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“Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.

” Efésios 4.7
Os dons de Cristo visam prover à Igreja o necessário para proporcionar o indispensável
aperfeiçoamento dos salvos até que Ele venha.
EFÉSIOS 4 (11-14)
O apóstolo Paulo nos faz ver que o Senhor, que venceu e foi exaltado, segundo a Sua graça,
concede à Sua Igreja dons necessários para o pleno desenvolvimento do Corpo de Cristo para
que alcancem a maturidade espiritual necessária.

1- CONHECENDO OS DONS MINISTERIAIS

Os dons ministeriais foram ofertados aos crentes como um dom pessoal com a finalidade de
que seja exercido de modo a promoverem o desenvolvimento espiritual e o fortalecimento da
Igreja de Cristo. Sendo assim, os dons ministeriais não são distribuídos aos crentes para o seu
próprio interesse, todavia eles são dados por Cristo para servirem aos interesses da Igreja.

1.1 A atualidade dos dons de Cristo. Não é segredo para ninguém que somos conhecidos
como um povo pentecostal, que crê intensamente na atualidade das manifestações dos dons do
Espírito Santo. A respeito dos dons ministeriais vemos que Paulo em sua carta aos Efésios está
muito interessado que os crentes tenham o conhecimento verdadeiro de cada dom.  Assim, é
possível afirmar que enquanto a Igreja estiver na terra precisará de mais maturidade e unidade
[Ef 4.13], sendo, então, necessário que os dons continuem a se manifestar”.

“Paulo ensina que os dons são concedidos por Cristo por meio do Espírito Santo [Ef 4.8-10].
Lemos aqui que Cristo, subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Paulo
faz referência ao Salmo 68.18, que fala acerca do triunfo de Deus, representado pela volta da
Arca da Aliança ao seu santuário original após a derrota dos inimigos de Israel. De igual modo,
Jesus Cristo triunfou na batalha contra o império do mal. Paulo traça aqui a imagem de um
conquistador militar levando seus cativos e dividindo os espólios com seus seguidores. O relato é
uma declaração profética sobre a vitória de Cristo no Calvário e Sua ascensão. Cristo,
conquistando o Seu lugar no céu, deu dons à Igreja.”

1.2. Os dons ministeriais estão disponíveis para edificação da Igreja.

 A carta de Paulo aos Efésios relaciona os dons ministeriais da seguinte maneira: apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e doutores [Ef 4.11]. Entendemos à luz da Bíblia que a finalidade
do Espírito Santo em ofertar estes dons é capacitar o crente para contribuição ao crescimento do
Corpo de Cristo, a Igreja. Este pensamento se dá por assistimos que no Novo Testamento o
exercício ministerial está sempre atrelado ao serviço [Mt 20.20-28]. Que fique bem claro que o
recebimento destes dons não faz com que o receptor se torne melhor ou superior a outros
crentes! Assim estes dons são distribuídos pela graça de Deus para o aperfeiçoamento dos
crentes, para a obra do ministério e a edificação do Corpo de Cristo [Ef 4.12],

“Ao falar da “graça, o apóstolo nos informa acerca das funções específicas que nos são
confiadas quando recebemos o dom de Cristo, onde Ele, por sua “graça”, nos capacita
para as diferentes funções e trabalhos a desempenhar na igreja e no mundo [Ef 4.7]. O
termo usado aqui não faz referência a uma habilidade natural, o dom, no sentido cristão, é
uma concessão sobrenatural de Deus a nós (…) Quando esses dons e capacidades são
exercidos no poder do Espírito, os membros da igreja se tornam numa poderosa influência
tanto na sociedade, quanto na vida de seus irmãos em Cristo.”

1.3. Cristo repartiu os dons com os homens. Quanto mais estudamos sobre os dons
ministeriais, mais apreciamos as riquezas da graça e da sabedoria do nosso Senhor Jesus Cristo.
Observamos à luz das Escrituras que Ele aqui distribui estes dons para capacitar os crentes para
que estes se desenvolvam espiritualmente de modo a fortalecer a unidade do Corpo de Cristo.
Desse modo, todo aquele a quem o Senhor escolher como instrumento e lhe conceder os dons
para o ministério deve servi-Lo diligentemente, buscando compreender o que Ele pode fazer para
o crescimento e edificação da igreja.

2- DISTRIBUIÇÃO DOS DONS

Tenhamos em mente que o apóstolo Paulo discorreu nos primeiros très capítulos da carta aos
Efésios sobre o grande plano de Deus, Seu propósito, Sua ação redentora e apresentou a Igreja
como agente e representante deste plano [Ef 1.23;3.10]. Para tanto, há uma diversidade de
ministérios distribuídos por graça aos que estão em Cristo, capacitando-os para se rem
instrumentos do Espírito Santo, para a glória de Deus [Ef 3.21].

2.1. Apóstolos, enviados pelo Senhor Jesus. A palavra apóstolo constitui =”aquele que é
enviado”, “mensageiro”, “oficialmente comissionado por – Cristo”. Segundo o Dicionário Bíblico
Wycliffe, o termo grego apóstolos se origina do verbo apostellein, que significa “enviar”, “remeter”.
Existe ainda hoje o ofício do apóstolo? (…) Em 1 Coríntios 12.28 nos diz que Deus “estabeleceu”
este ministério dentro de Sua Igreja; e Efésios 4.11-13 reafirma que foi concedido “para edificação
do corpo de Cristo, até que se alcance a unidade da fé…no homem perfeito”. A partir destes
argumentos o destacado escritor afirma haver base para o exercício de uma certa forma de ofício
apostólico em operação no Corpo de Cristo. A Bíblia apresenta homens de Deus que também
foram considerados apóstolos, além dos doze [At 14.14; Rm 16.7].

Apóstolo significa “aquele que é enviado”, “mensageiro”. Evidentemente que hoje não temos
apóstolos com as credenciais dos primeiros: convocados pessoalmente pelo Senhor, andaram
com Jesus ao longo de Seu ministério e testificaram que Jesus era o Senhor ressuscitado.
Porém, é possível considerar que há o ministério de caráter apostólico

2.2. Profetas: portadores da mensagem divina. Entendemos que o profeta do Novo


Testamento não tem a mesma posição e destaque do profeta do Antigo Testamento Em sua carta
aos Efésios, quando Paulo apresenta os chamados dons ministeriais, vemos que os profetas ali
citados são nivelados àqueles que pregam a Palavra de Deus. No Novo Testamento, os profetas
eram aqueles que propagavam a Palavra de Deus, impulsionados pelo Espírito Santo,
cooperando, assim, para edificação da Igreja [At 13.2]. Agiam visando contribuir para que o Corpo
de Cristo prosseguisse à maturidade espiritual [Ef 4.13-16), por intermédio do ensino, da
interpretação da Palavra de Deus e de sua aplicação.

2.3. Evangelistas, portadores das boas novas. A palavra evangelista vem do grego:
“euangelistes”, que literalmente significa: “mensageiro do bem” ou “mensageiro de boas novas: O
dom ministerial de evangelista consistia em proclamar a Palavra de Deus em viagens de um lugar
para outro onde quer que o Espírito os enviasse. Esse dom conferia ao evangelista possuir uma
capacitação especial para conduzir outras pessoas a Cristo que depois, agrupadas, as almas que
aceitaram a mensagem eram congregadas em pequenas comunidades ou igrejas. O apóstolo
Paulo era um evangelista [ICo 1.17], assim como Timóteo [2Tm 4.5].

3- VARIEDADE DE DONS E A MULTIFORME GRAÇA DE DEUS

David Lim (Teologia Sistemática, 1997, p. 471-472): “Existem muitos dons, e nenhuma das
listas visa ser exaustiva. Vinte e um deles são alistados no Novo Testamento. Todos são
complementares entre si: nenhum é completo em si mesmo. (…) O fato de nenhuma pessoa
ser auto suficiente leva à interdependência. Cada crente é um membro do Corpo de Cristo;
e cada membro precisa dos demais, Mesmo quando as pessoas manifestam os mesmos
dons, fazem-no de modo diferente e com resultados diferentes”.
3.1. Pastores, responsáveis por conduzir o rebanho de Cristo. O dom de pastorear se
desponta, quando pela capacitação pelo Espírito, o obreiro é levantado por Deus para
resguardar, proteger, conduzir em cuidar da sã doutrina, refutar as heresias que surgem
no seio da igreja, tendo o dever de ser exemplo da pureza e da sã doutrina [Tt 2.7-8]. Cabe
ao pastor a responsabilidade de alimentar as ovelhas de Cristo com a Palavra de Deus.
Assim, através do ministério pastoral, o ministro conduz as ovelhas as nutrindo com
alimento sadio e consistente através de um comando forte e servidor indispensável para a
ampliação da igreja. Entretanto, para exercer sua função, é necessário e absolutamente
decisivo manter o seu relacionamento com o Bom Pastor.

“Os pastores e os mestres eram dons distintos na Igreja Primitiva. Em nossos dias o
ministério pastoral tem sido confundido com o de mestre, porque ambos estão muito
próximos na ministração do ensino cristão. O pastor do rebanho de Deus é o homem que
leva em seu coração o povo de Deus, que o alimenta com a verdade, que vai em sua busca
quando se extravia, que o defende contra tudo o que pode ferir ou destruir sua fé [Jo 10.11-
14; Hb 13.7, 17].”

3.2. Doutores – aqueles que ensinam as doutrinas cristãs fundamentais. Aquele que


possui este dom consegue obter revelações do Espírito Santo de forma detalhada da
Palavra de Deus e comunicar os conhecimentos proeminentes para a saúde do Corpo de
Cristo, fazendo-o de tal maneira que os crentes consigam aprender. No Novo Testamento os
doutores instruíam e ajudavam a aplicar a revelação de Deus à vida da Igreja. Muito
importante atentarmos para o fato de que o ensino no contexto do Corpo de Cristo requer
dom concedido por Deus. Vide: Romanos 12,6-7- “segundo a graça que nos é dada”: 1
Coríntios 12.28 – “pôs Deus na igreja”; Efésios 4.11 – “E ele mesmo deu…. Portanto, não
basta ter o natural dom de ensinar.

3.3. Outros dons ministeriais a serviço da Igreja. O apóstolo Paulo, assim como fez com a
igreja de Éfeso, de igual modo apresenta à igreja de Corinto uma relação de alguns dons e
acrescenta outros que podem ser enquadrados na categoria de dons ministeriais, a saber:
apóstolos, profetas, doutores, milagres, curar, socorros, governos e variedades de línguas [1 Co
12.27-28]. O apóstolo Pedro também enfatiza que a vida dos discípulos de Cristo é
marcantemente caracterizada pelo serviço aos outros e que, para tanto, a multiforme graça de
Deus opera na vida de cada um através da dinâmica dos dons segundo as necessidades que vão
surgindo [1Pe 4.10-11]. O Espírito Santo não está limitado a uma rígida lista. Suas operações,
manifestações e ministérios são diversos e surpreendentes, sempre em consonância com a
Palavra de Deus e para a glória de Deus.

CLASSE: VIDEIRA FRUTIFERA


GRITO DE GUERRA: HEY, HEY, JESUS É NOSSO REI.
TEXTO BASE: EFESIOS (4:7): “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida
do dom de Cristo.” Efésios 4.7

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