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COMANDO DA AERONÁUTICA

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

FUNDAMENTOS DE PINTURA
VOLUME ÚNICO

BEP

CFS
Código: [Disponibilizado pela STAE]
Edição: 2023
Docente(s): 1S BEP GIULIANO
2S BEP SPERA
Coordenador Pedagógico: 2T PED LILIAN ALMEIDA
Diagramador: S2 SNE DAMASCENO
Simbologia utilizada
X Primeira seção/unidade
X.Y Segunda seção/subunidade
✓ Terceira seção (X.Y.Z)
➢ Quarta seção (X.Y.Z.A)
✯ Quinta seção (X.Y.Z.A.B)

DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR

Todos os Direitos Reservados

Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial
deste documento, utilizando-se de qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico,
inclusive processos xerográficos de fotocópias e de gravação, sem a permissão, expressa e
por escrito, da Escola de Especialistas de Aeronáutica – Guaratinguetá – SP.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),

Estamos iniciando um estudo que, certamente, irá trazer-lhe informações importantes para
sua carreira profissional.

Prezado cursista, estamos iniciando a Segunda parte da disciplina Fundamentos de Pintura.


Neste módulo você aprendera a composição das tintas e seus mecanismos de secagem, bem como
os problemas mais comuns resultantes da sua aplicação. Você conhecerá também os sistemas para
pintura de aeronaves e as características das tintas mais usadas. É de grande importância o seu
conhecimento sobre todos os tópicos acima citados, pois como Especialista em Estrutura e Pintura
você será responsável pela escolha do Sistema de Pintura e a tinta adequada para cada tipo de
trabalho. Prezado amigo, vamos iniciar o nosso estudo, mas antes leia atentamente o roteiro na
próxima página para saber qual o caminho a ser seguido e quais os objetivos a serem alcançados.

Obs.: Este módulo será utilizado como material de consulta nas disciplinas “Técnicas de
Pintura” e “Pintura de Equipamentos e Aeronave”.

Votos de sucesso em seus estudos!


SUMÁRIO

1 REVESTIMENTO DE ORIGEM NÃO METÁLICA (TINTAS).................6


1.1 Generalidades................................................................................................................6
1.2 Composição das Tintas..................................................................................................7
1.3 Mecanismos de formação do filme da tinta. Evaporação dos solventes.....................14

2 SISTEMA DE PINTURA DE AERONAVES E PROCEDIMENTOS........17


2.1 Sistema de pintura para peças de interiores de aeronaves..........................................17
2.2 Sistema de pintura externa de aeronaves....................................................................18
2.3 Preparação de tintas Diluição da tinta.........................................................................18
2.4 Testes de limpeza........................................................................................................20

3 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS `AS TINTAS USADAS NA


AVIAÇÃO..........................................................................................................21
3.1 Primer epóxi................................................................................................................21
3.2 Primer cromato de zinco.............................................................................................21
3.3 Tintas de Acabamento ( TOP COAT) Esmaltes e lacas...............................................21
3.4 Tintas Especiais...........................................................................................................23

4 TESTES DE ADESÃO DE TINTA E PROBLEMAS QUE PODEM


OCORRER NUMA PINTURA........................................................................26
4.1 "Tape Test" E "Spot Check"........................................................................................26
4.2 Problemas em pintura causas e correções. Calcinação...............................................29
4.3 Exercícios da unidade 4..............................................................................................37

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................39

REFERÊNCIAS..................................................................................................41

ANEXO A: AUTOAVALIAÇÃO.......................................................................43

ANEXO B: GABARITO.....................................................................................45
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1 REVESTIMENTO DE ORIGEM NÃO METÁLICA (TINTAS)

Iniciando o nosso estudo, vamos conceituar tecnicamente o que é uma tinta. Genericamente, uma
tinta pode ser definida como uma dispersão pigmentária em um meio aglomerante (resina), que ao ser
aplicado sobre uma superfície ou substrato seca-se formando uma camada termoplástica ou termofixa.

A camada termoplástica é aquela cuja formação ocorre espontaneamente, sem a ocorrência de


reações químicas entre seus elementos; enquanto ( normalmente a resina ), geralmente feita pela ação de
catalisadores.

Um exemplo de camadas termoplásticas é laca nitrocelulose e termofixa o esmalte catalisável

1.1 Generalidades

Figura 1 Composição das tintas.

Fonte: STAE

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O revestimento orgânico (tinta) tem sua eficácia nas propriedades de ser inerte aos meios
corrosivos e não conduzir corrente elétrica, evitando assim o fechamento de circuitos galvânicos que
possam concorrer para a formação de corrosão (ferrugem).

Os materiais que compõem uma tinta são de grande importância nas características finais da
camada que se formará sobre a superfície. Sendo assim, deveremos conhecer estes materiais e suas
propriedades para facilitar na escolha da melhor tinta para o trabalho a ser executado. Caro amigo,
acompanhe agora a composição das tintas, ou seja, quais os elementos utilizados na sua fabricação.

1.2 Composição das Tintas

a) Resinas.

A resina, que pode ser designada também por veículo, ligante ou suporte, é um componente da
tinta que desempenha uma função de grande importância na formação da película de tinta, dando a esta
película propriedades como: retenção de brilho, rigidez, resistência à ação da água e produtos químicos,
flexibilidade, etc. Além disso, na sua falta, obter-se-ia apenas uma pasta de pigmentos e solventes que
resultaria, após sua secagem, numa poeira isenta das propriedades necessárias à estética e proteção do
substrato (superfície).

As resinas são substâncias de estrutura química complexa, podendo ser agrupadas entre as de
origem natural e os chamados polímeros sintéticos produzidos por processos industriais.

Observação: Caso não se adicione pigmento ao veículo nós teremos o que é conhecido
comercialmente como VERNIZ. Conheça a seguir as principais resinas utilizadas na fabricação de tintas e
suas características.

✓ Resinas alquídicas.

São caracterizadas pela resistência à abrasão, flexibilidade e durabilidade, sendo muito usadas em
revestimentos de interiores e exteriores. Não possuem resistência química. A resina alquídica é uma das
resinas utilizadas na fabricação do esmalte sintético.

✓ Resinas fenólicas.

São usadas em vernizes e esmaltes onde se deseja dureza e resistência à abrasão. A reação de
polimerização (secagem) das resinas fenólicas necessita de grande quantidade de energia térmica para se
processar. A película formada também é bastante resistente a produtos químicos. À semelhança das
alquídicas, as fenólicas podem ser modificadas com óleos, obtendo- se as resinas óleos fenólicas, de
resistência inferior, porém não necessitam de aquecimento para secar.

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✓ Resinas epóxi.

As resinas epóxi ou epoxídicas são, sem dúvida alguma, um dos mais importantes veículos com
que se conta atualmente para um efetivo combate aos problemas da corrosão. Devido à excepcional
resistência química oferecida por suas películas e à alta resistência à abrasão e ao impacto, apresentam
largo emprego industrial. As tintas fabricadas à base de resina epóxi são encontradas no mercado em dois
componentes, sendo o componente “A” a resina e o componente ”B” o agente de cura (catalisador).
Poderá também ser encontrada no sistema de secagem em estufa.

✓ Resinas poliuretanas.

À semelhança das resinas epóxi, as poliuretanas são também veículos modernos e eficazes
largamente utilizados no combate à corrosão. Estas resinas também são oferecidas no mercado em dois
componentes distintos, que são misturados na hora da aplicação. A película que se obtém com essa resina
é bastante resistente à abrasão e produtos químicos.

✓ Resinas nitroceluloses.

É obtida pela nitração da celulose de algodão. As tintas à base de nitrocelulose geralmente são de
secagem rápida. São muito usadas na pintura e envernizamento de móveis, brinquedos, na pintura de
automóveis (conhecida como DUCO) e em esmalte para unhas. As tintas fabricadas com resinas
nitrocelulose não têm grande aplicação na manutenção industrial, pois não resistem a ambientes muito
agressivos e apresentam tendência à calcinação (deterioração).

✓ Resinas vinílicas.

São mais usadas em tintas de manutenção industrial, por suas características de resistência a
ácidos. Uma desvantagem do uso das tintas vinílicas em exteriores é a tendência ao amarelamento e à
calcinação. Entre as vantagens estão a não propagação de fogo e a boa aderência sobre plásticos (muito
utilizada em silkscreen). Outra resina vinílica importante é a polivinil butiral, que é utilizada na
fabricação do WASH-PRIMER (será estudado mais adiante).

✓ Resinas acrílicas.

As resinas acrílicas são desenvolvidas em dois grupos:

As termoestáveis (termorígidas), que curam com o auxílio de energia térmica; e As termoplásticas


que formam a película por evaporação dos solventes.

A principal característica das resinas acrílicas é a excelente retenção de brilho, não amarelando
quando exposta a intempéries ou temperaturas elevadas. Os tipos termoplásticos não resistem a solventes,
mas as películas das resinas acrílicas possuem boa resistência a ácidos, bases e água doce.

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✓ Resinas silicones.

Apresentam boa resistência a altas temperaturas, repelem a água e têm boa resistência ao
intemperismo. Sua principal aplicação é em tintas resistentes a temperaturas elevadas. Admite-se que esta
resina se volatize a cerca de 350ºC, deixando sobre a superfície uma película de pigmentos metálicos
fundidos. Essas tintas resistem a cerca de 600ºC. Certos tipos de silicone são usados na fabricação de
tintas marteladas.

✓ Borracha clorada.

É uma resina sintética obtida pela cloração da borracha natural. Tem excelente resistência a álcalis
e ácidos. Não resistem a óleos animais e vegetais, que amolecem a película.

b) Pigmentos.

O pigmento ou elemento de cobertura é um sólido de granulometria bastante fina, insolúvel no


veículo, que confere cor, opacidade e/ou ação anticorrosiva às tintas. Na sua formulação o pigmento é
selecionado com base em vários aspectos, como: sangramento absorção de óleos, solidez à luz, como
poder de cobertura, determinado em função da área coberta por unidade de massa do pigmento, o que é
bastante influenciado por fatores como o índice de refração.

A refração é uma mudança da direção de propagação de um feixe luminoso ao passar de uma


substância para outra. O índice de refração de uma determinada substância pode ser definido como a
velocidade da luz no ar dividida pela sua velocidade naquela substância. Assim quanto maior for o índice
de refração do pigmento, maior será seu poder de cobertura. Geralmente os pigmentos ativos possuem
índice de refração de aproximadamente 2, enquanto nos pigmentos inertes (cargas) este valor atinge cerca
de 1,5 , denotando substâncias sem caráter de recobrimento.

Observação: Não se deve confundir pigmento com corante, pois o pigmento é insolúvel e o
corante solúvel no veículo (resina + solvente).

Com o uso de corantes poderemos obter vernizes coloridos e, em algumas vezes, o corante é
utilizado em conjunto com pigmentos para dar certas tonalidades às tintas, principalmente nas
automotivas metálicas. A seguir você conhecerá os principais pigmentos utilizados na fabricação de tintas.

✓ Pigmentos anticorrosivos.

Estes pigmentos têm características inibidoras de corrosão, isto é, diminuem os efeitos corrosivos
do meio ambiente sobre superfícies metálicas. Os pigmentos anticorrosivos mais importantes são os que
vêm a seguir: Pó de Zinco: utilizado na forma metálica, sendo disperso no veículo em proporção elevada,
para ser efetivo. Zarcão: basicamente é óxido vermelho de chumbo (Pb3O4). Sua atuação deve-se à
película formada sobre a superfície do metal que inibe a ação do meio ambiente sobre o metal (proteção
anódica). Algumas desvantagens do uso do zarcão são:

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É bastante tóxico;

Possui densidade elevada, o que provoca a sedimentação no fundo da lata;

Tem uso restrito (ligas ferrosas), devendo ser evitado o uso sobre alumínio ou zinco.

Cromato de Zinco: inibe a corrosão pela formação de uma película inibidora entre o metal base e o
meio ambiente (proteção anódica). Tetroxicromato de zinco: é o cromato de zinco hidratado, básico. Seu
uso principal é na composição do WASH-PRIMER, para aplicação sobre estruturas de alumínio e
galvanizados, facilitando a aderência das tintas de acabamento. Admite- se que seu mecanismo de
proteção seja idêntico ao do cromato de zinco.

✓ Pigmentos coloridos.

A cor, sem dúvida, pode não ser a mais importante propriedade do pigmento, mas é a que mais
chama a atenção. Os pigmentos que fornecem as propriedades tintoriais são de várias cores, variando
desde o branco até o preto. Para se obter a cor especificada, normalmente são usadas misturas de
pigmentos. Outra propriedade que deve possuir o pigmento colorido é a de oferecer cobertura, isto é, ele
deve permitir que a película da qual faz parte, ao ser aplicada sobre a superfície, mascare a mesma com a
menor película possível. Pigmentos com esta qualidade são ditos de grande poder de cobertura. Alguns
exemplos de pigmentos utilizados são:

Branco: dióxido de titânio, óxido de zinco

Preto: óxido de ferro preto

Amarelo: amarelo de cromo

Vermelho: óxido de ferro

Verde: verde cromo

Metalizado: pó de alumínio

Laranja: cromato, sulfeto ou molibdato de chumbo

Azul: ferrocianato férrico

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✓ Pigmentos de carga.

Estes pigmentos têm uma série de finalidades ao serem adicionados à tinta, tais como: melhoram
ou conferem propriedades físicas e/ou químicas à película, abaixam o custo do produto, aumentam a
espessura da película seca, aumentam a viscosidade da tinta. Seu uso indiscriminado, porém, abaixa o
poder de cobertura da película. Alguns exemplos de cargas são: talco industrial, sílica, óxido de ferro,
mica, quartzo, hidróxido de alumínio, etc. Você conhecerá agora a parte volátil da tinta, ou seja, o
componente da tinta que se evapora durante o processo de secagem: o solvente.

c) Solventes.

O solvente tem por finalidade formar com as substâncias a serem dissolvidas, soluções
homogêneas. O solvente deve ser estável, incolor ou levemente colorido, sem água e apresentar
baixíssima toxidade. Portanto a solvência é um fator de grande importância que deve sempre ser levado
em consideração na escolha de um solvente (ou associação de solventes) usados na fabricação de tintas.
Alguns dos principais solventes são os seguintes:

➢ Hidrocarbonetos alifáticos; são os mais baratos como por exemplo: gasolina industrial e água raz
mineral.

➢ Hidrocarbonetos aromáticos; os principais são os tolueno (toluol) e xileno (xilol).

➢ Ésteres; são excelentes solventes para resinas nitroceluloses, vinílicas, acrílicas, etc.

➢ Álcool; os mais usados são: etanol, propanol, isopropanol e butanol.

➢ Cetonas; são solventes para resinas vinílicas, epoxi, poliuretano, acrílicas, nitroceluloses, etc. As
mais usadas são: metil-etil-cetona e metil-isobutil-cetona.

➢ Thinner; são misturas de solventes com propriedades de solvência e volatilidade bem


caracterizadas, encontrando assim amplo emprego na formulação das tintas, bem como na diluição
destas.

Observe: Solver ou dissolver é o ato de passar uma substância para a solução e diluir é diminuir a
concentração de uma solução. Chama-se convencionalmente de solvente o veículo volátil utilizado na
fabricação da tinta e de diluente o solvente adicionado a tinta pelo pintor no momento da aplicação, para
se obter a viscosidade desejada.

a) Aditivos.

Os aditivos são aquelas substâncias que ao serem proporcionalmente adicionadas à formulação,


atuam de uma forma complementar das funções desempenhadas pelos principais componentes de uma
tinta. Para exemplificar a ação de alguns dos principais tipos de aditivos empregados na formulação de
tintas, têm-se os dispersantes, que melhoram e facilitam a umectação e a dispersão dos elementos sólidos;

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os antioxidantes, que inibem a formação de pele; os fungistáticos, que inibem a formação de


microorganismos; os alastradores, que facilitam a aplicação da camada e os anti-espumantes. Uns dos
aditivos mais utilizados na formulação das tintas são os secantes. Veja a seguir o que são os secantes e
como agem na formação da película, durante a secagem.

✓ Secante.

Os secantes são sais metálicos de ácidos orgânicos que atuam como aceleradores do processo de
oxidação e polimerização de óleos e veículos usados na fabricação de revestimentos orgânicos. Devem
ser estáveis e ter boa solubilidade para combinarem com as diversas formulações em que são empregados.
É bastante variável o comportamento que os metais provocam no fenômeno da secagem das resinas
utilizadas na formulação das tintas. Geralmente os secantes são usados em conjunto para se obter o
resultado desejado. Assim para. Melhor compreensão do seu comportamento, os secantes podem ser
divididos em dois tipos:

➢ Ativos: atuam diretamente no processo de secagem, tendo como exemplo os naftanatos e octoatos
de cobalto e manganês.

➢ Auxiliares: influenciam os ativos, ativando-os de forma a se obter efeitos específicos, como a


secagem em profundidade, tendo como exemplo os naftanatos e octoatos de zinco ou chumbo.

A seguir demonstram-se alguns o efeito de alguns metais sobre a secagem.

➢ Cobalto; do tipo ativo e bastante enérgico sob a forma de naftanatos e octanatos, também é
conhecido como secante superficial, pois atua principalmente na camada superficial da tinta.

➢ Cálcio; de o tipo auxiliar possui fraca ação no processo de secagem. Atua sempre em associação
com outros metais, como o chumbo e o cobalto.

➢ Zinco; do tipo auxiliar, possui fraca ação no processo de secagem, deixa a camada permeável a
ação do oxigênio e com isso facilita a ação dos sais de chumbo.

➢ Chumbo; do tipo auxiliar, é um secante importante, pois geralmente é usado em conjunto com
secantes ativos permitindo o endurecimento total da camada, pois age em profundidade.

➢ Manganês; em formulações de revestimentos para secagem ao ar está associado a outros metais,


como o cobalto e o chumbo.

NOTA: O chumbo pode provocar riscos à saúde do pintor que não utilizar EPI (Equipamento de
Proteção Individual). Neste caso o único EPI que protegerá o pintor será a máscara facial com filtro
químico.

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Figura 2

Fonte: STAE

Tintas de dois componentes.

São tintas que secam apenas após a mistura do componente “A” (tinta ou base) com o componente
“B” (endurecedor ou agente de cura). Após a mistura do componente “A” com o componente “B” inicia-
se o processo químico de polimerização que conduz à cura ou endurecimento.

Figura 3 Tintas bicomponentes.

Fonte: STAE

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Observação: POT-LIFE ou vida útil da mistura é o tempo que se dispõe para aplicação da tinta
sem que ocorra a gelatinização ou endurecimento. Geralmente em torno de 8 horas.

O revestimento orgânico (tinta) tem sua eficácia nas propriedades de ser inerte aos meios
corrosivos e não conduzir corrente elétrica, evitando assim o fechamento de circuitos galvânicos que
possam concorrer para a formação de corrosão (ferrugem).

Importante: Os materiais que compõem uma tinta são de grande importância nas características
finais da camada que se formará sobre a superfície. Sendo assim, deveremos conhecer estes materiais e
suas propriedades para facilitar na escolha da melhor tinta para o trabalho a ser executado.

1.3 Mecanismos de formação do filme da tinta. Evaporação dos solventes.

É um dos mecanismos mais antigos na formação de película e que se utiliza até hoje em tintas de
alta qualidade. Este é o mecanismo das tintas que utilizam produtos já polimerizados ou produtos naturais
de boas propriedades filmógenas que necessitam apenas de diluição para atingir uma viscosidade passível
de utilização prática. Após a aplicação, o filme de tinta é formado apenas pela evaporação dos solventes
(processo físico sem reações químicas), e por isto proporciona uma secagem mais rápida. Alguns veículos
que secam por este processo são normalmente denominadas lacas, produzidas a partir de resinas acrílicas,
vinílicas, acetato de celulose, etc.

Oxidação.

Junto a evaporação dos solventes, este é um dos mais antigos mecanismos de formação de filmes
de tinta conhecidos. Este mecanismo consiste na reação do oxigênio do ar com as ligações duplas da
cadeia de carbono da resina. As resinas que mais utilizam este mecanismo de secagem são óleos
secativos, resinas alquídicas e fenólicas modificadas; sendo estas duas últimas na formulação do esmalte
sintético (nome comercial).

Ativação térmica ou elétrica.

Fazem parte deste grupo as tintas aplicadas em estado semi-polimerizado, e que necessitam de
temperatura elevada ou de polarização (positiva ou negativa) para se efetivar a secagem. A maioria destas
tintas tem seu campo de emprego nas indústrias automobilísticas, de eletrodomésticos, de móveis
metálicos, revestimentos internos de tubulações e equipamentos resistentes às temperaturas elevadas.

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Exemplos: pintura por eletrodeposição, pintura eletrostática e esmaltação.

Coalescência (aglutinação, justaposição).

Devido as vantagens de aplicação e economia, torna-se cada vez mais comum o uso de tintas em
emulsão utilizando água como uma das fases. A formação do filme neste tipo de tinta se dá pela
justaposição das partículas de tinta emulsionadas, ao se evaporar a água. Esta coalescência produz
interligação das partículas e a formação de uma película contínua e uniforme. O representante típico da
classe das tintas em emulsão é o acetato de polivinila (PVA).

Polimerização catalítica.

As tintas deste grupo têm seu mecanismo de formação do filme originado da evaporação dos
solventes e da polimerização produzida por catalisadores destinados apenas a iniciar a reação, ficando
presos no filme como carga. As resinas que representam este grupo são as melanina formol e a uréia
formol, utilizadas principalmente em madeiras.

Polimerização por condensação.

Este mecanismo consiste na polimerização da resina da tinta através da união de um semi-


polímero com outra substância química formando uma rede polimérica quase tridimensional. As
principais resinas deste grupo são as epóxi (polimerizadas por aminas) e as poliuretanas (polimerizadas
por isocianatos). Após a polimerização completa estas tintas se tornam imunes a seus solventes, além de
possuirem alta resistência à abrasão, alta resistência elétrica e impermeabilidade.

Polimerização de massa.

A polimerização de massa consiste em utilizar uma substância que, adicionada ao semi- polímero,
atue inicialmente como solvente proporcionando à tinta a diluição necessária a sua aplicação e, em
seguida, entre na reação química e se adicione à rede polimérica. Um grupo de grande utilização atual em
tintas, vernizes e revestimentos é o grupo dos poliésteres, que são muito utilizados em conjunto com
tecido de lã de vidro para fabricação de carrocerias de automóveis, cascos de barcos, etc.

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Exercícios da unidade 1

1. Responda as seguintes questões.

a) Na formulação de uma tinta, qual das matérias-primas é considerada o veículo volátil?

R:_____________________________________________________________________________

b) Qual das matérias-primas de uma tinta é responsável pela formação da película e que confere a
esta película propriedades como: brilho, resistência a ação de produtos químicos, rigidez, etc...?

R:_____________________________________________________________________________

c) Se durante a fabricação de uma tinta não for colocado nenhum pigmento, como chamaremos
este produto?

R:_____________________________________________________________________________

2. Assinale a alternativa correta.

a) Qual das alternativas abaixo, NÃO é considerado um aditivo da tinta?

I. secante

II. plastificante

III. pigmento inerte

IV. antisedimentante

b) Qual das resinas abaixo é utilizada na fabricação do esmalte sintético?

I. epoxi

II. vinílica

III. alquídica

IV. poliuretana

c) Qual das resinas abaixo é utilizada na fabricação do WASH-PRIMER?

I. acrílica

II. vinílica

III. poliuretana

IV. nitrocelulose

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3. Coloque “V” para as afirmações verdadeiras e “F” para as falsas: ( ) O pigmento é insolúvel no
veículo da tinta.

( ) Os pigmentos anticorrosivos servem para dar cor e beleza ao acabamento.

( ) O zarcão é um pigmento anticorrosivo indicado para a aplicação sobre o alumínio.

( ) Talco industrial, sílica, quartzo em pó, são exemplos de pigmentos de carga por terem baixo
poder de cobertura.

2 SISTEMA DE PINTURA DE AERONAVES E PROCEDIMENTOS

As tintas de manutenção industrial para permitirem que as estruturas e equipamentos permaneçam


por grandes períodos sem corrosão,. E periodicamente sofram uma manutenção, que pode ser desde um
simples retoque até a substituição de toda a tinta velha por outra nova. As pinturas podem Ter um
desempenho que em condições favoráveis, chega a uma vida útil de 20 anos ou mais. Em condições
adversas, a mesma pintura poderia durar cerca de 1 ou 2 anos. Tudo vai depender do meio ambiente e do
esquema de pintura empregado. Em certas condições, a tinta poderá não ser a solução adequada, devendo-
se usar outras alternativas como, por exemplo, a resina poliéster reforçada com fibra de vidro.

Para resolver o problema de corrosão de um determinado equipamento, todas as alternativas


devem ser consideradas no estudo, portanto veja a seguir o sistema de pintura para peças de interiores de
aeronaves, além do sistema de pintura para superfície externa de aeronaves.

2.1 Sistema de pintura para peças de interiores de aeronaves.

➢ Desengraxamento com vapor de tricloroetano (quando houver seção própria para este tipo de
tratamento).

➢ Limpeza alcalina com desengraxante, que poderá ser o ARDROS 6025.

➢ Lavagem com água pura e teste de quebra de água, que formará uma película contínua de água se
a superfície estiver livre de óleos

➢ Decapagem – Desoxidação com ácido sulfúrico e ácido crômico.

➢ Lavagem com água pura.

➢ Conversão química com ALODINE ou uso de PRIMER.

➢ Aplicação de primers: EPOXI, POLIURETANO ou CROMATO DE ZINCO

➢ Aplicação de TINTA ANTIBIOLÓGICA sobre o ALODINE em peças que ficarão em contato com
combustível ou aplicação de tinta de acabamento EPOXI ou POLIURETANO sobre o PRIMER.

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2.2 Sistema de pintura externa de aeronaves.

➢ Empapelam-se as partes de fibra e acrílicos para não sofrerem o ataque de solventes.

➢ Limpeza com MEC (Metil Etil Cetona).

➢ Limpeza alcalina desengraxante (o mesmo do quadro acima).

➢ Lavagem com água pura e teste de quebra de água

➢ Cromatização com solução de ácido crômico à 0,5% por 5 min.

➢ Lavagem com água pura

➢ Desempapelamento.

➢ Secagem

➢ Empapelamento das partes finais que não serão pintadas.

➢ Aplicação de PRIMER EPOXI OU PRIMER POLIURETANO

➢ Aplicar a tinta de acabamento adequada ao tipo de aeronave e de acordo com a OTMA 1- 1-4.

2.3 Preparação de tintas Diluição da tinta.

Para trabalharmos com a pressão indicada pelo fabricante para cada tipo de tinta este material
deverá estar na consistência adequada. Se muito viscoso (grosso), a adesão entre as partículas exigirá altas
pressões; quando muito diluído embora facilmente pulverizável, ocasionará uma película muito fina,
necessitando de várias demãos para atingir a espessura ideal. Acerta-se a consistência pela adição de
DILUENTES. Tradicionalmente a diluição era controlada observando-se o escorrimento da tinta diluída
na espátula. Entretanto, com as tintas quimicamente complexas empregadas hoje em dia, e visto ser a
pistola uma ferramenta de precisão, o controle da consistência tem que ser feito com rigor. Deve-se
utilizar então, um VISCOSÍMETRO.

Viscosímetro.

É um aparelho destinado a medir a viscosidade dos fluídos para pulverização, segundo as normas
DIN (Deustech Industrie Norm) ou as normas ASTM (American Society for Testing Materials). O
"COPO FORD Nº 4" é um viscosímetro confeccionado em alumínio, de forma cilíndrica e fundo cônico,
com um furo de 4 mm, conforme as especificações exigidas pela ASTM, que oferece um padrão de
viscosidade da água de 10 segundos.

Dispões de um suporte ajustável para nivelamento do fluido e de um raspador de vidro para


eliminação do excesso. O fluído é colocado no "copo", nivelado e passado o raspador de vidro, mantendo-
se o orifício tapado. Ao mesmo tempo em que se desobstruir o orifício inicia-se a contagem do tempo, em

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segundos, com um cronômetro. O tempo gasto, até que todo o fluido escoe para o recipiente colocado em
baixo, será a medida da viscosidade.

Figura 4 Copo Ford nº 4 (Viscosímetro).

Fonte: STAE

Nota: Na falta de um viscosímetro, utiliza-se controlar a viscosidade através da proporção do


volume ou peso da tinta para o diluente, conforme indicação do fabricante.

Como medir a viscosidade de um fluido utilizando um viscosímetro.

1. Mantendo-se o orifício tapado, o fluido é colocado no "COPO FORD Nº 4", que deverá estar
nivelado.

2. Passa-se o raspador de vidro pela parte superior do viscosímetro para retirar o excesso de fluido.

Figura 5

Fonte: STAE

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3. Ao mesmo tempo em que se desobstruir o orifício inicia-se a contagem do tempo, em segundos,


com um cronômetro.
Figura 6

Fonte: STAE

4. O tempo gasto até que todo o fluido escoe para o recipiente colocado embaixo, será a medida da
viscosidade.
Nota: Pare o cronômetro exatamente no momento em que o fluido deixar de ser um fio constante
ou quando gerar a 1ª gota.
A viscosidade é tanto maior quanto maior for o tempo de escoamento. Para diminuir a viscosidade
basta adicionar ao material o diluente próprio recomendado pelo fabricante. A determinação da
viscosidade é mais necessária na pintura por pulverização, especialmente quando se usa o equipamento de
alimentação por pressão.
Observe: Antes de colocar a tinta na caneca ou no tanque de pressão que alimentará a pistola,
deveremos filtrá-la com um tecido de nylon ou organdi.

2.4 Testes de limpeza

Antes da pintura a superfície deverá estar neutra ou levemente ácida. Um dos testes utilizados é o
papel de tornassol, que umedecido e colocado sobre a superfície tornar-se-á azul se a superfície apresentar
resíduos alcalinos (detergente), ficará laranja se a superfície estiver neutra e ficará vermelho se esta
estiver ácida.
Nota: Se detectarmos a presença de resíduos alcalinos deveremos aplicar uma solução de ácido
crônico à 0,5% por um tempo de até 5 minutos sobre a superfície.
O outro teste é usado para detectar a presença de óleo sobre a superfície e é chamado de teste de
quebra de água. Este teste consiste em jatear uma camada de água sobre a superfície. Se ao cessar o jato a
película de água forma-se com falhas bruscas, ou seja, em certos locais não formar uma película contínua
de água, esta estará com resíduos de óleo.
Nota: Se houver resíduos de óleo sobre a superfície, deveremos lavá-la com um detergente, que
poderá ser o ARDROX 6025 ou o RIDOLINE 53.

EEAR
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3 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS `AS TINTAS USADAS NA


AVIAÇÃO.

3.1 Primer epóxi.

O primer epóxi é o mais conhecido para aplicação sob o acabamento de esmaltes poliuretano,
epóxi, sintético, onde é exigida a máxima proteção contra corrosão.

Apresenta-se em dois componentes, os quais produzem um forte revestimento impermeável entre


o acabamento e o metal base. Pode-se usar primer epóxi sobre o alumínio, magnésio e aço. Para máxima
proteção contra a corrosão e melhor aderência, deve ser aplicado sobre o WASH-PRIMER, quando a
superfície for metálica.

Nota: O catalisador do primer epóxi reage com a umidade e o recipiente deve ser guardado
fechado. Se a embalagem permanecer muito tempo aberta, a umidade que foi absorvida pelo catalisador
poderá iniciar uma reação e estufar a lata depois de fechada (podendo até arrebentar).

3.2 Primer cromato de zinco.

O cromato de zinco é formulado com resina alquídica. Isto não produz uma superfície fechada,
mas permite que uma pequena porção de água penetre na camada e liberte pequenas quantidades de íons
cromato, impedindo ou, pelo menos, inibindo a formação de corrosão na superfície que ele protege.

Nota: SURFACER são tintas usadas para preencher irregularidades no primer, proporcionando
uma superfície mais lisa para a aplicação da tinta de acabamento.

Primer poliuretano.

Este primer é fornecido pelo fabricante em dois componentes que somente serão misturados no
momento do uso. Após a mistura aguarda-se cerca de 30 minutos antes de começar a aplicá-lo e não mais
de 6 horas, que é o tempo de vida útil após a mistura.

3.3 Tintas de Acabamento ( TOP COAT) Esmaltes e lacas.

Às vezes pode ser um problema saber se um material é uma laca ou um esmalte, mas uma
definição geral identifica uma laca como sendo um acabamento que seca (cura) por evaporação de seus
solventes, podendo voltar a sua condição original com o uso de diluente. Já o esmalte cura pela conversão
de alguns solventes, pelo aquecimento, oxidação ou ação catalisadora; e, em alguns casos, nem mesmo o
próprio solvente consegue dissolvê-lo depois de seco.

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Esmalte epóxi.

Este esmalte é feito com resina alquídica modificada. Esta resina possui melhor adesão e
resistência à corrosão que as alquídicas convencionais, além de possuir excelente resistência química em
ambientes agressivos. A mistura dos componentes I e II deve ser usada dentro de uma faixa de tempo
entre 30 minutos (mínimo) e oito horas (máximo), chamado de vida útil da tinta (Pot Life). O uso de
material velho (após 8 horas) resultará em fraca adesão da tinta, embora possa parecer em condições de
ser aplicada.

Esmalte poliuretano.

Esmalte poliuretano é um acabamento de dois componentes que secam por reação química, tendo
um alto teor de sólidos (pigmentos). É um dos mais duráveis e atraentes acabamentos para aeronaves
modernas, velozes e para grandes altitudes. O alto brilho que se consegue com este acabamento é devido
às resinas de baixo escoamento e a cura uniforme do filme que dá tempo para se formar uma superfície
verdadeiramente lisa e que tem um brilho de aparência úmida, o qual o faz tão popular.

Importante: Todo material catalisado deve ser removido do tanque de pressão, da mangueira de
fluido e da pistola ou pistola e caneca de sucção, imediatamente após completar a operação de pintura, e o
equipamento deverá ser todo limpo com solvente. Se restos do material permanecer por um tempo acima
de 6 horas, este material solidificará e nem mesmo o próprio solvente o retirará.

Esmalte sintético extra-rápido.

Tinta de acabamento recomendada para pintura geral ou de peças de veículos automotivos em


geral, proporcionando-lhes um aspecto muito parecido com o original de fábrica.

Laca acrílica.

É uma tinta que seca rapidamente por evaporação dos solventes, apresenta boa resistência à agua,
ao óleo hidráulico e aos agentes atmosféricos. A laca acrílica pode ser aplicada sobre o primer epóxi ou
universal. Depois que o primer estiver completamente seco, esfregue sobre este uma lixa 320 e aplique o
acabamento.

Laca nitrocelulose.

Tinta de acabamento à base de resina nitrocelulose, indicada para pintura e retoques de veículos
automotivos em geral.

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3.4 Tintas Especiais

Tintas para altas temperaturas.

Estas tintas são formuladas com resinas de silicato de etila, que deverão ser aplicadas diretamente
sobre o metal base, pois, se aplicarmos algum tipo de primer não resistente a temperatura, este queimará,
quando a superfície estiver quente. Estas tintas são resistentes à abrasão e à temperatura de até 400ºC.
Elas também são chamadas de tintas ricas em zinco ou galvanização a frio. Podem-se encontrar no
mercado tintas deste tipo resistentes até a 600ºC.

Tinta antobiológica.

O objetivo é inibir o crescimento de colônias de bactérias e fungos, e por isso são aplicadas nas
faces internas dos tanques integrais de aviões, cujo combustível é querosene. São fornecidos em dois
componentes, que deverão ser misturados minutos antes do uso e aplicados sobre a superfície tratada com
"ALODINE" (proporciona melhor aderência).

Revestimentos elastoméricos.

Prezado cursista, a partir de agora, você ficará conhecendo os tipos de revestimentos em partes
que sofrem desgaste por erosão. Primeiramente você deverá saber o que é desgaste por erosão. Desgaste
por erosão, no caso de aeronaves, ocorre com esta em vôo pelo atrito com as partículas sólidas que estão
em suspensão na atmosfera. Este desgaste ocorre mais frequentemente nos bordos de ataque e radomes
( peças que protegem o radar e que, normalmente, ficam no nariz do avião). Os revestimentos que
exercem esta proteção são conhecidos como: "REVESTIMENTOS ELASTOMÉRICOS".

O primeiro deles é o SISTEMA GOODYEAR. Os componentes da GOODYEAR 23-56


(aplicação a pincel) e 23-56S (aplicação por pulverização) são de secagem ao ar e base de neoprene. Os
dois sistemas diferem somente em que um solvente é adicionado no sistema de pulverização. Além de
serem elastoméricos, estes produtos são antiestáticos.

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O sistema GOODYEAR 23-56 (aplicação a pincel) é composto dos seguintes elementos:

➢ 1801 C - TOP COAT BASE CEMENT RESINA

➢ 903 C - ACELERADOR (CATALISADOR)

➢ BOSTIK 1007 – PRIMER

➢ O sistema GOODYEAR 23-56S (aplicação por pulverização) é composto dos seguintes


elementos:

➢ 1801 C - TOP COAT BASE CEMENT RESINA

➢ 983 C - ACELERADOR (CATALISADOR)

➢ 1803 C - SOLVENTE

➢ BOSTIK 1007 – PRIMER

O outro sistema de proteção contra a erosão em aeronaves é o SISTEMA ASTROCOAT. Este


sistema, de um modo geral, consiste de um primer, uma camada base resistente à erosão e de uma camada
antiestática.

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Exercícios das unidades 2 e 3

4. Responda as seguintes questões:

a) O que é um VISCOSÍMETRO?

R:_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

b) Em que momento deveremos parar o cronômetro, durante a medição da viscosidade no COPO


FORD Nº 4?

R:_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

c) Qual o procedimento executado, se antes de iniciarmos a pintura detectarmos a presença de


resíduos alcalinos?

R:_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

d) E se detectarmos a presença de óleo sobre a superfície, qual o procedimento?

R:_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

5. Assinale a alternativa correta:

a) Qual a principal função do PRIMER, quando aplicado sobre o alumínio?

I. Desengordurar.

II. Promover uma cor âmbar.

III. Promover melhor aderência e desengordurar.

IV. Proteger a superfície do ataque corrosivo e promover melhor aderência.

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4 TESTES DE ADESÃO DE TINTA E PROBLEMAS QUE PODEM


OCORRER NUMA PINTURA
4.1 "Tape Test" E "Spot Check"
Estes testes devem ser aplicados para avaliar a aderência do revestimento orgânico sobre o
substrato metálico de uma ou mais camadas de tinta. Um dos testes utilizados para o controle da
aderência do revestimento orgânico (tinta) sobre uma superfície metálica é o teste da fita ou TAPE
TESTE.
Este teste deverá ser feito regularmente, e me áreas selecionadas em todo o acabamento exterior,
após o término da pintura.
Atenção: Deve-se aguardar um período de aproximadamente 48 horas para assegurar um nível
satisfatório de secagem, após a aplicação da tinta.
Após a espera do período acima mencionado, você poderá realizar o TAPE TEST, seguindo os
seguintes passos:
➢ Prende-se um pano úmido na área que está sendo inspecionada, por um período de pelo menos 24
horas. Essa área deverá Ter um diâmetro de no mínimo 3 polegadas ou 7,5 cm.
➢ Remover o pano úmido e secar a água da superfície. Imediatamente após, aplicar uma fita colante
de aproximadamente 1 (uma) polegada da 3M ou semelhante. Comprimir a fita, usando uma
pressão firme com a mão.
➢ Retirar a fita com um movimento brusco e examinar a área.
➢ Se a tinta não sair, é porque a aderência desta sobre a superfície poderá ser considerada
satisfatória.
➢ Caso alguma das camadas fique presa na fita colante, você poderá fazer ainda ensaios localizados
(SPOT CHECH), para determinar qual das camadas não teve aderência.
➢ O spot chech é o mesmo teste da fita com a característica adicional de serem feitos dois cortes em
forma de "V" invertido, que atravessam toda a camada de tinta. Na abertura do "V" coloca-se a
fita adesiva e puxa-se bruscamente, como no teste acima.
Importante: Os cortes na tinta deverão ser feitos com estilete plástico ou de madeira.
Nunca Utilizar instrumento metálico para esta finalidade.
Outros testes também poderão ser feitos. Estes testes deverão ser aplicados somente nos números
de lugares necessários para se determinar a uniformidade de adesão da pintura. As providências a serem
tomadas somente poderão ser determinadas após o final dos testes.
Exemplo: Se, após a realização dos testes, concluímos que apenas sobre as asas, não houve
aderência, sendo que a tinta e o primer ficaram presos na fita durante o teste, nós deveremos remover
apenas a pintura das asas e refazê-la.
Outros testes de adesão de tintas (conforme a norma ASTM D3276).

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Método “A” – corte em “X” para sistemas com espessuras que variam de 120 mm até 600 mm.
Consiste no corte em “X” com uma lâmina de estilete, de 1” a 1 ½” no qual se fixa uma fita adesiva
puxando-a firmemente em seguida e comparando-se em seguida com padrões fotográficos a fim de
verificar o grau de aderência.

TABELA 01
NORMA ASTM NORMA ABNT CÓDIGO FIGURA

5
A Gr.0 - Nenhum destacamento ao
longo das incisões.

4
A - Destacamento de até 1mm
ao longo das incisões.

3
A Gr.1 - Destacamento de até
1,6mm ao longo das
incisões.
- destacamento de até 2mm.

2
A Gr.2 Destacamento de até
3,2mm ao longo das
incisões.
- destacamento de até 4mm

em um ou ambos os lados.
1
A Gr.3 - Destacamento acima de
3,2mm ao longo das
incisões.
- Destacamento até 6mm

em um ou ambos os lados.
0A Gr.4 - Remoção junto a área do
“X”.
- destacamento acima de
6mm em um ou ambos os
lados.

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Método “B” – Indicado para sistemas com espessuras até 120m. Consiste em seis cortes em
forma de grade com um dispositivo de corte, sendo sua análise semelhante à do teste anterior.

TABELA 02
DESTACAMENTO NA ÁREA QUADRICULADA
CÓDIGO
ABMT ASTM DESCRIÇÃO FIGURA

Nenhuma área da película


destacada.
*Os cantos dos cortes em grade
GR 0 5B
sem nenhum arrancamento.

GR1 4B
Área destacada da película

<5%, nos cruzamentos.

Destaques nos cruzamentos


e ao longo dos cortes.

GR2 3B Área destacada da película de


5% a 15%

Destaque nas bordas e partes


dos quadrados
2B
Área destacada da película de
15% a 35%

Destaque nas bordas,


cantos e quadrados.
GR3 1B
Área destacada da película de
35% a 65%

Fonte: POLIDURA S.A – BOLETIM TÉCNICO – 1990.

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4.2 Problemas em pintura causas e correções. Calcinação.

O principal causador da calcinação são os raios solares. A calcinação é tanto mais pronunciada
quanto mais prolongada for a exposição e quanto mais rigorosas forem as condições climáticas.

➢ Lavagem excessiva com detergentes inadequados e agressivos.

➢ Contaminações da pintura exposta em zonas industriais agressivas.

➢ O uso de diluentes ou thinners não recomendados ou de baixa qualidade.

➢ O uso de aditivos não recomendados também pode deixar a película de tinta mais sensível aos
efeitos dos raios solares.

Figura 7

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Correção: Polir com MASSA POLIR, até eliminar o pigmento desagregado e depois "puxar" o
brilho com o LÍQUIDO PARA POLIR ou cera GRAND PRIX.

OBSERVE: Se a tinta estiver muito desgastada, poderá ser necessário fazer nova pintura.

Casca de laranja.

Descrição:É um defeito que ocorre durante a pulverização da tinta, resultando numa película
áspera, parecida com a pele de uma laranja.

Causas:

➢ As partículas pulverizadas da tinta secam antes de tocar a superfície e não se alastram.

➢ Técnicas de aplicação ou ajuste do revólver inadequado.

➢ Excessiva pressão de ar quente muito aberto ou distância muito grande da superfície.

➢ Temperatura ambiente muito elevada.

➢ Secagem da tinta com jato de ar.

➢ Falta de observância do intervalo de secagem entre as demãos.

➢ Diluição inadequada com thinners ou diluentes de evaporação rápida demais.

Figura 8

Fonte: POLIDURA S.A – BOLETIM TÉCNICO – 1990.

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Correção: Polir a superfície com massa polir depois de seca. Em casos mais graves, lixar até obter
uma superfície lisa, repintar usando um thinner/diluente de evaporação mais lenta.

Crateras.

Descrição: As crateras se assemelham muito aos "olhos de peixe", sendo normalmente maiores em
tamanho e geralmente incorporam pequenas partículas de matérias estranhas.

Causas:

➢ Como nos "olhos de peixe", elas se formam durante ou imediatamente após aplicação da pintura.

➢ Contaminações provenientes de linhas de ar, revólver ou demais equipamentos ou do próprio


ambiente em que se está fazendo a pintura (óleo, salicone, etc).

➢ Uso inadequado de aditivos.

➢ Preparação incorreta das superfícies pode deixar matérias estranhas incompatíveis com a tinta.

Figura 9

Fonte: POLIDURA S.A – BOLETIM TÉCNICO – 1990.

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Correção: Após a secagem, lixar as zonas afetadas, até obter uma superfície lisa e repintar.

Esbranquecimento (blushing).

Descrição: O acabamento apresenta um aspecto esbranquiçado e sem brilho durante ou


imediatamente após sua aplicação.

Causas:

➢ Geralmente causado pela condensação de umidade na película de tinta em dias frios, úmidos ou
chuvosos.

➢ Thinners/Diluentes de evaporação muito rápida em dias frios, chuvosos e úmidos podem causar o
problema.

➢ Pressão muito alta no revólver pode esfriar a superfície durante a aplicação, aumentando a
possibilidade de condensação de umidade.

➢ Falta de uso de um retardador adequado.

➢ Temperatura do ambiente de pintura muito baixa.

Correção: Adicionar de 5 a 10% do Retardador correspondente sobre a tinta já diluída e aplicar


uma demão cruzada.

Observação: Se, mesmo com retardador (Diluente de evaporação mais lenta), continuar o
esbranquecimento (Congelamento = Blushing), a pintura deverá ser suspensa.

Enrugamento.

Descrição: Tem a aparência de uma distorção ou encolhimento do acabamento durante a sua


secagem.

Causas:

➢ Geralmente é provocado pela secagem desuniforme dos esmaltes sintéticos, ocasionado pela
secagem mais rápida da superfície externa do que das partes internas de película de um esmalte.

➢ Aplicação de demãos demasiadamente grossas de esmalte, podem ocasionar o bloqueio da


evaporação dos solventes.

➢ Temperaturas inadequadas ou correntes de ar quente na oficina.

➢ Acelerar a secagem de um esmalte com um jato de ar ou painel de secagem.

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Figura 10

Fonte: POLIDURA S.A – BOLETIM TÉCNICO – 1990.

Correção: Remover o acabamento da zona afetada e observar a temperatura ambiente, usar


thinner adequado, regular o equipamento de pintura evitando aplicação de demãos grossas e observar os
intervalos entre demãos adequados.

Escorrimento.

Descrição: o escorrimento geralmente ocorre quando a aplicação da pintura é feita muito


carregada e não se alastra uniformemente. O problema é mais comum em pinturas feitas em superfícies na
posição vertical.

Causas:

➢ Ocorre quando é usada excessiva diluição na tinta ou pelo uso de thinner ou diluente inadequado.

➢ Excessivas demãos de tinta sem a observância do intervalo adequado entre demãos.

➢ Baixa pressão de ar provocando falta de pulverização ou manter o revólver muito perto de


superfície a ser pintada.

➢ Temperatura ambiente muito baixa.

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Correção: Lave com solvente a área afetada, deixe secar, lixe e repinte novamente.

Fissuras.

Descrição: Apresenta-se na forma irregular de pequenas, médias e grandes rachaduras na película


de tinta.

Causas:

➢ Temperaturas extremas na oficina durante a aplicação do sistema de pintura.

➢ Uso de quantidade inadequada e thinners/diluentes não recomendados.

➢ Ajuste ou técnica deficiente do revólver podem provocar micro rachaduras apesar das condições
normais de pintura.

➢ Preparação inadequada das superfícies.

➢ Materiais não misturados adequadamente.

➢ Pinturas feitas sobre superfícies com acabamentos envelhecidos sem o correto preparo.

Correção: Examinar a superfície antes de repintar e remover, se necessário, a pintura em mau


estado. Usar o retardador adequado e aplicar uma demão molhada até que os traços das rachaduras
desapareçam.

Manchas úmidas.

Descrição: O acabamento não seca e apresenta manchas úmidas e pegajosas.

Causas:

➢ Elas são observadas geralmente em áreas contaminadas com ceras, graxas, pasta para soldar, etc.

➢ A contaminação pode ser proveniente de superfícies com limpeza ou preparação inicial


inadequada.

Correção: Remover a pintura na zona afetada, preparar novamente e repintar.

Perda de aderência.

Descrição: Ocorre quando há falta de aderência entre o acabamento e o primer ou entre o primer e
o metal.

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Causas:

➢ Falta de limpeza adequada e contaminação das superfícies.

➢ Veículos ou componentes da tinta que não foram corretamente incorporados na tinta.

➢ Materiais incompatíveis que possam prejudicar a aderência da tinta.

➢ Uso de thinners ou diluentes inadequados, geralmente de evaporação muito rápida ou falta de


diluição adequada poderá restringir a aderência da tinta.

Correção: Remover por lixamento a pintura da zona afetada, preparar novamente e repintar.

Quarteamento ou fendas.

Descrição: O quarteamento é uma série de rachaduras tomando geralmente a forma de uma estrela
de três pontas, sendo bastante profundas e, normalmente, atravessam toda a película da pintura. É
conhecido também como "Pés de Galinha".

Causas:

➢ Acontece geralmente quando a pintura foi aplicada em camadas demasiadamente grossas.

➢ Quando os componentes de uma pintura não tenham sido incorporados correta e perfeitamente.

➢ Uso incorreto de aditivos.

➢ Repintura sobre acabamentos antigos já deteriorados podem ser causadores do problema.

➢ Condições atmosféricas agressivas podem acelerar o processo de quarteamento.

Correção: As áreas afetadas deverão ser lixadas até obter uma superfície uniforme. Em casos
extremos, remover a pintura até o metal para depois preparar e repintar novamente.

Remoção da película.

Descrição: A remoção ou levantamento parece um enrugamento da pintura. Surge quando se está


aplicando a demão final ou durante o processo de secagem.

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Causas:

➢ Ataque dos solventes na demão final, sobre as demãos anteriores.

➢ Tempo inadequado de evaporação dos solventes, principalmente quando o acabamento for usado
em estufa.

➢ Acabamento, sintéticos que não estejam completamente secos e são repintados com lacas.

➢ Uso de thinner ou redutores muitos fortes e penetrantes.

Correção: Remover totalmente a pintura das áreas afetadas, preparar e repintar.

Sangramento.

Descrição: É a parte de solubilização dos pigmentos da pintura antiga para a nova película de tinta
que está sendo aplicada.

Causas:

➢ Repinturas ou retoques feitos com acabamentos que contenham pigmentos parcialmente solúveis
que se incorporam na nova pintura.

➢ Contaminação de linhas de ar com materiais que sangram, tais como: Óleo colorido, poeira de
lixa, etc. O sangramento ocorre principalmente com os vermelhos, marrons, e em menor escala
com laranja, amarelo e violeta.

Correção: Repintar com tintas da mesma cor sobre os acabamentos que tenham tendência a
sangrar. Com o uso de acabamento escuro, ele não ocorrerá.

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4.3 Exercícios da unidade 4

6. Responda:

a) Qual o tipo de teste utilizado para controle da aderência da tinta sobre a superfície metálica

_______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

b) Qual o principal causador da calcinação em uma pintura?

_______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

c) Qual a correção adotada quando uma pintura apresenta calcinação?

_______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

d) Como se apresentam as manchas úmidas durante a pintura?

_______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

7. Assinale a alternativa correta:

a) Qual a causa provável de um esbranquecimento da pintura?

I. Aplicação da tinta em dias úmidos e quentes.

II. Aplicação da tinta em dias frios, úmidos ou chuvoso.

III. Uso inadequado de retardador, fazendo a tinta secar muito lentamente.

IV. Pressão de ar excessiva durante a aplicação de um esmalte sintético, em temperatura ambiente.

8. Coloque "V" para as afirmativas verdadeiras e "F" para as falsas.

( )O enrugamento tem a aparência de uma distorção ou encolhimento, durante a secagem. ( ) Uma


das causas do escorrimento da tinta poderá ser uma excessiva diluição da tinta.

( ) A repintura de um esmalte sintético não totalmente seco com uma laca pode ocasionar a
remoção da película do esmalte.

( ) As fissuras apresentam-se como pés de galinhas na superfície pintada.

EEAR
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) Aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com sucesso,
Parabéns! Esperamos que em todos esses momentos que estivemos juntos você tenha aproveitado e
aprendido muito.

Prezado cursista, chegamos ao final da disciplina de Fundamentos de Pintura. Depois deste seu
esforço em aprender cada vez mais sobre a especialidade que irá exercer, tenho certeza de que você irá
sentir-se mais confiante no seu dia-a-dia. Neste módulo você ficou conhecendo os sistemas de pintura
para aeronaves e peças, bem como os tipos de tintas e suas características. Você também aprendeu os
problemas mais comuns que podem ocorrer durante uma pintura.

Agora você está apto a enfrentar todas as situações que possam vir a surgir durante uma pintura,
no seus dias de trabalho. Mas não pode parar por aqui, pois somente com a prática contínua dos
ensinamentos contidos neste módulo, você aumentará sua aptidão.

Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que damos, o que
importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!

Com as saudações da Equipe do Berço dos Especialistas, sucesso em sua Missão!

EEAR
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EEAR
REFERÊNCIAS

BRASIL - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA OTMA - 1-1-1

BRASIL - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA OTMA - 1-1-

2 BRASIL - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA OTMA - 1-

1-4

USA – U.S. AIR FORCE TO 1-1-8. Application and Removal of Organic


Coatings, Aerospace and Non-Aerospace Equipament – Change 18. 9 October 1998.

USA – U.S. AIR FORCE TO 1-1-8S-12. Application of Organic Coatings,


Aerospace Equipament.
ANEXO A: AUTOAVALIAÇÃO.

9. Responda:

a) Qual o mecanismo de secagem das tintas poliuretanas?

__________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

b) Como são conhecidas as tintas que secam por evaporação dos solventes?

__________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

c) Na falta de um viscosímetro na oficina de pintura, quais as outras opções para manter a


viscosidade conforme as especificações do fabricante para aplicação por pulverização?

__________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

10. Assinale a alternativa correta:

a) Qual o instrumento utilizado para medição da unidade relativa do ar na oficina de pintura?

I. termômetro

II. hidrômetro

III. higrômetro

IV. hidrotermômetro

b) Depois de misturarmos o componente A com o componente B do primer epoxi, quanto


tempo, em minutos, deveremos aguardar antes de começarmos a aplicá-lo.

I. 10

II. 20

III. 30

IV. 40
c) Por qual motivo NÃO podemos deixar aberta a embalagem do catalizador do primer
poliuretano?

I. evitar a contaminação

II. manter o catalizador livre de impurezas

III. evitar a secagem através do contato entre a umidade do ar e o catalizador.

IV. evitar que a umidade do ar reaja com o catalizador e impeça a secagem do primer quando
for misturado a ele.

d) Qual a proporção de mistura, respectivamente, do esmalte poliuretano com seu


catalizador?

I. 4:1

II. 1 : 4

III. 1 : 3

IV. 3 : 1
ANEXO B: GABARITO.

1.

a) O solvente,

b) A resina,

c) Verniz 1.

2.

a) III,

b) III,

c) II 3.

(V)

(F) – Os pigmentos anticorrosivos servem para inibir a corrosão.

(F) – Deve-se evitar a aplicação de zarcão sobre o alumínio, por ele ser composto de óxido
de chumbo (Pb3O4) e

(V)

4.

a) Instrumento destinado a medir a viscosidade dos fluidos para pulverização

b) Quando o fluido deixar de ser um fio constante ou gerar a 1ª gota.

c) Deveremos aplicar uma solução de ácido crômico e água a 0,5% por 5 min.

d) Devemos lavá-la com um detergente, que poderá ser o ARDROX 6025 RIDOLINE 53.
5. IV

6.

a) Teste da fita ou tape test.

b) Os raios solares.

c) Polir com massa de polir e depois puxar o brilho com líquido para polir ou cera grand
prix.

d) Com formação de manchas úmidas e pegajosas na película da tinta.

7. II

8.

(V),

(V),

(V) e

(F) As figuras são pequenas, médias e grandes rachaduras na película da tinta.

9.

A) Polimerização por condensação

B) Lacas

C) Controlá-la através de volume ou peso de tinta para o diluente, conforme a proporção


indicada na lata do produto.

10.

A) III,

B) II,

C) III e

D) IV

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