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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CCTA - DEPARTAMENTO DE JORNALISMO


DISCIPLINA JORNALISMO E SOCIEDADE

Aluno: Cleyton Araújo Ferreira

Atividade: Anotações sobre o filme “O Mercado de Notícias”

O objetivo principal do filme é discutir o papel da imprensa. Treze jornalistas comentam as


funções do repórter, o relacionamento com as fontes, as afinidades políticas e a
dependência econômica dos media, como também, as mudanças da era digital e outros
tópicos. Existe entre eles, por exemplo, os integrados, que trabalham na mídia
convencional, e os avulsos, ligados a veículos menores ou blogueiros autônomos. As
considerações que fazem sobre a profissão são análogas nos aspectos genéricos
(importância da ética, compromisso com a prestação de serviço, etc), mas se distanciam
quando se referem à autocrítica e ao funcionamento da imprensa na prática.

Na sua natureza, não há mudanças quando se vê a coalizão dos grandes sistemas


jornalísticos de hoje com os interesses de uma burguesia que resiste a mudanças mais
profundas no país. Furtado busca inserir pequenas análises de casos exemplares das
segundas intenções de grandes jornais e TVs em relação ao governo Lula, como, por
exemplo, a famosa bolinha de papel atirada em José Serra e a cópia de um quadro de
Picasso denunciada como sendo o original numa repartição do INSS. Ele chega a posar
de Michael Moore quando visita a tela original no Museu Guggenheim e sua imitação
barata no INSS.

Não percebi a vivacidade habitual de Jorge Furtado em manipular camadas narrativas e


revelar um realismo fantástico. Com apenas leves insights do processo de filmagem, ele
aparenta menos interesse em elaborar um "filme inteligente" do que em prestar um
serviço de conscientização sobre o jornalismo cotidiano. Mesmo assim, não se trata de
um documentário contrário à imprensa. É, na realidade, uma análise atual e que traz
algumas observações para se pensar e compreender um pouco a verdadeira função dos
jornalistas, a importância, e o poder que eles, querendo ou não, exercem, etc.

Assim sendo, o documentário observa alguns erros grotescos que a imprensa comete.
Inúmeras vezes os jornais publicam fatos sem provas, acusando pessoas sem certeza de
que são realmente culpadas. Posteriormente, depois de investigação, é provada a
inocência dos acusados, daí então a mídia não dá quase destaque nenhum ao fato. Ou
seja, sujam imagens com facilidade ímpar.

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