principalmente café, cana-de-açú-
car e pastagem.
No vasto território da Mata Atlântica baiana, além dos três grandes Parques Nacionais, as demais
unidades de conservação de proteção integral são: Reserva Biológica de Una, Parque Estadual Serra
do Conduru e Estação Ecológica de Wenceslau Guimarães. Todas essas UCs continentais juntas re-
presentam cerca de 78.000 hectares de florestas protegidas.
No Domínio da Mata Atlântica da Bahia, há ainda 20 Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Esta-
duais englobando, além de florestas continentais, mangues, ilhas, bancos coralíneos e outros ecos-
sistemas associados. Além dessas UCs, cerca de 30 Reservas Particulares do Patrimônio Natural
(RPPNs) juntas protegem 9.510 hectares de ecossistemas.
Floresta Tropical Caducifólia e Subcaducifólia
São encontradas em uma faixa paralela à Mata Atlântica, em direção ao interior, e nas regiões centrais,
na Chapada Diamantina, e no oeste do estado, na margem esquerda do rio São Francisco. Nestas regiões,
as precipitações são inferiores à da Mata Atlântica e apresentam um período de estiagem durante o ano.
No período seco, as árvores perdem suas folhas, a depender do tempo e da intensidade do ressecamento
do solo. As árvores são de grande porte, em média 15 metros as caducifólias e 20 metros as subcaducifó-
lias. As principais espécies são: bacuri, cedro, jequitibá e peroba-rosa.
Floresta de Várzea
É encontrada nas margens dos cursos d’água, em áreas sujeitas a inundações periódicas, é geral-
mente densa e não perde folhagem. Na Bahia, a Floresta de Várzea do rio São Francisco é destacada
devido à largura e à extensão que ocupa na planície fluvial.
Formações Litorâneas
Ocorrem em uma estreita faixa litorânea. São formadas principalmente pelas vegetações de
manguezais e restingas. Os manguezais estão localizados nas desembocaduras dos rios. Os mangues
são nichos ecológicos (porção restrita de um habitat onde vigoram condições especiais de ambiente).
Não se trata de conceito de lugar, mas da posição particular que a espécie ocupa na comunidade
devido às suas adaptações estruturais, seus ajustamentos fisiológicos e aos padrões de comporta-
mento responsáveis pela reprodução de milhares de espécies de peixes, moluscos e crustáceos.
A vegetação de restinga pode ser encontrada de fisionomia arbórea, chamada de mata de restinga
ou arbustiva, além da restinga com um único substrato herbáceo. Outras formações vegetais também
revestem os cordões litorâneos, as dunas e as areias de praias como feijão-de-praia, salsa-de-praia,
jundu, aroeira etc.
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Caatinga
As caatingas compreendem diferentes tipos de associações vegetais que formam matas secas
e campos. A caatinga é propriamente uma mata seca caducifólia. Somente o juazeiro que possui
raízes muito profundas para capturar água do subsolo, e algumas palmeiras não perdem as folhas.
Ocorrem na porção central do território baiano, onde temos baixos índices pluviométricos.
Ecologicamente, podemos dividir a caatinga em cinco variações:
˃˃ Caatinga Seca não arbórea.
˃˃ Caatinga Seca arbórea.
˃˃ Caatinga Arbustiva densa.
˃˃ Caatinga de Relevo mais elevado.
˃˃ Caatinga do chapadão do Moxotó.
No território baiano, a Caatinga ocupa a parte central, norte e nordeste do estado. Podem-se
distinguir duas paisagens bem diferentes: durante o período de estiagem prolongada (seca), seus
vegetais perdem as folhas, os troncos ficam sem suas cascas e as gramíneas desaparecem surgindo
um solo ressecado. A partir das primeiras chuvas, a vegetação se recompõe rapidamente, as folhas e
as gramíneas reaparecem, dando à caatinga uma coloração mais verde.
Cerrado
Essa formação ocupava originalmente cerca de 25% do território brasileiro, sendo a segunda
maior cobertura vegetal do país. É caracterizado pelo domínio de pequenas árvores e arbustos
bastante retorcidos com casca grossa (cortiça), que retém mais água, geralmente caducifólias e com
raízes profundas. Muito parecido com a savana africana.
A origem dos cerrados ainda é uma incógnita. Para alguns ele resulta do clima, já que a alter-
nância entre as estações úmida e seca é muito forte. Para outros sua origem está ligada ao solo extre-
mamente ácido e pobre. Ocorre no Brasil nas áreas de menor umidade, como é o caso do Planalto
Central (Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de trechos do Maranhão, Bahia,
Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Paraná). Os cerrados se localizam nos chapadões, na região oeste do
estado e, em menor proporção, na Chapada Diamantina, na parte central e nos tabuleiros das regiões
norte-nordeste da Bahia.

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Transição
Refere-se à mistura de dois ou mais tipos de vegetação. Quando ocorre faixa de transição entre
alguns tipos de vegetação como das florestas, dificilmente podem ser identificadas separadamente,
impossibilitando a delimitação e a classificação.

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Exercícios
01. Essa imagem triste repete-se, periodicamente, quando se instala no semiárido baiano o
milenar fenômeno das secas, que é uma das maiores adversidades naturais do estado.

Sobre esse tema, analise as afirmações a seguir e marque a opção verdadeira:


a) A existência do semiárido na Bahia é decorrência de um fato anual que acontece no Pacífico
Equatorial, denominado fenômeno “El Niño”.
b) As chuvas que acontecem no semiárido baiano são os mais baixos do estado com os totais
anuais variando entre 400 e 800 mm.
c) O Planalto da Borborema e a Chapada Diamantina são os elementos geomorfológicos que
determinam, no território baiano, as secas que periodicamente afetam o estado.
d) A Zona da Mata baiana e a RM Salvador são as áreas mais atingidas pelas estiagens.
02. “Alguns lugares do sertão são particularmente favorecidos pela umidade e pelos solos.
Constituem, então, verdadeiros oásis durante todo o ano, oferecendo, por outro lado,
melhores condições de resistência na ocasião das secas. Por isso mesmo, constituem focos
de excepcionais atrativos, fixando uma população bastante numerosa, abrigando parte
dos retirantes das caatingas nos anos ruins.”
Nilo Bernardes. Estudos Avançados, nº 36, v. 13. Instituto de Estudos Avançados. maio/agosto, 1999, p. 77.

Os espaços sertanejos que apresentam as condições ambientais descritas acima são popular-
mente designados como:
a) carrascos e caatingas.
b) vazantes e baixios.
c) vazantes e banhados.
d) cacimbas e açudes
e) brejos e pés-de-serras.
Gabarito
01 - B
02 - E

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Organização do Espaço Econômico Baiano���������������������������������������������������������������2
Agropecuária����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Diversificação na Produção Baiana����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Pluviosidade e Luminosidade no Oeste Baiano�������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Aptidão Agrícola das Terras Baianas������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
Distribuição Espacial Das Indústrias������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������8
Refinaria Landulpho Alves����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������10
Turismo na Bahia�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������10
Costa das Baleias���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������11
Costa do Dend����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������12
Costa do Cacau������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������12
Costa do Descobrimento��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������12
Chapada Diamantina�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������14

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Geografia da Bahia – Organização do Espaço Econômico Baiano


O estado da Bahia apresentou, ao longo de seu desenvolvimento histórico, momentos diferen-
ciados de desenvolvimento econômico, passando por períodos de grande dinamismo, seguidos de
outros de estagnação. A Bahia registra recentemente uma significativa alteração na estrutura de sua
economia. Historicamente, na economia baiana sempre houve predomínio da produção agropecuá-
ria, mas, na década de 1970, ocorreu uma grande mudança com o crescimento do setor industrial e
do setor de serviços.
Quando analisamos a participação dos trabalhadores nos setores de atividades, observamos um
predomínio de população no setor terciário (53,6%), seguido pelo setor secundário (29%) e setor
primário (17,4%). O setor produtivo primário é o da agricultura, pecuária, pesca, extração vegetal e
mineral e silvicultura. O setor secundário é o da indústria de transformação e da construção civil; e
o setor terciário é o do comércio, prestação de serviços, serviços auxiliares da atividade econômica,
transporte e comunicação, serviços sociais e administração pública. A Bahia responde por 36% do
PIB do Nordeste e mais da metade das exportações da região. Dentre os estados brasileiros, conta
com oitavo maior PIB.

Agropecuária
A agropecuária baiana congrega hoje um diversificado conjunto de atividades, responsáveis por
parte da renda do estado e pelo emprego de uma parcela expressiva da população baiana.

Diversificação na Produção Baiana

No litoral sul, além da tradicional cultura cacaueira, desenvolvem-se o cultivo de mamão e uma
moderna pecuária. Seguindo em direção norte, encontram-se lavouras de dendê, cravo-da-índia,
pimenta-do-reino, coco e alimentares (feijão, mandioca e cana-de-açúcar).
A região do Recôncavo é grande produtora de cana-de-açúcar, fumo e alimentos. A nordeste,
ao lado da pecuária, estão culturas de fumo (em retração), sisal e cítricos, e ainda de feijão, milho e
mandioca. O oeste constitui a “fronteira agrícola”, ocupada na década de 80 com o cultivo da soja
segundo um padrão tecnológico moderno – o que influenciou positivamente o sistema de criação na
pecuária, atividade tradicional na região.
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Nas áreas onde predomina o clima semiárido, destaca-se a região do Vale do São Francisco, onde
foram implantados projetos de irrigação, encontrando-se cultivos modernos de uva, manga, melão
e laranja e lavouras alimentares. As atividades tradicionais desenvolvidas nessas áreas são pecuária,
o cultivo do feijão em Irecê, bem como de café, milho, abacaxi e laranja; e ainda de algodão, feijão,
milho, floricultura e olericultura, entre outras, ao sul.

Produção de Uva, em Juazeiro (BA)

O principal produto agrícola da Bahia é o cacau, cultivado, sobretudo, para exportação. Sua área
de cultura por excelência são as colinas e morros da região litorânea ao sul do Recôncavo, principal-
mente nos municípios de Ilhéus e Itabuna. A soja vem em seguida, concentrando sua produção no
oeste do estado da Bahia.

A configuração fundiária da região do oeste baiano caracteriza-se pela ocupação de um vazio


demográfico, ou “terra de ninguém”, realizada principalmente por empreendimentos privados do
centro-sul do país, com experiência na agricultura em grande escala e na utilização de tecnologias
avançadas, que se assentam inicialmente em terras baratas, com alto potencial agrícola.
O processo histórico de ocupação da região, segundo alguns agentes, ocorreu em duas fases. A
primeira, do final dos anos 60 até meados dos anos 70, foi marcada pela grilagem e pela violência,
com a morte de muitas lideranças locais e sindicais. A segunda, nos anos 80, pela expansão da soja.
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O Proálcool foi o principal pretexto utilizado para a titulação das terras pelo Instituto de Terras
da Bahia – Iterba, pois empresas com enormes plantas industriais previstas para a região nunca
saíram do papel. Neste período, a região serviu como área de “certificado de reflorestamento” para
as siderúrgicas mineiras. Foi um período de grande migração de produtores oriundos do centro-sul
do país e, também, o início do plantio da soja.
Com a introdução da variedade soja tropical desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – Embrapa, ocorreu uma nova onda migratória de produtores do centro-sul, que im-
pulsionaram uma agricultura moderna e tecnificada. Em 1983, a curva de produção da soja na região
decolou, e, nos anos seguintes, o rendimento físico foi aumentado progressivamente. Segundo os
agentes locais, “o estado correu atrás da ocupação privada”, apesar de a região ser beneficiada pelo
Programa de Desenvolvimento do Cerrado – Prodecer e por uma lei estadual que obriga o governo
baiano a investir 10% de sua renda no oeste.
A maior parte da produção do oeste baiano é comercializada fora do estado, principalmente com
o centro-sul. Há perspectivas de ampliação das relações com Tocantins, com a instalação de um
corredor multimodal naquele estado.
A região destaca-se pela atividade em larga escala, realizada com empreendedorismo e alto nível
de excelência nos processos de produção, tornando-se modelo de crescimento agrícola e uso de tec-
nologia avançada.
Além da soja, outras culturas vêm ganhando expressão regional e nacional, como o feijão e o
milho, que respondem por 50% e 75%, respectivamente, da produção do estado; e as frutas, com
destaque para melancia, graviola, laranja e mamão, e o café.
A soma de ações de correção do solo, características geográficas e políticas públicas, transfor-
maram a realidade do agronegócio regional, tornando a região uma das mais produtivas do país. A
presença da agroindústria e dos canais de exportação no estado consolidou o oeste da Bahia como o
polo de grãos do Nordeste.
A região tem a soja como principal atividade agrícola, com o grão sendo cultivado desde o início
da década de 1980. Atualmente, o cultivo de algodão, milho, sorgo, forrageiras, café e pecuária, são
as atividades que complementam a matriz produtiva local.

Pluviosidade e Luminosidade no Oeste Baiano

O clima da região oeste conta com estações bem definidas, topografia plana e índices pluviomé-
tricos que contribuem na definição dos limites territoriais, além de uma extensa bacia hidrográfica
com rios perenes sobre o aquífero Urucuia, potencializando a irrigação.
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A produção está concentrada entre os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães,


São Desidério, Formosa do Rio Preto, Correntina, Riachão das Neves, Jaborandi, Cocos e Baia-
nópolis. A sojicultura movimenta a economia com a comercialização de 50% da soja in natura
para indústrias da região e com a exportação de 47% da produção para países como China e
Holanda.

A estimativa de produção da soja para a safra 2015/16 é de mais de 5 milhões de toneladas, em


uma área de 1,5 milhão de hectares. O oeste baiano responde por 10,8% do valor bruto da produção
(VBP) do setor primário estadual. As lavouras temporárias respondem por 86,3% do VBP regional e
32,3% do estadual, e a pecuária por 7,7% do VBP regional, sendo a segunda atividade do setor agro-
pecuário na região. Barreiras, cidade polo da região, com uma população de cerca de 125 mil habi-
tantes, é o terceiro maior centro de consumo no estado.

A produção de mandioca apresenta uma distribuição geográfica dispersa, que, de certa forma,
reproduz a distribuição da população do estado da Bahia. Produto básico da alimentação baiana e
cultura pouco exigente quanto às condições ecológicas, é natural que acompanhe o homem onde
quer que ele se instale. A área de maior concentração da produção é o Recôncavo, onde a mandioca,
cultivada nos solos pobres sobre as formações areníticas, assume o caráter de lavoura comercial. No
interior aparece geralmente como cultura de subsistência.

O terceiro produto agrícola do estado, o feijão, é cultura geograficamente dispersa, com carac-
terísticas de pequena lavoura comercial e, também, de subsistência. O café se situa em quarto lugar,
sendo sua produção localizada principalmente em Vitória da Conquista.

A cana-de-açúcar vem em quinto lugar quanto ao valor de produção. Grande lavoura comercial
ligada à agroindústria (usinas de açúcar) domina os ricos solos de massapê do Recôncavo. Surge
também no interior do estado integrada na pequena lavoura comercial, para a produção de aguar-
dente e rapadura ou como simples cultura de subsistência. Seguem-se em ordem decrescente, por
valor de produção, mamão, banana, mamona, algodão e laranja.

A criação de gado de corte se faz em todas as regiões do estado, mas observa-se certo grau de
especialização regional: de um lado, áreas de caatinga, voltadas para a reprodução dos rebanhos, e
de outro, áreas de florestas do rebordo oriental do planalto, reservadas para a engorda dos animais
provenientes das primeiras. A pecuária leiteira assume grande vulto na região de Itapetinga, e a
produção estadual de leite é considerável. Áreas antes áridas, como Iaçu e Itaberaba, foram converti-
das à pecuária graças à introdução de capins africanos.

O mapa a seguir mostra as áreas de aptidão agrícola das terras e de pastagem do estado da Bahia.
Sua análise permite constatar que as áreas classificadas como boas para lavoura e pastagem são em
menor número.

Observando o semiárido, percebe-se que existe grande número de áreas regulares para lavoura
que poderiam ser mais bem aproveitadas se existissem políticas públicas eficazes de combate à seca e
se se utilizasse a irrigação em larga escala.
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Aptidão Agrícola das Terras Baianas

O mapa seguinte mostra os municípios onde predominam as lavouras permanentes e tempo-


rárias. Sua análise permite constatar que, próximo ao litoral, prevalecem as lavouras permanentes
favorecidas provavelmente pelo regime pluviométrico e pela disponibilidade de recursos hídricos.
FIQUE LIGADO: Por sua região fértil, fortalecida com a irrigação, o Vale do São Francisco se
tornou um importante produtor de frutos e hortaliças. A área margeada pelo rio São Francisco nos
estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, com destaque para as cidades de Juazeiro, na Bahia e
Petrolina, em Pernambuco gera um faturamento de R$ 2 bilhões ao ano.

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O setor secundário é o da indústria de transformação e da construção civil. As atividades indus-


triais da Bahia, de pouca expressão no passado, desenvolveram-se bastante a partir da década de
1950 com a implantação da refinaria de Mataripe. Estado de tradicional estrutura agrária, a Bahia
ocupa hoje, no setor secundário, considerável parcela de sua população economicamente ativa.
Persistem, no entanto, numerosas indústrias de pequeno porte, de caráter artesanal, como as que
produzem artigos de consumo sertanejo (rapadura, aguardente, farinha de mandioca). Entre as de
maior porte, destacam-se a indústria química (inclusive refino de petróleo), petroquímica, metalúr-
gica, de produtos alimentares (especialmente usinas de açúcar), têxtil e de fumo.
Na década de 1960, o crescimento econômico baiano se acelerou com a criação do Centro Indus-
trial de Aratu (cimento, metalúrgicas) e com a promoção da agricultura na bacia do São Francisco
que, na década seguinte, passou a ser fomentada pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do
São Francisco (Codevasf). O posterior desenvolvimento industrial da Bahia centrou-se no Polo Pe-
troquímico de Camaçari, inaugurado em 1978. Na mesma época, o turismo também ganhava força
como fonte de riqueza. Na década de 1990, a lavoura cacaueira do sul baiano, outro esteio econômico
do estado, foi prejudicada pela crise provocada pela disseminação da vassoura-de-bruxa, praga que
provocou queda substancial na produção e muito desemprego, e pela queda dos preços do cacau no
mercado internacional.
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Distribuição Espacial Das Indústrias

Concentra-se em torno de Salvador o grosso da produção industrial, sobretudo no Centro Indus-


trial de Aratu, localizado na própria Região Metropolitana de Salvador, e no Polo Petroquímico de
Camaçari, um dos mais modernos do mundo. Além de Aratu e Camaçari, a Bahia conta ainda com
o Centro Industrial do Subaé, em Feira de Santana, e o Centro Industrial de Ilhéus, dentre outros.

Polo Petroquímico de Camaçari


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Como pode ser visto no mapa, a maior parte das indústrias do estado da Bahia está concen-
trada, sobretudo, em Salvador, Camaçari e Feira de Santana. O Polo Industrial de Camaçari
iniciou suas operações em 29 de junho de 1978. É o primeiro complexo petroquímico planejado
do País e está localizado no município de Camaçari, a 50 quilômetros de Salvador, no estado da
Bahia. Maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, o Polo tem mais de 90 empresas
químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade como indústria automotiva, de pneus,
celulose solúvel, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, fármacos, bebidas e
serviços.

Com a atração de novos empreendimentos para a Bahia, o Polo Industrial de Camaçari ex-
perimenta novo ciclo de expansão, gerando mais oportunidades de emprego e renda para o
Nordeste.

O segmento automotivo é liderado pela Ford, com a fabricação de automóveis, e o de pneus pela
Continental e Bridgestone. Destaca-se ainda no Polo de Camaçari o Complexo Acrílico da Basf,
dentre outros empreendimentos importantes, que consolidam a trajetória de diversificação no
Complexo Industrial ampliando as perspectivas de integração do segmento petroquímico com a
indústria de transformação.

O Centro Industrial de Aratu (CIA) é um complexo industrial multissetorial, fundado em 1967 e


localizado na Região Metropolitana de Salvador nos municípios de Simões Filho e Candeias. Em sua
área encontra-se em operação o Porto de Aratu, além de empreendimentos dos segmentos químico,
metal-mecânico, componentes para calçados, alimentício, metalúrgico, moveleiro, de minerais não
metálicos, plásticos, fertilizantes, eletroeletrônicos, bebidas, logística, têxtil, serviços e comércio e,
mais recentemente, o segmento termelétrico.

Situado às margens da BR – 324, a 18 km da capital, 14 km do Aeroporto Internacional Dep. Luís


Eduardo Magalhães, 20 km da Refinaria Landulpho Alves e 25 km do Porto de Salvador, possui 150
km de vias internas pavimentadas e sinalizadas.

Com 144 empresas (121 empresas em Simões Filho e 23 empresas em Candeias), o Centro Indus-
trial de Aratu gera aproximadamente 13.530 empregos diretos. A Refinaria Landulpho Alves-Ma-
taripe (RLAM) é uma refinaria localizada no município de São Francisco do Conde, no estado da
Bahia. Acessada pelo quilômetro 4 da rodovia BA-523, em Mataripe, pertence à Petrobras e possui
capacidade instalada para 323 mil barris/dia (51.352 m³). É a segunda em capacidade instalada no
País depois da Refinaria de Paulínia (REPLAN).

Sua área é de 6,4 quilômetros quadrados e é responsável pela contribuição em impostos de


750 milhões de reais por ano (ICMS) (80% da arrecadação de São Francisco do Conde), além
de empregar inúmeros trabalhadores direta e indiretamente. Seus principais produtos refina-
dos são propano, propeno, iso-butano, gás liquefeito de petróleo (GLP), diesel, gasolina, nafta
petroquímica, querosene, querosene de aviação, parafinas e n-parafinas, lubrificantes, óleos
combustíveis e asfaltos.
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Refinaria Landulpho Alves

O setor de Comércio e Serviços é plural, indo do pequeno ao grande varejo, passando pelo comércio
de alimentos, vestuário, eletrodomésticos, áudio e vídeo, utilidades domésticas, além de serviços de ma-
nutenção, áreas de turismo, educação, arquitetura, assistência médica e jurídica e outros.
No ano de 2014, empresas dos ramos Comércio e Serviços representaram 90% do total das empresas
constituídas no período, sendo o interior do estado responsável por 66,3% das aberturas no estado.
Comércio e Serviços juntos somaram em torno de 67% do PIB estadual em 2013. Na Bahia, além de
agregar o maior número de empresas, este setor é o que mais absorve mão de obra e é impulsionado pelo
aumento do poder de compra da população baiana e pela consequente demanda por bens de consumo.
Para consolidação do protagonismo do setor nas políticas públicas no estado da Bahia, o governo
lançou a Política de Comércio e Serviços. Trata-se de um documento que marca a formulação, coorde-
nação, implementação e avaliação das diretrizes, dos programas e ações para o desenvolvimento do setor
terciário na Bahia, em constante articulação com a base empresarial, protagonista da agenda estabelecida.
Para fortalecer sua posição estratégica na região Nordeste, o estado da Bahia estimula os encadeamentos
produtivos oportunizados pelos grandes investimentos em curso, beneficiando diretamente o setor de
Comércio & Serviços, com uma ação direcionada às micro e pequenas empresas.
Com ações voltadas para a melhoria do ambiente de negócio, fortalecimento empresarial e apoio
na identificação de oportunidades, o estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, contribui para que o setor terciário atinja seu potencial de competitividade e inovação,
cada vez mais determinantes para acelerar o desenvolvimento econômico e a produtividade.

Turismo na Bahia
O turismo baiano viveu, nos últimos trinta anos, dois importantes momentos, que resultaram
em grandes impulsos ao seu desenvolvimento. Em 1971, a Bahia definiu duas frentes de ação: estabe-
leceu mecanismos fiscais para facilitar a implantação de grandes hotéis e passou a praticar uma forte
e agressiva ação de marketing. Até então, o estado da Bahia não contava com uma estrutura receptiva
e fluxo turístico satisfatórios.
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Entre 1971 e 1975, o turismo na Bahia teve um acentuado crescimento, com ênfase na construção
de hotéis de luxo, passando a oferta de leitos, por exemplo, em Salvador, de cerca de dois mil para seis
mil. Nesse período, foram construídos meios de hospedagem em Valença, Camamu, Cipó (reforma)
Lençóis, Uauá, Prado, Piritiba, Campo Formoso, Cachoeira, Cícero Dantas, Rio de Contas, Itapa-
rica, Juazeiro, Ibotirama, Euclides da Cunha e Jacobina. Em 1977, foi construído o Centro de Con-
venções da Bahia S/A, o qual regularizou as atividades hoteleiras e de prestação de serviços, nos
períodos de baixa e média estação, reduzindo, assim, os picos sazonais negativos do fluxo turístico.
A partir de 1991, foi estabelecido um novo plano estratégico, contemplando um horizonte
temporal com visão até 2005. Este plano teve como objetivos básicos promover a desconcentração
do desenvolvimento do turismo, bem como ampliar e melhorar a qualidade do produto turístico
baiano. Atualmente, a Bahia conta com 14 produtos turísticos dotados de completa infraestrutura,
voltados para diferentes segmentos de turistas.
Essa nova estratégia para o desenvolvimento do turismo, na Bahia, resultou, para o período de
1991 a 2000, em um crescimento da ordem de 221% no fluxo turístico receptivo. Em 1991, cerca de
1,9 milhão de turistas visitaram a Bahia, enquanto, em 2000, esse fluxo elevou-se para 4,2 milhões.
No mesmo período, o número de visitantes estrangeiros aumentou em 247%, evoluindo de 160 mil
para 556 mil turistas.
Em 1999, a cidade de Salvador já havia se classificado, no Brasil, como o 4º portão de entrada
para turistas estrangeiros, figurando, entre os principais países emissores, Argentina (21%); Itália,
Portugal e EUA (11%); e Alemanha e França (10%). A receita com o turismo, em 1999, alcançou US$
850 milhões, produzindo um impacto de US$ 1,6 bilhão no Produto Interno Bruto estadual, com o
setor tendo sido responsável pela geração de 68 mil empregos diretos e 303 mil indiretos. Em 2010,
estima-se que a mesma receita tenha se situado em US$ 918 milhões, provocando um impacto de
US$ 1,7 bilhão no PIB estadual, e que, somente no segmento hoteleiro, tenham sido gerados 24,1 mil
empregos diretos e 120,5 mil empregos indiretos.
O setor hoteleiro tem sido um dos principais beneficiados pelo impulso turístico baiano. Em 2006, a
taxa de ocupação média dos hotéis, em Salvador, era de 48%, e a diária média em um estabelecimento de
luxo não superava US$ 50,00. Em 2010, a taxa de ocupação passou a 65,51%, e a diária média, em estabele-
cimentos congêneres, para US$ 120,00. De acordo com a Bahiatursa, os hotéis da categoria luxo foram os
mais demandados, respondendo por cerca de 50% da taxa de ocupação, enquanto os hotéis das categorias
superior e econômica participaram, respectivamente, com 23% e 18%.
Segundo dados da Prefeitura de Salvador, o impacto, em 2010, dos 29 principais eventos festivos
anuais da cidade, geraram uma receita da ordem de US$ 90,4 milhões, com a visita de 800 mil
turistas, dos quais, 500 mil eram visitantes domésticos. A ocupação na rede hoteleira chegou a 100%
e foram gerados 122 mil empregos temporários.
Com o objetivo de tornar a Bahia, o maior destino turístico brasileiro, as autoridades governa-
mentais traçaram um plano que contempla uma nova geografia turística para o estado. A estra-
tégia adotada visa promover a desconcentração do desenvolvimento turístico da Bahia, por meio
da divisão do estado em sete áreas turísticas, tendo, em cada uma delas, no mínimo, um destino
turístico principal. A seguir, são relacionados alguns dos principais atrativos, com seus respectivos
atributos, para cada área turística.
Costa das Baleias
O maior atrativo da Costa das Baleias é o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, constituído
como o primeiro parque brasileiro do gênero, o qual abriga um conjunto de recifes de corais, ilhas
vulcânicas, manguezais e canais de maré. Os principais portões de entrada para Abrolhos estão nas
cidades de Alcobaça, Caravelas e em Nova Viçosa e Mucuri.

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Costa do Dendê
Abrange os Municípios de Valença, Cairu, Nilo Peçanha, Ituberá, Igrapiúma, Camamu e Maraú.
Na Ilha de Tinharé, que pertence ao Município de Cairu, está localizado o Morro de São Paulo,
principal polo turístico da Costa do Dendê, com infraestrutura turística a nível internacional. Estão
despontando, ainda, como polos turísticos, Pratigi, Barra Grande e Baía de Camamu.

Costa do Cacau
Nessa região, têm sido registrados investimentos turísticos por parte de empresários nacionais e
estrangeiros, especialmente, suíços e franceses, bem como a concessão, pelos municípios locais, de
incentivos fiscais para investimentos no setor de turismo. Nos últimos anos, percebe-se um cresci-
mento da oferta de serviços, bem com uma melhoria de qualidade da infraestrutura local. Na hotela-
ria, há diversas opções de hospedagem, desde as mais simples, até resorts, como o hotel Transaméri-
ca, na Ilha de Comandatuba, um dos maiores da América do Sul.

Costa do Descobrimento
Possui 150 km de praias, enseadas, baías, falésias e diversos rios e riachos. Estende-se da Barra
do rio Caí, no Município de Prado, passando pelo Parque Nacional de Monte Pascoal, Caraíva,
Trancoso, Arraial d’Ajuda, Porto Seguro, Coroa Vermelha e pela foz do rio João de Tiba, em Santa
Cruz Cabrália. Porto Seguro, principal cidade da Costa do Descobrimento, mantém uma infraestru-
tura com equipamentos e serviços de nível internacional, comportando mais de quinze mil leitos,
diversas agências bancárias e um aeroporto internacional. Os municípios de Santa Cruz Cabrália e
Coroa Vermelha dispõem, também, de infraestrutura turística.
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Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina é uma região serrana, de topografia diversificada, onde se localizam as


nascentes de 90% dos rios que banham o estado, inclusive, os três maiores e exclusivamente baianos,
que formam as principais bacias da Bahia (Paraguaçu, Jacuípe e do rio de Contas). Possui diversas
cachoeiras, que desaguam em planaltos e planícies, formando poços e “piscinas naturais”.
A região oeste da Bahia possui exemplares raros da fauna brasileira, como o tamanduá-bandeira,
raposas, seriemas, gatos-do-mato, mocós, onças e jacarés, sendo, também, rica em pássaros multi-
cores. No Recôncavo Baiano e no Sertão, destacam-se as cidades de Canudos, a 410 km de Salvador;
Monte Santo, a 370 km da capital; e Euclides da Cunha, a cerca de 320 km de Salvador.

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Exercícios
01. BAHIA: PARTICIPAÇÃO DOS SETORES ECONÔMICOS NO PIB – 2001

(GAZETA, Mercantil. Atlas do mercado brasileiro. Março de 2006.p.53

Na composição do PIB (Produto Interno Bruto) do estado da Bahia, o número 1 indica o setor:
a) de serviços, principalmente aqueles ligados à área da educação.
b) de serviços, onde se tem destacado a indústria do turismo.
c) industrial, onde se tem destacado a produção de automóveis.
d) agrícola, onde se tem destacado a produção de soja.
e) agrícola, devido à grande produção de frutas.
Gabarito
01 - B

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Indicadores Sociais��������������������������������������������������������������������������������������������������������2
População dos Municípios da Bahia��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Crescimento Populacional�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Ranking das Unidades Federativas���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Evolução Demográfica da Bahia (1991, 2000, 2010 e 2015)������������������������������������������������������������������������������������������3
Taxa Bruta de Natalidade (TBN) e Taxa Bruta de Mortalidade (TBM) – 2000/2030�����������������������������������������������4
Estrutura da População�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Pirâmide Etária�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Pirâmide Etária da Bahia (2016)����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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Geografia da Bahia – Indicadores Sociais


O conhecimento dos dados demográficos de um estado é fundamental para que ele seja mais
bem administrado. Programas de saúde, educação, trabalho, etc. devem ser adequados ao perfil da
população em questão. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza di-
ferentes levantamentos que auxiliam os governos na gestão das políticas públicas.
A região Nordeste do Brasil possui uma densidade demográfica de 36,39 hab./km², a terceira
menor do país, apresentando a terceira menor taxa de crescimento do país, com 11,18% em média, de
acordo com os últimos dados do IBGE 2015. O estado da Bahia, com uma população de 15.203.934
habitantes, apresenta uma densidade demográfica inferior à nordestina; são aproximadamente 27
hab./km², e a capital Salvador apresenta um dado que revela a macrocefalia urbana exercida pela
metrópole, com mais aproximadamente 3.900 hab./km².

População dos Municípios da Bahia

Fonte: SEI, 2010.

A população da Bahia é predominantemente urbana, cerca de 74% do total, abaixo das médias
nacional (85,2%) e nordestina (73,1%).

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Crescimento Populacional
O IBGE 2015 apontou que a população residente na Bahia era de 15.203.934 habitantes, o que
representa a 4ª população do país.

Ranking das Unidades Federativas


UF POPULAÇÃO
São Paulo 44. 396.484 habitantes
Minas Gerais 20. 869. 101 habitantes
Rio de Janeiro 16. 550. 024 habitantes
Bahia 15. 203. 934 habitantes
Rio Grande do Sul 11. 247. 972 habitantes
Paraná 11. 163. 018 habitantes
Pernambuco 9. 390. 452 habitantes
Ceará 8. 904. 459 habitantes
Pará 8.175. 113 habitantes
Fonte: IBGE, Estimativa populacional – IBGE 2014

Segundo dados do IBGE, a população baiana cresceu em uma velocidade menor que a média
brasileira. Para explicar esse crescimento populacional, algumas variáveis são fundamentais:
taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de fecundidade. O aumento da população é
chamado crescimento demográfico ou populacional. Para obter esse número relativo do cres-
cimento demográfico, deve-se somar o número de nascimentos com as migrações e subtrair o
número de óbitos.

Evolução Demográfica da Bahia (1991, 2000, 2010 e 2015)


ANO POPULAÇÃO
1991 11.867.991
2000 13.070.250
2010 14.016.906
2015 15.203.934
Fonte: IBGE

As cinco cidades mais populosas do estado da Bahia são: Salvador (2.675.656hab), Feira de
Santana (566.642 hab.), Vitória da Conquista (306.866 hab.), Camaçari (242.970 hab.) e Itabuna
(204.667 hab.), segundo dados do IBGE, 2010.
Segundo o IBGE, o crescimento contínuo da população baiana é devido à queda nas taxas
de mortalidade após os anos 70 e também aos níveis de fecundidade desse período até os anos
2000.
No entanto a taxa de crescimento vem passando por um momento de desaceleração, a partir
dos anos 1990, quando os níveis de fecundidade começaram a apresentar reduções mais signi-
ficativas.
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Taxa Bruta de Natalidade (TBN) e Taxa Bruta de Mortalidade (TBM)


– 2000/2030

Fonte: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/

Estrutura da População
Pirâmide Etária
A estrutura etária das populações no Brasil e na Bahia apresentam dinâmicas semelhantes. Nos
anos 80 a parcela de população jovem (0-14 anos) tanto no Brasil como na Bahia era de aproximada-
mente 40% do total das populações. Em 2010, esse percentual caiu para algo próximo de 25% dessas
populações, evidenciando a transição demográfica vivida tanto no país como no estado da Bahia.
O número relativo de idosos na população total vem aumentando significativamente. Nos anos
80, as pessoas com 60 anos ou mais representavam algo próximo de 5% do total das populações bra-
sileira e baiana, hoje em dia esse número aproxima-se de 11% nos dois casos.
Enquanto isso, o grupo dos adultos aparece como a maior parcela da população brasilei-
ra e baiana. Nos anos 80, esse número representava 54% aproximadamente do total na população
baiana; nos dias de hoje, ele representa cerca de 70% do total da população do estado, como podemos
observar na pirâmide etária abaixo:
Pirâmide Etária da Bahia (2016)

Fonte: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/

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Assim, a Bahia iniciou um processo de transição demográfica, inclusive no meio rural, com
menores taxas de natalidade, fecundidade, crescimento demográfico e com sensíveis alterações na
estrutura etária da população, rompendo com o modelo tradicional de pirâmide populacional.
Exercícios
01. Leia a notícia:
Segundo dados estatísticos do IBGE, a Bahia contava, no ano de 2000, com uma população de
aproximadamente 13.070.250 habitantes, o que correspondia a 5,9% da população brasileira, sendo
o estado da Bahia uma das unidades da federação de maior superfície – 7,6% do território nacional.
Indique a alternativa que não representa uma tendência demográfica para a Bahia nas
próximas duas décadas:
a) Diminuição da população absoluta.
b) Aumento da expectativa de vida da população.
c) Diminuição das taxa de natalidade e mortalidade.
d) Aumento do percentual de idosos sobre o total da população.
e) Diminuição do percentual de jovens sobre o total da população.
02. A pirâmide de idade da população reflete uma dinâmica demográfica onde são verificadas
importantes transformações na composição etária da nação, para efeitos de planejamento
socioeconômico do país. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou,
por meio de dados coletados pelas estimativas de 2015, a nova pirâmide etária da Bahia.

Fonte: IBGE/Censo

A respeito da atual pirâmide etária baiana, é possível constatar que


a) a população vivencia uma transição demográfica com aumento significativo do crescimen-
to vegetativo em âmbito estadual.
b) é evidente a permanência de uma pirâmide etária com perfil típico de estados pobres, com
predomínio no país da faixa etária composta por jovens entre 0 a 14 anos, como pode ser
verificado em seu ápice.
c) ocorrem uma dinâmica demográfica de redução da taxa de natalidade e um envelhecimento
da população baiana em ritmo acelerado, acarretando um alargamento do topo da pirâmide
de modo cada vez mais expressivo.
d) os dados fornecidos pela atual pirâmide etária apresentam um estado predominantemente
senil em razão do aumento dos índices de fecundidade nas últimas décadas.
Gabarito
01 - A
02 - C

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Aspectos Demográficos������������������������������������������������������������������������������������������������2
Taxa de Fecundidade na Bahia�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Taxa de Fecundidade Total – 2000/2030 (Brasil e Bahia)����������������������������������������������������������������������������������������2
Gênero���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
População Total (Homens e Mulheres – 2000-2030)������������������������������������������������������������������������������������������������2
Composição Étnica������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
IDH Bahia���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Ranking do IDH Entre as Capitais Nordestinas��������������������������������������������������������������������������������������������������������5

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Geografia da Bahia – Aspectos Demográficos


Taxa de Fecundidade na Bahia
Os Resultados Da Pesquisa Nacional Por Amostra De Domicílios (Pnad) Mostram Que A Bahia
Está Envelhecendo. A Taxa De Fecundidade Da População, Em 2016, De Menos Dois Nascimentos
Por Mulher, É A Menor Já Registrada Pelo Ibge, Caindo Próximo Ao Nível Do Limite Da Reposição.
Assim Como O Número De Filhos E A Parcela Mais Jovem Da População Apresentaram Queda, A
Faixa De Pessoas Com 60 Anos Ou Mais Cresceu.
A Tendência De Queda No Número De Filhos Vem Sendo Observada Desde A Década De 1980.
Na Época, A Taxa De Fecundidade Era De 5,7 Nascimentos Por Mulher, Pouco Acima Do Registra-
do Nas Duas Décadas Anteriores. Em 2000 E 2010, As Taxas Foram De 2,3 E 1,8, Respectivamente.
Taxa de Fecundidade Total – 2000/2030 (Brasil e Bahia)

Fonte: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/

A mortalidade infantil caiu na Bahia, de 96,0 óbitos por 1000 nascidos vivos em 1980, para 22,1 em 2009.

Gênero
Como se pode observar na pirâmide etária, e com base nos dados do Censo – 2010, há uma
pequena predominância de mulheres sobre os homens. A população feminina é maior do que a po-
pulação masculina devido à maior expectativa de vida das mulheres.
De acordo com os dados do IBGE, os homens somavam 7.536.967 habitantes, e as mulheres
somavam 7.667.943 habitantes no estado nordestino.
População Total (Homens e Mulheres – 2000-2030)

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Segundo o IBGE, para cada 100 baianas existem pelo menos 88 baianos, em todo o estado. A propor-
ção entre homens e mulheres na Bahia é uma das maiores entre as regiões metropolitanas do país.

Composição Étnica
Os indígenas, os negros e os brancos formam os três grupos básicos que compõem a população
baiana. A intensa miscigenação ou mestiçagem originou mulatos, cafuzos e caboclos, que o IBGE
resume em um único grupo: pardos. Os povos e a diversidade caminham de mãos dadas desde o
início da formação do estado da Bahia. Heterogeneidade é a palavra que melhor descreve o povo
baiano. Na sua formação, o estado teve um elevado número de imigrantes, além das fortes influên-
cias africanas e, é claro, indígenas, um verdadeiro caldeirão étnico-cultural de riqueza ímpar.
Conforme dados do IBGE, a composição étnica da população baiana é constituída por pardos
(63,4%), brancos (20,3%), negros (15,7%) e índios (0,6%), de acordo com o Censo 2010 do IBGE.
Os povos indígenas na Bahia estão inseridos em dois contextos históricos e regionais básicos e bem
definidos; o do semiárido nordestino ao norte do estado, praticamente todo ele conquistado por frentes
de expansão da pecuária durante o século XVII, e onde boa parte da população indígena sobrevivente à
conquista foi reunida até o século XVIII em aldeamentos missionários de ordens religiosas, como as dos
Jesuítas e Franciscanos; e o da Mata Atlântica e litoral ao sul e extremo-sul do estado, onde a conquista
se iniciou ainda no século XVI e aldeamentos missionários foram implantados já na segunda metade
deste, mas em que o processo de conquista, sobretudo das matas do interior, fez-se de modo muito lento,
prolongando-se até as décadas iniciais do século XX, quando os dois últimos bandos indígenas ainda au-
tônomos no estado – Hã-Hã-Hãe e Baenã – foram atraídos ao Posto Indígena Caramuru do SPI (Serviço
de Proteção aos Índios), no atual município de Itaju do Colônia.
Nas duas décadas finais do século XX, estabeleceram-se na Bahia, constituindo pequenas aldeias
e respectivos territórios, grupos familiares oriundos de povos indígenas de Pernambuco e Alagoas;
a começar pelos Pancaru da família Quinane, oriundos do Agreste pernambucano, que se fixaram
na Terra Indígena Vargem Alegre em Serra do Ramalho no sudoeste do estado. Também de Pernam-
buco vieram grupos familiares dos Aticum, fixados em assentamentos nos municípios de Angical e
Santa Rita de Cássia no oeste, e em seguida também em Curaçá e Rodelas, à margem do submédio
São Francisco; e dos Trucá, estabelecidos em Sobradinho e na aldeia Tupã em Paulo Afonso, também
junto ao submédio São Francisco. De Alagoas veio parte da família Sátiro, dos Xucuru-Cariri, fixada
junto ao povoado da Quixaba, também à margem do submédio São Francisco, município de Glória;
e por fim um grupo dos Cariri-Xocó que estabeleceram a aldeia Thá-Fene no município de Lauro de
Freitas, Região Metropolitana de Salvador.
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Ao se iniciar a segunda década deste século, o movimento dos povos indígenas na Bahia segue
crescente e vigoroso. Há, como se viu, muitas conquistas a destacar, mas ainda muitas por que lutar
arduamente. São hoje quinze povos indígenas na Bahia, com população próxima aos 40 mil indiví-
duos, vivendo em pelo menos 33 territórios, em 27 municípios e cerca de cem comunidades locais.
FIQUE LIGADO: Os indígenas da tribo Thá-Fene vivem há 19 anos na região do Quingoma,
desde quando um pedaço de terra particular foi doado a eles por um antigo proprietário da região,
que era fascinado pela cultura indígena. A comunidade é formada por pouco mais de quatro famílias,
que sobrevivem da venda de artesanatos e também da visita de grupos escolares, que na ocasião têm
a oportunidade de visitar as casas de palha (ocas), fazer uma pequena trilha ecológica pela reserva
e observar o cuidado com a agricultura e o respeito que a comunidade tem com a natureza. Há
também um acervo com fotos que conta um pouco da história da tribo, juntamente com alguns ins-
trumentos de caça e pesca.

IDH Bahia
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) da Bahia passou de 0.445, em 1991,
para 0.712, em 2010. A melhora no indicador fez com que o estado, que tinha o indicador classificado
muito baixo, tivesse o seu status elevado para médio. De acordo com o Atlas do Desenvolvimento
Urbano no Brasil, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a
Bahia ocupa a 22ª posição no ranking nacional no que diz respeito ao IDH-M.

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Os municípios que registraram os melhores desempenhos foram Salvador (0.759), Lauro de


Freitas (0.754), Barreiras (0.721), Luís Eduardo Magalhães (0,716) e Itabuna/Feira de Santana (0,712).
Já os que apresentaram os piores desempenhos foram Itapicuru (0.486), Monte Santo (0.506), Pilão
Arcado (0.506), Ibiquera (0.511) e Ribeira do Amparo (0.512).
Para o ranking, são levados em conta três itens: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao
conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
Ranking do IDH Entre as Capitais Nordestinas
CAPITAIS (UF) IDH-M
Recife (PE) 0,722
Aracaju (SE) 0,770
São Luís (MA) 0,768
João Pessoa (PB) 0,763
Natal (RN) 0,763
Salvador (BA) 0, 759
Fortaleza (CE) 0,754
Teresina (PI) 0, 751
Maceió (AL) 0, 721
Fonte: IBGE, PNAD.

Apartamento em bairro nobre de Salvador (Ondina).

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Exercícios
01. O número de habitantes de uma cidade, estado ou país pode ser determinado por meio
de censo ou recenseamento, que é a contagem direta da população, e que no Brasil se faz
por intermédio do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cada dez anos,
sendo o último realizado em 2010.
Com base nos resultados do último censo sobre a população do estado da Bahia, é correto afirmar:
a) Houve um acréscimo de habitantes urbanos que resultou no aumento do grau de urbani-
zação, que passou para aproximadamente 95% em 2010. Esse incremento foi causado pelo
próprio crescimento vegetativo nas áreas rurais, além das migrações urbana/rural.
b) Percebe-se o alargamento do topo do gráfico etário, que pode ser observado pelo crescimen-
to da participação relativa da população com 65 anos ou mais.
c) As maiores taxas médias de crescimento anual foram observadas nas regiões sertanejas do
estado, onde o componente migratório e a maior fecundidade contribuíram para o cresci-
mento diferencial.
d) Os dados mostram ainda um estado com estrutura etária mais jovem, com mais pessoas se
declarando brancas e pretas; os dois grupos chegaram a 43,1% e 7,6% da população, respecti-
vamente e proporcionalmente com um contingente maior de homens.
02. Sobre a composição étnica da Bahia, assinale a opção incorreta:
a) Os indígenas, os negros e os brancos formam os três grupos básicos que compõem a popu-
lação baiana.
b) Os povos e a diversidade caminham de mãos dadas desde o início da formação do estado da
Bahia. Heterogeneidade é a palavra que melhor descreve o povo baiano.
c) Conforme dados do IBGE, a composição étnica da população baiana é constituída por
pardos (63,4%), brancos (20,3%), negros (15,7%) e índios (0,6%), de acordo com o Censo 2010
do IBGE.
d) Atualmente, segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), vive na Bahia um total
de aproximadamente 40.000 remanescentes dos povos indígenas, que têm todos os seus
direitos garantidos e aplicados em seu cotidiano.
Gabarito
01 - B
02 - D

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Manifestações Socioculturais���������������������������������������������������������������������������������������2
Musicalidade, Folguedos, Danças e Brincadeiras���������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Candombl��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Carnaval�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Culinária�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Jorge Amado e Zélia Gattai�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
Glauber Rocha��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������9
Dorival Caymmi��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������10
Tropicália��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������11

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Geografia da Bahia – Manifestações Socioculturais


A cultura da Bahia é uma das mais ricas e diversificadas do Brasil, sendo o estado considerado um dos
mais ricos centros culturais do país, conservando não apenas um rico acervo de obras religiosas, arquite-
tônicas, mas é berço das mais típicas manifestações culturais populares, quer na culinária, na música e em
praticamente todas as artes. A Bahia tem seus expoentes, suas características próprias, resultado da rica
miscigenação entre o índio nativo, o português colonizador e o negro escravizado.
Inúmeras questões são presentes na construção histórico-geográfica da cultura baiana. Um convívio,
único no Brasil, entre colonizadores, escravos e nativos abriu caminho para uma enorme “pluralidade”
cultural. A identidade cultural baiana surgiu com vivências que marcam sua singularidade anterior
graças ao início pioneiro da colonização. Na realidade, afirmamos que o estado da Bahia é considerado
multicultural pelas diversas manifestações culturais que se expressam em seu território.

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5d/Saida_do_Olodum_(Carnaval_de_2010).jpg

Os colonizadores implantaram uma agricultura mais intensa e trouxeram a pecuária e a mine-


ração. A partir daí o elemento negro aparece com maior destaque no cenário baiano, onde surgiram
várias regiões culturais.

Musicalidade, Folguedos, Danças e Brincadeiras


A Bahia, ao longo de sua história musical, vem contribuindo para a construção, preservação
e difusão da memória cultural do nosso país. O estado destaca-se, dentre as outras regiões, pela
mistura de sons, estilos, imagens e ritmos que enriquecem sua música, estimulando o aparecimento
de novos compositores, novas orquestras e grupos diversos que, além de se incorporarem ao acervo
musical e cultural da região, conseguem romper fronteiras e divulgar a música baiana em suas per-
formances individuais mundo afora.
Entre os folguedos e danças, destacam-se a Quadrilha, o Reisado, Baile Pastoril, Dança, Folguedo e
Roda de São Gonçalo, Cpoeira, Maculelê etc. A Festa de Reis é uma das manifestações mais populares.

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Candomblé
O Candomblé sintetiza os cultos africanos trazidos pelos negros, e o Terreiro é o local onde
se dá a adoração dos deuses – os orixás. O termo Candomblé tem origem banta, tendo como
raiz o quimbundo kiamdomb ou quicongo ndombe, ambos significando “negro”, tornaram-se
sinônimo e referência genérica de diferentes expressões de religiosidade de matriz africana,
exceção feita à Umbanda cuja origem intensamente sincrética a situa em outra categoria de
estudo e observação. Segundo Nei Lopes, sambista, compositor popular, escritor e estudioso
das culturas africanas, o Candomblé é o “nome genérico com que, no Brasil, se designam o culto
aos orixás jeje-nagôs e algumas formas derivadas, manifestas em diversas ‘nações’. Por extensão,
celebração, festa dessa tradição, xirê; comunidade-terreiro onde se realizam essas festas. A mo-
dalidade original consiste em um sistema religioso autônomo e específico que ganhou forma e
se desenvolveu no Brasil, a partir da Bahia, com base em diversas tradições religiosas de origem
africana, notadamente da região do golfo da Guiné”.

Nesta religião afro-brasileira são feitas homenagens aos antepassados com festas, comidas e os
objetos que os representam. As divindades homenageadas nos rituais dos Terreiros são antepassados
queridos que foram importantes para a existência dos adeptos do Candomblé no presente. Nesta
religião acredita-se nas energias, e durante as homenagens são feitos pedidos de revitalização das
energias destes antepassados nos praticantes do Candomblé. Assim acontece o transe da incorpora-
ção da energia das divindades celebradas nas pessoas que são iniciadas e fazem parte de famílias do
Terreiro.
Simbolicamente a representação da energia em movimento é feita pelas danças circulares. Para
tudo se dança nas culturas de base africana, tanto na alegria, como na tristeza, uma vez que a dança
tem o feitio de teatro que pode contar histórias e narrar mitos. Por isso, as divindades ancestrais ho-
menageadas são representadas com seus trajes e símbolos da sua época. Por exemplo, em uma festa
de Yabás , a filha de Oxum, no geral, é vestida paramentada com trajes amarelos e dourados, usa
pulseiras douradas e leva um espelho em uma das mãos. As cores das roupas, as pulseiras e o espelho
são os símbolos deste orixá que representam a beleza, a prosperidade e a vaidade que geralmente
fazem parte da mitologia sobre Oxum. Assim, esta tradição se reproduz e ganha força na religião do
Candomblé.
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Para as sociedades africanas de culto aos orixás, existe apenas um ser supremo, criador de tudo
que existe. É como uma mãe sem limites em sua bondade. Para essas sociedades existem apenas o
céu e a terra, e todas as pessoas quando morrem vão para o céu. Na visão africana, não existe, como
na europeia, o inferno ou outro lugar. Desta maneira, para os africanos que cultuam os orixás, todos
os seres estão salvos, em função da grande bondade da criação. Neste olhar, também não é aceita a
presença de outros seres que competiriam com a força criadora, por isso não existe a figura do diabo.
A religião do Candomblé trabalha os problemas da vida na Terra, da felicidade dos seres e da
preservação das forças da natureza neste mundo. Neste sentido, são religiões terrenas preocupadas
com a conexão entre o passado, presente e futuro dos seres da natureza na Terra. No Candomblé, a
distinção entre bem e mal não está na forma de cultos, e sim na intenção dele, como, por exemplo, o
objetivo de cada pessoa ao fazer uma oração.
As religiões de base africana, como o Candomblé, têm como finalidade o respeito à ancestralida-
de e preservação do equilíbrio da natureza. Nas culturas tradicionais africanas é de suma importân-
cia o respeito às gerações passadas e ao conhecimento destas para a humanidade. Esta importância
é dada pelo respeito muito grande à ancestralidade. Os antepassados recentes ou os históricos muito
antigos são homenageados e cultuados no Candomblé. Para os africanos tudo que existe emana uma
energia específica, parte da energia fundamental. O mundo na cultura africana é pensado como na
Física, como a interação atômica de energias. Devido a esta visão da energia em interação, tudo nas
culturas africanas são fenômenos dinâmicos, ou seja, tudo está em constante transformação. Estes
estados de constantes transformações precisam ser mantidos em equilíbrio para a manutenção da
vida e felicidade dos seres da natureza, entre eles os seres humanos. Então nas religiões africanas os
trabalhos de rituais têm como uma das finalidades a preservação deste para o equilíbrio da natureza
para a prosperidade e felicidade humana.
Carnaval
“... o Carnaval é invenção do Diabo que Deus abençoou ...” Caetano Veloso
O Carnaval baiano é hoje um fenômeno que expressa uma complexa pluralidade de dinâmi-
cas, imbricando processos do mundo simbólico-cultural, do mundo dos negócios e do mundo do
Estado, e realinhando, permanentemente, os atores da festa e suas respectivas lógicas.
Assim, complexo e plural, o espaço carnavalesco reproduz, com fidelidade, diferenças e desigual-
dades do cotidiano, remetendo-as a conflitos diversos expressos pela festa: “negro x branco”, “pobre
x rico”, “casa x rua”, “tradição x inovação”, “público x privado”. Ela própria, a festa, vive o conflito
entre ser festa ou espetáculo, entre render-se ao prazer ou assumir-se como negócio.
Do ponto de vista simbólico-cultural, o Carnaval sempre representou, ao longo de toda a sua
história, um singular traço distintivo de Salvador, a Cidade da Bahia, e continua desempenhando
este papel.
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O Carnaval da Bahia é uma festa popular de rua, que é organizada anualmente em Salvador, e
começou a evoluir a partir da diferença entre as classes sociais – Carnaval de rua contra Carnaval em
clubes privados – resultando em uma inversão da ordem social, tornando uma celebração utópica de
igualdade, em que a divisão social está temporariamente suspensa. O Carnaval de Salvador começa
seis dias antes da quarta-feira de cinzas, está espalhado por sete circuitos e 12 bairros soteropolita-
nos com apresentações musicais e desfiles de blocos carnavalescos, como também há espaço para
bailinhos, música eletrônica, palco de rock.
Os foliões festejam em três principais circuitos: Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande
-Avenida Sete) e Batatinha (Centro Histórico). Em 2013, foi criado o Afródromo, dedicado exclusi-
vamente aos blocos afros e afoxés. Durante o evento, dezenas de cantores famosos desfilam nos trios
elétricos – caminhões grandes com luzes e som, acima dos quais os artistas cantam e dançam.

Dentre as atrações, destacam-se nomes da música baiana: Daniela Mercury, Ivete Sangalo,
Claudia Leitte, Margareth Menezes, Chiclete com Banana, Asa de Águia, desfilando em blocos
diversos, como também os tradicionais blocos carnavalescos, como Olodum, Timbalada, Filhos de
Gandhy e Ilê Aiyê.

Culinária
Uma mistura de cores e odores trazida pelos africanos (dendê e coco), portugueses (açúcar) e
índios (raízes) distingue a culinária baiana no cenário brasileiro.
A culinária da Bahia mais conhecida é aquela produzida no Recôncavo e em todo o litoral da
Bahia, praticamente composta de pratos de origem africana, diferenciados pelo tempero mais forte à
base de azeite de dendê, leite de coco, gengibre, pimenta de várias qualidades e muitos outros que não
são utilizados nos demais estados do Brasil.
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Acarajé, abará, caruru, moqueca, vatapá, efó, pirão, ambrosia, baba de moça, sequilhos, doces e
compotas de frutas tropicais, cuscuz, beiju e farinha de mandioca são apenas alguns exemplos das
iguarias que são servidas em festas. Essa culinária, porém, não chega a representar 30% do que seus
habitantes consomem diariamente. As iguarias dessa vertente africana da culinária estão reserva-
das, pela tradição e por hábitos locais, às sextas-feiras (como, por exemplo, moqueca, vatapá, caruru,
xinxim de galinha) e às comemorações de datas institucionais, religiosas ou familiares.

No dia a dia, o baiano alimenta-se dos pratos herdados da vertente portuguesa, englobados no
que se costuma chamar de “culinária sertaneja”. São receitas que não levam o dendê e demais ingre-
dientes típicos de origem africana, como ensopados, guisados e várias iguarias encontradas também
nos outros estados, embora com toques evidentemente regionais (a utilização mais ou menos acen-
tuada de determinados temperos em uma dada receita, por exemplo).
A predominância, no imaginário do brasileiro e nos meios de comunicação, da culinária “afro
-baiana”, deve-se muito ao fato de Salvador, a capital da Bahia, situar-se no litoral do Recôncavo, o
que confere maior poder de divulgação para o legado africano da culinária regional. Encontramos
também influências trazidas pelos índios.
Ambas as vertentes da culinária baiana, no entanto, ainda são praticadas de forma bastante es-
pontânea, carecendo de procedimentos mais sistemáticos de pesquisa e desenvolvimento. Há muita
resistência a tentativas de estudos e aprimoramentos da comida legada por portugueses e africanos.
Existem poucos chefs de cozinha dedicados à culinária da Bahia.
Na Bahia existem duas maneiras de preparar os pratos “afros”. Uma mais simples, sem muito
tempero, que é feita nos Terreiros de Candomblé, para oferecimento aos Orixás; e a outra, fora dos
Terreiros, onde as comidas são preparadas e vendidas pela baiana do acarajé e nos restaurantes, e nas
residências, que são mais carregadas no tempero e mais saborosas.
A Bahia é um dos estados onde a produção cultural sempre foi intensa desde os tempos coloniais
até os dias de hoje, onde artistas e intelectuais baianos continuam a influenciar a cultura brasileira.

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Jorge Amado e Zélia Gattai

Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, mu-
nicípio de Itabuna, sul do estado da Bahia. Era filho do fazendeiro de cacau, João Amado de Faria, e
de Eulália Leal Amado.
Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no
Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em
jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
Publicou seu primeiro romance, O País do Carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde
Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau.

Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunis-
ta, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa
viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa. Em 1945, foi
eleito membro da Assembleia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro
(PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor
da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano,
casou-se com Zélia Gattai.
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e
seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde
ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e
1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha Paloma.
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto,
deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura.
Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que
tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.
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A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão,
além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos
para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo,
e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que com-
pletaria 89 anos.

Filha de imigrantes italianos, a escritora Zélia Gattai (Zélia Gattai Amado) nasceu em São Paulo
(SP), em 2 de julho de 1916 e faleceu no dia 17 de maio de 2008, em Salvador (BA). Seus pais, Angelina
Da Col e Ernesto Gattai, faziam parte do grupo de imigrantes políticos que chegou ao Brasil no fim
do século XIX, para fundar a célebre “Colônia Cecília” — tentativa de criar uma comunidade anar-
quista na selva brasileira.
Na década de 1930, Zélia convivia amigavelmente com diversos artistas e intelectuais, como
Oswald de Andrade, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Rubem Braga, Zora Seljan,
Aparecida e Paulo Mendes de Almeida, Letícia e Carlos Lacerda, Aldo Bonadei, Vinicius de Moraes
e outros. Aos 17 anos, emprestado por um italiano, amigo de seu avô, o velho Ristori, recebe um livro
de “um tal Jorge Amado, giovanotto inteligente, jornalista, escritor”, que fora a São Paulo vindo do
Rio de Janeiro.
Em 1942, no dia 12 de agosto, nasce seu primeiro filho, Luís Carlos Veiga, de seu casamento
com o intelectual e militante comunista Aldo Veiga. No início de 1945, Jorge Amado, membro do
Partido Comunista, encontrava-se em São Paulo para participar de movimentos reivindicativos e
comandar a organização de um comício para Luís Carlos Prestes, recém-saído da prisão. Zélia, que
já lera os primeiros romances de Jorge Amado e o admirava, conhece-o pessoalmente na abertura
do Congresso Brasileiro de Escritores, que se realizava no Teatro Municipal de São Paulo. Registrou
Zélia em seu discurso de posse na ABL: “De mim ele não sabia nada, nem podia saber, porque eu era
apenas uma simples desconhecida, sem nenhuma credencial. Ele também não sabia que eu possuía
uma estrela que o pusera em meu caminho.” Em meados de 1945, casaram-se. Dessa união nasceu,
em 25 de novembro de 1947, o filho João Jorge Amado, no Rio de Janeiro.
Em fins de 1947 o registro do Partido Comunista foi cancelado e os parlamentares eleitos por
essa legenda, entre os quais Jorge Amado, eleito deputado federal por São Paulo, foram expulsos do
Parlamento. Sem condições de segurança para permanecer no Brasil, Jorge viajou para a Europa. Em
1948, Zélia viajou ao seu encontro. Permanecem na Europa durante cinco anos, participando inten-
samente da vida cultural europeia, primeiramente em Paris e depois em Praga, no Castelo da União
dos Escritores, em Dobris. Em 19 de agosto de 1951, nasce sua filha, Paloma Jorge Amado, em Praga.
Retornando ao Brasil, em 1952, instala-se com a família no apartamento do sogro, no Rio de Janeiro,
morando na cidade durante dez anos. Fixa residência em Salvador, Bahia, no ano de 1963.

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Inicia sua produção literária escrevendo seu primeiro livro de memórias, Anarquistas Graças a Deus,
lançado em 1979, no Rio de Janeiro. Nesta obra narra a vida de seus pais, a realidade dos imigrantes italia-
nos no Brasil e sua infância em São Paulo. Um Chapéu para Viagem é seu segundo livro, editado em 1982,
onde ela conta sua vida com Jorge Amado e as histórias dos Amado, contadas por Lalu, mãe do escritor.
No ano seguinte é lançado, em Salvador, o livro Pássaros Noturnos do Abaeté, com gravuras de Calasans
Neto e texto de Zélia Gattai. Em 1987, publica Reportagem Incompleta (fotobiografia), com fotografias
de sua autoria. Torna-se membro do Conselho Curador da Fundação Banco do Brasil. Edita Jardim de
Inverno, em 1988. O livro é lançado na Fundação Casa de Jorge Amado, trazendo à tona os momentos
políticos difíceis, vividos entre 1949 e 1952. É homenageada com uma exposição sobre o tema Jardim de
Inverno, pela Fundação Casa de Jorge Amado. No mundo da ficção, estreia com o livro infantil Pipistrelo
das Mil Cores, em 1989, com ilustrações de Pink Wainer. Dois anos depois publica O segredo da Rua 18,
também para crianças, ilustrado por Ricardo Leite.
Em 2001 fica viúva de Jorge Amado. Publica o livro Códigos de Família, livro de memórias. Em
2002 lança Jorge Amado: um Baiano Romântico e Sensual. O seu último livro publicado foi Vacina
de Sapo, no ano de 2005. Sua obra literária gerou a adaptação de Anarquistas Graças a Deus para
minissérie da Rede Globo e a peça de teatro adaptada de seu segundo livro Um Chapéu para Viagem.

Glauber Rocha

Glauber Rocha (1939-1981) foi cineasta brasileiro e um dos responsáveis pelo movimento de van-
guarda intitulado Cinema Novo. Produziu filmes de grande repercussão como Terra em Transe e
Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Glauber Rocha (1939-1981) nasceu em Vitória da Conquista, Bahia, no dia 14 de março de 1939.
Filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha. Iniciou seus estudos
em casa, com sua mãe. Ingressou no colégio do padre Palmeira.
Mudou-se com a família para Salvador, em 1947. Estudou no Colégio 2 de Julho, instituição pres-
biteriana. Em 1959, ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, hoje Universidade Federal da Bahia.
Seu primeiro contato com o cinema foi na produção dos documentários O Pátio, em 1959 e Cruz
na Praça, em 1960. Abandonou o curso de Direito em 1961, para trabalhar como crítico de cinema.
Casou-se com sua colega de faculdade, Helena Ignez.
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Em 1961 produziu seu primeiro longa-metragem Barravento, que foi premiado na Checos-
lováquia. Em 1964, foi reconhecido internacionalmente com o filme Deus e o Diabo na Terra do
Sol, quando recebeu prêmio do Festival de Cinema Livre, da cidade de Porretta, na Itália. Ganhou
também a Palma de Ouro, do Festival de Cannes. O filme mostra, numa estética inovadora, as visões
e alucinações provocadas pela situação vivida pelo povo no sertão brasileiro.
Glauber produziu outros filmes que tiveram grande destaque, como Terra em Transe (1967), que
foi indicado para a Palma de Ouro, e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, também com
a mesma indicação. Com o primeiro recebeu o troféu Luís Buñuel, no Festival de Cannes. O filme
conta a vida de um jornalista que se alia a um político, em um lugar imaginário, para tentar mudar a
ordem político-social.

Nos anos 70, Glauber Rocha produziu o Leão de Sete Cabeças, que foi gravado no Quênia,
e Cabeças Cortadas, produzido na Espanha. O seu último filme foi Idade da Terra. Glauber de
Andrade Rocha faleceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de agosto de 1981.

Dorival Caymmi

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Dorival Caymmi, compositor baiano, nascido em 30 de abril de 1914, é responsável em


grande parte pela imagem que a Bahia tem hoje em dia. Seu estilo inimitável de compor e cantar
influenciou várias gerações de músicos brasileiros. Em Salvador teve vários trabalhos antes de
tentar a sorte como cantor de rádio, e como compositor ganhou um concurso de músicas de
Carnaval em 1936. Dois anos mais tarde foi para o Rio de Janeiro com o objetivo de realizar o
curso preparatório de Direito e talvez arranjar um emprego como jornalista, profissão que já
havia exercido em Salvador. Mas, incentivado pelos amigos, muda de ideia e resolve enveredar
para a música.
Passou a atuar na Rádio Nacional, onde conheceu a cantora Stella Maris, com quem se casou em
1940 e permaneceu casado até sua morte. Seus filhos Dori, Danilo e Nana também são músicos. As
canções que celebrizaram Caymmi versam na maioria das vezes sobre temas praieiros ou sobre a
Bahia e as belezas da terra, o que colaborou para fixar, de certa forma, uma imagem do Brasil para o
exterior e para os próprios brasileiros.
Algumas das mais marcantes são A lenda do Abaeté, Promessa de pescador, É doce morrer no mar,
Marina, Não tem solução, João Valentão, Maracangalha, Saudades de Itapoã, Doralice, Samba da
minha terra, Lá vem a baiana, Suíte dos pescadores, Sábado em Copacabana, Nem eu, Nunca mais,
Saudade da Bahia, Dora, Oração da Mãe Menininha, Rosa morena, Eu não tenho onde morar, Das
rosas.
Em 60 anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos, mas o número de versões
de suas músicas feitas por outros intérpretes é praticamente incalculável. Sua obra, considerada
pequena em quantidade, compensa essa falsa impressão com inigualável número de obras-primas.

Tropicália
A música brasileira tem muitos estilos e todos mostram um pouco da cultura, alegria e força do
nosso povo. E houve um movimento musical que reuniu vários estilos, muitos artistas talentosos e
revolucionou a história da música brasileira. Sabe qual foi? A Tropicália! Esse foi um movimento tão
importante que ajudou até a derrubar a ditadura no Brasil!
A Tropicália, ou Tropicalismo, surgiu em 1967, ainda no tempo da ditadura militar. Um grupo de
artistas, cantores, poetas e compositores se reuniram para trazer algo novo para o cenário artístico
brasileiro. E conseguiram. Os participantes mais famosos do movimento foram os cantores-compo-
sitores Caetano Veloso e Gilberto Gil, a cantora Gal Costa e o cantor-compositor Tom Zé, a banda
Mutantes, e o maestro Rogério Duprat. Outros nomes que completaram o grupo foram a cantora
Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto.
Como dissemos, a revolução da Tropicália não foi apenas musical; as mudanças aconteceram
também nas artes gráficas e no design de objetos e roupas. Por causa da ditadura, a música brasilei-
ra estava muito nacionalista, ou seja, muito voltada para cantar as maravilhas da nação e lembrar
o quanto o povo brasileiro é sortudo por viver aqui. A Tropicália foi contra isso. O grupo tentou
deixar a linguagem da Música Popular Brasileira (MPB) mais leve, mais jovem. Para isso, passaram
a usar guitarras elétricas nos arranjos musicais. Mas, ao mesmo tempo em que queriam deixar tudo
mais leve, eles usavam palavras e sons de origem erudita, sons inovadores, trazidos pelos maestros
Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela.
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Quando tudo isso foi misturado: os sons populares, a música pop, as várias inovações musicais
e as cores usadas nas roupas pelos cantores, não só a música brasileira ficou mais moderna, mas
também a própria cultura nacional! Saindo do movimento da Bossa Nova, o Tropicalismo renovou
completamente as letras das músicas. Algumas chegaram a ser consideradas verdadeiras poesias, e
tudo isso sem deixar de refletir sobre a situação do País. Havia muita liberdade no tema das compo-
sições, com espaço para falar sobre as tradições e as novidades do Brasil.
O Tropicalismo misturou Rock, Bossa Nova, Samba, Rumba, Bolero e Baião. A ordem era expe-
rimentar, considerar várias possibilidades em todos os sentidos. O disco que deixa isso bem claro é a
obra coletiva Tropicália ou Panis et Circensis, que reuniu todos os principais cantores, compositores
e maestros do movimento no mesmo disco. Muito da Tropicália também pode ser encontrado nos
primeiros discos de Gilberto Gil e Caetano Veloso, em que se encontram clássicos da época, como as
canções-manifesto Tropicália e Geleia Geral.
Outra característica importante da Tropicália foi sua relação com a televisão. Os artistas do mo-
vimento participavam dos festivais de música popular, programas de competição musical que eram
exibidos por várias emissoras. É possível dizer, inclusive, que o movimento teve início com as ino-
vadoras apresentações da marcha Alegria, alegria, de Caetano, e da cantiga de capoeira Domingo no
parque, de Gilberto Gil, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967.
A Tropicália transformou muito os gostos da sua época. E estamos falando de música, política,
moral, comportamento, relação com o corpo e a maneira de se vestir. A cultura hippie foi a prin-
cipal influência do grupo, com os cabelos longos encaracolados e as roupas coloridas. Apesar de
ter durado pouco mais de um ano e ter sido reprimida pela ditadura militar com a prisão de Gil e
Caetano em 1968, a Tropicália influenciou toda uma geração, mudou a cara do nosso país na década
de 60 e ainda serve de inspiração para muitos artistas até hoje.

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Exercícios
01. O disco e a música Tropicália tornaram-se símbolos do Tropicalismo, movimento protago-
nizado por artistas e intelectuais, no Brasil, em finais da década de 1960.
Esse movimento destacou-se, principalmente, pela seguinte proposta:
a) valorização do pluralismo cultural.
b) denúncia das influências estrangeiras.
c) enaltecimento da originalidade nacional.
d) defesa da homogeneização de comportamentos sociais.
02. 0 golpe de 1964 e o recrudescimento do regime militar após 1968 – 1969 atingiram também
a produção de artistas e intelectuais brasileiros.
Assinale a opção que melhor explica o panorama cultural brasileiro nos chamados “anos de
chumbo”.
a) A censura do regime militar praticamente inviabilizou o cinema nacional, substituindo a
criatividade do movimento conhecido como “Cinema Novo” pela filmografia hollywoodia-
na apoiada pela EMBRAFILME.
b) A prisão do teatrólogo Augusto Boal, em 1971, foi o emblema da perseguição à dramaturgia
brasileira, doravante reduzida à encenação de peças estrangeiras.
c) A Universidade ficou a salvo da repressão política, exceto pelas invasões aos campi de
algumas universidades, entre o final da década de 60 e o início da seguinte.
d) A repressão e a censura não conseguiram sufocar completamente as manifestações cultu-
rais do país, como demonstra a emergência, no plano musical, do movimento conhecido
como “Tropicalismo”.
e) A coerência dos critérios censórios do regime militar explicitou-se, nitidamente, no episódio
da proibição da publicação da Declaração da Independência dos Estados Unidos, fato só
superado pela interdição de “Davi”, a perigosa escultura de Michelangelo.
Gabarito
01 - A
02 - D

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Espaço Urbano I�������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Região Metropolitana de Salvador no Cenário Nacional���������������������������������������������������������������������������������������������2
Infraestrutura���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Transportes�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Bahia – Principais Meios de Transportes������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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Geografia da Bahia – Espaço Urbano I


Como todo o Brasil, a Bahia vem sofrendo sensíveis transformações na sua estrutura demográfica,
que se reflete tanto em sua composição etária, como na composição por setores de atividades dentro do
estado, com uma acentuada terciarização das atividades, fruto do processo de urbanização.
Nos anos 1970, a distribuição da população situada por domicílio na Bahia passou a sofrer altera-
ções, quando nesse período os dados evidenciavam uma prevalescência, pela primeira vez, da popu-
lação urbana sobre a população rural. Enquanto a população urbana chegava aos 54,5% do espaço,
a população rural vinha perdendo força dentro do estado. Nos dias atuais, o grau de urbanização do
estado da Bahia ultrapassa 72% de sua população.
A maior concentração urbana se verifica na mesorregião metropolitana de Salvador. O estado
da Bahia apresenta duas regiões metropolitanas. Além da Região Metropolitana de Salvador (RMS),
criada em 1973, foi criada a Região Metropolitana de Feira de Santana (RMFS). O êxodo rural, res-
ponsável pelo crescimento das cidades, é fruto de uma estrutura agrária marcada pela concentração
de terras, que predomina em praticamente todo o estado da Bahia.
Dentre os centros urbanos, poucos são os que superam uma população de 10.000 habitantes. A
grande maioria das cidades é formada por pequenos centros que funcionam mais como núcleos agrí-
colas, onde grande parte da população que aí reside trabalha no campo e não em atividades urbanas.
Dentre as principais cidades baianas, a mais importante é Salvador, que soma à sua função ad-
ministrativa outras inúmeras funções, constituindo-se numa verdadeira metrópole, cuja área de in-
fluência extrapola os limites do estado e da região Nordeste. Além de Salvador, destacam-se como
principais cidades, entre outras, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro, Barreiras etc.

Farol da Barra, Salvador (BA)

Região Metropolitana de Salvador no Cenário Nacional


O Brasil, de acordo com as estimativas do IBGE de 2015, apresenta uma população de 205.513.356
habitantes. A região Nordeste concentra aproximadamente 30% desse contingente populacional,
mantendo-se como a 2ª região mais populosa do Brasil, nas duas últimas décadas. O estado da Bahia
situa-se na 4ª posição entre os estados mais populosos, em 2010 e 2015, embora sua participação
venha decrescendo no contexto da população brasileira. A Região Metropolitana de Salvador (RMS)
é composta por 13 municípios: Salvador, Candeias, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Camaçarí,
Simões Filho, São Francisco do Conde, Dias d’Ávila, Pojuca, Mata de São João, São Sebastião do
Passé, Itaparica e Vera Cruz, totalizando 3.984.583 habitantes.
Originalmente, a RMS era composta por oito municípios, mas após a emancipação de Madre
de Deus, distrito de Salvador até 1990, e de Dias d’Ávila, passou a ter dez municípios. Em 17 de
dezembro de 2007, foi aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia e sancionada pelo governo
estadual em 3 de janeiro de 2008 a Lei Complementar Estadual n° 30, que inclui Mata de São João e
São Sebastião do Passé na RMS. Em 22 de janeiro do ano seguinte, a inclusão de Pojuca foi sanciona-
da pelo ex-governador Jaques Wagner por meio da Lei Complementar Estadual n° 32.
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A Região Metropolitana de Feira de Santana (RMFS) é composta por seis municípios: Feira de
Santana, São Gonçalo dos Campos, Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Tanquinho e Conceição
do Jacuípe, com um total de 786.086 habitantes.

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Infraestrutura
A energia elétrica distribuída na Bahia é predominantemente de origem hidráulica, oriunda do
Sistema Interligado CHESF — Companhia Hidroelétrica do São Francisco, que cobre 8 estados da
região Nordeste, exceto o Maranhão. Assim, a CHESF é o fator dominante na geração de energia
elétrica para a Bahia, suprindo a COELBA — Companhia de Eletricidade da Bahia e a COPENE —
Companhia Petroquímica do Nordeste, além de fornecer energia diretamente aos maiores consumi-
dores industriais do estado da Bahia.
Com efeito, o sistema de geração da CHESF (composto por 14 usinas hidrelétricas e 2 termelétri-
cas) tem potência nominal instalada da ordem de 10.705 MW. Nesse contexto, a geração hidrelétrica
representa 96% da potência total instalada da CHESF.
Em 2010, a participação relativa da Bahia no consumo industrial de energia elétrica da Região
Nordeste alcançou 34,7%, equivalentes a 6% do consumo industrial nacional.
Cabe observar que o Brasil e o próprio estado da Bahia enfrentaram em 2012 problemas no abas-
tecimento de energia elétrica devido à insuficiência de investimentos para a expansão do sistema
elétrico nacional. A falta de investimentos na expansão da capacidade geradora do sistema elétrico e
do sistema de transmissão, associada à queda no nível de água dos reservatórios das usinas hidroelé-
tricas devido à escassez de chuvas, contribuiu para que se materializassem esses problemas.

Transportes
Observa-se, em um primeiro momento, que apesar de Salvador, a grande metrópole, não ter
uma localização central no estado, ela acaba por centralizar todo o sistema de transportes, ou seja,
coordena amplamente a vida de relações econômicas e sociais da Bahia.
Bahia – Principais Meios de Transportes

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Na atividade portuária, destacam-se os portos marítimos de Salvador, Aratu e Ilhéus. Segundo


dados da CODEBA, em 2012, entre janeiro e outubro desse ano, os portos baianos tiveram os se-
guintes movimentos: Aratu (4.923.217 toneladas), Salvador (3.057.255 toneladas) e Ilhéus (442.067
toneladas). Enquanto Salvador é um porto de diversos tipos de carga, o Porto de Aratu, na Baía
de Todos-os-Santos movimenta basicamente Petróleo, dando suporte aos processos de importa-
ção e exportação de produtos. Ilhéus tradicionalmente exportava cacau. Com a queda da produção,
passou a exportar cargas diversas, especialmente a soja do oeste baiano.
O Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães é o maior do estado. Entre 2011
e 2013 houve incremento no número de passageiros em voos domésticos e uma redução dos voos
internacionais. Além do aeroporto de Salvador, ainda podemos destacar os aeroportos de Porto
Seguro, Vitória da Conquista, Barreiras, Paulo Afonso, Bom Jesus da Lapa e Ilhéus.

Aeroporto de Porto Seguro

Exercícios
01. Em Salvador e na região metropolitana, são descartados, por ano, cerca de dois milhões
de toneladas de resíduos sólidos. Se não forem tomadas providências, em pouco tempo, os
aterros sanitários não serão suficientes para manter tanto lixo.
Considerando-se a problemática do lixo das grandes regiões metropolitanas do país, entre as
soluções corretas para reduzir o acúmulo desse material nos aterros sanitários, pode-se incluir
a) a incineração de resíduos sólidos descartados nos aterros sanitários.
b) o incentivo às cooperativas de catadores e aos artesões para transformar os resíduos sólidos
em material reciclado.
c) o reaproveitamento de resíduos com objetivo de requalificá-los e introduzi-los na economia.
d) a ampliação de aterros sanitários para aproveitar a energia gerada na biodecomposição de
resíduos sólidos.
e) a modernização da frota de caminhões, que utilize óleo diesel isento de enxofre, para manter
os grandes centros urbanos limpos.
Gabarito
01 - C

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Geografia da Bahia – Espaço Urbano II�����������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Salvador, Capital da Bahia!�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
A Dinâmica do Espaço Urbano de Salvador��������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

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Geografia da Bahia – Espaço Urbano II


Salvador, Capital da Bahia!
Salvador, primeira cidade e capital do Brasil colonial, núcleo urbano fundamental do comércio
português ao longo de três séculos de colonização, constituindo-se no principal porto de todo o
Atlântico Sul, chega ao século XXI como uma das mais populosas do Brasil. É a sede de uma das
nove mais antigas regiões metropolitanas do país, com sua área municipal praticamente tomada
pelo espaço urbano e exercendo o papel de uma metrópole regional com hinterlândia (espaço de
influência) que supera o limite estadual. Não obstante sua importância histórica e contemporânea, a
capital baiana traz na sua dinâmica interior graves problemas socioambientais típicos de um espaço
desigual da periferia do capitalismo mundial.
A Dinâmica do Espaço Urbano de Salvador
A cidade do Salvador atravessou a segunda metade do século XX e ingressa no século XXI apre-
sentando as características marcantes de uma metrópole fragmentada do mundo subdesenvolvido,
onde o urbanismo moderno dos arranha-céus e shopping centers por vezes se avizinha de espaços
onde a pobreza se faz absoluta.

A falta de um planejamento estratégico de longo prazo e as demandas socioeconômicas resultan-


tes do próprio processo de crescimento da cidade e das necessidades do mercado cultural e turístico
produziram uma metrópole com várias faces distintas, desde a modernidade da Av. Tancredo Neves,
com os seus edifícios “inteligentes”, aos espaços de exclusão, como a invasão de Alagados (que já fora
a maior favela sobre palafitas da América Latina) e o Bairro da Paz (antiga invasão das Malvinas).
A configuração atual da cidade do Salvador é marcada pela aceleração dos processos que pro-
moveram as intensas desigualdades socioespaciais existentes, posto que algumas áreas localizadas
incorporaram as inovações tecnológicas de modo extremamente rápido, ao passo que, em outros
espaços, as condições são precárias, onde se vivencia um tempo lento.
A cidade do Salvador, ainda que tenha perdido parte do seu território municipal, com a emanci-
pação de alguns dos seus distritos, como Candeias, Água Comprida (transformada em Simões Filho)
e Santo Amaro de Ipitanga (atual Lauro de Freitas), sofreu um acréscimo populacional de cerca de
1.085.000 habitantes entre os anos de 1950 e 1980, em decorrência das imigrações e do crescimento
vegetativo, resultante das melhorias gerais das condições de vida e dos altos índices de natalidade.
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Da produção do espaço da cidade, como parte perversa do processo de metropolização, deriva a peri-
ferização e a precarização das áreas de ocupação recente das fronteiras ao norte de Salvador, que passaram
a contar com números cada vez mais expressivos de habitantes, não só nas localidades já consolidadas,
como Plataforma, Paripe, Periperi, mas também nos bairros de Pirajá, Valéria e São Caetano, além das ha-
bitações que se estabeleciam ao longo da estrada de ligação entre Salvador e Feira de Santana. O panorama
econômico soteropolitano, por outro lado, apresentou-se como um reflexo da situação vigente em âmbito
nacional, posto que a integração promovida por meio das intervenções governamentais de caráter federal
posicionou os principais centros urbanos brasileiros em condição de interdependência, reforçando as
características da rede urbana brasileira, embora alguns aspectos específicos da realidade soteropolita-
na, como o turismo e atividades ligadas à cultura, tenham sido responsáveis pela recente articulação da
economia da cidade com os circuitos do capital globalizado.
As atividades de caráter cultural, principalmente aquelas ligadas ao carnaval, têm-se tornado
nos últimos anos uma expressiva fonte de renda para milhares de pessoas, sendo fator, inclusive, de
inserção social para moradores de localidades periféricas e subnormais, produzindo novas espaciali-
dades, em consonância com aspectos da cultura global.
O mercado cultural ascendeu, inclusive, à condição de agente da produção do espaço soteropoli-
tano, seja nas áreas consolidadas, ou mesmo nos espaços de moradia das populações mais pobres. A
partir do final da década de 1990, alguns eventos e casas de espetáculos nos antigos trapiches sobre
a Baía de Todos os Santos, no bairro da Conceição da Praia, por exemplo, têm surgido como uma
possibilidade de requalificação dessa área atualmente pouco atrativa.
Nas localidades mais pobres de Salvador, o surgimento de grupos musicais tem promovido
inserção social e produzido novas funcionalidades nesses espaços, com forte ligação ao mercado glo-
balizado, como a casa de espetáculos aberta no bairro do Candeal, o antigo Candyall Guetto Square,
que reunia jovens pertencentes às elites locais e turistas em um espaço de moradia onde a infraestru-
tura básica é bastante precária.
Esta fase é marcada pela acentuação dos arranjos socioespaciais segregados, com a consolidação
das áreas diferenciadas por classe social: os bairros das parcelas abastadas da população, concentra-
dos no sul da península e, no decorrer desse tempo, em loteamentos de Pituba e Itaigara, enquanto os
bairros pauperizados se concentravam na orla da baía e no “Miolo” da cidade e em espaços difusos
de Salvador, por meio do surgimento crescente de localidades favelizadas, com arruamento e cons-
truções precárias, de caráter espontâneo. Em 1996, o número de favelas em Salvador era contado
em cerca de 360, com quase 600.000 pessoas residindo em mais de 100.000 unidades habitacionais,
estando, na sua maioria, localizadas em áreas públicas.
A periferização de Salvador foi então o resultado de um arranjo entre o poder público (por
meio da implantação de conjuntos habitacionais) e uma lógica popular, em face da necessidade das
parcelas mais pobres da população de criar alternativas à falta de moradia.
A compactação do espaço urbano soteropolitano, apresentada até a segunda metade do século
XX, já não se podia verificar a partir da década de 1970, graças à proliferação de bairros de caráter
popular, por um lado, ao passo que houve uma forte verticalização, como expressão da crescente
especulação imobiliária em torno dos espaços “nobres” e da atuação das construtoras, cada vez mais
importantes na configuração urbana de Salvador.
Por outro lado, a cidade do Salvador, que possuía uma estrutura mononuclear até a década de
1970, com todo o comércio – seja no varejo ou no atacado – , as instituições financeiras e escritórios
concentrados no seu centro tradicional, sofreu modificações expressivas, com a atual consolidação
de novos espaços comerciais, vinculados às vantagens de um sistema viário do tipo free ways – com
a consequente aceleração da circulação – , produzindo novas centralidades e subcentralidades in-
traurbanas, reforçando a tendência à desconcentração dos grandes equipamentos estruturantes de
Salvador, o que, por outro lado, reforçou uma outra tendência: de degradação do centro original,
com fechamento de lojas ou adaptação, pelos comerciantes locais, à nova realidade.
Os bairros da orla oceânica apresentam-se entre os mais dinâmicos da cidade, graças aos usos
do solo. As áreas de ocupação comercial intensa do Iguatemi e nas avenidas Antônio Carlos Maga-
lhães, Tancredo Neves e Manuel Dias da Silva são, ao mesmo tempo, as mais verticalizadas e as que
possuem maior quantidade de shopping centers de grande porte e serviços diversos.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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