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Língua
Portuguesa
Ana Isabel Serpa
Conceição Martins do Vale
Henriqueta Sousa
LÍNGUA PORTUGUESA
© AREAL EDITORES
Apresentação
Uma vez que estás a iniciar o 2.º Ciclo e que o programa de Por-
tuguês foi alterado, podes servir-te deste caderno para tomares
conhecimento de alguns conteúdos de gramática que passaram a
designar-se de outra forma ou então para reveres alguma matéria
mais difícil.
A apresentação dos conteúdos gramaticais é acompanhada de
exemplos. Tens, igualmente, ao teu dispor exercícios para treino
porque, muitas vezes, se compreende melhor certos conceitos pela
prática do que por meio de definições.
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Índice
Plano fonológico 4
Vogal oral
Vogal nasal
Consoantes
Semivogais
Ditongo, ditongos orais, ditongos nasais, ditongo decrescente, ditongo crescente
Sílaba aberta, sílaba fechada
Sílaba tónica, sílaba átona
Monossílabo, dissílabo, trissílabo, polissílabo
Palavras agudas, graves e esdrúxulas
Plano morfológico 7
Palavras variáveis, palavras invariáveis
Flexão nominal
Flexão adjetival
Flexão pronominal
Flexão verbal
Palavra simples e palavra complexa
Radical, prefixo e sufixo
Derivação e composição
Plano das classes de palavras 16
Determinantes: artigo definido e indefinido; determinante possessivo e demonstrativo
Pronomes possessivos, demonstrativos e pessoais
Nomes: próprio, comum e comum coletivo
Quantificador numeral
Adjetivo qualificativo, adjetivo numeral
Verbo
Plano sintático 22
Frase simples, frase complexa
Tipos de frase
Frase e constituintes da frase
Grupo nominal e grupo verbal
Sujeito simples, sujeito composto, predicado e complemento direto
Plano lexical e semântico 25
Família de palavras
Sinonímia e antonímia
Significados diferentes de uma mesma palavra
Frase afirmativa, frase negativa
Tempo anterior, simultâneo e posterior
Plano discursivo e textual 28
Registo formal, registo informal
Diálogo
Discurso direto
Texto oral e texto escrito
Para comunicar bem
Princípio de cortesia
Formas de tratamento
Plano da representação gráfica e ortográfica 33
Acento agudo, grave e circunflexo
Hífen
Sinais auxiliares de escrita: parênteses curvos [( )] e aspas [« »]
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Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia – homonímia, homofonia, homografia,
paronímia
Configuração gráfica: espaço, margem, período, parágrafo
Formas de destaque: itálico, negrito, sublinhado
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Plano fonológico
Vogal oral
O som sai apenas pela boca:
a, e, i, o, u
Vogal nasal
O som é emitido pela boca e pela cavidade nasal. É assinalado
• pelo til
Ex.: lã; irmã; irmãzinha
• pelo acrescentamento de m antes de p ou b
Ex.: tempo, som
• pelo acrescentamento de n antes de todas as outras consoantes
Ex.: encomenda, onze, lindo
Consoantes
b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, y, z
Semivogais
ieu
A semivogal ocorre junto de uma vogal, formando com ela um
ditongo. Uma semivogal nunca recebe acento.
Ex.: pai, saio, quarto
Sequências de sons
Ditongo: sequência de uma vogal e de uma semivogal ( i ou u) no
interior de uma sílaba.
Ex.: baixo, mau, tia
Ditongos orais:
ai, ei, éi, oi, ói, ui
Ex.: Aida, feira, papéis, boi, lençóis, Rui
au, eu, éu, iu, ou
Ex.: pau, comeu, chapéu, fugiu, falou
Ditongos nasais:
ãe, ão, õe
Ex.: mãe, cão, põe
Formatos de sílabas
Sílaba aberta: sílaba que não termina em consoante.
Ex.: mala
Acento
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tónica
palavras agudas
razão, pontapé
(acentuadas na última sílaba, 1.ª a contar do fim)
palavras graves
abelha, agora
(acentuadas na penúltima sílaba, 2.ª a contar do fim)
palavras esdrúxulas
ângulo, género
(acentuadas na antepenúltima sílaba, 3.ª a contar do fim)
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EXERCÍCIOS
1. Classifica as palavras do quadro quanto ao número de sílabas,
assinalando com ✘ a opção correta.
Plano morfológico
Palavras variáveis
São aquelas que apresentam flexão, tais como os nomes e os
verbos.
Ex.: Certos pássaros voam de noite. (nome)
Agora leio livros que dantes não lia. (verbo)
Palavras invariáveis
São as que não se flexionam, tais como as preposições e as con-
junções.
Ex.: Vou até ali. (preposição)
Gosto de maçãs e de uvas. (conjunção)
Flexão nominal
Os nomes flexionam em género, número e grau.
plural.
Ex.: osso, ossos; fogo, fogos
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Flexão dos nomes em grau
Os nomes têm os seguintes graus: normal, aumentativo e dimi-
nutivo.
Ex.: casa, casarão, casinha
Flexão adjetival
Os adjetivos qualificativos também flexionam em género,
número e grau.
Género
Adjetivos biformes: possuem duas formas, uma para o femi-
nino e outra para o masculino.
Ex.: lindo, linda
Adjetivos uniformes: só têm uma forma para os dois géneros.
Ex.: feliz, agrícola, doce, fácil, exemplar
Número
O adjetivo pode estar no singular ou no plural.
Ex.: rapaz bonito, rapazes bonitos
A flexão em número dos adjetivos segue a regra da flexão em
número dos nomes (estuda esta matéria no Caderno Informativo,
na p. 205 do teu manual).
Grau
O grau pode ser normal, comparativo e superlativo.
Normal: alto
Comparativo: Superioridade – mais alto do que…
Igualdade – tão alto como…
Inferioridade – menos alto do que…
Superlativo – relativo de superioridade – o mais alto
– relativo de inferioridade – o menos alto
– absoluto sintético – altíssimo
– absoluto analítico – muito alto
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Flexão pronominal
Os pronomes flexionam em número, género e pessoa. No qua-
dro abaixo, são-te apresentados, a título de exemplo, os pronomes
possessivos. Repara que os pronomes têm singular e plural (meu,
meus); quanto à pessoa, têm três formas: primeira (meu), segunda
(teu) e terceira (seu); e possuem uma forma para o masculino e
outra para o feminino (nosso, nossa).
Pronomes possessivos
Singular Plural
Pessoa gramatical Masculino Feminino Masculino Feminino
1.ª meu minha meus minhas
Singular
Pronomes pessoais
Pessoa gramatical com função de sujeito
1.ª eu
Singular
2.ª tu
3.ª ele/ ela
1.ª nós
Plural
2.ª vós
3.ª eles/ elas
Pronomes demonstrativos
Singular Plural
Invariáveis
Masculino Feminino Masculino Feminino
este esta estes estas isto
esse essa esses essas isso
aquele aquela aqueles aquelas aquilo
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Os pronomes pessoais indicam:
– quem fala – a 1.ª pessoa: eu (singular), nós (plural);
– com quem se fala – 2.ª pessoa: tu (singular), vós (plural);
– de quem se fala – 3.ª pessoa: ele, ela (singular); eles, elas (plural).
este, esta, estes, estas, isto – indicam o que está perto da pes-
soa que fala.
Ex.: Esta sala é linda!
esse, essa, esses, essas, isso – designam o que está perto da
pessoa com quem se fala.
Ex.: Emprestas-me esses dois livros?
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo – referem o que está
afastado da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala.
Ex.: Aquele edifício que vês ao longe é um hotel.
Flexão verbal
Conjugação
Primeira conjugação: tem a vogal temática a no infinitivo.
Ex.: cantar, dançar, começar, amar
Segunda conjugação: tem a vogal temática e no infinitivo.
Ex.: dever, comer, aquecer
Terceira conjugação: tem a vogal temática i no infinitivo.
Ex.: partir, dormir, servir
(os verbos pôr, apor, repor, supor pertencem à 2.ª conjugação,
pois em latim terminavam em –er)
TEMPO
Os verbos flexionam nos seguintes tempos verbais: presente,
pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito
e futuro.
O tempo indica se o acontecimento se situa no passado, no
presente ou no futuro.
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Exemplos:
Repara no início deste poema de Mário Castrim, intitulado “Mãe”:
De noite
ouvi barulho O poeta conta o que ele
na cozinha. fez numa determinada
noite, utilizando o preté-
Levantei-me.
rito perfeito do indicativo.
Fui ver.
A mãe passava a ferro O poeta descreve o que
os calções que eu devia a mãe estava a fazer,
levar à escola. recorrendo ao pretérito
imperfeito do indicativo.
MODO
Há quatro modos verbais: o indicativo, o conjuntivo, o impera-
tivo e o condicional. O modo apresenta a atitude do falante em rela-
ção ao que está a dizer. Esta atitude pode ser de certeza, de dúvida,
de ordem, de suposição, etc.
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Modo conjuntivo – apresenta a ação ou estado como possibilidade
ou dúvida.
Ex.: Se eu estudasse, seria boa aluna.
Talvez vá contigo ao cinema.
PESSOA
Os verbos variam em pessoa gramatical: a primeira, a segunda
e a terceira. A pessoa está relacionada com o sujeito.
Ex.: Ele está doente.
Nós gostamos de comer.
NÚMERO
Os verbos também variam em número, pois têm singular e plu-
ral. Repara na conjugação do verbo cantar no presente do indica-
tivo:
Número Pessoa
1.ª (eu) canto
Singular
Derivação
É um processo de formação de palavras que consiste em juntar
um afixo a uma forma de base. Em português, a derivação é, sobre-
tudo, realizada por sufixação.
Ex.: velozmente, facilmente, amoroso, lindíssimo…
Composição
Processo de formação de palavras que consiste em associar
duas ou mais formas de base.
Pode-se juntar um radical com uma palavra como em [luso-
-americano] ou adicionar duas ou mais palavras como em [pica-
-pau], [guarda-sol], [surdo-mudo].
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EXERCÍCIOS
1. Passa para o plural os nomes que se seguem, agrupando-os de
acordo com o que te é solicitado.
ananás túnel armazém sótão paul canal açúcar eleição álcool
réptil porta-voz papel íman pão capital obra-prima álbum
4. Escreve:
– o verbo dever no pretérito imperfeito do indicativo na 3.ª pes-
soa do plural;
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Plano das classes de palavras
Determinantes e pronomes
Artigos definidos e indefinidos
São uma subclasse dos determinantes.
Artigos definidos Artigos indefinidos
Singular Plural Singular Plural
Masculino o os um uns
Feminino a as uma umas
Pronomes possessivos
Repara, agora, nestas frases:
Aquela casa que ali vês é minha.
Leva este livro porque é teu.
Juntem os brinquedos e cada um leve para casa os seus.
Se este jardim fosse vosso, podiam enchê-lo de flores.
Determinantes demonstrativos
Determinantes demonstrativos
Singular Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino
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Pronomes demonstrativos
Pronomes demonstrativos
Invariáveis Variáveis
Singular Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino
isto este esta estes estas
isso esse essa esses essas
aquilo aquele aquela aqueles aquelas
o a os as
Pronomes pessoais
Os rapazes brincam na praia. Eles apanham conchas e búzios.
A Maria procurou os livros durante toda a manhã, mas só os
encontrou à tarde.
No aeroporto, disse adeus aos meus pais e desejei-lhes boa
viagem.
vos + o (a) = vo-lo, vo-la (vo-los, vo-las) Dou-vos um bom conselho. Dou-vo-lo.
Nomes
Nome próprio:
– designa um ser ou coisa de forma individualizada;
– escreve-se com letra maiúscula.
Ex.: O João passeou no rio Douro.
Nome comum:
– designa um ser ou coisa que não é individualizada.
Ex.: Os cães saíram do canil.
Quantificador numeral
Vem antes de um nome e indica uma quantidade numérica
precisa. Os quantificadores numerais são:
– cardinais: um, dois, dezanove, cem
– multiplicativos: o dobro, o triplo, o quádruplo, o quíntuplo
– fracionários: metade, um terço, onze avos
Adjetivo qualificativo
Exprime a qualidade de um nome.
Pode ocorrer à direita ou à esquerda do nome.
Ex.: Vivo numa casa grande.
É uma grande casa!
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Adjetivo numeral
Palavra tradicionalmente classificada como numeral ordinal.
Atribui ao nome uma ordem ou sucessão dentro de uma série.
Ex.: O Eduardo foi o terceiro atleta a entrar em competição.
Verbo
É uma classe de palavras que:
– seleciona um sujeito.
Ex.: O Manuel trabalha no hospital.
– seleciona complementos.
Ex.: Eu dei-lhes um presente.
– indica uma ação realizado pelo sujeito.
Ex.: As minhas amigas comem fruta.
EXERCÍCIOS
1. Identifica a subclasse das palavras sublinhadas, seguindo o
exemplo.
4. Lê este texto.
“ – De que forma é que a poluição que está a haver na minha
terra poderá afetar os seus habitantes?
– A poluição mais simples afeta os vossos pulmões e enfra-
quece o vosso corpo de tal forma que fica sem defesas contra
as doenças. O alumínio e o chumbo na água danificam o cére-
bro e os nervos. O ozono causa problemas de garganta e nariz.
O monóxido de carbono lançado pelos carros provoca dores de
cabeça e sonolência. O excesso de gás carbónico poderá
mesmo modificar o clima de um país.”
Maria da Conceição Galveia Ferreira, Um Sonho no Fundo do Mar, Verbo
Retira do texto:
– um adjetivo no grau superlativo relativo de superioridade;
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Plano sintático
Frase simples
É formada por uma oração e tem apenas um verbo.
Ex.: Estudo todos os dias.
Frase complexa
É constituída por duas ou mais orações e tem, por isso, mais do que
um verbo.
Ex.: Não vim à escola porque estava doente.
Eu saí de casa e apanhei logo o autocarro.
Tipos de frase
Tipo de frase Sentido Exemplo
frase Apresentar factos, transmitir – Lavo sempre as mãos antes
declarativa informações, exprimir ideias das refeições.
frase Expressar sentimentos e emoções – Oh! Que belo quadro!
exclamativa
frase Formular uma pergunta – Emprestas-me o teu livro?
interrogativa
frase Dar uma ordem – Fecha a porta, por favor.
imperativa
Frase e constituintes da frase
A frase é constituída por dois grupos essenciais: o grupo nomi-
nal e o grupo verbal.
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Funções sintáticas
Sujeito simples
É constituído apenas por um grupo nominal.
Ex.: O cão ladrou muito.
Sujeito composto
É formado por dois ou mais grupos nominais (a), por dois ou
mais pronomes (b) ou por um pronome e um grupo nominal (c).
Ex.: a) O Rui e o António cortaram a relva.
b) Eu e tu somos bastante educados.
c) Ele e o tio foram ao hipermercado.
Predicado
Função sintática desempenhada pelo grupo verbal.
Ex.: Ele fez todos os trabalhos de casa.
Complemento direto
– é selecionado pelo verbo;
– é um grupo nominal que pode ser substituído pelos prono-
mes o, a, os, as.
– é selecionado por um verbo transitivo direto.
Exemplos:
Eles ajudam os pais. Este aluno apresentou um livro.
Complemento direto:
televisão
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EXERCÍCIOS
1. Classifica as frases seguintes quanto ao tipo.
Frase Tipo
O António é bom rapaz.
– Estás cada vez mais bonito !
– Porque não trouxeste o manual?
– Não te sentes aí!
– Que linda manhã!
Família de palavras
Conjunto das palavras formadas por derivação ou composição
a partir de um radical comum.
“terra”, “terreno”, “aterrar”, “aterragem”, “terraplanar” são pala-
vras da mesma família.
Sinónimos Antónimos
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Significados diferentes de uma mesma palavra
Uma palavra pode ocorrer em diversos contextos e com dife-
rentes significados. Repara nos vários sentidos da palavra “estrela”.
Significado Exemplo
corpo celeste cintilante, com luz e
calor próprios, que parece estar fixo O Sol é uma estrela.
no firmamento
sinal convencional para classificar Este filme foi classificado com uma
estrela
Tempo simultâneo
a) Tu entraste em minha casa quando eu estava a lavar a loiça.
Esta frase refere um acontecimento (entraste) que ocorreu ao
mesmo tempo que outro (estava a lavar a loiça).
b) A Ana está a estudar agora.
Esta frase é dita no momento em que a Ana está a estudar, por
isso a fala é simultânea da ação.
Tempo posterior
Depois de sair da tua casa, irei fazer compras.
Neste enunciado, o falante refere uma ação que vai ser reali-
zada num tempo futuro.
EXERCÍCIOS
1. Indica o sentido das palavras destacadas a negro.
O pão é um alimento necessário.
É daquele emprego que ele garante o pão à família.
Naquele dia o céu estava azul.
Vivemos num céu.
2. Agrupa os antónimos.
tarde expirar
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Plano discursivo e textual
Registo formal e registo informal
Repara nestas duas situações de comunicação.
A B
Registo formal Registo informal
“[…] O médico viu-o, exami- O Pedro pediu ao irmão:
nou-o com todo o cuidado – Por favor, passa na farmá-
e, no fim, perante a ansie- cia onde a gente costuma ir
dade da Marcela, disse: e compra-me aspirina. Estou
– Vá aviar esta receita à far- com umas dores de cabeça
mácia, e dê-lhe os remédios que nem imaginas! Toma lá a
tal qual eu vou dizer. E torne massa.
cá para a semana.”
Papiniano Carlos, Era uma vez…,
Campo das Letras
Em A:
– a situação é formal;
– a relação entre o falante e o seu interlocutor é distante;
– a linguagem é formal, o que se nota sobretudo pelo tempo
verbal utilizado na 3.ª pessoa (Vá, dê, torne) e pelo recurso a
expressões que o médico utiliza como “aviar uma receita”.
Em B:
– a situação é informal;
– a relação entre o falante e o seu interlocutor é próxima, pois
eles são irmãos;
– a linguagem é informal: a expressão “a gente” em vez de
“nós”; o verbo no imperativo (passa, compra, toma); o
emprego da palavra “massa” em vez de dinheiro.
Podes concluir que:
– o registo formal é utilizado quando os falantes têm uma rela-
ção distante, que tem a ver com a sua idade, o grau de instru-
ção ou a relação social, como é o caso do médico e do doente;
– o registo informal é utilizado sempre que os falantes têm
uma relação mais íntima e de confiança.
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Comunicação
Diálogo
É o mesmo que conversação: duas pessoas falam e vão alter-
nando os seus papéis – quem fala também escuta e vice-versa. Esta
tira de banda desenhada ilustra um curto diálogo entre a Mafalda e
a mãe.
Discurso direto
Às falas das pessoas e das personagens chamamos discurso
direto.
Deram uma volta pela cidade durante meia hora, depois dirigi-
ram-se de novo à escola. Quando desciam uma rua, Magda murmu-
rou de repente para Alex:
– Esta é a rua do Xavier, não é?
Ela tinha razão.
– Qual é a casa dele? – murmurou Alex também.
– Não tenho a certeza; creio que é aquela com o … Oh, pare
o carro!
Paula carregou nos travões e quase derrapou, e o Sr. Palmito
exclamou:
– Qual é o problema?
Louise Cooper, Criaturas – Se Fores ao Bosque, Publicações Europa-América
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Para dar uma resposta – ripostar, responder, replicar, retorquir,
explicar;
Para apresentar um tom de voz – murmurar, segredar, sussur-
rar, gritar;
Para exprimir admiração – espantar, exclamar, admirar, sur-
preender;
Para expressar uma ordem – pedir, solicitar, mandar, determi-
nar, ordenar;
Para indicar uma sugestão – sugerir, propor, aconselhar, reco-
mendar, concordar, discordar.
Os verbos declarativos
O João perguntou à Maria: podem surgir:
– Já viste o filme Toy Story 3? – antes da fala
– Ainda está em exibição? – quis
saber a Maria – Gostava bas-
– no meio da fala
tante de ir.
– Então vamos! – sugeriu o
João. – depois da fala
Texto escrito
Os livros provam bem que a oralidade é diferente da escrita. Os
escritores planificam o que escrevem e elaboram as frases com cui-
dado. Lê esta passagem do livro Henriqueta, a Tartaruga de Darwin,
escrito por José Jorge Letria.
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Para comunicar bem
É muito importante saber manter uma conversa com outra pes-
soa. Para isso, é preciso cumprir certas regras: só se deve dizer a ver-
dade; os assuntos têm de ser apresentados de forma clara e sem
desvios nem demasiados pormenores.
Quando falamos com alguém, temos de seguir o princípio de
cortesia, ou seja, devemos:
– esforçar-nos por não interromper o nosso interlocutor;
– estar atentos ao que ele diz;
– evitar o silêncio;
– ter o cuidado de nunca o insultar nem o acusar;
– saber falar de forma suave e educada, sem exigências e com
um tom de voz baixo.
Formas de tratamento
Numa das situações de comunicação que te é apresentada
acima, reparaste, com certeza, na forma de tratamento utilizada
pelo rapaz ao dirigir-se ao homem idoso que lhe pede ajuda. De
forma delicada, ele trata-o por “senhor”.
A forma de tratamento depende da maior ou menor intimidade
e do maior ou menor deferência que existe entre duas pessoas
numa situação de comunicação.
Exemplo: Principais
– Bom dia, senhora professora! formas de tratamento:
Pode tirar-me uma dúvida? maior intimidade: tu
– Com certeza, Joana, diz lá! menor intimidade: você
maior deferência: o senhor, a
senhora
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Plano da representação
gráfica e ortográfica
Acentos gráficos
O acento pode ser agudo ( ´ ), grave ( ` ) e circunflexo ( ^ ).
1. O acento agudo serve para assinalar:
– as vogais tónicas a, e e o: há, herói, maré
– as vogais tónicas i e u: terrível, açúcar
2. O acento grave é utilizado para indicar a contração da prepo-
sição a com a forma feminina do artigo definido (a, as) e com os
determinantes e pronomes demonstrativos, aquele(s) e aquilo:
à àquele (s) àquelas àquilo
3. O acento circunflexo serve para assinalar a síliaba tónica com
vogal média:
âncora avô pêssego tâmara vê
Hífen
É um sinal gráfico que:
– liga os elementos de uma palavra composta: guarda-chuva;
porta-bagagem;
– liga pronomes às formas verbais: dás-lhe, lava-o;
– indica a translineação: es-/cola.
Sinais auxiliares de escrita: parênteses curvos [( )] e aspas [« »]
Nesta passagem, o autor utiliza as aspas para assinalar o pensa-
mento da personagem:
Tinha deixado a janela do quarto encostada, para entrar em casa
sem ninguém dar por isso. Saltou sem fazer barulho e meteu-se na cama.
«Não vou conseguir dormir nada!»
E, pela primeira vez na vida, o Chico desejou ardentemente que
amanhecesse depressa para ir para a escola!
Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, Uma Aventura na Cidade, Caminho
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Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia – homonímia,
homofonia, homografia, paronímia
Homonímia: relação entre palavras que se escrevem e pronunciam
da mesma maneira, mas têm significados diferentes.
As palavras canto (verbo cantar, presente do indicativo, 1.ª pessoa
do singular) e canto (nome masculino) são homónimas.
Homofonia: relação entre palavras que se pronunciam da mesma
forma, mas se escrevem de modo diferente.
Ex.: cem/sem; conselho/concelho; coze/cose.
Homografia: relação entre palavras que se escrevem da mesma
maneira, mas se pronunciam de forma diferente.
Ex.: sabia/sábia; sede (tenho sede)/ sede (do partido).
Paronímia: relação entre palavras que se escrevem de modo seme-
lhante, mas têm sentidos diferentes.
Ex.: comprimento/cumprimento; dispensa/despensa
EXERCÍCIOS
1. Completa o quadro com as palavras adequadas.
Soluções
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p. 6
1. bem – monossílabo; nosso – dissílabo; pêssegos – trissílabo; infelizmente – polissílabo;
sexto – dissílabo
2. vogais orais: faz, nomes, letras;
vogais nasais: limpo; enfeites; acampar; chumbo
p. 14
1. pães, eleições, sótãos; armazéns, álbuns, ímanes; açúcares, ananases; répteis, álcoois, capitais,
canais, pauis, túneis, papéis; porta-vozes, obras-primas
2. pão, irmão, grão, mãe, cidadão, cristão, mão
3.1. gata, gatona, gatinha
3.2. O leão é o animal mais feroz de todos.
3.3. por derivação: ferozmente, enfarinha, involuntariamente, infeliz, descontraído, amoroso;
por composição: guarda-redes, trabalhador-estudante, feijão-verde
4. deviam; garantirás; andámos; começamos
5.1. As formas verbais: vivia, chegou, viu
5.2. O pretérito imperfeito do indicativo
p. 20
1. os: artigo definido; nos: pronome pessoal; a: pronome demonstrativo; alta/redonda: adjetivos
qualificativos
2. Este segundo teste correu-me melhor.
O nosso primeiro encontro foi ontem.
p. 21
3. a) magrinho, magrinho; b) alto, alto; c) mau, mau; d) loira, loira; e) rica, rica
4. dois determinantes possessivos: minha, vossos; três nomes comuns: pulmões, alumínio, chumbo;
duas formas verbais: causa, poderá; um adjetivo no grau superlativo relativo de superioridade: a
poluição mais simples
5. a) O Pedro ofereceu-o. b) O professor pediu-lhes os trabalhos. c) Ela arrumou o quarto. d) Ela
deu-lhos. e) Ele emprestou-lhe a bicicleta. f) A professora deu-ma.
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1. frase declarativa; frase exclamativa; frase interrogativa; frase imperativa; frase exclamativa
2. a) nome: escritor; b) nome: irmãs
3. a) canta fado; b) eram ruidosas
4.1./4.2. sujeito simples: Estes testes; Ele; sujeito composto: A avó e a neta; Eu e os meus pais; O Vasco e
o Manuel
5. Têm complemento direto as frases a), d) e f).
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1. 1.ª frase: alimento; 2.ª frase: sustento; 3.ª frase: espaço onde estão os astros; paraíso, local tran-
quilo e feliz
2. dia/noite; inspirar/expirar; cedo/tarde; anoitecer/amanhecer; fim/princípio
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1. concelho/conselho: palavras homófonas; nós/noz: palavras homófonas; este/este: palavras
homógrafas; ópera/opera: palavras homógrafas
2. a) Visão Júnior; b) skate