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A faixa 1 tem alto risco de inundação.

Trata-se de uma região que deve ficar liberada


para funcionar hidraulicamente e, portanto, deve ficar desobstruída. Em áreas já
ocupadas não deve ser permitida nenhuma nova construção nessa faixa e as edificações
já existentes devem ser realocadas. Observa-se a existência de uma ponte e suas
estruturas já se encontram nessa região. Recomenda-se realizar uma avaliação da
obstrução provocada por esta ponte e verificar a necessidade de tomar medidas para
corrigir a situação.
Essa área poderia ter seu uso destinado a agricultura ou outro uso similar às condições
da natureza. Adicionalmente, seria permitido a instalação de linhas de transmissão e
condutos hidráulicos ou qualquer tipo de obra que não produza obstrução ao
escoamento, como estacionamento, campos de esporte, entre outros.
Em algumas cidades poderão ser necessárias construções próximas aos rios. Nessa
circunstância, deve ser avaliado o efeito da obstrução e as obras devem estar
estruturalmente protegidas contra inundações.
A faixa 2 sofre inundações com tempo de recorrência, da ordem de 5 a 25 anos. Os
usos do solo para esta faixa devem ser: áreas de lazer, habitações com mais de um piso,
áreas de indústrias e comércio, como estacionamento, armazenamento de equipamentos
e maquinários de fácil remoção e serviços básicos, como linhas de transmissão, ruas e
pontes desde que corretamente projetadas. Observa-se, aqui, a existência de uma
edificação semelhante a uma igreja nesta faixa, o que não é recomendável e pode ser
considerado uma falha.
Esta zona pode ser subdividida em subáreas, mas essencialmente os seus usos podem
ser:
 parques e atividades recreativas ou esportivas cuja manutenção, após cada cheia,
seja simples e de baixo custo. Normalmente uma simples limpeza a reporá em
condições de utilização, em curto espaço de tempo;
 uso agrícola;
 habitação com mais de um piso, onde o piso superior ficará situado, no mínimo,
no nível do limite da enchente e estruturalmente protegida contra enchentes;
 industrial, comercial, como áreas de carregamento, estacionamento, áreas de
armazenamento de equipamentos ou maquinaria facilmente removível ou não
sujeitos a danos de cheia. Neste caso, não deve ser permitido armazenamento de
artigos perecíveis e principalmente tóxicos;
 serviços básicos: linhas de transmissão, estradas e pontes, desde que
corretamente projetados.
As construções da faixa 3 são atingidas apenas por cheias excepcionais, com período de
retorno de 50 a 100 anos. Existe uma pequena possibilidade de esta faixa sofrer com os
danos causados pelas inundações, portanto não necessita de regulamentação quanto às
cheias. Pode ser ocupada por residências ou estabelecimentos em geral. O ideal seria
que se regulamentasse a expansão da cidade somente nesta faixa.
Nesta área, delimitada por cheia de baixa frequência, pode-se dispensar medidas
individuais de proteção para as habitações, mas deve-se orientar a população para a
eventual possibilidade de enchente e dos meios de proteger-se das perdas decorrentes,
recomendando o uso de obras com, pelo menos, dois pisos, onde o segundo pode ser
usado nos períodos críticos.

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