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NUMERO 1
2022-2023 1
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RATO MICKEY VAI AO HIPERMERCADO
Tenho um casamento feliz. Adoro a minha mulher. Ela é linda, é doce, terna e
adorável. Eu apresento-me: sou o Bio, sou de origem grega e já cheguei à nossa
língua portuguesa há muitos anos. Quando a vi, cabelos lisos e soltos, o vento
batendo-lhe ao de leve no rosto de feições suaves, aquele narizinho perfeito, as
bochechas fofas, coradinhas e lisas com a suavidade de uma pele fresca e limpa, os
olhos de um verde escuro da cor de um campo viçoso, por onde passeiam em
liberdade animais felizes e o sol aquecia, delicadamente, flores e árvores, aqueles
lábios chamando pelos meus, também, prometendo-me beijos quentes de amor “ad
eternum”, apaixonei-me tão depressa como um raio atinge a Terra, enquanto as
nuvens se encavalitam umas nas outras no céu. Ela chama-se Filia, também de
origem grega, calhou, e nós somos o casal BioFilia. A nossa vida social é normal.
Costumamos encontrar-nos com os nossos familiares e amigos, saímos,
confraternizamos, convivemos, por vezes, discordamos, discutimos, mas é sempre um
prazer estar com eles. Também os recebemos em casa. Já recebemos os meus
irmãos e suas mulheres. Já jantaram, ao sábado, em nossa casa, o meu irmão gémeo,
também de nome Bio (muito usual esta situação entre os gregos) e a Logia, sua
esposa. A Filia tem, igualmente, irmãs gémeas, algumas delas com casamentos nada
aconselháveis, enfim, não há famílias perfeitas. Gostamos muito de nos encontrarmos
e sair com os nossos amigos de origens diversas. No fim do Ramadão, os nossos
amigos Algarve, Alcatifa, Aletria, Alcova, Alcoviteira, entre outros, costumam convidar-
nos para essa grande festa que celebra o fim do jejum diurno muçulmano. Adorável
esse encontro de gente, de cultura e de gastronomia. (…). Como podem ver, é só
festa e união. Às vezes, fazemos uma festa de texto. Na mesma obra estamos nós, os
espanhóis Paelha, Bolero, Pandeiro, Tortilha, os ingleses Bife, Bar, Pudim, os italianos
Aguarela, Talharim, Macarrão, os russos Bolchevique e Czar, os chineses Chá e
Chávena (um casal muito unido, praticamente inseparáveis, que muito alegram as
cinco horas das residências de Cascais), e já nem falo nas palavras latinas, são as
mais numerosas, são a nossa base e o grupo étnico mais importante. Enfim, a
perfeição na diversidade. A nossa pátria é a língua portuguesa e moramos todos,
harmoniosamente, no mesmo lugar, no Grande Dicionário do Português.
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Ultimamente, a Filia, sempre amável e querida, tem insistido comigo para que aceite
receber em nossa casa uma sua prima, a Fobia, casada com o Xeno que, não sendo
um mau rapaz, desde que casou com a Fobia se revela um pouco estranho. Formam
um casal que me desagrada profundamente. Eu, um pouco contrariado, mas não
deixo de ser um irremediável apaixonado, acedi. O casal XenoFobia veio a nossa
casa, no último sábado, à noite. O casal chegou e sentámo-nos todos à mesa. Depois
de umas entradas, apresentamos um bem português bacalhau assado na brasa.
Como somos todos de origem grega, ainda pensei oferecermos uma “moussaka” bem
helénica, mas a verdade é que o nosso país é este, Portugal, e somos todos filhos do
idioma de Camões. No meio da conversa, perguntei-lhes por que motivo nunca os
víamos nas festas dos nossos amigos. O casal XenoFobia disse que não gostavam de
sair nem de estar com outras palavras que não as gregas, que desprezavam o Banzé,
a Alcatra, o Banquete, o Bife, a Pastilha. Naquele momento, acho que o bacalhau que
havia comido começou a ganhar vida em mim e eu fiquei com uma súbita vontade de
dar-lhes com a badana do meu braço no seu focinho de palavras amedrontadas. Não
foi o que fiz. Fui à cozinha, tirei de lá um frasco com uma mistura de pimentas de todo
o mundo, (…).
Excerto do conto da autoria de Paulo César, incluído no livro de contos “Lobo mau ataca a
República dos três porquinhos”, publicado em edição de autor em 2013, em Portugal, e obra
seleccionada (entre outras) para representar Portugal na Bienal de S.Paulo, no Brasil, em
2022, por proposta da editora IBI Literrário que representa o autor no Brasil e que lançou uma
nova edição do livro no Brasil.
://ciberjornal.wordpress.com/2022/12/05/lobo-mau-ataca-a-republica-dos-tres-porquinhos/
05
No âmbito do projeto "Laboratório das Palavras", do qual faço parte, foi-me dado a conhecer
o conto "Rato Mickey vai ao hipermercado", da autoria de Paulo César, professor de
Português na nossa escola e autor premiado internacionalmente. Amplamente elogiado pela
crítica, o seu livro Lobo mau ataca a República dos três porquinhos, do qual o conto que
falarei faz parte, foi selecionado para representar Portugal na Bienal de S. Paulo em 2022, a
maior exposição literária e artística do mundo lusófono, ao lado de livros de autores como
Ricardo Araújo Pereira, Fernando Pessoa ou Florbela Espanca.
"Rato Mickey vai ao hipermercado" não é um texto óbvio, que se percebe à primeira leitura.
É necessário refletir bastante sobre ele, de modo a compreendê-lo melhor, tanto quanto à
sua intencionalidade como quanto à importante crítica inerente. A intenção de realçar a
diversidade da língua portuguesa, com as suas diferentes palavras e significados, acaba por
ser bastante relevante para a construção da crítica à xenofobia, que, infelizmente, continua
muito presente na nossa sociedade. Quanto ao título, confesso que fiquei intrigado... Penso
que a referência ao "hipermercado" é percetível: talvez queira realçar a diversidade da nossa
língua, que é mostrada ao longo do conto. Tal como o hipermercado tem uma grande
variedade de produtos disponível, a língua portuguesa apresenta uma grande variedade de
palavras. No entanto, não consigo perceber a referência ao "Rato Mickey"... Poderá estar a
representar o leitor que lê o conto e se depara com uma tão grande variedade linguística?
Mas porquê o Rato Mickey e não outro personagem animado qualquer?
Daniel Sousa11ºF
06
O ADOLESCENTE/JOVEM E A EDUCAÇÃO SEXUAL
Desde crianças que, muito de nós, consideramos que o nosso corpo é um mistério cheio
de quebra-cabeças por deslindar e resolver. Segundo a minha ótica, quando crescemos
e começamos a entender melhor o mundo ao nosso redor, colocamos várias questões
existenciais, entre elas as relacionadas com a sexualidade. Quando estas dúvidas
surgem, o nosso primeiro instinto é perguntar aos nossos pais porque é neles que, a
maior parte de nós, vê como donos da sabedoria e um porto seguro em quem se pode
confiar. Acredito que poucos pais tenham a capacidade de responder a estas perguntas
sem se atropelarem e engasgarem, fazendo do assunto uma «tempestade num copo de
água». Muitos recusam responder a estas questões, talvez, porque se sentem
desconfortáveis em falar sobre o assunto com adolescente/jovem curioso ou, talvez,
porque eles próprios nunca tiveram abertura para falar sobre o assunto. E com isto, as
dúvidas vão-se acumulando e se os pais não as esclarecem, vamos procurar informação
ao «doutor google» ou aos nossos amigos, correndo o risco de sermos mal informados.
Considero que a nossa cultura, fortemente marcada pelo seu cariz religioso, faz com
que no século XXI ainda seja um tabu discutir e esclarecer assuntos como a
sexualidade. No entanto, a discussão acerca da sexualidade no contexto da educação
deve ser um desafio e oferecer espaços para reflexões relacionadas com os fenómenos
afetivo-sexuais. Deve ser um espaço com caráter informativo, aberto à problematização
da sexualidade e do género.
Em suma, considero que a educação sexual deve ser uma disciplina em evidência na
contemporaneidade porque é necessário formar o adolescente/jovem em todos as suas
dimensões.
08
Os alunos da turma S-4 da EB/JI de Boavista Silvares realizaram uma atividade de
articulação vertical com as crianças do Jardim de Infância no âmbito do projeto “Conta-me
uma história”.
As crianças do Jardim de Infância, que entrarão para o primeiro Ciclo no próximo ano
letivo, realizaram atividades dinamizadas pelos alunos do 4ºano. Desta forma, ouviram e
participaram na história “Os três Porquinhos”, responderam oralmente a questões sobre a
história colocadas pelos alunos do 4ºano, pintaram, recortaram e colaram uma máscara de
uma personagem da história e ainda levaram um marcador de livros para se recordarem da
atividade.
Foi um encontro muito interessante e divertido para todos!
Um dia memorável!!
Prof.Maria Eduarda Xavier
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visita da Ordem dos Engenheiros
Prof. SandraPimentel
"A turma D do décimo ano, no dia 2 de fevereiro, expôs o seu projeto de Cidadania e
Desenvolvimento "Não Cliques".
Os QR codes resultantes de um processo de pesquisa e discussão subordinado ao
tema "Direitos Humanos" visam despertar a curiosidade dos demais para esta temática
com apresentação de vários direitos humanos escolhidos aleatoriamente pelos alunos
e a exemplificação do desrespeito dos mesmos."
Prof.Manuela Sá Costa
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Visita de estudo a Lisboa
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Rosto vermelho-vivo, mãos que já não agarram, respiros sincopados e em desregra. Não há nada de novo em ansiar
começos, mas parece que nesta área a prática não leva à perfeição.
E eu que o diga.
De Converse amarelas, cabelo descolorado, e tecnicamente uma adulta, este foi o eu que se dirigiu à faculdade pela
primeira vez num solarengo dia de outono.
Mesmo com companhia, a pletora de caras inominadas trouxe consigo aquele tão pouco cobiçado nervosismo. E por
mais interações amistosas em que participasse, por mais fluidas que fossem as temáticas, por mais sorrisos que me
fossem dirigidos, este não me deixava.
Enfim.
Desviei a mente do meu conflito interno, e foquei na folhagem das imponentes árvores que modelavam o plano de
fundo da ação. A sua silhueta cortava formas irregulares, abrindo vista para edifícios de cores placidamente terrosas.
As paredes tomaram voz. Toda a responsabilidade que me caberia enquanto circundada por elas apagou qualquer
traço do verde clorofilado da folhagem. Em vez dele, um exasperado misturar de tons preencheu o que restava da
minha sanidade diária.
Andei.
Ainda debaixo de uma modesta claridade cheguei a casa. Mais velha, mas não mais sábia.
Amanheceu.
Um dia, uma semana, um mês. Avaliações, feriados, exames, festas, fins de semestre, outro ano. Novos sítios, novas
caras, novos contextos, novas rotinas, novos hábitos e novas vivências. Constituintes de um novo eu.
As mesmas Converse cor de gema, o cabelo ainda mais descolorado, a cápsula corpórea essencialmente igual, esse
foi o eu que entrou no comboio em direção à faculdade ontem.
Esse eu um bocado distinto do primeiro, mais experiente, com mais anos em cima, mas igualmente repleto de ânsias
e entusiasmo.
Considerando a panóplia de cultura que um tem aos 18 anos, é completamente irresponsável pensar que tudo se
resolve com a chegada da maioridade. Esta não traz como comodidade não reagir ao que nos é novo, tanto por não
poder, como, essencialmente, por não precisar.
Porque são de todas estas irregularidades, desassossegos, contradições, incongruências e dúvidas que o nosso cerne
é feito e das quais ele cresce, evolui, e vive.
MARIA GONÇALVES
(Conclusão do 12º ano de artes em 2020-2021 Frequenta o curso de Pintura-Artes plásticas no porto)
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No dia 16 de fevereiro, no âmbito do Projeto de Educação para a Saúde - PES - em ar�culação
com Cidadania e Desenvolvimento, realizou-se uma sessão de sensibilização sobre Cancro e
Prevenção do Cancro, subordinada ao tema “Tipos de Cancro” para as turmas do 9.ºA_LC,
9.ºB_LC, 9.ºB, 10.ºADS e 11.ºADS.
A sessão foi apresentada pela inves�gadora na Área da Oncologia Médica, atualmente na área
de Neurobiologia, do Ins�tuto de Inves�gação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto,
Dr.ª Simone Bessa Garcia, a quem manifestamos sinceros agradecimentos pela forma simpá�ca
como se dirigiu aos nossos alunos.
Foi uma verdadeira lição de sensibilização que teve como divisa a prevenção é sempre a melhor
arma contra o cancro.
- As turmas do 9.ºA_LC, 9.ºB_LC e do 11.ºADS aceitaram o Desafio 5Km e caminharam pela Vila
de Lousada e pelo Parque Urbano Dr. Mário Fonseca, com o obje�vo de sensibilizar para a prá�ca
de exercício �sico como forma de prevenir o cancro e chamar a atenção para a necessidade de
garan�rmos “cuidados mais justos” para todos, já que o cancro afeta todas as pessoas, mas nem
todos têm acesso aos cuidados que necessitam.
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Visita à Biblioteca Municipal
No âmbito do projeto de turma “Conta-me uma história” a turma S-4 da EB/JI de
Boavista Silvares tem realizado várias atividades que estimulam a leitura e o
desenvolvimento da competência leitora. Desta forma, foram visitar a Biblioteca
Municipa, para conhecerem as potencialidades que ela encerra. Fizeram o seu cartão
de leitor, requisitaram livros, visitaram os seus espaços, conheceram as suas regras e,
sobretudo, estimularam a sua leitura pelo acesso a uma variedade alargada de livros.
Foi interessante ver o seu interesse, curiosidade e espírito crítico com que ouviram e
interagiram com os adultos, técnicos da instituição.
A turma S-4 da EB/JI de Boavista Silvares foi visitar a Torre de Vilar no dia 23 de
fevereiro, uma atividade promovida pelo município em articulação com o Centro de
Interpretação do Românico.
Foi muito enriquecedor aprender mais sobre História e o nosso património local através das
palavras sábias da técnica do museu. Conseguimos perceber a importância da construção do
monumento para a época, os conhecimentos envolvidos na sua arquitetura, as marcas dos
pedreiros, o material (granito) usado na sua construção, etc.
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Novo livro de Mariana Jones
“O Pedro gosta do Afonso”
Apresentado em Matosinhos
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A ESL em Matosinhos
No dia 18 de fevereiro de 2023 o 10º J realizou uma visita à biblioteca Florbela Espanca em Matosinhos
no âmbito de uma exposição realizada pelos alunos do 10º ao 12º ano da Escola Secundária de
Lousada, que daria cor à obra de Mariana Jones “O Pedro gosta do Afonso”, juntamente com as
ilustrações a aquarela do professor Luís Melo.
O dia começou na estação de Penafiel, onde os alunos apanharam o comboio com destino à estação
de São Bento, chegando ao Porto, as ruas movimentadas e as diferentes culturas davam cor à bela
cidade invicta. De repente chegou a hora de almoçar e o sítio escolhido foi o Mc Donalds “mais bonito
do mundo”, onde almoçaram todos em convívio juntamente com o professor Paulo Matos e os seus
alunos, mas não tardou muito e tiveram de abandonar tão maravilhoso lugar e apanhar o metro com
destino final para Matosinhos, onde tiveram a oportunidade de visitar a galeria municipal da cidade,
cheia de trabalhos magníficos. As 5 horas da tarde aproximavam-se e tiveram de seguir caminho para
a biblioteca Florbela Espanca, cheia de desenhos feitos pelos alunos da nossa escola. Lá ouviram a
escritora falar sobre os seus incentivos para escrever o livro e muito mais.
No final foi oferecido um lanche e um momento para falar com a autora e pedir autógrafos. O dia
termina assim cheio de alegrias e novas experiências.
Filipa Pinto
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(Coordenadora da Educação para a Cidadania e Desenvolvimento)
O peso do universo
Nota biobibliográfica
Conceição Brandão
LUIS MELO
LUIS MELO
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Apresentação da “Farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente, aos alunos de 10º ano da
ESL
GTD – ProfeTrolls
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Alunos do 10º J vencem Prémios “CRIARTE AEJ 2022”
Do “aprender a ler” ao “ler para aprender”. Este é o dia a dia normal duma biblioteca escolar. Mas, afinal,
por que é que ler é tão importante? Que futuro queremos para os nossos jovens leitores? Que futuro
desejamos para a humanidade?
A leitura, para além de aumentar a compreensão, também amplia o vocabulário e aumenta a criatividade.
Claro que se pensarmos bem, ler auxilia-nos com a memória e melhora a nossa capacidade de raciocínio,
o que nos vai ajudar a desenvolver a imaginação e nos faz ter mais consciência social. Isto é, ajuda-nos a
entender a maneira como um indivíduo entende o seu papel dentro de um grupo de pessoas, que pode ser
a escola, a comunidade onde mora, o país, ou, até mesmo, o planeta.
Dá muita canseira pedir-lhes que falem mais baixo, que não gritem, que estejam concentrados, que é assim
ou assado que se encontra tudo no computador (mais propriamente no Google), mas que também se
pesquisa nos livros, que se deve saber escolher a informação e que o ruído perturba a concentração.
Que se habituem a tirar apontamentos das aulas, que façam os trabalhos de casa, que “agora” a biblioteca
está completa, mas que tenham paciência, que voltem um pouco mais tarde.
Que estudem em grupo, que se apoiem uns aos outros, que se riam sem perturbar a concentração dos
outros colegas, que saibam aguardar pela sua vez quando chegam ao balcão e que tenham mais um
bocado de paciência. Que colaborem… Então?!? Que colaborem!
Que podem viver as suas vidas como cidadãos pensantes, que leiam mais para terem mais conhecimento
sobre as coisas, que combatam as desigualdades sociais, que leiam melhor para terem melhores
resultados, que estudem para satisfazerem o orgulho dos pais! Daqueles que têm pais! Daqueles que não
têm!
Afinal, isto é uma biblioteca. Estes são os nossos jovens. Este é o nosso tempo.
Eles sabem e imaginam o futuro. Querem-no. Anseiam-no. Temem-no. Aprendem-no. Têm de lá chegar,
todos! Alguns ainda estão a começar a descobrir isso!
Sem a biblioteca não há educação inclusiva, porque a literacia inclui, dá mobilidade social, traz bem-estar.
Nós, na biblioteca, todos os dias, fazemos o nosso melhor! Todos os dias!
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Consumerism, Recycling & Social Awareness
O Buy Nothing Day celebrou-se no dia 26 de novembro e decidiu-se associar o conceito do
consumismo ao apelo à reciclagem e intervenção social. Desta forma, os alunos do 11ºADS
produziram cartazes a apelar à redução do consumo, bem como à reciclagem.
Estes cartazes foram expostos juntamente com a divulgação do projeto de recolha pilhas e de
pequenos aparelhos elétricos e eletrónicos, com o intuito de apoiar o IPO. A iniciativa realizou-
se em articulação com o projeto de Cidadania, com o clube Eco-Escolas e o clube Amigos do
Verde. A recolha do material decorrido já foi efetuada pelas entidades correspondentes.
A atividade foi dinamizada pela turma 11º ADS e pela docente de Inglês, Telma Coelho.
O Dia da Internet Mais Segura celebra-se anualmente em fevereiro, tendo como objetivo promover a
segurança na Internet, identificar os riscos e analisar os comportamentos, para sensibilizar a sociedade e
indústria tecnológica.
Por outras palavras, o “Dia da Internet Mais Segura” é uma campanha coordenada pela rede conjunta
Insafe-INHOPE, com o apoio da Comissão Europeia, que visa conscientizar a sociedade sobre os perigos
que existem na Internet e promover o uso ético e seguro da internet, assim como, explicar como se deve
navegar em segurança para crianças e jovens. E embora seja um evento dedicado aos mais novos, vale
ressalvar que se destina a todo o público em geral.
Todos os anos, este dia, também conhecido como Safer Internet Day (SID), apresenta um tema diferente
e durante a segunda semana de fevereiro decorre a semana da internet segura.
A Semana da Internet Segura, no nosso agrupamento, foi dinamizada por professores do grupo de
informática no âmbito da comemoração do Dia da Internet Mais Segura 2023 que se assinalou, dia 7 de
fevereiro.
No âmbito destas comemorações, estiveram patentes nas escolas do nosso agrupamento placares com
informação diversa sobre este tema, assim como desafios e banda desenhada alusiva o tema. Ainda
durante essa semana, e com vista à participação de todos os alunos do agrupamento neste evento, foi
disponibilizado uma compilação de recursos, tais como vídeos ilustrativos, jogos e outras atividades. Estes
recursos, organizados por ciclos de ensino foram difundidos através de uma plataforma online (página
web), tendo como objetivo promover a utilização segura, saudável e consciente da Internet, bem como
contribuir para o desenvolvimento de competências que potenciem uma Cidadania Digital mais informada
e inclusiva.
Deste modo, o tema foi abordado e trabalhado nas turmas do pré-escolar pelos professores titulares de
grupo, nas turmas do 1º ciclo pelas professoras titulares de turma e nas aulas da disciplina de Cidadania
e Desenvolvimento pelos docentes que lecionam a disciplina (2.o e 3.o ciclos) e diretores de turma (ensino
secundário).
Sessões Informativas| Internet Mais Segura
No âmbito do mês da “Internet Mais Segura”, Programa de voluntariado jovem “Naveg@s em
Segurança?”, do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), foram promovidas no dia 24 de
fevereiro, sexta-feira, no auditório da escola secundária de Lousada, um conjunto de sessões informativas
que visaram contribuir para o desenvolvimento da utilização responsável e segura da Internet, bem como
da cidadania digital. As sessões, dinamizadas por voluntários do IPDJ, incidiram sobre temáticas
relacionadas com o ciberbullying e discurso de ódio e com o Online Gaming e Gambling.
Estas sessões, três na parte da manhã e três na parte de tarde, sob monitorização da Dr.ª Olívia Alves, do
Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), foram dinamizadas pela jovem Maria Pereira em
regime de voluntariado. Participaram várias turmas do ensino básico, secundário e profissional.
Este evento mostrou-se profícuo pois conseguiu-se um ambiente de interação e partilha permitindo uma
discussão aberta e saudável entre os alunos presentes nas sessões.
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Pedro Silva 12ºH
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Ser adolescente em 2023
Ser adolescente em 2023 implica uma relação constante com temas como a imagem,
a saúde mental, a sexualidade e o sexismo, o que por vezes nos leva a acreditar que a escola
não é um local seguro para estar diariamente, tornando-se muito habitual os jovens terem
receio de ir à escola, afetados pela ansiedade face ao desconhecido. Na escola, os jovens
convivem com centenas de outros jovens com diferentes personalidades, condições
financeiras, características físicas distintas que incitam a uma frequente análise da sua
imagem como por exemplo a sua roupa e até ao preço da mesma, a marca e se a roupa os
faz mais magros ou mais gordos. Assim, o vestuário na adolescência é uma autêntica
máscara de inseguranças e perde a essência de ser usada como uma forma de expressão.
Por outro lado, esta constante análise cria alguns distúrbios, fazendo com que os
adolescentes tenham uma má relação com a comida levando-os à compulsão, ao consumo
de comida em excesso, à bulimia (vómito imediato após consumir algum alimento), à anorexia
(perda em grande parte ou total do consumo de alimentos no dia), ao distúrbio da imagem,
entre outros. Estas perturbações criam fragilidades no desenvolvimento do adolescente, já
que nesta idade estão ainda a crescer e principalmente em desenvolvimento tanto físico como
psicológico. No plano psicológico, no caso de não consumir quase nenhum ou mesmo
nenhum alimento leva à perda de atenção e desmotivação na realização de tarefas. A partir
dos 9/10 anos de idade uma grande parte dos adolescentes começam a questionar se eles
se sentem confortáveis nos seus corpos, em relação ao sexo e por quem eles se sentem
atraídos. Estas são perguntas perfeitamente normais e que fazem parte de nós, enquanto
pessoas e não tem mal nenhum não aceitar o género que nos foi dado no ou gostar do mesmo
género ou até de vários. Estes assuntos são, infelizmente, muito pouco falados em casa,
criando filhos que criticam e humilham quem é assim, promovendo a exclusão e
discriminação.
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Juliana Cunha 12ºH
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CATARINA MACHADO 12ºH
Os alunos de Artes do 12º ano da Escola Secundária de Lousada ESF), no âmbito de uma
articulação curricular entre as disciplinas de Desenho A e de Português, vão realizar uma
exposição dos seus trabalhos na Biblioteca Municipal de Lousada (BML), na segunda quinzena
de abril de 2023.
A inauguração da exposição está prevista para o final da tarde do dia 15 de abril, sábado, e
contará com a presença dos “artistas” e dos respetivos convidados. Os trabalhos que farão
parte da exposição foram elaborados sob orientação do professor de Desenho A, Paulo Matos,
e cada um deles consiste na ilustração de uma parte da “Ode Triunfal”, de Álvaro de Campos,
um dos heterónimos de Fernando Pessoa. O poema “Ode Triunfal” foi trabalhado nas aulas de
Português e é representativo da segunda fase de Álvaro de Campos: a fase mais
marcadamente modernista e futurista. É, por isso, atravessado pela fúria e pela agitação,
próprias dos modernistas, e pelo entusiasmo com os progressos da humanidade no Séc.XX,
próprio dos futuristas. Como seria de esperar, embora os trabalhos tenham sido todos
elaborados em formato de banda desenhada, são muito distintos entre si. O gosto, o traço e a
técnica de cada um dos artistas/alunos ficou bem evidente nos trabalhos que elaboraram.
Poderão, portanto, ser apreciadas nesta exposição vinte obras muito diferentes,
correspondendo cada uma delas à ilustração de uma determinada parte da “Ode Triunfal”,
como já foi referido.
A exposição estará patente até ao dia 28 de abril, podendo ser visitada dentro do horário
normal de funcionamento da BML.
De dezassete a vinte e oito de outubro de 2022, vinte réplicas de quadros do Museu do Prado de Madrid,
emprestadas pela Embaixada de Espanha em Portugal, estiveram expostas na sede do Agrupamento.
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Palavras Nómadas - "Da metamorfose das Papoilas à identidade mediterrânica"
A expressão “Palavras nómadas” é uma metáfora que compara as palavras a seres que viajam de um
lugar para outro, sem se fixarem num local específico. Essas palavras, assim como os nómadas, são
livres e estão sempre em movimento, mudando de significado e conotação ao longo do tempo e em
diferentes contextos. A metáfora sugere que as palavras não são estáticas, mas sim dinâmicas e sujeitas
a evoluir com o passar do tempo e à influência cultural e social. A comparação de palavras a nómadas
reforça a ideia de que a linguagem é uma construção humana e, portanto, está sempre em constante
mudança. Ao mesmo tempo, também se pode relacionar esta expressão com a própria cronista, esta que
também aprecia bastante viajar pelo mundo, tendo já visitado uma grande variedade de destinos.
A crónica "Da metamorfose das Papoilas à identidade mediterrânica", inserida no livro Palavras Nómadas,
de Dora Gago, é uma reflexão sobre a formação da identidade cultural e a evolução da região
mediterrânea. Através de uma metáfora envolvendo papoilas, flores típicas da região, a autora destaca a
importância da história, da geografia e da cultura na formação de uma identidade coesa de qualquer
região. Assim como as papoilas passam por uma transformação para se tornarem flores belas e coloridas,
também a região passou por uma evolução cultural para se tornar uma identidade coesa e distinta –
sublinha a autora.
No início da crónica, somos confrontados com a seguinte citação:
Esta citação de Lídia Jorge sugere, efetivamente, que as viagens têm um impacto profundo na
pessoa; ainda que, durante uma viagem, o tempo pode parecer passar de forma diferente ou a qualidade
da hora pode mudar, o que pode levar a uma série de mudanças na vida de qualquer pessoa, incluindo a
descoberta de coisas perdidas, a resolução de dúvidas, o fim de um amor e, por vezes, até o nascimento
de outro que nunca se havia imaginado. Atravessa a citação a noção que as viagens são uma
oportunidade para uma pessoa crescer e mudar emocionalmente, o que pode ter consequências
profundas e duradouras na sua vida.
"Da metamorfose das Papoilas à identidade mediterrânica" é, em suma, uma reflexão importante e
criativa sobre a formação da identidade cultural e a evolução da região mediterrânea de Toscana.
30
PALAVRAS NÓMADAS
A palestra “Palavras Nómadas”, que decorreu no dia 14 de fevereiro (entre as 10h e as 11:45, no
auditório da Escola Secundária de Lousada), está inserida no projeto plurianual “A Voz que damos
aos Livros” (criado no ano letivo 2017-2018). São seus objetivos principais: a promoção de hábitos de
leitura e de pesquisa de autores, a aquisição de competências para saber fazer uma apresentação oral
sobre um autor ou tema literário, a criação de um espaço de comunicação oral, bem como o contacto
de perto com escritores e com conversas à volta da escrita.
Assim, a palestra, que contou com a presença de Dora Gago (professora da Universidade de Macau
durante uma década e autora de diversos livros reveladores de uma sensibilidade viajante), cumpriu
largamente todos estes objetivos. Durante os noventa minutos da conferência foram partilhadas
experiências e ideias que nos mostraram como a palavra viaja com o ser humano, quer na
multiplicação dos seus sentidos, quer no modo como o instiga a ver o mundo. É de referir que Dora
Gago salientou, na sequência deste encontro, que esta foi uma experiência extremamente
enriquecedora e impulsionadora do gosto pela leitura e pela literatura.
É importante esclarecer ainda que nos bastidores do projeto tinha já sido feito um trabalho meticuloso
de preparação do evento, o qual se refletiu na clareza como os quatro alunos das turmas B e D do
décimo segundo apresentaram as suas leituras de crónicas da autora, a partir do livro Palavras
Nómadas (título também da palestra). Os alunos presentes no auditório responderam ao apelo
colocado nesta conferência de forma expressiva e entusiasmada, o que muito contribuiu para o seu
sucesso.
Conceição Brandão
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Projeto Erasmus: Together ; stronger
O Agrupamento de Escolas de Lousada tem vindo a destacar-se pela sua participação em projetos
Erasmus, que têm permitido a alunos, professores e técnicos uma experiência enriquecedora de
aprendizagem, ao mesmo tempo que promovem a partilha de conhecimentos e a aproximação de culturas
diferentes.
Neste momento, está a ser desenvolvido, no Agrupamento, o projeto Erasmus: Together; Stronger, em
parceria com quatro escolas dos seguintes países: Roménia (país coordenador), Lituânia, Turquia,
Macedónia do Norte e Portugal. O projeto visa promover a Educação Inclusiva através da utilização da
pedagogia Montessori.
De 14 a 18 de novembro de 2023
Dois professores, uma terapeuta e dois alunos deslocaram-se à cidade de Mersin, na Turquia. Os
participantes tiveram a oportunidade de realizar diversas atividades desportivas, culturais e educativas.
Visitaram diversos locais de interesse histórico e cultural em Mersin e nos arredores, tais como o Castelo
de Mersin, o Museu de Arqueologia e Etnografia de Mersin, e a cidade antiga de Tarsus. Estas visitas
permitiram uma melhor compreensão da história e da cultura turca e proporcionaram uma oportunidade de
conhecer um pouco da realidade deste país.
A estadia em Mersin foi também uma oportunidade para os participantes do projeto conhecerem alunos e
professores de outras escolas europeias e de estabelecerem novas amizades e parcerias. A troca de ideias
e de experiências entre os diferentes países e culturas foi um dos pontos altos da mobilidade e permitiu
uma aprendizagem enriquecedora e uma visão mais ampla do mundo e da Europa.
Entre os dias 13 e 17 de março, o Agrupamento de Escolas de Lousada vestiu-se a rigor para ser anfitrião
da terceira mobilidade.
Vinte e um participantes entre alunos e professores, provenientes de escolas da Lituânia, Roménia,
Macedónia do Norte e Turquia, envolveram-se em várias atividades no Agrupamento.
Ao longo da semana, foram desenvolvidas atividades de natureza diversa tais como: desportivas, culturais,
artísticas, observação na natureza mas sempre com o intuito de aplicarem os princípios da pedagogia
Montessori - aprender fazendo.
No primeiro dia foi proporcionado um espetáculo de boas vindas aos países parceiros. Música, declamação
de poema e discursos marcaram o início das atividades em agenda.
Seguiu-se uma sessão de trabalho onde foi apresentado o programa:
-Visita aos espaços educativos (Escola Eb1 de Cristelos e da Ordem);
-Workshop: Extração de pigmentos naturais para a produção de tintas, dinamizada pela Casa das Videiras;
-Trilho Sensorial: Sentir a Natureza na Mata de Vilar;
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-Workshop: Construção de um relógio com materiais recolhidos na floresta (aplicando a metodologia
Montessori) na Mata de Vilar com a colaboração da equipa da Mata de Vilar;
- Visita ao Porto, cidade Património Nacional da Humanidade;
- Iniciação ao hóquei de campo e jogo de hóquei com a colaboração do Gabinete do Deporto da Câmara
Municipal e da Federação Nacional de hóquei.
- Workshop "Construção de um mural usando azulejos" (usando a Metodologia Montessori) com a
colaboração de alunos e professores do Clube dos Azulejos da Escola EBLC de Lousada;
Para a dinamização das atividades a equipa do projeto contou ainda com a colaboração da ACIP,
Conservatório do Vale do Sousa, Curso Profissional de Restauração da Escola Secundária de Lousada;
alguns alunos do 11.ºA e 11.º D, professor Luís Melo com a turma do 11.º I e com alunos do Curso
Profissional de Multimédia, orientados pelo professor Paulo Bento e com o Rancho Folclórico de Nogueira.
De 17 a 21 de abril de 2023, terá lugar a última mobilidade do Projeto à Macedónia do Norte.
Todos participantes envolvidos no Projeto destacaram a importância destas mobilidades para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional, bem como para a sua visão do mundo e da Europa. Para além
disso, o projeto tem permitido o fortalecimento da rede de contactos entre as escolas e o estabelecimento
de novas parcerias, o que possibilita a realização de novos projetos no futuro.
Pode consultar todos os projetos já concluídos, acompanhar os que estão em desenvolvimento ou
propostas de futuros projetos na seguinte página:
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28 de Fevereiro
O DILEMA DO
COALA Código Secreto
Categoria Arquimedes Categoria Arquimedes
Um pequeno coala está a brincar com a sua calculadora.
A Joaquina quer enviar uma mensagem ao seu amigo
Introduz o número e de seguida faz 60 operações. Cada uma
secreto usando dígitos binários 0 e 1. Ela atribuiu o
dessas operações consiste em multiplicar ou dividir, por 2 ou
seguinte código a cada letra:
por 3, o número que está no visor da calculadora.
Depois do coala explicar o seu raciocínio à girafa e à tartaruga,
estas disseram-lhe:
Tartaruga: No fim das 60 operações podes obter o número 36.
Girafa: O número 108 nunca será o resultado final. A mensagem codificada que a Joaquina lhe enviou foi:
A girafa e a tartaruga estão
10000100110101000111011110011011010001
corretas?
Sabe-se que a mensagem termina com a letra F.
O COMPRIMENTO FORMIGA NO
Não te esqueças de identificar devidamente a tua resolução.
DO CUBO
Categoria Euler
Categoria Arquimedes & Categoria Euler
Uma formiga está no centro de uma base de um cubo que
tem 10 cm de aresta. A certa altura decide mudar-se para
ESTIMA O COMPRIMENTO DO o centro de outra face, passando por todas as outras faces.
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14 de Fevereiro
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