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OEM vs Repintura

São processos e produtos distintos, mas com funções idênticas que são dar estética (cor e efeito,
parte integrante no design da carroçaria com as tendências da moda) e proteção (dar resistência
mecânica, química e resistência a radiação ultravioleta.

Pintura OEM (Original Equipment Manufacturer)


Substrato: Aço, Aço Galvanizado ou Alumínio.
Fostação: Tratamento ácido para obter um substrato limpo e cauterizado por forma, a
melhorar a aderência.
Camada ED: Muitas vezes denominado como primário ED (eletrodeposição), coloca uma
barreira mecânica ou química.
Betume de enchimento: Preenche as últimas imperfeições e dá corpo para a camada de tinta
de acabamento.
Camada de Acabamento: Pode ser um sistema de 1,2 ou 3 camadas. Tintas sólidas,
metalizadas ou pérola.
É a pintura realizada durante a fabricação do veículo, ou seja, durante a montagem do veículo,
antes de ser vendido.
Durante o seu processo de pintura, o seu processo é controlado, ou seja, a OEM é realizada em
condições controladas de fábrica, usando métodos e padrões específicos do fabricante do
veículo, ou seja, é projetada para atender as especificações exatas do fabricante, incluindo cor
textura e durabilidade.
Por isso, em muitos casos ela e considerada mais durável que a repintura, devido aos processo
controlado e materiais de alta qualidade.
Repintura
É utilizada após a fabricação original do veículo para reparar danos ou para fins estéticos.
O seu processo por variar da qualidade da oficina e dos produtos utilizados.
É necessário garantir uma correspondência precisa da cor durante a pintura para que o veículo
mantenha uma aparência uniforme. Também pode envolver uma preparação adicional, ou seja,
antes da repintura, superfície danificada ou a ser repintada geralmente passa por preparações
como lixamento e aplicação de primários.
A qualidade da repintura pode variar com base nos materiais utilizados e na habilidade do pintor.

Tipos de Pintura
Monocamada:
Uma única camada de tinta é aplicada, geralmente é utilizada em pinturas sólidas, mais simples
e económicas, mais fácil de reparar em comparação com o sistema multicamadas.
Composta por Substrato, Primário/Aparelho e Tinta de
Acabamento.
Pigmentos não metalizados, o brilho é direto, o
revestimento tem uma camada.
Bicamada:
São aplicadas duas camadas, uma camada de base e uma camada clara, isto é, uma camada de
tinta e uma de verniz.
A camada base vai dar cor e a camada clara vai dar brilho e proteção. Comum em pituras
metalizadas.
Composta por Substrato, Primário/Aparelho, Camada
de base metalizada e uma Camada de verniz.
Pigmentos metalizados, o brilho é indireto, e o
revestimento tem 2 camadas.
Tricamada:
Três camadas aplicadas, uma camada de base par dar cor, uma camada de base pérola que e
uma camada clara que oferece brilho e proteção.
Composta por Substrato, Primário/Aparelho, Camada
base de cor, Camada base de pérola e Camada de Verniz.
Pigmento mica de interferência com tonalidade pérola, o
brilho é indireto e o revestimento tem 3 camadas
Nacarada:
É referida como pintura de camada múltipla.
Envolve partículas de perola ou mica na camada de tinta para criar um efeito iridescente.
Pode ser utilizado na bicamada com partículas de pérola ou em tricamada.

Tipos de substrato
➢ Aços de alta resistência;
➢ Alumínio;
➢ Plásticos de alta tecnologia;
➢ Fibra de carbono
➢ Magnésio;
➢ Bondal;

A correta identificação do substrato é fundamental para a reparação do veículo.

Preparação da Pintura
As principais razões para a preparação são as seguintes

• Proteção do metal: prevenção de oxidação e bolhas;


• Aderência: promove a adesão do sistema de pintura aos substratos adesão entre as
várias camadas;
• Restauro da forma: para restaurar a forma original por enchimento nas zonas amolgadas
e com riscos;
• Isolamento das superfícies: prevenção da absorção do esmalte e a produção de fracos
níveis de brilho, ou outros defeitos de pintura.
Limpeza
• Reduzir os resíduos de poluição física: sujidade, lama, areia;
•Remover os componentes minerais hidrossolúveis;
•Reduzir o consumo de desengordurante;
•Apresentação limpa e cuidada;
Desengordurante
•Elimina poluição, contaminação: alcatrão, massa de polir, silicones;
•Realça os danos;
•Reduz possibilidade de defeitos;
•Economiza a quantidade de abrasivos;
Betume
O objetivo do betume é restaurar a forma do substrato, cuja a função é preencher
irregularidades e pequenas mossas nas peças reparadas ou substituídas.
Equipamento para colocar betume:

• Espátula de betume;
Lixagem

Equipamento de lixagem

• Lixas;
• Lixadeiras;
• Taco;

Equipamentos de Pintura
Pistolas de Pintura

Equipamentos de Secagem
A ar Infravermelhos Cabine

Tipos de chassis e carroçarias


As estruturas das carroçarias são classificadas em 3 grupos consoante o seu formato e função.
Tipos de chassi;
Tipo de plataforma;
Tipo de monobloco ou autoportante;
Os 2 primeiros, a resistência estrutural é dada pela base da carroçaria.
O último, os próprios elementos estéticos da carroçaria fazem parte da estrutura, dando-lhe
resistência.
Chassis de Longarinas
Comum em veículos tradicionais, onde as longarinas (longos membros estruturais) formam a
base do chassi. Geralmente encontra se em veículos mais robustos, como camiões ou SUVs.

Chassis X
Este chassi foi muito utilizado nos veículos desportivos.
A forte viga central compensa a falta de rigidez das
carroçarias leves, por vezes em plástico ou fibra, como
nos carros desportivos.

Chassi Tubular
Em veículos de produção em pouco comum encontrar
este tipo de chassi, porque tem um custo elevado de
produção. A sua estrutura é feita de tubos de metal
soldados e confere ao veículo uma importante leveza e
permite o emprego de carroçarias de plástico.
São encontrados nos veículos off-road, carros de corrida
e veículos especializados.
Chassi Plataforma
Como se vê na figura, este tipo de construção apresenta o piso
completamente coberto em aço estampado garantindo a necessária
resistência longitudinal e torsional.

Chassi Monobloco
Estrutura onde a carroçaria e o chassi são integrados, possuem uma resistência mecânica que
pode suportar o peso dos diversos grupos que constituem o veículo e as solicitações provocados
pelo movimento deste. Também são mais leves e oferece melhor manuseio, comum em caros
de passeio.

Tipos de carroçarias
Um volume ou monovolume: um compartimento de
carroçaria que engloba a zona do motor, habitáculo e
mala. (Minivan)
Dois volumes: existe um compartimento de carroçaria
para o motor e outro para o habitáculo e mala.
(Hatchback)
Três volumes: existe um compartimento para o motor,
outro para o habitáculo e outro para a mala. (Sedan)

Elementos estruturais da carroçaria


Quanto à função que executam:
Elementos estruturais: que fazem parte da estrutura resistente às solicitações de flexão e de
torção e que server de suporte aos vários órgãos mecânicos;
Elementos de revestimento: partes que dão a forma à viatura.
Quanto ao seu posicionamento:
Elementos internos - Geralmente estruturais;
Elementos externos - Geralmente de revestimento.
Métodos de fixação
Podemos, também, distinguir os vários elementos da carroçaria em função do modo de fixação
em relação à sua estrutura:
Elementos fixos e soldados;
Elementos amovíveis.
Os elementos amovíveis estão unidos à carroçaria por meio de parafusos, pernos e porcas,
dobradiças e outras uniões móveis. Deste modo, a desmontagem e montagem destes elementos
é rápida (Ex: as portas, o capot, tampa da mala, guarda-lama, etc).
Materiais da carroçaria
O aço é o material mais utilizado na construção tanto de carroçarias de automóveis como
noutras aplicações (estruturas, carris, barcos , máquinas, etc).
Oferece muitas vantagens sobre outros materiais:
➢ Abunda na natureza, sendo fácil e barata a sua exploração;
➢ O procedimento de fabricação é relativamente fácil e económico
➢ Tem uma ampla gama de propriedades mecânicas, variáveis segundo o processo de
fabricação, adequando-se assim ao uso específico que se lhe vai dar;
➢ Graças à sua plasticidade permite obter peças de formas geométricas complicadas;
➢ As técnicas aplicadas na reparação de peças de aço são eficientes;
➢ É fácil reciclá-lo uma vez terminada a sua utilização.
Em consequência do grande número de tipos de aço existentes é necessário caracterizá-los.
A primeira tendência é classificá-los por propriedades mecânicas: resistência à rotura ou limite
elástico.
Esforços / tipos de deformações em carroçarias
Deformações e características dos materiais
Deformação
Dependente da duração de aplicação de carga:
➢ Elástica;
➢ Plástica;
Independente da duração de aplicação da carga:
➢ Fluência.

Fratura
Carregamento Estático:
➢ Frágil
➢ Dúctil;
➢ Ambiental;
➢ Fluência;

Fadiga / Carregamento cíclico:


➢ Alta frequência;
➢ Baixa frequência;
➢ Crescimento de fissuras de fadiga;
➢ Fadiga de corrosão.
Maleabilidade
Aptidão de um material para se reduzir em laminas finas, dobradas ou deformadas por choque
ou pressão a quente ou a frio.
Tenacidade
Resistência à rutura que opõe os materiais aos esforços cuja aplicação é progressiva. Os
esforços aplicados podem ser:
➢ Tração;
➢ Compressão;
➢ Flexão;
➢ Torção.
A tenacidade é uma medida da quantidade de energia necessária para romper o material. Os
materiais podem dividir-se em dois grupos:
Frágeis - Quando absorvem pouca energia.
Tenazes - Quando absorvem muita energia.
Ductilidade
É a propriedade do material poder ser trabalhado sem que se produzam alterações na sua
estrutura ou gretas. Quanto maior é a ductilidade de um material, menores serão os possíveis
raios de curvatura sem diminuir a sua resistência.
Dureza
Resistência que opõe um corpo a deixar-se penetrar por outro através de ação de uma força.
Resiliência
Resistência que opõe os materiais à aplicação de esforços bruscos e choques. É o contrário de
uma fragilidade, e influirá de forma direta no comportamento dos elementos da carroçaria
perante uma colisão.
Elasticidade e plasticidade
A elasticidade é a capacidade de o material
retomar a sua forma original após a remoção
da forca que o causou.
A plasticidade é a capacidade de um material
sofrer deformação permanente, ou seja, a
mudança na forma do material não é
totalmente recuperável após emoção de
força.

Esforços/tipos de deformação em carroçarias


Tração e Compressão: A carroçaria está sujeita a forças de tração e compressão durante
sua vida útil, especialmente durante a condução e manobras. Isso pode ocorrer devido a
acelerações, frenagens, curvas e variações na carga do veículo.
• Flexão: A flexão é um esforço que causa deformação na forma de curvatura da estrutura
da carroçaria. Por exemplo, ao passar por terrenos irregulares, a carroçaria pode experimentar
flexão.
• Torção: Torção refere-se à deformação rotacional da carroçaria em torno de seu eixo
longitudinal. Forças de torção podem ser aplicadas durante manobras ou em situações de carga
assimétrica.
• Impactos e Colisões: Colisões e impactos, como os que ocorrem em acidentes de
trânsito, aplicam forças significativas à carroçaria. Essas forças podem resultar em deformações
complexas, incluindo amassados, dobras e até mesmo ruturas.

Tipos de Deformações:

• Encolher / Amassar
Ocorre quando uma força atua diretamente no objeto e existe uma
distribuição idêntica das forças na forma do objeto.

• Dobrar
Ocorre quando o ponto de impacto é no lado oposto ou num angulo
da estrutura, ou seja, se o choque foi no lado esquerdo e a longarina
direita apresenta o dano.
Este tipo de deformação faz parte dos danos indiretos.
• Engelhar
Ocorre quando uma força de elevada intensidade é aplicada num
objeto ou peça, por sua vez, tenha passado o ponto de cedência.

Elástico->Plástico
Distorção da estrutura
Força direta

Quando a força é aplicada perpendicular à peça ou ao painel.


Força de impacto apenas num lado

Quando a força é aplicada apenas num lado, como se encontra conectado acaba por subir.
Este exemplo representa a estrutura / chassi de uma viatura.
Força de impacto ao centro

Quando a força é aplicada ao centro, provoca uma deformação descente nesta zona. Em
simultâneo, é gerada uma força ascendente nas extremidades esquerda e direita.
Força angular

Quando a força é aplicada lateralmente, a mesma obriga a estrutura a dobrar. Em alguns casos,
resultal forças ascendentes e descendentes, dependendo dos elementos de absorção.
Transmissão de energia no Chassis
Equipamentos Especiais
• Bancos de tração

• Bancadas elevatórias

• Sistema de carris e celette


• Sistema de carris Blackhawk

• Poços embutidos no pavimento

• Garras de fixação

• Cilindros Hidráulicos
-de pressão
-de tração
-de expansão

• Esquadros do tipo L
Tem uma unidade de potência, geralmente hidráulica, que pode ter
acionamento manual ou pneumático.

• Torres de tração

• Correntes
• Garras standard
A pinça standard indica para usar sobre uma ampla zona
da chapa.

• Pinça de tração de ângulo reto


Permite trações pernpendiculares à posição da chapa.

• Pinça de tração auto fixantes


Fixam com uma força prporcional á tração

• Pinças meia-lua
Essencial para fazer trações duplas, repartindo as forças na zona
danificada.

• Tirantes
Serve para evitar deslizamentos em espaços
vazios das portas.

Equipamentos Especiais de Medição das Carroçarias


Sistema controlo positivo -Celette
A principal caracteristica deste tipo de Sistema é tera o
dispor de um jogo específico de cabeças ou de acessórios
para cada tipo de veículo, no qual é pouco prático para
uma oficina que trabalha com várias marcas de veículos.

Sistema de Controlo Universal


São aqueles que permitem realizar o controlo de qualquer veículo com um único equipamento
de medida.
Neste tipo de sistema as bancadas de trabalho são independentes aos instrumentos de medida.
Atendendo as características adotadas pelos fabricantes de
bancada para efetuar o controlo, assim se subdividem nos seguintes
grupos:

• Sistemas mecânicos de medição;


• Sistema de controlo por varas de nível;
• Sistemas óticos de medição;
• Sistemas eletrônicos de medição;
Sistema de Medição de Calibre

Bancadas de Controlo por Graminhos

Controlo por Vara de Nível

Sistema Ótico de Medição


O princípio da medição ótica está baseado nas
característica que apresenta um raio laser de criar uma
linha de luz perfeitamente reta.

Sistemas Eletrónico de Medição


Estes sistemas são a última evolução dos Sistema de medição e controlo. Combinam com a
leitura telemétrica com aplicações informáticas e
proporcionam uma informação completa das cotas
dos veículos.

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