Você está na página 1de 51

FUNDAMENTOS DE PINTURA

PROCEDIMENTOS DE PINTURA
VOLUME II

BEP

CFS

IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR


CÓDIGO: 04.02
06/08/21 08:18
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

FUNDAMENTOS DE PINTURA

VOLUME II

Apostila da Escola de Especialista de Aeronáutica


sobre Fundamentos de Pintura, para o Curso de
Formação de Sargento.

Elaborador(es):
1S BEP MARCELO GIULIANO FERNANDES
Revisor(es) Técnico(s):
2S BEP EDUARDO DOS SANTOS SPERA
2021
Revisor(es) Pedagógico(s):
2T PED PRISCILA CARVALHO - 2021
Revisor(es) de Diagramação:
S2 SNE MATEUS - 2021
S1 SAD BARROS - 2021
Revisor(es) Ortográfico(s):

GUARATINGUETÁ - SP
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................1
1 REVESTIMENTO DE ORIGEM NÃO METÁLICA (TINTAS)........................................3
1.1 Generalidades.........................................................................................................................3
1.2 Composição das Tintas..........................................................................................................4
Tintas de dois componentes........................................................................................................11
1.3 Mecanismos de formação do filme da tinta.......................................................................12
Exercícios da unidade 1...............................................................................................................14
2 SISTEMA DE PINTURA DE AERONAVES E PROCEDIMENTOS..............................15
2.1 Sistema de pintura para peças de interiores de aeronaves..............................................16
2.2 Sistema de pintura externa de aeronaves..........................................................................16
2.3 Preparação de tintas............................................................................................................17
2.4 Testes de limpeza.................................................................................................................19
3 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS `AS TINTAS USADAS NA AVIAÇÃO............20
3.1 Primer epóxi.........................................................................................................................20
3.2 Primer cromato de zinco.....................................................................................................20
Primer poliuretano......................................................................................................................20
3.3 Tintas de Acabamento ( TOP COAT)................................................................................21
3.4 Tintas Especiais....................................................................................................................22
4 TESTES DE ADESÃO DE TINTA E PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NUMA
PINTURA.....................................................................................................................................24
4.1 "Tape test" e "Spot check".................................................................................................24
4.2 Problemas em pintura causas e correções.........................................................................28
4.3 Exercícios da unidade 4.......................................................................................................35
CONCLUSÃO..............................................................................................................................37
REFERÊNCIA.............................................................................................................................39
EEAR 1

INTRODUÇÃO

Prezado cursista, estamos iniciando a Segunda parte da disciplina Fundamentos de


Pintura. Neste módulo você aprendera a composição das tintas e seus mecanismos de secagem,
bem como os problemas mais comuns resultantes da sua aplicação. Você conhecerá também os
sistemas para pintura de aeronaves e as características das tintas mais usadas. É de grande
importância o seu conhecimento sobre todos os tópicos acima citados, pois como Especialista em
Estrutura e Pintura você será responsável pela escolha do Sistema de Pintura e a tinta adequada
para cada tipo de trabalho. Prezado amigo, vamos iniciar o nosso estudo, mas antes leia
atentamente o roteiro na próxima página para saber qual o caminho a ser seguido e quais os
objetivos a serem alcançados.

Obs.: Este módulo será utilizado como material de consulta nas disciplinas “Técnicas de
Pintura” e “Pintura de Equipamentos e Aeronave”.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 3

1 REVESTIMENTO DE ORIGEM NÃO METÁLICA (TINTAS)


Iniciando o nosso estudo, vamos conceituar tecnicamente o que é uma tinta.
Genericamente, uma tinta pode ser definida como uma dispersão pigmentária em um meio
aglomerante (resina), que ao ser aplicada sobre uma superfície ou substrato seca-se formando
uma camada termoplástica ou termofixa.

A camada termoplástica é aquela cuja formação ocorre espontaneamente, sem a


ocorrência de reações químicas entre seus elementos; enquanto ( normalmente a resina ) ,
geralmente feita pela ação de catalisadores.

Um exemplo de camadas termoplásticas é laca nitrocelulose e termofixa o esmalte


catalisável

1.1 Generalidades

Figura 1 Composição das tintas.

Fonte: STAE

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 4

O revestimento orgânico (tinta) tem sua eficácia nas propriedades de ser inerte aos meios
corrosivos e não conduzir corrente elétrica, evitando assim o fechamento de circuitos galvânicos
que possam concorrer para a formação de corrosão (ferrugem).

Os materiais que compõem uma tinta são de grande importância nas características finais
da camada que se formará sobre a superfície. Sendo assim, deveremos conhecer estes materiais e
suas propriedades para facilitar na escolha da melhor tinta para o trabalho a ser executado. Caro
amigo, acompanhe agora a composição das tintas, ou seja, quais os elementos utilizados na sua
fabricação.

1.2 Composição das Tintas


a) Resinas.

A resina, que pode ser designada também por veículo, ligante ou suporte, é um
componente da tinta que desempenha uma função de grande importância na formação da película
de tinta, dando a esta película propriedades como: retenção de brilho, rigidez, resistência a ação
da água e produtos químicos, flexibilidade, etc. Além disso, na sua falta, obter-se-ia apenas uma
pasta de pigmentos e solventes que resultaria, após sua secagem, numa poeira isenta das
propriedades necessárias à estética e proteção do substrato (superfície).

As resinas são substâncias de estrutura química complexa, podendo ser agrupadas entre
as de origem natural e os chamados polímeros sintéticos produzidos por processos industriais.

Observação: Caso não se adicione pigmento ao veículo nós teremos o que é conhecido
comercialmente como VERNIZ. Conheça a seguir as principais resinas utilizadas na fabricação
de tintas e suas características.

a.1) Resinas alquídicas.

São caracterizadas pela resistência à abrasão, flexibilidade e durabilidade, sendo muito


usadas em revestimentos de interiores e exteriores. Não possuem resistência química. A resina
alquídica é uma das resinas utilizadas na fabricação do esmalte sintético.

a.2) Resinas fenólicas.

São usadas em vernizes e esmaltes onde se deseja dureza e resistência à abrasão. A


reação de polimerização (secagem) das resinas fenólicas necessita de grande quantidade de
energia térmica para se processar. A película formada também é bastante resistente a produtos

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 5

químicos. À semelhança das alquídicas, as fenólicas podem ser modificadas com óleos, obtendo-
se as resinas óleos fenólicas, de resistência inferior, porém não necessitam de aquecimento para
secar.

a.3) Resinas epóxi.

As resinas epóxi ou epoxídicas são, sem dúvida alguma, um dos mais importantes
veículos com que se conta atualmente para um efetivo combate aos problemas da corrosão.
Devido à excepcional resistência química oferecida por suas películas e à alta resistência à
abrasão e ao impacto, apresentam largo emprego industrial. As tintas fabricadas à base de resina
epóxi são encontradas no mercado em dois componentes, sendo o componente “A” a resina e o
componente ”B” o agente de cura (catalisador). Poderá também ser encontrada no sistema de
secagem em estufa.

a.4) Resinas poliuretanas.

À semelhança das resinas epóxi, as poliuretanas são também veículos modernos e


eficazes largamente utilizados no combate à corrosão. Estas resinas também são oferecidas no
mercado em dois componentes distintos, que são misturados na hora da aplicação. A película que
se obtém com essa resina é bastante resistente à abrasão e produtos químicos.

a.5) Resinas nitroceluloses.

É obtida pela nitração da celulose de algodão. As tintas à base de nitrocelulose


geralmente são de secagem rápida. São muito usadas na pintura e envernizamento de móveis,
brinquedos, na pintura de automóveis (conhecida como DUCO) e em esmalte para unhas. As
tintas fabricadas com resinas nitrocelulose não têm grande aplicação na manutenção industrial,
pois não resistem a ambientes muito agressivos e apresentam tendência à calcinação
(deterioração).

a.6) Resinas vinílicas.

São mais usadas em tintas de manutenção industrial, por suas características de


resistência a ácidos. Uma desvantagem do uso das tintas vinílicas em exteriores é a tendência ao
amarelamento e à calcinação. Entre as vantagens estão a não propagação de fogo e a boa
aderência sobre plásticos (muito utilizada em silkscreen). Outra resina vinílica importante é a
polivinil butiral, que é utilizada na fabricação do WASH-PRIMER (será estudado mais adiante).

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 6

a.7) Resinas acrílicas.

As resinas acrílicas são desenvolvidas em dois grupos:

As termoestáveis (termorígidas), que curam com o auxílio de energia térmica; e

As termoplásticas que formam a película por evaporação dos solventes.

A principal característica das resinas acrílicas é a excelente retenção de brilho, não


amarelando quando exposta a intempéries ou temperaturas elevadas. Os tipos termoplásticos não
resistem a solventes, mas as películas das resinas acrílicas possuem boa resistência a ácidos,
bases e água doce.

a.8) Resinas silicones.

Apresentam boa resistência a altas temperaturas, repelem a água e têm boa resistência ao
intemperismo. Sua principal aplicação é em tintas resistentes a temperaturas elevadas. Admite-se
que esta resina se volatize a cerca de 350ºC, deixando sobre a superfície uma película de
pigmentos metálicos fundidos. Essas tintas resistem a cerca de 600ºC. Certos tipos de silicone
são usados na fabricação de tintas marteladas.

a.9) Borracha clorada.

É uma resina sintética obtida pela cloração da borracha natural. Tem excelente resistência
a álcalis e ácidos. Não resistem a óleos animais e vegetais, que amolecem a película.

b) Pigmentos.

O pigmento ou elemento de cobertura é um sólido de granulometria bastante fina,


insolúvel no veículo, que confere cor, opacidade e/ou ação anticorrosiva às tintas. Na sua
formulação o pigmento é selecionado com base em vários aspectos, como: sangramento absorção
de óleos, solidez à luz, como poder de cobertura, determinado em função da área coberta por
unidade de massa do pigmento, o que é bastante influenciado por fatores como o índice de
refração.

A refração é uma mudança da direção de propagação de um feixe luminoso ao passar de


uma substância para outra. O índice de refração de uma determinada substância pode ser
definido como a velocidade da luz no ar dividida pela sua velocidade naquela substância. Assim
quanto maior for o índice de refração do pigmento, maior será seu poder de cobertura.
Geralmente os pigmentos ativos possuem índice de refração de aproximadamente 2, enquanto

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 7

nos pigmentos inertes (cargas) este valor atinge cerca de 1,5 , denotando substâncias sem caráter
de recobrimento.

Observação: Não se deve confundir pigmento com corante, pois o pigmento é insolúvel e
o corante solúvel no veículo (resina + solvente)

Com o uso de corantes poderemos obter vernizes coloridos e, em algumas vezes, o


corante é utilizado em conjunto com pigmentos para dar certas tonalidades às tintas,
principalmente nas automotivas metálicas. A seguir você conhecerá os principais pigmentos
utilizados na fabricação de tintas.

b.1) Pigmentos anticorrosivos.

Estes pigmentos têm características inibidoras de corrosão, isto é, diminuem os efeitos


corrosivos do meio ambiente sobre superfícies metálicas.Os pigmentos anticorrosivos mais
importantes são os que vêm a seguir: Pó de Zinco: utilizado na forma metálica, sendo disperso
no veículo em proporção elevada, para ser efetivo. Zarcão: basicamente é óxido vermelho de
chumbo (Pb3O4). Sua atuação deve-se à película formada sobre a superfície do metal que inibe a
ação do meio ambiente sobre o metal (proteção anódica). Algumas desvantagens do uso do
zarcão são:

É bastante tóxico;

Possui densidade elevada, o que provoca a sedimentação no fundo da lata;

Tem uso restrito (ligas ferrosas), devendo ser evitado o uso sobre alumínio ou zinco.

Cromato de Zinco: inibe a corrosão pela formação de uma película inibidora entre o
metal base e o meio ambiente (proteção anódica). Tetroxicromato de zinco: é o cromato de zinco
hidratado, básico. Seu uso principal é na composição do WASH-PRIMER, para aplicação sobre
estruturas de alumínio e galvanizados, facilitando a aderência das tintas de acabamento. Admite-
se que seu mecanismo de proteção seja idêntico ao do cromato de zinco.

b.2) Pigmentos coloridos.

A cor, sem dúvida, pode não ser a mais importante propriedade do pigmento, mas é a que
mais chama a atenção. Os pigmentos que fornecem as propriedades tintoriais são de várias cores,
variando desde o branco até o preto. Para se obter a cor especificada, normalmente são usadas
misturas de pigmentos. Outra propriedade que deve possuir o pigmento colorido é a de oferecer

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 8

cobertura, isto é, ele deve permitir que a película da qual faz parte, ao ser aplicada sobre a
superfície, mascare a mesma com a menor película possível. Pigmentos com esta qualidade são
ditos de grande poder de cobertura. Alguns exemplos de pigmentos utilizados são:

Branco: dióxido de titânio, óxido de zinco

Preto: óxido de ferro preto

Amarelo: amarelo de cromo

Vermelho: óxido de ferro

Verde: verde cromo

Metalizado: pó de alumínio

Laranja: cromato, sulfeto ou molibdato de chumbo

Azul: ferrocianato férrico

b.3) Pigmentos de carga.

Estes pigmentos têm uma série de finalidades ao serem adicionados à tinta, tais como:
melhoram ou conferem propriedades físicas e/ou químicas à película, abaixam o custo do
produto, aumentam a espessura da película seca, aumentam a viscosidade da tinta. Seu uso
indiscriminado, porém, abaixa o poder de cobertura da película. Alguns exemplos de cargas são:
talco industrial, sílica, óxido de ferro, mica, quartzo, hidróxido de alumínio, etc. Você conhecerá
agora a parte volátil da tinta, ou seja, o componente da tinta que se evapora durante o processo
de secagem: o solvente.

c) Solventes.

O solvente tem por finalidade formar com as substâncias a serem dissolvidas, soluções
homogêneas. O solvente deve ser estável, incolor ou levemente colorido, sem água e apresentar
baixíssima toxidade. Portanto a solvência é um fator de grande importância que deve sempre ser
levado em consideração na escolha de um solvente (ou associação de solventes) usados na
fabricação de tintas. Alguns dos principais solventes são os seguintes:

➢ Hidrocarbonetos alifáticos; são os mais baratos como por exemplo: gasolina industrial e
água raz mineral.

➢ Hidrocarbonetos aromáticos; os principais são os tolueno (toluol) e xileno (xilol).

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 9

➢ Ésteres; são excelentes solventes para resinas nitroceluloses, vinílicas, acrílicas, etc.

➢ Álcool; os mais usados são: etanol, propanol, isopropanol e butanol.

➢ Cetonas; são solventes para resinas vinílicas, epoxi, poliuretano, acrílicas, nitroceluloses,
etc. As mais usadas são: metil-etil-cetona e metil-isobutil-cetona.

➢ Thinner; são misturas de solventes com propriedades de solvência e volatilidade bem


caracterizadas, encontrando assim amplo emprego na formulação das tintas, bem como
na diluição destas.

Observe: Solver ou dissolver é o ato de passar uma substância para a solução e diluir é
diminuir a concentração de uma solução. Chama-se convencionalmente de solvente o veículo
volátil utilizado na fabricação da tinta e de diluente o solvente adicionado a tinta pelo pintor no
momento da aplicação, para se obter a viscosidade desejada.

d) Aditivos.

Os aditivos são aquelas substâncias que ao serem proporcionalmente adicionadas à


formulação, atuam de uma forma complementar das funções desempenhadas pelos principais
componentes de uma tinta. Para exemplificar a ação de alguns dos principais tipos de aditivos
empregados na formulação de tintas, têm-se os dispersantes, que melhoram e facilitam a
umectação e a dispersão dos elementos sólidos; os antioxidantes, que inibem a formação de pele;
os fungistáticos, que inibem a formação de microorganismos; os alastradores, que facilitam a
aplicação da camada e os anti-espumantes. Uns dos aditivos mais utilizados na formulação das
tintas são os secantes. Veja a seguir o que são os secantes e como agem na formação da película,
durante a secagem.

d.1) Secante.

Os secantes são sais metálicos de ácidos orgânicos que atuam como aceleradores do
processo de oxidação e polimerização de óleos e veículos usados na fabricação de revestimentos
orgânicos. Devem ser estáveis e ter boa solubilidade para combinarem com as diversas
formulações em que são empregados. É bastante variável o comportamento que os metais
provocam no fenômeno da secagem das resinas utilizadas na formulação das tintas. Geralmente
os secantes são usados em conjunto para se obter o resultado desejado. Assim para. Melhor
compreensão do seu comportamento, os secantes podem ser divididos em dois tipos:

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 10

➢ Ativos: atuam diretamente no processo de secagem, tendo como exemplo os naftanatos e


octoatos de cobalto e manganês.

➢ Auxiliares: influenciam os ativos, ativando-os de forma a se obter efeitos específicos,


como a secagem em profundidade, tendo como exemplo os naftanatos e octoatos de zinco
ou chumbo.

A seguir demonstram-se alguns o efeito de alguns metais sobre a secagem.

➢ Cobalto; do tipo ativo e bastante enérgico sob a forma de naftanatos e octanatos, também
é conhecido como secante superficial, pois atua principalmente na camada superficial da
tinta.

➢ Cálcio; de o tipo auxiliar possui fraca ação no processo de secagem. Atua sempre em
associação com outros metais, como o chumbo e o cobalto.

➢ Zinco; do tipo auxiliar, possui fraca ação no processo de secagem, deixa a camada
permeável a ação do oxigênio e com isso facilita a ação dos sais de chumbo.

➢ Chumbo; do tipo auxiliar, é um secante importante, pois geralmente é usado em conjunto


com secantes ativos permitindo o endurecimento total da camada, pois age em
profundidade.

➢ Manganês; em formulações de revestimentos para secagem ao ar está associado a outros


metais, como o cobalto e o chumbo.

NOTA: O chumbo pode provocar riscos à saúde do pintor que não utilizar EPI
(Equipamento de Proteção Individual). Neste caso o único EPI que protegerá o pintor será a
máscara facial com filtro químico.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 11

Figura 2

Fonte: STAE

Tintas de dois componentes.


São tintas que secam apenas após a mistura do componente “A” (tinta ou base) com o
componente “B” (endurecedor ou agente de cura). Após a mistura do componente “A” com o
componente “B” inicia-se o processo químico de polimerização que conduz à cura ou
endurecimento.

Figura 3 Tintas bicomponentes.

Fonte: STAE

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 12

Observação: POT-LIFE ou vida útil da mistura é o tempo que se dispõe para aplicação da
tinta sem que ocorra a gelatinização ou endurecimento. Geralmente em torno de 8 horas.

O revestimento orgânico (tinta) tem sua eficácia nas propriedades de ser inerte aos meios
corrosivos e não conduzir corrente elétrica, evitando assim o fechamento de circuitos galvânicos
que possam concorrer para a formação de corrosão (ferrugem).

Importante: Os materiais que compõem uma tinta são de grande importância nas
características finais da camada que se formará sobre a superfície. Sendo assim, deveremos
conhecer estes materiais e suas propriedades para facilitar na escolha da melhor tinta para o
trabalho a ser executado.

1.3 Mecanismos de formação do filme da tinta.


Evaporação dos solventes.

É um dos mecanismos mais antigos na formação de película e que se utiliza até hoje em
tintas de alta qualidade. Este é o mecanismo das tintas que utilizam produtos já polimerizados ou
produtos naturais de boas propriedades filmógenas que necessitam apenas de diluição para
atingir uma viscosidade passível de utilização prática. Após a aplicação, o filme de tinta é
formado apenas pela evaporação dos solventes (processo físico sem reações químicas), e por isto
proporciona uma secagem mais rápida. Alguns veículos que secam por este processo são
normalmente denominadas lacas, produzidas a partir de resinas acrílicas, vinílicas, acetato de
celulose, etc.

Oxidação.

Junto a evaporação dos solventes, este é um dos mais antigos mecanismos de formação
de filmes de tinta conhecidos. Este mecanismo consiste na reação do oxigênio do ar com as
ligações duplas da cadeia de carbono da resina. As resinas que mais utilizam este mecanismo de
secagem são óleos secativos, resinas alquídicas e fenólicas modificadas; sendo estas duas últimas
na formulação do esmalte sintético (nome comercial).

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 13

Ativação térmica ou elétrica.

Fazem parte deste grupo as tintas aplicadas em estado semi-polimerizado, e que


necessitam de temperatura elevada ou de polarização (positiva ou negativa) para se efetivar a
secagem. A maioria destas tintas tem seu campo de emprego nas indústrias automobilísticas, de
eletrodomésticos, de móveis metálicos, revestimentos internos de tubulações e equipamentos
resistentes às temperaturas elevadas.

Exemplos: pintura por eletrodeposição, pintura eletrostática e esmaltação.

Coalescência (aglutinação, justaposição).

Devido as vantagens de aplicação e economia, torna-se cada vez mais comum o uso de
tintas em emulsão utilizando água como uma das fases. A formação do filme neste tipo de tinta
se dá pela justaposição das partículas de tinta emulsionadas, ao se evaporar a água. Esta
coalescência produz interligação das partículas e a formação de uma película contínua e
uniforme. O representante típico da classe das tintas em emulsão é o acetato de polivinila (PVA).

Polimerização catalítica.

As tintas deste grupo têm seu mecanismo de formação do filme originado da evaporação
dos solventes e da polimerização produzida por catalisadores destinados apenas a iniciar a
reação, ficando presos no filme como carga. As resinas que representam este grupo são as
melanina formol e a uréia formol, utilizadas principalmente em madeiras.

Polimerização por condensação.

Este mecanismo consiste na polimerização da resina da tinta através da união de um


semi-polímero com outra substância química formando uma rede polimérica quase
tridimensional. As principais resinas deste grupo são as epóxi (polimerizadas por aminas) e as
poliuretanas (polimerizadas por isocianatos). Após a polimerização completa estas tintas se
tornam imunes a seus solventes, além de possuirem alta resistência à abrasão, alta resistência
elétrica e impermeabilidade.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 14

Polimerização de massa.

A polimerização de massa consiste em utilizar uma substância que, adicionada ao semi-


polímero, atue inicialmente como solvente proporcionando à tinta a diluição necessária a sua
aplicação e, em seguida, entre na reação química e se adicione à rede polimérica. Um grupo de
grande utilização atual em tintas, vernizes e revestimentos é o grupo dos poliésteres, que são
muito utilizados em conjunto com tecido de lã de vidro para fabricação de carrocerias de
automóveis, cascos de barcos, etc.

Exercícios da unidade 1
3. Responda as seguintes questões.

a) Na formulação de uma tinta, qual das matérias-primas é considerada o veículo volátil?

R:____________________________________________________________________

b) Qual das matérias-primas de uma tinta é responsável pela formação da película e que
confere a esta película propriedades como: brilho, resistência a ação de produtos
químicos, rigidez, etc...?

R:____________________________________________________________________

c) Se durante a fabricação de uma tinta não for colocado nenhum pigmento, como
chamaremos este produto?

R:____________________________________________________________________

4. Assinale a alternativa correta.

a) Qual das alternativas abaixo, NÃO é considerado um aditivo da tinta?

I. secante

II. plastificante

III. pigmento inerte

IV. antisedimentante

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 15

b) Qual das resinas abaixo é utilizada na fabricação do esmalte sintético?

I. epoxi

II. vinílica

III. alquídica

IV. poliuretana

c) Qual das resinas abaixo é utilizada na fabricação do WASH-PRIMER?

I. acrílica

II. vinílica

III. poliuretana

IV. nitrocelulose

5. Coloque “V” para as afirmações verdadeiras e “F” para as falsas:

( ) O pigmento é insolúvel no veículo da tinta.

( ) Os pigmentos anticorrosivos servem para dar cor e beleza ao acabamento.

( ) O zarcão é um pigmento anticorrosivo indicado para a aplicação sobre o alumínio.

( ) Talco industrial, sílica, quartzo em pó, são exemplos de pigmentos de carga por
terem baixo poder de cobertura.

2 SISTEMA DE PINTURA DE AERONAVES E PROCEDIMENTOS


As tintas de manutenção industrial para permitirem que as estruturas e equipamentos
permaneçam por grandes períodos sem corrosão,. E periodicamente sofram uma manutenção,
que pode ser desde um simples retoque até a substituição de toda a tinta velha por outra nova. As
pinturas podem Ter um desempenho que em condições favoráveis, chega a uma vida útil de 20
anos ou mais. Em condições adversas, a mesma pintura poderia durar cerca de 1 ou 2 anos. Tudo
vai depender do meio ambiente e do esquema de pintura empregado. Em certas condições, a tinta
poderá não ser a solução adequada, devendo-se usar outras alternativas como, por exemplo, a
resina poliéster reforçada com fibra de vidro.

Para resolver o problema de corrosão de um determinado equipamento, todas as


alternativas devem ser consideradas no estudo, portanto veja a seguir o sistema de pintura para

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 16

peças de interiores de aeronaves, além do sistema de pintura para superfície externa de


aeronaves.

2.1 Sistema de pintura para peças de interiores de aeronaves.


➢ Desengraxamento com vapor de tricloroetano (quando houver seção própria para este
tipo de tratamento).

➢ Limpeza alcalina com desengraxante, que poderá ser o ARDROS 6025.

➢ Lavagem com água pura e teste de quebra de água, que formará uma película contínua de
água se a superfície estiver livre de óleos

➢ Decapagem – Desoxidação com ácido sulfúrico e ácido crômico.

➢ Lavagem com água pura.

➢ Conversão química com ALODINE ou uso de PRIMER.

➢ Aplicação de primers: EPOXI, POLIURETANO ou CROMATO DE ZINCO

➢ Aplicação de TINTA ANTIBIOLÓGICA sobre o ALODINE em peças que ficarão em


contato com combustível ou aplicação de tinta de acabamento EPOXI ou
POLIURETANO sobre o PRIMER.

2.2 Sistema de pintura externa de aeronaves.

➢ Empapelam-se as partes de fibra e acrílicos para não sofrerem o ataque de solventes.

➢ Limpeza com MEC (Metil Etil Cetona).

➢ Limpeza alcalina desengraxante (o mesmo do quadro acima).

➢ Lavagem com água pura e teste de quebra de água

➢ Cromatização com solução de ácido crômico à 0,5% por 5 min.

➢ Lavagem com água pura

➢ Desempapelamento.

➢ Secagem

➢ Empapelamento das partes finais que não serão pintadas.

➢ Aplicação de PRIMER EPOXI OU PRIMER POLIURETANO

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 17

➢ Aplicar a tinta de acabamento adequada ao tipo de aeronave e de acordo com a OTMA 1-


1-4.

2.3 Preparação de tintas


Diluição da tinta.

Para trabalharmos com a pressão indicada pelo fabricante para cada tipo de tinta este
material deverá estar na consistência adequada. Se muito viscoso (grosso), a adesão entre as
partículas exigirá altas pressões; quando muito diluído embora facilmente pulverizável,
ocasionará uma película muito fina, necessitando de várias demãos para atingir a espessura ideal.
Acerta-se a consistência pela adição de DILUENTES. Tradicionalmente a diluição era
controlada observando-se o escorrimento da tinta diluída na espátula. Entretanto, com as tintas
quimicamente complexas empregadas hoje em dia, e visto ser a pistola uma ferramenta de
precisão, o controle da consistência tem que ser feito com rigor. Deve-se utilizar então, um
VISCOSÍMETRO.

Viscosímetro.

É um aparelho destinado a medir a viscosidade dos fluídos para pulverização, segundo as


normas DIN (Deustech Industrie Norm) ou as normas ASTM (American Society for Testing
Materials). O "COPO FORD Nº 4" é um viscosímetro confeccionado em alumínio, de forma
cilíndrica e fundo cônico, com um furo de 4 mm, conforme as especificações exigidas pela
ASTM, que oferece um padrão de viscosidade da água de 10 segundos.

Dispões de um suporte ajustável para nivelamento do fluido e de um raspador de vidro


para eliminação do excesso. O fluído é colocado no "copo", nivelado e passado o raspador de
vidro, mantendo-se o orifício tapado. Ao mesmo tempo em que se desobstruir o orifício inicia-se
a contagem do tempo, em segundos, com um cronômetro. O tempo gasto, até que todo o fluido
escoe para o recipiente colocado em baixo, será a medida da viscosidade.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 18

Figura 4 Copo Ford


nº 4 (Viscosímetro).

Fonte: STAE

Nota: Na falta de um viscosímetro, utiliza-se controlar a viscosidade através da proporção


do volume ou peso da tinta para o diluente, conforme indicação do fabricante.

Como medir a viscosidade de um fluido utilizando um viscosímetro.

1. Mantendo-se o orifício tapado, o fluido é colocado no "COPO FORD Nº 4", que deverá
estar nivelado.

2. Passa-se o raspador de vidro pela parte superior do viscosímetro para retirar o excesso de
fluido.

Figura 5

Fonte: STAE

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 19

3. Ao mesmo tempo em que se desobstruir o orifício inicia-se a contagem do tempo, em


segundos, com um cronômetro.

Figura 6

Fonte: STAE

4. O tempo gasto até que todo o fluido escoe para o recipiente colocado embaixo, será a
medida da viscosidade.

Nota: Pare o cronômetro exatamente no momento em que o fluido deixar de ser um fio
constante ou quando gerar a 1ª gota.

A viscosidade é tanto maior quanto maior for o tempo de escoamento. Para diminuir a
viscosidade basta adicionar ao material o diluente próprio recomendado pelo fabricante. A
determinação da viscosidade é mais necessária na pintura por pulverização, especialmente
quando se usa o equipamento de alimentação por pressão.

Observe: Antes de colocar a tinta na caneca ou no tanque de pressão que alimentará a


pistola, deveremos filtrá-la com um tecido de nylon ou organdi.

2.4 Testes de limpeza


Antes da pintura a superfície deverá estar neutra ou levemente ácida. Um dos testes
utilizados é o papel de tornassol, que umedecido e colocado sobre a superfície tornar-se-á azul se
a superfície apresentar resíduos alcalinos (detergente), ficará laranja se a superfície estiver neutra
e ficará vermelho se esta estiver ácida.

Nota: Se detectarmos a presença de resíduos alcalinos deveremos aplicar uma solução de


ácido crônico à 0,5% por um tempo de até 5 minutos sobre a superfície.

O outro teste é usado para detectar a presença de óleo sobre a superfície e é chamado de
teste de quebra de água. Este teste consiste em jatear uma camada de água sobre a superfície. Se

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 20

ao cessar o jato a película de água forma-se com falhas bruscas, ou seja, em certos locais não
formar uma película contínua de água, esta estará com resíduos de óleo.

Nota: Se houver resíduos de óleo sobre a superfície, deveremos lavá-la com um


detergente, que poderá ser o ARDROX 6025 ou o RIDOLINE 53.

3 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS `AS TINTAS USADAS NA AVIAÇÃO.

3.1 Primer epóxi.


O primer epóxi é o mais conhecido para aplicação sob o acabamento de esmaltes
poliuretano, epóxi, sintético, onde é exigida a máxima proteção contra corrosão.

Apresenta-se em dois componentes, os quais produzem um forte revestimento


impermeável entre o acabamento e o metal base. Pode-se usar primer epóxi sobre o alumínio,
magnésio e aço. Para máxima proteção contra a corrosão e melhor aderência, deve ser aplicado
sobre o WASH-PRIMER, quando a superfície for metálica.

Nota: O catalisador do primer epóxi reage com a umidade e o recipiente deve ser
guardado fechado. Se a embalagem permanecer muito tempo aberta, a umidade que foi absorvida
pelo catalisador poderá iniciar uma reação e estufar a lata depois de fechada (podendo até
arrebentar).

3.2 Primer cromato de zinco.


O cromato de zinco é formulado com resina alquídica. Isto não produz uma superfície
fechada, mas permite que uma pequena porção de água penetre na camada e liberte pequenas
quantidades de íons cromato, impedindo ou, pelo menos, inibindo a formação de corrosão na
superfície que ele protege.

Nota: SURFACER são tintas usadas para preencher irregularidades no primer,


proporcionando uma superfície mais lisa para a aplicação da tinta de acabamento.

Primer poliuretano.
Este primer é fornecido pelo fabricante em dois componentes que somente serão
misturados no momento do uso. Após a mistura aguarda-se cerca de 30 minutos antes de
começar a aplicá-lo e não mais de 6 horas, que é o tempo de vida útil após a mistura.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 21

3.3 Tintas de Acabamento ( TOP COAT)


Esmaltes e lacas.

Às vezes pode ser um problema saber se um material é uma laca ou um esmalte, mas uma
definição geral identifica uma laca como sendo um acabamento que seca (cura) por evaporação
de seus solventes, podendo voltar a sua condição original com o uso de diluente. Já o esmalte
cura pela conversão de alguns solventes, pelo aquecimento, oxidação ou ação catalisadora; e, em
alguns casos, nem mesmo o próprio solvente consegue dissolvê-lo depois de seco.

Esmalte epóxi.

Este esmalte é feito com resina alquídica modificada. Esta resina possui melhor adesão e
resistência à corrosão que as alquídicas convencionais, além de possuir excelente resistência
química em ambientes agressivos. A mistura dos componentes I e II deve ser usada dentro de
uma faixa de tempo entre 30 minutos (mínimo) e oito horas (máximo), chamado de vida útil da
tinta (Pot Life). O uso de material velho (após 8 horas) resultará em fraca adesão da tinta,
embora possa parecer em condições de ser aplicada.

Esmalte poliuretano.

Esmalte poliuretano é um acabamento de dois componentes que secam por reação


química, tendo um alto teor de sólidos (pigmentos). É um dos mais duráveis e atraentes
acabamentos para aeronaves modernas, velozes e para grandes altitudes. O alto brilho que se
consegue com este acabamento é devido às resinas de baixo escoamento e a cura uniforme do
filme que dá tempo para se formar uma superfície verdadeiramente lisa e que tem um brilho de
aparência úmida, o qual o faz tão popular.

Importante: Todo material catalisado deve ser removido do tanque de pressão, da


mangueira de fluido e da pistola ou pistola e caneca de sucção, imediatamente após completar a
operação de pintura, e o equipamento deverá ser todo limpo com solvente. Se restos do material
permanecer por um tempo acima de 6 horas, este material solidificará e nem mesmo o próprio
solvente o retirará.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 22

Esmalte sintético extra-rápido.

Tinta de acabamento recomendada para pintura geral ou de peças de veículos


automotivos em geral, proporcionando-lhes um aspecto muito parecido com o original de
fábrica.

Laca acrílica.

É uma tinta que seca rapidamente por evaporação dos solventes, apresenta boa resistência
à agua, ao óleo hidráulico e aos agentes atmosféricos. A laca acrílica pode ser aplicada sobre o
primer epóxi ou universal. Depois que o primer estiver completamente seco, esfregue sobre este
uma lixa 320 e aplique o acabamento.

Laca nitrocelulose.

Tinta de acabamento à base de resina nitrocelulose, indicada para pintura e retoques de


veículos automotivos em geral.

3.4 Tintas Especiais


Tintas para altas temperaturas.

Estas tintas são formuladas com resinas de silicato de etila, que deverão ser aplicadas
diretamente sobre o metal base, pois, se aplicarmos algum tipo de primer não resistente a
temperatura, este queimará, quando a superfície estiver quente. Estas tintas são resistentes à
abrasão e à temperatura de até 400ºC. Elas também são chamadas de tintas ricas em zinco ou
galvanização a frio. Podem-se encontrar no mercado tintas deste tipo resistentes até a 600ºC.

Tinta antobiológica.

O objetivo é inibir o crescimento de colônias de bactérias e fungos, e por isso são


aplicadas nas faces internas dos tanques integrais de aviões, cujo combustível é querosene. São
fornecidos em dois componentes, que deverão ser misturados minutos antes do uso e aplicados
sobre a superfície tratada com "ALODINE" (proporciona melhor aderência).

Revestimentos elastoméricos.

Prezado cursista, a partir de agora, você ficará conhecendo os tipos de revestimentos em


partes que sofrem desgaste por erosão. Primeiramente você deverá saber o que é desgaste por
erosão. Desgaste por erosão, no caso de aeronaves, ocorre com esta em vôo pelo atrito com as
partículas sólidas que estão em suspensão na atmosfera. Este desgaste ocorre mais

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 23

frequentemente nos bordos de ataque e radomes ( peças que protegem o radar e que,
normalmente, ficam no nariz do avião). Os revestimentos que exercem esta proteção são
conhecidos como: "REVESTIMENTOS ELASTOMÉRICOS".

O primeiro deles é o SISTEMA GOODYEAR. Os componentes da GOODYEAR 23-56


(aplicação a pincel) e 23-56S (aplicação por pulverização) são de secagem ao ar e base de
neoprene. Os dois sistemas diferem somente em que um solvente é adicionado no sistema de
pulverização. Além de serem elastoméricos, estes produtos são antiestáticos.

O sistema GOODYEAR 23-56 (aplicação a pincel) é composto dos seguintes elementos:

➢ 1801 C - TOP COAT BASE CEMENT RESINA

➢ 903 C - ACELERADOR (CATALISADOR)

➢ BOSTIK 1007 – PRIMER

➢ O sistema GOODYEAR 23-56S (aplicação por pulverização) é composto dos seguintes


elementos:

➢ 1801 C - TOP COAT BASE CEMENT RESINA

➢ 983 C - ACELERADOR (CATALISADOR)

➢ 1803 C - SOLVENTE

➢ BOSTIK 1007 – PRIMER

O outro sistema de proteção contra a erosão em aeronaves é o SISTEMA ASTROCOAT.


Este sistema, de um modo geral, consiste de um primer, uma camada base resistente à erosão e
de uma camada antiestática.

Exercícios das unidades 2 e 3

4. Responda as seguintes questões:

a) O que é um VISCOSÍMETRO?

R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 24

b) Em que momento deveremos parar o cronômetro, durante a medição da viscosidade no


COPO FORD Nº 4?

R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

c) Qual o procedimento executado, se antes de iniciarmos a pintura detectarmos a presença


de resíduos alcalinos?

R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

d) E se detectarmos a presença de óleo sobre a superfície, qual o procedimento?

R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

5. Assinale a alternativa correta:

a) Qual a principal função do PRIMER, quando aplicado sobre o alumínio?

I. Desengordurar.

II. Promover uma cor âmbar.

III. Promover melhor aderência e desengordurar.

IV. Proteger a superfície do ataque corrosivo e promover melhor aderência.

4 TESTES DE ADESÃO DE TINTA E PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NUMA


PINTURA

4.1 "Tape Test" E "Spot Check"


Estes testes devem ser aplicados para avaliar a aderência do revestimento orgânico sobre
o substrato metálico de uma ou mais camadas de tinta. Um dos testes utilizados para o controle
da aderência do revestimento orgânico (tinta) sobre uma superfície metálica é o teste da fita ou
TAPE TESTE.

Este teste deverá ser feito regularmente, e me áreas selecionadas em todo o acabamento
exterior, após o término da pintura.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 25

Atenção: Deve-se aguardar um período de aproximadamente 48 horas para assegurar um


nível satisfatório de secagem, após a aplicação da tinta.

Após a espera do período acima mencionado, você poderá realizar o TAPE TEST,
seguindo os seguintes passos:

➢ Prende-se um pano úmido na área que está sendo inspecionada, por um período de pelo
menos 24 horas. Essa área deverá Ter um diâmetro de no mínimo 3 polegadas ou 7,5 cm.

➢ Remover o pano úmido e secar a água da superfície. Imediatamente após, aplicar uma fita
colante de aproximadamente 1 (uma) polegada da 3M ou semelhante. Comprimir a fita,
usando uma pressão firme com a mão.

➢ Retirar a fita com um movimento brusco e examinar a área.

➢ Se a tinta não sair, é porque a aderência desta sobre a superfície poderá ser considerada
satisfatória.

➢ Caso alguma das camadas fique presa na fita colante, você poderá fazer ainda ensaios
localizados (SPOT CHECH), para determinar qual das camadas não teve aderência.

➢ O spot chech é o mesmo teste da fita com a característica adicional de serem feitos dois
cortes em forma de "V" invertido, que atravessam toda a camada de tinta. Na abertura do
"V" coloca-se a fita adesiva e puxa-se bruscamente, como no teste acima.

Importante: Os cortes na tinta deverão ser feitos com estilete plástico ou de madeira.
Nunca Utilizar instrumento metálico para esta finalidade.

Outros testes também poderão ser feitos. Estes testes deverão ser aplicados somente nos
números de lugares necessários para se determinar a uniformidade de adesão da pintura. As
providências a serem tomadas somente poderão ser determinadas após o final dos testes.

Exemplo: Se, após a realização dos testes, concluímos que apenas sobre as asas, não
houve aderência, sendo que a tinta e o primer ficaram presos na fita durante o teste, nós
deveremos remover apenas a pintura das asas e refazê-la.

Outros testes de adesão de tintas (conforme a norma ASTM D3276).

Método “A” – corte em “X” para sistemas com espessuras que variam de 120 mm até 600
mm. Consiste no corte em “X” com uma lâmina de estilete, de 1” a 1 ½” no qual se fixa uma fita

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 26

adesiva puxando-a firmemente em seguida e comparando-se em seguida com padrões


fotográficos a fim de verificar o grau de aderência.

NORMA ASTM NORMA ABNT CÓDIGO FIGURA


5A Gr.0 - Nenhum destacamento ao
longo das incisões.

4A - Destacamento de até 1mm


ao longo das incisões.

3A Gr.1 - Destacamento de até


1,6mm ao longo das
incisões.
- destacamento de até 2mm.
2A Gr.2 Destacamento de até
3,2mm ao longo das
incisões.
- destacamento de até 4mm
em um ou ambos os lados.
1A Gr.3 - Destacamento acima de
3,2mm ao longo das
incisões.
- Destacamento até 6mm
em um ou ambos os lados.
0A Gr.4 - Remoção junto a área do
“X”.
- destacamento acima de
6mm em um ou ambos os
lados.

Tabela 01.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 27

Método “B” – Indicado para sistemas com espessuras até 120m. Consiste em seis
cortes em forma de grade com um dispositivo de corte, sendo sua análise semelhante à do teste
anterior.

DESTACAMENTO NA ÁREA QUADRICULADA


CÓDIGO
DESCRIÇÃO FIGURA
ABMT ASTM

Nenhuma área da película


destacada.
GR 0 5B *Os cantos dos cortes em
grade sem nenhum
arrancamento.

Área destacada da película


GR1 4B
<5%, nos cruzamentos.

Destaques nos
cruzamentos e ao longo
GR2 3B dos cortes.
Área destacada da película
de 5% a 15%

Destaque nas bordas e


partes dos quadrados
2B
Área destacada da película
de 15% a 35%

Destaque nas bordas,


cantos e quadrados.
GR3 1B
Área destacada da película
de 35% a 65%

Tabela 02.
Fonte: POLIDURA S.A. - Boletim Técnico - 1.990.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 28

4.2 Problemas em pintura causas e correções.


Calcinação.

O principal causador da calcinação são os raios solares. A calcinação é tanto mais


pronunciada quanto mais prolongada for a exposição e quanto mais rigorosas forem as condições
climáticas.

➢ Lavagem excessiva com detergentes inadequados e agressivos.

➢ Contaminações da pintura exposta em zonas industriais agressivas.

➢ O uso de diluentes ou thinners não recomendados ou de baixa qualidade.

➢ O uso de aditivos não recomendados também pode deixar a película de tinta mais
sensível aos efeitos dos raios solares.

Figura 7

Fonte: POLIDURA S.A. - Boletim Técnico - 1.990.

Correção: Polir com MASSA POLIR, até eliminar o pigmento desagregado e depois
"puxar" o brilho com o LÍQUIDO PARA POLIR ou cera GRAND PRIX.

OBSERVE: Se a tinta estiver muito desgastada, poderá ser necessário fazer nova pintura.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 29

Casca de laranja.

Descrição:É um defeito que ocorre durante a pulverização da tinta, resultando numa


película áspera, parecida com a pele de uma laranja.

Causas:

➢ As partículas pulverizadas da tinta secam antes de tocar a superfície e não se alastram.

➢ Técnicas de aplicação ou ajuste do revólver inadequado.

➢ Excessiva pressão de ar quente muito aberto ou distância muito grande da superfície.

➢ Temperatura ambiente muito elevada.

➢ Secagem da tinta com jato de ar.

➢ Falta de observância do intervalo de secagem entre as demãos.

➢ Diluição inadequada com thinners ou diluentes de evaporação rápida demais.

Figura 8

Fonte: POLIDURA S.A. - Boletim Técnico - 1.990.

Correção: Polir a superfície com massa polir depois de seca. Em casos mais graves, lixar
até obter uma superfície lisa, repintar usando um thinner/diluente de evaporação mais lenta.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 30

Crateras.

Descrição: As crateras se assemelham muito aos "olhos de peixe", sendo normalmente


maiores em tamanho e geralmente incorporam pequenas partículas de matérias estranhas.

Causas:

➢ Como nos "olhos de peixe", elas se formam durante ou imediatamente após aplicação da
pintura.

➢ Contaminações provenientes de linhas de ar, revólver ou demais equipamentos ou do


próprio ambiente em que se está fazendo a pintura (óleo, salicone, etc).

➢ Uso inadequado de aditivos.

➢ Preparação incorreta das superfícies pode deixar matérias estranhas incompatíveis com a
tinta.

Figura 9

Fonte: POLIDURA S.A. - Boletim Técnico - 1.990.

Correção: Após a secagem, lixar as zonas afetadas, até obter uma superfície lisa e
repintar.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 31

Esbranquecimento (blushing).

Descrição: O acabamento apresenta um aspecto esbranquiçado e sem brilho durante ou


imediatamente após sua aplicação.

Causas:

➢ Geralmente causado pela condensação de umidade na película de tinta em dias frios,


úmidos ou chuvosos.

➢ Thinners/Diluentes de evaporação muito rápida em dias frios, chuvosos e úmidos podem


causar o problema.

➢ Pressão muito alta no revólver pode esfriar a superfície durante a aplicação, aumentando
a possibilidade de condensação de umidade.

➢ Falta de uso de um retardador adequado.

➢ Temperatura do ambiente de pintura muito baixa.

Correção: Adicionar de 5 a 10% do Retardador correspondente sobre a tinta já diluída e


aplicar uma demão cruzada.

Observação: Se, mesmo com retardador (Diluente de evaporação mais lenta), continuar o
esbranquecimento (Congelamento = Blushing), a pintura deverá ser suspensa.

Enrugamento.

Descrição: Tem a aparência de uma distorção ou encolhimento do acabamento durante a


sua secagem.

Causas:

➢ Geralmente é provocado pela secagem desuniforme dos esmaltes sintéticos, ocasionado


pela secagem mais rápida da superfície externa do que das partes internas de película de
um esmalte.

➢ Aplicação de demãos demasiadamente grossas de esmalte, podem ocasionar o bloqueio


da evaporação dos solventes.

➢ Temperaturas inadequadas ou correntes de ar quente na oficina.

➢ Acelerar a secagem de um esmalte com um jato de ar ou painel de secagem.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 32

Figura 10

Fonte: POLIDURA S.A. - Boletim Técnico - 1.990.

Correção: Remover o acabamento da zona afetada e observar a temperatura ambiente,


usar thinner adequado, regular o equipamento de pintura evitando aplicação de demãos grossas e
observar os intervalos entre demãos adequados.

Escorrimento.

Descrição: o escorrimento geralmente ocorre quando a aplicação da pintura é feita muito


carregada e não se alastra uniformemente. O problema é mais comum em pinturas feitas em
superfícies na posição vertical.

Causas:

➢ Ocorre quando é usada excessiva diluição na tinta ou pelo uso de thinner ou diluente
inadequado.

➢ Excessivas demãos de tinta sem a observância do intervalo adequado entre demãos.

➢ Baixa pressão de ar provocando falta de pulverização ou manter o revólver muito perto


de superfície a ser pintada.

➢ Temperatura ambiente muito baixa.

Correção: Lave com solvente a área afetada, deixe secar, lixe e repinte novamente.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 33

Fissuras.

Descrição: Apresenta-se na forma irregular de pequenas, médias e grandes rachaduras na


película de tinta.

Causas:

➢ Temperaturas extremas na oficina durante a aplicação do sistema de pintura.

➢ Uso de quantidade inadequada e thinners/diluentes não recomendados.

➢ Ajuste ou técnica deficiente do revólver podem provocar micro rachaduras apesar das
condições normais de pintura.

➢ Preparação inadequada das superfícies.

➢ Materiais não misturados adequadamente.

➢ Pinturas feitas sobre superfícies com acabamentos envelhecidos sem o correto preparo.

Correção: Examinar a superfície antes de repintar e remover, se necessário, a pintura em


mau estado. Usar o retardador adequado e aplicar uma demão molhada até que os traços das
rachaduras desapareçam.

Manchas úmidas.

Descrição: O acabamento não seca e apresenta manchas úmidas e pegajosas.

Causas:

➢ Elas são observadas geralmente em áreas contaminadas com ceras, graxas, pasta para
soldar, etc.

➢ A contaminação pode ser proveniente de superfícies com limpeza ou preparação inicial


inadequada.

Correção: Remover a pintura na zona afetada, preparar novamente e repintar.

Perda de aderência.

Descrição: Ocorre quando há falta de aderência entre o acabamento e o primer ou entre o


primer e o metal.

Causas:

➢ Falta de limpeza adequada e contaminação das superfícies.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 34

➢ Veículos ou componentes da tinta que não foram corretamente incorporados na tinta.

➢ Materiais incompatíveis que possam prejudicar a aderência da tinta.

➢ Uso de thinners ou diluentes inadequados, geralmente de evaporação muito rápida ou


falta de diluição adequada poderá restringir a aderência da tinta.

Correção: Remover por lixamento a pintura da zona afetada, preparar novamente e


repintar.

Quarteamento ou fendas.

Descrição: O quarteamento é uma série de rachaduras tomando geralmente a forma de


uma estrela de três pontas, sendo bastante profundas e, normalmente, atravessam toda a película
da pintura. É conhecido também como "Pés de Galinha".

Causas:

➢ Acontece geralmente quando a pintura foi aplicada em camadas demasiadamente grossas.

➢ Quando os componentes de uma pintura não tenham sido incorporados correta e


perfeitamente.

➢ Uso incorreto de aditivos.

➢ Repintura sobre acabamentos antigos já deteriorados podem ser causadores do problema.

➢ Condições atmosféricas agressivas podem acelerar o processo de quarteamento.

Correção: As áreas afetadas deverão ser lixadas até obter uma superfície uniforme. Em
casos extremos, remover a pintura até o metal para depois preparar e repintar novamente.

Remoção da película.

Descrição: A remoção ou levantamento parece um enrugamento da pintura. Surge quando


se está aplicando a demão final ou durante o processo de secagem.

Causas:

➢ Ataque dos solventes na demão final, sobre as demãos anteriores.

➢ Tempo inadequado de evaporação dos solventes, principalmente quando o acabamento


for usado em estufa.

➢ Acabamento, sintéticos que não estejam completamente secos e são repintados com lacas.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 35

➢ Uso de thinner ou redutores muitos fortes e penetrantes.

Correção: Remover totalmente a pintura das áreas afetadas, preparar e repintar.

Sangramento.

Descrição: É a parte de solubilização dos pigmentos da pintura antiga para a nova


película de tinta que está sendo aplicada.

Causas:

➢ Repinturas ou retoques feitos com acabamentos que contenham pigmentos parcialmente


solúveis que se incorporam na nova pintura.

➢ Contaminação de linhas de ar com materiais que sangram, tais como: Óleo colorido,
poeira de lixa, etc. O sangramento ocorre principalmente com os vermelhos, marrons, e
em menor escala com laranja, amarelo e violeta.

Correção: Repintar com tintas da mesma cor sobre os acabamentos que tenham
tendência a sangrar. Com o uso de acabamento escuro, ele não ocorrerá.

4.3 Exercícios da unidade 4


6. Responda:

a) Qual o tipo de teste utilizado para controle da aderência da tinta sobre a superfície
metálica

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

b) Qual o principal causador da calcinação em uma pintura?

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

c) Qual a correção adotada quando uma pintura apresenta calcinação?

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 36

d) Como se apresentam as manchas úmidas durante a pintura?

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

7. Assinale a alternativa correta:

a) Qual a causa provável de um esbranquecimento da pintura?

I. Aplicação da tinta em dias úmidos e quentes.

II. Aplicação da tinta em dias frios, úmidos ou chuvoso.

III. Uso inadequado de retardador, fazendo a tinta secar muito lentamente.

IV. Pressão de ar excessiva durante a aplicação de um esmalte sintético, em temperatura


ambiente.

8. Coloque "V" para as afirmativas verdadeiras e "F" para as falsas.

( )O enrugamento tem a aparência de uma distorção ou encolhimento, durante a secagem.

( ) Uma das causas do escorrimento da tinta poderá ser uma excessiva diluição da tinta.

( ) A repintura de um esmalte sintético não totalmente seco com uma laca pode ocasionar
a remoção da película do esmalte.

( ) As fissuras apresentam-se como pés de galinhas na superfície pintada.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 37

CONCLUSÃO

Prezado cursista, chegamos ao final da disciplina de Fundamentos de Pintura. Depois


deste seu esforço em aprender cada vez mais sobre a especialidade que irá exercer, tenho certeza
de que você irá sentir-se mais confiante no seu dia-a-dia. Neste módulo você ficou conhecendo
os sistemas de pintura para aeronaves e peças, bem como os tipos de tintas e suas características.
Você também aprendeu os problemas mais comuns que podem ocorrer durante uma pintura.

Agora você está apto a enfrentar todas as situações que possam vir a surgir durante uma
pintura, no seus dias de trabalho. Mas não pode parar por aqui, pois somente com a prática
contínua dos ensinamentos contidos neste módulo, você aumentará sua aptidão.

Boa sorte e sucesso em sua profissão!

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 39

REFERÊNCIA

BRASIL. Técnico-Química S/A. - Engenharia de revestimentos Químicos. Rio de


Janeiro.

BRASIL. Polidura S/A. Boletim Técnico. São Paulo - SP. 1990.

BRASIL. Devilbiss S/A. Boletim Técnico. São Paulo - SP. 1990.

FILHO, Souza. Manual do Pintor. Editora Descubra. São Paulo - SP. 1989.

BRASIL - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA OTMA - 1-1-1

BRASIL - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA OTMA - 1-1-2

BRASIL - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA OTMA - 1-1-4

USA – U.S. AIR FORCE TO 1-1-8. Application and Removal of Organic Coatings,
Aerospace and Non-Aerospace Equipament – Change 18. 9 October 1998.

USA – U.S. AIR FORCE TO 1-1-8S-12. Application of Organic Coatings, Aerospace


Equipament.

EMBRAER - Centro de Treinamento Técnico – Operacional Pintura Aeronáutica e


Pintura Aeronáutica Nível 2 – 1.989 São José dos Campos - SP.

FAZANO, Carlos Alberto T.V. - Métodos de controle de Pinturas e superfícies. Editora


Henus - São Paulo - SP - 1.988.

POLIDURA S.A. - Boletim Técnico - 1.990.

TINTAS RENNER S/A – Aspectos Práticos da Pintura Industrial – 1.988.

GNECCO, Celso; e outros – Pintura de Manutenção Industrial. Instituto de Pesquisas de


São Paulo. São Paulo – SP. 1.984 (Reimpressão 1.985).

USAF – Apprentice Painter (Program Number JB55231 – On the Job Training Program).
Prepared by F.E. Warren Air Force base, Wyoming – Tecnical Trining Air force – USA.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 41

ANEXO A AUTOAVALIAÇÃO.

9. Responda:

a) Qual o mecanismo de secagem das tintas poliuretanas?

________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

b) Como são conhecidas as tintas que secam por evaporação dos solventes?

________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

c) Na falta de um viscosímetro na oficina de pintura, quais as outras opções para manter a


viscosidade conforme as especificações do fabricante para aplicação por pulverização?

________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

10. Assinale a alternativa correta:

a) Qual o instrumento utilizado para medição da unidade relativa do ar na oficina de


pintura?

I. termômetro

II. hidrômetro

III. higrômetro

IV. hidrotermômetro

b) Depois de misturarmos o componente A com o componente B do primer epoxi, quanto


tempo, em minutos, deveremos aguardar antes de começarmos a aplicá-lo.

I. 10

II. 20

III. 30

IV. 40

c) Por qual motivo NÃO podemos deixar aberta a embalagem do catalizador do primer
poliuretano?

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 42

I. evitar a contaminação

II. manter o catalizador livre de impurezas

III. evitar a secagem através do contato entre a umidade do ar e o catalizador.

IV. evitar que a umidade do ar reaja com o catalizador e impeça a secagem do primer quando
for misturado a ele.

d) Qual a proporção de mistura, respectivamente, do esmalte poliuretano com seu


catalizador?

I. 4 : 1

II. 1 : 4

III. 1 : 3

IV. 3 : 1

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 43

ANEXO B GABARITO

1.

a) O solvente,

b) A resina,

c) Verniz

1.

a) III,

b) III,

c) II

3.

(V),

(F) – Os pigmentos anticorrosivos servem para inibir a corrosão.

(F) – Deve-se evitar a aplicação de zarcão sobre o alumínio, por ele ser composto de
óxido de chumbo (Pb3O4) e

(V)

4.

a) Instrumento destinado a medir a viscosidade dos fluidos para pulverização

b) Quando o fluido deixar de ser um fio constante ou gerar a 1ª gota.

c) Deveremos aplicar uma solução de ácido crômico e água a 0,5% por 5 min.

d) Devemos lavá-la com um detergente, que poderá ser o ARDROX 6025 RIDOLINE 53.

5. IV

6.

a) Teste da fita ou tape test.

b) Os raios solares.

c) Polir com massa de polir e depois puxar o brilho com líquido para polir ou cera grand
prix.

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE


EEAR 44

d) Com formação de manchas úmidas e pegajosas na película da tinta.

7. II

8. (V),

(V),

(V) e

(F) As figuras são pequenas, médias e grandes rachaduras na película da tinta.

9.

A) Polimerização por condensação

B) Lacas

C) Controlá-la através de volume ou peso de tinta para o diluente, conforme a proporção


indicada na lata do produto.

10.

A) III,

B) II,

C) III e

D) IV

DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO STAE

Você também pode gostar