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DISCIPLINA
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
E GESTÃO ESCOLAR
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Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1 O Papel do Coordenador Pedagógico ---------------------------------------------------------- 4
1.1 Identidade e Saberes -------------------------------------------------------------------------------------------- 5
1.2 Movimento de Construção Coletiva ----------------------------------------------------------------------- 13
2 Trajetória Histórica da Coordenação Pedagógica no Brasil ---------------------------- 14
3 A Coordenação Pedagógica na Perspectiva do Pensamento Complexo ------------- 17
3.1 O Paradigma da Complexidade ----------------------------------------------------------------------------- 18
3.2 A Escola na Perspectiva do Pensamento Complexo --------------------------------------------------- 19
3.3 E a escola, diante desse desafio? --------------------------------------------------------------------------- 22
3.4 O Coordenador Pedagógico na Perspectiva do Pensamento Complexo ------------------------- 23
4 Projeto Político Pedagógico --------------------------------------------------------------------- 24
4.1 Função Social da Escola --------------------------------------------------------------------------------------- 25
4.2 O Projeto ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 26
4.3 Organização Do Trabalho Pedagógico--------------------------------------------------------------------- 28
4.4 Formação Continuada do Professor ----------------------------------------------------------------------- 29
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Franco (2008, p. 120) complementa que para trabalhar com a dinâmica dos
processos de coordenação pedagógica na escola, um profissional precisa ter, antes de
tudo, a convicção de que qualquer situação educativa é complexa, permeada por
conflitos de valores e perspectivas, carregando um forte componente axiológico e
ético, o que demanda um trabalho integrado, integrador, com clareza de objetivos e
propósitos e com um espaço construído de autonomia profissional.
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Nas palavras de Franco (2008, p. 128). Essa tarefa de coordenar o pedagógico não
é uma tarefa fácil. É muito complexa porque envolve clareza de posicionamentos
políticos, pedagógicos, pessoais e administrativos.
Como toda ação pedagógica, esta é uma ação política, ética e comprometida, que
somente pode frutificar em um ambiente coletivamente engajado com os
pressupostos pedagógicos assumidos.
Como já discutimos, muitos exercem a função e nem sequer sabem ao certo quais
são suas atribuições. Alguns estão no cargo porque foram convidados por diretoras
que mantinham com eles um laço de amizade, deixando a competência para segundo
plano. A grande maioria dos coordenadores em exercício, não recebeu formação
específica, visto que é comum coordenadores terem outra graduação à exigida pela
LDB 9394/96, no referido caso, a graduação em Pedagogia; e muito menos
participaram de um processo seletivo. Conforme a LDB 9394/96 (BRASIL, 2005, p. 37),
no seu artigo 64
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É nesse contexto, que o coordenador pedagógico está inserido, pois uma das
principais atribuições desse profissional está diretamente associada ao processo de
formação continuada de seus professores. A formação continuada faz parte de uma
busca sistemática de conhecimentos, de capacidades de reflexões das práticas
pedagógicas dos educadores envolvidos em um contexto educacional. Por isso, de
nada adianta o coordenador pedagógico trabalhar em busca de uma qualidade
profissional, se os demais não participarem dessa ação efetiva no resgate de uma
educação de qualidade. Esta não é uma tarefa fácil, visto que a maioria dos professores
tem jornada dupla ou tripla, devido à desvalorização salarial e não sobra muito tempo
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Não se trata mais para o cidadão delegar seus poderes, mas de exercê-los, em
todos os níveis da vida social e em todas as etapas da vida (FAURE, 1997, Apud
DALMÁS, 1994, p. 19).
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As atitudes vivenciadas nos contextos escolares devem ser mudadas, pois só assim
teremos uma escola politicamente democrática e participativa, onde todos têm direito
de falar, de expor suas ideias e necessidades para a construção desse planejamento
pedagógico.
Para contribuir com a formação dos professores, o coordenador não pode adotar
uma postura autoritária, e sim respeitar a individualidade de cada um, bem como a
diversidade de posicionamentos. Através de imposições, ele nada conseguirá, por isso,
é muito importante que o cenário escolar seja palco da dialogicidade. Além da sua
atualização, capacitação e formação permanente, o coordenador precisa estar ciente
que a escola é um todo, e somente através do trabalho coletivo é que realmente se
efetivará um ensino de qualidade.
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O Brasil ficou sem sistema organizado de ensino durante largo período. Em 1772,
o governo lançou as aulas régias que consistiam no ensino de disciplinas isoladas
como cálculo, letras, artes, latim, grego e retórica, ministrado por leigos, padres e
capelães.
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Nos anos 20, surge a figura dos técnicos em educação. A propagação, no Brasil,
dos ideais da Escola Nova e a criação da Associação Brasileira de Educação (ABE)
impulsionaram essa categoria profissional. Medina (2002) denominou, entre os quatro
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Assim, o termo complexo indica a qualidade que possui alguma coisa ao estar
formada por um número maior de elementos estreitamente organizados entre si:
fenômenos, situações, comportamentos, processos, estruturas, outros.
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Educar para a incerteza: no sentido da escola educar para uma realidade que não
está sujeita a um conjunto de fenômenos regidos por ações e efeitos lineares,
determinados e previsíveis e por verdades absolutas. O processo educativo requer
educar para a incerteza, isto é, para as indeterminações, para os imprevistos, para a
não linearidade. Conforme Morin (2000, p. 56) “convém fazer a convergência de
diversos ensinamentos, mobilizar diversas ciências e disciplinas para ensinar a
enfrentar a incerteza”.
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Uma escola que se pensa, se confronta e avalia a sua própria missão e práticas
favorece o entrelaçamento com as finalidades propostas à educação por Contreras
(2006). Por quê? Porque a escola que pensa, que se reavalia, tem ambiente propício a
mudanças.
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A partir dos anos 80, ocorrem algumas mudanças em torno da função social da
escola, passando a ser vista como um importante espaço na concretização das
políticas educacionais, deixando de ser a continuidade da mantenedora, ou seja, já
começa a dar alguns passos rumo à autonomia.
Canário (1992) coloca que com este espaço a escola passa a ser reconhecida
como uma organização social, inserida num contexto local, com uma identidade e
cultura próprias, um espaço de autonomia a construir e descobrir, susceptível de se
materializar num projeto educativo.
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A escola precisa estar atenta ao seu contexto, sua comunidade, seus valores,
interesses e necessidades e não se eximir de suas responsabilidades, procurando
cumprir o seu papel da melhor forma possível.
4.2 O Projeto
No sentido etimológico, a palavra projeto vem do latim projectu, que significa
lançar para diante. Plano, intento, desígnio. Empresa, empreendimento. Redação
provisória de lei. Plano geral de edificação (FERREIRA, 1975, p. 1144).
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Precisamos analisar a situação sem buscar justificativas para o não fazer, mas sim
criar alternativas que possam ser fundamentais para a inquietação contínua e busca
de novos saberes.
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oportuno para a realização deste estudo pode ser durante as reuniões pedagógicas,
pois em vez de abordar assuntos fragmentados e burocráticos deveriam ser
desenvolvidos estudos pertinentes ao fazer pedagógico.
Vasconcellos (2007) enfatiza que assistir uma palestra de vez em quando não é o
suficiente para o educador enfrentar os desafios do cotidiano escolar, é necessário
estar sempre estudando, lendo, buscando novos conhecimentos.
FONTE: https://profslusos.blogspot.com/2015/01/de-regresso-formacao-continua.html
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5.2 E a escola?
A análise do pensamento de Alarcão (2000, p. 13), sobre a conceituação da escola
como “uma organização que continuamente se pensa a si própria, na sua missão social
e na sua estrutura, e se confronta com o desenrolar da sua atividade num processo
avaliativo e formativo” permite considerar que a escola que ela classifica de reflexiva,
constitui-se numa organização de aprendizagem, num processo permanente de
repensar-se, avaliar-se e promover as mudanças que o contexto local e mundial exige.
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1. Identificação do projeto
2. Descrição da situação-problema
3. Proposição de objetivos
4. Definição de metas
5. Delineamento de método, estratégias e procedimentos
6. Especificação de cronograma
7. Identificação de recursos e custos
8. Proposição de monitoramento e avaliação (LUCK, 2003, p. 92).
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frentes, tendo que desempenhar várias funções. Qual seria sua efetiva identidade
profissional? A sensação que se têm, com frequência é de que são ‘bombeiros’ a
apagar os diferentes focos de ‘incêndio’ na escola, e no final do dia vem o amargo
sabor de que não se fez nada de muito relevante [...] Sentem ainda o distanciamento
em relação aos professores, a desconfiança, a competição, a disputa de influência e
de poder (VASCONCELLOS, 2007, p. 85).
É necessária a busca por sua identidade, para que possa dar um novo significado
em sua prática, tentando superar as dificuldades encontradas neste campo de
trabalho, as quais, muitas vezes decorrentes de limitações próprias e/ou, dificuldades
em traduzir em suas práticas a riqueza de seus conhecimentos.
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7.3 Planejamento
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por fim construindo uma nova proposição de metas. Isto significa dar prioridade ao
planejamento como um processo dialético (ação-reflexão-ação), deixando de lado os
registros meramente formais, estáticos, distantes da realidade.
Por isso hoje a tarefa de planejar é bem mais complexa, não se trata de ter
condições de planejamento, mas de se resgatar o significado e dar a importância
devida a este elemento indispensável para o sucesso do Projeto Político- Pedagógico.
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Avaliar tem com certeza três lados: aluno, professor e os demais membros da
equipe pedagógica da unidade escolar. Avaliar o aluno traz sempre consigo a
avaliação da prática pedagógica do professor e do trabalho pedagógico desenvolvido
pela escola. Assim, se há problemas de aprendizagem, há também problemas de
ensino e de organização da gestão escolar.
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Considerações Finais
8 Considerações Finais
A coordenação pedagógica assume o papel de auxiliar o aluno na formação de
uma cidadania crítica e a escola na organização e realização do projeto político
pedagógico. Para o desenvolvimento de um trabalho competente, colocamos em
pauta o resgate da identidade do coordenador pedagógico, bem como sua formação
inicial e continuada. Com relação à sua identidade, é preciso que ele tenha clareza de
suas atribuições para que possa de fato realizá-las e deixar de ser o faz tudo,
descaracterizando a real dimensão de seu fazer profissional e estabelecendo um
conflito entre os diversos papéis desempenhados pelos diferentes profissionais da
educação.
Não nos resta dúvida de que o coordenador pedagógico precisa ser bem
formado, porém, o gestor e os professores também precisam de uma formação de
qualidade. Esta formação só terá sentido se a escola rediscutir seu sentido através de
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Considerações Finais
Portanto, a escolha do profissional para ocupar esta função deve ser criteriosa.
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Referências
Referências
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2004.
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Pedagógico e o espaço de mudança. São Paulo: Loyola, 2001.
ALMEIDA, Laurinha Ramalho de; PLACCO, Vera Maia Nigro de Souza. O Coordenador
Pedagógico e a Formação Docente. São Paulo: Loyola, 2000.
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sujeito de transformação. São Paulo: Libertad, 2005.
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