Os realistas reagiram contra o Romantismo de subjetividade, idealização e fuga, passaram
a observar a natureza e explicar fatos a partir da experimentação. Dentro do Naturalismo com muito mais veemência, acompanhando a ciência que passava por essa transição de comprovação dos fatos observáveis, partia a mostrar que o homem também se alterava de acordo do espaço que vivia, tanto com os pares, quanto consigo mesmo. O Realismo tem a objetividade, a observação e a verossimilhança , tal qual o Naturalismo também compartilha, portanto no Naturalismo as questões de retratar a realidade são mais explícitas, por se amparar nas experimentações, em teses, e geralmente ambientar em um espaço de pobreza, que acarreta menos elegância nos modos comportamentais e atitudinais dos indivíduos, pois a marca da literatura naturalista são os comportamentos sociais em detrimento ao comportamento psicológico mais marcado no Realismo que vê a vida psíquica dos indivíduos relacionada ao momento histórico em uma análise contemporânea, como um documento a ser guardado, privilegiando as teorias do Positivismo, aquele conhecimento sistematizado e comprovado através da experimentação, em contramão a explicações subjetivas presentes no Romantismo, inclusive também apoiando-se na teoria da Evolução de Darwin, afastando assim o criacionismo, e partindo do princípio que os meios também influenciam o desenvolvimento da civilização com mais ou menos intensidade conforme o lugar onde estamos. A preocupação do Realismo era a análise psicológica das personagens, retratava geralmente um ambiente de classes mais abastadas, portanto tem uma linha de elegância mais presente que no Naturalismo, que já retrata mais um ambiente de pobreza, com um olhar mais dado as questões sociais de comportamento.