Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Meteorologia Agrícola Básica
Meteorologia Agrícola Básica
Básica
1ª. Edição
UNIGRAF
Gráfica e Editora União Ltda.
2007
2
Capa e Editoração:
Guilherme Augusto Biscaro / UNIGRAF
Revisão Lingüística:
Luiz Sander de Freitas - luizsander@yahoo.com.br
Revisão Técnica:
Prof. Dr.Wilson Itamar Maruyama - wilsonmaruyama@yahoo.com.br
Impressão e Acabamento:
UNIGRAF - Gráfica e Editora União Ltda.
Rua Sebastião Leal, 811 - Centro.
CEP 79540-000 - Cassilândia - Mato Grosso do Sul
Fone/fax: (0xx67) 3596-1981 E-mail: uni_graf@terra.com.br
3
Prof. Dr. Guilherme Augusto Biscaro
gbiscaro@hotmail.com
4
Dedico
Agradecimentos
A minha família.
A Squitter do Brasil.
5
Índice
Página
1. Tempo e Clima.....................................................................................................07
2. Terra, Sol e Atmosfera.........................................................................................08
3. Latitude, Longitude e Altitude..............................................................................14
4. Radiação Solar.....................................................................................................18
5. Temperatura do Ar e do Solo...............................................................................25
6. Umidade do Ar.....................................................................................................32
7. Ventos...................................................................................................................36
8. Condensação da Água no Ar...............................................................................39
9. Geadas.................................................................................................................42
10. Precipitação.......................................................................................................46
11. Massas de Ar......................................................................................................49
12. Evaporação........................................................................................................53
13. Evapotranspiração.............................................................................................56
14. Balanço Hídrico.................................................................................................61
15. Classificação Climática de Köppen...................................................................67
16. Estações Meteorológicas e PCD’s.....................................................................75
17. Manejo de Sistemas de Irrigação......................................................................80
Referências Bibliográficas.......................................................................................82
Tabelas.....................................................................................................................83
6
1. Tempo e Clima
7
2. Terra, Sol e Atmosfera
Existe também uma camada gasosa não visível que envolve o globo
terrestre, e é chamada de atmosfera terrestre.
ATMOSFERA TERRESTRE
8
• Componentes variáveis: é composto por CO2, vapor d’água e ozônio.
9
Acima da tropopausa se encontra a estratosfera, que é uma camada que vai
atingir uma altura estimada de cinquenta quilômetros. Nesta camada ocorre o
inverso da troposfera em relação a variação de temperatura: quanto maior for a
altitude maior será a temperatura. Isto se deve a reação que ocorre entre a radiação
ultravioleta emitida pelo Sol e que é absorvida pelo gás ozônio.
Acima da estratosfera se encontram outras camadas como a mesosfera e a
termosfera.
11
Quando não há declinação (δ=0°), ou seja, o Sol se encontra exatamente
sobre a linha do Equador, damos o nome de Equinócio.
DIA E NOITE
12
Figura 7. Dia e noite. (*)
13
3. Altitude, Latitude e Longitude
ALTITUDE
14
Figura 9. Altitude de uma localidade. (*)
LATITUDE
Podemos dizer que dois locais possuem a mesma latitude quando ambos
se encontrarem no mesmo paralelo.
15
LONGITUDE
17
4. Radiação Solar
A figura acima apresenta o curso diário de radiação solar que incide sobre
uma superfície, medida por uma estação meteorológica automatizada, no dia 27 de
setembro de 2006. Esta radiação é que foi absorvida durante o tempo em que o Sol
se encontrava sobre o horizonte (do nascer ao pôr-do-sol), e variou de acordo com
a altura do mesmo.
Podem-se observar nesta figura alguns pontos (indicados pela seta) fora da
curva formada pela absorção de radiação solar. Isto pode ser explicado pelo fato de
18
que, em alguns momentos o céu estava com nuvens, fazendo com que a radiação se
tornasse difusa e interferisse na leitura do sensor.
A Terra também emite a sua própria radiação, na qual predomina as ondas
longas. Na verdade, qualquer corpo que possua temperatura diferente de 0° K, tem
a capacidade de emitir radiação também.
Existe um tipo de corpo que recebe e absorve toda a radiação
eletromagnética que incide sobre ele, independente do tipo de comprimento de
onda: o corpo negro. A emissão de radiação de um corpo negro compreende-se
dentro de uma faixa de comprimento de onda. A quantidade total de energia irá
depender da temperatura do corpo, sendo regida pela lei de Stefan-Boltzmann.
E = Ε m . σ . T4
Onde,
E = Energia total emitida (cal/cm2 . min);
σ = constante de Stefan-Boltzmann (0,827 . 10-10 cal/cm2 . min);
T = temperatura absoluta (ºK).
Em = emissividade do corpo.
Podemos chamar de constante solar (Io) a taxa de recebimento dos raios do
sol no alto da atmosfera da Terra, em um ponto aonde os mesmos incidam sobre
ela perpendicularmente. Em média apresentam um valor aproximado de duas
calorias por centímetro quadrado por minuto (cal/cm2 . min).
19
Figura 15. Reflexão, absorção e transmissão em um corpo. (*)
O total da radiação que incidirá por um corpo qualquer (Ii) será a soma da
radiação refletida (Ir) com a radiação absorvida (Ia) e com a radiação transmitida
(It).
• A propriedade de um corpo de refletir a radiação é chamada de
refletividade, e é dada pela razão entre Ir e Ii (R = Ir / Ii). Observação:
albedo é o nome dado à capacidade de um corpo de refletir ondas curtas.
• A propriedade de um corpo de absorver a radiação é chamada de
absorvidade, e é dada pela razão entre Ia e Ii (A = Ia / Ii).
• A propriedade de um corpo de transmitir a radiação é chamada de
transmissividade, e é dada pela razão entre It e Ii (T = It / Ii).
20
BALANÇO DE RADIAÇÃO NA SUPERFÍCIE TERRESTRE
• A radiação global (Qg) é soma dos fluxos de radiação direta (Qd) e fluxo de
radiação difusa (Qc) que atingem a superfície terrestre simultaneamente;
Qg = Qc + Qd
21
• A radiação líquida (RL) é a soma do balanço de ondas curtas (Boc) e o balanço
de ondas longas (Bol);
RL = Boc + Bol
Q = Qoc + Qol
Onde,
Qoc = balanço de radiação de ondas curtas (cal/cm2.dia);
Qol = balanço de radiação de ondas longas (cal/cm2.dia).
O balanço de radiação de ondas longas (Qol), também chamado de emissão
efetiva da Terra é determinado pela seguinte equação:
23
Qol = Qs . ( 0,09 . √(e ) - 0,56 ) . ( 0,1 + 0,9 . n / N )
Onde,
e = Tensão média diária de vapor d’água (vapor de água na atmosfera) (mmHg);
n = insolação diária (horas);
N = Número diário possível de horas de sol (Tabela 1);
Qs = emissão diária de radiação de um corpo negro em função da temperatura do ar
(Tabela 2).
O balanço de radiação de ondas curtas (Qoc), também chamado de
radiação solar absorvida, é determinado pela seguinte equação:
Qoc = ( 1 – r ) . Qg
Onde,
Qg = radiação solar global (cal/cm2.dia);
r = valor tabelado que corresponde ao poder refletor da superfície (Tabela 3).
A determinação aproximada da radiação solar global (Qg) pode ser
realizada através de equações que utilizam a insolação diária. Uma destas equações
é a proposta por ANGSTRON:
Onde,
Qo = radiação solar em uma superfície horizontal no topo da atmosfera (Tabela 4);
∅ = latitude do local no qual se está determinando Qg.
Pode-se determinar também a radiação solar refletida (Qr), que é apenas
uma parte de Qg, utiliza-se a seguinte equação:
Qr = r . Qg
24
5. Temperatura do Ar e do Solo
25
Juntamente com a radiação que recebe e absorve do Sol, a Terra também
emite radiação (radiação efetiva terrestre) e que também é crescente com o nascer
do Sol, atinge um valor máximo e decresce com passar do dia, porém ao contrário
da radiação solar, se mantém durante a noite e a madrugada. Assim, podemos
dividir o balanço de radiação em balanço de radiação positivo (durante o dia) e
balanço de radiação negativo (durante a noite).
No balanço positivo de radiação (+) a energia excedente é utilizada para o
aquecimento do solo (que diminui com o aumento da profundidade). O solo
promove o aquecimento do ar (que diminui com a altitude). No balanço negativo
de radiação (-) o calor existente no solo é utilizado para aquecer a atmosfera
(gerando o resfriamento do solo) e o calor existente no ar é utilizado para suprir a
perda de calor do solo (gerando o resfriamento do ar) (Figura 20).
28
Figura 24. Abrigo meteorológico. (*)
AMPLITUDE TÉRMICA
29
A TEMPERATURA DO AR E O CONCEITO DE GRAUS-DIA
30
(3° passo) Somam-se os valores de graus dia, a partir da semeadura, sendo que o
valor não pode ultrapassar a exigência de graus dia da cultura.
(4° passo) Para saber a data da colheita, deve-se primeiro subtrair o valor requerido
de gd (740,0) do valor obtido no somatório (698,7).
41,3 gd = 3 dias
12,8
São necessários mais três dias de novembro para se completar o número de
graus dia requeridos pela cultura. Temos então a data de 04 de novembro como a
mais provável para a colheita.
31
6. Umidade do Ar
35
7. Ventos
MEDIÇÃO DO VENTO
37
Figura 33. Variação da velocidade do vento medida no dia 14/07/2006 no
Município de Cassilândia-MS. (*)
38
8. Condensação da Água no Ar
AS NUVENS
OS NEVOEIROS
40
Figura 36. Neblina. (*)
O ORVALHO
Figura 38. Ocorrência de geada branca sobre galhos e folhas. (Fonte: http://ian-
barton.com)
42
Figura 39. Efeito de uma geada em bromélias (Fonte: Bromeliário Cairé, 2007).
TIPOS DE GEADA
As geadas podem ser classificadas em: geada branca, geada negra e geada
de vento e suas ocorrências irão depender da quantidade de umidade presente no ar,
da temperatura e da presença de massas de ar em deslocamento.
Na geada branca, com a diminuição de temperatura e com a presença de
certa quantidade de umidade no ar, a água que se condensa e se deposita sobre a
superfície das plantas (formando o orvalho), vindo a congelar quando a
temperatura atingir valores abaixo de zero grau. Pode-se dizer então que a geada
branca é o orvalho que se congelou. A superfície vegetal adquire uma coloração
branca, que são os cristais de gelo.
No caso da geada negra, também ocorre à diminuição da temperatura,
porém o ar possui baixíssimo teor de umidade, não havendo, portanto a
condensação. Quando a temperatura atinge valores abaixo de zero, os tecidos
vegetais são congelados mesmo sem a presença de gelo sobre a superfície,
causando um efeito ainda mais devastador que a geada branca. Ocorre o
rompimento das membranas das células e a morte do vegetal.
Vale ressaltar que a geada branca e a geada negra ocorrem em geral com a
presença de uma massa de ar de origem polar sobre a região, sem a presença de
ventos e em noites sem nuvens.
Também pode ocorrer um tipo de geada que, mesmo a temperatura do ar
estando um pouco acima de zero grau, a umidade estiver baixa e houver a presença
de vento, promove a desidratação dos tecidos vegetais, causando a sua morte. Este
tipo de geada é denominada geada de vento e sua principal causa são as massas de
ar polar em deslocamento.
43
PREVISÃO DE GEADAS
MEDIÇÃO DA GEADA
MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
47
Figura 43. Representação da espessura da camada de água. (*)
VARIAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
48
11. Massas de Ar
49
Na região ao redor do equador, aonde as latitudes são menores, o ar com
temperatura mais alta eleva-se na atmosfera, gerando uma área de baixa pressão
chamada de área ciclonal, e que é recebedora de massas de ar. Já nas áreas com
latitudes menores (polares e subtropicais), o ar possuindo menores temperaturas
desce na atmosfera e gera uma área de alta pressão denominada de área
anticiclonal, que é dispersora de massas de ar.
As massas de ar podem ser classificadas em: massa de ar equatorial, massa de
ar polar, massa de ar tropical, massa de ar ártica e massa de ar antártica.
50
ENCONTRO DE MASSAS DE AR
51
Figura 46. Frente quente. (*)
52
12. Evaporação
53
Figura 47. Atmômetro de Pichê. (*)
54
água evaporada a sombra. Além disso, o tanque evaporímetro sofre também
influência da cobertura do solo no qual está instalado e da faixa de bordadura. Uma
tabela é utilizada para ajustar as leituras para cada situação.
Esse tanque é feito de metal (chapa galvanizada n° 22), deve ser cheio de
água limpa até 5,0 centímetros da borda superior, possui a forma circular, com
diâmetro de 121 centímetros e com altura de 25,4 centímetros. É instalado sobre
um estrado de madeira pintado de branco, de mesma altura do tanque.
Somente é permitida uma variação máxima de 25 milímetros de água
evaporada, sendo necessário neste momento completar o tanque com água até valor
inicial. As leituras dos milímetros de água evaporada são realizadas por meio de
micrômetro de gancho colocado dentro de um poço tranqüilizador. Um termômetro
flutuante é colocado também para fornecer a temperatura na água (Figura 49).
55
13. Evapotranspiração
56
Ocorrendo a evapotranspiração potencial, a reposição de água pela
irrigação deve atender a máxima perda de água da cultura, caso contrário à
reposição deve atender apenas a quantidade perdida no processo.
DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
LISÍMETRO
58
Onde,
ET = evapotranspiração máxima (mm);
P = quantidade de água precipitada (mm);
D = quantidade de água drenada e coletada no tanque (litros);
A = área do tanque (m²).
A grama Batatais (Paspalum notatum Flugge) é utilizada com mais
freqüência em lisímetros no Brasil por apresentar um evapotranspiração bastante
uniforme durante todo o ano.
• Equação de Thornthwaite
• Equação de Hargreaves
• Equação de Garcia-Lopez
• Equação de Jensen-Haise
60
14. Balanço Hídrico do Solo
61
O Quadro 3 apresenta o modelo da planilha que deve ser utilizada no
cálculo do balanço hídrico.
62
A coluna P–EP corresponde ao valor da precipitação média subtraída o da
evapotranspiração média, ambos do mês em questão. Exemplo:
Mês T EP P P-EP Cálculo:
MAR 20,9 87 174 87 P - EP = 174 - 87 = 87
ABR 19,8 78 73 -5 P - EP = 73 - 78 = -5
63
consequentemente o valor da coluna P-EP der negativo, após terem ocorrido
valores positivos, o valor de N será igual ao de P-EP.
No mês seguinte, o valor de N será igual ao valor de P-EP somado ao valor
de N do mês anterior. Conseqüente entra-se na Tabela 7 e se determina o valor de
ARM correspondente. Isto deve ser repetido para os próximos meses se o valor de
P-EP for negativo. Exemplo:
Mês P-EP N ARM Cálculo:
MAR 87 0 100 P-EP = (+) → N= 0 → ARM = 100 (Tabela 5)
ABR -5 -5 95 P-EP = (-) → N= P-EP = -5 → ARM = 95 (Tabela 5)
MAI -13 -18 83 P-EP = (-) → N (atual) = P-EP (atual) + N (anterior)
N (atual) = -13 + (-5) = -18 → ARM = 83 (Tabela 5)
JUN -17 -35 70 P-EP = (-) → N (atual) = P-EP (atual) + N (anterior)
N (atual) = -17 + (-18) = -35 → ARM = 70 (Tabela 5)
Se os valores de P-EP voltarem a se tornar positivos, deve-se fazer uma
mudança na maneira de fazer o cálculo da coluna N e ARM. Determina-se
primeiramente o valor da coluna ARM, somando o valor positivo de P-EP do mês
em questão com o valor do ARM do mês anterior. Entra-se na Tabela 5 com o
valor do ARM para encontrar N. Quando encontrar mais de um valor de ARM,
utiliza-se o mais negativo.
Se a soma do valor positivo de P-EP do mês em questão com o valor do
ARM do mês anterior for maior ou igual a 100, adota-se este valor para ARM e
zero para N. Exemplo:
Mês P-EP N ARM Cálculo:
AGO -33 -89 40
SET 4 -81 44 P-EP = (+) → ARM (atual) = P-EP (atual) + ARM (anterior)
ARM (atual) = 4 + 40 = 44 → N = -81 (Tabela 5)
OUT 40 -17 84 P-EP = (+) → ARM (atual) = P-EP (atual) + ARM (anterior)
ARM (atual) = 40 + 44 = 84 → N = -17 (Tabela 5)
NOV 122 0 100 P-EP = (+) → ARM (atual) = P-EP (atual) + ARM (anterior)
ARM (atual) = 122 + 84 >100 (adota-se ARM=100) → N = 0
DEZ 198 0 100 P-EP = (+) → ARM (atual) = P-EP (atual) + ARM (anterior)
ARM (atual) = 198 + 100 >100 (adota-se ARM=100) → N = 0
(3° passo) Calcular a alteração (ALT) e a evapotranspiração real (ER) (Quadro 6).
A coluna ALT corresponde à diferença do mês em questão e o mês
anterior dos valores de armazenamento. Considera-se que o mês anterior ao mês de
janeiro, na coluna ARM, possui o mesmo valor de dezembro, no caso 100.
Portanto o primeiro valor de ALT é zero.
Utiliza-se a seguinte regra para o cálculo da evapotranspiração real (ER):
Se P - EP > 0 → ER = EP
64
Se P - EP < 0 → ER = P + | ALT |*
65
Regra para determinar DEF:
Se P - EP > 0 → DEF = 0
Se P - EP < 0 → DEF = EP – ER
67
Figura 54. Zona B. (*)
68
Figura 56. Zona D. (*)
(1° passo) De posse das latitudes que limitam o local que se deseja realizar a
classificação de Köppen, verificar preliminarmente em qual zona ele se encaixa.
69
(2° passo) Fazer a identificação o tipo do clima, se é seco, úmido ou de neve. Para
isso é necessário conhecer a temperatura média anual (tma) e a precipitação total
anual (pta) da região. O Quadro 8 apresenta as condições para classificação.
Observação: Deve-se converter ao valor da precipitação total anual que é em
milímetros para centímetros.
(3° passo) Se uma ou todas as condições forem falsas, e o clima for classificado
como úmido ou de neve, deve-se pular diretamente para o 4° passo. Caso as
condições do Quadro 8 forem verdadeiras, e o clima for identificado como Seco
(Zona B), deve-se classificar esta zona de acordo com as características abaixo
descritas. Os tipos fundamentais da zona B são divididos com base na
ausência/presença de precipitação em:
• Clima seco desértico (BW), quase sem precipitação e com vegetação
formada em sua maioria por cactos.
• Clima seco (BS), que possui pequena estação de chuvas e vegetação de
pampas, estepes e pradarias.
Após se determinar o tipo fundamental da Zona B, deve-se classificar a
mesma em variedades específicas, em função da precipitação e sua distribuição nas
estações (Quadro 9).
70
A Zona B também pode ser classificada em função das variedades
específicas de temperatura, adicionando mais uma letra a classificação (Quadro
10).
(4° passo) Deve-se determinar agora qual entre os climas úmidos ou clima de neve
se classifica o local estudado, com base nas temperaturas (Quadro 11).
71
Os tipos fundamentais da Zona C (Clima Temperado Chuvoso) são
divididos com base no período de precipitação em:
• Clima temperado chuvoso seco de inverno (Cw), com verão chuvoso e a
precipitação no mês mais seco dez vezes menor do que a precipitação
máxima de verão. Possui vegetação de cerrado.
• Clima temperado chuvoso seco de verão (Es), com inverno chuvoso e a
precipitação do mês mais seco (menor que 30 mm) é três vezes menor que
a precipitação máxima de inverno.
• Clima temperado chuvoso com a época mais seca sendo o verão (Cfs), com
inverno chuvoso e a precipitação do mês mais seco é maior que 30 mm.
• Clima temperado chuvoso constantemente úmido (Cf), aonde as chuvas
máximas de verão são dez vezes menores que a precipitação do mês mais
seco e as chuvas máximas de inverno são três vezes menores que a
precipitação do mês mais seco.
72
Quadro 12. Variedades gerais das Zonas A, B e C.
Descrição Variedade
Variação anual de temperatura < 5 °C i
Curva anual de temperatura atinge valor máximo antes do g
solstício de verão, com ocorrência de chuvas neste período
Curva anual de temperatura atinge valor máximo depois do g'
solstício de verão, com ocorrência de chuvas neste período
Presença constante de nevoeiros n
Ar sempre úmido, com escassez de chuvas e temperatura no verão n'
menor que 24 °C
Ar sempre úmido, com escassez de chuvas e temperatura no verão n"
menor que 24 °C
73
ZONAS CLIMÁTICAS NO BRASIL
74
16. Estações Climatológicas e PCD’s
75
Além das estações climatológicas, existem também as estações
agrometeorológicas, estações meteorológicas aeronáuticas, estações sinóticas e
estações diferenciadas.
• Estações agrometeorológicas: utilizada principalmente para fins agrícolas,
relacionando informações meteorológicas e atividades agrícolas.
• Estações meteorológicas aeronáuticas: utilizadas em aeroportos de grandes
capitais, fornecem informações necessárias à segurança de vôos.
• Estações sinóticas: utilizadas para atividades de previsão do tempo. Usa o
horário padrão TMG (Tempo Médio de Greenwich). Todas as observações
são realizadas simultaneamente, independentes de sua localização. Juntas
em um mapa formam a carta sinótica.
• Estações diferenciadas: outras estações que apresentem características
específicas.
76
Figura 59. Estação meteorológica automatiza. (*)
78
De acordo com o site do Centro de Previsão do Tempo e Estudos
Climáticos, CPTEC (http://www.cptec.inpe.br/), o Sistema de Coleta de Dados é
constituído por um conjunto de satélites e por diversas de plataformas de coleta de
dados espalhadas pelo território nacional, pelas Estações de Recepção de Cuiabá e
de Alcântara, e pelo Centro de Missão Coleta de Dados.
A função do satélite é ser um retransmissor de mensagens, fazendo a
comunicação entre uma PCD e as estações de recepção. Estes dados são enviados
posteriormente para o Centro de Missão de Coleta de Dados em Cachoeira
Paulista, onde são processados, armazenados e divulgados pela internet, meia hora
após a recepção.
79
17. Manejo da Irrigação por Evapotranspiração
80
MÉTODOS DE MANEJO
81
Referências Bibliográficas
82
Tabelas
Tabela 1. Número possível de horas de brilho de sol no 15° dia do mês (N)
(adaptado de Tubelis e Nascimento, 1980).
83
Tabela 2. Emissão diária de radiação de um corpo negro (1440 σ T4) em função da
temperatura, cal/cm2. dia (adaptado de Tubelis e Nascimento, 1980).
84
Tabela 4. Radiação solar diária (Qo) em suma superfície horizontal no topo
da atmosfera, cal/cm2.dia (adaptado de Tubelis e Nascimento, 1980).
85
Tabela 5. Água retida no solo após terem ocorridos valores diferentes de
evapotranspiração potencial (capacidade de retenção de água no perfil do solo =
100 mm) (fonte: Castro Neto, 1990).
86
Tabela 6. Valores de coeficiente do tanque (Kp).
87