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Introdução

Neste presente trabalho introduzidos o como tema baixa visual ou hipovisão que
definimos como condição na qual a função da visão é alterada por causa de uma
acuidade visual diminuída, que não pode ser corrigida com óculos ou lentes de
contacto, ou por causa da redução do campo visual.
Pode ser classificada em:
Progressiva: baixa visual que acontece gradualmente
Súbita: baixa visual que acontece repentinamente
Podem ser associadas à outros sintomas como o aumento da sensibilidade a luz,
percepção anormal das cores, do contraste, alteração da motilidade ocular, dificuldade
de adaptação a escuridão.
Causas Comuns de Baixa Visual Súbita
Baixa visual ou hipovisão
baixa visual ou hipovisão é a condição na qual a função da visão é alterada por causa
de uma acuidade visual diminuída, que não pode ser corrigida com óculos ou lentes de
contacto, ou por causa da redução do campo visual.
Pode ser classificada em:
Progressiva: baixa visual que acontece gradualmente
Súbita: baixa visual que acontece repentinamente
Podem ser associadas à outros sintomas como o aumento da sensibilidade a luz,
percepção anormal das cores, do contraste, alteração da motilidade ocular, dificuldade
de adaptação a escuridão.

Causas Comuns de Baixa Visual Súbita


 Acidente vascular cerebral, AVC: é a causa mais frequente
 Tumores cerebrais, hipofisário
 Glaucoma agudo
 Descolamento súbito e total da retina
 Retinopatia diabética
 Traumas
 Neurite óptica: viral por HSV, sarampo
 Trombose ou oclusão da artéria da retina
Causas Comuns de Baixa Visual Progressiva
 Catarata
 Tracoma
 Lepra
 Xeroftalmia por deficiência de vitamina A
 Queratite por Herpes Simples Virus
 Retinopatia diabética
 Retinopatia hipertensiva
 Neurite óptica: viral por HSV, CMV, sarampo; sífilis, avitaminose, abuso de
álcool-tabaco, medicamentos como etambutol, isoniazida, estreptomicina,
cloroquina,
 Tumor hipofisário
 Tumores cerebrais
 Glaucoma de angulo aberto crónico
3.1.1. Diagnóstico Diferencial entre a Baixa Visão Súbita e Progressiva
O diagnóstico diferencial entre a baixa visão súbita e progressiva é feito através da
anamnese, com a identificação do tempo em que o paciente está com a acuidade visual
diminuída ou não consegue ver bem os objectos.. A baixa visual súbita é a que
acontece de repentee a progressiva é a que acontece em dias, meses ou anos.
É possível fazer uma distinção entre as várias causas com uma anamnese atenta e
detalhada, que explora outros sinais e sintomas possivelmente associados a doença
suspeita.
Exemplos de perguntas:
O senhor sofre de diabete?
O senhor sofre de hipertensão?
O senhor teve perda de consciência, paralisia de alguma parte do corpo?
O senhor teve uma dor intensa logo antes de perder a visão?
O senhor sofre de lepra?
O senhor perdeu a visão como se uma cortina fosse posta em frente do seu
olho?

3.2. Cegueira
3.2.1. Definição
Considera-se cego um individuo com acuidade visual inferior à contagem de dedos a 3
metros, no olho com melhor visão corrigida ou que tenha um campo visual menor que
10ºgraus.
Características da cegueira:
 Uni ou bilateral: se afecta um ou dois olhos
 Súbita ou gradual: aparece súbitamente ou gradualmente em meses ou
anos
 Variar em relação à intensidade da luz: cegueira que aparece a noite, ao
escurecer (cegueira nocturna)
Sua fisiopatologia depende do segmento do olho que for afectado e portanto da causa.
3.2.2. Etiologia
As causas são numerosas, podem ser patologias em diferentes estruturas dos olhos:
Segmento anterior: afectando o cristalino, a córnea
 Catarata
 Tracoma
 Lepra
 Xeroftalmia na deficiência de vitamina A
 Queratite por Herpes Simples Vírus
 Trauma ocluar perfurante
Segmento posterior: afectando o humor aquoso, a retina
 Glaucoma
 Descolamento da retina
 Retinopatia diabética
 Trauma ocular perfurante
 Vias nervosas até ao córtex: afectando o nervo óptico e as vias ópticas
 Neurite óptica
 Trauma ocular perfurante
A cegueira é uma condição a ser referida para oftalmologia.

3.3. Catarata
3.3.1. Definição
A catarata é uma doença do cristalino caracterizada por opacificação ou perda da
transparência deste, reduzindo a acuidade visual. É geralmente bilateral, com evolução
diferente nos dois olhos.
É a maior causa de cegueira tratável nos países em desenvolvimento. Segundo a OMS,
há 45 milhões de cegos no mundo, dos quais 40% são devido a catarata.

3.3.2. Fisiopatologia
Na formação da catarata há redução do oxigênio e aumento inical do conteúdo de água
do cristallino, seguida pela sua desidratação; aumento do conteúdo de alguns
electrólitos como o sódio e o cálcio, diminuem outros como potássio, vitamina C e
proteínas. O cristalino torna-se opaco e perde a sua transparência, determinando uma
redução progressiva da acuidade visual. No cristalino não há fibras nervosas para a
sensibilidade dolorosa nem vasos sanguíneos, portanto suas patologias não inclue dor
ou hemorragias.
A evolução da cataracta é lenta e um individuo pode chegar a ter uma catarata sem ter
nenhum problema na visão na fase inicial.

3.3.3. Etiologia
As causas da catarata são variáveis, e incluem:
o Causas congênitas
o Causas adquiridas:
o Idade avançada
o Exposição excessiva à luz solar
o Diabete
o Inflamação dos olhos
o Trauma ocular
o Tabagismo
o Cirurgia ocular por outro problema do olho
o Uso crónico de medicamentos esteróides

 3.3.4. Quadro Clínico

 A catarata geralmente evolui lentamente com uma perda progressiva da visão e


pode levar a cegueira.

 Os sintomas associados à catarata são:

o Visão ofuscada
o Cores que parecem ser menos intensas
o Fastídio a luz intensa
o Cegueira nocturna
o Visão dupla
Fonte: Rakesh Ahuja, MD
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Cataract_in_human_eye.png
o Dificuldade em ver bem a forma dos
objectos
o Mudança frequente na graduação dos óculos ou lentes de contacto
Os sinais objectivos ao exame físico são:
Perda de acuidade visual (mensurada pela tabela de Snellen)
Alteração da transparência do cristalino
O diagnóstico ao nível do TMG é a associação dos sintomas e sinais objectivos.

3.3.5. Conduta
A cura definitiva da catarata é a sua remoção cirúrgica, mas é possível adiar a cirurgia
caso não seja muito extensa e não esteja a incomodar muito o paciente. Nesta fase
inicial para ajudar o paciente a ver melhor podem ser usados:
1. Óculos de vista
2. Óculos para o sol anti-reflexo
3. Lupa
4. Melhorar a intensidade da luz

Caso o paciente não seja capaz de fazer as suas actividade de rotina, mesmo usando
óculos é necessário a remoção cirúrgica do cristalino e sua substituição por uma lente
artificial intra-ocular – referir para o oftalmologista.

3.4. Retinopatias
Definição
Retinopatia é um termo geral que indica uma patologia que afecta a retina, pode ser de
origem diversa.

Fisiopatologia
A retina tem a função de receber e analizar parcialmente as imagens, portanto a maior
parte das doenças da retina determinam ofuscamento da visão. Caso a região da
mácula (central) seja afectada haverá uma alteração na acuidade visual central do
paciente (ex. déficit na leitura). Caso a parte periférica seja afectada haverá uma
alteração da visão periférica (ex. o paciente poderá não ver os objectos na parte lateral
do seu campo visual).
Nas patologias da retina não há dor (a retina não contém fibras nervosas que recolhem
a dor) e não há hipéremia e inflamação dos olhos.

Etiologia
As causas são numerosas, exemplos de retinopatias comuns incluem:
 Retinopatia diabética
 Retinopatia hipertensiva
 Descolamento da retina
 Hemorragias retínicas
 Degeneração senil da mácula
3.4.1. Retinopatia Diabética
Definição
É uma retinopatia secundária à diabetes tipo I e tipo II.

Fisiopatologia
A retinopatia manifesta-se cerca de 10 anos após o início da diabetes e a sua
gravidade depende da duração da diabetes. Dependendo do tipo de lesões que
aparecem na retina, diferenciam-se dois tipos de retinopatia diabética:

 Retinopatia proliferante
 Retinopatia não proliferante

Quadro Clínico
O sintoma característico é a perda gradual da visão, que acontece na fase
avançada da doença. Não há diferença entre os sintomas de uma ou outra
forma.

O paciente pode apresentar visão ofuscada, perda da visão súbita em um ou


nos dois olhos, visão de manchas pretas, de teias de aranha, visão de pequeno
relâmpagos.

Conduta
O tratamento da diabetes e o controle da glicémia são os passos para prevenir e
reduzir a evolução da retinopatia, juntamente ao tratamento da hipertensão,
caso esta esteja associada.

O paciente com diabetes deve ser seguido nas consultas de doenças crónicas e
o clínico deverá controlar o seguinte: o fundo ocular anualmente, a glicemia a
cada 6 meses, a tensão arterial em cada visita e a dieta.

Caso o paciente apresente perda de visão súbita ou alterações do campo visual


é necessário referir logo ao oftalmologista

3.4.2. Retinopatia Hipertensiva


Definição
É uma retinopatia que aparece como resultado de uma hipertensão arterial
crónica ou uma hipertensão que aparece durante a gravídez.

Fisiopatologia
Por causa da hipertensão arterial há formação de edema, hemorragias, isquémia
e áreas de infarte da retina.
Quadro Clínico
Os sintomas associados à retinopatia hipertensiva são de diminuição da visão
até à cegueira.

No teste da fundoscopia o clínico pode observar hemorragias extensas,


papiledema e às vezes descolamento da retina.

Conduta
O tratamento deste tipo de retinopatia é baseado no tratamento da hipertensão.

3.5. Xeroftalmia
3.5.1. Definição
É uma patologia caracterizada por alterações do epitélio da córnea e da conjuntiva e da
função da retina, causada pela deficiência de Vitamina A.

3.5.2. Etiologia
A causa é a deficiência de Vitamina A, devido à deficiência alimentar ou a mal-absorção
vitamínica, como por exemplo nas patologias crónicas do intestino. A malnutrição
crónica agrava a evolução da xeroftalmia.

3.5.3. Fisiopatologia
A vitamina A é essencial para a manutenção do tecido epitelial de todo o corp, e
também do epitélio conjuntival e corneal. Em caso de deficiência de Vitamina A, o
epitélio torna-se mais fino e seco, sendo substituido pelo epitélio queratinizado. Na
conjuntiva há infiltração de células inflamatórias com formação de machas amarelas ou
mancha de Bitot, na córnea há infiltração de células inflamatórias e líquido com
formação de pús ou hipopion. A evolução da doença leva à formação de perfurações e
cicatrizes da córnea e sua destruição ou queratomalácia.

3.5.4. Quadro Clínico


A sintomatologia inicia com a secura dos olhos, irritação conjuntival, visão ofuscada e
visão alterada das formas. Aparece também a cegueira nocturna ou hemeralopia, na
qual o paciente não consegue ver na escuridão. Esta fase é reversível após o
tratamento com vitamina A.
A evolução da doença com afecção da córnea com úlceras e cicatrizes é irreversível.

3.5.5. Exames Auxiliares e Diagnóstico


O diagnóstico é fundamentalmente clínico, com base na anamnese e exame físico. São
visíveis as manchas amarelas ou macha de Bitot na conjuntiva bulbar, de forma
triangular.

3.5.6. Conduta
O tratamento da xeroftalmia e da cegueira nocturna é feito com a administração de
Vitamina A por via oral, 200.000UI/por dia durante o primeiro, terceiro e sétimo dia após
o diagnóstico.
Em caso de úlceras e cicatrizes na córnea a administração de vitamina A não é eficaz -
refira de imediato o paciente.

3.5.7. Prevenção
A prevenção é feita com base numa dieta adequada (cenoura, batata doce, abóbora,
manga, espinafre, leite, gema de ovo, entre outros) e com administração de Vitamina A.
As doses nos adultos, na profilaxia da hipoavitaminose A, são: 200.000 UI de 6/6
meses. Mulheres nos pós parto: 200.000 UI. As doses profiláticas em crianças, serão
tratadas na disciplina de pediatria

Conclusão
Neste presente trabalho concluímos que baixa visual ou hipovisão é a condição na qual
a função da visão é alterada devido a uma acuidade visual diminuida, ou por causa
da redução do campo visual. Que também Considera-se cego um individuo com
acuidade visual inferior a contagem de dedos a 3 metros, no olho com melhor visão
corrigida ou que tenha um campo visual menor que 10ºgraus.
A catarata é uma doença do cristallino caracterizada pela perda da transparência deste.
É geralmente bilateral, afectando mais um olho do que outro, sendo uma causa
importante de cegueira.
As retinopatias mais comuns são a retinopatia diabética e hipertensiva: são
consequência da diabetes e da hipertensão arterial, respectivamente.
A xeroftalmia é uma patologia caracterizada por alterações do epitélio da córnea, da
conjuntiva e da função da retina, devido à deficiência de Vitamina A. Causa
cegueira nocturna.
Referência Bibliografia

D.Vaughan, T.Asbury, K.F.Tabbara, Piccin 3ª. edizione

Sítio www.emedicine.medscape.com, acesso em maio de 2011

http://www.merckmanuals.com/, acesso em maio de 2011

Kanski, Jack J., Oftalmologia Clínica. 6ª. Edição, 2008. Ed. Elsevier

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