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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA – UFOB

CENTRO DAS HUMANIDADES - CEHU

COMPONENTE: EPISTEMOLOGIA DA GEOGRAFIA I


PROFESSOR: Paulo Baqueiro
DISCENTE (S):Vandeildo Machado Leite (23/12/2021)

AVALIAÇÃO INDIVIDUAL ESCRITA:

IMPORTÂNCIA DO COMPOENTE CURRICULAR NA FORMAÇÃO


PROFISSIONAL E NA AMPLIAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE O
PENNSAMENTO GEOGRÁFICO

Participar desse componente curricular do primeiro semestre do Bacharelado de


geografia, foi para mim, foi um tanto satisfatório como empolgante, embora com todo
transtorno de uma crise de saúde pública e política em que estamos atravessando. Tão
logo acabado de defender um Tcc em B.I Humanidades, e logo migrar para geografia,
para quem todo o curso de um bacharelado interdisciplinar, ouvir falar em
interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, transversalidade, e tão logo depara e
consegue perceber o quanto é transdisciplinar essa ciência.

Penso que o componente de epistemologia foi o ambiente onde agora poço me


perguntar e refletir a partir de uma geografia que iremos estudar durante todo o
desenrolar do curso, e como profissional ou cientista da geografia.

Ela possibilitou agora nessa primeira fase do aprender geográfico um olhar mais atento
a concretude do mundo, refletir melhor até onde essa geografia que irei fazer terá
impacto social relevante, não que mude a sociedade, mais que me faça desvendar os
problemas da sociedade.

A partir dos vários geógrafos e suas teorias que discutimos durante o percurso do
componente passando por uma geografia antiga a uma geografia moderna, sistematizada
e consolidada do século XIX de Humboldt e Karl Ritter e seus seguidores Friedrich
Ratzel e Vidal de La Blache com suas contradições (do determinismo ao possibilismo),
passando pela geografia do Brasil de Josué de Castro a Milto Santos. Contudo a
perceber também que geografia teve uma boa herança, nas suas abordagens culturais,
criticas, e sistêmicas

Por outro lado também percebendo como esse conhecimento foi constituído na sua
tradição, sua gênese e abordagens, quem foi seus autores e sistematizadores como
ciência, as correntes e suas bases filosóficas que a norteiam, pois como se sabe a
geografia é uma ciência que nasce da filosofia clássica dos gregos medievais,
despontada pelas viagens dos exploradores que cada vez mais despertavam interesse
pela geografia e a cartografia, no período de colonização.

Durante a idade média, perduravam os antigos conhecimentos gregos e que por sua vez
XVI e XVII período da renascença com as viagens de exploração a procura de terras e
comercio de especiarias em que aumentava a busca por informações es e bases teóricas
solidas de navegações no qual levou a geografia ao século XVIII de um saber ao status
de ciência essa viagem ao longo do século me fez perceber o quanto de conhecimento e
técnicas instrumental essa ciência adquiriu e que torna até os dias atuais essa ciência
holística e sistêmica de análise do espaço tanto social quanto física.

Contudo um rico cabedal de conhecimentos técnico cientifico e metodológico dessa


ciência geográfica, o qual percebi através da perspectiva do componente de
epistemologia, através de uma trajetória histórica, teórica e metodológica de seus
autores, dos clássicos ao modernos que já transiam em seu bojo de saberes suas
transdisciplinares, me levando a entender o quanto é ainda relevante para o geografo
sempre buscar em sua base de formação a transdisciplinaridade.

Ademais os geógrafos abordados nesse percurso epistemológico, que despertaram para


o mundo e fez jus frente a geografia do século XX, caros contribuintes a nossa geografia
dos dias atuais. Josué de Castro, Milto Santos, Azis Absaber,Lysia, Bertha
Becker,Pierre Monbeig. Com suas riquezas bibliográficas de lutas, produções
intelectuais e importantes teorias para nossa geografia como o caminho árduo do fazer
geográfico, e tamanho contribuição, fez seu expoentes Josué de Castro com sua crítica a
uma geografia da fome que na sua perspectiva fome era uma mal distribuição dos
alimentos, o que me fez perceber nesse geografo um grande ativista e um caráter
subversivo e interdisciplinar (medico, nutrologo, geografo, pesquisador, cientista social
e humanista) um homem sem fronteiras com grandes contribuições na geografia
humana.
Um momento impa foi estudar a vida e obra do consagrado geografo Milto Santos,suas
considerações acerca do espaço para compreensão concreta do mundo; sua luta,
militância pelo reconhecimento da cidadania humana, o que tanto me impactou na sua
frase “NÃO HÁ CIDADANIA, NUNCA HOUVE CIDADANIA” assim me fez
entender sua luta, sua militância, por um espaço do cidadão diante de um mundo de
fabula da globalização.
Em conclusão tantas foram as representativas abordada em uma epistemologia
geográfica da universal medieval, clássica, moderna até chegar no local, o que para
Santos o global e o local está no mesmo lugar (“funciona como uma mediação entre o
Mundo e a Região, o Lugar. Ela é também mediadora entre o Mundo e o
território"1996). Nessa perspectiva a epistemologia me apresentou um contexto de uma
geografia brasileira também marcada de contestação e denuncia das desigualdades
sociais reveladas principalmente por Josué e Milto Santos em um mundo de fartura e
escassez tão bem problematizada por ambos. Da geografia da fome ao espaço usado e a
falta de cidadania em um mundo globalizado e de fabulas, onde as transformações
acontecerá de baixo para cima.
Portanto a epistemologia contribuiu através do contato desse percurso histórico de
formação da ciência geográfica e seus atores, propiciando uma reflexão futura mais
apurada e sempre em alerta da importância do ser geografo nesse século. Numa
perspectiva de resistência cultural, social, ambiental e humanista em um mundo de
consenso e padrões estereotipados, de negacionismo da ciência, das misérias, e
problemas ambientais. Em contrapartida a epistemologia me revelou, o quanto a
geografia é uma ciência desafiadora, de análise de mundo, de resistência em tempos
obscuros.

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