Você está na página 1de 17

REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO

CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

DESENVOLVIMENTO E CONSTRUÇÃO DE UM CICLONE PARA


SEPARAÇÃO DE PARTÍCULAS A PARTIR DE MATERIAIS DE BAIXO
CUSTO

ARTIGO ORIGINAL

MORAES, Rafael Alessandro de 1

FRAZÃO, Leonardo Lorena Palitó 2

PURGANO, Bruna Vieira 3

SILVA, Mariane Vieira da 4

FERREIRA, Poliana Matos 5

D’AMELIO, Monica Tais Siqueira 6

MORAES, Rafael Alessandro de. Et al. Desenvolvimento e construção de um


ciclone para separação de partículas a partir de materiais de baixo custo. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 11, Vol. 06, pp. 16-
28. Novembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de

1
Estudante de Engenharia Química pela Universidade São Francisco, Técnico
Químico.
2
Estudante de Engenharia Química pela Universidade São Francisco.
3
Estudante de Engenharia Química pela Universidade São Francisco, Técnico em
Química.
4
Estudante de Engenharia Química pela Universidade São Francisco.
5
Estudante de Engenharia Química pela Universidade São Francisco.
6
Grupo de Pesquisas em Meio Ambiente e Sustentabilidade/ Universidade São
Francisco (GPMAS/USF), Doutora em Materiais pelo IPEN/USP, Mestre em Materiais
pelo IPEN/USP, Engenheira Química pela UFSCAR.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-
de-um-ciclone

RESUMO

O propósito deste artigo foi apresentar o estudo de ciclones através de um protótipo.


Os ciclones são equipamentos cônicos cilíndricos utilizados para a separação de
partículas sólidas em um meio fluido. Seu funcionamento será explicado
detalhadamente no decorrer deste artigo, além de ressaltar a importância de seu
estudo para a indústria. Além disso, este artigo explica, de maneira simples, os passos
realizados para construir o protótipo do ciclone. A partir de materiais de fácil obtenção
como um cano de PVC e cola, com o auxílio de solda para PVC e tinta spray para dar
o acabamento superficial, foi possível realizar a construção do protótipo do ciclone.
Posteriormente, como será apresentado, foi possível realizar o teste de funcionamento
do ciclone, acoplando-se um aspirador de pó e, assim, foi calculada a eficiência de
coleta do protótipo, que foi de 97,5%.

Palavras-Chave: ciclone, separação, materiais, partículas, rendimento.

1. INTRODUÇÃO

Os ciclones e hidrociclones são equipamentos geralmente utilizados na separação de


partículas sólidas em uma corrente fluida. Segundo Cremasco (2012), os ciclones e
hidrociclones surgiram por volta de 1891, e desde seu advento sua utilização vem
crescendo em indústrias químicas, petroquímicas, têxtil, metalúrgica, nuclear, entre
outras. Sua aplicação é viável financeiramente, uma vez que possuem baixo custo de
construção e manutenção, sem contar a alta eficiência de coleta que apresentam para
partículas com diâmetros superiores a 5 micrômetros.

O estudo de ciclones é de grande importância para a indústria, visto que seu baixo
custo e alta eficiência de coleta são muito favoráveis. Assim, no projeto do ciclone é
importante realizar os cálculos de parâmetros geométricos e operacionais dos
ciclones (eficiência de coleta, queda de pressão e vazão volumétrica) por meio de

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

equações empíricas que objetivam a otimização operacional de ciclones e


hidrociclones (Souza, 2000).

O objetivo específico deste artigo é a descrição da construção de um protótipo de


ciclone, onde a partir de testes realizados com uma mistura de cal e terra se viabilizou
a realização do cálculo de rendimento do ciclone.

1.1 CICLONES E HIDROCICLONES

Os ciclones e hidrociclones são equipamentos geralmente utilizados na separação de


partículas sólidas em uma corrente fluida. Entretanto podem ser utilizados como
classificadores de partículas sólidas, secadores, reatores etc. Sua configuração
consiste em um formato cônico-cilíndrico, possuindo uma entrada lateral e duas
saídas: uma inferior, que recebe o nome de underflow e outra superior, a qual
chamamos overflow, ambas orientadas no eixo central, como mostra a Fig. (1),
(Souza, 2000).

Além disso, os ciclones e hidrociclones possuem um segmento cilíndrico na parte


superior, de comprimento Ls, denominado de vortex finder (Souza, 2000).

Figura 1. Esquema básico da configuração de ciclones e hidrociclones.

FONTE: Souza, 2000.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

A separação das partículas no ciclone ocorre pela ação das forças centrífugas
decorrentes do escoamento espiral da suspensão no interior do ciclone. Assim, é
gerado um campo centrífugo dentro do equipamento e a força centrífuga resultante
promove o deslocamento das partículas em direção à parede do ciclone, realizando
um movimento circular. Em seu percurso as partículas descrevem uma trajetória
helicoidal sob a ação do arraste, da gravidade e do atrito pelas paredes do
equipamento e então escoam próximo à parede, com saída para o coletor. Este
escoamento ocorre em espiral e apresenta componentes de velocidade nas direções
axial, radial e tangencial, onde se observa a formação de vórtices, regiões de
recirculação, forte turbulência, contato fluido-sólido, entre outros fenômenos que
geram certa complexidade no comportamento fluidodinâmico de ciclones e
hidrociclones (Souza, 2000).

Para otimizar o funcionamento dos ciclones é possível calcular parâmetros


geométricos e operacionais, visando aumentar sua eficiência de coleta. Desse modo,
os quatro parâmetros básicos que podem ser calculados são: o tamanho das
partículas que saem em proporções iguais pelo underflow e overflow (d50), a queda
de pressão, a razão entre a vazão do underflow e do overflow e a eficiência de coleta
(Souza, 2000). Todos estes parâmetros são influenciados pela vazão da suspensão
na entrada do ciclone, tipo de fluido, tipo de partícula e tipo de ciclone. Isto é, o cálculo
desses parâmetros depende das condições de operação a que o ciclone será
submetido, resultando em diferentes equações de projeto. Assim, além dos modelos
matemáticos que se baseiam nas leis de conservação da massa e da quantidade de
movimento usadas no estudo da fluidodinâmica, é necessário realizar estudos
avançados para otimizar o rendimento de ciclones e hidrociclones (Souza, 2000).

1.2 FAMÍLIAS DE CICLONES

Os ciclones são classificados em famílias, isto é, um conjunto específico de ciclones


que possuem como características principais as relações fixas constantes entre seus
parâmetros geométricos e o diâmetro da parte cilíndrica. Tais relações são na verdade
proporções existentes entre as dimensões geométricas do ciclone e são de grande

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

importância no processo de separação, uma vez que estão diretamente relacionadas


com a capacidade e o poder de classificação dos ciclones (Lacerda, 2007). A Tab. (1)
apresenta tais proporções para cada família de ciclones: Lapple, Stairmand e Niigas-
11. A Fig. (2) ilustra as dimensões geométricas de um ciclone.

Tabela 1. Principais proporções geométricas para os ciclones das famílias Lapple,


Stairman e Niigas-11.

Dimensões Lapple Stairmand Niigas-11


Bc/Dc 0,25 0,20 0,26
Do/Dc 0,50 0,50 0,60
Hc/Dc 0,50 0,50 0,48
Lc/Dc 2,00 1,50 2,08
Sc/Dc 0,62 0,50 1,30
Zc/Dc 2,00 2,50 2,00
Du/Dc 0,25 0,37 0,22
Inclinação 0 0 11º

FONTE: Lacerda, 2007.

Figura 2. Dimensões geométricas de um ciclone

FONTE: Lacerda, 2007.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

1.3 DIÂMETRO DE CORTE

Variável relacionada à eficiência de coleta. É o tamanho da partícula que é coletada


com 50% de eficiência. Assim, as partículas que saem pelo underflow são coletadas
com eficiência maior que 50% (Lacerda, 2007).

1.4 EFICIÊNCIA DE COLETA

A eficiência de coleta ou rendimento do ciclone é calculada através da Eq. 1:

Onde n é o rendimento, m underflow a massa que sai por baixo do ciclone e m entrada, a
massa de entrada no ciclone. Quanto maior a eficiência de coleta, melhor a separação.

2. METODOLOGIA

A montagem e o teste do ciclone estão apresentados no fluxograma, como mostra a


Fig. 3.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

Figura 3. Fluxograma do Processo de montagem e teste do ciclone

FONTE: próprio autor.

Primeiramente foi realizado o esboço do projeto (1), Fig.3, junto com suas dimensões,
apresentados na Tab. (2) e Fig. 4). O modelo de família de ciclone utilizado para o
dimensionamento do projeto foi a família Stairmand – AE, utilizado como base a
entrada do ciclone (De) sendo 5 cm.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

Figura 4. Esboço do projeto

FONTE: próprio autor.

Tabela 2. Dimensões do projeto.

Dimensões Tamanho(m) Dimensões Tamanho(m)


De/Dc 0,005 Dc 0,10
a/Dc 0,005 A 0,05
b/Dc 0,002 B 0,02
H/Dc 0,04 H 0,40
h/Dc 0,015 H 0,15
B/Dc 0,00375 B 0,0375
S/Dc 0,005 S 0,05

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

FONTE: próprio autor.

Por meio do esboço realizou-se a montagem da estrutura do cone do ciclone (2), Fig.3,
para isso utilizou-se o cano de PVC (AMANCO), com a tesoura de corte de chapa
(CORNETA) e realizou-se a redução concêntrica do PVC. Para a vedação do cone do
ciclone realizou-se a solda do PVC (3), Fig.3, utilizando o ferro de solda (FOXLUZ) e
a mangueira de alta pressão (NORGREN).

Em seguida, na parte superior do cano do ciclone foi realizado um corte de 5 cm de


largura e 5cm de altura com o auxílio da tesoura de corte (CORNETA). O estilete
(FORD) foi aquecido mediante o fogão (DAKO) e utilizado para retirar as rebarbas,
fazendo assim o corte de entrada do ciclone (4), Fig.3.

Posteriormente realizou-se o furo de 5 cm de diâmetro na parte superior, com o auxílio


da furadeira (MAKITA) e o corte de 5 cm de diâmetro e altura e largura no cap (TIGRE),
por meio da tesoura de corte de chapa (CORNETA). Após esta etapa, colocou-se o
tubo de 5cm de diâmetro (AMANCO) no furo, vedando com o adesivo epóxi
(DUREPOXI), realizou-se então o fechamento do ciclone com a cola de PVC
(AMANCO), montando assim a tampa do ciclone (5), Fig.3.

Sequencialmente montou-se o tubo de entrada do ciclone (6), Fig.3, utilizou-se para


isso um tubo de 5cm de diâmetro e de altura (AMANCO); foi necessário moldar a
entrada aquecendo o tubo, por intermédio do fogão (DAKO). Colou-se o tubo de
entrada na entrada do ciclone. Assim foi possível finalizar a estrutura do projeto (Fig.
5)).

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

Figura 5. Estrutura do protótipo.

FONTE: próprio autor.

Em seguida realizou-se o acabamento do projeto (7), Fig.3, com cola branca


(CASCOLA) e tiras de jornal reciclado e colou-se no ciclone para deixar a superfície
mais uniforme. Após esta etapa realizou-se a pintura do ciclone (8), Fig.3, com a tinta
spray (TEK BOND).

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

Para a realização do teste do ciclone (9), Fig.3, em uma balança semi-analítica


(MARTE) pesaram-se 200 g de terra com cal e por meio de um agitador magnético
(SOLOTEST) com peneiras (AVTTEST e SOLOTEST) de aberturas de 4, 8, 10, 16,
30, 50 e 74 mesh, encontrou-se o diâmetro das partículas. Então ligou-se o aspirador
(ELETROLUX) com o tubo na parte superior do ciclone, colocou-se uma mangueira
de silicone (ELETROLUX) no tubo de entrada do projeto para sugar a amostra de terra
peneirada. Após esta etapa pesou-se a amostra que ficou retida na parte de baixo, no
pote de conserva (EMBAVALE).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O projeto final pode ser observado na Fig. 6. É possível visualizar três principais
componentes: o ciclone (composto por corpo, entrada, overflow e underflow), suporte
para sustentação e coletor de saída, mantendo todas as dimensões demostradas no
esboço (Fig. (4)).

Figura 6. Projeto Final, ciclone de bancada, 40 cm de altura de material PVC e suporte.

FONTE: próprio autor.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

Os dados obtidos para a granulometria foram distribuídos conforme Tab. 3,


juntamente com os dados estatísticos correspondentes.

Tabela 3. Resultados experimentais para o estudo de granulometria.

Malha Diâmetro Massa (g) Xi Xac Xpassou


(Mesh) (µm)
2–4 5875 1,46 0,70% 0,007 0,993
4–8 3555 9,71 4,70% 0,055 0,945
8 – 10 2180 8,16 4,00% 0,094 0,906
10 – 16 1590 30,22 14,80% 0,242 0,758
16 – 30 890 17,72 8,70% 0,329 0,671
30 – 50 450 67,03 32,80% 0,656 0,344
50 – 200 245 67,42 32,90% 0,986 0,014
200 74 2,90 1,40% 1,000 0,000
204,62

FONTE: próprio autor.

Os dados estatísticos anteriores são mais bem representados quando vistos em


porcentagem de massa, conforme a Tab. (3). Pode-se afirmar que a maior parte das
partículas apresenta diâmetro médio de 245 µm, enquanto apenas 0,7% possuem
diâmetro maior do que 5875 µm.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

Figura 7. Distribuição Granulométrica: fração de massa por diâmetro médio das


partículas.

FONTE: próprio autor.

O rendimento do ciclone foi calculado levando em consideração a massa do coleto:


underflow (195,7 g) e a massa das partículas de entrada (200 g). Através de uma
simples relação entre elas é possível determinar o rendimento de 97,85%. O valor do
rendimento e a perda da eficiência estão relacionados com o diâmetro do tubo do
ciclone, se não for grande o suficiente, e o tamanho das partículas, esses dois fatores
podem ter influenciado a perda de eficiência de 2,15%, principalmente o tamanho das
partículas, afinal considerando a distribuição granulométrica anterior é possível
afirmar que a maior parte das partículas possuem um tamanho relativamente pequeno
que pode ter gerado perda de eficiência.

Utilizaram-se três modelos de análise estatística: Gates-Gaudin-Schummann (GGS),


Rosin-Ramler-Bennet (RRB) e Log Normal (LOG), visível nas Fig. 8, Fig. 9 e Fig. 10,
respectivamente. Para todos os modelos a série em azul representa os dados
experimentais obtidos, enquanto a série em vermelho representa a proximidade entre

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

os valores experimentais e os modelos. Os valores de M e K resultaram em 0,443 e


4,254 respectivamente, para o modelo GGS, n e d’ resultaram em 1,280 e 1,014 para
o modelo RRB, e por fim, 0,701 e 2,353 para o modelo LOG.

Figura 8. Modelo de Gates-Gaudin-Schumman.

FONTE: próprio autor.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

Figura 9. Modelo de Rosin-Ramler-Bennet.

FONTE: próprio autor.

Figura 10. Modelo de Log Normal

FONTE: próprio autor.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

O modelo GGB não apresentou proximidade com os valores experimentais quando


comparado com os outros dois modelos (RRS e LOG), porém vale à pena ressaltar
que a amostra não apresentou uniformidade (M = 0,443), afinal o valor de M para tal
modelo representa distribuição uniforme quando igual a 1. Ambos os modelos RRS e
LOG possuem maior proximidade com os valores experimentais, uma vez que
apresentaram sobreposição e valores mínimos de erros.

O modelo RRS obteve 4% de erro, enquanto LOG Normal obteve apenas 2%, sendo
assim o modelo mais indicado com menor erro entre os três.

4. CONCLUSÃO

O projeto final, confeccionado à base de materiais de baixo custo é capaz de promover


a separação de forma eficiente, obtendo um rendimento de 97,85%, tal valor está
completamente relacionado com o tamanho das partículas utilizadas na separação,
portanto a análise granulométrica foi de total importância, revelando que a maior parte
das partículas possui um diâmetro médio de 245 µm, ou seja, consideravelmente
pequeno, o que pode explicar a perda de eficiência devido à possível perda de carga.

Para fins de análise estatística o modelo de Log normal apresentou menor erro,
aproximadamente 2%, quando comparado com os outros dois modelos (GGS e RRB)
e falta de homogeneidade no tamanho das partículas o que também pode influenciar
no desempenho do projeto.

5. REFERÊNCIAS

CREMASCO, M. A., 2012, Operações unitárias em sistemas particulados e


fluidodinâmicos. Ed. Edgar Blucher, São Paulo, Brasil.

LACERDA, A. F., Estudo dos efeitos das variáveis geométricas no desempenho de


ciclones convencionais e filtrantes, disponível em:
<http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/15085/1/ AFLacerdaDISS1PRT.pdf>,
acesso em 09 abr. 2019.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone
REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO
CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

SOUZA, D. P., Aplicação das Equações Fundamentais para a Solução do


Escoamento em Ciclones e Hidrociclones, disponível em: <http://
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/78273>, acesso em 08 abr. 2019.

Enviado: Julho, 2019.

Aprovado: Novembro, 2019.

RC: 42018
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-um-
ciclone

Você também pode gostar