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grande multidão, pois Ele mesmo, em outra passagem disse que “O Pai
trabalhava até agora, e Ele também”. Jesus conhecia as necessidades do povo
e logo que viu um leproso se aproximando dele, possivelmente parou para
recebê-lo. Veremos nesta breve reflexão, o quanto um ato de fé e atitude é capaz
de alcançar misericórdia e graça do nosso Senhor Jesus Cristo.
“Sem fé é impossível agradar a Deus. Quem deseja se aproximar de Deus deve crer que
Ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hb 11:6b)
Esse homem, que a bíblia não menciona o nome, é-nos apresentado apenas
como um anônimo leproso – ou seja, pela sua condição. Até hoje não sabemos
quem era aquele homem ou seu nome, mas por que a bíblia deixou claro o
estado de saúde daquele homem? Vamos contemplar um panorama sobre essa
doença.
No mundo antigo, a lepra era vista e tida como maldição. Era a pior doença
conhecida na época. No antigo testamento o termo “tzaraat” ou “çãra‘ath”
designava a lepra propriamente dita ou qualquer outra doença de pele (Lv 13:2-
3). Ademais, era o termo utilizado para fungos ou mofo nas paredes das casas.
Pela lei de Deus, quem tivesse a lepra, estava cerimonialmente impuro e deveria
se afastar do convívio social, da família e da sociedade como um todo, tendo
que ficar fora do acampamento (Lv 13:46). A bíblia também nos relata que o
leproso devia se vestir com roupas esfarrapadas, usar um cabelo despenteado,
com uma bandagem no lábio superior e enquanto caminhava devia gritar o
tempo todo “Imundo! Imundo!” (Lv 13:45).
Nos tempos de Jesus, o leproso era impedido de adentrar em qualquer cidade
que fosse murada. A lei enumerava sessenta e um contatos que podiam tornar
o judeu em impuro, e o segundo em importância, depois do contato direto com
um morto era o contato com leprosos. Ninguém poderia fazer contato direto com
um leproso e era recomendado ficar a pelo menos 2 metros de distância de
alguém contagiado com lepra. Se o vento soprasse a favor de alguém com esta
doença, a distância recomendada era de 45 metros, no mínimo. Os rabinos não
comiam um ovo se soubessem que foi comprado numa rua onde havia passado
um leproso. Outros se gabavam de ter atirado pedras para afastar quem
estivesse com a doença. Outros se escondiam ou saíam correndo quando
vissem um leproso.
A lepra era capaz de “matar” alguém mesmo ela estando viva. O homem ficava
afastado de tudo e todos, era um morto-vivo. Porém, naquele dia, aquele leproso
tinha encontrado a vida. Jesus é a vida para os que creem (Jo 14:6).
“A saber: se com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dos morots, serás salvo.” (Rm 10:9)