Você está na página 1de 2

PROPOSTA DE CORREÇÃO DO TESTE REALIZADO A 25/10/2021

GRUPO l
A
1. O estado de espírito da donzela vai sofrendo um crescendo de intensidade à medida
que o tempo passa e o amigo não chega. Assim: - nas duas primeiras coblas, a donzela,
apaixonada, revela ansiedade, pois aguarda a chegada do amigo que tarda; nas coblas
três e quatro, o nervosismo apodera-se da donzela, uma vez que a maré está a subir, o
amigo não chega e não tem quem a socorra; não sabe remar, nem tem um barqueiro
que a ajude. Nas duas últimas coblas, instala-se a aflição e o desespero- a donzela tem
medo de morrer “fremosa” em alto mar.

2. Tópicos:
- O espaço físico constitui o cenário natural para o encontro entre a donzela e o amigo;
- A natureza- “ondas”, “mar”- representa uma ameaça para a donzela;
- O mar alteroso e a subida da maré traduzem, simbolicamente, o estado de espírito da
donzela, uma vez que se verifica um crescendo de ansiedade e de angústia, enquanto
aguarda pelo seu amigo.

3. No refrão desta cantiga, a repetição da forma verbal “atendendo” no gerúndio, realça,


por um lado, os sentimentos e as emoções da donzela, intensificando-os, e, por outro,
sugere a vivência prolongada da espera. Já as expressões “ermida de sam Simion” e
“cercaram-mi as ondas” atestam o isolamento do sujeito lírico, que se deslocou até à
ermida na ilha perto de Vigo, local de encontro, mas também espaço de culto.

1. Tópicos:
- a voz masculina do sujeito poético (v.1);
- o respeito pelo código de mesura, no tratamento da “senhor” (“mia senhor”- v.1);
- o amor tratado segundo o ideal de amor cortês- o elogio reiterado da beleza ímpar
da dama, como no segmento “Mui ben’a fez falar e entender/sobre quantas donas El
fez nacer,” (vv. 7-8), e a relação de vassalagem que se estabelece “Esta senhor que mi
em poder tem” (v.13), de acordo com o código da lírica provençal;
- a coita de amor, evidenciada no desespero/sofrimento do sujeito poético “por dar a
mim esta coita em que vou (v. 16).

2. A “senhor” é descrita como perfeita, a melhor de todas as donas que Deus “fez nacer”,
tendo os seguintes atributos e qualidades: graciosidade “tam fremosa” (v. 2); bom
senso “bom sem” (v. 2); eloquência, dotada de inteligência “Mui bem’a fez falar e
entender” (v.7).

3. A referência a Deus, nesta cantiga de amor, para além, de contribuir para a


hiperbolização das qualidades da dama , destaca, também a coita de amor e a submissão do sujeito
poético à mulher amada, presentes nos versos 1 e 13. Na verdade, ao longo da cantiga,
o sujeito poético reitera a convicção de que Deus a fez tão perfeita e única apenas por
um motivo: provocar-lhe sofrimento.

GRUPO ll

1.1 A; 1.2 C; 1.3 B; 1.4 A; 1.5 A; 1.6 C; 1.7 A

2. a) sujeito

b) modificador do nome apositivo

GRUPO lll

Você também pode gostar