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Testes de avaliação Palavra-chave, Português, 8.

° ano

Teste 3 – Sugestão de resolução

COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
I 10
2 2 2 2 2
1. 2. 3. 3.1. 4. 5. 6. 6.1. 7.1.
II 45
12 4 3 6 4 4 4 4 4
1. 2. 3. 4.1. 4.2 5.1. 5.2.
III 20
2 3 3 2 2 4 4
IV Item único 25
Total 100

Teste de avaliação de Português n.° 3 1.1. A. 1.2. B. 1.3. B. 1.4. C. 1.5. C.

Grupo I – Oralidade Grupo II


Texto A – Leitura
Transcrição do texto ouvido:
1. A. V. B. F. Ampliou os interiores e simplificou as
A Abóbada
estruturas de suporte de paredes e coberturas. C. F.
A Abóbada é uma das Lendas e Narrativas de
Também apresenta momentos da vida terrena dos dois
Alexandre Herculano. A ação decorre no ano de 1401 e a amantes. D. V. E. F. Arquitetura civil. F. V.
lenda centra-se na construção do Mosteiro da Batalha,
2. D., B., E., G., A., C., F.
mais concretamente, na construção da abóbada da Casa
do Capítulo do Convento, pelo arquiteto Afonso Texto B – Educação literária
Domingues, que a delineou, e que, apesar de cego, a 3. O assunto é a história de David Ouguet, extraída de
concluiu, depois de as obras terem sido entregues ao uma velha crónica, que estava em Alcobaça.
arquiteto Ouguet e de este não ter conseguido o seu 3.1. Por exemplo, traslados autênticos das cortes de
intento. Coimbra ou do juramento de Afonso Henriques sobre a
A lenda está dividida em cinco capítulos: O Cego, aparição de Cristo.
Mestre Ouguet, O Auto, Um Rei Cavaleiro e O voto fatal. 4. D. João I faz ver que os lavores daquelas arcarias
Segundo esta lenda, Afonso Domingues quis morrer na não estavam tão “aprimorados”, quer dizer, tão bem
célebre sala, em cumprimento de um voto fatal […]. feitos como os das outras.
Alexandre Herculano que, além de insigne escritor, foi 5. El-rei quis dizer que Ouguet deveria falar com
também um notável historiador, conhecia um relato mais sinceridade, verdade e sem medo.
antigo que o inspirou. Na sua História de S. Domingos, de
6. Mestre Ouguet encontrou falhas que contrariavam
1623, Frei Luís de Sousa regista uma história que os
aquilo que aprendera com os “mestres de pedraria”.
frades da Batalha então contavam: a abóbada da Casa do
Segundo o seu entendimento, era mesmo impossível
Capítulo fora levantada por três vezes; das primeiras duas
fazer uma abóbada que fosse tão achatada como a que
vezes, caiu com grande perda de vidas, ao serem estava prevista.
retirados os cimbres; da terceira, o rei mandou chamar, de 6.1. Mestre Ouguet não consultou Afonso Domingues,
várias prisões do reino, criminosos sentenciados a penas pois considerava-o orgulhoso e teimoso e tinha a
pesadas, com o compromisso de os libertar, caso a certeza de que ele iria insistir na execução do seu
abóbada não os consumisse. desenho.
Herculano acrescentou um ponto a este conto,
7.1. El-rei afirma que a obra causava assombro aos
distinguindo o arquiteto português do estrangeiro, num próprios conterrâneos do mestre Ouguet que se
momento de afirmação nacionalista da cultura portuguesa. gabavam de ter, no seu país, os melhores edifícios do
Na verdade, sabe-se hoje que a abóbada da Casa mundo.
Capitular não é da autoria de Afonso Domingues, mas sim
Grupo III – Gramática
de Ouguet, podendo ter sido, eventualmente, reconstruída
por Martim Vasques, pois acredita-se que a lenda tenha 1. “mais alguns papéis de igual veracidade e
um fundo de verdade. importância” (l. 5).
“A Abóbada”, in www.mosteirobatalha.gov.pt/pt/index.php? 2. Mestre Ouguet prosseguiu, dizendo que tomara a
s=white&pid=194&identificador=bt153_pt (adaptado e com supressões, ousadia de seguir outro desenho no fechar da imensa
consult. em 01-11-2021)
abóbada que cobria o Capítulo.

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Testes de avaliação Palavra-chave, Português, 8.° ano

Teste 3 – Sugestão de resolução

3. Predicativo do complemento direto.


4.1. D. 4.2. C.
5.1. A. e B. orações subordinadas substantivas
completivas.
5.2. A. complemento oblíquo; B. complemento direto.
Grupo II – Escrita
1.1. Sugestão de resposta:
É muito comum ouvirmos dizer “O que é nacional é
bom.”, uma frase que tem como objetivo valorizar o que
é português, nomeadamente costumes e tradições que
não se devem perder.
Atualmente, o acesso a outras culturas está muito
facilitado. Isso é, sem dúvida, uma vantagem, pois
podemos ficar a conhecer tradições e hábitos de outros
países e, desta forma, enriquecer a nossa cultura. No
entanto, é importante que esta facilidade não implique
a desvalorização daquilo que é feito em Portugal. Se é
certo que vivemos num mundo global, também é
essencial conhecermos bem as nossas raízes: a nossa
história, os nossos monumentos, a nossa gastronomia,
a nossa tradição musical, entre outros.
No conto de Alexandre Herculano, verifica-se a
valorização e a proteção de um arquiteto português em
detrimento de um irlandês, tendo por base apenas a
sua origem, o que pode ser injusto. Se devemos
destacar e apreciar o que tem origem no nosso país,
também não devemos ignorar a qualidade do que vem
de outros países apenas por não ser nacional.
Para concluir, a globalização tornou possível o
acesso a diversas culturas, muitas delas distintas da
nossa. Devemos, sem dúvida, usufruir destas
vantagens, alargando os nossos conhecimentos, mas
protegendo e valorizando aquilo que faz parte da nossa
história para que esta jamais seja esquecida.
[216 palavras]

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