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SÃO LUÍS – MA
2021.1
DISCENTE: BIANCA OLIVEIRA MENEZES
SÃO LUÍS – MA
2021.1
OBJETIVO
Objetivo geral: Conhecer o comportamento dos ventiladores centrífugos.
Objetivo específico: Obter as curvas características de um ventilador centrífugo.
CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO
Os equipamentos e instrumentos utilizados nesta prática de laboratório simulam
diversas condições operativas de cargas comumente utilizadas pela indústria. A
máquina testada é um ventilador centrífugo de pá reta, acionado por um motor trifásico
gaiola de esquilo com potência nominal de 1,5 cv e 3480 rpm, com um duto de 3
polegadas de diâmetro, dois manômetros diferenciais, uma placa de orifício como
elemento primário em conjunto com um manômetro diferencial para medir vazão, um
medidor de grandezas elétricas (wattímetro, voltímetro, amperímetro), um inversor de
frequência para controle de velocidade do motor, uma placa de aquisição de dados, um
computador e um programa de aquisição de dados, especificamente, desenvolvido para
esta pratica.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O princípio de operação dos ventiladores é semelhante ao das bombas centrífugas.
Ventiladores e bombas centrífugas são máquinas de fluxo motoras que transferem
energia a gases e líquidos, respectivamente, através da ação de um rotor. Os sistemas
de ventilação e de bombeamento têm a funçao de conduzir os gases e os líquidos entre
dois ambientes, reservatórios, equipamentos, dispositivos, etc. Evidentemente, a
natureza de cada fluido de trabalho e as funções das máquinas fazem com que alguns
processos e fenômenos sejam específicos da movimentação dos gases; outros, da
movimentação de líquidos.
Sistemas de ventilação aplicados no condicionamento de ar (refrigeração,
aquecimento, exaustão, filtragem, renovação, diluição de poluentes, etc) em ambientes
residenciais, comerciais e industriais constituem uma grande parcela das unidades em
uso. Os ventiladores utilizados nestas instalações são, geralmente, de baixa pressão,
isto é, não transferem energia suficiente para impor uma variação apreciável de
densidade do de trabalho do fluido de trabalho (o gás). Além disto, o escoamento nestes
sistemas tem velocidade relativamente baixa. Consequentemente, o escoamento do ar
(e outros gases) pode ser tratado como o escoamento de um fluido incompressível, o
que facilita sobremaneira a análise e a torna similar à do escoamento de líquidos em
tubulações (que já analisamos em capítulos anteriores).
Com relação à classificação, os ventiladores distinguem-se entre axiais e
centrífugos/radiais. Essa distinção vem da mecânica dos fluidos e baseia-se na direção
do fluxo no ventilador (JORGENSEN, 1983) e na forma do rotor.
(Classificação dos ventiladores centrífugos) – Imagem da web
1 1 1
p total = p2 + ar V22
H2O g H2O g 2
Com isso, entemde-se que a pressão total é a energia específica, conforme obtida da
Equação da Energia, se as condições de referência são atendidas (energia cinética na
entrada nula, pressão de entrada p1 = 101.300 N/m2, e densidade do ar p = 1,2 kgf/m3)
e se a compressão do ar no ventilador ocorre como para um fluido de trabalho
incompressível (a energia específica de compressão torna-se (p2-p1/pg, ou p2/pg, se p1
é a pressão manométrica) e a relação entre a pressão total e a vazão descarregada,
quando o ventilador opera em rotação constante, é a denominada curva característica
do ventilador.
Curva do Ventilador Bernauer VBR 100/800
densidade = 1,2 kg/m3
100.00 76 % 100.00
81 %
83 %
81 %
70 %
Ptotal (mmH2O)
900 RPM
10.00 10.00
1.00 10.00
Vazão (m3/s)
ESQUEMA DA INSTALAÇÃO
Os equipamentos utilizados, durante o experimento, são, respectivamente, um motor-
ventilador, dois manômetros diferenciais e duto com sensores de pressão estática e
dinâmica (figura 1), um registro (figura 2), um medidor de vazão (figura 3) e um inversor
de frequência e wattímetro (figura 4).
(Figura 1) – Imagem disponibilizada pelo professor
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A fim de estabelecer-se as características de desempenho do ventilador, utilizando o
inversor de frequência, a rotação do ventilador foi fixada, inicialmente, na máxima
velocidade do motor (3480 rpm) e a vazão do sistema de ventilação foi controlada por
meio da válvula de estrangulamento. A válvula começou com abertura de 100% e a
pressão estática, pressão dinâmica, pressão total, vazão do ar, temperatura do ar,
umidade do ar, tensão elétrica, corrente elétrica, fator de potência, potência ativa e
potência reativa foram adquiridos. Após isso, a abertura da válvula foi sendo diminuída
até 0% de abertura (válvula fechada) e esses mesmos parâmetros foram coletados para
seis diferentes aberturas utilizando a interface gráfica do computador. A seguir, se
repete o procedimento anterior para velocidade de 2600 rpm, 1740 rpm e 880 rpm.
DADOS EXPERIMENTAIS
As tabelas a seguir foram obtidas através do experimento: curvas características de
um ventilador centrífugo. Onde cada tabela mostra a média dos dados encontrados a
certas velocidades e em determinada posição da válvula, respectivamente, válvula
100% aberta, válvula na posição I, válvula na posição II, válvula na posição III, válvula
na posição IV e válvula 100% fechada.
𝑚3 𝑚3 1 𝑚𝑖𝑛
𝑄̇ ( ̇
)= 𝑄 ( )∗( )
𝑠 𝑚𝑖𝑛 60 𝑠
V2 NaN
𝑚3 𝑚3
V3 0,472554 ( ) = 0,007876 ( )
𝑚𝑖𝑛 𝑠
𝑚3 𝑚3
V4 0,72798 ( ) = 0,012133 ( )
𝑚𝑖𝑛 𝑠
Por fim, calculou-se a potência hidráulica para encontrar o rendimento total e, montou-
se, no Excel, o gráfico “rendimento total em função da vazão”.
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑎 = 𝑄 ∗ ̇ 𝑃𝑎
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑎
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
Rendimento para V1
100% aberta 0,076343119
Posição 1 0,074153288
Posição 2 0,069526308
Posição 3 0,051039097
Posição 4 0,036386279
100% fechada 0
Rendimento para V2
100% aberta 0,001232102
Posição 1 -0,000406451
Posição 2 0,002087805
Posição 3 0,002087805
Posição 4 0
100% fechada 0
Rendimento para V3
100% aberta 0,029380906
Posição 1 0,028529998
Posição 2 0,026980716
Posição 3 0,02052082
Posição 4 0,014239735
100% fechada 0
Rendimento para V4
100% aberta 0,138021697
Posição 1 0,130796864
Posição 2 0,116198814
Posição 3 0,089327556
Posição 4 0,057491016
100% fechada 0
Através da análise das tabelas e conforme o que foi estudado, obtemos os gráficos do
rendimento total em função da vazão e a curva de tendencia. Curva da instalação
calculada em função da vazão volumétrica, (através da variação da abertura da válvula,
obtêm-se diferentes curvas do sistema). Curva característica do ventilador em função
da vazão (para as quatro velocidades). Curvas de potência ativa requerida versus
vazão para as diferentes aberturas da válvula. Comportamento do fator de potência
versus vazão.
Conclui-se que, em relação ao gráfico “rendimento total em função da vazão”, percebe-
se que o rendimento total aumenta conforme o aumento da vazão até certo ponto, após
isso, o rendimento vai diminuindo. Com base no estudado, percebe-se que, se
pudessemos continuar o experimento, a curva de eficiência do ventilador teria
completado a parábola, mas como atingimos o limite do equipamento, só chegamos
perto do “ponto de pico” observado na teoria.
A curva carcterística que apresentou resultado mais parecido com a da teoria foi a da
velocidade igual a 3480 rpm, visto que a pressão diminui com o aumento da vazão. Já
para as velocidades de 1740 rpm e 2600 rpm, as curvas mostraram que os resultados
só foram satisfatórios para válvula 100 aberta ou válvula na P1. Uma explicação para
o acontecido é que o equipamento utilizado, para captar os dados, não é o ideal para
pressões menores, o que pode ter prejudicado os dados obtidos para as velocidades
de 1740 rpm e 2600 rpm na p2, p3, p4 e totalmente fechada.
http://www.fem.unicamp.br/~em712/sisflu09.doc