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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
A Chefe da Secretaria
___________________________________
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTÁGIO PROFISSIONAL
Supervisor:
Prof. Eng. Sulumine Raúl (Mestrado)
ESTÁGIO PROFISSIONAL
DEDICATÓRIAS
Aos meus pais, Agostinho Folige e Catarina Januário, que acreditaram sempre no meu
potencial e que de tudo fizeram para que eu chegasse até esta etapa da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecer a Deus, pelas graças e bençãos proporcionadas a mim e por ter
me guiado em todos os passos da minha vida.
Aos meus Pais, Agostinho Folige e Catarina Januário, aos meus Irmãos, amigos e familiares
em geral, que se fizeram presentes como agentes participativos de forma directa e indirecta
durante o processo da minha formação.
Ao director geral da Coberáfrica, Sr. Carlos Silva pela oportunidade que me concedeu, e a
toda equipa de trabalho pela hospitalidade profissional, pela disponibilidade em ajudar
sempre que necessário e pelos conhecimentos transmitidos.
Aos Arqts. Paulo Yong e Muhammad Arby pelo apoio prestado, pelos conhecimentos
transmitidos ao longo do período de estágio, especialmente na tomada de decisões e pela
disponibilidade para atender aos meus problemas assim como pelas sugestões valiosas.
Aos meus colegas do curso e a todos que directa ou indirectamente fizeram parte da minha
formação.
RESUMO
O estágio profissional foi realizado na empresa Coberáfrica Moçambique, com sua sede na
Estrada de Nacala-a-Velha, Bairro Locone, Nacala-Porto em Nampula. O estudante
desenvolveu suas actividades um pouco pelos Departamentos de Orçamentação e
Projectos, Desenho Técnico e Projectos e tendo acompanhado a produção da estrutura
sobre o qual versa o relatório no Departamento de Área Técnica e Produção. Foram
realizadas actividades adicionais ao tema em causa para amplificar a abrangência e
domínio no sector profissional.
A obra em causa será executada em estrutura metálica e lajes mistas e terá 4 pisos e
fundação em sapata contínua.
ÍNDICE
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1
1.1 OBJECTIVOS........................................................................................................................................ 2
1.1.1 GERAIS ........................................................................................................................................ 2
1.1.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................................................... 2
1.2 CONDICIONANTES E LIMITAÇÕES ...................................................................................................... 2
1.3 METODOLOGIA .................................................................................................................................. 3
1.4 ESTRUTURA DO RELATÓRIO ............................................................................................................... 4
1.5 DESCRIÇÃO DA EMPRESA................................................................................................................... 5
1.5.1 Localização ................................................................................................................................. 5
1.5.2 Equipamento de transporte e montagem ................................................................................. 6
1.5.3 Algumas obras realizadas........................................................................................................... 7
1.5.4 Organograma ............................................................................................................................. 7
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................................................. 8
2.1 REEFER ..................................................................................................................................................... 8
2.2 PLACAS DE BASE ....................................................................................................................................... 9
2.3 CHUMBADOUROS .................................................................................................................................... 9
2.4 ENRIJECEDORES ..................................................................................................................................... 11
2.5 PROCESSO DE SOLDAGEM MIG ............................................................................................................. 11
2.5.1 Equipamentos para soldadura ........................................................................................................ 12
2.6 MÉTODOS DE INSPECÇÃO DE SOLDADURA - ENSAIO VISUAL ............................................................... 13
CAPÍTULO III: PROJECTO DE REABILITAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO PORTO DE NACALA ....................................... 13
3.1 PORTO DE NACALA: CARACTERIZAÇÃO GERAL ...................................................................................... 13
3.2. ENTIDADE E INTERVENIENTES NA EMPREITADA DE REABILITAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO PORTO .......... 15
CAPÍTULO IV: PROJECTO E EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS EM PÓRTICOS DE REEFERS NO PORTO DE NACALA 17
4.1 DESCRIÇÃO DO PROJECTO ............................................................................................................... 17
4.2 CRONOGRAMA E PLANEAMENTO DAS ACTIVIDADES ....................................................................... 17
4.2.1 Planeamento dos trabalhos ............................................................................................................ 17
4.2.2 Unidades de tempo utilizadas......................................................................................................... 17
4.2.3 Tempos de execução das actividades ............................................................................................. 18
4.2.4 Equipa técnica de profissionais na produção e montagem ............................................................ 18
4.3 ORÇAMENTAÇÃO ................................................................................................................................... 18
4.4 ALTERAÇÕES DE PROJECTO.................................................................................................................... 19
4.5 COMPOSIÇÃO DA ESTRUTURA ............................................................................................................... 20
4.5.1 - Pilares............................................................................................................................................ 20
4.5.2 - Vigas .............................................................................................................................................. 20
4.5.3 Chapas colaborantes ....................................................................................................................... 21
4.5.4 Escadas metálicas............................................................................................................................ 21
4.5.5 - Guarda-corpos .............................................................................................................................. 22
4.5.6 - Guia de cabos ................................................................................................................................ 22
4.6 FUNDAÇÕES DO PÓRTICO DOS REEFERS ............................................................................................... 22
4.7 PREPARAÇÃO DA OBRA.......................................................................................................................... 27
4.7.1 Desenhos de preparação ................................................................................................................ 27
4.7.2 Aquisição do material e especificações técnicas ............................................................................ 29
4.7.3 Funcionamento da fábrica, armazenamento e manuseio dos materiais ....................................... 30
4.8 PROCESSO DE FABRICO DA ESTRUTURA ................................................................................................ 32
4.8.1 Cortes das peças ............................................................................................................................. 33
4.8.2 Furação das peças ........................................................................................................................... 34
4.8.3 Quinagem das peças ....................................................................................................................... 35
4.8.4 Chanfro das peças ........................................................................................................................... 35
4.8.5 Formação dos conjuntos e soldadura ............................................................................................. 36
4.8.6 Desbaste e rebarba ......................................................................................................................... 37
4.8.7 Inspecção de soldadura .................................................................................................................. 37
4.9 PLANO DE TRANSPORTE E MONTAGEM ................................................................................................ 39
4.9.1 Transporte da Estrutura até ao Local de Obra ................................................................................ 39
4.9.2 Montagem da Estrutura em Obra ................................................................................................... 40
4.9.3 Montagem de pilares, vigas e guarda-corpos ................................................................................. 41
4.9.4 Montagem da escada metálica e guia de cabos ............................................................................. 43
4.9.5 Ensaios de montagem ..................................................................................................................... 43
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES.............................................................................................. 44
5.1 Conclusão ............................................................................................................................................... 44
5.2 Recomendações ..................................................................................................................................... 44
CAPÍTULO VI: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................. 45
CAPÍTULO VII: ANEXOS..................................................................................................................................... 46
Ø – Diâmetro
Kg – kilograma
MPa - MegaPascais
Lista de Figuras
Figura 1 - Localização da Coberáfrica................................................................................. 5
Figura 2 – Guindaste articulado Figura 3 – Manipuladores Telescópicos (Manitou)....... 6
Figura 4 – Guindaste rodoviário e reboque ......................................................................... 6
Figura 5 - Pavilhão de desportos Figura 6 - Ponte metálica tipo militar
com 2 encontros .................................................................................................................. 7
Figura 7 - Bomba de combustível ....................................................................................... 7
Figura 8 – Organograma da empresa ................................................................................. 8
Figura 9 – Exemplo de plataforma em pórtico de Reefers (Fonte: @Portstrategy, 2018) .. 9
Figura 10 – Ligação de base de pilar rotulada (a) e encastrada (b) (Fonte: Martins, 2002) 9
Figura 11 – Chumbadouro Tipo L (Fonte: jrlaminacao@, 2021) ....................................... 10
Figura 12 – Comportamento de pilar na ligação rígida sem enrijecedor (Pfeil, W., Pfeil, M.,
2008) ................................................................................................................................. 11
Figura 13 – Ligações rígidas com enrijecedores (Pfeil, W., Pfeil, M., 2008) ..................... 11
Figura 14 – Princípios básicos do processo MIG (Fonte: IBQN, 1987) ............................. 12
Figura 15 – Equipamento básico para a soldagem MIG (MARQUES, 1991) .................... 12
Figura 16 – Localização do Porto de Nacala (Fonte: Google Earth, 2021) ...................... 14
Figura 17 – Localização da plataforma dos Reefers dentro do Porto de Nacala (Fonte:
Google Earth, 2021) .......................................................................................................... 16
Figura 18 – 3D do pórtico dos Reefers.............................................................................. 16
Figura 19 – Conjuntos de pilares ...................................................................................... 20
Figura 20 – Conjunto de vigas longitudinais e transversais .............................................. 20
Figura 21 - Chapas colaborantes ...................................................................................... 21
Figura 22 – Escadas metálicas ......................................................................................... 21
Figura 23 – Conjuntos independentes de guarda-corpos.................................................. 22
Figura 24 - Guia de cabos ................................................................................................. 22
Figura 25 - Fundação dos Reefers .................................................................................... 23
Figura 26 – Placa de inspecção Figura 27 – Processo de inspecção
da fundação ...................................................................................................................... 23
Figura 28 – Espaçadores de betão para recobrimento ..................................................... 24
Figura 29 – Posicionamento dos gabaritos Figura 30 – Ancoragens tipo L ................. 24
Figura 31 – Detalhe do zona do poço de inspecção de baixa tensão ............................... 25
Figura 32 – Aplicação de óleo descofrante na zona poço de inspecção de baixa tensão
antes da betonagem.......................................................................................................... 25
Figura 33 – Tubulação eléctrica ........................................................................................ 26
Figura 34 – Escoras e cofragem lateral............................................................................. 26
Figura 35 – Fundação executada ...................................................................................... 27
Figura 36 - Tipos de ligações no Tekla ............................................................................. 28
Figura 37 – Desenho de corte (chapa de piso de escada com 6 mm de espessura) ........ 29
Figura 38 – Visualização 3D do conjunto da escada no Tekla ......................................... 29
Figura 39 – Ponte rolante (cap. máx de 5 Ton.) Figura 40 – Manuseio de
perfis-ponte rolante ........................................................................................................... 31
Figura 41 – Manuseio de par de pilar Figura 42 – Serralharia ............................ 31
Figura 43 – Estufa de pintura Figura 44 – Zona de decapagem ................................. 32
FOLIGE, Ivan Agostinho | UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
vii
Projecto e execução de Pórticos Reefer para o Porto de Nacala
Lista de Tabelas
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 OBJECTIVOS
1.1.1 GERAIS
Acompanhar e avaliar as diferentes actividades durante a execução da
obra de uma estrutura metálica, descrevendo os seus processos inerentes.
1.1.2 ESPECÍFICOS
Descrição do projecto de Reabilitação e Ampliação do Porto de Nacala;
Descrição do projecto dos Pórticos Reefers;
Descrição do trabalho de gabinete executado desde a chegada do projecto
executivo à empresa;
Descrição do processo de produção e montagem da estrutura metálica;
Descrição da execução da fundação da estrutura.
1.2.1 Condicionantes
A realização deste trabalho foi condicionada por diversos factores tanto na fase da
recolha de dados quanto na fase de processamento, dentre estes, há que destacar:
Tendo o estagiário efectuado algumas visitas de campo dentro do Porto como visitante
cujo tempo e permanência eram limitadas.
1.2.2 Limitações
As principais limitações para a realização das actividades propostas do estágio, foram:
1.3 METODOLOGIA
Para a elaboração do presente relatório, foi aplicada a seguinte metodologia:
Além das estruturas metálicas, presta serviços na área da manutenção industrial de torno
mecânico, fresa, quinagem, guilhotina, viradeira, decapagem e pintura.
1.5.1 Localização
Figura 5 - Pavilhão de desportos Figura 6 - Ponte metálica tipo militar com 2 encontros
1.5.4 Organograma
De acordo com os Estatutos Orgânicos da empresa os órgãos existentes são a
Administração (Director Geral), Departamentos Comercial, Financeiro e Recursos
Humanos, Área Técnica e Produção e Montagens (fig. 8).
2.1 REEFER
Um Reefer é um contentor isolado termicamente, comumente usado principalmente para
manter temperaturas de cargas congeladas normalmente perecíveis, no resfriamento de
certos tipos de produtos ou qualquer produto que precise de uma temperatura constante.
(GRUPOIRS,2021).
Figura 10 – Ligação de base de pilar rotulada (a) e encastrada (b) (Fonte: Martins, 2002)
2.3 CHUMBADOUROS
Os chumbadouros são usados para conectar elementos estruturais e não estruturais ao
betão (Hoehler Eligehausen, 2008).
Segundo Mallèe, Eligehausen e Silva (2006), a conexão pode ser feita por uma variedade
de componentes diferentes: parafusos de ancoragem (também chamados de fixadores,
fig. 11), placas de aço ou reforços.
Tabela 1 - Classificação dos dispositivos de ancoragem segundo Mallèe, Eligehausen e Silva (2006).
2.4 ENRIJECEDORES
Segundo W. Pfeil (2009) e N. Pfeil (2009), um dos pontos críticos no projecto de ligações
rígidas entre viga e pilar está na capacidade do pilar de absorver esforços concentrados,
principalmente os provenientes dos banzos das vigas. Podem ocorrer os seguintes
efeitos ilustrados na Fig. 12: (i) em compressão a alma do pilar pode sofrer encurvadura
por bambeamento local ou escoamento; (ii) devido à força do banzo tracionado da viga,
a mesa do pilar pode apresentar excessiva deformação. Para evitar esses efeitos devem-
se prover pares de enrijecedores horizontais dos pilares nos níveis dos banzos da viga,
como ilustrado na fig 13.
Figura 12 – Comportamento de pilar na ligação rígida sem enrijecedor (Pfeil, W., Pfeil, M., 2009)
Figura 13 – Ligações rígidas com enrijecedores (Pfeil, W., Pfeil, M., 2009)
inerte (fig. 14), ou seja, um gás normalmente monoatómico como Argónio ou Hélio, e que
não tem nenhuma actividade física com a poça de fusão. (MARQUES, 1991)
O calor gerado pelo arco é usado para fundir as peças a serem unidas e o arame-
eléctrodo que é transferido para a junta como metal de adição. (IBQN, 1987)
O equipamento básico para soldagem MIG (fig. 15) consiste de uma fonte de energia,
uma tocha de soldagem com um jogo de bocais, um alimentador de arame, um sistema
de controle, um par de cabos eléctricos, um jogo de válvulas redutoras para o gás de
protecção e uma garra para fixação do cabo a peça. (MARQUES, 1991)
Durante a década de 70, cerca de 95% da exportação e importação de cargas era tratado
no Porto de Nacala.
Entidade Empresa
Nome do Projecto Nacala Port Development Project Phase I2
Dono da obra Ministério dos Transportes e Comunicação da República de
Moçambique
Consultores Oriental Consultant, Echo, Edgar Cardoso, Promar Consortium
Cada pórtico terá 4 pisos (ver Anexos A4 e A5) tendo 3 deles a altura de 2,590 m e o
último 1,950 m, desenvolvendo uma altura total de 11,36 m e em planta um comprimento
de 16,628 m e uma largura de 1,50 m.
Figura 17 – Localização da plataforma dos Reefers dentro do Porto de Nacala (Fonte: Google Earth, 2021)
- Escadas;
- Guarda-corpos;
- Cantoneiras.
- Construção civil
4.3 ORÇAMENTAÇÃO
As negociações iniciaram a 19 de Abril de 2019 (Tab. 3) com o pedido de cotação por
parte da Teixeira Duarte para:
- Mapa de Quantidades;
- Desenhos de Projecto;
- Especificações Técnicas;
- Planeamento.
2367 19/ 04/ 2019 T ei xei r a Duar t e NDP D ‐ R e e f e r St r uc t ur e s ‐ R e que s t f or Quot a t i on Nacal a P or t o Nampul a 08/ 05/ 2019 A r by+P aul o 41, 797, 466. 46
2367 Rev1 06/ 09/ 2019 T ei xei r a Duar t e NDP D ‐ R e e f e r St r uc t ur e s ‐ R e que s t f or Quot a t i on Nacal a P or t o Nampul a 17/ 09/ 2019 P aul o Y ong 37, 855, 661. 97
2367 Rev2 21/ 11/ 2019 T ei xei r a Duar t e NDP D ‐ R e e f e r St r uc t ur e s ‐ R e que s t f or Quot a t i on Nacal a P or t o Nampul a 21/ 11/ 2019 P aul o Y ong 35, 962, 878. 87
2367 Rev1 20/ 06/ 2020 T ei xei r a Duar t e NDP D ‐ R e e f e r St r uc t ur e s ‐ R e que s t f or Quot a t i on Nacal a P or t o Nampul a 24/ 06/ 2020 P aul o Y ong 37, 073, 365. 18
2367 Rev2 29/ 09/ 2020 T ei xei r a Duar t e NDP D ‐ R e e f e r St r uc t ur e s ‐ R e que s t f or Quot a t i on Nacal a P or t o Nampul a 19/ 11/ 2020 P aul o Y ong 36,658,517.11 42, 890, 465. 02
4.5.1 - Pilares
Pilares - são constituidos por 8 pilares (fig. 19) que formam 4 conjuntos. Os conjuntos
de pilares são formados por 2 pilares, 4 vigas transversais e 4 travamentos dos topos.
4.5.2 - Vigas
Vigas - são constituidos por 24 toços de vigas longitudinais (fig. 20) que fazem a
interligação dos conjuntos dos pilares formando os 4 pisos. Inclui Vigas transversais de
suporte das escdas metálicas e longitudinais secundárias de contorno do poço das
escadas.
Chapas colaborantes – fazem o cobrimento do piso com excepção dos poços de escada
e guia de cabos (fig. 21), será fixada por meio de conectores nas vigas longidunais e
transversais.
4.5.5 - Guarda-corpos
Guarda-corpos: são formados por conjuntos independentes (fig.23), os elementos
verticais são fixados por meio de soldadura nas vigas longitudinais e os horizontais nos
pilares, a fixação dos guarda corpos é por meio de soldadura na estrutura.
Guia de cabos – formado por cantoneiras horizontas e verticias (fig. 24), são conjuntos
soldados as vigas longitudinais e transversais respectivamente.
- Aço: B500B;
Figura 32 – Aplicação de óleo descofrante na zona poço de inspecção de baixa tensão antes da betonagem
tomadas Reefers cuja ligação é garantida por meio de cablagem subterrânea e por sua
vez possui caixas de visita para efeitos de manutenção das mesmas (figs. 31, 32 e 33).
Foram colocadas cofragens e travamentos laterais antes da betonagem para dar forma
e impedir qualquer deslocamento aquando da betonagem (fig. 34).
De acordo com o projecto de fundações foram executadas lajes da segunda etapa das
fundações (h = 15 cm) que estará no mesmo nível dos pavês que serão colocados sobre
o pavimento destinada ao tráfego e o pedestal que vai receber as bases dos pilares e
argamassa de nivelamento (fig. 35).
Os desenhos de preparação foram feitos com base no projecto executivo fornecido pelo
cliente (Teixeira Duarte), utilizando um software apropriado – TEKLA STRUCTURES.
1
Desenhos de aprovação submetido ao cliente
biblioteca enriquecida em perfis e ligações (fig. 36) de diversos tipos, o que facilita o
trabalho do operador CAD.
Desenhos de corte (fig. 37), diversas peças com dimensões para corte, furação e
quinagem;
Desenhos de conjunto, diversas peças soldadas entre si;
Lista de materiais;
Lista de peças de corte;
Lista de peças por conjuntos;
Lista de parafusos, porcas e anilhas;
Desenhos de montagem (3D´s e esquemas de montagens).
2
Conjuntos são formados por diversas peças metálicas (por exemplo, perfis e chapas de ligação)
soldadas entre si
Figura 39 – Ponte rolante (cap. máx de 5 Ton.) Figura 40 – Manuseio de perfis-ponte rolante
Figura 45 – Zona de armazenamento de materiais Figura 46 – Perfis tubulares para a escada metálica
48) pontual para composição da estrutura. Após a aprovação por parte do Fiscal
iniciaram-se as soldaduras finais (cordões de soldadura).
Figura 47 - Esquema de soldadura - placa de base do pilar Figura 48 – Placa de base soldada
O corte por guilhotina (figs. 50 e 51) é considerado o mais simples e barato processo de
corte mecânico. Os cortes executados com guilhotina são limpos e praticamente sem
rebarbas, raras vezes necessitando de acabamento, considerando que as facas de corte
estejam em perfeitas condições.
Figura 53 – Furação por meio de puncionador Figura 54 – Furação por meio de puncionador
Figura 57 – Chanfro da peça por meio manual Figura 58 - Chanfro da peça por meio manual
Nos quais foram verificados o aspecto das superfícies, continuidade das soldas, a
espessura, uniformidade, presença ou não de respingos, presença de defeitos de
soldagem (trincas, poros, etc) e uma vez aprovadas as soldaduras feitas iniciaram as
soldaduras finais.
Figura 65 - Soldadura de chapas na viga longitudinal Figura 66 - Viga longitudinal com travamentos
A laje dos pavimentos será mista (de 11 cm de altura, com chapas colaborantes e
conectores), o que torna necessário a presença de remates (fig. 66) que serão colocados
nos contornos da laje. Durante a execução da laje mista serão soldados varões para
garantir a aderência aço-betão da laje com as chapas laterais.
A inspecção por ultra sons ficou marcada a posterior pelo que não foi possível de
acompanhar
Após chegada do material em Obra, será verificado (quanto algum dano que possa ter
sofrido durante o transporte) e dar-se-á o inicio da montagem da Estrutura conforme o
esquema de montagem e após garantidas todas as medidas de segurança.
Como referido nos capítulos anteriores, os chumbadores dos pilares da estrutura foram
fornecidos ao empreiteiro e a execução das fundações dos pórticos dos Reefers
concluida.
A fase seguinte envolverá soldadura em obra dos conjuntos independentes dos guarda-
corpos e cantoneiras verticais (fig. 71) nos pontos de ligação com as vigas longitudinais
e pilares.
Uma das atividades que deverá ser realizada com muita atenção será o içamento das
peças metálicas, pois pode provocar acidentes graves, caso seja feito de forma incorreta.
Para um içamento seguro há que ter em consideração dois pontos importantes: a carga
útil da peça e o centro de gravidade da peça. A definição da carga útil da peça pode ser
feita pela consulta do projecto e a lista de materiais e verificando o peso total da peça
com acessório ou pelo cálculo do peso da peça in loco a partir de cada elemento
constituinte.
Havérá também nesta fase soldadura em obra nos pontos de ligação do corrimão e o
guarda-corpos do poço de escada.
De seguida serão montadas cantoneiras de guia de cabos do piso térreo por buchas
químicas e soldadura nos topos, sendo as restantes por meio de soldaduras.
Sendo essencial a disciplina de estágio profissional para entrar em contacto com o dia-
a-dia da vida do profissional engenheiro, foi uma actividade muito importante na
construção da experiência profissional do estagiário, pois, desenvolveu habilidades em
orçamentos de projectos, modelação de estruturas, interagiu com profissionais da área
(engenheiros fiscais e arquitectos) e aprendeu sobre a produção de estruturas metálicas
e a preparação da fundação da mesma.
Os objectivos determinados não foram todos atingidos com êxito (pelas condicionantes
e limitações mencionadas em 1.2.1 e 1.2.2) criando satisfação parcial pessoal e
profissional.
5.2 Recomendações
- Evitar ao máximo a emenda de perfis por soldadura em secções que desenvolvam
esforços importantes como o meio vão e zonas próximas aos apoios das estruturas
fabricadas.
- Por forma a evitar tempos mortos na fábrica, esperando por alguns materiais como foi
o caso das cantoneiras verticais (guia de cabos), o processo de aquisição deve ser
iniciado logo que tenha sido adjudicada a obra ou a escolha de um fornecedor mais
próximo.
Martins, M. M. (2002). Estudo de bases de pilares metálicos pelo método dos elementos
finitos. Dissertação (Mestrado). Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas
Gerais – DEES/UFMG, Minas Gerais.
Hoehler, Matthew S.; Eligehausen, Rolf (2008). Behavior and testing of anchors in
simulated seismic cracks. ACI Structural Journal. 105 (3): 348–357.
PFEIL, W., PFEIL, Michèle, Estruturas de aço: dimensionamento prático. 8a ed., Ed.
LTC, 2009
Pereira, A. L. (2008). LIGAÇÕES DE ESTRUTURAS METÁLICAS CORRENTES.
A1 – Cronograma de actividades
A6 – Desenhos de Pormenores