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PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


E.M.E.F. “Cônego Aníbal Difrância”

PROFESSOR(A) –
PERÍODO
7 ANO COMPONENTE CURRICULAR
01 /03/2021 a 2603
/ Profª Ana Maria - Arte

NOME DO ALUNO: _______________________________________________ TURMA: _______


ARTE
EIXO/LINGUAGEM DA ARTE: Artes Visuais
CONTEÚDO: Arte étnica: expressão e intencionalidade.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM: Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou
interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos
convencionais, alternativos e digitais. (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.
EIXO/LINGUAGEM DA ARTE:Música.
CONTEÚDO: Música étnica: indígena, africana, aborígene, etc.
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM: Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas
diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e
favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
Olá queridos alunos, benvindos a mais um ano letivo!!!
Para este ano, o fio condutor dos nossos estudos, em todas as linguagens da arte que veremos, será a identidade, tanto
individual como no coletivo, enquanto grupo social de um bairro, cidade, estado ou país. Por este motivo, vamos conhecer
tanto em artes visuais quanto em música, a expressão artística das matrizes indígenas e africanas, formadoras da cultura
brasileira.
Podemos definir identidade nacional como o somatório de valores culturais resultante da vivência, que, apesar de incluir as
diferenças regionais e peculiaridades grupais, é possível
de caracterização por um traço que permita a definição
de um perfil diversificado, baseado em habitante
(homem), território, instituições, língua, costumes,
religiões e história comuns. A identidade brasileira é
proveniente do nascimento da nação,
Índios Pataxós representado pelo idioma, etnias, bem
como através do solo, clima, vegetação
e relevo. Uma etnia ou um grupo étnico
é uma comunidade humana definida por afinidades
linguísticas e culturais. Etnia indígena brasileira:
Para falar sobre as etnias indígenas brasileiras
precisaríamos de muito espaço e tempo, portanto vamos
nos concentrar na expressão artística desses povos que se
assemelham em vários aspectos. A cultura indígena é
diversa e cada etnia tem seus hábitos próprios e um jeito
de se relacionar com o mundo. Ainda assim, muitas tribos compartilham modos de vida, rituais, e organização social
semelhante.
A arte indígena é extremamente rica e se manifesta na música, dança, arte
plumária, cestaria, cerâmica, tecelagem e pintura corporal. O uso das cores
e de certos materiais estão relacionados aos ritos de passagem, celebrações
agrícolas e do cotidiano. A cerâmica é um exemplo de arte que não está
presente em todas as tribos indígenas, sendo ausente entre os Xavantes,
por exemplo. É possível notar os costumes diversos dos povos indígenas
através da observação desse tipo de arte. A cerâmica é produzida
principalmente pelas mulheres, que criam recipientes, bem como
esculturas. Para torná-las mais bonitas, costumam usar a pintura com
padrões gráficos próprios.
Observem os padrões gráficos da peça de cerâmica ao lado. O grafismo
está muito presente na arte indígena e é sempre inspirado na natureza,
principalmente em animais.
A cerâmica do povo Marajoara, cujo nome advém do local onde ela teve
origem (a Ilha de Marajó) é conhecida no exterior e foi a primeira arte de
cerâmica brasileira.
Peça de cerâmica da etnia Assurini,
Xingu – PA
Máscaras Indígenas
As máscaras indígenas apresentam um simbolismo sobrenatural. Elas são feitas de cascas de
árvores ou outros materiais como palha e cabaças e podem ser enfeitadas com plumagem.

Normalmente, são utilizadas em ritos cerimoniais. Um exemplo é a tribo dos Karajá, que se serve das máscaras durante a
dança do Aruanã com o objetivo de representar heróis que conservam a ordem mundial. Diz a lenda que as máscaras
indígenas, de um modo geral, representam as entidades que conflitavam com os índios no passado. Deste modo, as festas e
danças são feitas para alegrar e acalmar essas mesmas entidades. Há máscaras grandes, feitas com palhas compridas, que
chegam a cobrir o corpo todo. A máscara de cerâmica é exclusiva dos índios da etnia Mati.

Pintura Corporal Indígena


A pintura corporal é usada em certos rituais e de acordo com
o gênero e a idade. Sua finalidade é indicar os grupos sociais
ou a função de cada indivíduo na tribo.
As tintas usadas nessa arte são naturais, ou seja, são feitas de
plantas e frutos. O jenipapo é o fruto mais utilizado para fazer
tinta. Os índios o utilizam para escurecer a pele, enquanto o
urucum, por sua vez, dá o tom vermelho. Já o branco é
conseguido através da tabatinga.
São as mulheres que pintam os corpos, cujos desenhos
carregam valor simbólico, visando retratar um momento ou
um sentimento específico.
Os padrões gráficos mais elaborados fazem parte da cultura
Kadiwéu. Observe as imagens abaixo:
India Kadiwéu - MS

Cestaria Indígena
Os cestos são utilizados para uso doméstico,
na manutenção e transporte de alimentos. É
mais confeccionado pelas mulheres, que
desenvolvem variadas formas de trançados
em diferentes formatos, sempre utilizando
grafismos geométricos.

Alguns grafismos Kadiwéu em níveis


de complexidade

Arte Plumária Indígena


As plumas são utilizadas nos rituais e coladas diretamente no próprio corpo. Elas servem também para ornamentar
máscaras, colares, braçadeiras, brincos, pulseiras e cocares, os quais são feitos de penas e de caudas de aves.
Tal como a pintura corporal, a arte plumária serve também para indicar os grupos sociais.
Na maior parte são os homens que desenvolvem a arte plumária. Essa arte passa por um ritual: primeiro a caça, passando pelo
tingimento (a chamada tapiragem), pelo corte nas formas desejadas, e por fim, a amarração.
Há tribos que destinam as pinturas ao uso cotidiano, deixando as plumas para as comemorações e rituais indígenas, inclusive
funerais.

Cocar da etnia Kayapó, que


vive no estado do
Pará. É utilizado em rituais
especiais (acervo do
Museu de Arte Indígena).

Cultura Afro-Brasileira
A cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico transatlântico de escravos forçou milhões africanos a
virem para o Brasil. Assim, foi formada a maior população de origem africana fora da África. Esta cultura está marcada por
sua relação com outras referências culturais, sobretudo indígena e europeia a qual está em constante desenvolvimento no
Brasil.
Ela compõe os costumes e as tradições: a mitologia, o folclore, a língua (falada e escrita), a culinária, a música, a dança, a
religião, enfim, o imaginário cultural brasileiro.
Dentro das manifestações artísticas podemos destacar a capoeira. É uma dança de luta, ritualizada e estilizada, que tem sua
própria música e é praticada
principalmente na cidade de
Salvador, estado da Bahia. É uma
das expressões características da
dança e das artes marciais
brasileiras. Evoluiu a partir de um
estilo de luta originário de Angola.
O conjunto musical que acompanha
a capoeira inclui o berimbau, um
tipo de instrumento de madeira em
forma de arco, com uma corda
metálica que vai de uma
extremidade à outra. Na
extremidade inferior do
berimbau há uma cabaça pintada,
que funciona como caixa de som. O
músico sacode o arco e, enquanto
ressoam as sementes da cabaça,
toca a corda tensa com uma moeda de cobre para produzir um tipo de som único, parecido com um gemido.

Danças, festas e instrumentos musicais de origem bantu

Dos instrumentos musicais negro - brasileiros, que


reconhecem a procedê ncia da África bantu, temos em
primeiro lugar os tambores, um pouco diferentes dos
atabaques iorubas. Os tambores de origem angola -
congolense não têm o couro distendido por cordas e
cunhas. A sua fabricação é mais simples.

A cuíca, já tão conhecid a hoje em quase


todo o Brasil, entrando mesmo na
constituição de nossos conjuntos
orquestrais típicos, é a mesma puíta
angola - congolense, que toma outros
nomes como roncador, fungador e socador,
no Maranhão e Pará

São temas muito extensos, tanto a arte indígena quanto a africana e suas influências na construção da cultura brasileira.
Falando de música...

A musicalidade brasileira é resultado da mistura, não só da cultura indígena e africana, como também da europeia.
A música indígena foi e é essencialmente religiosa, ligada às cerimônias e às atividades da vida da tribo: cantos e danças de
guerra, de caça, de pesca, de invocação e homenagem às entidades sobrenaturais, animais e celebração dos fatos sociais e
ritos de passagem. Era uma prática coletiva, geralmente marcada pelo ritmo, com poucas notas, melodias repetitivas,
acompanhada da dança e do canto. Os instrumentos usados pelos nossos indígenas eram confeccionados por eles com
materiais conseguidos no seu habitat. Eram feitos com bambus, cascas de árvores, ossos de animais e de guerreiros vencidos
em lutas, caroços, sementes, barro, pele de animal e pena de ave.
Como reflexos marcantes da cultura indígena na música brasileira, podemos observar o timbre anasalado no canto
sertanejo, alguns instrumentos musicais e algumas danças como caboclinho e catira.

Instrumentos indígenas
Maracá– cabaça oca, colocada na extremidade de um pau, cheia de pedrinhas, caroços ou sementes.
Tambor– os indígenas possuíam tambores diversos e originais.
Flauta- construída de madeira, osso ou barro, podendo ter o formato cilíndrico ou o formato de concha. Predominavam as
flautas verticais, mas também eram utilizadas embocaduras laterais e nasais.
Flauta de Pã- formada pelo conjunto de tubos, com diferentes tamanhos. Apito- feito de coco, folha de
palmeira, chifre, concha, madeira.

A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê, Maracatu.
Eles utilizam instrumentos variados, com destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor, como já vimos anteriormente.
Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também corporais. Elas refletem nas formas de dançar, como
no caso do Maculelê, uma dança folclórica brasileira, e do samba de roda, uma variação musical do samba.
Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor de crioula, e os estilos mais contemporâneos,
como o samba-reggae e o axé baiano.
Atividades

1) Pesquise no texto dado e responda às seguintes perguntas (responda no verso das atividades):
a) Como e onde os indígenas brasileiros utilizavam grafismos? Escolha um dos suportes ou objetos e faça um desenho:

b) Quais as formas de arte indígena eram feitas pelas mulheres e quais eram feitas pelos homens?

c) Escreva sobre a Capoeira. Como surgiu?

d) Qual instrumento visto é comum tanto na música indígena quanto na afro-brasileira? Faça um desenho de cada um
dos instrumentos no espaço abaixo.
2) Em uma folha avulsa, desenhe o contorno da sua mão e faça uma pintura corporal utilizando os grafismos Kadiwéu
mostrados no texto. A imagem abaixo é só uma referência de como fazer, pois NÃO é um grafismo indígena
desenhado na mão.

Fontes consultadas de texto:


https://www.todamateria.com.br/arte-indigena-brasileira/
https://www.todamateria.com.br/principais-caracteristicas-da-cultura-afro-brasileira/
https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_V.php
Fontes consultadas de imagem:
https://www.todamateria.com.br/arte-indigena-brasileira/
https://indigenasbrasileiros.blogspot.com/2016/01/kadiweu.html?m=0
https://oempregoeseu.com/2020/11/21/arte-indigena-brasileira/
https://www.todamateria.com.br/principais-caracteristicas-da-cultura-afro-brasileira/ https://capoeira.iphan.gov.br/
https://qastack.com.br/travel/48604/where-to-find-traditional-cuica-in-rio-de-janeiro
https://www.canstockphoto.com.br/desenho-m%C3%A3o-9906238.html

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