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PROCEDIMENTOS DE PINTURA
VOLUME II
BEP
CFS
FUNDAMENTOS DE PINTURA
VOLUME II
Elaborador(es):
1S BEP MARCELO GIULIANO FERNANDES
Revisor(es) Técnico(s):
2S BEP EDUARDO DOS SANTOS SPERA
2021
Revisor(es) Pedagógico(s):
2T PED PRISCILA CARVALHO - 2021
Revisor(es) de Diagramação:
S2 SNE MATEUS - 2021
S1 SAD BARROS - 2021
Revisor(es) Ortográfico(s):
GUARATINGUETÁ - SP
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................1
1 REVESTIMENTO DE ORIGEM NÃO METÁLICA (TINTAS)........................................3
1.1 Generalidades.........................................................................................................................3
1.2 Composição das Tintas..........................................................................................................4
Tintas de dois componentes........................................................................................................11
1.3 Mecanismos de formação do filme da tinta.......................................................................12
Exercícios da unidade 1...............................................................................................................14
2 SISTEMA DE PINTURA DE AERONAVES E PROCEDIMENTOS..............................15
2.1 Sistema de pintura para peças de interiores de aeronaves..............................................16
2.2 Sistema de pintura externa de aeronaves..........................................................................16
2.3 Preparação de tintas............................................................................................................17
2.4 Testes de limpeza.................................................................................................................19
3 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS `AS TINTAS USADAS NA AVIAÇÃO............20
3.1 Primer epóxi.........................................................................................................................20
3.2 Primer cromato de zinco.....................................................................................................20
Primer poliuretano......................................................................................................................20
3.3 Tintas de Acabamento ( TOP COAT)................................................................................21
3.4 Tintas Especiais....................................................................................................................22
4 TESTES DE ADESÃO DE TINTA E PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NUMA
PINTURA.....................................................................................................................................24
4.1 "Tape test" e "Spot check".................................................................................................24
4.2 Problemas em pintura causas e correções.........................................................................28
4.3 Exercícios da unidade 4.......................................................................................................35
CONCLUSÃO..............................................................................................................................37
REFERÊNCIA.............................................................................................................................39
EEAR 1
INTRODUÇÃO
Obs.: Este módulo será utilizado como material de consulta nas disciplinas “Técnicas de
Pintura” e “Pintura de Equipamentos e Aeronave”.
1.1 Generalidades
Fonte: STAE
O revestimento orgânico (tinta) tem sua eficácia nas propriedades de ser inerte aos meios
corrosivos e não conduzir corrente elétrica, evitando assim o fechamento de circuitos galvânicos
que possam concorrer para a formação de corrosão (ferrugem).
Os materiais que compõem uma tinta são de grande importância nas características finais
da camada que se formará sobre a superfície. Sendo assim, deveremos conhecer estes materiais e
suas propriedades para facilitar na escolha da melhor tinta para o trabalho a ser executado. Caro
amigo, acompanhe agora a composição das tintas, ou seja, quais os elementos utilizados na sua
fabricação.
A resina, que pode ser designada também por veículo, ligante ou suporte, é um
componente da tinta que desempenha uma função de grande importância na formação da película
de tinta, dando a esta película propriedades como: retenção de brilho, rigidez, resistência a ação
da água e produtos químicos, flexibilidade, etc. Além disso, na sua falta, obter-se-ia apenas uma
pasta de pigmentos e solventes que resultaria, após sua secagem, numa poeira isenta das
propriedades necessárias à estética e proteção do substrato (superfície).
As resinas são substâncias de estrutura química complexa, podendo ser agrupadas entre
as de origem natural e os chamados polímeros sintéticos produzidos por processos industriais.
Observação: Caso não se adicione pigmento ao veículo nós teremos o que é conhecido
comercialmente como VERNIZ. Conheça a seguir as principais resinas utilizadas na fabricação
de tintas e suas características.
químicos. À semelhança das alquídicas, as fenólicas podem ser modificadas com óleos, obtendo-
se as resinas óleos fenólicas, de resistência inferior, porém não necessitam de aquecimento para
secar.
As resinas epóxi ou epoxídicas são, sem dúvida alguma, um dos mais importantes
veículos com que se conta atualmente para um efetivo combate aos problemas da corrosão.
Devido à excepcional resistência química oferecida por suas películas e à alta resistência à
abrasão e ao impacto, apresentam largo emprego industrial. As tintas fabricadas à base de resina
epóxi são encontradas no mercado em dois componentes, sendo o componente “A” a resina e o
componente ”B” o agente de cura (catalisador). Poderá também ser encontrada no sistema de
secagem em estufa.
Apresentam boa resistência a altas temperaturas, repelem a água e têm boa resistência ao
intemperismo. Sua principal aplicação é em tintas resistentes a temperaturas elevadas. Admite-se
que esta resina se volatize a cerca de 350ºC, deixando sobre a superfície uma película de
pigmentos metálicos fundidos. Essas tintas resistem a cerca de 600ºC. Certos tipos de silicone
são usados na fabricação de tintas marteladas.
É uma resina sintética obtida pela cloração da borracha natural. Tem excelente resistência
a álcalis e ácidos. Não resistem a óleos animais e vegetais, que amolecem a película.
b) Pigmentos.
nos pigmentos inertes (cargas) este valor atinge cerca de 1,5 , denotando substâncias sem caráter
de recobrimento.
Observação: Não se deve confundir pigmento com corante, pois o pigmento é insolúvel e
o corante solúvel no veículo (resina + solvente)
É bastante tóxico;
Tem uso restrito (ligas ferrosas), devendo ser evitado o uso sobre alumínio ou zinco.
Cromato de Zinco: inibe a corrosão pela formação de uma película inibidora entre o
metal base e o meio ambiente (proteção anódica). Tetroxicromato de zinco: é o cromato de zinco
hidratado, básico. Seu uso principal é na composição do WASH-PRIMER, para aplicação sobre
estruturas de alumínio e galvanizados, facilitando a aderência das tintas de acabamento. Admite-
se que seu mecanismo de proteção seja idêntico ao do cromato de zinco.
A cor, sem dúvida, pode não ser a mais importante propriedade do pigmento, mas é a que
mais chama a atenção. Os pigmentos que fornecem as propriedades tintoriais são de várias cores,
variando desde o branco até o preto. Para se obter a cor especificada, normalmente são usadas
misturas de pigmentos. Outra propriedade que deve possuir o pigmento colorido é a de oferecer
cobertura, isto é, ele deve permitir que a película da qual faz parte, ao ser aplicada sobre a
superfície, mascare a mesma com a menor película possível. Pigmentos com esta qualidade são
ditos de grande poder de cobertura. Alguns exemplos de pigmentos utilizados são:
Metalizado: pó de alumínio
Estes pigmentos têm uma série de finalidades ao serem adicionados à tinta, tais como:
melhoram ou conferem propriedades físicas e/ou químicas à película, abaixam o custo do
produto, aumentam a espessura da película seca, aumentam a viscosidade da tinta. Seu uso
indiscriminado, porém, abaixa o poder de cobertura da película. Alguns exemplos de cargas são:
talco industrial, sílica, óxido de ferro, mica, quartzo, hidróxido de alumínio, etc. Você conhecerá
agora a parte volátil da tinta, ou seja, o componente da tinta que se evapora durante o processo
de secagem: o solvente.
c) Solventes.
O solvente tem por finalidade formar com as substâncias a serem dissolvidas, soluções
homogêneas. O solvente deve ser estável, incolor ou levemente colorido, sem água e apresentar
baixíssima toxidade. Portanto a solvência é um fator de grande importância que deve sempre ser
levado em consideração na escolha de um solvente (ou associação de solventes) usados na
fabricação de tintas. Alguns dos principais solventes são os seguintes:
➢ Hidrocarbonetos alifáticos; são os mais baratos como por exemplo: gasolina industrial e
água raz mineral.
➢ Ésteres; são excelentes solventes para resinas nitroceluloses, vinílicas, acrílicas, etc.
➢ Cetonas; são solventes para resinas vinílicas, epoxi, poliuretano, acrílicas, nitroceluloses,
etc. As mais usadas são: metil-etil-cetona e metil-isobutil-cetona.
Observe: Solver ou dissolver é o ato de passar uma substância para a solução e diluir é
diminuir a concentração de uma solução. Chama-se convencionalmente de solvente o veículo
volátil utilizado na fabricação da tinta e de diluente o solvente adicionado a tinta pelo pintor no
momento da aplicação, para se obter a viscosidade desejada.
d) Aditivos.
d.1) Secante.
Os secantes são sais metálicos de ácidos orgânicos que atuam como aceleradores do
processo de oxidação e polimerização de óleos e veículos usados na fabricação de revestimentos
orgânicos. Devem ser estáveis e ter boa solubilidade para combinarem com as diversas
formulações em que são empregados. É bastante variável o comportamento que os metais
provocam no fenômeno da secagem das resinas utilizadas na formulação das tintas. Geralmente
os secantes são usados em conjunto para se obter o resultado desejado. Assim para. Melhor
compreensão do seu comportamento, os secantes podem ser divididos em dois tipos:
➢ Cobalto; do tipo ativo e bastante enérgico sob a forma de naftanatos e octanatos, também
é conhecido como secante superficial, pois atua principalmente na camada superficial da
tinta.
➢ Cálcio; de o tipo auxiliar possui fraca ação no processo de secagem. Atua sempre em
associação com outros metais, como o chumbo e o cobalto.
➢ Zinco; do tipo auxiliar, possui fraca ação no processo de secagem, deixa a camada
permeável a ação do oxigênio e com isso facilita a ação dos sais de chumbo.
NOTA: O chumbo pode provocar riscos à saúde do pintor que não utilizar EPI
(Equipamento de Proteção Individual). Neste caso o único EPI que protegerá o pintor será a
máscara facial com filtro químico.
Figura 2
Fonte: STAE
Fonte: STAE
Observação: POT-LIFE ou vida útil da mistura é o tempo que se dispõe para aplicação da
tinta sem que ocorra a gelatinização ou endurecimento. Geralmente em torno de 8 horas.
O revestimento orgânico (tinta) tem sua eficácia nas propriedades de ser inerte aos meios
corrosivos e não conduzir corrente elétrica, evitando assim o fechamento de circuitos galvânicos
que possam concorrer para a formação de corrosão (ferrugem).
Importante: Os materiais que compõem uma tinta são de grande importância nas
características finais da camada que se formará sobre a superfície. Sendo assim, deveremos
conhecer estes materiais e suas propriedades para facilitar na escolha da melhor tinta para o
trabalho a ser executado.
É um dos mecanismos mais antigos na formação de película e que se utiliza até hoje em
tintas de alta qualidade. Este é o mecanismo das tintas que utilizam produtos já polimerizados ou
produtos naturais de boas propriedades filmógenas que necessitam apenas de diluição para
atingir uma viscosidade passível de utilização prática. Após a aplicação, o filme de tinta é
formado apenas pela evaporação dos solventes (processo físico sem reações químicas), e por isto
proporciona uma secagem mais rápida. Alguns veículos que secam por este processo são
normalmente denominadas lacas, produzidas a partir de resinas acrílicas, vinílicas, acetato de
celulose, etc.
Oxidação.
Junto a evaporação dos solventes, este é um dos mais antigos mecanismos de formação
de filmes de tinta conhecidos. Este mecanismo consiste na reação do oxigênio do ar com as
ligações duplas da cadeia de carbono da resina. As resinas que mais utilizam este mecanismo de
secagem são óleos secativos, resinas alquídicas e fenólicas modificadas; sendo estas duas últimas
na formulação do esmalte sintético (nome comercial).
Devido as vantagens de aplicação e economia, torna-se cada vez mais comum o uso de
tintas em emulsão utilizando água como uma das fases. A formação do filme neste tipo de tinta
se dá pela justaposição das partículas de tinta emulsionadas, ao se evaporar a água. Esta
coalescência produz interligação das partículas e a formação de uma película contínua e
uniforme. O representante típico da classe das tintas em emulsão é o acetato de polivinila (PVA).
Polimerização catalítica.
As tintas deste grupo têm seu mecanismo de formação do filme originado da evaporação
dos solventes e da polimerização produzida por catalisadores destinados apenas a iniciar a
reação, ficando presos no filme como carga. As resinas que representam este grupo são as
melanina formol e a uréia formol, utilizadas principalmente em madeiras.
Polimerização de massa.
Exercícios da unidade 1
3. Responda as seguintes questões.
R:____________________________________________________________________
b) Qual das matérias-primas de uma tinta é responsável pela formação da película e que
confere a esta película propriedades como: brilho, resistência a ação de produtos
químicos, rigidez, etc...?
R:____________________________________________________________________
c) Se durante a fabricação de uma tinta não for colocado nenhum pigmento, como
chamaremos este produto?
R:____________________________________________________________________
I. secante
II. plastificante
IV. antisedimentante
I. epoxi
II. vinílica
III. alquídica
IV. poliuretana
I. acrílica
II. vinílica
III. poliuretana
IV. nitrocelulose
( ) Talco industrial, sílica, quartzo em pó, são exemplos de pigmentos de carga por
terem baixo poder de cobertura.
➢ Lavagem com água pura e teste de quebra de água, que formará uma película contínua de
água se a superfície estiver livre de óleos
➢ Desempapelamento.
➢ Secagem
Para trabalharmos com a pressão indicada pelo fabricante para cada tipo de tinta este
material deverá estar na consistência adequada. Se muito viscoso (grosso), a adesão entre as
partículas exigirá altas pressões; quando muito diluído embora facilmente pulverizável,
ocasionará uma película muito fina, necessitando de várias demãos para atingir a espessura ideal.
Acerta-se a consistência pela adição de DILUENTES. Tradicionalmente a diluição era
controlada observando-se o escorrimento da tinta diluída na espátula. Entretanto, com as tintas
quimicamente complexas empregadas hoje em dia, e visto ser a pistola uma ferramenta de
precisão, o controle da consistência tem que ser feito com rigor. Deve-se utilizar então, um
VISCOSÍMETRO.
Viscosímetro.
Fonte: STAE
1. Mantendo-se o orifício tapado, o fluido é colocado no "COPO FORD Nº 4", que deverá
estar nivelado.
2. Passa-se o raspador de vidro pela parte superior do viscosímetro para retirar o excesso de
fluido.
Figura 5
Fonte: STAE
Figura 6
Fonte: STAE
4. O tempo gasto até que todo o fluido escoe para o recipiente colocado embaixo, será a
medida da viscosidade.
Nota: Pare o cronômetro exatamente no momento em que o fluido deixar de ser um fio
constante ou quando gerar a 1ª gota.
A viscosidade é tanto maior quanto maior for o tempo de escoamento. Para diminuir a
viscosidade basta adicionar ao material o diluente próprio recomendado pelo fabricante. A
determinação da viscosidade é mais necessária na pintura por pulverização, especialmente
quando se usa o equipamento de alimentação por pressão.
O outro teste é usado para detectar a presença de óleo sobre a superfície e é chamado de
teste de quebra de água. Este teste consiste em jatear uma camada de água sobre a superfície. Se
ao cessar o jato a película de água forma-se com falhas bruscas, ou seja, em certos locais não
formar uma película contínua de água, esta estará com resíduos de óleo.
Nota: O catalisador do primer epóxi reage com a umidade e o recipiente deve ser
guardado fechado. Se a embalagem permanecer muito tempo aberta, a umidade que foi absorvida
pelo catalisador poderá iniciar uma reação e estufar a lata depois de fechada (podendo até
arrebentar).
Primer poliuretano.
Este primer é fornecido pelo fabricante em dois componentes que somente serão
misturados no momento do uso. Após a mistura aguarda-se cerca de 30 minutos antes de
começar a aplicá-lo e não mais de 6 horas, que é o tempo de vida útil após a mistura.
Às vezes pode ser um problema saber se um material é uma laca ou um esmalte, mas uma
definição geral identifica uma laca como sendo um acabamento que seca (cura) por evaporação
de seus solventes, podendo voltar a sua condição original com o uso de diluente. Já o esmalte
cura pela conversão de alguns solventes, pelo aquecimento, oxidação ou ação catalisadora; e, em
alguns casos, nem mesmo o próprio solvente consegue dissolvê-lo depois de seco.
Esmalte epóxi.
Este esmalte é feito com resina alquídica modificada. Esta resina possui melhor adesão e
resistência à corrosão que as alquídicas convencionais, além de possuir excelente resistência
química em ambientes agressivos. A mistura dos componentes I e II deve ser usada dentro de
uma faixa de tempo entre 30 minutos (mínimo) e oito horas (máximo), chamado de vida útil da
tinta (Pot Life). O uso de material velho (após 8 horas) resultará em fraca adesão da tinta,
embora possa parecer em condições de ser aplicada.
Esmalte poliuretano.
Laca acrílica.
É uma tinta que seca rapidamente por evaporação dos solventes, apresenta boa resistência
à agua, ao óleo hidráulico e aos agentes atmosféricos. A laca acrílica pode ser aplicada sobre o
primer epóxi ou universal. Depois que o primer estiver completamente seco, esfregue sobre este
uma lixa 320 e aplique o acabamento.
Laca nitrocelulose.
Estas tintas são formuladas com resinas de silicato de etila, que deverão ser aplicadas
diretamente sobre o metal base, pois, se aplicarmos algum tipo de primer não resistente a
temperatura, este queimará, quando a superfície estiver quente. Estas tintas são resistentes à
abrasão e à temperatura de até 400ºC. Elas também são chamadas de tintas ricas em zinco ou
galvanização a frio. Podem-se encontrar no mercado tintas deste tipo resistentes até a 600ºC.
Tinta antobiológica.
Revestimentos elastoméricos.
frequentemente nos bordos de ataque e radomes ( peças que protegem o radar e que,
normalmente, ficam no nariz do avião). Os revestimentos que exercem esta proteção são
conhecidos como: "REVESTIMENTOS ELASTOMÉRICOS".
➢ 1803 C - SOLVENTE
a) O que é um VISCOSÍMETRO?
R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
I. Desengordurar.
Este teste deverá ser feito regularmente, e me áreas selecionadas em todo o acabamento
exterior, após o término da pintura.
Após a espera do período acima mencionado, você poderá realizar o TAPE TEST,
seguindo os seguintes passos:
➢ Prende-se um pano úmido na área que está sendo inspecionada, por um período de pelo
menos 24 horas. Essa área deverá Ter um diâmetro de no mínimo 3 polegadas ou 7,5 cm.
➢ Remover o pano úmido e secar a água da superfície. Imediatamente após, aplicar uma fita
colante de aproximadamente 1 (uma) polegada da 3M ou semelhante. Comprimir a fita,
usando uma pressão firme com a mão.
➢ Se a tinta não sair, é porque a aderência desta sobre a superfície poderá ser considerada
satisfatória.
➢ Caso alguma das camadas fique presa na fita colante, você poderá fazer ainda ensaios
localizados (SPOT CHECH), para determinar qual das camadas não teve aderência.
➢ O spot chech é o mesmo teste da fita com a característica adicional de serem feitos dois
cortes em forma de "V" invertido, que atravessam toda a camada de tinta. Na abertura do
"V" coloca-se a fita adesiva e puxa-se bruscamente, como no teste acima.
Importante: Os cortes na tinta deverão ser feitos com estilete plástico ou de madeira.
Nunca Utilizar instrumento metálico para esta finalidade.
Outros testes também poderão ser feitos. Estes testes deverão ser aplicados somente nos
números de lugares necessários para se determinar a uniformidade de adesão da pintura. As
providências a serem tomadas somente poderão ser determinadas após o final dos testes.
Exemplo: Se, após a realização dos testes, concluímos que apenas sobre as asas, não
houve aderência, sendo que a tinta e o primer ficaram presos na fita durante o teste, nós
deveremos remover apenas a pintura das asas e refazê-la.
Método “A” – corte em “X” para sistemas com espessuras que variam de 120 mm até 600
mm. Consiste no corte em “X” com uma lâmina de estilete, de 1” a 1 ½” no qual se fixa uma fita
Tabela 01.
Método “B” – Indicado para sistemas com espessuras até 120m. Consiste em seis
cortes em forma de grade com um dispositivo de corte, sendo sua análise semelhante à do teste
anterior.
Destaques nos
cruzamentos e ao longo
GR2 3B dos cortes.
Área destacada da película
de 5% a 15%
Tabela 02.
Fonte: POLIDURA S.A. - Boletim Técnico - 1.990.
➢ O uso de aditivos não recomendados também pode deixar a película de tinta mais
sensível aos efeitos dos raios solares.
Figura 7
Correção: Polir com MASSA POLIR, até eliminar o pigmento desagregado e depois
"puxar" o brilho com o LÍQUIDO PARA POLIR ou cera GRAND PRIX.
OBSERVE: Se a tinta estiver muito desgastada, poderá ser necessário fazer nova pintura.
Casca de laranja.
Causas:
Figura 8
Correção: Polir a superfície com massa polir depois de seca. Em casos mais graves, lixar
até obter uma superfície lisa, repintar usando um thinner/diluente de evaporação mais lenta.
Crateras.
Causas:
➢ Como nos "olhos de peixe", elas se formam durante ou imediatamente após aplicação da
pintura.
➢ Preparação incorreta das superfícies pode deixar matérias estranhas incompatíveis com a
tinta.
Figura 9
Correção: Após a secagem, lixar as zonas afetadas, até obter uma superfície lisa e
repintar.
Esbranquecimento (blushing).
Causas:
➢ Pressão muito alta no revólver pode esfriar a superfície durante a aplicação, aumentando
a possibilidade de condensação de umidade.
Observação: Se, mesmo com retardador (Diluente de evaporação mais lenta), continuar o
esbranquecimento (Congelamento = Blushing), a pintura deverá ser suspensa.
Enrugamento.
Causas:
Figura 10
Escorrimento.
Causas:
➢ Ocorre quando é usada excessiva diluição na tinta ou pelo uso de thinner ou diluente
inadequado.
Correção: Lave com solvente a área afetada, deixe secar, lixe e repinte novamente.
Fissuras.
Causas:
➢ Ajuste ou técnica deficiente do revólver podem provocar micro rachaduras apesar das
condições normais de pintura.
➢ Pinturas feitas sobre superfícies com acabamentos envelhecidos sem o correto preparo.
Manchas úmidas.
Causas:
➢ Elas são observadas geralmente em áreas contaminadas com ceras, graxas, pasta para
soldar, etc.
Perda de aderência.
Causas:
Quarteamento ou fendas.
Causas:
Correção: As áreas afetadas deverão ser lixadas até obter uma superfície uniforme. Em
casos extremos, remover a pintura até o metal para depois preparar e repintar novamente.
Remoção da película.
Causas:
➢ Acabamento, sintéticos que não estejam completamente secos e são repintados com lacas.
Sangramento.
Causas:
➢ Contaminação de linhas de ar com materiais que sangram, tais como: Óleo colorido,
poeira de lixa, etc. O sangramento ocorre principalmente com os vermelhos, marrons, e
em menor escala com laranja, amarelo e violeta.
Correção: Repintar com tintas da mesma cor sobre os acabamentos que tenham
tendência a sangrar. Com o uso de acabamento escuro, ele não ocorrerá.
a) Qual o tipo de teste utilizado para controle da aderência da tinta sobre a superfície
metálica
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
( ) Uma das causas do escorrimento da tinta poderá ser uma excessiva diluição da tinta.
( ) A repintura de um esmalte sintético não totalmente seco com uma laca pode ocasionar
a remoção da película do esmalte.
CONCLUSÃO
Agora você está apto a enfrentar todas as situações que possam vir a surgir durante uma
pintura, no seus dias de trabalho. Mas não pode parar por aqui, pois somente com a prática
contínua dos ensinamentos contidos neste módulo, você aumentará sua aptidão.
REFERÊNCIA
FILHO, Souza. Manual do Pintor. Editora Descubra. São Paulo - SP. 1989.
USA – U.S. AIR FORCE TO 1-1-8. Application and Removal of Organic Coatings,
Aerospace and Non-Aerospace Equipament – Change 18. 9 October 1998.
USAF – Apprentice Painter (Program Number JB55231 – On the Job Training Program).
Prepared by F.E. Warren Air Force base, Wyoming – Tecnical Trining Air force – USA.
ANEXO A AUTOAVALIAÇÃO.
9. Responda:
________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
b) Como são conhecidas as tintas que secam por evaporação dos solventes?
________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
I. termômetro
II. hidrômetro
III. higrômetro
IV. hidrotermômetro
I. 10
II. 20
III. 30
IV. 40
c) Por qual motivo NÃO podemos deixar aberta a embalagem do catalizador do primer
poliuretano?
I. evitar a contaminação
IV. evitar que a umidade do ar reaja com o catalizador e impeça a secagem do primer quando
for misturado a ele.
I. 4 : 1
II. 1 : 4
III. 1 : 3
IV. 3 : 1
ANEXO B GABARITO
1.
a) O solvente,
b) A resina,
c) Verniz
1.
a) III,
b) III,
c) II
3.
(V),
(F) – Deve-se evitar a aplicação de zarcão sobre o alumínio, por ele ser composto de
óxido de chumbo (Pb3O4) e
(V)
4.
c) Deveremos aplicar uma solução de ácido crômico e água a 0,5% por 5 min.
d) Devemos lavá-la com um detergente, que poderá ser o ARDROX 6025 RIDOLINE 53.
5. IV
6.
b) Os raios solares.
c) Polir com massa de polir e depois puxar o brilho com líquido para polir ou cera grand
prix.
7. II
8. (V),
(V),
(V) e
9.
B) Lacas
10.
A) III,
B) II,
C) III e
D) IV