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ROCHAS
AULA - 04
Técnico em
MINERAÇÃO
ARACI/BA
2021
OBJETIVOS DA AULA
OTIMIZAÇÃO DO DESMONTE:
✓ Instrumentação,
✓ Causas dos problemas ambientais gerados pelos desmontes de rochas por explosivos:
vibração do terreno e sobre pressão atmosférica e ruído,
✓ Desacoplamento e espaçadores e
OTIMIZAÇÃO DO DESMONTE
INSTRUMENTAÇÃO
Ainda para evitar a ocorrência de ultra lançamento devido a irregularidades nas faces da
bancadas, deve-se fazer o perfilamento das mesmas, através do equipamento denominado
Laser Profile (Quarryman) figura 2, corrigindo-se, logo em seguida, as quantidades de
explosivos da primeira linha de detonação.
c) Não gera grandes problemas ambientais (vibração do terreno, sobre pressão atmosférica
e ultra lançamento).
✓ alto grau de confinamento dos furos (afastamento grande ou tempo de retardo curto);
✓ qualidade da fragmentação;
A detonação de uma carga explosiva contida em um furo gera pressões instantâneas que
podem atingir níveis que variam de 2 a 10 GPa, dependendo das características e
quantidades do explosivo utilizado.
Detonações realizadas próximas a locais muitas vezes geram conflitos devido a impactos
ambientais.
Nestas situações, os responsáveis pelas detonações têm, muitas vezes, pouco o que fazer,
pois tentam encontrar um plano de fogo para otimizar o desmonte de rocha sem realizar
uma pesquisa, com o uso adequado de instrumentação, para determinar a influência de
diversos parâmetros nos problemas ambientais gerados pelas detonações com o uso de
explosivos.
A maioria dos países tem normas locais, que especificam legalmente níveis aceitáveis de
vibração do solo provocadas por detonações.
onde:
c) Pressão Acústica: aquela provocada por uma onda de choque aérea com componentes
na faixa audível (20Hz a 20.000Hz) e não audível, com uma duração menor do que 1s;
onde:
Os limites para velocidade de vibração de partícula de pico acima dos quais podem ocorrer
danos induzidos por vibrações do terreno são apresentados numericamente na Figura 6.
Nível de Pressão Acústica: a pressão acústica, medida além da área de operação, não
deve ultrapassar o valor de 100 Pa, o que corresponde a um nível de pressão acústica de
134 dBL pico.
Na maioria das operações, os níveis de vibrações são mantidos bem abaixo dos critérios
estabelecidos para evitar danos.
Entretanto, o respeito às leis não exclui problemas: vibrações dentro de limite legais podem
ainda aborrecer vizinhos.
Vibração do Terreno
Quando um explosivo detona dentro de um furo, ondas de tensão são geradas causando
distorções e fissuras no maciço rochoso.
As vibrações dos terrenos geradas pelo desmontes de rochas por explosivos se transmite
através dos materiais como ondas sísmicas, cuja frente de desloca radialmente a partir do
ponto de detonação.
São as mais rápidas e produzem troca de volumes, sem troca de forma, no material através
do qual se movimentam.
As ondas do tipo superficial que são geradas pelos desmontes de rochas são: as Ondas
Rayleigh-R e as Ondas Love-Q.
Coberturas de nuvens também podem causar a reflexão da onda de pressão de volta para
a superfície a uma certa distância do local do desmonte.
A continuação da figura 9 mostra que o ultralançamento pode ser causado pela inclinação
incorreta da perfuração e por condições que permitam a fuga de gases explosivos ao longo
da descontinuidade do maciço rochoso ou uma alta concentração de explosivo em virtude
da presença de vazios (cavernas) na rocha.
✓ maior diluição do minério com o estéril, nas zonas de contato, nas minas metálicas;
✓ aumento do custo de concretagem nas obras civis: túneis, centrais hidráulicas, câmaras
de armazenamento, sapatas, muralhas etc.;
Nas minerações a céu aberto, no controle dos taludes finais, podem produzir as seguintes
vantagens:
✓ menores dimensões dos pilares nas explotações e, por conseguinte, maior recuperação
do jazimento;
✓ aberturas mais seguras com um menor custo de manutenção das paredes, tetos e pisos;
✓ menor risco de danos à perfuração prévia, no caso do método de lavra VCR (Vertical
Crater Retreat).
sendo:
Quanto menor a pressão da carga da coluna de explosivo, menor será o ultra arranque.
DESACOPLAMENTO E ESPAÇADORES
O ultra arranque pode ser reduzido através do desacoplamento das cargas e espaçadores.
A razão entre o diâmetro da carga de explosivo (d) e o diâmetro do furo (D) é a medida do
desacoplamento entre as cargas de explosivos e as paredes dos furos (d/D < 1).
Os furos são carregados levemente com um explosivo apropriado, e são detonados antes
que qualquer escavação nas adjacências tenha sido executada.
Acredita-se que este procedimento cria umas fraturas abertas, necessárias para dissipar a
expansão dos gases provenientes da escavação principal.
As seguintes regras empíricas podem ser utilizadas para o cálculo do plano de fogo:
Desacoplamento entre a carga de explosivo e o furo (d/D): 0,4 a 0,6; sendo (d) o diâmetro
do explosivo e (D) o diâmetro da perfuração;
OBSERVAÇÕES:
✓ a última linha de furos de produção (buffer line) deve ter sua carga reduzida, no mínimo
de 50%, para que a parede do pré-corte não seja danificada durante a detonação principal;
✓ nos exemplos acima, os valores devem ser ajustados em função das descontinuidades
(falhas, juntas, fissuras, dobras etc.) apresentadas pelas rochas e o tipo de explosivo;
✓ o sucesso do pré-corte pode ser constatado no campo através da ocorrência das “meias
canas” (vestígios dos furos no talude após a detonação).
RESUMO
Muito bem! Agora que você chegou ao final desse encontro, siga em frente com os
estudos.