Você está na página 1de 10

Colégio Estadual Francisco Modesto da Silva

Data: 27/02/2024

Aluno: Caio Gabriel Castro Ramos

Disciplina: História

Professora: Edilaine

História de Goiás
Goiás é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se na Região
Centro-Oeste do país, no Planalto Central brasileiro. O seu território é
de 340 257 km², sendo delimitado pelos estados de Mato Grosso do Sul
a sudoeste, Mato Grosso a oeste, Tocantins a norte, Bahia a nordeste,
Minas Gerais a leste, sudeste e sul e pelo Distrito Federal a leste,
Goiânia é a capital e maior cidade do estado, assim como sede da
Região Metropolitana de Goiânia. Outras cidades importantes, fora da
região metropolitana de Goiânia, são: Anápolis, Rio Verde, Itumbiara,
Catalão, Luziânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás,
Formosa, Planaltina, Jataí, Caldas Novas, Cristalina e Goianésia, que
também são algumas das maiores cidades em população do interior do
estado. Seus municípios situados a leste formam a Região Integrada de
Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, uma das duas RIDES
no país. Ao todo, o estado possui 246 municípios, a história de Goiás
remonta ao início do século XVIII, com a chegada dos bandeirantes
vindos de São Paulo, atraídos pela descoberta de minas de ouro.
Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, liderou a primeira
bandeira com a intenção de se fixar no território, que saiu de São
Paulo em 3 de julho de 1722.

Goiás Colonial
Aos tempos do descobrimento do Brasil pelos portugueses, a região do
atual estado de Goiás era habitada pelos índios Avás-canoeiros, tupi-
guaranis e tapuias. a ocupação do território goiano teve início com
Catarina Silva e as expedições de aventureiros (bandeirantes)
provenientes da Capitania de São Vicente. As Bandeiras objetivavam
procurar metais preciosos e capturar índios que, por sua vez, serviam
como mão de obra escrava no desenvolvimento da agricultura e minas,
tanto no "território dos Goyazes" quanto na Capitania de São Vicente.
Além destas, outras expedições saíam do Pará, nas chamadas Descidas
com vistas à catequese e ao aldeamento dos índios da região. Todas
essas expedições tinham como rota o território do atual estado, mas
não se dava a criação de vilas permanentes e nem a manutenção de um
notável número de população na região, com a descoberta de ouro na
área, a ocupação efetiva se consolidou, tornando-se propriamente dita.
Devido à descoberta de ouro em Minas Gerais (próximo à Ouro Preto)
e em Mato Grosso (próximo à Cuiabá) entre 1698 e 1718, acreditava-se
que a região também possuía abundância em minérios, ideia que
ganhou força com a crença, de origem renascentista, de que o ouro era
mais abundante quanto mais próximo da Linha do Equador e no
sentido leste-oeste. Assim sendo, a busca por ouro no território se
intensificou cada vez mais, fazendo deste o foco das expedições dos
Bandeirantes pela região, umas das Bandeiras mais importantes
recebida pelo território goiano foi a liderada por Francisco Bueno, a
primeira a encontrar ouro nestas terras, em 1682, embora em pequena
quantidade. A região explorada por essa Bandeira estendeu-se das
margens do Rio Araguaia até a região do atual município de
Anhanguera. Bartolomeu Bueno da Silva, filho de Francisco Bueno e
conhecido por Anhanguera (Diabo velho), também fazia parte desta
Bandeira. Segundo registros, Bartolomeu Bueno da Silva interessou-se
pelo ouro que adornava algumas índias de uma tribo, mas não obteve
sucesso em obter informações confiáveis sobre a localização exata desse
ouro. Para descobrir a localização, Anhanguera resolveu ameaçar por
fogo nas fontes e rios da região, utilizando aguardente para convencer
os índios da tribo de que tinhas "poderes" e meios para fazer isto
acontecer. Apavorados, os índios levaram-no imediatamente às jazidas,
surgindo assim o apelido "Anhanguera" (Diabo Velho ou Feiticeiro), O
filho de Anhanguera, também chamado Bartolomeu Bueno da Silva ,
tentou retornar aos locais onde seu pai havia passado, 40 anos após o
acontecido. Bueno da Silva tinha como objetivo encontrar a “Serra dos
Martírios”, um lugar fantástico onde grandes cristais aflorariam,
tendo formas semelhantes a coroas, lanças e cravos, referentes à
“Paixão de Cristo”. Esse lugar, místico, nunca foi encontrado, mas este
acabou chegando às regiões próximas ao rio Vermelho, onde encontrou
ouro em maior quantidade em 1722, Bartolomeu Bueno da Silva
acabou fixando-se na vila de Sant'Anna, em 1727, que mais tarde viria
a se tornar a Vila Boa de Goyaz, Depois de seu retorno a São Paulo,
onde apresentou os achados em terras goianas, Bueno da Silva foi
nomeado capitão-mor das "minas das terras do povo Goiá". Apesar
disso, sua influência foi sendo diminuída a medida que a administração
régia se organizava na região. Acusado de sonegação de rendas, Bueno
da Silva perdeu direitos obtidos junto ao rei, falecendo pobre e sem
poder em 1740. O ouro explorado na área era retirado principalmente
da superfície dos rios, através da peneiragem do cascalho, se tornando
escasso após 1770. A região passou a viver basicamente da pequena
agricultura de subsistência e de algumas atividades relativas à
pecuária. Nesta época, as principais regiões de Goiás exploradas pela
Capitania de São Paulo eram o Centro-Sul (proximidades dos limites
com São Paulo). O Alto Tocantins e o Norte da capitania, até os limites
da cidade de Porto Nacional (hoje pertencente ao Tocantins). Estas
regiões, entretanto, só viriam a receber ocupação humana
intensamente a partir dos séculos XIX e XX, como resultado da
ampliação da pecuária e agricultura, a mineração em Goiás teve seu
auge no século XVIII. Os bandeirantes fixavam população de acordo
com as descobertas dos minerais. No arraial de Pilões não foi diferente,
bandeirantes descobriram ouro e diamante nos rios Claro e Pilões e,
logo iniciou o povoamento que, em alguns casos, compõem o urbano
nacional atual, no século XIX, Goiás viveu um período de retração
econômica e reestruturação das atividades. Com o esgotamento do
ouro, muita gente foi embora. As pessoas que ficaram encontraram na
agricultura e na pecuária a alternativa. A agricultura e a pecuária
sempre existiram em Goiás.

Grupos indígenas em Goiás


Karajás: Os Karajás são habitantes seculares das margens do rio
Araguaia e suas aldeias desenham uma ocupação territorial entre os
estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará. Hábeis canoneiros,
manejam com maestria os recursos alimentares do cerrado e da
floresta tropical de transição, composto por frutos do cerrado,
produtos das roças de coivara e pela rica ictiofauna do rio Araguaia e
de pequenos lagos, Tal nome é a denominação Tupi para um grupo
lingüístico que se autodenomina Iny (nós mesmos), composto por
outros três: Karajás, Xambioás ou Karajás do Norte e Javaés. Cada
subgrupo possui uma maneira própria de falar, havendo entre eles
uma diferenciação lingüística entre homens e mulheres, Os Karajás se
destacam pela sua arte cerâmica, em especial pelo modo de fazer as
bonecas (ritxòò/ ritxkòkò), atributo exclusivamente das mulheres. Esse
saber tradicional está sendo objeto de um processo com vistas ao seu
registro como patrimônio imaterial brasileiro. Em janeiro de 2011 uma
comitiva de indígenas Karajás visitou o Museu Nacional, juntamente
com pesquisadores da UFGo e do IPHAN.

Tapuio: tapuio, tapuia, são nomes atribuídos a eles pelos


moradores da região, vizinhos, fazendeiros, arrendatários,
pessoas com quem conviviam e muitas vezes se confrontavam
na luta diária pela permanência nas terras doadas aos seus
ancestrais.

Avás-Canoeiro: Os avás-canoeiros (também conhecido


como Canoeiro, Carijó, Índios Negros ou Cara-Preta) é um
povo indígena brasileiro. Falam uma língua da família Tupi-
Guarani. O avá-canoeiro, como a maioria dos povos
indígenas do Brasil, têm sua história marcada
por massacres e uma quase extinção da etnia.

Disputas entre Oliguarquias


A Revolução de 1909 foi um conflito que durou três meses, ocorrida no
estado brasileiro de Goiás. O movimento iniciou-se quando o sogro do
ex-presidente estadual de Goiás, José Xavier de Almeida,
Hermenegildo de Morais, foi indicado para ser o candidato governista
à presidência estadual e sua inscrição foi homologada para o pleito
daquele ano, além deste ter sido eleito em 2 de março daquele ano.[1]
O fato provocou uma reação armada do grupo político de Leopoldo de
Bulhões, Eugênio Rodrigues Jardim e de Antônio Ramos Totó Caiado,
que resultou na derrubada da família Xavier de Almeida e no retorno
do grupo de ambos, além da formação do Partido Democrata, que
dominou a política goiana nos anos seguintes,

Durante os períodos do Segundo Reinado e da República Velha, Goiás


foi palco de disputas políticas entre oligarquias rurais. Famílias
tradicionais como a Ramos Caiado, Fleury, Xavier de Almeida, a
família Bulhões, dentre outras. Com a Proclamação da República do
Brasil, deu-se predominância do grupo de Leopoldo de Bulhões, ligado
ao governo federal e que exerceria mais tarde, o ministério da Fazenda
em dois governos. Porém, em 1901 a 1909 ascendeu a família Xavier de
Almeida, com a eleição de José e de seu grupo político, como Miguel da
Rocha Lima. Inicialmente ligado aos Bulhões, José Xavier distanciou-
se cada vez mais e homologou seu sogro, Hermenegildo Lopes de
Morais, para a candidatura do governo estadual, ao invés de um
candidato ligado aos Bulhões. A ação levou à união de Totó Caiado e
de Bulhões, na formação de tropas que ficaram conhecidas como
Legião Democrata, estava iniciada a Revolução de 1909.

Cidade de Goiás
Goiás (também conhecido como Góias Velho) é um município
brasileiro, antiga capital do estado homônimo. Foi reconhecido em
2001 pela UNESCO como Patrimônio Mundial, por sua arquitetura
barroca peculiar, por suas tradições culturais seculares e pela natureza
exuberante que o circunda.
Sua população estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2021 era de 22
122 habitantes.[3] É uma das quinze cidades que integram a Região
Imediata de Goiás-Itapuranga que, por sua vez, é uma das seis regiões
imediatas que formam a Região Intermediária de Goiânia.

Pedro Ludovico
Pedro Ludovico Teixeira (Goiás, 23 de outubro de 1891 —
Goiânia, 16 de agosto de 1979) foi um político, médico e
jornalista brasileiro. Ele serviu por quatro vezes como
governador e interventor federal de Goiás. Sob sua
administração foi iniciada e concluída a construção na nova
capital Goiânia, formado pela Faculdade de Medicina do Rio
de Janeiro (1915). Um dos líderes da Revolução de 1930, em
Goiás, interventor federal no estado (1930-1933) e governador
de 1935 a 1937,[3] foi responsável direto pela mudança da
capital de Goiás para Goiânia. Pedro Ludovico Teixeira,
político goiano, fazia parte do núcleo de oposição em Goiás
que se esboçava em Rio Verde, Inhumas e Anápolis, contra o
poderio político dos Caiado. Pedro Ludovico reuniu um grupo
de 120 voluntários de Goiás e Triângulo Mineiro com a
intenção de invadir o sudoeste goiano. Perto de Rio Verde,
Pedro Ludovico foi preso pelas tropas caiadistas (4 de
outubro de 1930), sendo solto logo que chegou a notícia em
Goiás da vitória da revolução.

Bartolomeu Bueno da Silva (pai)


O Anhanguera, nascido e morto em datas incertas, faz parte
daqueles primeiros bandeirantes que, movidos pelas
dificuldades econômicas, pelo tino sertanista e pelo espírito de
aventura, partiram de São Paulo - aproveitando-se, inclusive,
da localização geográfica da vila, que se assentava num centro
de circulação fluvial e terrestre - para desbravar o interior do
Brasil, desde os primeiros tempos da colonização foram
constantes as arremetidas rumo ao sertão. Primeiro, numa
espécie de bandeirismo defensivo, que visava garantir a
expansão e a posse da terra, e que prepararia a expansão
paulista do século 17, o grande século das bandeiras, aquele
em que se iniciaria o bandeirismo ofensivo propriamente dito,
cujo propósito era, em grande parte, o lucro imediato
proporcionado pela caça ao índio. Da vila de São Paulo,
especialmente, partiam as bandeiras de apresamento
chefiadas por Antônio Raposo Tavares, Manuel Preto, André
Fernandes, entre outros, Gradativamente, esses sertanistas
passariam do bandeirismo de apresamento para o
bandeirismo minerador, em busca de minas de ouro. É nessa
época que se encontra a principal bandeira de Bartolomeu
Bueno da Silva. Em 1682, sua expedição partiu de São Paulo e
atravessou o território do atual Estado de Goiás, seguindo até
o rio Araguaia. Ao retornar desse rio, à procura do curso do
rio Vermelho, encontrou uma aldeia indígena do povo Goiás.
Diz a lenda que as índias estavam ricamente adornadas com
chapas de ouro e, como se recusassem a indicar a procedência
do metal, Bartolomeu Bueno da Silva pôs fogo a uma tigela
contendo aguardente, afirmando que, se não informassem o
local de onde retiravam o ouro, lançaria fogo em todos os rios
e fontes. Admirados, os índios informaram o local e o
apelidaram de Anhanguera (em tupi, añã'gwea), diabo velho.

Bartolomeu Bueno da Silva (filho)


O segundo Anhanguera, nasceu em Parnaíba, São Paulo, em
1672 e faleceu em 19 de setembro de 1740 na vila de Goiás, em
Goiás, em 1701, atraído pelos descobrimentos de ouro na
região de Minas Gerais, o segundo Anhanguera estabeleceu-se
em Sabará e, mais tarde, em São João do Pará e em Pitangui,
onde foi nomeado assistente do distrito. Os conflitos entre
emboabas e mineradores de São Paulo e os levantes ocorridos
em Pitangui, encabeçados por seu genro Domingos Rodrigues
do Prado, levaram-no a voltar para a capitania de São Paulo e
a se fixar em Parnaíba, em 1720 dirigiu uma representação a
Dom João 5º, pedindo licença para voltar às terras de Goiás,
onde seu pai encontrara amostras de ouro. Em troca,
solicitava do soberano o direito de cobrar taxas sobre as
passagens de rios, em 1722, sob seu comando, a bandeira
seguiu para Goiás, juntamente com numerosa parentela do
sertanista, que, durante quase três anos explorou os sertões
goianos em busca da lendária serra dos Martírios, em 1725
conseguiu encontrar ouro no rio Vermelho, próximo à antiga
capital de Goiás. Voltou à região no ano seguinte, quando, na
qualidade de capitão-mor regente das minas, fundou o arraial
de Santana, elevado em 1739 à categoria de vila como Vila
Boa de Goiás, atualmente cidade de Goiás, conhecida como
Goiás Velho. Além do referido cargo, Dom João 5º concedeu-
lhe sesmarias e a cobrança de direitos sobre a passagem de
rios que conduziam às minas goianas, No entanto, a pretexto
de que o Anhanguera havia sonegado as rendas reais, o
direito de passagem lhe foi retirado em 1733. Na medida em
que se organizava a administração estatal de Goiás, a
autoridade do sertanista ia sendo limitada pelos delegados
régios. Ao falecer, em 1740, Bartolomeu Bueno da Silva estava
pobre e reduzido a um exercício de mando quase decorativo.

Mapa do estado Goiás

Você também pode gostar