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GOIÁS

Goiás

Goiás (pronúncia em português: [goj'as]) é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se
a leste da Região Centro-Oeste, no Planalto Central brasileiro.

O seu território é de 340.257 km², sendo delimitado pelos estados do Mato Grosso do Sul a sudoes-
te, Mato Grosso a oeste, Tocantins a norte, Bahia a nordeste, Minas Gerais a leste, sudeste e sul e
pelo Distrito Federal a leste.

Goiânia é a capital e maior cidade do estado, assim como sede da Região Metropolitana de Goiânia,
a única no estado.

Outras cidades importantes, fora da região metropolitana de Goiânia, são: Aparecida de Goiania
Anápolis, Goianésia, Trindade (Goiás), Rio Verde, Itumbiara, Catalão, Luziânia, Águas Lindas de
Goiás, Valparaíso de Goiás, Formosa, Jataí, Porangatu, Caldas Novas e Niquelândia, que também
são as maiores cidades em população do interior do estado, além das cidades que compõem
o Entorno do Distrito Federal. Ao todo são 246 municípios.

Com 6,6 milhões de habitantes, é o estado mais populoso da Região Centro-Oeste e o 12º mais po-
puloso do país. Possui, ainda, a nona maior economia entre as unidades federativas brasileiras. Se-
gundo o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, em junho de 2011 registram-se 4 406 920 eleitores.

A história de Goiás remonta ao início do século XVIII, com a chegada dos bandeirantes vindos de
São Paulo, atraídos pela descoberta de minas de ouro. Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera,
liderou a primeira bandeira com a intenção de se fixar no território, que saiu de São Paulo em 3 de
julho de 1722.

A região do Rio Vermelho foi a primeira a ser ocupada, onde fundou-se Vila Boa (mais tarde renome-
ada para Cidade de Goiás), que serviu como capital do território durante 200 anos. O processo de
independência de Goiás se deu gradativamente, impulsionado pela formação de juntas administrati-
vas. O desenvolvimento e povoamento do estado deu-se, de forma mais intensificada, a partir da
mudança da capital para Goiânia, na década de 1930, e com a construção de Brasília, em 1960.

Etimologia

A origem do topônimo Goiás (anteriormente, Goyaz) é incerta e necessita de pesquisas mais apro-
fundadas. Usualmente, afirma-se que o termo viria da suposta tribo dos índios Goiases que teria habi-
tado a região próxima à Cidade de Goiás e se extinguido rapidamente.

Entretanto, não há qualquer vestígio físico ou imaterial da existência real de tal tribo.Há apenas rela-
tos distantes, esparsos e divergentes que apontam que haveria um mito entre os indígenas e cabo-
clos vicentinos, principais integrantes das bandeiras que iniciaram a ocupação de Goiás no século
XVIII, dizendo que haveria no interior do continente um povo chamado “Goyá” ou “Guaiana” que pos-
suía cerâmica e agricultura bem desenvolvidas e seriam parentes da Nação Tupi.

Daí o termo “Guaiá”, forma composta de “Gua” e “iá”, que em Tupi significa, entre outras possibilida-
des, "indivíduo igual", "pessoas de mesma origem". Isto nos leva a supor que quando as bandeiras
encontraram ouro na Serra Dourada, próximo à atual cidade de Goiás, o nome mítico "Guaiá" teria
sido empregado para denominar a área pelos indígenas paulistas, que também pertenciam ao grupo
Tupi.

Como os únicos integrantes dos Tupis na região eram os Avá-Canoeiros, podemos concluir que eles
tiveram na realidade contato com esta tribo.

Outra conclusão possível e que seriam Kaiapós.Assim, o topônimo “Goiás” viria de um engano dos
primeiros bandeirantes, motivado pelos mitos dos indígenas que compunham as bandeiras.

O nome Goiás, quando utilizado no meio de uma frase, dispensa o emprego de artigo, similarmente
ao que acontece na designação dos estados de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Alagoas e
de Minas Gerais.

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História

Os registros históricos mais antigos encontrados na região do atual estado de Goiás, foram datados
de cerca de 11 mil anos atrás, o que indica que a ocupação humana na área se iniciou há milhares de
anos. Grande parte dos sítios arqueológicos presentes no estado estão situados em Serranópolis.

Caiapônia e na Bacia do Paranã, abrigados em rochosos de arenito e quartzito, além de grutas de


maciços calcários. Além destes, há fortes indícios de ocupação pré-histórica nos municípios
de Uruaçu e Niquelândia que, juntos, abrigam abundante material lítico do homem pré-histórico, co-
nhecido como "homem Paranaíba".

Município de Goiás em 1830.

Por conseguinte, o "homem Paranaíba" é tido como o primeiro representante humano que viveu na
área, pertencente ao grupo caçador-coletor. Outro grupo caçador-coletor que viveu na região foi o da
"Fase Serranópolis", cujo comportamento foi influenciado por mudanças climáticas, o que fez com
que este passasse a se alimentar de moluscos terrestres e dulcícolas, além de uma quantidade maior
de frutos.

Populações ceramistas também ocuparam o território goiano, em uma época em que o clima e a ve-
getação eram, supostamente, semelhantes aos atuais. Estas populações ceramistas viveram há cer-
ca de dois mil anos, e eram divididos em: Una, Aratu, Uru e Tupi-Guarani

A tradição Una, a mais antiga, habitava abrigos e grutas naturais. Alimentavam-se sobretudo de vege-
tais, e cultivavam milho, cabaça, amendoim, abóbora e algodão. Também foram responsáveis pelo
desenvolvimento da tecnologia da produção de vasilhames cerâmicos.

Os Aratus habitavam grandes agrupamentos, situados em ambientes abertos, principalmente em


matas próximas a rios ou riachos. São os primeiros aldeões conhecidos. Assim como os Una, cultiva-
vam milho, feijão e algodão. Eram responsáveis pela produção de vasilhames cerâmicos de diferen-
tes tamanhos e, confeccionavam rodelas de fusos, utilizados na fiação do algodão, dentre outros
artefatos oriundos da manipulação da argila.

Já a população da tradição Uru só veio chegar ao território do atual estado, muito tempo após os
Aratus. Sua passagem pela pré-história goiana tornou-se conhecida através dos sítios arqueológicos
localizados no vale do Rio Araguaia e seus afluentes, datados do século XII. A mais recente das po-
pulações, os Tupi-Guaranis, é datada de 600 anos atrás. Estes viviam em aldeias superpopulosas,
dispersas na bacia do Alto Araguaia e na bacia do Tocantins.

Período Colonial

Gravura do século XVIII, mostrando bandeirantes.

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Aos tempos do descobrimento do Brasil pelos portugueses, a região do atual estado de Goiás era
habitada pelos índios Avás-canoeiros, tupi-guaranis e tapuias.

A ocupação do território goiano teve início com Catarina Silva e as expedições de aventureiros (ban-
deirantes) provenientes da Capitania de São Paulo. As Bandeiras objetivavam capturar índios que,
por sua vez, serviam como mão-de-obra escrava no desenvolvimento da agricultura e minas, tanto no
"território dos Goyazes" quanto na Capitania de São Paulo.

Além destas, outras expedições saíam do Pará, nas chamadas Descidas com vistas à catequese e ao
aldeamento dos índios da região.

Todas essas expedições tinham como rota o território do atual estado, mas não se dava a criação de
vilas permanentes e nem a manutenção de um notável número de população na região.

Com a descoberta de ouro na área, a ocupação efetiva se consolidou, tornando-se propriamente dita.
Devido à descoberta de ouro em Minas Gerais (próximo à Ouro Preto) e no Mato Grosso (próximo
à Cuiabá) entre 1698 e 1718, acreditava-se que a região também possuía abundância em minérios,
ideia que ganhou força com a crença, de origem renascentista, de que o ouro era mais abundante
quanto mais próximo da Linha do Equador e no sentido leste-oeste. Assim sendo, a busca por ouro
no território se intensificou cada vez mais, fazendo deste o foco das expedições dos Bandeirantes
pela região.

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, construída em 1728 em Pirenópolis. O maior e mais anti-
go patrimônio histórico e eclesiástico, e maior exemplo barroco de Goiás.

Umas das Bandeiras mais importantes recebida pelo território goiano foi a liderada por Francisco
Bueno, a primeira a encontrar ouro nestas terras, em 1682, embora em pequena quantidade. A região
explorada por essa Bandeira estendeu-se das margens do Rio Araguaia até a região do atual municí-
pio de Anhanguera.

Bartolomeu Bueno da Silva, filho de Francisco Bueno e conhecido por Anhanguera (Diabo velho),
também fazia parte desta Bandeira. Segundo registros, Bartolomeu Bueno da Silva interessou-se pelo
ouro que adornava algumas índias de uma tribo, mas não obteve sucesso em obter informações con-
fiáveis sobre a localização exata desse ouro.

Para descobrir a localização, Anhanguera resolveu ameaçar pôr fogo nas fontes e rios da região,
utilizando aguardente para convencer os índios da tribo de que tinhas "poderes" e meios para fazer
isto acontecer. Apavorados, os índios levaram-no imediatamente às jazidas, surgindo assim o apelido
"Anhanguera" (Diabo Velho ou Feiticeiro).

O filho de Anhanguera, também chamado Bartolomeu Bueno da Silva, tentou retornar aos locais onde
seu pai havia passado, 40 anos após o acontecido. Bueno da Silva tinha como objetivo encontrar a
“Serra dos Martírios”, um lugar fantástico onde grandes cristais aflorariam, tendo formas semelhantes
a coroas, lanças e cravos, referentes à “Paixão de Cristo”.

Esse lugar, místico, nunca foi encontrado, mas este acabou chegando às regiões próximas ao rio
Vermelho, onde encontrou ouro em maior quantidade em 1722.Bartolomeu Bueno da Silva acabou
fixando-se na vila de Sant'Anna, em 1727, que mais tarde viria a se tornar a Vila Boa de Goyaz.

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Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1750, em Pirenópolis.

Depois de seu retorno a São Paulo, onde apresentou os achados em terras goianas, Bueno da Silva
foi nomeado capitão-mor das "minas das terras do povo Goiá". Apesar disso, sua influência foi sendo
diminuída a medida que a administração régia se organizava na região. Acusado de sonegação de
rendas, Bueno da Silva perdeu direitos obtidos junto ao rei, falecendo pobre e sem poder em 1740.

O ouro explorado na área era retirado principalmente da superfície dos rios, através da peneiragem
do cascalho, se tornando escasso após 1770. A região passou a viver basicamente da pequena agri-
cultura de subsistência e de algumas atividades relativas à pecuária. Nesta época, as principais regi-
ões de Goiás exploradas pela Capitania de São Paulo eram o Centro-Sul (proximidades dos limites
com São Paulo).

O Alto Tocantins e o Norte da capitania, até os limites da cidade de Porto Nacional (hoje pertencente
ao Tocantins). Estas regiões, entretanto, só viriam a receber ocupação humana intensamente a partir
dos séculos XIX e XX, como resultado da ampliação da pecuária e agricultura.

Separação da Capitania de São Paulo

O atual estado de Goiás foi administrado, no período colonial, pela Capitania de São Paulo, na época
a maior delas, estendendo-se do Uruguai até o atual estado de Rondônia. Todavia, seu poder não era
tão extenso e proeminente, ficando distante das populações e, também, dos rendimentos.

Depois da descoberta de ouro em Goiás, em 1722, os portugueses buscaram aproximar-se da região


produtora, como uma forma de controlar melhor a produção de ouro e evitar o contrabando, além de
servir como uma resposta mais imediata aos ataques dos índios e controlar os conflitos e revoltas
entre os mineradores.

Assim sendo, foi criado através de alvará régio a Capitania de Goiás, desmembrada de São Paulo
em 1744, com a divisão efetivada em 1748. O primeiro governador da então Capitania de Go-
yaz foi Dom Marcos de Noronha, que passou a residir em Vila Boa de Goyaz.

Divisão administrativa do Brasil após a Guerra dos Emboabas.

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Durante a maior parte do período colonial e imperial, os limites territoriais entre as capitanias e pro-
víncias não eram demarcados com exatidão, estando quase sempre definidos pelos limites das paró-
quias ou através de deliberações políticas oriundas do poder central.

Nesse período, Goiás foi uma das administrações a sofrer maiores perdas de território, com diversas
divisões. Duas perdas significativas de território marcaram Goiás na época colonial: O Triângulo Mi-
neiro e o Leste do Mato do Grosso.

A região que hoje corresponde ao Triângulo Mineiro pertenceu à capitania de Goiás, desde sua cria-
ção, em 1744, até 1816, pouco antes da independência brasileira.

A região foi incorporada a Minas Gerais devido a pressões pessoais de integrantes de grupos dirigen-
tes da região. Apesar de ter passado à hegemonia mineira, o Triângulo continuou sofrendo influência
goiana nas suas mais variadas ações, sobretudo na questão política.

Em 1861, a Assembleia Geral sediou uma das maiores discussões políticas à época, entre parlamen-
tares de Minas Gerais e de Goiás, por conta da tentativa mineira de ampliar ainda mais o território de
Minas Gerais, incorporando áreas do Sul Goiano e próximas ao Rio São Marcos, administradas pela
Capitania de Goiás.

As capitanias de Mato Grosso e Goyaz começaram as discussões acerca de seus limites territoriais
em 1753. Como resultado das discussões, ficou definido que o limite entre as duas capitanias seria a
partir do Rio das Mortes até o Rio Pardo, sendo que este último seria usado como o último limite entre
as duas, por sua localização quase na fronteira do Brasil com Bolívia. Em 1838, o Mato Grosso reini-
ciou as movimentações de contestação de limites territoriais, criando a vila de Sant'Ana do Paranaí-
ba, próximo ao limite pré-estabelecido com Goiás.

O caso foi tratado pela Assembleia Geral apenas em 1864, que criou uma legislação específica para
o entrave. A situação perdurou até a República Velha, com a criação do município
de Araguaia em 1913 por parte do Mato Grosso, e criação de Mineiros por parte de Goiás, o que cul-
minou no agravamento do conflito.

A questão ficou em suspenso até 1975, quando uma nova demarcação foi efetuada, durante
o Regime militar. A decisão final veio em 2001, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) demarcou,
por definitivo, a nascente "A" do Rio Araguaia como ponto de partida das linhas demarcatórias entre
os dois estados, resultando em perda territorial para Goiás.

Império

Expedição brasileira para Mato Grosso: Acampamento da divisão expedicionária nas matas virgens
de Goiás, na altura do Rio dos Bois.

De 1780 em diante, a Capitania de Goiás iniciou um processo de ruralização e regressão a uma eco-
nomia de subsistência, devido ao esgotamento das jazidas auríferas, o que causou graves problemas
financeiros, pela ausência de um produto básico rentável.

Os portugueses agiram ativamente para tentar reverter essa situação, incentivando e promovendo a
agricultura na região.

Todavia, a ação não gerou resultados positivos, já que os agricultores temiam o pagamento de dízi-
mos. Outros motivos que contribuíram para o fracasso da iniciativa foi a ausência de um mercado
consumidor, dificuldade de exportação sobretudo pela ausência de um sistema viário - e a falta de
interesse dos mineiros pelo trabalho agrícola, pouco rentável.

Mapa da Província de Goiás, 1874. Arquivo Nacional.

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Quando o Brasil conquistou a independência, em 1822, a Capitania de Goyaz foi elevada à categoria
de província. Porém, essa mudança pouco alterou a realidade socioeconômica de Goiás, que ainda
enfrentava um quadro de pobreza e isolamento geográfico. Poucas mudanças ocorreram, sendo a
maioria de ordem política e administrativa.

A expansão da pecuária em Goiás alcançou relativo êxito nas três primeiras décadas do século XIX,
resultando em um significativo aumento populacional, principalmente no sul da província.A maioria
dos migrantes que chegavam ao estado, vinham de outras províncias próximas, como Grão-Pará,
Maranhão Bahia e Minas Gerais.

Com essa migração, surgiram novas localidades, que logo tornaram-se cidades: no sudoeste goia-
no, Rio Verde, Jataí, Mineiros, Caiapônia (então Rio Bonito), Quirinópolis (então Capelinha), entre
outras.

O norte da província também mudou consideravelmente com o aumento populacional. Além do sur-
gimento de novas cidades, as que já existiam (Imperatriz, Palma, São José do Duro, São Domin-
gos, Carolina e Arraias, ganharam novo impulso.

O poder central, apesar de distante, ainda exercia amplo poder sobre a região, pois detinham a livre
escolha dos presidentes de província e outros cargos de importância política - todos de nacionalidade
portuguesa - descontentando os grupos locais.

Após a abdicação de D.Pedro I, Goiás experimentou um movimento nacionalista liderado pelo padre
Luiz Bartolomeu Marquez, pelo bispo Dom Fernando Ferreira e pelo coronel Felipe Antônio. De ime-
diato, o movimento recebeu o apoio das tropas, conseguindo depor todos os portugueses que ocupa-
vam cargos públicos em Goiás, entre eles, o presidente da província.

Vários partidos foram fundados na província por grupos locais insatisfeitos com a influência exercida
pelo governo central. Nas últimas décadas do século XIX, surgiram os partidos O Liberal, em 1878, e
o Conservador, em 1882. Jornais também foram fundados, usados principalmente como meio de
difusão das ideias destes partidos, entre eles Tribuna Livre, Publicador Goiano, Jornal do Comércio,
Folha de Goyaz e O Libertador. Com isso, representantes próprios foram enviados à Câmara Alta,
fortalecendo grupos políticos locais e lançando as bases para as futuras oligarquias.

O jornal O Libertador havia sido fundado pelo poeta goiano Antônio Félix de Bulhões, e usado por
este como meio de divulgação de seus ideais abolicionistas. Félix de bulhões também promoveu fes-
tas para angariar fundos, com o objetivo de alforriar escravos, e compôs o Hino Abolicionista Goiano.

Com a sua morte, em 1887, várias sociedades emancipadoras se uniram e fundaram a Confederação
Abolicionista Félix de Bulhões. Aproximadamente 4 mil escravos viviam em Goiás, à época da pro-
mulgação da Lei Áurea, sancionada em 13 de maio de 1888.

O ensino educacional em Goiás foi regulamentado em 1835, pelo presidente da província, José Ro-
drigues Jardim. Em 1846, foi criado na então capital, Cidade de Goiás, o Liceu, que contava com o
ensino secundário.

À época, jovens do interior de família classe média-alta e alta concluíam seus estudos em Minas Ge-
rais e faziam curso superior em São Paulo, e os de família menos abastada, encaminhavam-se para
a escola militar ou seminários. No entanto, a maioria da população permanecia analfabeta. Somente
em 1882 foi criada a primeira Escola Normal de Goiás, na capital deste.

República

Município de Goiás em 1903

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Município de Catalão em 1892

O Brasil passou ao regime republicano em 15 de novembro de 1889, fazendo de Goiás um estado.


Entretanto, pouco se modificou na unidade administrativa em termos socioeconômicos, em especial
pelo isolamento resultante da carência dos meios de comunicação.

Aliado a isso, a ausência de centros urbanos e de um mercado interno, além de uma economia de
subsistência, também contribuíram para os problemas enfrentados pela população goiana. Apenas
mudanças administrativas e políticas foram vistas.

A primeira fase da República no Brasil, que durou desde sua proclamação até 1930, acentuou a dis-
puta entre as elites oligárquicas de Goiás pelo poder político. Os principais grupos de elite eram os
Bulhões, os Fleury, e os Jardim Caiado, que exerciam influência nas mais diversas atividades do
estado.

Os Bulhões apresentaram forte influência sobre a política do estado até por volta de 1912, com sua
liderança maior em José Leopoldo de Bulhões, sucedidos pela elite oligárquica dos Jardim Caiado,
liderada por Antônio Ramos Caiado, com seu poder exercido até 1930.

Um dos meios de desenvolvimento advindos da mudança para o período republicano, de forma ime-
diata, foi a instalação do telégrafo em 1891, usado para a transmissão de notícias. Posteriormente, a
estrada de ferro em território goiano, que chegou no início do século XX, também foi de grande impor-
tância para a urbanização na região e a ligação com outras partes do país, facilitando a produção de
arroz para exportação.

Entretanto, a estrada de ferro não se estendeu até a cidade de Goiás, capital estadual à época, assim
como não se prolongou ao norte do estado, devido principalmente a falta de recursos financeiros.
Essas regiões permaneciam praticamente incomunicáveis. A pecuária, predominante na parte sul,
passou a ser o setor mais importante da economia.

Com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à Presidência do Brasil, foram registradas alte-
rações no cenário político estadual. Getúlio Vargas destituiu os governadorese nomeou um governo
provisório composto por três membros.

O Dr. Pedro Ludovico Teixeira foi nomeado em Goiás, passando a ser interventor do estado dias
após sua primeira nomeação.Outra iniciativa surgida como resultado da revolução foi um plano de
ação adotado pelo governo nacional, para levar desenvolvimento a alguns estados interioranos do
país, entre os quais Goiás, que recebeu investimentos nas áreas do transporte, educação, saúde e
exportação. O plano de ação de desenvolvimento em Goiás previa uma outra medida para alcançar o
objetivo: A mudança da capital estadual e construção da futura capital.

Construção de Goiânia

Cartaz publicitário anunciando a venda de lotes em Goiânia, à época da construção da cidade.

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Os ideais de "progresso e desenvolvimento", levantados durante a revolução de 1930, foram os prin-


cipais impulsionadores da mudança da capital goiana, proposta que já havia sido pensada em gover-
nos anteriores, mas que nunca havia sido habilitada em parte por falta de apoio do governo nacional.

A região onde se encontra a atual capital foi escolhida por apresentar melhores condições hidrográfi-
cas, topográficas, climáticas e pela proximidade da estrada de ferro.

No dia 24 de outubro de 1933, lançou-se o projeto de construção e mudança da sede do governo do


estado de Goiás, sendo que dois anos depois, em 7 de novembro de 1935, a mudança provisória da
nova capital foi iniciada. Para escolher o nome da nova capital, foi promovido um concurso, adminis-
trado pelo semanário "O Social". O nome escolhido foi "Goiânia", conforme sugerido pelo profes-
sor Alfredo de Castro.

Pedro Ludovico, então governador do estado, assina o decreto que determina a transferência da capi-
tal de Goiás.

Em 23 de março de 1937, a mudança da capital para Goiânia foi finalizada. O município de Goiás
perdeu o posto de sede estadual por meio do Decreto 1.816 daquele ano.

Cinco anos após sua instalação definitiva como capital, Goiânia já registrava 15 mil habitantes, atraí-
dos principalmente do norte de Goiás e de estados próximos, como Minas Ge-
rais, Piauí, Bahia e Maranhão.

Goiás experimentou um crescimento acelerado em vários setores, a partir de 1940, resultado de polí-
ticas adotadas tanto pelo governo estadual quanto pelo governo nacional, como o desbravamento do
Mato Grosso Goiano, a campanha nacional de "Marcha para o Oeste" com a finalidade de povoação
de áreas do interior do Brasil e a construção de Brasília, que viria a ser a nova capital nacional, assim
como ocorrido com Goiânia.

A imigração no estado se intensificou, a urbanização e o êxodo rural foram estimuladas, e a agrope-


cuária se espalhou para outras partes do território, que não fossem apenas o sul. Entretanto, assim
como outras partes do país, a industrialização ainda era recorrente e a economia era quase que inte-
gralmente dependente do setor primário (agricultura e pecuária), com a vigência do sistema latifundiá-
rio.

Em contrapartida, como meio de estimular o desenvolvimento de outras áreas econômicas no estado


(principalmente a industrialização), foram criados o Banco do Estado e a Centrais Elétricas de Goiás
(CELG), na década de 1950. A continuação dessa inciativa se deu no governo de Mauro Borges Tei-
xeira, que governou Goiás entre 1960 e 1964.

Mauro Borges Teixeira também procurou descentralizar a economia, elaborando outro projeto, cha-
mado de "Plano de Desenvolvimento Econômico de Goiás", que funcionou como uma diretriz onde se
abrangia áreas de agricultura e pecuária, transportes e comunicações, energia elétrica, educação e
cultura, saúde e assistência social, levantamento de recursos naturais e turismo.

Nesta época várias autarquias e paraestatais foram criadas, entre elas o Consórcio de Empresas de
Radiodifusão e Notícias do Estado (CERNE), a Organização de Saúde do Estado de Goiás (OSEGO),
a Escola de Formação de Operadores de Máquinas Agrícolas e Rodoviárias (EFOMARGO), a Caixa
Econômica do Estado de Goiás (CAIXEGO), o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do
Estado de Goiás (IPASGO), a Superintendência de Planejamento (SUPLAN), a Escola Superior de
Educação Física de Goiás (ESEFEGO), Centro Penitenciário de Atividades Industriais de Goiás (CE-

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PAIGO), Instituto de Desenvolvimento Agrário de Goiás (IDAGO), Departamento de Estradas de Ro-


dagem de Goiás (DERGO), Indústria Química do Estado de Goiás (IQUEGO) e outras instituições.

Geografia

Vale do Rio Preto, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

Morro Cabeludo, no Parque Estadual dos Pirineus

Relevo

O estado de Goiás está localizado no Planalto central brasileiro, entre chapadas, planaltos, depres-
sões e vales.

Há bastante variação de relevo no território goiano, onde ocorrem terrenos cristalinos sedimentares
antigos, áreas de planaltos bastante trabalhadas pela erosão, bem como chapadas, apresentando
características físicas de contrastes marcantes e beleza singular. As maiores altitudes localizam-se a
leste e a norte, na Chapada dos Veadeiros (1.784 metros), na Serra dos Cristais (1.250 metros) e
na Serra dos Pireneus (1.395 metros). As altitudes mais baixas ocorrem especialmente no oeste do
estado.

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Clima

O clima é tropical semiúmido. Basicamente, há duas estações bem definidas: a chuvosa, que vai de
outubro a abril, e a seca, que vai de maio a setembro.

A média térmica é de 26 °C, e tende a subir nas regiões oeste e norte, e a diminuir nas regiões sudo-
este, sul e leste. As temperaturas mais altas são registradas entre setembro e outubro, e as máximas
podem chegar a até 40 °C. As temperaturas mais baixas, por sua vez, são registradas entre maio e
julho, quando as mínimas, dependendo da região, podem chegar a até 9 °C.

A tipologia climática tropical se faz presente na maior parte do estado, apresentando invernos secos e
verões chuvosos. As temperaturas variam de região para região; no sul giram em torno dos 20 °C
aumentando ao norte para 25 °C.

O índice de chuvas segue o regime das temperaturas. A oeste do estado o índice atinge 1.800 mm
anuais diminuindo no sentido leste para 1.500mm/ano. Em parte do estado, mais precisamente no
planalto de Anápolis e Luziânia ocorre o clima tropical de altitude com temperaturas médias anuais
baixas, porém, a precipitação ocorre da mesma forma que no restante do estado.

Fauna

Parque Nacional das Emas

A fauna em Goiás é riquíssima, destacando-se animais de variadas espécies, co-


mo capivaras e antas, as margens de rios e riachos. Nas matas: onças, tamanduás, macacos e ani-
mais típicos do cerrado, como a ema e a seriema. Pássaros de variadas espécies enriquecem a fau-
na goiana, além de peixes e anfíbios nos rios e lagos espalhados em todo o estado.

Para proteger as florestas, a flora e a fauna, foram criados pelo Governo parques e reservas flores-
tais, onde são proibidas a pesca, a derrubada das árvores e a caça.

Os principais parques de proteção ambiental no estado são o Parque Nacional das Emas, situado no
município de Mineiros, no sul do estado, e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, nos muni-
cípios de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante.

Vegetação

Ipê-amarelo, em Goiânia.

Com exceção da região do Mato Grosso Goiano, onde domina uma pequena área de floresta tropical
em que existem árvores de grande porte aproveitadas pela indústria, como o mogno, jequitbá e pe-
roba, o território goiano apresenta a típica vegetação do Cerrado. Arbustos altos e árvores de galhos
retorcidos de folha e casca grossas com raízes profundas formam boa parte da vegetação. Municí-

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pios como Goiânia, Anápolis, bem como diversos outros localizados no sul do estado possuem estrei-
tas faixas de floresta Atlântica, as quais, na maioria das vezes, cobrem margens de rios e grandes
serras.

Ao contrário das áreas de caatinga do Nordeste brasileiro, o subsolo do cerrado apresenta água em
abundância, embora o solo seja ácido, com alto teor de alumínio, e pouco fértil. Por esse motivo, na
estação seca, parte das árvores perde as folhas para que suas raízes possam buscar a água presen-
te no subsolo.

Exemplos de árvores do cerrado são: lobeira, mangabeira, pequizeiro, e de algumas plantas medici-
nais, como a caroba e a quineira.

Hidrografia

Rio Araguaia em agosto de 2004.

Goiás é banhado por quatro bacias hidrográficas: a Bacia do rio Paraná, a Bacia do Tocantins,
a Bacia do rio Araguaia e uma pequena porção da Bacia de São Francisco à leste do estado. Os
principais rios são: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paranã, dos Bois, das
Almas, Vermelho, Verdão e Maranhão.

Lagos e Lagoas

Lagoa Feia – Nasce cachoeiras do Rio Preto, perto de Formosa.

Lagoa Formosa –Mora No município de Planaltina, próximo de Brasília.

Lagoa Piratininga – As águas quentes, no município de Caldas Novas.

Lagoa dos Tigres – Suas águas vêm do Rio Água Limpa, desaguando no Rio Vermelho, no município
de Britânia.

Lagoa Santa (Goiás) – Suas águas são consideradas medicinais, com temperatura elevada e de alto
teor sulfúrico.

Lago do Ribeirão ou Lago Caçu - No município de Caçu, formado pelo represamento pelo Rio Claro.

Lagoa Bonita – Ou Lagoa Mestre D’Armas, perto da cidade de Planaltina.

Lago Azul – No município de Três Ranchos.

Lago Azul - Município de Mara Rosa

Lago do Acará – No município de Britânia (Goiás), deságua no Rio Araguaia.

Lago de Cachoeira Dourada – Formado pelo represamento do Rio Paranaíba para a hidrelétrica Ca-
choeira Dourada.

Lago do Rio Verdinho - Entre os municípios de Caçu e Itarumã, formado pelo represamento do Rio
Verde

Lago do Iú – No município de Jussara.

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GOIÁS

Lago de Serra da Mesa - Nos municípios de Niquelândia, Minaçu e Uruaçu, maior lago de Goiás e
do Brasil em volume de água.

Lago de Cana Brava - Nos municípios de Minaçu e Cavalcante.

Lago das Brisas - Nos municípios de Itumbiara e Buriti Alegre, formado pelo represamento da 7ª mai-
or usina hidreletrica do Brasil, a usina de Itumbiara.

lago Por do sol- Iporá importante espaço sociocultural do município e região

Meio ambiente

Cachoeira do Abade, em Pirenópolis

A expansão da agropecuária tem causado graves prejuízos ao cerrado goiano. As matas ciliares es-
tão sendo destruídas e as reservas permanentes sendo desmatadas, para ceder espaço para o gado
bovino e as plantações. Na região de nascentes do Rio Araguaia, a implantação de pastagens fez
surgir inúmeros focos de erosão provocados pelo desmatamento, causando as voçorocas (valetas
profundas causadas pela erosão), praticamente incontroláveis, que atingem o lençol freático. Algumas
dessas valas chegam a medir 1,5 km de extensão, por 100 m de largura e 30 m de profundidade.

Esse quadro desolador, aliado ao assoreamento dos rios, tem feito com que Goiás enfrente sérios
problemas de abastecimento de água, uma situação que se torna grave nos períodos de estiagem
prolongada. A vazão das nascentes de águas, em 1999, alcançou os mais baixos níveis desde 1989,
de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, fazendo com que o governo já pense na possibilidade
de adotar racionamento de água para as cidades mais populosas, como é o caso
de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.

Demografia

De acordo com o censo de 2010 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Goiás contava com 6 154 996 habitantes, fazendo deste o estado mais populoso da Região Centro-
Oeste. Segundo estimativas do mesmo instituto, em 2015 a população atingiu 6 610 681 habitantes.

O crescimento demográfico no estado acentuou-se após a fundação das cidades de Goiânia,


em 1933, e Brasília, em 1960. Atualmente a taxa de crescimento demográfico em Goiás é maior do
que a média nacional brasileira. Em 2010 a densidade demongráfica era de 17,20 hab/km². O territó-
rio goiano é marcado tanto por vazios demográficos quanto por regiões de alta concentração popula-
cional. As áreas mais densamente povoadas do estado são a Região Metropolitana de Goiânia, com
cerca de 2 milhões de habitantes, Microrregião de Anápolis, com mais de meio milhão de habitantes,
e o Entorno do Distrito Federal, com um pouco mais de 1 milhão de habitantes.

Religiões

Religiões em Goiás (2010)

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GOIÁS

Catolicismo Romano (58.89%)

Protestantismo (28.07%)

Sem religião (8.11%)

Espiritismo (2.46%)

Testemunhas de Jeová(0.67%)

Outras religiões cristãs (1.01%)

Outras religiões (0.79%)

Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 58,89% da popu-
lação do estado era católica romana, 28,07% eram evangélicos, 8,11% não tinha religião, 2,46%
eram espíritas, 0,67% Testemunhas de Jeová, 1,01% outras religiosidades cristãs (que incluem Igreja
Católica Apostólica Brasileira, Igreja Ortodoxa, mórmons e outras) e 0,79% de outras religiões.

A maioria da população protestantes em Goiás é pentecostal, cerca de 18,99%. 1,15% são batistas,
0,78% presbiterianos, 0,67% adventistas os demais grupos (luteranos, congregacionais e metodis-
tas e outras igrejas de missão) constituem juntos 0,19% da população do estado e 6,28% não possu-
em denominação.

Entre os pentecostais o maior grupo são as Assembleias de Deus com 10,62% da população do Es-
tado, seguida pela Congregação Cristã no Brasil com 1,37% da população goiana e Igreja Universal
do Reino de Deus com 1,07% da população.

Composição Étnica

Os primeiros habitantes de Goiás foram as populações das diversas nações indígenas que ocupavam
praticamente todo o atual território do Estado. Pesquisas estimam que 550 gerações de povos ameri-
canos viveram por aqui ao longo do tempo, até que, por volta de 1700, começaram a aparecer os
primeiros colonizadores brancos, os primeiros negros e os primeiros cafuzos, caboclos e mestiços.

Apesar dessa aparente diversidade, daquele período até o início do século XIX, Goiás era uma uni-
dade cuja população era esmagadoramente negra - principalmente, levando em consideração que os
indígenas, a essa altura, se dividiam em três destinos: parte havia sido exterminada, parte fazia guer-
ra contra o colonizador e parte vivia em aldeamentos oficiais. O recenseamento de 1804, o primeiro
oficial, mostrou que 85,9% dos goianos eram "pardos e pretos".

Esse perfil só vai ser alterado gradativamente na passagem da sociedade mineradora para a socie-
dade agropastoril, que vai promover uma nova ocupação do Estado ao longo do século XIX e metade
do século XX, com correntes migratórias de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Pará. Esses movimen-
tos vão promover uma ampla mestiçagem, constituindo, de certa forma, o perfil do habitante do cerra-
do, o sertanejo goiano.

Desse total de habitantes, 3,7 milhões são nascidos em Goiás e 1,3 milhão são nascidos em outros
Estados. Desses últimos, 331 mil são de Minas Gerais; 188 mil, da Bahia; 129 mil, do Distrito Federal;
88 mil, do Maranhão; 78 mil, de São Paulo; 73 mil, de Piauí; e 70 mil, do Tocantins. Graças a esses
imigrantes, hoje o goiano tem sangue holandês e francês.

A população indígena em Goiás ultrapassa 10 mil habitantes. 39.781 hectares perfazem a soma das
quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado - três da quais se encontram demarcadas
pela Funai. Tais áreas localizam-se nos seguintes municípios: Aruanã, Cavalcante, Colinas do
Sul, Minaçu, Nova América e Rubiataba, sendo que a maioria da população considerada parda, pos-
sui ancestrais indígenas.

De acordo com estudo genético autossômico de 2008, a composição (ancestralidade) da população


de Goiás como um todo encontrar-se-ia assim descrita: 83,70% Europeia, 13,30% Africana e 3,0%
Indígena.

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GOIÁS

Política

Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, a residência oficial do governador

Goiás é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado pe-
lo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, e o judici-
ário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e outros tribunais e juízes. Também é
permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.

Goiânia é o município com o maior número de eleitores, com 958,4 mil destes. Em seguida aparecem
Aparecida de Goiânia, com 277,6 mil eleitores, Anápolis, com 260,2 mil eleitores, Luziânia (117,7 mil
eleitores), Rio Verde (114,8 mil eleitores) e Águas Lindas de Goiás, Trindade e Itumbiara, com 85,9
mil, 77,2 mil e 65,1 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é
Anhanguera, com 1,1 mil.

Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação
no estado.Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em
dados de abril de 2016, o partido político com maior número de filiados em Goiás é o Partido do Mo-
vimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 140 310 membros, seguido do Partido da Social Demo-
cracia Brasileira (PSDB), com 79 305 membros e do Partido Progressista (PP), com 56 604 filiados.
Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão
o Partido dos Trabalhadores (PT), com 47 173 membros; e o Democratas (DEM), com 45 643 mem-
bros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido da Causa
Operária (PCO) são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com
27 e 59 membros, respectivamente.

Órgãos e Empresas Governamentais

CELG – Celg Distribuição S/A, empresa pública responsável pela transmissão e distribuição de ener-
gia elétrica no Estado.

Saneamento de Goiás – SANEAGO –, órgão responsável encarregado dos serviços de saneamento


básico.

CEASA – Órgão que tem ligação direta com os horticultores, granjeiros e fruticultores em Goiás.

IPASGO – Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado Goiás que é um sistema
de saúde para os trabalhadores do estado.

DETRAN – GO – Departamento de Trânsito de Goiás, atua em relação ao trânsito do estado, como


multas.

IQUEGO - Indústria Química do Estado de Goiás, responsável pela produção de medicamentos para
a distribuição pelo SUS.

METROBUS - Administradora do BRT Eixo Anhanguera de transporte público, em Goiânia.

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GOIÁS

Subdivisões

Mapa do estado de Goiás.

O estado de Goiás é divido estatisticamente em cinco mesorregiões, dezoito microrregiões e 246


municípios segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mesorregiões

Microrregiões

Municípios

Por população

Por PIB

Por área

Economia

A composição da economia do estado de Goiás está baseada na produção agrícola, na pecuária, no


comércio e nas indústrias de mineração, alimentícia, de confecções, mobiliária, metalurgia e madeirei-
ra. Agropecuária é a atividade mais explorada no estado.

Estas tendências do estado pode ser exemplificada por sua pauta de exportações que, em 2012, se
baseou em Soja (21,59%), Milho (12,17%), Farelo de Soja (9,65%), Minério de Cobre (8,51%) e Car-
ne Bovina Congelada (7,90%).

Plantação de Alho em Goiás.

A agropecuária é a atividade mais explorada no estado e umas das principais responsáveis pelo rápi-
do processo de agro - industrialização que Goiás vem experimentando. Privilegiado com terras férteis,
água abundante, clima favorável e um amplo domínio na tecnologia de produção, o estado é um dos
grandes exportadores de grãos, além de possuir um dos maiores rebanhos do país.

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A criação pecuária compreende 18,6 milhões de bovinos, 1,9 milhões de suínos, 49, 5 mil bufalinos,
além de equinos, asininos (jumentos, mulas e burros), ovinos e aves. Detém o 3º maior rebanho de
gado bovino do país. Em Goiás, a pecuária está experimentando crescimento extraordinário, forne-
cendo, além da produção do leite, outros derivados como carne, couro, lã e pele.

O estado é rico em reservas minerais. O subsolo goiano apresenta grandes variedades de minérios,
que dá condições economicamente muito favoráveis. Sendo os principais minérios
o níquel, manganês, calcário e o fosfato, sendo os principais municípios minerado-
res Niquelândia, Barro Alto e Catalão.O estado produz também água mineral, amianto, calcário, ouro,
esmeralda, cianeto, manganês, nióbio e vermiculita.

Setor Secundário

Mitsubishi em Catalão.

Em maio de 2000, o governo do estado assinou um convênio com uma empreiteira para a construção
do primeiro trecho da Ferrovia Norte-Sul em território goiano. Com uma extensão de 1391 km, en-
tre Belém e Senador Canedo, a obra representara uma expressiva economia com fretes, se compa-
rando com o valor gasto com transporte feito por caminhões.

O governo estadual também está considerando a possibilidade de viabilizar a construção de um ramal


da Leste - Oeste, na região sudoeste do estado, maior área de produção de grãos, para facilitar o
escoamento da produção para os centros de consumo do Sul e Sudeste do País.

Em 2000, foi criado em Anápolis um polo farmoquímico, responsável pela produção de matérias-
primas para a indústria de medicamentos, uma vez que o município já contava com um pó-
lo farmacêutico.

A instalação dos novos laboratórios farmoquímicos, composto de oito laboratórios farmacêuticos de


médio e grande porte já instalados no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), contribui para a ex-
pansão do setor, um reflexo direto da aprovação da Lei dos Medicamentos Genéricos, que possibili-
tou aos laboratórios ampliarem sua participação no mercado interno.

O estado tem se tornado um importante pólo automotivo. Nos últimos anos o estado tem atraído a
instalação de novas montadoras de automóveis no Brasil. Já possui duas montadoras instaladas - a
japonesa Mitsubishi (MMC) na cidade de Catalão e a sul-coreana Hyundai (Grupo CAOA) em Anápo-
lis.

Em maio de 2011 foi assinado protocolo de intenção para a construção e instalação de uma unidade
da montadora de automóveis japonesa Suzuki Motors

Hotéis de Caldas Novas.

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GOIÁS

Turismo

O turismo em Goiás é muito cosmopolitano, como as belezas naturais, como águas termais, locais
intocados pelo homem do cerrado, grutas, cachoeiras, e temos também o turismo histórico, como
em Pirenópolis e Cidade de Goiás, com seus monumentos históricos, e temos as festas tradicionais
como ocorre em Pirenópolis, que é o caso das cavalhadas de Pirenópolis e a Festa do Divino de Pi-
renópolis.

O principal centro turístico de Goiás é Caldas Novas, pelas suas águas termais, e Caldas é o 10°
ponto mais visitado no Brasil.

Infraestrutura

Saúde

Conforme dados de 2009, existiam no estado 3 011 estabelecimentos hospitalares, com 15 271 lei-
tos. Destes estabelecimentos hospitalares, 1.577 eram públicos, sendo 1.547 de caráter municipais,
19 de caráter estadual e 11 de caráter federal.1.434 estabelecimentos eram privados, sendo 1.369
com fins lucrativos e 65 sem fins lucrativos. 52 unidades de saúde eram especializadas, com interna-
ção total, e 2.200 unidades eram providas de atendimento ambulatorial.

Em 2005, 77% da população goiana tinha acesso à rede de água, enquanto apenas 36,6% tinha
acesso à rede de esgoto sanitário.Em 2009, verificou-se que o estado tinha um total de 393,1 habi-
tantes por leitos hospitalares e, em 2005, registrou-se 11,4 médicos para cada grupo de 10 mil habi-
tantes. A mortalidade infantil é de 18,9 a cada mil nascimentos, de acordo com dados de 2008.

Uma pesquisa promovida pelo IBGE em 2008 revelou que 75,8% da população do estado avalia
sua saúde como boa ou muito boa; 66,8% da população realiza consulta médica periodicamente;
40,6% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 9,7% da população esteve internada em
leito hospitalar nos últimos doze meses.

Ainda conforme dados da pesquisa, 31,6% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e
24,8% possuíam plano de saúde. Pouco mais da metade dos domicílios particulares no estado são
cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família: 52,4%

Na questão da saúde feminina, 36,6% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das
mamas nos últimos doze meses; 49,1% das mulheres entre 50 e 69 anos fize-
ram exame de mamografia nos últimos dois anos; e 80% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram
exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três anos.

Educação

Com 3.512 estabelecimentos de ensino fundamental, 1.960 unidades pré-escolares, 866 escolas de
nível médio e 29 instituições de nível superior, a rede de ensino do estado é a mais extensa do Cen-
tro-Oeste do país.Ao total, são 1 317 028 matrículas e 66 902 docentes registrados.

O fator "educação" do IDH no estado atingiu em 2005 a marca de 0,891 – patamar consideravelmente
médio, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi
de 8,6%, superior às porcentagens verificadas em 11 estados brasileiros.A taxa de analfabetismo
funcional é de 19,7% da população.

Goiás possui várias instituições educacionais, sendo que as mais renomadas delas estão localizadas
principalmente na Região Metropolitana de Goiânia e em Anápolis. Na lista de estados brasileiros por
taxa de alfabetismo, Goiás aparece em décimo quarto lugar, com 9,6% de sua população analfabeta
e 21,4% analfabeta funcional.Esses dados colocam Goiás logo acima de Rondônia e atrás do Espírito
Santo, exatamente na metade da lista.

As cidades que mais se destacaram em educação segundo o IDEB são: Anápolis, Itumbiara, Rio
Verde, São Luís de Montes Belos, Cristalina, Formosa, Jataí, Caldas Novas, Bom Jesus de Goi-
ás, Morrinhos, Aparecida de Goiás, Porangatu Niquelândia e Novo Gama. Todas essas cidades fica-
ram acima da média esperada pelo IDEB.

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Instituto Federal Goiano na cidade de Urutaí

As instituições públicas de ensino superior são as seguintes: Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG) e Instituto Federal Goiano
(IFGoiano). Em 2018, o campus da UFG foi desmembrado para a criação da Universidade Federal de
Jataí (UFJ) e Universidade Federal de Catalão (UFCat), após articulação da bancada goiana, com o
senador Wilder Morais na sub-relatoria da comissão que iniciou os trabalhos para a conversão em
universidades independentes.

As mais notáveis instituições privadas de ensino superior são as seguintes: Universidade Paulista
(UNIP), Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo (IUESO), Instituto Luterano de Ensino Superi-
or de Itumbiara (ILES/ULBRA), Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA), Faculdade Ara-
guaia, Faculdades e Colégio Aphonsiano.

Faculdade Aliança de Itaberaí (FAIT), Faculdade Cambury, Faculdade Estácio de Sá de Goiás (FES-
GO), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Universidade Salgado de Oliveira (UNI-
VERSO), Universidade Paulista (UNIP), Faculdade Alves Faria (ALFA), UniEvangélica, Faculdade do
Instituto Brasil (Fibra), Universidade Anhanguera (Uni-Anhanguera), Faculdade Sete de Setembro,
Faculdade Padrão.

Centro de Ensino Superior de Catalão (CESUC), Faculdade Educacional de Ciências Humanas de


Anicuns(FECHA), Centro de Ensino Superior de Jataí (CESUT), Instituto de Ensino Superior de Rio
Verde - Faculdade Objetivo (IESRIVER), Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES), Faculdade
Quirinópolis (FAQUI), Faculdade Mineirense, Fundação Almeida Rodrigues (FAR), Faculdade de
Caldas Novas (UNICALDAS), Faculdade de Goiás (FAGO), Faculdade do Norte Goiano (FNG), Fa-
culdade Montes Belos (FMB), Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba (FAFICH),
Faculdade Sul-americana (FASAM) e Universidade de Rio Verde (UNIRV), Faculdade Alfredo Nasser
(UNIFAN).

Transportes

Trecho concomitante com a BR-060em Goiânia, na saída para Terezópolis de Goiás e Anápolis.

Goiás possui uma extensa malha viária. Conta com 3.400 km de rodovias federais, 18.610 quilôme-
tros de rodovias estaduais e 64.690 quilômetros de rodovias municipais, o que totaliza 86.700 quilô-
metros de rodovias, dos quais somente 7.822 são pavimentados. A BR-050 que passa por Catalão, e
liga cidades como Brasília, Uberlândia, Uberaba e Santos é uma das rodovias federais que passa
pelo o estado. A BR-153 corta o estado de Norte a Sul, ligando Itumbiara, na divisa com Minas Ge-
rais, a Porangatu, na divisa com Tocantins. A BR-040 que liga Brasília a Belo Horizonte e ao Rio de
Janeiro conecta também, por sua vez, diversos municípios goianos como Cristalina, Luziânia, Valpa-
raíso de Goiás. Outras rodovias dignas de destaque são a BR-060 que liga Brasília a Goiânia e

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ao Mato Grosso do Sul, cortando o Sudoeste goiano; e a BR-070, que liga Brasília a Aragarças e
ao Mato Grosso.

Atualmente o transporte ferroviário é pouco utilizado em Goiás, o Estado possui um trecho de linha
férrea que interliga parte de Minas Gerais ao Sudeste de Goiás e um outro trecho que interliga o Su-
deste Goiano à capital Goiânia passando por Senador Canedo.

Cidade na qual possui grande distribuidoras petrolíferas e abatedouros de grande porte junto a mar-
gem dessa ferrovia. Mas este quadro pode mudar já que o Governo Federal começou as obras
da Ferrovia Norte-Sul com grande parte já pronta em Goiás, despontando do recém-criado Porto Se-
co de Anápolis em direção ao Tocantins lado norte e lado sul indo em direção a Minas Gerais. A Fer-
rovia Norte-Sul está em construção desde 1985.

Há apenas uma hidrovia no Rio Paranaíba e o principal porto dela é o de São Simão que faz parte
da Hidrovia Paraná-Tietê.

O trafego aéreo de Goiás conta com vários aeroportos sendo o mais movimentado o Santa Genove-
va, em Goiânia. Em Anápolis foi construída a Base Aérea para aviões supersônicos. As companhias
aéreas que servem Goiás são: "TRIP + TOTAL", "TAM", "GOL", "Azul", "Passaredo", "Oceanair" e
"SETE" além de algumas companhias que fazem o serviço de táxi aéreo.

Cultura

Artes

A cantora Wanessa é natural do estado.

Muitos são os nomes que se destacam e projetam na área artística em Goiás. A área musical é de
maior alcance, com vários cantores, duplas e bandas com origem no estado, nos mais variados esti-
los, mas especialmente no sertanejo. Entre estes, destacam-se Jorge & Mateus, Zezé Di Camargo e
Luciano, Leandro e Leonardo, Amado Batista, Guilherme e Santiago, Bruno e Marrone, Humberto e
Ronaldo, Chrystian e Ralf e João Neto e Frederico, Cristiano Araújo, Wanessa Camargo Alok, Marce-
lo Barra, Leo Jaime, Odair José e Hungria Hip-Hop. Entre as bandas, pode-se citar: Banda
Uó e Leticia.

Na área do cinema, teatro e televisão, algum artista nacional tem sua origem no estado, entre os
quais: Stepan Nercessian, Carolina Ferraz, Wolf Maya, Ingrid Guimarães, Luciele di Camargo e Nana
Gouvêa. Nilton Pinto e Tom Carvalho são os humoristas de maior expressividade que nasceram em
Goiás.

Na escultura sacra, na cerâmica e na pintura, destacam-se José Joaquim da Veiga Vale, Antônio
Poteiro, Siron Franco, Omar Souto e Antônio Poteiro. Na literatura, os principais nomes são Afonso
Felix de Sousa, Basileu Toledo França, Bernardo Elis, Carmo Bernardes, Cora Coralina, Eli Brasilien-
se, Emídio Brasileiro, Érico Curado, Gilberto Mendonça Teles, José Décio Filho, José Godoy Gar-

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GOIÁS

cia, José J. Veiga, Leo Lynce, Heleno Godoy, Marislei Brasileiro, Edival Lourenço, Salomão Sou-
sa, Aidenor Aires, Yêda Schmaltz, Pio Vargas, Jamesson Buarque.

Museus

Em Goiânia, há três museus dedicados a períodos da história regional, nacional e ao movimento ar-
tístico, sendo eles: Museu de Arte de Goiânia, Museu Estadual Professor Zoroastro Artiaga e Memo-
rial do Cerrado. Na cidade de Goiás, a antiga capital, existe o Museu da Polícia Militar dedicado a
difusão da história e cultura da Polícia Militar do Estado de Goiás.

Culinária

Empadão goiano: um dos mais apreciados pratos da culinária goiana.

A culinária goiana é muito diversificada sendo seus principais pratos o peixe na telha, o suã (espinha
dorsal de porco) com arroz, o arroz com pequi, e também os pratos de todos os dias dos brasilei-
ros como o arroz e feijão; além da pamonha, que é usada como prato principal nas refeições; os fru-
tos são a jabuticaba, a gabiroba, o jatobá, entre muitos outros do cerrado.

Também se destacam as misturas, nome que se dá às verduras, como a serralha e a taioba, além da
introdução da guariroba, um dos principais ingredientes do empadão, como vegetal na dieta quase
diária.

A quitanda, denominação que se dá aos biscoitos caseiros, também é diversificada: quebrador, mané
pelado (bolo de mandioca assado na folha de bananeira), biscoito-de-queijo (que foi inventado em
Goiás), mentira (biscoito de polvilho frito), a peta, o quase esquecido brevidade (polvilho batido com
ovos e açúcar), o pastelinho de doce de leite e o bolinho doce de arroz (esses dois últimos são qui-
tandas típicas da Cidade de Goiás).

É riquíssima a variedade de doces: marmelada em caixeta (região de Luziânia), moça-de-engenho


(melado batido e emoldurado em forma de escultura), doce-de-leite (sobretudo com pau de mamão
ralado ou sidra ralada), doce-de-ovo (ambrosia feita diretamente no melaço), de frutas cristalizadas
(riquíssimos em Pirenópolis), doce de sidra ralada, de cascas de frutas (laranja, limão), entre tantos
outros. As rapaduras temperadas (com leite, casca de laranja, sidra ou amendoim).

Os temperos são muito diversificados sendo uma culinária rica em temperos como açafrão, gengibre
e pimenta, sendo este último empregado em quase todos os pratos salgados. O pequi, por exemplo,
nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa, ainda no início do século XVIII, come-
çou a ser utilizado na culinária de Goiás.

Na região que circunda a cidade industrial de Catalão, opequi era empregado tão somente na fabri-
cação do sabão de pequi, de propriedades terapêuticas. Hoje já é comercializado em compota. O

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fruto pode ser degustado das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com
peixe, com carnes, ao leite e na forma de um dos mais apreciados licores de Goiás.

Esportes

Estádio Serra Dourada.

Goiás tem diversas modalidades esportivas, como o futsal, vôlei e o rugby, mas o principal esporte do
estado é o futebol, sendo que todos os anos é realizado o Campeonato Goiano de Futebol, popular-
mente conhecido como Goianão.

Os principais clubes de futebol são o, Goiás, Anápolis, Atlético Goianiense, Anapolina, CRAC, Vila
Nova, Itumbiarae o Goiânia. O principal estádio de Goiás é o Estádio Serra Dourada. O time mais
conhecido, com a maior estrutura física e com a maior torcida do Centro-Oeste é o Goiás, que disputa
o Campeonato Brasileiro Série B, Copa do Brasil, e já disputou a Copa Libertadores da América e a
final da Copa Sul-americana.

O vôlei também é muito praticado pela população goiana ocupando a 3ª colocação na preferência,
sendo o segundo colocado o futsal. Um local onde o vôlei e o futsal são muito praticados é na cidade
de Anápolis, possuindo o Ginásio Internacional com capacidade de sediar jogos oficiais.

O rugby é o quarto colocado na preferência dos goianos, é esporte que mais cresce no país, muito
por causa das Olimpíadas de 2016. Ainda com a conclusão no Novo Estádio Olímpico, o rugby em
Goiás tem muito a crescer.

O rugby em Goiás é representado pela Federação Goiana de Rugby (FGRu), e tem como principais
clubes: Goianos Rugby Clube, UFG Rugby, Gigantes Itumbiara Rugby e o Anápolis Rugby.

Goiânia, capital do estado, foi uma das 18 cidades candidatas a subsede da Copa do Mundo FIFA de
2014, mas não foi escolhida. A Federação Goiana de Futebol já é a sétima colocada do ranking da
CBF.

Eventos

Mascarados nas Cavalhadas de Pirenópolis.

Goiás tem inúmeras festas tradicionais, como os carnavais em diversas cidades do estado, o Carna -
Goiânia que é conhecido como carnaval fora de época que vem pessoas do Brasil inteiro.

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GOIÁS

As principais festas religiosas são as famosas Romarias do Divino Pai Eterno, em Trindade, a festa
em louvor a Nossa Senhora do Rosário, em Catalão, onde acontece a tradicional Congada de Cata-
lão a festa de Nossa Senhora da Abadia, no povoado de Muquém, em Niquelândia, que juntam fiéis
do estado inteiro, e a festa em louvor a Nossa Senhora Auxiliadora que acontece na cidade
de Iporá que é considerada a Terceira maior concentração religiosa do estado de Goiás.

E também em Pirenópolis na Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, com as Cavalhadas de


Pirenópolis, trazida de Portugal no século XVIII, sendo sua primeira edição em 1819.

É uma festa intercultural, pois reúne traços europeus, africanos e indígenas. Reúne amantes da mú-
sica e da arte do mundo inteiro, sendo essa, a mais tradicional festa do centro-oeste brasileiro.

Um dos mais importantes eventos culturais do estado é o FICA, Festival Internacional de Cinema e
Vídeo Ambiental, que em 2010 teve sua 12ª edição. O festival acontece anualmente, em meados de
junho, na Cidade de Goiás, antiga Vila Boa (capital do estado de Goiás até a transferência para Goi-
ânia), e patrimônio histórico da humanidade.

A mostra exibe 15 horas de vídeos com o que de melhor se produz sobre meio ambiente e tem a
maior premiação de festivais de cinema e vídeo da América Latina. Os eventos paralelos trazem
shows, oficinas e debates com nomes nacionais e internacionais. Cerca de 70 mil pessoas passam
pela cidade durante a semana do Festival.

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