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11/10/21

Licenciatura de Engenharia e
Gestão Industrial
2. Contabilidade de Financeira e de Gestão
A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras
(Balanço e Demonstração de Resultados)

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11/10/21

Resumo
1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)
2. Balanços
3. Demonstração de Resultados

A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


(Balanço e Demonstração de Resultados)

1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

1. O que é Contabilidade?

2. Para que serve?

3. Como se organiza?

A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

A Contabilidade é um sistema de informação que garante a


fiabilidade e precisão da mesma, através de métodos rigorosos de
medição e organização para a tomada de decisão.

Critérios de Reconhecimento e Mensuração

A Contabilidade é uma actividade que proporciona informação (…)


para a tomada de decisões, planeamento, controlo das operações,
avaliação do desempenho e relato financeiro aos utentes (como
investidores, credores, autoridades reguladoras e ao público em
geral).

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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)
• Contabilidade, com carácter histórico: dá a conhecer o que aconteceu, permitindo uma visão retrospectiva da entidade. Inclui:

• Financeira: Necessária a todas as entidades. Regista e fornece informações gerais, as que respeitam à entidade no seu
todo. Apura o resultado global da entidade e divulga o balanço.

• De Custos: Voltada para a interpretação e controle do custo dos bens fabricados e comercializados pela entidade. É uma
contabilidade interna, visando o apuramento de resultados por produto, departamento, projecto, cliente.

• De Gestão: Visa suprir um elenco maior de informações exclusivamente para a tomada de decisões. Diferencia-se da
contabilidade financeira e da de custos, por não se prender aos princípios fundamentais da contabilidade.

• Contabilidade de carácter previsional: Exprime os resultados das previsões. Permite a elaboração dos planos de actividades e
o estabelecimento de regras a que a gestão se deve submeter. Inclui:

• Contabilidade Orçamental: Visa antecipar a actividade económica futura da empresa. Requer avaliações subjectivas e a
análise de um grande número de variáveis e premissas.
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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)
§ 9 a 11 - Estrutura Conceptual

As Demonstrações Financeiras, devem atender às necessidades dos utilizadores externos e


internos à entidade:

Utilizadores externos Utilizadores internos


• Investidores actuais e potenciais • Empregados
• Instituições de crédito
• Clientes Utilizadores internos – participam
• Fornecedores e outros credores actuais directamente na gestão da empresa.
• Governo e seus departamentos Usam a informação interna e externa
• Público produzida pela contabilidade, com fins
de continuidade, controlo e decisão.
Utilizadores externos – não participam directamente
na gestão da empresa, mas são afectados pela sua
situação económico-financeira.

Necessitam de informação “normalizada”


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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)
§ 9 a 11 - Estrutura Conceptual

A pluralidade de utilizadores requer que a informação esteja normalizada e, em consequência, que a sua elaboração
esteja regulada atendendo a um marco conceptual e à aplicação normativa.

Aplicação Normativa
Regime
SNC Especial
Microentidades

Pequenas
Geral Entidades Microentidades

EC
EC
28 NCRF’s NCM
NCRF - PE
2 NI’s

A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)
Referenciais contabilísticos para o sector empresarial:

Emitentes de títulos cotados: Referencial IASB/EU


Banca e Seguros
SNC: NCRF Regime Geral, NCRF - PE e NC – ME

Micro Pequenas Médias Grandes


Empresas Empresas Empresas Empresas
Total Balanço (m€) ≤350 ≤4 000 ≤20 000 >20 000

Volume de Negócios (m€) ≤700 ≤8 000 ≤40 000 >40 000

Nº Médio de Empregados (Un) ≤10 ≤50 ≤250 >250

NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro


PE – Pequenas Entidades
ME - Micro entidades 10

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1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

O seu principal objectivo é a organização da informação financeira de forma sistémica para


que sirva de auxilio à tomada de decisão, bem como servir de base de informação para o
cumprimento das obrigações fiscais.
Verificando o seguinte:

- Pressupostos Subjacentes

- Características qualitativas

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1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

Pressupostos Subjacentes
● Regime do acréscimo
Os factos são registados quando ocorrem e não quando os fluxos de caixa ou
equivalentes são recebidos ou pagos.

● Continuidade
As demonstrações são preparadas no pressuposto de que a entidade continuará a
operar no futuro previsível

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1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)
Características qualitativas

● Compreensibilidade

● Relevância

● Fiabilidade

● Comparabilidade

● Constrangimento à informação relevante e fiável

● Imagem verdadeira e apropriada


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1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

Package Completo de Demonstrações Financeiras:


- Balanço (Financial Position Statement)
- Demonstração de Resultados (Income Statement)
- Anexo (Notes)
- Demonstração de Fluxos de Caixa (Cashflow Statement)
- Mapa de Alterações de Capitais Próprios

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1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

Activo
Posição
Passivo BALANÇO
Financeira
Capital Próprio

DEMONSTRAÇÃO
Desempenho Gastos DOS
Rendimentos RESULTADOS

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1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)
• Fluxos da empresa:
• Três ópticas distintas podem ser evidenciadas:
• financeira;
• económica (ou produtiva); e
• de tesouraria (ou de caixa)

• A financeira:

B
• Diz respeito ao crédito concedido e obtido pela empresa no exterior. Se a
a empresa fica credora de um elemento externo diz-se que teve uma
l receita, se pelo contrário fica devedora diz-se que teve uma despesa.
a
n • As despesas são obrigações de carácter financeiro decorrentes da
ç aquisição de bens ou serviços, independentemente do seu pagamento;
o
• As receitas, são direitos de carácter financeiro decorrentes da venda de
bens ou de prestações de serviços, independentemente do seu
recebimento.
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1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

• A óptica económica (ou produtiva):


• Diz respeito ao consumo de inputs (gasto) e à obtenção de outputs
(rendimento). Ou seja, à transformação dos diversos factores
produtivos.
• Os gastos são consumos de bens e/ou serviços,
independentemente da sua aquisição ou pagamento. Ex: custo das
vendas, gastos com pessoal, depreciações/amortizações, etc.
• Os rendimentos são valores correspondentes à produção de bens
e/ou serviços, independentemente da sua venda. Ex: vendas,
prestação de serviços, dividendos, etc.

Demonstração de Resultados por Natureza e por Funções


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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


1. Contabilidade Financeira (Externa) e de Gestão (Interna)

• A de tesouraria (ou de caixa):


• Dizem respeito às entradas e saídas de meios monetários:
• Os recebimentos são entradas de meios de pagamento na
empresa, qualquer que seja a sua proveniência (ex: notas,
moedas, cheques, vales postais).
• Os pagamentos são saídas de meios de pagamento na empresa,
qualquer que seja o seu destino (ex: notas, moedas, cheques,
vales postais).

Demonstração de Fluxos de Caixa

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(Balanço e Demonstração de Resultados)

2. Balanços

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2. Balanços

• É o conjunto dos bens, direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa ou a uma


entidade num determinado momento.
• Em termos de apresentação consegue-se, logicamente, relacionar e medir os distintos
elementos patrimoniais da seguinte forma:

O que
O que tem
deve

Situação
Diferença Patrimonial

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2. Balanços
Conceito de Activo, Passivo e Capital Próprio

Activo é um recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos passados


e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios económicos futuros.
§49 a) - EC

Exemplos:
- Edifícios - Equipamentos de transporte (viaturas)
- Equipamentos fabris - Computadores
- Licenças para utilizar determinado processo de fabrico ou software informático
- Dívidas a receber (de clientes e outros devedores)
- Dinheiro em caixa, depósitos bancários, etc.
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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


2. Balanços
Conceito de Activo, Passivo e Capital Próprio

Passivo é uma obrigação presente da entidade proveniente de acontecimentos passados,


da liquidação da qual se espera que resulte um exfluxo de recursos da entidade
incorporando benefícios económicos.
§49 b) - EC

• Uma característica essencial de um passivo é a de que a entidade tenha uma


obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade para agir
ou executar de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente impostas
como consequência de um contrato vinculativo ou de requisito estatutário - §59.
• Exemplos:
- Empréstimos bancários - Dívidas ao Estado
- Dívidas a fornecedores e a outros credores, etc.
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2. Balanços
Conceito de Activo, Passivo e Capital Próprio

Capital próprio é o interesse residual nos activos da entidade depois de deduzir todos os
seus passivos.
§49 c) - EC

• Exemplos:
- Capital social subscrito e realizado pelos sócios ou accionistas
- Reservas
- Resultado líquido do período (lucro ou prejuízo)

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A Contabilidade e as Demonstrações Financeiras


2. Balanços
Os bens, os direitos e as obrigações são designados como elementos patrimoniais.

A Situação Líquida (SL) ou Capitais Próprios (CP) é a expressão numérica


do valor do património chamando-se também Património Líquido.

BENS DIREITOS OBRIGAÇÕES


Valor do
Património

valorizam positivamente o valorizam


património. negativamente o
património.
Activo Passivo Capital Próprio
Assets Debt Equity
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2. Balanços
o Suponha que a entidade X apresenta os seguintes Exemplo
elementos patrimoniais e chega à seguinte relação:

O que tem O que deve


Um edifício 250.000,00 Dívida ao Banco pelo edifício 120.000,00
Um carro 24.450,00 Dívida à locadora pelo carro 15.700,00
Dinheiro no banco (à ordem)
5.250,50 Total 135.700,00

Acções da EDP
2.356,75 Situação Patrimonial ???????

Total 282.050,50 Total 282.050,50

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2. Balanços
Exemplo
o Suponha que a entidade X apresenta os seguintes
elementos patrimoniais e chega à seguinte relação:

(Balanço de situação)
O PASS
ACTIV IVO
O que tem O que deve
Um edifício 250.000,00 Dívida ao Banco pelo edifício 120.000,00
Um carro 24.450,00 Dívida à locadora pelo carro 15.700,00
Dinheiro no banco (à ordem)
5.250,50 Total 135.700,00
CAPIT
PRÓP AL
Acções da EDP Situação Patrimonial R
2.356,75 146.350,50 IO
(282.050,5 – 135.700)
Total 282.050,50 Total 282.050,50

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2. Balanços

Ordem
crescente
de liquidez

Ordem
cronológica de
formação das
rubricas

Ordem
crescente
de exigibilidade

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(Balanço e Demonstração de Resultados)

3. Demonstração de Resultados

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3. Demonstração de Resultados
Conceito de Rendimento, Gasto, Resultado

Rendimentos são aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na


forma de influxos ou aumentos de activos ou diminuições de passivos que resultem em
aumentos no capital próprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos
participantes no capital próprio.
§69 a) - EC

A definição de rendimentos engloba - §72 a 75:


Os réditos provêm do decurso das actividades correntes ou ordinárias de uma entidade.
Ex: vendas, prestações de serviços, juros, dividendos, rendas.
Os ganhos podem, ou não, provir do decurso das actividades correntes. São aumentos do
património da entidade provenientes de actividades periféricas ou acidentais, por
exemplo, mais-valias obtidas na alienação de activos não correntes, indemnizações
recebidas, etc.
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3. Demonstração de Resultados
Conceito de Rendimento, Gasto, Resultado

Gastos são diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na


forma de exfluxos ou deperecimentos de activos ou na incorrência de passivos que resultem
em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos
participantes no capital próprio.
§69 b) - EC

A definição de gastos engloba - §76 a 78:


- Gastos: provêm das actividades ordinárias (ou correntes) da entidade. Ex: custo das
vendas, salários, depreciações.
- Perdas: podem, ou não, surgir no decurso das actividades ordinárias da entidade. São
diminuições do património da entidade provenientes de actividades periféricas ou
acidentais, por exemplo, alienações de activos não correntes, indemnizações pagas, etc.
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3. Demonstração de Resultados
Conceito de Rendimento, Gasto, Resultado

O resultado, surge da diferença entre os rendimentos e os gastos, que será:

Resultado
Positivo Lucro
Rendimentos - Gastos
Resultado
negativo Prejuízo

Lucro Rendimentos > Gastos

Prejuízo Rendimentos < Gastos


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3. Demonstração de Resultados

A Demonstração de resultados
A demonstração de resultados (tem por objetivo evidenciar os resultados (lucros ou
prejuízos) obtidos na atividade desenvolvida pela empresa num determinado período –
entre dois balanços) Tipos de demonstrações de resultados:

DR por Naturezas: quadros demonstrativos dos resultados apurados pela empresa


(RO, RF, RC, RAI, RL) evidenciando Gastos e rendimentos (custos pessoal, FSE,
Vendas…) por grupos homogéneos conforme a sua natureza;

DR por Funções: os resultados são apurados de acordo com as funções da


empresa (produção, distribuição, comercial, financeiro…)

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Modelo
Vertical

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3. Demonstração de Resultados

Demonstração de Demonstração dos


Balanço
Fluxos de Caixa Resultados Líquidos

+ Recebimentos Capitais + Rendimentos


- Pagamentos Próprios - Gastos
Activo
Não Resultado
s Líquidos
Corrente
Operacionais Operacionais

Passivo
Activo
Investimento Não Financeiros
Corrente
Corrente
Financiamento Não Correntes

Caixa e
Passivo
= Fluxo Líquido Depósitos B. Corrente = Resultados
de Caixa Líquidos

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