O documento descreve uma cantiga medieval portuguesa em que uma moça espera seu amado em uma ermida à beira-mar. Com a subida da maré, ela fica cercada pelas ondas e teme morrer afogada, sem ninguém para salvá-la ou ensiná-la a remar. O texto analisa como a cantiga transmite de forma simples o sentimento de solidão e inquietação da moça diante do mar em crescimento e da possibilidade de seu amado não aparecer.
O documento descreve uma cantiga medieval portuguesa em que uma moça espera seu amado em uma ermida à beira-mar. Com a subida da maré, ela fica cercada pelas ondas e teme morrer afogada, sem ninguém para salvá-la ou ensiná-la a remar. O texto analisa como a cantiga transmite de forma simples o sentimento de solidão e inquietação da moça diante do mar em crescimento e da possibilidade de seu amado não aparecer.
O documento descreve uma cantiga medieval portuguesa em que uma moça espera seu amado em uma ermida à beira-mar. Com a subida da maré, ela fica cercada pelas ondas e teme morrer afogada, sem ninguém para salvá-la ou ensiná-la a remar. O texto analisa como a cantiga transmite de forma simples o sentimento de solidão e inquietação da moça diante do mar em crescimento e da possibilidade de seu amado não aparecer.
a chegar; subindo entretanto a maré, ela vê-se cercada pelas ondas e teme morrer, pois não tem barqueiro para a socorrer, nem saber remar. A força poética desta cantiga reside em grande parte no modo como Mendinho nos consegue transmitir, a partir desta estrutura tão simples, o desamparo e a inquietação da moça, sozinha na pequena ilha, e tão receosa com a subida das ondas como com a possibilidade de o seu amigo faltar ao encontro - o que ela, note-se, nunca diz explicitamente. Neste sentido, a maré que sobe identifica- se, simbolicamente, com o seu estado psicológico: de paixão, de desejo e de frustração. As grandes ondas onde receia morrer. De resto, este clima emocional é ainda potenciado pela ambiguidade dos tempos verbais utilizados ao longo das estrofes (do imperfeito para o presente e futuro), e que deixam a cena suspensa num tempo indeterminado: estará a moça a recordar-se de um episódio passado (como poderíamos deduzir do uso do passado nas duas primeiras estrofes)? Nesse caso, como entender a mudança para o presente (nom hei) e para o futuro (morrerei) nas restantes estrofes?