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AULA - Introdução a terapia capilar


Anatomofisiologia do Pelo e seus Ciclos Capilares
Tecnólogo em Esté ca e Cosmé ca
Tricologia

Docente: Profª Espec. Suenia Fabrício

Introdução a Terapia Capilar

A terapia capilar consiste no tratamento dessas disfunções. É um


conjunto de técnicas não invasivas que visa a restabelecer a homeostase
do couro cabeludo. São u lizadas tanto técnicas eletro esté cas, como
laser de baixa potência, led, microcorrentes e alta frequência, quanto
cosmé cos e produtos naturais, po argilas, óleos essenciais e algas
marinhas.

Homeostase é a habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio quase constante,


independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo.
Introdução a Terapia Capilar
Alterações como alopecia androgené ca ou areata, eflúvio telógeno, derma te seborreica e psoríase
podem ser tratadas pelo este cista capilar, que, dependendo do caso, pode atuar sozinho ou em
ação mul disciplinar, contando com apoio de profissionais de outras áreas, como médicos
dermatologistas/tricologistas, psicólogos, nutricionistas, etc.

O tempo de tratamento e os resultados variam muito de cliente para cliente;


Fatores como po de patologia, tempo de manifestação, idade e hábitos de vida do cliente
influenciam nos resultados.

O Profissional e a Terapia Capilar


 Para atuar com terapia capilar, o profissional deve conhecer a fundo as
patologias que acometem o couro cabeludo e os fatores que envolvem seu
surgimento ou a piora do quadro, a fim de que se possa fazer a correta avaliação
e elaborar protocolos que sejam eficazes. Também é preciso saber avaliar o
estágio em que essas patologias se encontram, pois cada um requer abordagens
diferentes.

 O que se espera da terapia capilar é a rea vação dos folículos pilosos e o


es mulo do crescimento dos fios, o incremento da circulação e,
consequentemente, da nutrição e oxigenação do folículo e do couro cabeludo
de uma forma geral, a regulagem da produção sebácea e os efeitos an -
inflamatórios.

A terapêu ca a ser adotada depende do po de patologia e do tempo de manifestação. O que se espera da terapia capilar é que normalize as
funções do couro cabeludo ou controle o avanço da patologia, uma vez que não podemos prometer cura, apenas controle.
Fisioanatomia dos Cabelos
O couro cabeludo é a estrutura que reveste a calota craniana e faz parte do sistema tegumentar, portanto
também serve como proteção às agressões do meio externo.
Estrutura do Couro Cabeludo
A estrutura do couro cabeludo (Figura 1) contempla
elementos específicos de reves mento e sustentação.

Logo acima do crânio, há uma membrana chamada


periósteo, cuja função é reves r o osso. Quem liga o
periósteo à aponeurose é o tecido conec vo frouxo,
uma estrutura que funciona como interconexão.

A aponeurose tem por função fixar a musculatura ao


seu redor (músculos frontal, occipital e temporais).

E, por fim, a pele do couro cabeludo recobre todas as


demais estruturas.

Aponeurose é a que une os músculos frontais e occipitais para formar o epicrânio; gálea epicrânica ou gálea aponeuró ca.

Unidade Polissebácea
A unidade pilossebácea compreende o folículo piloso (composto por raiz, papila
e bulbo), a glândula sebácea e o músculo eretor do pelo.

No bulbo, encontramos a papila, que é uma estrutura conec va vascularizada e


inervada, cuja função é fornecer aporte circulatório ao folículo.

O bulge é a estrutura onde se encontram as células que darão origem àquelas


que comporão o fio do cabelo.
As bainhas externa e interna abrigam as células-tronco
do folículo e auxiliam na fixação do cabelo no folículo,
respec vamente, e os melanócitos produzem a
coloração natural dos cabelos.

Os cabelos têm origem no folículo piloso, que é um


aprofundamento da epiderme na derme.
Os cabelos servem como proteção contra a radiação UV no
couro cabeludo.
Unidade Polissebácea
A glândula sebácea é a responsável pela produção e secreção do
sebo, que
tem por função lubrificar e auxiliar na hidratação, protegendo
tanto o couro cabeludo quanto a haste capilar. ós o

O músculo eretor do pelo é involuntário e serve para arrepiar os


pelos e cabelos.

A unidade pilossebácea é dividida da seguinte forma:

ós o — o poro por onde sai o fio de cabelo;


infundíbulo — porção que vai do ós o folicular até a glândula
sebácea;
istmo — porção que vai da glândula sebácea até o músculo
eretor do pelo;

Unidade Polissebácea
O cabelo é formado por duas partes distintas:

 a raiz, que compreende toda a estrutura que se


encontra dentro do folículo;
 a haste, a porção solta.

 A unidade pilossebácea é ricamente


vascularizada, e a pele como um todo é repleta
de terminações nervosas, que são
responsáveis pela transmissão de sensações
ao cérebro, como frio, calor, pressão, etc.

 O músculo eretor do pelo, além de ser


responsável pelo arrepio, também contribui no
sensorial, enviando informações ao cérebro
cada vez que um pelo ou cabelo é tocado.
Estrutura da Haste Capilar
É formada por três partes distintas: a medula, o córtex e a cutícula.

 A MEDULA:

 é a parte central da haste capilar, entretanto fios muito finos podem


não a conter ou a medula pode apresentar-se de forma
descontinuada.

 Geralmente é encontrada nos cabelos e pelos mais grossos.



 é composta por poucas camadas de células (de duas a cinco) mal
interconectadas, formando um espaço vazio no centro do fio.

 alguns autores atribuem à medula a função de nutrição, todavia sua


função ainda não está esclarecida. Ela parece não ser fundamental
para o desenvolvimento ou qualidade do cabelo, visto que não está
presente em alguns fios.

Estrutura da Haste Capilar


 O CÓRTEX:
 é formado por células queratinizadas e muito bem
 conectadas, sendo que até 90% da massa do cabelo é proveniente
dele.

 é o responsável pela resistência do fio e pela pigmentação natural,


pois essa estrutura é que abriga os grânulos de pigmento.

 A CUTÍCULA:

 é a parte mais externa do fio, e sua função é proteger o


 córtex.

 representa a maior parte do fio de cabelo, e sua estrutura é


relativamente frágil, a cutícula age como um escudo protetor contra
agressões químicas e físicas.

 quando a cutícula se apresenta íntegra, vemos uma haste capilar


brilhosa e resistente, e quando ela se encontra aberta ou danificada, o
cabelo parece mais opaco e mais frágil .
Crescimento e Estrutura do pêlo
FASE ANÁGENA:
É a inicial do ciclo de crescimento. Nela, as células são reproduzidas rapidamente a fim de formarem a haste
capilar. Nessa fase, o bulbo se apresenta volumoso, e estima--se que até 85% dos cabelos se encontram nela.

FASE CATÁGENA:
É caracterizada pela interrupção da produção celular e da melanogênese, sendo considerada a transição entre a
primeira e a última fase. A raiz encolhe 1/3 de seu tamanho, e o bulbo praticamente desaparece. Ao final dessa
fase, o folículo já se prepara para a produção de um novo fio, produzindo novas células germinativas. Ela dura, em
média, de 3 a 4 semanas, e aproximadamente 1% dos cabelos se encontram nela.
FASE TELÓGENA:
Nessa fase, o cabelo velho está pronto
para se desprender e finalmente cair. O
bulbo volta a crescer e dá-se origem a
uma nova fase anágena. Estima-se que
aproximadamente 14% dos fios se
encontrem em fase telógena, que dura
em torno de três meses.
Crescimento e Estrutura do pêlo

Envelhecimento dos Fios


Canície é o nome dado ao surgimento dos cabelos brancos.


É um dos primeiros sinais do envelhecimento;

Os primeiros fios aparecem por volta dos 30 anos em pessoas
caucasianas e 40 anos em afrodescendentes;

A predisposição hereditária pode tanto adiantar quanto atrasar o
surgimento dos cabelos brancos.

Outros fatores, como doenças autoimunes, anemias e


nutrição não adequada, podem acelerar seu surgimento.
Os cabelos embranquecem porque os melanócitos, células
responsáveis por produzir a pigmentação dos cabelos, cessam
sua produção.

Assim, as células geradas no bulge não recebem pigmento e


formam uma haste capilar sem cor.

O sinal de que os cabelos estão


envelhecendo é sua rarefação.
É normal que, com o avanço da idade, a duração da fase anágena diminua, e os fios de cabelos se tornem mais finos e de crescimento mais lento. Pode-se
perceber a diminuição na densidade dos cabelos nas regiões bitemporais (populares entradas), tanto em homens quanto em mulheres com mais de 50 anos,
sendo que, nas mulheres, também há diminuição da densidade na região parietal e, nos homens, no vér ce (coroa) (HALAL, 2011).
Aprimorando os Conhecimentos

1. O folículo piloso pode ser dividido em quatro segmentos, que são:


óstio, infundíbulo, istmo e segmento inferior. Qual desses é o mais
superficial e qual é o que abriga o bulbo, respectivamente?

a) Óstio e segmento inferior.


b) Óstio e istmo.
c) Istmo e infundíbulo.
d) Infundíbulo e segmento inferior.
e) Segmento inferior e istmo.

Aprimorando os Conhecimentos

2. Qual é a ordem correta das fases de crescimento dos cabelos?

a) Anágena, catágena e telógena.


b) Anágena, telógena e catágena.
c) Catágena, anágena e telógena.
d) Telógena, catágena e anágena.
e) Telógena, anágena e catágena.
Aprimorando os Conhecimentos

3. Quanto ao cabelo caucasoide, é correto afirmar que:

a) é típico dos orientais e índios, e sua curvatura é lisa e sem volume.


b) sua queratina é distribuída uniformemente, o que lhe confere bastante resistência.
c) é o tipo com maior variação de textura e tem formato ovalado.
d) como seu formato é achatado, seu córtex não apresenta grande quantidade de massa;
por isso, não é resistente à quebra.
e) tende a ter pouca lubrificação, sendo seco.

Aprimorando os Conhecimentos
4. Sobre a estrutura da haste, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.

I. A cutícula é formada por células transparentes e rígidas.


II. O córtex constitui a maior parte do fio, e sua estrutura é extremamente rígida e
resistente.
III. A medula é a parte mais externa da haste e forma um escudo protetor ao córtex.

a) Apenas a afirmativa I está correta.


b) As afirmativas II e III estão corretas.
c) As afirmativas I e III estão corretas.
d) As afirmativas I e II estão corretas.
e) Apenas a afirmativa II está correta.
Aprimorando os Conhecimentos

5. Sobre os tipos de pelo, assinale a alternativa correta.

a) Os cabelos são pelos do tipo terminal, que diferem dos demais pelo crescimento contínuo.
b) O lanugo é um tipo de pelo terminal presente no recém-nascido.
c) Os pelos da sobrancelha e dos cílios são do tipo velos, pois são curtos.
d) Os pelos velos são encontrados apenas na face.
e) Os pelos velos são característicos das regiões palmares e plantar.

Na Próxima Aula...

Veremos Tricoses: causas, avaliação e


tratamentos e Avaliação de cosméticos
para reparação da haste capilar
Ó mos Estudos!
Docente: Profª Suenia Fabrício

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