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Evolução Humana e Aspectos Socio-Culturais

Cultura é a principal característica distintiva de nossa espécie, e é de várias maneiras um reflexo das
nossas características físicas. Cultura desenvolveu-se passo a passo ao longo de nossa evolução física.

Um dos temas importantes no estudo evolutivo é a presença de artefatos culturais e evidências de


práticas culturais no registro fóssil da primitiva vida humana. Evidências culturais e pistas sobre suas
origens também podem ser relacionadas ao design único de nossos corpos e em nossos padrões de
maturação.

As etapas da Evolução Humana

Os pré-australopitecos

Essas primeiras espécies viveram logo após a separação do grupo que originou os hominídeos e os
chimpanzés.

Sua principal característica era o modo de vida arborícola.

O registro fóssil remonta algumas das espécies desse período:

Sahelantropus tchadensis: Fóssil encontrado no continente africano, pertencente a uma espécie de


primata. Essa espécie já possuía a postura bípede. É o mais antigo ancestral da linhagem humana.

Orrorin tugenensis: Fóssil encontrado no Quênia. Também já apresentava indicações da postura bípede.
Os cientistas acreditam que a espécie viveu há 6 milhões de anos atrás.

Ardipithecus ramidus e Ardipithecus kadabba: Fóssil encontrado na Etiópia. Nessas espécies


permanece a postura bípede. Os cientistas acreditam uma espécie do gênero Ardipithecus foi a
ancestral dos australopitecos

Os australopitecos

Os primeiros hominídeos pertenciam ao gênero Australopithecus.

Constituíram um grupo diversificado e bem sucedido.


As principais características desse grupo eram: a postura ereta, a locomoção bípede, a dentição
primitiva e a mandíbula mais semelhante a da espécie humana. Foram os primeiros hominídeos a
dominar o fogo, o que permitiu sua expansão para outros territórios. Além da redução da musculatura
da face, pois podiam cozinhar os alimentos, amaciando-os.

Australopithecus africanus: O primeiro fóssil de australopiteco encontrado. Provavelmente, habitou a


Terra há 2,8 a 2,3 milhões de anos atrás.

O gênero Homo

A extinção da maioria dos australopitecos possibilitou o surgimento de uma nova linhagem.

O gênero Homo se destaca pelo desenvolvimento do sistema nervoso e da inteligência. Além disso,
apresentava adaptações evolutivas, como o bipedalismo.

Homo habilis: Atualmente, com o estudo dos fósseis, o mais aceito é considerá-lo como australopiteco,
sendo Australopithecus habilis. A espécie viveu por volta de 2 milhões de anos a 1,4 milhões de anos
atrás.

Homo erectus: Essa espécie se destacou pela fabricação de instrumentos e utensílios de pedra, madeira,
pele e ossos. O grupos saiu da África e alcançou a Europa, a Ásia e a Oceania.

Homo ergaster: Seria uma sub-espécie do H. erectus que teria migrado para a Europa e parte da Ásia,
onde deu origem a várias linhagens, uma delas o Homo neanderthalensis.

Homo neanderthalensis: Conhecido por neandertais, tinham o corpo adaptado ao frio, ausência de
queixo, testa baixa, pernas arqueadas e cérebro maior do que os dos seres humanos atuais.
HOMEM MODERNO

O Homo sapiens sapiens é a denominação científica do homem moderno, sendo uma subespécie do
Homo sapiens.

A principal característica do homem moderno, comparado aos seus ancestrais, é o cérebro bem
desenvolvido. Além disso, observa-se a capacidade de raciocínio, comunicação e inteligência pelo
desenvolvimento do sistema nervoso.

Classificação do Homo sapiens

Os humanos, assim como outros seres vivos, são classificados pelas regras da taxonomia (ciência da
classificação). Dessa forma possuem hierarquia e relações de parentesco com outros organismos
(sistemática e filogenia).

Os Homo sapiens possuem íntimo parentesco com os macacos, portanto, compartilham com eles
classificação semelhante a nível de ordem e família. Os chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos
têm ancestralidade em comum com os humanos. Estudos demonstram que chimpanzés e bonobos
compartilham cerca de 98,7% do mesmo DNA que o nosso.

Referências Bibliográficas

CORDEIRO, A. R. Gênese da vida humana. Revista Ciência e Cultura, v. 60, p. 60–62, 2008.

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DOS SANTOS, L. G.; SANTOS, R. DA S. A utilização do DNA mitocondrial para elucidação dos processos de
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MARTÍN LOECHES, M.; CASADO MARTÍNEZ, P.; SEL DE FELIPE, A. La evolución del cerebro en el género
Homo : la neurobiología que nos hace diferentes . Revista de Neurología, v. 46, n. 12, p. 731, 2008.

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