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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO

CAMPUS AÇAILÂNDIA
CURSO ADMINISTRAÇÃO

MAYARA DOS SANTOS BARROS

RESENHA CRÍTICA: a atitude científica e o mito da caverna

Açailândia
2018
MAYARA DOS SANTOS BARROS

RESENHA CRÍTICA: a atitude científica e o mito da caverna


Resenha Crítica apresentada à Disciplina de
Filosofia da Universidade Estadual da Região
Tocantina do Maranhão (UEMASUL), como
requisito para obtenção parcial de nota do Curso
de Bacharel em Administração.
Orientador: Prof. Ricardo Gavioli

Açailândia
2018
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.

Na unidade 7, especificamente capítulo 1 da obra Convite a Filosofia, o


tema abordado pela autora é atitude cientifica. Ela inicia expondo algumas crenças e
as razões que confirmam as mesmas serem aceitas pela maioria das pessoas como
verdades muitas vezes ate inquestionaveis. No entanto as ciências após muitos
estudos vem, para em alguns casos, contradizer essas crenças, comprovando que
algumas coisas que se achavam ser realidade, não deveriam ser aceitas como tal.
A autora faz um detalhamento das caracteristicas do senso comum
diferenciando da atitude cientifica. Dentro do senso comum destaca-se o fato de que
o ponto de vista das coisas vai depender muitas vezes da orientação religiosa,
profissional ou ate mesmo da fase em que determinado individuo está vivendo. No
texto a autora destaca o senso comum como aquele que caracteriza os fatos de
acordo eles são ou pelo menos como são percebidos , agrupando aquilo que é
semelhante e diferente em si, ainda que não existam provas que comprovem tais
caracteristicas. Essa visão de mundo do individuo dentro desse senso, é construída
muitas vezes de medos, supertições repassadas de geração em geral, logo, ainda
que não se tenha provas reais de que algo pode acontecer sucedido de determinado
comportamento, ainda assim as crenças permanecem quase que intactas, se
modelando apenas ao contexto muitas vezes que se está.
No que diz respeito a atitude cientifica, diferente do senso comum, que
aceita sem questionar, ela por sua vez sempre duvidará das certezas , criticará os
fatos tidos como verdades, procurando respostas, padrões e origens das coisas. O
grande fundamento desse tipo de atitude são as comprovações que possam
justificar para que só depois se façam afirmações e repassem as informações. Esta
procura desconfigurar o que o senso comum crê, buscando provas que fortaleçam a
ideia de que os fenômenos estão todos ligados a padrões, chegando ao ponto de
verificar e interpretar, e indagar suas proprias comprovações, o que pode ser visto
constumeiramente no instante em que o que antes era comprovadamente
verdadeiro, sendo colocado como mentira, ou mesmo sendo investigado a fundo
novos meios de se pensar sobre tais fatos.
Pode-se afirmar que a atitude cientifica permite ter uma visão do todo,
significa dizer que analisará os fatos de forma mais ampla, o que pode em muitas
vezes tornar o semelhante em algo diferente e vice-versa.
No capitulo capitulo 3 da unidade 1, contemplamos uma ilustração da
autora com o titulo o mito da caverna, que traz um conceito criativo do mundo e das
partes que o compõe. Antes de abordar essa ilustração, a autora trata dos períodos
da filosofia, onde relata de forma resumida um pouco da historia, ou seja, como
começou toda essa ideia de filosofia na sociedade. O período Socratico por
exemplo, que inicia em Atenas, cidade que se tornou centro de vida social e cultural
da Grécia, onde começam a difundir a ideia de democracia e cidadania, isso
significa que o homem poderia participar de forma mais ativa nas esferas politicas,
podendo expor suas ideias, discutir e reivindicar seus direitos.
Ao iniciar o tópico do mito da caverna, a autora usa figuras que ao passo
que apresenta objetos da caverna e seu entorno ela relaciona com a vida cotidiana
de forma que cada elemento tem um significado. Logo entende-se que a caverna é
o mundo, as sombras de estatuetas são as coisas que se entende como real, o
prisioneiro que se liberta da caverna é o filosofo que consegue fazer isso por pensar
diferente dos outros que estão ali naquela mesma situação, a luz exterior é o
conhecimento que ilumina a escuridão do medo e da duvida, e o lado exterior da
caverna são as possibilidades, oportunidades e tudo que está a disposição do ser
humano todos os dias.
A autora coloca como ferramenta de libertação do filosofo, enquanto
prisioneiro ali naquele mundo, a dialetica, que é a arte de dialogar, ou seja, poder
atraves da fala se chegar a outras conclusões a respeito de um mesmo assunto.
Analisando a ideia que autora pretende passar com o texto é que somente uma
pessoa liberta, pode libertar outras. E pra chegar a este ponto é preciso estar aberto
ao novo.
A filosofia é então apresentada como a oportunidade que as pessoas têm
de perceber o mundo de forma mais clara e verdadeira. Apesar dessa possibilidade
de libertação, algumas pessoas defendem suas rotinas, seus padroes de
pensamento, e preferem permanecer em seus mundos e chegam ate mesmo a
morrer sem se permitir viver o novo, pelo medo ou pelo apego as praticas comuns
da maioria. O texto é finalizado mostrando o julgamento e ate mesmo a condenação
por parte desses ditos prisioneiros, aos individuos que mostram interesse de viver ou
ter novos padrões de racicionio. Por isso a autora ilustra o filosofo morto ao passo
que queria apresentar esse conhecimento aos seus companheiros, fazendo
referencia á Socrates que foi morto em assembleia ateniense.

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