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Teste 10.

º ano
novembro 2018

PROPOSTA DE CORREÇÃO

GRUPO I
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
A
1. Esta composição poética apresenta os sentimentos de um sujeito poético masculino.
Na verdade, o sujeito da enunciação exprime a sua saudade e o desejo de ver a mulher amada (“a
dona que eu amo”), fazendo, por isso, uma súplica a Deus para que lhe permita vê-la (“amostrade-
me-a, Deus, se vos en prazer for”), pois, de outro modo, prefere morrer. O seu amor é tal que a ama
mais do que a ele próprio, como refere no verso “Ai Deus que me-a fezeste mais ca min amar”.
Concluindo, nesta cantiga domina a mágoa de amor, que o “eu” incessantemente repete.

2. O sujeito poético destaca as qualidades da mulher amada.


De facto, a “dona” por quem o sujeito poético está apaixonado é caracterizada como: “A dona que
eu amo e tenho por senhor”, “A que tenh’eu por lume d’estes olhos meus”, “Essa que Vós fezestes
melhor parecer /de quantas sei” e “que me-a fezeste mais ca min amar”.
Na realidade, o sujeito realça o seu amor pela “dona” e caracteriza-a hiperbolicamente como a
melhor entre as melhores. Em suma, o “eu” enaltece de forma hiperbólica a sua “dona”.

3. Nesta cantiga, estão presentes vários recursos expressivos. Assim, a apóstrofe a Deus é um dos
recursos expressivos presentes na composição: “Deus” e “ai Deus”.
Através deste apelo, o sujeito evidencia o seu desespero e a necessidade de recorrer a uma
entidade superior para minorar o seu sofrimento de amor. Na caracterização da “dona” é utilizada a
hipérbole, realçando a atitude de vassalagem do sujeito poético: “Essa que Vós fezestes melhor
parecer de quantas sei”.
Em conclusão, os recursos expressivos contribuem para evidenciar os sentimentos do “eu”.

4. Esta composição insere-se na poesia trovadoresca e é uma cantiga de amor, pois apresenta um
sujeito masculino que expressa o seu amor por uma senhora: “A dona que eu am’ e tenho por
senhor”. O eu pede a Deus para morrer se não a puder ver: “amostrade-me-a, Deus, /se non dade-
me a morte”.
Assim, este poema contém algumas das características temáticas da cantiga de amor da lírica
medieval.

5. As cantigas de amigo e de amor integram a poesia trovadoresca.


Por um lado, na maioria das cantigas de amigo a natureza rural ou marítima é o cenário onde a
donzela exprime as suas angústias ou alegrias e assume, frequentemente, o papel de confidente, tal
como a mãe ou as amigas, dialogando com a jovem, acalmando as suas inseguranças.
Por outro lado, as cantigas de amor apresentam um sujeito masculino que expressa a sua “coita” de
amor por uma “senhor”, num cenário de corte, louvando a sua perfeição, que a distingue de todas as
outras.
Formalmente, as cantigas de amigo apresentam, geralmente, refrão e as cantigas de amor são
cantigas de mestria.
Concluindo, estes dois modelos demonstram a diversidade da lírica medieval, a nível temático e a
nível formal. (129 palavras)

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Teste 10.º ano
novembro 2018

GRUPO II
LEITURA / GRAMÁTICA

Item
1. D
2. B
3. C
4. B
5. A
6. B
7. A
8. Complemento agente da passiva
9. Epêntese do M
10. Oração subordinante: “as necessidades expressivas dos falantes também se modificarão”
Oração subordinada adverbial condicional: “Se as circunstâncias históricas, sociais e culturais
mudam – em algumas épocas paulatinamente, em outras quase abruptamente”.

Grupo III
ESCRITA
 Estruturação temática e discursiva (ETD)
 Correção linguística (CL)

Tópicos:

 conhecimento histórico
 valorização do passado e da memória
 preservação dos valores culturais (arquitetura, música, literatura, …)
 preservação de valores éticos (liberdade, justiça, …)
 herança de um povo
 identidade
 …

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