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1.0 Conceitos
Lei Áurea da Mecânica: O que se ganha em força, perde-se em distância, ou seja, mesmo com
a aplicação de uma máquina simples para alterar a força, o trabalho será mantido com uma
alteração proporcional na distância.
Explica o que acontece com o corpo quando não existe uma força agindo sobre ele.
Em termos mais simples, quando não agem forças sobre um corpo, sua aceleração é nula.
Fundamentação da Segunda Lei de Newton: A velocidade não muda se nenhuma força age
sobre um corpo; logo, se a força age, ocorre mudança de movimento, medida pela aceleração.
Portanto:
𝐹∝𝑎
OBS.: A primeira lei de Newton não diz o que acontece com um corpo com força resultante
nula, e sim, com ausência de força. Logo, a força não é aquilo que produz o movimento, e
sim, o que causa mudança neste.
2.2 Segunda Lei de Newton
Explica o que acontece com o corpo quando existe uma força agindo sobre ele.
Força Resultante: Soma vetorial de todas as forças externas (forças internas não são
incluídas!) agindo sobre um corpo.
Um ponto material submetido a uma força não nula adquire uma aceleração com módulo
proporcional ao módulo da força e na mesma direção e sentido desta.
O valor constante para a relação entre os módulos das forças e acelerações é chamado de
massa do ponto material m.
∑𝐹 = 𝑚𝑎
Comprovação da Primeira Lei de Newton: Se a força resultante que atua sobre o ponto
material for zero, a aceleração do ponto material também é zero. Logo, se o ponto material
estiver inicialmente em repouso (v0 = 0) em relação a um certo sistema de referência
newtoniano, ele permanecerá em repouso (v = 0); se o ponto material estiver inicialmente
com velocidade v0, continuará a se mover com velocidade constante v 0, numa mesma linha
reta.
∑𝐹 − 𝑚𝑎 = 0
O vetor –ma é chamado de vetor de inércia. O ponto material pode ser considerado em
equilíbrio sob a ação das forças dadas e do vetor de inércia.
O vetor de inércia mede a resistência oferecida pelos pontos materiais quando tentamos
colocá-las em movimento ou quando tentamos mudar as condições de seus movimentos.
Massa Inercial: medida de resistência de um corpo a uma mudança no movimento em
resposta a uma força externa.
𝑑𝑣
∑𝐹 = 𝑚
𝑑𝑡
Como a massa é considerada constante, ela pode “entrar” na derivada sem qualquer
alteração:
𝑑
∑𝐹 = [𝑚𝑣]
𝑑𝑡
A equação mostra que a resultante das forças que atuam num ponto material é igual à
derivada temporal (em relação ao tempo) da quantidade de movimento desse ponto. Este foi
o enunciado original de Newton:
𝑑
∑𝐹 =[𝐿], 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝐿 = 𝑚𝑣
𝑑𝑡
𝑑
∑𝐹 = [𝑚𝑣]
𝑑𝑡
𝑑𝑣
∑𝐹 = 𝑚
𝑑𝑡
∑𝐹 = 𝑚𝑎
Velocidade constante:
𝑑
∑𝐹 = [𝑚𝑣]
𝑑𝑡
𝑑𝑚
∑𝐹 = 𝑣
𝑑𝑡
𝑑
∑𝐹 = [𝑚𝑣]
𝑑𝑡
𝑑𝑚 𝑑𝑣
∑𝐹 = .
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑚 𝑑𝑣
∑𝐹 = 𝑣+𝑚
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑚
∑𝐹 = 𝑚𝑎 + 𝑣
𝑑𝑡
2.2.5 Força Gravitacional
A força exercida pela Terra sobre um corpo é a força gravitacional F g, que é direcionada par ao
centro da Terra. Seu módulo é chamado de peso do corpo:
∑𝐹 = 𝑚𝑎 → 𝐹g = 𝑚𝑔
Se dois corpos se interagem, a força F1 exercida pelo corpo 1 sobre o corpo 2 é igual em
módulo, mas oposta em direção à força F 2 exercida pelo corpo 2 sobre o corpo 1.
𝐹1 = −𝐹2
Forças são sempre interações entre dois corpos, ou seja, ela sempre ocorre em pares, e uma
força única isolada não existe.
Força Normal n: Força originária da superfície, sempre perpendicular a esta. Portanto, ela não
é uma reação da força gravitacional, até porque estas duas forças são exercidas sobre corpos
iguais.
3.0 Torque
Simplificando, torque é uma grandeza vetorial que tende a rodar ou virar objetos.
d
T= [d x L]
dt
d d
T=Lx [ d] + d [L]
x dt
dt
Pela Segunda Lei de Newton, L’ = F e, considerando a distância do pivô constante, temos:
T = Lx0+dx𝐅
T= dx𝐅
Podemos pensar no centro de massa de um corpo qualquer como sendo um ponto que se
comporta como se simplesmente toda a massa do corpo estivesse concentrada nele.
𝐹 = ∑ 𝑚𝑖𝑔
𝑖=1
𝐹 = 𝑀𝑔
O torque produzido pela gravidade em cada ponto é:
𝑛
𝑇 = ∑ 𝑟𝑖 𝑥 𝑚𝑖𝑔
𝑖=1
𝑇 = ∑ 𝑟𝑖𝑚𝑖 𝑥 𝑔
𝑖=1
𝑇 = 𝑅 𝑥 𝑀𝑔
𝑇 = 𝑅𝑀 𝑥 𝑔
𝑇 = 𝑅𝑀 𝑥 𝑔 = ∑ 𝑟𝑖𝑚𝑖 𝑥 𝑔
𝑖=1
𝑅𝑀 = ∑ 𝑟𝑖𝑚𝑖
𝑖=1
∑𝑖=𝑛 1 𝑟𝑖𝑚𝑖
𝑅=
𝑀
Decompondo R, temos:
∑ 𝑥𝑖𝑚𝑖
𝑛
𝑖=1
𝑥𝑐 = 𝑀
∑𝑛 𝑦𝑖𝑚𝑖
𝑖=1
𝑦𝑐 = 𝑀
∑𝑛 𝑧𝑖𝑚𝑖
𝑖=1
𝑧𝑐 = 𝑀
Para corpos de massas simétricas, o centro de gravidade de uma figura estará localizado sobre
os eixos de simetria de um corpo, ou seja, no cruzamento ou interseção dos eixos de simetria.
Quadriláteros:
𝑏 𝑙
𝐶𝐺 = ( , )
2 2
Triângulo Equilátero:
𝑙 𝑙√3
𝐶𝐺 = ( , )
2 6
Triângulo Isósceles:
𝑏 ℎ
𝐶𝐺 = ( , )
2 3
Triângulo Retângulo:
𝑏 ℎ
𝐶𝐺 = ( , )
3 3
5.0 Aplicações
Quando um corpo está sendo puxado por uma corda ou fio ligado a ele, a corda exerce uma
força sobre o corpo. O módulo dessa força é chamado de tensão na corda, tendo sua direção
ao longo da corda, afastando-se do corpo.
∑𝑇𝐴 = 0
Partícula Acelerada: A força resultante não é nula e está agindo sobre, um corpo, logo este
acelera.
∑𝐹 = 𝑚𝑎
5.1 Máquina Simples
Toda máquina simples é um dispositivo, tecnicamente uma única peça, capaz de alterar uma
força (seja em intensidade e/ou direção e/ou sentido) com o intuito de ajudar o homem a
cumprir uma determinada tarefa com um mínimo de esforço muscular. De modo geral, o
objetivo da máquina é multiplicar a intensidade de uma força.
𝑃𝑥 = 𝑃𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑃𝑦 = 𝑃𝑐𝑜𝑠𝜃
A Aceleração com que o bloco desce o plano inclinado independe da sua massa m:
𝑃𝑥 = 𝑃𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝑎
𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝑎
𝑎 = 𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃
Polia é um disco que pode girar em torno de um eixo que passa por seu centro. Além disso, na
periferia desse disco existe um sulco, chamado gola, no qual passa uma corda contornando-o
parcialmente.
As polias classificam-se em fixas e móveis. Nas fixas os mancais de seus eixos permanecem em
repouso em relação ao suporte onde foram fixados. Nas móveis tais mancais se movimentam
juntamente com a carga que está sendo deslocada pela máquina.
Na polia fixa a VM = 1, sua função é apenas a de inverter o sentido da força aplicada. Como
conseqüência, temos que F = R e dF = dR.
𝐹=𝑅 𝑑𝑃 = 𝑑𝐹
A polia móvel comporta-se como alavanca inter-resistente cujo braço da potência é o dobro do
braço da resistência (VM = 2). Como conseqüência, temos que:
𝑅
𝐹= 𝑑𝑃 = 2𝑑𝐹
2
Associação de Polias ou Talha Exponencial é o acréscimo sucessivo de polias móveis, em que:
𝑅
𝐹= n = número de polias móveis.
2𝑛
5.1.4 Máquina de Atwood
A Máquina de Atwood consiste em dois corpos com massas desiguais que são pendurados
verticalmente por uma polia leve, sem atrito. Se considerarmos que o corpo 2 desce, temos:
(𝑚2 − 𝑚1)
𝑎 = 𝑔 (𝑚 + 𝑚 )
1 2
𝑇 = 𝑔𝑚 1(𝑚2 − 𝑚12)+ 𝑚 𝑔
1
(𝑚1 + 𝑚2) 1
𝑚1(𝑚2 − 𝑚2)
𝑇 =𝑔[ 1 +𝑚 ]
1
(𝑚1 + 𝑚2) 1
2𝑚1𝑚2
𝑇1 = 𝑇 = 𝑔 ( )
𝑚1 + 𝑚2
São peças rígidas, tais capazes de girar ao redor de um ponto ou eixo, denominado fulcro ou
ponto de apoio. Em uma das extremidades da alavanca o operador aplica seu esforço F e ela
transfere para a outra extremidade (ou região) uma força R para a carga aí colocada.
As alavancas interpotentes têm VM < 1. Sob o ponto de vista mecânico isso seria uma
desvantagem, pois é preciso usar um grande esforço para vencer uma pequena carga
(resistência pequena). Entretanto, nessas situações em que "se perde em força", ganha-se em
deslocamento (e portanto em velocidade).
Quando duas superfícies estão em contato, sempre aparecem forças tangenciais, chamadas de
forças de atrito, ao tentar mover uma em relação a outra. O atrito que acontece entre
superfícies ásperas é chamado de atrito seco ou atrito de Coulomb. O atrito que acontece em
superfícies fluidas é chamado de atrito fluido.
A força que se opõe à tração F e que impede o corpo de se mover é chamada de força de atrito
estático fae. Se o corpo está parado, esta força, por regra de equilíbrio, se equipara à F. Se esta
cresce e o corpo permanece parado, quer dizer q fae cresce na mesma proporção. Quando o
módulo de F é aumentado até a eminência do movimento, obtém-se FaeM (Máxima). Quando F
o ultrapassa, o corpo move-se, enfrentando uma nova força de atrito, menor que faeM, a força
de atrito cinético fak. A força resultante F – fak produz uma aceleração. Se F – fak = 0, a
aceleração é nula, e o corpo move-se com velocidade constante.
Forças aplicadas não tendem a mover o corpo sobre as superfícies de contato:
𝑓𝑎 $
Movimento iminente:
𝑓𝑎𝑒𝑀 = 𝜇𝑒𝑛
𝑓𝑎𝑘 = 𝜇𝑘𝑛
Em baixas velocidades escalares, a força resistiva R agindo sobre um corpo que está em
movimento através de um meio viscoso é dado por:
𝑅 = −𝑏𝑣
Sendo b uma constante que depende das propriedades do meio, da forma e dimensões do
corpo. O sinal negativo representa o fato de que a força resistiva é oposta à velocidade.
Quando a aceleração torna-se nula, a força resistiva equilibra-se com as outras forças,
atingindo a velocidade terminal vt, que é inalcançável.
5.3.2 Proporcional ao Quadrado da Velocidade do Corpo
Em altas velocidades escalares, a força resistiva R agindo sobre um corpo que está em
movimento através de um meio viscoso é dado por:
1
𝑅 =𝐷𝜌𝐴𝑣²
2
Para deformações elásticas, dizemos que é constante a razão entre a intensidade F da força
aplicada numa mola e a deformação Δx que ela experimenta. A constante de
proporcionalidade k é uma característica da mola e denomina-se constante elástica da mola.
𝐹 = 𝑘. ∆𝑥
A partícula em trajetória circular uniforme de raio r com velocidade uniforme v tem aceleração
centrípeta de módulo:
2
𝑎𝑐 = 𝑣
𝑟
OBS.: A força centrífuga existe em relação a referenciais não-inerciais, não sendo uma reação
da força centrípeta, e sim uma força de inércia.
A partícula em trajetória circular não uniforme de raio r tem uma aceleração tangencial de
módulo dv/dt e uma aceleração radial de módulo –a c.
Se há várias acelerações, então existem várias forças. Se, neste caso, a aceleração total é dada
por a = at + ar, então a força resultante é caracterizada por:
∑𝐹 = 𝐹𝑡 + 𝐹𝑟
Sinônimo: Força hadrônica, pois só se manifesta entre hádrons (grupo de partículas que
engloba prótons e nêutrons).
Força que mantém a coesão do núcleo atômico. Garante a união dos quarks para formarem
prótons e nêutrons, além da ligação entre eles. É também a força mais forte de todas, mas sua
intensidade, só se manifesta para distâncias muito pequenas (inferiores ao de um núcleo
atômico).
Força que se manifesta entre os hádrons e os léptons (grupo de partículas que engloba os
elétrons). Ela garante a emissão dos elétrons pelos núcleos de algumas substâncias
radioativas (decaimento beta).
A força eletromagnética e a força nuclear fraca são manifestações diferentes de uma mesma
interação fundamental, a Força eletrofraca.