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2.º CICLO DO ENSINO BÁSICO | 5.º ANO

Língua
Portuguesa
Ana Isabel Serpa
Conceição Martins do Vale
Henriqueta Sousa

LÍNGUA PORTUGUESA

CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS


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2 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Apresentação

Uma vez que estás a iniciar o 2.º Ciclo e que o programa de Por-
tuguês foi alterado, podes servir-te deste caderno para tomares
conhecimento de alguns conteúdos de gramática que passaram a
designar-se de outra forma ou então para reveres alguma matéria
mais difícil.
A apresentação dos conteúdos gramaticais é acompanhada de
exemplos. Tens, igualmente, ao teu dispor exercícios para treino
porque, muitas vezes, se compreende melhor certos conceitos pela
prática do que por meio de definições.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 3

Índice
Plano fonológico 4
Vogal oral
Vogal nasal
Consoantes
Semivogais
Ditongo, ditongos orais, ditongos nasais, ditongo decrescente, ditongo crescente
Sílaba aberta, sílaba fechada
Sílaba tónica, sílaba átona
Monossílabo, dissílabo, trissílabo, polissílabo
Palavras agudas, graves e esdrúxulas
Plano morfológico 7
Palavras variáveis, palavras invariáveis
Flexão nominal
Flexão adjetival
Flexão pronominal
Flexão verbal
Palavra simples e palavra complexa
Radical, prefixo e sufixo
Derivação e composição
Plano das classes de palavras 16
Determinantes: artigo definido e indefinido; determinante possessivo e demonstrativo
Pronomes possessivos, demonstrativos e pessoais
Nomes: próprio, comum e comum coletivo
Quantificador numeral
Adjetivo qualificativo, adjetivo numeral
Verbo
Plano sintático 22
Frase simples, frase complexa
Tipos de frase
Frase e constituintes da frase
Grupo nominal e grupo verbal
Sujeito simples, sujeito composto, predicado e complemento direto
Plano lexical e semântico 25
Família de palavras
Sinonímia e antonímia
Significados diferentes de uma mesma palavra
Frase afirmativa, frase negativa
Tempo anterior, simultâneo e posterior
Plano discursivo e textual 28
Registo formal, registo informal
Diálogo
Discurso direto
Texto oral e texto escrito
Para comunicar bem
Princípio de cortesia
Formas de tratamento
Plano da representação gráfica e ortográfica 33
Acento agudo, grave e circunflexo
Hífen
Sinais auxiliares de escrita: parênteses curvos [( )] e aspas [« »]
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Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia – homonímia, homofonia, homografia,
paronímia
Configuração gráfica: espaço, margem, período, parágrafo
Formas de destaque: itálico, negrito, sublinhado
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Plano fonológico
Vogal oral
O som sai apenas pela boca:
a, e, i, o, u

Vogal nasal
O som é emitido pela boca e pela cavidade nasal. É assinalado
• pelo til
Ex.: lã; irmã; irmãzinha
• pelo acrescentamento de m antes de p ou b
Ex.: tempo, som
• pelo acrescentamento de n antes de todas as outras consoantes
Ex.: encomenda, onze, lindo

Consoantes
b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, y, z

Semivogais
ieu
A semivogal ocorre junto de uma vogal, formando com ela um
ditongo. Uma semivogal nunca recebe acento.
Ex.: pai, saio, quarto

Sequências de sons
Ditongo: sequência de uma vogal e de uma semivogal ( i ou u) no
interior de uma sílaba.
Ex.: baixo, mau, tia

Ditongos orais:
ai, ei, éi, oi, ói, ui
Ex.: Aida, feira, papéis, boi, lençóis, Rui
au, eu, éu, iu, ou
Ex.: pau, comeu, chapéu, fugiu, falou

Ditongos nasais:
ãe, ão, õe
Ex.: mãe, cão, põe

Ditongo decrescente: sequência no interior de uma sílaba, consti-


tuída por uma vogal e uma semivogal.
Ex.: xaile, amei, carapau
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 5

Ditongo crescente: sequência no interior de uma sílaba, constituída


por uma semivogal e uma vogal.
Ex.: quarto, piada, aguarela

Grupo consonântico: é constituído por duas consoantes seguidas


que pertencem à mesma sílaba.
Ex.: flora, primo, psicologia

Classificação das sílabas


A sílaba é a combinação de sons de uma palavra pronunciados
numa só emissão de voz.

Formatos de sílabas
Sílaba aberta: sílaba que não termina em consoante.
Ex.: mala

Sílaba fechada: sílaba que termina em consoante.


Ex.: poder

Propriedades acentuais das sílabas


Sílaba tónica: é pronunciada com mais intensidade.
Ex.: telefone

Sílaba átona: é pronunciada com menos intensidade.


Ex.: pata

Classificação das palavras quanto ao número de sílabas


monossílabo (uma só sílaba) cão
dissílabo (duas sílabas) chapéu
trissílabo (três sílabas) amora, espada
polissílabos (mais de três sílabas) estômago

Acento
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tónica
palavras agudas
razão, pontapé
(acentuadas na última sílaba, 1.ª a contar do fim)
palavras graves
abelha, agora
(acentuadas na penúltima sílaba, 2.ª a contar do fim)
palavras esdrúxulas
ângulo, género
(acentuadas na antepenúltima sílaba, 3.ª a contar do fim)
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EXERCÍCIOS
1. Classifica as palavras do quadro quanto ao número de sílabas,
assinalando com ✘ a opção correta.

Monossílabo Dissílabo Trissílabo Polissílabo


bem
nosso
pêssegos
infelizmente
sexto

2. Identifica as vogais destacadas a negro, assinalando com ✘ a


opção correta.

Vogais orais Vogais nasais


limpo
faz
enfeites
nomes
letras
acampar
chumbo

3. A entoação pode ser declarativa, interrogativa, exclamativa e


imperativa. Lê estas frases, entoando-as corretamente:

Esta manhã, eu estudei bastante.


Credo! Onde arranjaste esta máscara?
Queres vir almoçar à minha casa?
Vá lá! Aceita! Não digas que não!

4. Utiliza uma entoação declarativa, interrogativa e exclamativa


ao leres a frase: “A sala está vazia.”
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 7

Plano morfológico
Palavras variáveis
São aquelas que apresentam flexão, tais como os nomes e os
verbos.
Ex.: Certos pássaros voam de noite. (nome)
Agora leio livros que dantes não lia. (verbo)

Palavras invariáveis
São as que não se flexionam, tais como as preposições e as con-
junções.
Ex.: Vou até ali. (preposição)
Gosto de maçãs e de uvas. (conjunção)

Flexão nominal
Os nomes flexionam em género, número e grau.

Flexão dos nomes em género


A maioria dos nomes termina em –o e forma o feminino substi-
tuindo o –o final da palavra por –a.
Ex.: gato, gata; aluno, aluna
No entanto, o feminino pode formar-se seguindo outras regras
(estuda esta matéria no Caderno Informativo, na p. 204 do teu manual).

Flexão dos nomes em número


A maioria dos nomes têm singular e plural.
Ex.: homem/homens; cão/cães; cristão/cristãos; armazém/armazéns

1. Há nomes que só se usam no singular.


Ex.: É melhor ires passar férias ao Sul.
As algas são muito usadas na medicina.

2. Outros nomes só se usam no plural.


Ex.: Vou deixar os meus bens aos meus filhos.
Tenho muitas cócegas.

3. Outros, ainda, têm significação diferente no singular e no plural.


Ex.: água, águas; pai, pais; ar, ares; óculo, óculos; prata, pratas

4. E outros têm a mesma forma para o singular e para o plural.


Ex.: Empresta-me o teu lápis.
Tenho uma caixa de lápis de cor.

5. Em geral, a vogal que é fechada no singular deve ser aberta no


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plural.
Ex.: osso, ossos; fogo, fogos
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Flexão dos nomes em grau
Os nomes têm os seguintes graus: normal, aumentativo e dimi-
nutivo.
Ex.: casa, casarão, casinha

1. O aumentativo pode exprimir a ideia de grandeza (como em


casarão) ou uma ideia negativa.
Ex.: mulheraça, carantonha, dentuça

2. O diminutivo expressa a pequenez (como em casinha), mas


também significa carinho, desprezo ou ofensa.
Ex.: mãezinha, livreco, rapazola

Flexão adjetival
Os adjetivos qualificativos também flexionam em género,
número e grau.

Género
Adjetivos biformes: possuem duas formas, uma para o femi-
nino e outra para o masculino.
Ex.: lindo, linda
Adjetivos uniformes: só têm uma forma para os dois géneros.
Ex.: feliz, agrícola, doce, fácil, exemplar

Número
O adjetivo pode estar no singular ou no plural.
Ex.: rapaz bonito, rapazes bonitos
A flexão em número dos adjetivos segue a regra da flexão em
número dos nomes (estuda esta matéria no Caderno Informativo,
na p. 205 do teu manual).

Grau
O grau pode ser normal, comparativo e superlativo.
Normal: alto
Comparativo: Superioridade – mais alto do que…
Igualdade – tão alto como…
Inferioridade – menos alto do que…
Superlativo – relativo de superioridade – o mais alto
– relativo de inferioridade – o menos alto
– absoluto sintético – altíssimo
– absoluto analítico – muito alto
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 9

Flexão pronominal
Os pronomes flexionam em número, género e pessoa. No qua-
dro abaixo, são-te apresentados, a título de exemplo, os pronomes
possessivos. Repara que os pronomes têm singular e plural (meu,
meus); quanto à pessoa, têm três formas: primeira (meu), segunda
(teu) e terceira (seu); e possuem uma forma para o masculino e
outra para o feminino (nosso, nossa).

Pronomes possessivos
Singular Plural
Pessoa gramatical Masculino Feminino Masculino Feminino
1.ª meu minha meus minhas
Singular

2.ª teu tua teus tuas


3.ª seu sua seus suas
1.ª nosso nossa nossos nossas
Plural

2.ª vosso vossa vossos vossas


3.ª seu sua seus suas

Pronomes pessoais
Pessoa gramatical com função de sujeito
1.ª eu
Singular

2.ª tu
3.ª ele/ ela
1.ª nós
Plural

2.ª vós
3.ª eles/ elas

Pronomes demonstrativos
Singular Plural
Invariáveis
Masculino Feminino Masculino Feminino
este esta estes estas isto
esse essa esses essas isso
aquele aquela aqueles aquelas aquilo
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Os pronomes pessoais indicam:
– quem fala – a 1.ª pessoa: eu (singular), nós (plural);
– com quem se fala – 2.ª pessoa: tu (singular), vós (plural);
– de quem se fala – 3.ª pessoa: ele, ela (singular); eles, elas (plural).

Os pronomes demonstrativos variam em género e número e


situam os seres e os objetos relativamente às pessoas gramaticais.

este, esta, estes, estas, isto – indicam o que está perto da pes-
soa que fala.
Ex.: Esta sala é linda!
esse, essa, esses, essas, isso – designam o que está perto da
pessoa com quem se fala.
Ex.: Emprestas-me esses dois livros?
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo – referem o que está
afastado da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala.
Ex.: Aquele edifício que vês ao longe é um hotel.

Flexão verbal
Conjugação
Primeira conjugação: tem a vogal temática a no infinitivo.
Ex.: cantar, dançar, começar, amar
Segunda conjugação: tem a vogal temática e no infinitivo.
Ex.: dever, comer, aquecer
Terceira conjugação: tem a vogal temática i no infinitivo.
Ex.: partir, dormir, servir
(os verbos pôr, apor, repor, supor pertencem à 2.ª conjugação,
pois em latim terminavam em –er)

Categorias relevantes para a flexão dos verbos


Os verbos flexionam em tempo, modo, pessoa e número.
Ex.: a forma verbal partireis encontra-se flexionada em tempo
(futuro), modo (indicativo), pessoa (segunda) e número
(plural).

TEMPO
Os verbos flexionam nos seguintes tempos verbais: presente,
pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito
e futuro.
O tempo indica se o acontecimento se situa no passado, no
presente ou no futuro.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 11

Exemplos:
Repara no início deste poema de Mário Castrim, intitulado “Mãe”:
De noite
ouvi barulho O poeta conta o que ele
na cozinha. fez numa determinada
noite, utilizando o preté-
Levantei-me.
rito perfeito do indicativo.
Fui ver.
A mãe passava a ferro O poeta descreve o que
os calções que eu devia a mãe estava a fazer,
levar à escola. recorrendo ao pretérito
imperfeito do indicativo.

Lê este diálogo entre o computador e o livro:


– Porque te deu agora para cho-
rar? – perguntou o computador.
– Porque me sinto muito só e O livro explica o que se
triste e porque não consigo passa consigo no mo-
mento em que fala com
dormir – respondeu o livro […]
o computador. Usa, por
José Jorge Letria, isso, o presente do indi-
O Livro que só Queria Ser Lido, Texto Editores
cativo.

Atenta nesta passagem em que o Pai Natal fala com a rena


Rodolfo:

“ – Serás tu quem vai este ano


distribuir as prendas. Vai a cada
cidade da Terra saber os pedi-
dos de todos os seus habitantes.
Escolherás apenas o mais belo O Pai Natal comunica à
pedido em cada cidade e só Rena as ações que ela irá
esse será satisfeito.” realizar, daí que utilize,
José Fanha, sobretudo, o futuro do
Zulaida e o Poeta e Outras Histórias, Gailivro indicativo.

MODO
Há quatro modos verbais: o indicativo, o conjuntivo, o impera-
tivo e o condicional. O modo apresenta a atitude do falante em rela-
ção ao que está a dizer. Esta atitude pode ser de certeza, de dúvida,
de ordem, de suposição, etc.

Modo indicativo – apresenta a ação ou estado como real.


Ex.: O Pedro canta todos os dias.
(ou: cantou ontem; cantará amanhã)
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12 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Modo conjuntivo – apresenta a ação ou estado como possibilidade
ou dúvida.
Ex.: Se eu estudasse, seria boa aluna.
Talvez vá contigo ao cinema.

Modo imperativo – apresenta a ação ou estado como conselho,


pedido ou ordem.
Ex.: Lê antes de te deitares, olha que é bastante relaxante!
Ó Ana, anda cá!

Modo condicional – indica incerteza e serve para expressar um


desejo, um pedido ou um acontecimento que depende da realiza-
ção de uma condição.
Ex.: Se eu fosse rico, viajaria por todo o mundo.
Gostaria de ir contigo à festa de anos da Maria.

PESSOA
Os verbos variam em pessoa gramatical: a primeira, a segunda
e a terceira. A pessoa está relacionada com o sujeito.
Ex.: Ele está doente.
Nós gostamos de comer.

No modo imperativo, os verbos não variam em tempo nem em


pessoa e possuem apenas a 2.ª pessoa do singular e do plural.
Ex.: Anda comigo!
Fechai a porta!

NÚMERO
Os verbos também variam em número, pois têm singular e plu-
ral. Repara na conjugação do verbo cantar no presente do indica-
tivo:

Número Pessoa
1.ª (eu) canto
Singular

2.ª (tu) cantas


3.ª (ele, ela) canta
1.ª (nós) cantamos
Plural

2.ª (vós) cantais


3.ª (eles, elas) cantam
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 13

Processos de formação de palavras

Palavra simples: é formada por um único radical; não é derivada


nem composta.
Ex.: feliz, casa
Palavra complexa: é formada por derivação ou por composição.
Ex.: felizmente, guarda-chuva
Radical: é a raiz da palavra.
Ex.: o radical de [casa] é [cas]; o radical de [carro] é [carr]; o radi-
cal de [lindo] é [lind]; o radical de [canta] é [cant]
Prefixo: encontra-se à esquerda da forma de base.
Ex.: em [infeliz], o prefixo é in; em [despreocupado], o prefixo é des
Sufixo: encontra-se à direita da forma de base.
Ex.: em [falamos], mos é sufixo; em [casinha], inha é sufixo

Derivação
É um processo de formação de palavras que consiste em juntar
um afixo a uma forma de base. Em português, a derivação é, sobre-
tudo, realizada por sufixação.
Ex.: velozmente, facilmente, amoroso, lindíssimo…

A derivação faz-se por:


Prefixação – é um processo que consiste em juntar um prefixo, que
é colocado à esquerda de uma forma de base.
Ex.: refazer, despreocupado, insatisfeito
Sufixação – é um processo que consiste em juntar um sufixo, que é
colocado à direita de uma forma de base.
Ex.: laranjeira, teatral, formigueiro, facilitar

Composição
Processo de formação de palavras que consiste em associar
duas ou mais formas de base.
Pode-se juntar um radical com uma palavra como em [luso-
-americano] ou adicionar duas ou mais palavras como em [pica-
-pau], [guarda-sol], [surdo-mudo].
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EXERCÍCIOS
1. Passa para o plural os nomes que se seguem, agrupando-os de
acordo com o que te é solicitado.
ananás túnel armazém sótão paul canal açúcar eleição álcool
réptil porta-voz papel íman pão capital obra-prima álbum

terminação em terminação terminação terminação nomes


-ães -ões e -ãos em -ns em -es em -is, -eis compostos

2. Dos nomes que se seguem, quais os que não fazem o plural em


–ões?
pão irmão grão feijão mãe limão cidadão cristão mão oração

3. O poema “Cantiga felina”, de José Fanha, começa assim:


Eu sou uma gata gatona gatinha
pequena ladina
feroz e feliz e felina.
Eu sou uma gata que come fanecas e figos
feijão e favona e favinha
e…
comigo ninguém faz farinha!

José Fanha, Cantigas e Cantigos, Terramar

3.1. Destaca um nome que esteja no grau normal, no aumentativo


e no diminutivo.

3.2. Escreve uma frase em que utilizes o adjetivo “feroz” no super-


lativo relativo de superioridade.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 15

3.3. Classifica o processo de formação destas palavras, seguindo o


exemplo:
pequeníssimo – derivação
guarda-redes –
ferozmente –
enfarinha –
involuntariamente –
infeliz –
trabalhador-estudante –
descontraído –
amoroso –
feijão-verde –

4. Escreve:
– o verbo dever no pretérito imperfeito do indicativo na 3.ª pes-
soa do plural;

– o verbo garantir no futuro do indicativo na 2.ª pessoa do sin-


gular;

– o verbo andar no pretérito perfeito do indicativo na 1.ª pessoa


do plural.

– o verbo começar no presente do indicativo na 1.ª pessoa do


plural.

5. Presta atenção a esta passagem do conto “O barco”, de


Matilde Rosa Araújo.
“João vivia com os pais e os irmãos numa aldeia à beira de
um rio. Um rio muito límpido, mesmo azul.
Um dia, chegou à porta da casa e viu descer um lindo barco
branco pelo rio abaixo.[…]”
5.1. Que palavras indicam que os acontecimentos ocorreram no
passado?

5.2. Qual o tempo verbal que é utilizado para transmitir a ideia de


que a situação se prolongou no tempo?
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16 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Plano das classes de palavras
Determinantes e pronomes
Artigos definidos e indefinidos
São uma subclasse dos determinantes.
Artigos definidos Artigos indefinidos
Singular Plural Singular Plural
Masculino o os um uns
Feminino a as uma umas

Repara nestes dois exemplos extraídos da obra A Menina do Mar,


de Sophia de Mello Breyner Andresen.
“E viu um grande polvo a rir, um caranguejo a rir, um peixe a rir
e uma menina muito pequenina a rir também.”
“Então o polvo, o caranguejo, e o peixe […] começaram a ten-
tar salvar a menina”.
Na primeira frase, o narrador refere-se às personagens polvo,
caranguejo, peixe e menina pela primeira vez, quando ainda o rapa-
zinho não as conhece, por isso é que diz que vê um polvo, um peixe,
um caranguejo, uma menina, utilizando artigos indefinidos.
Na segunda frase, os quatro amigos já são conhecidos, por isso
são identificados como o polvo, o caranguejo, o peixe e a menina.

Determinantes e pronomes possessivos


Determinantes e pronomes possessivos

Pessoa gramatical Singular Plural


Masculino Feminino Masculino Feminino
1.ª meu minha meus minhas
Singular

2.ª teu tua teus tuas Um só


3.ª seu sua seus suas possuidor
1.ª nosso nossa nossos nossas
Plural

2.ª vosso vossa vossos vossas Vários


3.ª seu sua seus suas possuidores

“– Sabes – dizia Florinda ao Rapaz de Bronze –, em frente da


minha janela há uma tília.”
“Tulipa – disse o Nardo –, o teu vestido é lindo.”
“As flores voltaram para os seus canteiros.”
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Rapaz de Bronze
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 17

As palavras minha, teu e seus são determinantes possessivos


porque:
– estão antes de nomes (janela, vestido e canteiros);
– indicam posse: a janela é da Florinda, o vestido é da Tulipa e
as flores são dos canteiros.

Pronomes possessivos
Repara, agora, nestas frases:
Aquela casa que ali vês é minha.
Leva este livro porque é teu.
Juntem os brinquedos e cada um leve para casa os seus.
Se este jardim fosse vosso, podiam enchê-lo de flores.

As palavras minha, teu, seus e vosso também indicam posse, mas


não se encontram antes de nomes. Estão a substituí-los: minha está
em vez de a minha casa; teu, em vez de o teu livro; seus, em vez de os
seus brinquedos; e vosso, em vez de o vosso jardim.

Determinantes demonstrativos
Determinantes demonstrativos
Singular Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino

este esta estes estas


esse essa esses essas
aquele aquela aqueles aquelas

1. Este lago enche-se de folhas no inverno.


2. Essa flor é muito bonita.
3. Aquele lápis é meu.
Nestas frases, este, essa e aquele são determinantes demonstrati-
vos porque:
– se encontram antes dos nomes (lago, flor e lápis), concor-
dando com eles em género e número;
– ajudam a localizar os seres e os objetos no espaço.
Repara que:
– na frase 1., este indica que o lago está perto de quem está a
falar;
– na frase 2., essa mostra que a flor está próxima da pessoa com
quem se está a falar;
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– na frase 3., aquele dá-nos a entender que o lápis está distante


de quem fala e da pessoa com quem se fala.
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18 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Pronomes demonstrativos
Pronomes demonstrativos
Invariáveis Variáveis
Singular Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino
isto este esta estes estas
isso esse essa esses essas
aquilo aquele aquela aqueles aquelas
o a os as

Todos os jardins são bonitos, mas aquele era maravilhoso.


Aquilo que a Joana me disse não é para contar a ninguém.
Ver este jardim foi o que mais me agradou.
Todas as palavras destacadas são pronomes demonstrativos.
Isto, isso e aquilo nunca se referem a pessoas.
O, a, os, as são pronomes demonstrativos quando se encontram
antes de que ou de.
Todos os determinantes demonstrativos podem ser utilizados
como pronomes, mas nem todos os pronomes demonstrativos
podem ser determinantes.

Pronomes pessoais
Os rapazes brincam na praia. Eles apanham conchas e búzios.
A Maria procurou os livros durante toda a manhã, mas só os
encontrou à tarde.
No aeroporto, disse adeus aos meus pais e desejei-lhes boa
viagem.

Nas frases acima, os pronomes pessoais eles, os e lhes substi-


tuem “os rapazes”, “os livros” e “aos meus pais”, evitando, assim, a
sua repetição.
Os pronomes pessoais têm diferentes formas, conforme
desempenhem as funções de:
– sujeito: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas
– complemento direto: me, te, se, o, a, nos, vos, se, os, as
– complemento indireto: me, te, lhe, nos, vos, lhes
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 19

Combinações do pronome pessoal

me + o (a) = mo, ma (mos, mas) Traz-me a mala. Traz-ma.

te + o (a) = to, ta (tos, tas) Não te empresto a revista. Não ta empresto.

Contei muitas histórias aos meus irmãos.


lhe + o (a) = lho, lha (lhos, lhas)
Contei-lhas.

nos + o (a) = no-lo, no-la (no-los, no-las) Trouxe-nos as encomendas. Trouxe-no-las.

vos + o (a) = vo-lo, vo-la (vo-los, vo-las) Dou-vos um bom conselho. Dou-vo-lo.

Nomes
Nome próprio:
– designa um ser ou coisa de forma individualizada;
– escreve-se com letra maiúscula.
Ex.: O João passeou no rio Douro.

Nome comum:
– designa um ser ou coisa que não é individualizada.
Ex.: Os cães saíram do canil.

Nome comum coletivo:


– designa, no singular, um conjunto de seres ou objetos do
mesmo tipo.
Ex.: multidão (de pessoas), cáfila (de camelos), cardume (de peixes)

Quantificador numeral
Vem antes de um nome e indica uma quantidade numérica
precisa. Os quantificadores numerais são:
– cardinais: um, dois, dezanove, cem
– multiplicativos: o dobro, o triplo, o quádruplo, o quíntuplo
– fracionários: metade, um terço, onze avos

Adjetivo qualificativo
Exprime a qualidade de um nome.
Pode ocorrer à direita ou à esquerda do nome.
Ex.: Vivo numa casa grande.
É uma grande casa!
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20 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Adjetivo numeral
Palavra tradicionalmente classificada como numeral ordinal.
Atribui ao nome uma ordem ou sucessão dentro de uma série.
Ex.: O Eduardo foi o terceiro atleta a entrar em competição.

Verbo
É uma classe de palavras que:
– seleciona um sujeito.
Ex.: O Manuel trabalha no hospital.
– seleciona complementos.
Ex.: Eu dei-lhes um presente.
– indica uma ação realizado pelo sujeito.
Ex.: As minhas amigas comem fruta.

EXERCÍCIOS
1. Identifica a subclasse das palavras sublinhadas, seguindo o
exemplo.

Esta história fala-nos de uma princesa


determinante demonstrativo
encantadora.
Os reis eram altivos.
O professor leu-nos um lindo poema.
Gosto da minha mochila, mas a do meu
irmão é mais bonita.
Era uma janela alta e redonda.

2. Organiza estas frases de forma correta, prestando especial aten-


ção à colocação do adjetivo numeral.
correu-me este teste melhor segundo

o encontro nosso foi primeiro ontem

3. Aos cúmulos da página seguinte, inventados por José Jorge


Letria, foram retirados os adjetivos qualificativos.
3.1. Completa os espaços em branco com os adjetivos adequados.
loiro(a) rico(a) magrinho(a) alto(a) mau
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 21

a) Era um homem tão , tão que


um dia viajou para o Brasil dentro de um envelope.
b) Era um homem tão , tão que os pássaros
lhe faziam ninho na cabeça.
c) Era um ator tão , tão que, com os legu-
mes que o público lhe atirava durante e no fim dos espetácu-
los, abriu um supermercado.
d) Era uma mulher tão , tão que quando estava ao
sol não se via.
e) Era uma mulher tão , tão que tinha um den-
tista para cada dente.
3.2. Coloca cada um dos adjetivos no grau superlativo absoluto
sintético.

4. Lê este texto.
“ – De que forma é que a poluição que está a haver na minha
terra poderá afetar os seus habitantes?
– A poluição mais simples afeta os vossos pulmões e enfra-
quece o vosso corpo de tal forma que fica sem defesas contra
as doenças. O alumínio e o chumbo na água danificam o cére-
bro e os nervos. O ozono causa problemas de garganta e nariz.
O monóxido de carbono lançado pelos carros provoca dores de
cabeça e sonolência. O excesso de gás carbónico poderá
mesmo modificar o clima de um país.”
Maria da Conceição Galveia Ferreira, Um Sonho no Fundo do Mar, Verbo

Retira do texto:
– um adjetivo no grau superlativo relativo de superioridade;

– dois determinantes possessivos;


– três nomes comuns;
– duas formas verbais.
5. Substitui as expressões sublinhadas por um pronome pessoal.
a) O Pedro ofereceu um livro.
b) O professor pediu os trabalhos aos alunos.
c) A Joana arrumou o quarto.
d) Ela deu os presentes aos sobrinhos.
e) Ele emprestou a bicicleta ao amigo.
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f) A professora deu-me uma boa nota.


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Plano sintático
Frase simples
É formada por uma oração e tem apenas um verbo.
Ex.: Estudo todos os dias.

Frase complexa
É constituída por duas ou mais orações e tem, por isso, mais do que
um verbo.
Ex.: Não vim à escola porque estava doente.
Eu saí de casa e apanhei logo o autocarro.

Tipos de frase
Tipo de frase Sentido Exemplo
frase Apresentar factos, transmitir – Lavo sempre as mãos antes
declarativa informações, exprimir ideias das refeições.
frase Expressar sentimentos e emoções – Oh! Que belo quadro!
exclamativa
frase Formular uma pergunta – Emprestas-me o teu livro?
interrogativa
frase Dar uma ordem – Fecha a porta, por favor.
imperativa
Frase e constituintes da frase
A frase é constituída por dois grupos essenciais: o grupo nomi-
nal e o grupo verbal.

Grupo nominal e grupo verbal


Ex.: As crianças brincam.

grupo nominal grupo verbal

O constituinte mais importante do grupo nominal é o nome.


Só podemos substituir as palavras do grupo nominal por outras
da mesma classe.
Ex.: Os animais brincam.
A Ana e o João brincam.

O núcleo do grupo verbal é o verbo.


Também só podemos substituir as palavras do grupo verbal
por outras da mesma classe.
Ex.: As crianças cantam.
As crianças saltam.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 23

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Funções sintáticas
Sujeito simples
É constituído apenas por um grupo nominal.
Ex.: O cão ladrou muito.

Sujeito composto
É formado por dois ou mais grupos nominais (a), por dois ou
mais pronomes (b) ou por um pronome e um grupo nominal (c).
Ex.: a) O Rui e o António cortaram a relva.
b) Eu e tu somos bastante educados.
c) Ele e o tio foram ao hipermercado.

Predicado
Função sintática desempenhada pelo grupo verbal.
Ex.: Ele fez todos os trabalhos de casa.

Complemento direto
– é selecionado pelo verbo;
– é um grupo nominal que pode ser substituído pelos prono-
mes o, a, os, as.
– é selecionado por um verbo transitivo direto.
Exemplos:
Eles ajudam os pais. Este aluno apresentou um livro.

Eles ajudam-nos. Este aluno apresentou-o.

Repara que o verbo transitivo direto seleciona o complemento


direto:

Eu como peixe todas as semanas. Ela vê o mar da sua casa.


(como o quê?) (vê o quê?)

Os carros poluem o ambiente. Eles limparam a rua.

Numa frase, o sujeito nunca se separa do predicado nem do


complemento direto com uma vírgula:
Ex.: O Pedro e o António veem televisão.
Sujeito:
o Pedro e o António
Predicado:
veem televisão
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Complemento direto:
televisão
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24 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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EXERCÍCIOS
1. Classifica as frases seguintes quanto ao tipo.

Frase Tipo
O António é bom rapaz.
– Estás cada vez mais bonito !
– Porque não trouxeste o manual?
– Não te sentes aí!
– Que linda manhã!

2. Descobre o núcleo dos grupos nominais presentes nestas frases:


a) Este escritor nasceu em 1904.
b) As minhas irmãs são bonitas.

3. Identifica o grupo verbal.


a) A Rita canta fado.
b) As águias eram ruidosas.

4. Presta atenção a estas frases.


a) A avó e a neta passeavam na praia.
b) Estes testes foram acessíveis.
c) Eu e os meus pais vamos hoje ao cinema.
d) O Vasco e o Manuel gostam de viajar.
e) Ela já está no comboio.

4.1. Sublinha com um traço o sujeito simples.


4.2. Sublinha com dois traços o sujeito composto.

5. Diz quais destas frases têm complemento direto.


a) O gato saltou o muro.
b) O cão ladrou toda a noite.
c) Hoje nevou muito.
d) O porteiro abriu a porta.
e) Ontem choveu imenso.
f) A Teresa folheou a revista, mas não a leu.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 25

Plano lexical e semântico


Enriquecimento do léxico

Família de palavras
Conjunto das palavras formadas por derivação ou composição
a partir de um radical comum.
“terra”, “terreno”, “aterrar”, “aterragem”, “terraplanar” são pala-
vras da mesma família.

Relações de significado entre as palavras


As palavras podem manter entre si relações de semelhança ou
de oposição. As que têm um significado semelhante chamam-se
palavras sinónimas ou sinónimos (belo/lindo); as que têm sentidos
opostos designam-se por palavras antónimas ou antónimos
(alto/baixo).
Em muitos dicionários, podes encontrar o sinónimo e o antó-
nimo de uma palavra.

Ex.: afetuoso é sinónimo de carinhoso, dócil


O João é bastante afetuoso com a mãe.
O João é bastante carinhoso com a mãe.
Ex.: afetuoso é o contrário de brusco, severo
A Paula é sempre afetuosa com os seus avós.
A Paula, por vezes, é brusca com os seus avós.

Sinónimos Antónimos

quebrar fragmentar, partir, rachar egoísta altruísta

adquirir ter, obter obediente desobediente

preguiçoso mandrião, indolente público privado

teimoso obstinado próximo distante

conserto reparação escuro claro

velocidade rapidez objetivo subjetivo


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26 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Significados diferentes de uma mesma palavra
Uma palavra pode ocorrer em diversos contextos e com dife-
rentes significados. Repara nos vários sentidos da palavra “estrela”.

Significado Exemplo
corpo celeste cintilante, com luz e
calor próprios, que parece estar fixo O Sol é uma estrela.
no firmamento
sinal convencional para classificar Este filme foi classificado com uma
estrela

um hotel ou um filme estrela apenas.

mancha branca na fronte de certos Na extensa pradaria, vi uma burrinha


animais (cavalos, burros, bois, vacas) com uma estrela branca na testa.

Marilyn Monroe é uma estrela do


vedeta do cinema ou do teatro cinema norte-americano da pri-
meira metade do século XX.

Frase afirmativa e frase negativa


Todos os tipos de frase podem ter:
– um valor afirmativo:
Ex.: Ela toca piano.
– um valor negativo
Ex.: Não chegues tarde!

Exemplos de frases negativas:


Nunca vi uma casa assim.
Não gosto de comer muito.
Ninguém foi à praia.
Nada aflige as pessoas calmas.
Deves saber transformar as frases negativas em afirmativas e
vice-versa, de acordo com estes exemplos.
Este filme agradou-me. Este filme não me agradou.
Nunca li este livro. Já li este livro.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 27

Tempo anterior, simultâneo e posterior


Tempo anterior
Para referir um acontecimento que ocorreu anteriormente ou
mesmo há muito tempo, recorre-se ao verbo no passado e a datas
ou expressões de tempo como: antigamente, naquele tempo, ontem,
esta manhã, etc.
Ex: “Ontem, eles foram ao cinema.”
As palavras ontem e foram expressam a ideia de que o aconteci-
mento foi realizado no dia anterior.

Tempo simultâneo
a) Tu entraste em minha casa quando eu estava a lavar a loiça.
Esta frase refere um acontecimento (entraste) que ocorreu ao
mesmo tempo que outro (estava a lavar a loiça).
b) A Ana está a estudar agora.
Esta frase é dita no momento em que a Ana está a estudar, por
isso a fala é simultânea da ação.

Tempo posterior
Depois de sair da tua casa, irei fazer compras.
Neste enunciado, o falante refere uma ação que vai ser reali-
zada num tempo futuro.

EXERCÍCIOS
1. Indica o sentido das palavras destacadas a negro.
O pão é um alimento necessário.
É daquele emprego que ele garante o pão à família.
Naquele dia o céu estava azul.
Vivemos num céu.

2. Agrupa os antónimos.

dia inspirar cedo fim


amanhecer
anoitecer noite
princípio
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tarde expirar
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28 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Plano discursivo e textual
Registo formal e registo informal
Repara nestas duas situações de comunicação.

A B
Registo formal Registo informal
“[…] O médico viu-o, exami- O Pedro pediu ao irmão:
nou-o com todo o cuidado – Por favor, passa na farmá-
e, no fim, perante a ansie- cia onde a gente costuma ir
dade da Marcela, disse: e compra-me aspirina. Estou
– Vá aviar esta receita à far- com umas dores de cabeça
mácia, e dê-lhe os remédios que nem imaginas! Toma lá a
tal qual eu vou dizer. E torne massa.
cá para a semana.”
Papiniano Carlos, Era uma vez…,
Campo das Letras

Quem diz um médico o Pedro


a uma utente – a Marcela, mãe ao irmão
A quem se destina
de um menino que está doente
A intencionalidade dar ordens fazer um pedido
O tema ou assunto consulta médica compra de medicamento
O registo utilizado formal informal

Em A:
– a situação é formal;
– a relação entre o falante e o seu interlocutor é distante;
– a linguagem é formal, o que se nota sobretudo pelo tempo
verbal utilizado na 3.ª pessoa (Vá, dê, torne) e pelo recurso a
expressões que o médico utiliza como “aviar uma receita”.
Em B:
– a situação é informal;
– a relação entre o falante e o seu interlocutor é próxima, pois
eles são irmãos;
– a linguagem é informal: a expressão “a gente” em vez de
“nós”; o verbo no imperativo (passa, compra, toma); o
emprego da palavra “massa” em vez de dinheiro.
Podes concluir que:
– o registo formal é utilizado quando os falantes têm uma rela-
ção distante, que tem a ver com a sua idade, o grau de instru-
ção ou a relação social, como é o caso do médico e do doente;
– o registo informal é utilizado sempre que os falantes têm
uma relação mais íntima e de confiança.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 29

Comunicação
Diálogo
É o mesmo que conversação: duas pessoas falam e vão alter-
nando os seus papéis – quem fala também escuta e vice-versa. Esta
tira de banda desenhada ilustra um curto diálogo entre a Mafalda e
a mãe.

Quino, Mafalda Inédita, Publicações Dom Quixote

Discurso direto
Às falas das pessoas e das personagens chamamos discurso
direto.
Deram uma volta pela cidade durante meia hora, depois dirigi-
ram-se de novo à escola. Quando desciam uma rua, Magda murmu-
rou de repente para Alex:
– Esta é a rua do Xavier, não é?
Ela tinha razão.
– Qual é a casa dele? – murmurou Alex também.
– Não tenho a certeza; creio que é aquela com o … Oh, pare
o carro!
Paula carregou nos travões e quase derrapou, e o Sr. Palmito
exclamou:
– Qual é o problema?
Louise Cooper, Criaturas – Se Fores ao Bosque, Publicações Europa-América

O discurso direto está assinalado a negro. Para introduzi-lo,


usam-se:
– dois pontos e travessão;
– verbos que exprimem a ação de tomar a palavra ou a inten-
ção daquele que fala e devem ser diversificados. No texto, as
formas verbais “murmurou” e “exclamou” introduzem o que
foi dito e o modo como foi dito.
No entanto, o locutor ou o narrador utilizam muitos outros ver-
bos declarativos.
Para dar uma informação – dizer, anunciar, comunicar, decla-
rar, informar, afirmar, transmitir, proferir;
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Para fazer uma pergunta – perguntar, interrogar, indagar, inquirir;


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30 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Para dar uma resposta – ripostar, responder, replicar, retorquir,
explicar;
Para apresentar um tom de voz – murmurar, segredar, sussur-
rar, gritar;
Para exprimir admiração – espantar, exclamar, admirar, sur-
preender;
Para expressar uma ordem – pedir, solicitar, mandar, determi-
nar, ordenar;
Para indicar uma sugestão – sugerir, propor, aconselhar, reco-
mendar, concordar, discordar.

Os verbos declarativos
O João perguntou à Maria: podem surgir:
– Já viste o filme Toy Story 3? – antes da fala
– Ainda está em exibição? – quis
saber a Maria – Gostava bas-
– no meio da fala
tante de ir.
– Então vamos! – sugeriu o
João. – depois da fala

Distinguir texto oral de texto escrito


Texto oral
Filipe Pinto foi o vencedor da 3.ª edição do programa “Ídolos”.
Eis o início da entrevista que o jornalista Rodrigues Guedes de Car-
valho lhe fez no telejornal da SIC no dia a seguir à vitória.
Jornalista – Boa noite, Filipe. Pergunta sacramental: a que
horas é que finalmente adormeceu?
Filipe (risos) – Provavelmente às 4 e meia da manhã… por aí.
Jornalista – Como é que foi até lá? Foi um turbilhão imenso
de… de emoções, calculo?
Filipe – Foi uma mistura enorme de sensações. E ainda agora
estou a senti-las. O estar aqui também… (risos)
Jornalista – Não ajuda.
Filipe – Não ajuda (risos). Mas, mas sim, os momentos que, que
guardo de ontem ainda estou a vivê-los hoje.

A transcrição desta parte da entrevista mostra que se trata de


um texto oral, pois contém:
– pausas (que são indicadas pelas reticências);
– repetições;
– frases curtas;
– uma linguagem simples.
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 31

Os falantes também fazem gestos, usam determinada entoação


nas suas frases, riem (o Filipe, por exemplo, expressa a sua emoção e
a sua alegria através do riso).

Texto escrito
Os livros provam bem que a oralidade é diferente da escrita. Os
escritores planificam o que escrevem e elaboram as frases com cui-
dado. Lê esta passagem do livro Henriqueta, a Tartaruga de Darwin,
escrito por José Jorge Letria.

“Por pouco já me esquecia de te dizer onde moro. A minha resi-


dência é, há muitos anos, no Jardim Zoológico de Beerwah, em
Queensland, na Austrália, país que me acolheu e de que eu fiz a
minha pátria e ao qual muito me afeiçoei. Uma tartaruga não pre-
cisa de ter nacionalidade e passaporte, pois não tem fronteiras para
atravessar, mas eu tenho muito gosto em dizer que sou australiana,
embora o meu berço longínquo tenha sido as ilhas Galápagos, que
a célebre viagem científica de Charles Darwin tornou famosas
devido às espécies que aí pôde recolher e observar, e que estiveram
na origem do livro que o celebrizou e lhe deu a imortalidade, intitu-
lado A Origem das Espécies.” (sublinhado nosso)

Nesta passagem do texto, a maior parte das frases são longas e


estão ligadas por meio de palavras que aparecem destacadas a
negro e que são: “que”, “pois”, “onde”, “mas” e “embora”.

Neste mesmo livro, pode-se ler o seguinte:

“Se as minhas palavras se transformarem em livro, é bom que o


ilustrador saiba que peso à volta de 150 quilos e que sou tão larga
como uma mesa de sala de jantar onde podem sentar-se, à vontade,
quatro ou cinco pessoas.” (p. 4)

Na verdade, nos livros e nos textos (de manuais, por exemplo),


é normal existirem ilustrações, desenhos e fotografias para visuali-
zarmos melhor o que neles está escrito.

Podes concluir que o texto oral e o texto escrito são diferentes,


pois, no texto oral, o falante expressa-se de forma espontânea e,
por isso, repete palavras e frases; faz pausas; utiliza uma linguagem
mais simples, muitas vezes acompanhada de gestos, ao passo que,
no texto escrito, se verifica uma redação bastante cuidada das fra-
ses, que são, em geral, mais longas, com vocabulário diversificado, e
ligadas entre si.
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32 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Para comunicar bem
É muito importante saber manter uma conversa com outra pes-
soa. Para isso, é preciso cumprir certas regras: só se deve dizer a ver-
dade; os assuntos têm de ser apresentados de forma clara e sem
desvios nem demasiados pormenores.
Quando falamos com alguém, temos de seguir o princípio de
cortesia, ou seja, devemos:
– esforçar-nos por não interromper o nosso interlocutor;
– estar atentos ao que ele diz;
– evitar o silêncio;
– ter o cuidado de nunca o insultar nem o acusar;
– saber falar de forma suave e educada, sem exigências e com
um tom de voz baixo.

Situações de comunicação que cumprem o princípio da cortesia:

Na farmácia No parque de estacionamento:


Farmacêutico: Boa tarde, diga, Homem idoso: Podia ajudar -
se faz favor! -me? Estou com alguma dificul-
Utente: Boa tarde. Estou com dade em tirar o carro deste lugar
imensas dores de cabeça! Será tão estreito.
que posso levar aspirina? Rapaz jovem: Com certeza, não
Farmacêutico: Com certeza. me custa nada! Mas o senhor
Mas não se esqueça de ler o está a sentir-se bem?
folheto para tomar o medica- Homem idoso: Estou, mas
mento de forma correta. tenho receio de bater. Muito
obrigado.

Formas de tratamento
Numa das situações de comunicação que te é apresentada
acima, reparaste, com certeza, na forma de tratamento utilizada
pelo rapaz ao dirigir-se ao homem idoso que lhe pede ajuda. De
forma delicada, ele trata-o por “senhor”.
A forma de tratamento depende da maior ou menor intimidade
e do maior ou menor deferência que existe entre duas pessoas
numa situação de comunicação.

Exemplo: Principais
– Bom dia, senhora professora! formas de tratamento:
Pode tirar-me uma dúvida? maior intimidade: tu
– Com certeza, Joana, diz lá! menor intimidade: você
maior deferência: o senhor, a
senhora
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 33

Plano da representação
gráfica e ortográfica
Acentos gráficos
O acento pode ser agudo ( ´ ), grave ( ` ) e circunflexo ( ^ ).
1. O acento agudo serve para assinalar:
– as vogais tónicas a, e e o: há, herói, maré
– as vogais tónicas i e u: terrível, açúcar
2. O acento grave é utilizado para indicar a contração da prepo-
sição a com a forma feminina do artigo definido (a, as) e com os
determinantes e pronomes demonstrativos, aquele(s) e aquilo:
à àquele (s) àquelas àquilo
3. O acento circunflexo serve para assinalar a síliaba tónica com
vogal média:
âncora avô pêssego tâmara vê
Hífen
É um sinal gráfico que:
– liga os elementos de uma palavra composta: guarda-chuva;
porta-bagagem;
– liga pronomes às formas verbais: dás-lhe, lava-o;
– indica a translineação: es-/cola.
Sinais auxiliares de escrita: parênteses curvos [( )] e aspas [« »]
Nesta passagem, o autor utiliza as aspas para assinalar o pensa-
mento da personagem:
Tinha deixado a janela do quarto encostada, para entrar em casa
sem ninguém dar por isso. Saltou sem fazer barulho e meteu-se na cama.
«Não vou conseguir dormir nada!»
E, pela primeira vez na vida, o Chico desejou ardentemente que
amanhecesse depressa para ir para a escola!
Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, Uma Aventura na Cidade, Caminho

Na página de diário que se segue, foram utilizados:


– os parênteses curvos para indicar um pormenor;
– as aspas para assinalar o discurso direto.
Sexta-feira, 18 de julho
Não recebi carta da Sarah Ferguson hoje.
Telefonei para o Palácio de Buckingham mas o lacaio (sem dúvida empoado e
de cabeleira) recusou-se a deixar-me falar com ela. Disse: «A menina Ferguson
não recebe chamadas de estranhos.» Eu disse: «Oiça, meu amigo, não sou
nenhum estranho para a menina Ferguson; ela é a minha alma gémea.»
Sue Townsend, As Confissões de Adrian Mole & Cª, Difel
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34 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

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Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia – homonímia,
homofonia, homografia, paronímia
Homonímia: relação entre palavras que se escrevem e pronunciam
da mesma maneira, mas têm significados diferentes.
As palavras canto (verbo cantar, presente do indicativo, 1.ª pessoa
do singular) e canto (nome masculino) são homónimas.
Homofonia: relação entre palavras que se pronunciam da mesma
forma, mas se escrevem de modo diferente.
Ex.: cem/sem; conselho/concelho; coze/cose.
Homografia: relação entre palavras que se escrevem da mesma
maneira, mas se pronunciam de forma diferente.
Ex.: sabia/sábia; sede (tenho sede)/ sede (do partido).
Paronímia: relação entre palavras que se escrevem de modo seme-
lhante, mas têm sentidos diferentes.
Ex.: comprimento/cumprimento; dispensa/despensa

Configuração gráfica: espaço, margem, período, parágrafo


Espaço: serve para separar parágrafos, linhas, palavras e letras.
Margem: espaço em branco em volta de uma página escrita. Em
geral, os processadores de texto mais conhecidos têm um formato
de página com uma margem superior e inferior de 2,5 cm e uma
margem esquerda e direita de 3 cm.
Período: cada uma das partes de um parágrafo. Pode ser consti-
tuído por uma ou mais frases e termina com ponto final, com ponto
de interrogação, de exclamação ou com reticências.
Parágrafo: tem unidade e sentido completo. Distingue-se do
período por obrigar:
– a mudar de assunto;
– a mudar de linha;
– a começar a escrever na linha um pouco mais dentro.
Neste exemplo, encontras dois parágrafos. O primeiro tem três
períodos.
O principezinho bocejou. Tinha pena de não poder ver o pôr do
sol. E, além disso, começava a ficar farto.
– Não tenho mais nada a fazer aqui – disse ao rei. – Vou-me
embora.
Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, Editorial Presença
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CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS 35

Formas de destaque: itálico, negrito, sublinhado


Itálico
No computador, deves escrever os títulos dos livros, dos jornais
e das revistas, utilizando o itálico. Repara no título da obra anterior-
mente citada: O Principezinho.
As palavras estrangeiras também devem ser escritas em itálico.
Ex.: Eu costumo praticar surf.
Negrito
É utilizado quando se pretende destacar um elemento de entre
vários, o que acontece em muitos exercícios das várias disciplinas
que compõem o teu currículo.
Exemplo de um exercício da disciplina de Língua Portuguesa:

Indica a subclasse da palavra destacada a negro:


Ontem, vi a Ana no jardim.
Sublinhado
O sublinhado é igualmente uma forma de dar destaque a uma
palavra. Quando se escreve à mão, sublinham-se os títulos das
obras, das revistas e dos jornais que, num texto escrito no computa-
dor, passam a itálico.
O sublinhado também se usa nos exercícios para destacar uma
palavra em relação a outra(s).
Exemplo de um exercício da disciplina de Língua Portuguesa:

Identifica a função sintática do grupo sublinhado:


O João e o Pedro jogam futebol.

EXERCÍCIOS
1. Completa o quadro com as palavras adequadas.

conselho/ A minha mãe deu-me um… Palavras


concelho No meu…há ecopontos.
…vamos contigo!
nós/noz Gosto de bolo de …
…é o meu carro. Palavras
este/este Os pontos cardeais são: norte, sul, …e oeste.
Na…, os atores falam e cantam.
ópera/opera O veterinário…o meu cão amanhã.

2. Nesta frase, que palavras ou expressões colocarias em itálico?


© AREAL EDITORES

a) Costumo ler a Visão Júnior.


b) Trouxe o meu skate para a escola.
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36 .CADERNO DE REVISÕES GRAMATICAIS

Soluções

© AREAL EDITORES
p. 6
1. bem – monossílabo; nosso – dissílabo; pêssegos – trissílabo; infelizmente – polissílabo;
sexto – dissílabo
2. vogais orais: faz, nomes, letras;
vogais nasais: limpo; enfeites; acampar; chumbo
p. 14
1. pães, eleições, sótãos; armazéns, álbuns, ímanes; açúcares, ananases; répteis, álcoois, capitais,
canais, pauis, túneis, papéis; porta-vozes, obras-primas
2. pão, irmão, grão, mãe, cidadão, cristão, mão
3.1. gata, gatona, gatinha
3.2. O leão é o animal mais feroz de todos.
3.3. por derivação: ferozmente, enfarinha, involuntariamente, infeliz, descontraído, amoroso;
por composição: guarda-redes, trabalhador-estudante, feijão-verde
4. deviam; garantirás; andámos; começamos
5.1. As formas verbais: vivia, chegou, viu
5.2. O pretérito imperfeito do indicativo
p. 20
1. os: artigo definido; nos: pronome pessoal; a: pronome demonstrativo; alta/redonda: adjetivos
qualificativos
2. Este segundo teste correu-me melhor.
O nosso primeiro encontro foi ontem.
p. 21
3. a) magrinho, magrinho; b) alto, alto; c) mau, mau; d) loira, loira; e) rica, rica
4. dois determinantes possessivos: minha, vossos; três nomes comuns: pulmões, alumínio, chumbo;
duas formas verbais: causa, poderá; um adjetivo no grau superlativo relativo de superioridade: a
poluição mais simples
5. a) O Pedro ofereceu-o. b) O professor pediu-lhes os trabalhos. c) Ela arrumou o quarto. d) Ela
deu-lhos. e) Ele emprestou-lhe a bicicleta. f) A professora deu-ma.
p. 24
1. frase declarativa; frase exclamativa; frase interrogativa; frase imperativa; frase exclamativa
2. a) nome: escritor; b) nome: irmãs
3. a) canta fado; b) eram ruidosas
4.1./4.2. sujeito simples: Estes testes; Ele; sujeito composto: A avó e a neta; Eu e os meus pais; O Vasco e
o Manuel
5. Têm complemento direto as frases a), d) e f).
p. 27
1. 1.ª frase: alimento; 2.ª frase: sustento; 3.ª frase: espaço onde estão os astros; paraíso, local tran-
quilo e feliz
2. dia/noite; inspirar/expirar; cedo/tarde; anoitecer/amanhecer; fim/princípio
p. 35
1. concelho/conselho: palavras homófonas; nós/noz: palavras homófonas; este/este: palavras
homógrafas; ópera/opera: palavras homógrafas
2. a) Visão Júnior; b) skate

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