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TEOLOGIA MINISTERIAL
GUARULHOS
2018
Índice
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Preparar os santos para a obra do ministério
O funcionamento e o propósito dos dons na Igreja
E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo.
Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos
prisioneiros, e deu dons aos homens". (Que significa "ele subiu", senão que também
descera às profundezas da terra? Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima
de todos os céus, a fim de encher todas as coisas). E ele designou alguns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e
mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o
corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da
plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de
um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de
doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes,
seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e
edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.
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Mapa do texto
1. E a cada um de nós foi concedida a graça,
1.1. conforme a medida repartida por Cristo.
1.2. Por isso é que foi dito:
1.2.1. "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos
prisioneiros, e deu dons aos homens".
2. (Que significa "ele subiu", senão que também descera às profundezas da
terra?
2.1. Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus,
2.1.1. a fim de encher todas as coisas).
3. E ele designou
3.1. alguns para a)apóstolos, b)outros para profetas, c)outros para
evangelistas, d)e outros para pastores f)e mestres,
3.1.1. com o fim de preparar os santos para a obra do ministério,
3.1.2. para que o corpo de Cristo seja edificado,
3.1.3. até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento
do Filho de Deus,
3.1.4. e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de
Cristo.
4. O propósito é
4.1. que não sejamos mais como crianças,
4.1.1. levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para
cá e para lá por todo vento de doutrina
4.1.2. e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro.
5. Antes, seguindo a verdade em amor,
5.1. cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
5.1.1. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as
juntas,
5.1.1.1. cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em
que cada parte realiza a sua função.
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Veja a palavra de Deus (exegese)
Há uma grande possibilidade da carta de Paulo aos Efésios ter sido escrita quando o
apóstolo estava preso domiciliarmente em Roma, por volta do ano 60 dC, na mesma
época em que escreveu a carta aos colossenses. Paulo não dá aos leitores uma
indicação da sua saída, o que possibilita que ele estivesse em um cárcere
demorado, como foi em Roma. A descrição bem detalhada da armadura de um
soldado romano fortifica a tese da prisão Romana. Atos 19:1-7 descreve o primeiro
contato de Paulo, em sua terceira viagem missionária, com um pequeno número de
crentes que havia na cidade de Éfeso, uns doze homens. O conhecimento deles
sobre o cristianismo era limitado e talvez tenham sido evangelizados por Apolo,
antes mesmo de que ele conhecesse plenamente a fé (Atos 18:24-26). Paulo fez de
Éfeso a sua base missionária por mais de dois anos (Atos 19:10).
Visto que Paulo passou alguns anos ao lado dos Efésios, é curioso observar a
impessoalidade com que trata os leitores e também por não abordar assuntos
específicos da igreja, como costumeiramente fazia em suas epístolas. Há então a
possibilidade da carta não ser necessariamente enviada apenas à igreja de Éfeso,
mas de ser uma carta circular que foi distribuída e lida em várias igrejas da Ásia. Os
papiros mais antigos que temos da epístola, não contém a expressão “em Éfeso”,
que só passa a aparecer nos manuscritos a partir do século 4. Há a possibilidade
então de haver uma lacuna no endereçamento da carta, que seria preenchido de
acordo como o local em que fosse enviada para ser lida, e portanto, seria uma carta
circular.
Fato é que a carta tem como tema central a Igreja como corpo de Cristo. Paulo nos
3 primeiros capítulos descreve detalhadamente o plano de Deus para a igreja, como
esse plano é realizado e apresenta a parte da igreja nesse plano. A partir do capítulo
4 o apóstolo explica como, na prática, a igreja se prepara e participa do plano de
Deus para ela. A seção que estudaremos encontra-se no capítulo 4, onde Paulo já
falou sobre como conservar a unidade no corpo (v. 1-6) e nos versículos de 7 a 16
passa a detalhar sobre os dons que Deus deu à igreja, seu propósito e quais
resultados eles devem produzir no corpo de Cristo.
1. Como Paulo apresenta o presente repartido por Cristo aos homens, e qual
seu argumento bíblico sobre isso?
E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo.
Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos
prisioneiros, e deu dons aos homens".
1. E a cada um de nós foi concedida a graça - Paulo destaca todos os crentes, a
palavra ‘cada’ (gr. hekastō) indica a inclusão de cada um de todos a quem Paulo
está se referindo, no contexto, judeus e gentios crentes e salvos por Cristo. A estes
citados, foi concedida ou dada a graça (gr. charis). Numa leitura rápida, ficamos com
o entendimento de graça como favor imerecido, entretanto, isso é uma interpretação
dessa palavra, que significa basicamente alegria ou boa disposição. Juntando os
dois entendimentos, a boa disposição de Deus (graça), fez Ele conceder um favor
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imerecido aos homens, assim como quando estamos muito alegres ficamos mais
propensos a conceder um favor a alguém, mesmo que seja algo muito difícil. 1.1.
conforme a medida repartida por Cristo - algo como “de acordo com a medida do
presente de Cristo”. A boa disposição de Deus foi concedida aos homens de acordo
com a porção ou medida (gr. metron, uma palavra usada para medição ou porção
que dá origem à palavra metragem), presenteada ou doada por Cristo. Segundo
Foulkes (1983, p.95), “Cada um - não somente os ministros ou os líderes leigos -
recebe essa graça segundo a proporção do dom de Cristo. Estas palavras sugerem
que o Senhor, em sua sabedoria, reparte diferentes tipos de dons a diferentes
crentes”. 1.2. Por isso é que foi dito - Paulo prepara seus leitores para uma citação
do antigo testamento (Salmos 68:18) como explicação para a graça concedida de
acordo com o dom de Cristo. 1.2.1. "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou
cativo muitos prisioneiros, e deu dons aos homens" - O salmo citado fala sobre uma
celebração de um triunfo de guerra, Paulo faz uma interpretação deste texto o
co-relacionando com a ascensão de Cristo aos céus. O apóstolo faz uma alteração
no texto original, quando diz que “ele… deu dons aos homens” enquanto o texto
original diz “recebestes homens por dádivas”. Foulkes (1983, p.96) diz que “Talvez o
apóstolo já dispusesse das palavras que citou nesta forma através de intérpretes
judeus anteriores ao apóstolo, ou através de algum hino cristão primitivo”. O
comentário da bíblia de estudo NVI da editora vida nova (2000, p.2023) diz que “(...)
Paulo aparentemente, acata como sugestão certa interpretação rabínica corrente em
seus dias que lia a preposição hebraica ‘de’ no sentido de ‘para’ (significado
diferente), e o verbo ‘recebeu’ no sentido de ‘dar e receber’ ”. A continuação do
Salmo diz “recebeste homens por dádivas, até mesmo rebeldes, para que o Senhor
Deus habite no meio deles”, e faz parecer que Paulo interpretou todo esse final do
salmo como “e deu dons aos homens”, visto que pode-se ter o entendimento de
Deus habitar entre os homens (mesmo que rebeldes), como um dom dEle para os
homens. De toda maneira, cremos que Paulo escreveu inspirado por Deus e seja
qual for a razão da alteração do texto, ela foi instruída pelo Espírito através do
apóstolo.
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Paulo usou para aprofundar seu embasamento bíblico. 2.1.1. a fim de encher todas
as coisas - Tanto a subida e a descida de Cristo são destacadas com um objetivo
claro: encher todas as coisas. A palavra encher (gr. plērōsē) significa completar ou
terminar (como um copo meio vazio que precisa ser preenchido), e pode indicar o
envio do Espírito Santo para encher a vida das pessoas, como o próprio contexto do
Salmo 68:18 apresenta (“recebeste homens como dádivas, até mesmo rebeldes,
para estabeleceres morada, ó Senhor Deus”).
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palavra e o contexto imediato, que indicam que o evangelista não é somente
responsável por evangelizar, mas também por “preparar os santos para a obra” da
evangelização. Pastores e mestres: Todos os outros ministérios são citados com a
palavra ‘outros’ antes, já em pastores e mestres, há somente um artigo e uma
palavra de conexão (gr. kai, que significa também ou mesmo). Isso nos indica uma
conexão entre essas duas funções, ou que todo pastor deve ser um mestre. Mesmo
dada essa união das palavras, vamos analisá-las separadamente. d)Pastores:
significa aquele que cuida de um rebanho, e no contexto da igreja, aquele que cuida
do rebanho de Cristo. e)Mestres: os didaskalous, variam da palavra grega
didaskalia, que não significa basicamente ensino, mas um ensino com a ênfase no
aprendizado. Portanto, mestres ou ensinadores, são aqueles que “causam o
aprendizado” na igreja, isso significa que seu papel não é apenas ensinar, mas
também garantir que os alunos aprendam através do ensino. A união dessas duas
funções fica bem clara quando Paulo diz a Timóteo em 1Tm 3:2 que aqueles que
almejam o episcopado devem ser ‘aptos a ensinar’, expressão essa que é apenas
uma palavra em grego, algo como deve ser ‘didático’, ou seja, capaz de causar
aprendizado. 3.1.1. com o fim de preparar os santos para a obra do ministério - A
expressão que vem após a descrição dos dons citados é essencial para a
compreensão do objetivo dos ministérios. Paulo diz que Deus deu todos esses dons
a igreja visando uma direção, um propósito: aperfeiçoar ou equipar os santos para o
trabalho do ministério. Observe como isso completa a descrição de cada um dos
dons citados. Isso mostra que os portadores dos dons não são os responsáveis por
realizar todo o serviço da igreja, mas sim de capacitar a igreja para cumprir seu
serviço. 3.1.2. para que o corpo de Cristo seja edificado - Outro objetivo citado é a
edificação do corpo de Cristo. A palavra “edificado” significa edifício ou construção.
A ideia de construção já foi citada pelo apóstolo (2:21) e em ambos os casos está
implícita a ideia do crescimento em unidade. Os blocos de uma construção são
colocados uns sobre os outros, e desta maneira o corpo de Cristo “cresce para
tornar-se um santuário santo no Senhor”. 3.1.3. até que todos alcancemos a unidade
da fé e do conhecimento do Filho de Deus - O outro objetivo citado por Paulo é que
cada um de todos (gr. pas) os crentes, cheguem a uma unidade de convicção e de
entendimento ou percepção sobre Cristo. É interessante entendermos o significado
de Fé aqui não somente como a fé salvífica, mas também observando seu
significado em grego. Fé (gr. pistis) indica uma certeza ou convicção que vem por
ouvir os argumentos e ser convencido por eles, logo, Paulo quer que os crentes
tenham a mesma convicção em Deus e em sua palavra, e que seu entendimento ou
percepção sobre Cristo seja o mesmo. 3.1.4. e cheguemos à maturidade, atingindo a
medida da plenitude de Cristo - A ideia traduzida como maturidade, é a junção de
duas palavras gregas: Anēr, uma palavra usada para falar sobre um homem adulto,
com ênfase na maturidade e não no gênero, e Teleios, que traz a ideia de perfeito ou
completo. O padrão dessa maturidade é a plenitude ou a completude de Cristo.
Todos os crentes, juntos, devem caminhar para se tornar como um só homem
maduro, visando chegar à completude que só Cristo pode nos dar.
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4. Como Paulo descreve os resultados que a igreja não deve ter ao ser
influenciada pelos dons dados por Deus?
O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro
pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela
astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro.
4. O propósito é - Essa expressão é um marcador que indica propósito ou resultado.
Paulo passa a amplificar quais resultados devem ser obtidos, na medida que a igreja
é capacitada pelos 5 dons citados para exercer o trabalho do ministério. 4.1. que não
sejamos mais como crianças - Há outra palavra grega usada para se referir a
crianças (gr. paidion, por exemplo). A palavra usada aqui (gr. nēpios) se refere mais
a imaturidade e infantilidade do que a faixa etária. A ideia de maturidade mais uma
vez é citada, dessa vez utilizando-se de como o cristão não deve ser, no caso,
imaturo. 4.1.1. levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e
para lá por todo vento de doutrina - Toda a expressão “levados de um lado para o
outro pelas ondas” é apenas uma palavra em grego, que significa ser agitado pelas
ondas. A expressão “jogados para lá e para cá” também é apenas uma palavra em
grego, que é bem traduzida pelo texto da NVI, e tem o complemento sobre ser
balançado sobre os ventos. O apóstolo parece fazer uma metáfora com um barco
em meio a uma tempestade, agitado pelas ondas e sendo jogado para lá e para cá
pelos ventos. As duas expressões se conectam com a palavra doutrina. O apóstolo
quer que os crentes não sejam confundidos e agitados por falsos ensinos que
surgiam constantemente nessa época. 4.1.2. e pela astúcia e esperteza de homens
que induzem ao erro - Ainda conectado com a ideia de não ser agitado e confundido,
agora por homens que literalmente induzem ao desvio através de algumas
atividades, que Foulkes (1983, p.102) descreve assim: “(...) kubia, que significa
“jogar dados”, dando então a ideia de trapaça, fraude ou artimanha; e, segundo, por
astúcia (parnourgia), que foi usada como relação aos inquisidores do nosso Senhor
em Lucas 20:23 e em Coríntios 11:3 acerca da astúcia da serpente”. Podemos
observar nesse tópico, uma ênfase sobre como os crentes não devem ser, visto que
Deus deu dons a igreja visando o crescimento e amadurecimento do corpo de
Cristo.
5. Como Paulo destaca os resultados que a igreja deve viver ao ser preparada
para a obra do ministério?
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e
edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.
5.1. Antes, seguindo a verdade em amor - Precisamos observar essa premissa em
comparação ao que foi dito anteriormente. Em contraponto aos que tentam enganar
e ludibriar com ensinos falsos, os crentes devem ser verdadeiros em amor. Os
cristãos devem ter uma vida sempre se mantendo e andando na verdade, que é
segundo o amor. 5.1. cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo - A
premissa de andar na verdade em amor é evidenciada aqui. Veja como não há
espaço para egoísmo ou individualismo, os crentes devem juntos crescer em todas
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as partes de suas vidas, tudo isso ‘dentro’ de Cristo, aquele que é o cabeça deste
corpo, e portanto comanda e produz o crescimento de todos. 5.1.1. Dele todo o
corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas - Perceba que é Cristo que
efetua as ações citadas aqui. As duas ações sofridas são: ser amarrado ou
organizado e ser reunido, tudo isso através de juntas ou conexões. O apóstolo quer
claramente destacar a unidade que deve haver no corpo de Cristo, que não há
crescimento isolado, e que todos foram organizados e bem ajustados em Jesus.
5.1.1. cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza
a sua função - Veja, quando o corpo está bem unido e ajustado, e todas as partes
realizam o seu trabalho (em amor, visando beneficiar o outro, e não a si mesmo), o
caminho natural da Igreja é crescer e ser edificada em amor. A igreja cresce
espiritualmente e também numericamente quando está bem ajustada em Cristo.
Quando todos os irmãos realizam suas funções, visando uns aos outros e sem
sobrecarregar os outros por não cumprir seu trabalho, deve ser natural e notório o
crescimento e amadurecimento da igreja. Veja como o apóstolo insiste na ideia de
“edificar-se”, já citada no versículo 12, mantendo a ideia do crescimento como um
edifício, pedras sobre pedras sendo construídas umas sobre as outras.
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pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro”. Apresentando os
resultados que os dons deveriam produzir na igreja, Paulo descreve quais
características os irmãos deveriam deixar de ter. O texto apresenta que existem
homens que querem induzir ao erro. De fato, na igreja primitiva, surgiram diversas
heresias que enganaram a muitos. Na carta primeira carta de Paulo a Timóteo
(Quando o apóstolo parte para a Macedônia e deixa seu filho na fé em Éfeso para
dar diversas instruções a igreja), por exemplo, Paulo mostra que haviam alguns
irmãos que rejeitaram a fé e a boa consciência e por isso naufragaram na fé (1Tm
1:19). Parece aqui que Paulo alerta os irmãos de maneira semelhante, visto que
ele usa uma metáfora sobre um barco que está em meio a uma tempestade e por
isso é balançado pelas ondas e é levado de um lado para o outro pelos fortes
ventos. Os falsos ensinos têm essa capacidade de confundir e desorientar os
crentes que, se sucumbem a eles, são considerados imaturos. Portanto, o que
deve ser rejeitado aqui é a imaturidade, a ponto de ser influenciado por ensinos
que não provém de Deus. O crente deve ser firme em suas convicções em Deus,
e capaz de identificar e rejeitar os ensinos que não provém da escritura. A
maturidade já foi citada anteriormente no versículo 13, e veja como ela é
alcançada em unidade com os irmãos, buscando a medida da completude de
Cristo, logo, rejeitamos a imaturidade quando andamos unidos com o corpo
buscando ser como Cristo. Os crentes buscam juntos uma unidade de convicção
e conhecimento de Jesus, dessa maneira, se tornam como um homem maduro,
capaz de deixar de lado os ensinos que não procedem de Deus, pois conhecem a
Ele plenamente.
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texto reafirma para todos os irmãos: recebemos a boa disposição de Deus, e isso
foi conforme a medida presenteada por Cristo (Como calcular isso? É
imensurável). Usando a palavra de Deus para explicar sua afirmação, Paulo
mostra que Deus deu dons a cada um de todos os crentes, ninguém ficou sem
dom. Se Cristo repartiu esses dons através de seu espírito, como podemos
duvidar que temos um dom dado por Deus para servirmos ao corpo? Todo crente
precisa ter a certeza de que é útil no serviço do Reino e que ele tem outros irmãos
que podem ajudá-lo no cumprimento deste trabalho. O entendimento do meu
papel no corpo, me impulsiona a cumprir a missão que Deus deu a igreja.
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Reino de Deus, há pouquíssima colaboração mútua que até parece que não
temos a mesma missão. A igreja precisa resgatar a unidade completa, os conflitos
precisam ser resolvidos, precisamos andar em verdade e amando uns aos outros.
Os ligamentos precisam estar bem conectados, precisamos andar ligados uns aos
outros, somente assim podemos crescer e avançar cumprindo a vontade de Deus.
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Bibliografia
FOULKES, Francis. Efésios, introdução e comentário. 1983. Editora vida nova
MACARTHUR, John. Manual bíblico MacArthur. 2015. Thomas Nelsom Brasil
BARKER, KENNETH; BURDICK, DONALD; STEK, JOHN; WESSEL, WALTER; V.
YOUNGBLOOD, RONALD. Bíblia de estudo NVI. 2000. Editora vida.
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