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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS

TECNÓLOGO EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

3.1. PSICOMETRIA
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Preocupa-se com a determinação das propriedades termodinâmicas do ar úmido e o uso


destas propriedades na análise das condições e processos que envolvem o ar úmido.

3.1.1. DEFINIÇÕES:
1. ar seco: mistura de diversos componentes gasosos com a seguinte composição
percentual aproximada em volume:

Nitrogênio .................................. 78,1 %


Oxigênio .................................... 20,9 %
Argônio ...................................... 0,9 %
Dióxido de Carbono ................... 0,03 %
Neon .......................................... 0,002 %
Hélio .......................................... 0,0005 %
Metano ...................................... 0,0002 %
Dióxido de Enxofre .................... 0,0001 %
Hidrogênio ................................. 0,00005 %
Kriptônio, Xenônio, Ozônio ........ 0,00002 %

2. ar úmido: mistura binária (dois componentes) de ar seco e vapor d’água.


3. ar atmosférico: mistura de ar úmido mais contaminantes que podem ser: fumaça, pólen,
poluentes gasosos, pó, poeira...

3.1.2. PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO AR ÚMIDO


1. temperatura de bulbo seco: (tbs º C) é a temperatura que um termômetro marca em
contato com o ar.
2. fator de umidade: (F) gramas de vapor de água em quilogramas de ar seco: define a
massa de vapor de água dispersa em um quilograma de ar seco.
3. umidade relativa: (UR %) é a relação entre a quantidade de água que o ar contém e a
máxima quantidade de água que este ar pode conter na mesma temperatura. (Obs.: esta é uma
visão prática e aproximada)
4. entalpia: (h kJ/kg AS) define a quantidade de energia contida pela massa de ar seco.
5. temperatura de bulbo úmido : (tbu ºC) define com que temperatura a água evapora no
ar, em processo adiabático.
6. temperatura de orvalho : (to ºC) é a temperatura na qual, por resfriamento, o vapor de
água contido no ar inicia a condensação.
7. volume específico: (v m3/kg AS) define o volume ocupado por um quilograma de ar
seco.

3.1.3. PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO AR

Se considerarmos uma massa de água, reconhecemos que ela pode existir sob várias formas.
Se ela é inicialmente líquida pode-se tornar vapor, após aquecida e sólida, quando resfriada. Assim
nos referimos às diferentes fases de uma substância; uma fase é definida como uma quantidade de
matéria totalmente homogênea.
Em cada fase a substância pode existir a várias pressões e temperaturas, ou usando a
terminologia termodinâmica, em vários estados. O estado pode ser identificado ou descrito por
certas propriedades macroscópicas observáveis; algumas mais familiares são:

 temperatura
 pressão
 volume
 entalpia
 entropia
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Obs.: Entropia - A entropia é uma propriedade extensiva e a entropia por unidade de massa
é representada por s. É importante observar que a entropia é definida em função de um processo
reversível. (kcal/kg ºK).
Desta forma pode-se definir propriedade como uma quantidade que depende do estado do
sistema e é independente do caminho pelo qual o sistema chegou ao estado considerado.

As propriedades termodinâmicas podem ser divididas em:


1. intensivas: é independente da massa Ex.: temperatura, pressão, densidade....
2. extensivas: varia diretamente com a massa Ex.: volume, entropia...

3.1.3.1. PROCESSO
Quando uma ou mais propriedades de um sistema mudam, diz-se que ocorreu uma mudança
de estado. O caminho definido pela sucessão de estados através dos quais o sistema passa é
chamado processo. Vários processos são descritos pelo fato de uma propriedade se mantém
constante. O prefixo iso é usado para tal.

 isotérmico
 isométrico
 isobárico
 adiabático

3.1.3.2. CICLO
Quando um sistema, em dado estado inicial, passa por certo número de mudanças de estado
ou processos e finalmente retorna ao estado inicial, o sistema executa um ciclo.
Dessa forma, no final do ciclo, todas as propriedades termodinâmicas tem o mesmo valor
inicial. O vapor de água que circula através de uma instalação a vapor executa um ciclo.

3.2. VENTILAÇÃO

3.2.1. DEFINIÇÃO

Alteração das condições ambientais (temperatura e pressão) através do ar.


Na ventilação forçada teremos sistemas destinados a aumentar a energia utilizável do ar
(fluido elástico) pelo aumento de sua pressão dinâmica ou cinética.
De uma forma simplificada, pois posteriormente iremos descrever mais detalhadamento os
ventiladores são classificados em:
 Ventiladores centrífugos
 Ventiladores axiais

3.2.1.1. VENTILADORES CENTRÍFUGOS: Quando de único estágio (rotor único);


destinam-se a produzir diferenças de pressão inferiores a 700 kgf/m2.
a) CLASSIFICAÇÃO:

 de baixa pressão: pressões inferiores a 150 kgf/m2. Ex.: instalações de ventilação ou ar


condicionado.
 de média pressão: pressões entre 150 a 250 kgf/m2. Ex.: instalações industriais.
 de alta pressão: pressões superiores a 250 kgf/m2. Ex.: forjas, fornos de fundição,
queimadores.
Podemos observar exemplos destes ventiladores na figura 01.
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Figura 02 – Exemplos de ventiladores centrífugos

b) PARTES: Conforme figura 03.

Figura 03 – Partes de um ventilador centrífugo

 Distribuidor (D): Tem a finalidade de guiar o fluido de maneira uniforme para os canais
do rotor. Sua forma é troncônica, sendo o raio da base menor, igual ao raio interno do rotor.
 Rotor (R): É constituído de uma série de canais fixos entre si que giram em torno de um
eixo.
 Difusor (C): Tem a finalidade de transformar a energia cinética atribuída ao fluido pelo
rotor em entalpia, com o que se consegue redução de sua velocidade de saída e aumento de sua
pressão dinâmica.
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c) RUÍDO: Constitui característica de funcionamento importante dos ventiladores, o nível de


ruído originado pelo deslocamento do fluido. Assim sendo, dependendo da aplicação, deverá ser
relevado o nível de ruído, conforme será, mostrado na tabela a seguir:

Velocidade Velocidades
Classes de ruído Aplicações Nível de ruído
tangencial absolutas

Baixo
I Residencial < 20 m/s < 7 m/s
< 60 dB
Médio
II Edifícios públicos 20 a 30 m/s 7 a 10 m/s
60 a 80 dB
Alto
III Industrias > 30 m/s > 10 m/s
> 80 dB

3.2.1.2. VENTILADORES AXIAIS: São máquinas de fluxo nas quais a compressão é


obtida por aceleração axial do fluido. Portanto, nesses compressores, o fluxo é paralelo a seu eixo.

a) CLASSIFICAÇÃO:
 Ventiladores helicoidais: São constituídos por uma simples hélice destinada a
movimentar o ar ambiente. A representação deste tipo de equipamento está mostrada na figura 04.

Figura 04 – Ventilador helicoidal

 Ventiladores turbo-axiais: São providos de um envoltório que permite a canalização do


fluido, tanto à entrada como à saída do rotor. Este ventilador está mostrado na figura 05.

Figura 05 – Ventilador turbo axial

 Turbocompressores axiais: Funcionam como ventiladores, mas são constituídos de


vários estágios de compressão. Para isto eles dispõem de uma série de pás móveis (rotor),
intercaladas entre pás fixas, que servem de difusor para o rotor precedente e de distribuidor para o
seguinte.
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3.3. O TRABALHO DE COMPRESSÃO DOS GASES


O princípio de operação dos ventiladores é semelhante ao das bombas centrífugas.
Ventiladores e bombas centrífugas são máquinas de fluxo motoras que transferem energia a gases e
líquidos, respectivamente, através da ação de um rotor.
Sistemas de ventilação e de bombeamento têm a função de conduzir os gases e os líquidos
entre dois ambientes, reservatórios, equipamentos, dispositivos, etc. Evidentemente, a natureza de
cada fluido de trabalho e as funções das máquinas fazem com que alguns processos e fenômenos
sejam específicos da movimentação dos gases; outros, da movimentação de líquidos. Por exemplo,
há ventiladores que prescidem de sistemas de ventilação: são aqueles utilizados na movimentação
de ar ambiente (ventiladores de coluna, de teto, etc). As bombas, mesmo quando utilizadas para
movimentar uma massa de líquido confinada em um reservatório, o fazem mais eficientemente
quando conectadas a tubulações de sucção e/ou recalque (os misturadores são os dispositivos
utilizados para movimentar líquidos confinados).
Outros exemplos: a cavitação é um fenômeno que deve ser considerado quando bombas e
sistemas de bombeamento são selecionados e calculados; a variação de densidade é um processo a
ser analizado quando um gás recebe energia em um ventilador ou escoa em um sistema de
ventilação.
Sistemas de ventilação aplicados no condicionamento de ar (refrigeração, aquecimento,
exaustão, filtragem, renovação, diluição de poluentes, etc) em ambientes residenciais, comerciais e
industriais constituem uma grande parcela das unidades em uso.
Os ventiladores utilizados nestas instalações são, geralmente, de baixa pressão, isto é, não
transferem energia suficiente para impor uma variação apreciável de densidade do de trabalho do
fluido de trabalho (o gás). Além disto, o escoamento nestes sistemas tem velocidade relativamente
baixa. Conseqüentemente, o escoamento do ar (e outros gases) pode ser tratado como o
escoamento de um fluido incompressível, o que facilita sobremaneira a análise e a torna similar à do
escoamento de líquidos em tubulações. Assim, em nosso estudo dos ventiladores e sistemas de
ventilação, vamos precisar quantificar a variação da densidade do gás, quando o ventilador o
pressuriza e quando há compressão ou descompressão no sistema de ventilação, para discriminar
entre ventiladores de baixa e alta pressão, e escoamento incompressível e compressível em um
sistema de ventilação. O trabalho de compressão comparativamente dos gases e dos líquidos está
representado no gráfico da figura 06.

Figura 06 – Trabalho de compressão dos gases e líquidos


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3.4. A PRESSÃO TOTAL


A quantidade de energia específica que o ventilador transfere ao fluido de trabalho, sob certas
condições de referência, é denominada de pressão total, ptotal. A pressão total, por definição, é a
soma da pressão manométrica na saída do ventilador com a pressão dinâmica também na seção de
descarga do ventilador, expressa em comprimento de coluna de água (milímetro ou metro, mmH 2O
ou mH2O):
Esta definição da pressão total como a máxima energia transferida pelo ventilador pode ter
sido motivada por uma montagem muito comum de sistemas de ventilação para aquecimento e
resfriamento de ar. O ventilador é instalado na extremidade inicial do sistema de ventilação, como
esquematizado abaixo. Imediatamente após a descarga do ventilador (antes da serpentina, o ‘coil’),
isto é, na seção inícial do sistema de ventilação, a energia do fluido em escoamento é a soma das
energias cinética e de pressão.
Esta quantidade de energia, evidentemente, é igual à variação das energias cinética e de
pressão entre a entrada e a saída (o ambiente onde o ar é insuflado) do sistema de ventilação, mais
a energia dissipada como perda de carga ao longo do duto de insuflamento, como requer a 1 a Lei da
Termodinâmica.
A representação do esquema de resfriamento do ar, produzida por um ventilador, está
mostrado na figura 07.

Figura 07 – Esquema de resfriamento do ar

3.5. CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES

Os ventiladores, assim como as bombas, são classificados, em primeira instância, quanto à


forma do rotor. Sub-classificações compreendem número de estágios, nível de pressão e mesmo
detalhe construtivo. Quanto à forma do rotor os ventiladores se sub-dividem em ventiladores radiais
(referidos, na linguagem corrente de instaladores, como ventiladores centrífugos) e axiais. Um
quadro mais detalhado está apresentado a seguir:
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Tipo Referido como: Estágios Características Referido como:

baixa pressão:
1 até 150 mmH2O, vent. centrífugo
r2/r1 = 1,1 ~ 1,3;

média pressão:
Ventilador 1 até 250 mmH2O, vent. centrífugo
Centrífugo r2/r1 = 1,3 ~ 1,6;
Radial
alta pressão:
1 Até 250 ~ 750 mmH2O, soprador
r2/r1 = 1,6 ~ 2,8.
Turbo
>1 p até 10 kgf/cm2 (100mH2O), até
12 rotores em série, r2/r1 até 4. Compressor

hélice simples p/ movimentação


1 de ar ambiente, ventilador de vent. helicoidal
Axial Ventilador teto, vent. de coluna.
Axial
1 carcaça tubular envolve rotor turbo-axial
único.

>1 p até 3 kgf/cm2 (30mH2O) Turbo


Compressor

3.5.1. VENTILADORES RADIAIS OU CENTRÍFUGOS : Podem ter rotores com pás


(aletas) retas, curvadas para trás, ou curvadas para a frente. Cada um destes rotores tem uma
característica operacional própria e aplicação específica. Algumas serão brevemente descritas a
seguir.

3.5.1.1 VENTILADOR CENTRÍFUGO DE PÁS RETAS:


É um tipo comum, geralmente de custo mais baixo (custo relativo, evidentemente!).
Desenvolve pressões razoavelmente elevadas (até cerca de 500 mmH 2O), opera em altas
temperatuturas, e tem capacidade de exaurir ou insuflar material com particulado sólido (o canal reto
entre aletas facilita o escoamento e a separação dos solidos). Naturalmente, é um ventilador de
baixa eficiência, propriedade relacionada ao ângulo de saída 2, como vimos no estudo das bombas
(alta velocidade de saída, menor grau de reação, alta dissipacão viscosa no canal entre aletas e no
difusor).
Estas características induzem também um nível elevado de ruído (produzido por turbulência,
alta velocidade do escoamento, aerodinâmica das aletas não-favorável, etc), o que também é um
demérito para o equipamento (em sistemas de ventilação o ruído do ventilador normalmente é uma
condição crítica de projeto, pois o equipamento normalmente está próximo do ambiente habitado,
além do ruído se propagar pelos dutos que formam o sistema de ventilação).
A figura abaixo, à esquerda, é um esquema do corte radial de um ventilador centrífugo de
rotor radial; à direita está a sua curva característica (mais as curvas de potência e eficiência). Note
que a curva característica é ‘bem comportada’, que a potência deste rotor é sempre crescente com a
vazão, e que sua eficiência máxima ocorre para valores relativamente baixos (< 50% da vazão
máxima).
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Figura 08 - Ventilador centrífugo de rotor com aletas radiais,


esquema construtivoe curva característica

3.5.1.2. VENTILADOR CENTRÍFUGO DE PÁS OU ALETAS CURVADAS PARA


TRÁS: É, como se poderia esperar, o mais eficiente entre os centrífugos. Como a velocidade do
escoamento é a menor, e o canal formado pelas aletas tem a forma apropriada para o escoamento
do gás através do rotor, é o que produz ruído menos intenso. Entretanto, tem custo mais elevado que
o de rotor radial. Não é indicado também para movimentar gases com particulado sólido, os quais
podem erodir as aletas com rapidez (a força centrífuga desloca as partículas sólidas para a face de
sucção das aletas). São ventiladores muito utilizados em sistemas de condicionamento de ar. Os
modelos mais sofisticados, de maior potência e responsabilidade, têm aletas com perfil aerodinâmico
(um pouco mais eficientes, produzindo ruído menos intenso).
As figuras abaixo são um rotor com aletas curvadas para trás (da VMB Enterprises, fabricante
canadense). O esquema construtivo e a curva característica típica estão também mostrados a seguir.
Um elemento de destaque neste ventilador é a sua curva de potência: o valor máximo ocorre em um
ponto operacional equivalente a 70% ~ 80% da vazão máxima.
Resulta, então, que este ventilador nunca terá problemas de sobrecarga por projeto incorreto
ou operação inadequada do sistema de ventilação. Por este motivo, o ventilador de aletas curvadas
para trás é denominado de ‘sem sobrecarga’ (‘non-overloading’, em inglês).

Figura 09 - Ventilador centrífugo de rotor com aletas curvadas para trás


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Figura 10 - Esquema construtivo e curva característica,


de um ventilador centrífugo de rotor com aletas curvadas para trás

3.5.1.3 VENTILADOR CENTRÍFUGO DE ALETAS CURVADAS PARA A FRENTE:


É utilizado com gases isentos de particulado sólido. Uma das particularidades de sua curva
característica é uma extensa faixa de pressão quase constante, o que o torna particularmente
adequado para aplicaçao em sistemas onde se deseja minimizar a influência de alterações de
dispositivos, como os ‘dampers’ de controle de vazão; outra particularidade é o ramo instável da
curva característica, na faixa das baixas vazões.
A potência cresce constantemente com o aumento da vazão, o que requer um grande
cuidado na determinação do ponto de operação do sistema e na seleção do motor de acionamento,
que pode ‘queimar’ se a vazão resultante for muito superior àquela projetada. Um tipo muito comum
de ventilador centrífugo radial é o Sirocco, que tem rotor largo e muitas aletas curtas.
Para uma dada vazão e uma certa pressão total, o Sirocco é o menor entre os ventiladores
centrífugos, operando em uma rotação mais baixa (o que é importante para minimizar a geração de
ruído). Sua eficiência, entretanto, é menor que a do centrífugo de aletas curvadas para trás. As
figuras abaixo são uma fotografia de tal ventilador, visto do lado da boca de sucção. O esquema
construtivo e a curva característica estão também a seguir.

Figura 11 - Ventilador centrífugo de rotor com aletas curvadas para frente


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Figura 12 - Esquema construtivo e curva característica,


de um ventilador centrífugo de rotor com aletas curvadas para frente

3.5.2 VENTILADOR AXIAIS

3.5.2.1. VENTILADOR TURBO AXIAL:


É constituído de um rotor axial e uma carcaça tubular que o envolve. O motor pode ser
diretamente conectado ao rotor, estando exposto ao escoamento do gás, ou colocado sobre a
carcaça, acionando o rotor através de polias e correia. O gás insuflado deixa a carcaça tubular com
alta vorticidade, o que impede, algumas vezes, sua aplicação em sistema onde a distribuição do gás
é crítica ou exige a aplicação de retificadores de escoamento. Como qualquer máquina de fluxo axial,
é aplicado em sistemas com grande vazão e baixa pressão. Sua curva característica também
apresenta uma região de instabilidade, e a potência é máxima quando a vazão é nula (a potência
máxima é dissipada em recirculação através do rotor). Abaixo estão uma fotografia frontal (fabricação
Sheva, de Israel), o esquema construtivo e a curva característica de um ventilador turbo-axial.

Figura 13 - Ventilador tubo-axial


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Figura 14- Esquema construtivo e curva característica de um ventilador turbo-axial

3.6. SELEÇÃO DO VENTILADOR


Iremos especificar um ventilador de acordo com o software MAEV2, da Otam S. A., onde a
seleção do ventilador começa com a escolha do tipo de ventilador indicado para a aplicação
desejada. A OTAM oferece a seguinte linha de ventiladores classificada conforme a aplicação a que
se destina:

 AFR - Ventilador axial de pás fixas.


Recomendado para: cabines de pintura, torres de refrigeração, cozinhas industriais, capelas
de laboratórios, condensadores evaporativos, coifas para gases ou vapores, câmaras frigoríficas,
estufas de aquecimento, evaporadores de ar forçado, radiadores de água ou vapor, resfriamento de
máquinas, ventilação ou exaustão industrial.
 Faixa de vazão de ar: 1000 a 80000 m³/h.
 Faixa de pressão estática: 3 a 50 mmca.
 Velocidades recomendadas de descarga: 10 a 16 m/s.

 RR - Ventilador centrífugo de pás voltadas para trás.


Recomendado para: transporte pneumático, queimadores de óleo, fornos industriais tipo
Cubilot ou especiais, forjas, sopradores para projeção de materiais, aplicações especiais.
 Faixa de vazão de ar: 60 a 3000 m³/h.
 Faixa de pressão estática: 60 a 1350 mmca.
 Velocidades recomendadas de descarga: 25 a 50 m/s.

 RA - Ventilador centrífugo de pás voltadas para frente.


Recomendado para: exaustão em sistemas de alta pressão, transporte pneumático,
queimadores de óleo, fornos industriais, aplicações especiais.
 Faixa de vazão de ar: 400 a 100000 m³/h.
 Faixa de pressão estática: 150 a 2000 mmca.
 Velocidades recomendadas de descarga: 25 a 50 m/s.
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 RMI/RAI - Ventiladores centrífugos de pás radiais.


Recomendados para : exaustão de detritos de máquinas-ferramentas através de transporte
pneumático, exaustão de pó, gases, fumaças, vapores e odores industriais.
 Faixa de vazão de ar: 1200 a 95000 m³/h.
 Faixa de pressão estática: 30 a 600 mmca.
 Velocidades recomendadas de descarga: 17 a 24 m/s para o RMI;
18 a 30 m/s para o RAI.

 RLS-RLD - Ventiladores centrífugos de pás voltadas para trás.


Recomendados para: ar condicionado, ventilação e exaustão industrial, comercial ou
doméstica; estufas e secadores, tiragem forçada, ventilação de minas e túneis, câmaras frigoríficas e
aplicações especiais.
 Faixa de vazão de ar: 2000 a 500000 m³/h.
 Faixa de pressão estática: 20 a 450 mmca.
 Velocidades recomendadas de descarga: 12 a 15 m/s.

 RFS/RFD - Ventiladores centrífugos de pás voltadas para trás.


Recomendados para: ar condicionado, ventilação e exaustão industrial, comercial ou
doméstica; estufas e secadores, tiragem forçada, ventilação de minas e túneis, câmaras frigoríficas e
aplicações especiais.
 Faixa de vazão de ar: 2000 a 500000 m³/h.
 Faixa de pressão estática: 20 a 400 mmca.
 Velocidades recomendadas de descarga: 12 a 15 m/s.

 RSS/RSD - Ventiladores centrífugos de pás voltadas para frente.


Recomendados para: ar condicionado, calefação, ventilação e exaustão industrial, comercial
ou doméstica; estufas, coifas, secadores, condensadores evaporativos, torres de resfriamento e
câmaras frigoríficas.
 Faixa de vazão de ar: 200 a 500000 m³/h.
 Faixa de pressão estática: 5 a 80 mmca.
 Velocidades recomendadas de descarga: 10 a 12 m/s.

Os dados que deverão ser fornecidos, para a seleção do ventilador serão: Temperatura de
trabalho, pressão atmosférica, vazão, pressão estática, tipo de ventilador, e velocidade de descarga.
Com estes dados, poderemos escolher o ventilador, com as respectivas curvas características. A
utilização deste software, será posteriormente executada.

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