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AULA 3 – A IGREJA É ORIGINALMENTE MISSIONÁRIA

Trajetória das missões nos evangelhos – Começamos a ver missões no NT a


partir de João Batista, o qual pregava uma mensagem de chamada ao
arrependimento, convocando ao arrependimento todos aos quais sua voz
alcançasse, era sem dúvida um profeta, e podemos dizer que um profeta
evangelizador, pois ele não só preparou o caminho para Jesus iniciar Seu
ministério, como também apontou a Jesus como o Cristo esperado para
salvação.

O plano inicial era de Israel ser a nação missionária, isso vem desde o
AT, onde é mostrado que Deus desejava que Israel fosse fiel a Ele e por
fidelidade divina, consequentemente recebesse as bênçãos vinda de Deus
para a nação (Ex 23: 25,26), e a partir disso, as nações próximas ao verem o
Deus de Israel na vida correta e abençoada daquele povo, desejasse também
segui a Jeová, porém, isto não se cumpriu por erros dos próprios israelitas.

Quando João Batista começa a pregar, ele chama os judeus a uma


mudança, assim como Jesus no início de Seu ministério ordena que os
discípulos não venham a ir em busca de outros se não as ovelhas perdidas da
casa de Israel, somente diante de uma recusa de boa parte do povo de Israel,
então, Jesus ordena os discípulos a irem a todos independente de
nacionalidade.

Jesus passou a ir até pessoas de outros povos, como por exemplo os


samaritanos, como gadarenos (os quais nem todos eram de linhagem judia),
Tiro e Sidon. Em algumas ocasiões como em Lucas 10, Jesus não foi
pessoalmente, mas enviou os discípulos com a autoridade de Seu nome para
pregar, curar e expulsar demônios. Demonstrando assim o intuito de que a
Igreja fosse a todos os povos possíveis em seu tempo, para que todos fossem
evangelizados e abençoados pelo poder de Jesus em Seu evangelho (1 Co
1:18 / 1 Co 15:57)); o chamado e preparo dos apóstolos.

Dons espirituais e ministeriais – A Igreja é o corpo de Cristo, o qual é santo e


funcional, tendo recebido uma missão evangelística. Este corpo recebe ordens
da Cabeça, que é Cristo, mas logicamente, o corpo é formado por membros,
que são os que creem em Jesus como o Messias.
Estes membros devem estar em conformidade com o corpo, então,
devem ser santos e funcionais, todavia, toda e qualquer função de qualquer
membro, é dada e capacitada por Deus, pois o homem não pode executar bens
espirituais por si só. Sendo assim, obra missiológica da Igreja e dos seus
membros, só pode ser feita se capacitados, ou seja, revestidos de poder vindo
do Espírito Santo. Este revestimento se caracteriza pelos dons espirituais e/ou
ministeriais (1 Co 12/ Rm 12/ Ef 4), que por sua vez, são capacitações para
cada membro exercer a função que Deus quer que ele exerça dentro da
missão evangelística e edificador.

Os dons ministeriais são:

Apóstolos: O dom de apóstolo é um dos 5 dons de liderança da Igreja, ele é


citado em 1 Coríntios 12:28 e Efésios 4:11. A palavra apóstolo vem do grego
apostello, que significa “enviado”, sendo assim, todo apóstolo é um enviado em
nome do Senhor para uma missão especial, como representante terreno D’ele
(não substituto) para a missão da qual foi designado, como um embaixador.
Nisso, este dom tem duas variações, sendo a primeira o sentido restrito, os
doze originais, os quais andaram com Jesus, e foram testemunhas de Sua
ressureição, além de serem enviados por Ele após a Sua morte e ressureição,
neste grupo não se conta Judas Iscariotes, mas sim Matias em seu lugar.

Estes apóstolos originais, os primeiros, tinham autoridade de


repassarem os ensinos que receberam diretamente Jesus como doutrinas para
a Igreja, reafirmando os ensinamentos e explicando a doutrina da nova aliança
aos demais, não sendo possível ser aceita como verdadeira nenhuma nova
revelação de Jesus e de Seus ensinamentos, somente os primeiros eram
embaixadores de Cristo para passar e estabelecer doutrinas na Igreja e para a
Igreja.

Em uma variação deste dom, encontramos o apóstolo no sentido


extensivo, que é aquele que agia como um missionário, o que chegava a uma
localidade, ganhava pessoas para Cristo, estabelecia ali uma igreja local,
ensinava o evangelho aos membros e preparava obreiros, até que de alguns
deles o apóstolo separasse para ficarem na direção daquela igreja local. Então,
ele se retirava para outra localidade para fazer o mesmo trabalho neste novo
lugar, ficando somente com a supervisão das igrejas locais estabelecidas por
ele, este era o apóstolo no sentido extensivo, o apóstolo missionário.

Profetas: O dom de profecia do Novo Testamento difere do dom de profeta do


Antigo Testamento, pois na antiga aliança este dom tinha um peso de poder
escrever textos canônicos, muitos dos quais apontavam para o Cristo que
haveria de ser revelado, porém o profeta da nova aliança não tem tais
prerrogativas. Também não pode ser confundido com o dom espiritual de
profecia, pois o dom de profecia é entregar alguma mensagem que é plena ou
em parte oculta ao conhecimento humano, para que venha trazer edificação,
exortação e consolação ao ouvinte, todavia, o dom ministerial de profeta do
Novo Testamento é um pregador que ratifica o que os apóstolos já haviam
ensinado, muito caracterizado por uma palavra de exortação, seja ela para
animar, encorajar, admoestar, advertir ou para corrigir. O comentário bíblico
Beacon volume 8, ao falar sobre este dom corrobora com este mesmo
entendimento. Também podendo o profeta ser usado ocasionalmente predizer
acontecimentos futuro, nisso o comentário Beacon volume 9 também fala.
Sobre este dom, a mensagem de um profeta é basicamente esta: Já não
conhece a Palavra? Então creia e a pratique!

Evangelistas: A palavra evangelista é a tradução da palavra grega


euaggelistes, que significa literalmente “mensageiro do bem” e até mesmo
como “mensageira da libertação”, por meio da fé Jesus, claro. Desta forma, o
evangelista é um portador da mensagem do evangelho, a mensagem da
salvação em Jesus Cristo.

Jesus logo de início de seu ministério se anunciou dentre outras coisas,


como um evangelista (Lucas 4:18) e desde o início agia como evangelista
(Mateus 4:23). Em Efésios 4:11-13 diz que Jesus deu a Igreja evangelistas, os
quais contribuem para edificação do corpo, já que toda edificação começa com
o fundamento da mensagem do Cristo morto, ressurreto e glorificado, e que
Nele temos nossa salvação, por causa do sacrifício salvífico feito pelo Cristo.
Sendo assim, o papel do evangelista é de ganhar pessoas para Cristo falando
da salvação Nele. Tal ministério se torna imprescindível.
Pastores: São aqueles que recebem um dom que o faz exercer um ministério
mais fixo, ficando diante de uma congregação local e estabelecendo uma
relação mais duradoura com os irmãos, seja como líder da congregação, ou
como parte do corpo da direção, cooperando para edificação diariamente dos
que ali congregam. Os líderes das igrejas locais do primeiro século poderiam
ser chamados de pastores, presbíteros ou bispo, pois eram termos
intercambiáveis.

Os pastores recebem esta nomenclatura vinda diretamente do pastor de


ovelhas, o que remete ao seu ofício de cuidar e alimentar espiritualmente os
que estivem sob sua direção, além de proteger dos ataques dos “lobos” que
tentam destruir a vida espiritual das ovelhas. Vemos também no diálogo entre
Jesus e Pedro, registrado em João 21:15-17, que aquele que recebe tal
incumbência e ama mesmo a Cristo, deve cuidar das ovelhas D’ele, sendo o
pastoreio um modo de testificar o amor ao Senhor. Pedro diz em 1 Pedro 5:2,3
instruindo os demais pastores, os quais devem cuidar das ovelhas de Jesus
sem ganância, com todo cuidado, com ânimo e servindo de exemplo. Podemos
analisar as diferenças entre o bom e mal pastor lendo o capítulo 34 do livro do
profeta Ezequiel.

Os três dons ministeriais citados em Efésios 4:11 antes do dom de


pastor, são precedidos por artigos definidos, diferentemente de pastores e
mestres, o que segundo Araújo: “o que os caracteriza como três distintas capacitações
carismáticas, contudo, os termos pastores e mestres estão unidos a um único artigo [...] cuja
interpretação refere-se ao termo poimén [pastores] sendo interpretado como ‘pastores ou
mestre’, [o que] sugere que a expressão pastores-mestres seja interpretado como um único
dom carismático, ou seja, literalmente uma indicação aos pastores-mestres.”1

Mostrando assim, que os que recebem o dom de pastor, também recebe a


capacitação de ensinar e deve manifestá-lo em sua vida, o que entra em
concordância com os critérios da igreja primitiva, onde aqueles que estavam
sendo provados para o ministério pastoral, também precisavam demostrar
conhecimento das doutrinas bases da fé cristã e saber passá-las.

1
ARAÚJO, Carlos Alberto R. de. A Igreja dos Apóstolos; Rio de Janeiro; CPAD; 2012
Mestres: Como falado anteriormente, o dom de mestre tem uma ligação muito
forte com o dom de pastor, todo pastor deve ser um mestre, porém o
interessante é que nem todo mestre é um pastor, tendo em vista que em 1
Coríntios 12:28,29, quando é citado também o dom ministerial de mestre, ele
não está ligado ao de pastor, mas é citado como um único dom. Isso porque
um dos papéis do pastor é ensinar, e em contrapartida, o mestre não tem
dentro das suas funções a obrigação de pastorear, mas somente de instruir,
desta forma, o mestre não todas as prerrogativas do pastoreio, apenas a
instrução através do conhecimento, até mesmo ajudando a formar futuros
pastores-mestres.

Este dom é muito similar ao de ensino, e de certa forma não deixa de ser
um dom de ensinar, porém, atua como uma capacitação maior de adquirir e
repassar conhecimento do que os obreiros que possuem o dom de ensinar.

Ensino: O dom de ensino, é o dom que Deus concede a alguns para que por
meio da didática, venham a ensinar aos demais discípulos. É citado em
Romanos 12:7, que demonstra que este dom deve de ser usado em ação
continuada e repetida, pois o que ensina deve dedicar-se a ensinar
constantemente aos que estão em sua volta e responsabilidade.

Em 2 Timóteo 2:25, Paulo diz que os que ensinam, devem ensinar com
mansidão aos que se resistem ao ensino das Escrituras.

Exortar: O comentário Beacon ao se referir a este dom, coloca-o em total


ligação com o de ensinar, dizendo que “cada um desses dons significa uma
comunicação da verdade do evangelho ao ouvinte, efetivada de diversas maneiras: em uma
delas, é explicada – em outra, é aplicada. Contudo, esta comunicação nunca deve ser
explicada sem ser aplicada, nem aplicada sem ser explicada. ” 2

Araújo comenta que o dom de exortar é para: “encorajamento, apelo,


conforto, orientação ou consolação, em genuíno amor cristão. ” 3 A partir de tais
informações, chegamos ao entendimento que o portador deste dom, deve usá-
lo em pregações buscando que os ouvintes venham a aplicar em suas vidas o
evangelho que outrora lhes foi ensinado.

2
BEACON, Comentário Bíblico. Vol. 8; Rio de Janeiro; CPAD; 2017.
3
ARAÚJO, Carlos Alberto R. de. A Igreja dos Apóstolos; Rio de Janeiro; CPAD; 2012
Servir: Este dom é citado em Romanos 12:7, em algumas versões não
encontraremos a palavra “servir”, mas sim a palavra “ministério”, ambas
possuem o mesmo significado. Em qualquer das duas situações, quer seja
ministério, quer seja servir, a palavra no original grego é diakonia, da qual
deriva a palavra “diáconos”. Neste contexto aqui de Romanos 12, a palavra se
refere ao dom ministerial, não ao cargo eclesiástico. É um dom que capacita a
pessoa a se dispor mais a servir a igreja local e aos demais irmão, fazendo-a
executar as tarefas com mais dedicação a amor, o que não exclui os demais
cristãos de servirem a igreja local e aos irmãos, somente diz que estes que
receberam o dom de servir, fazem com mais dedicação.

Liderança: Citado em Romanos 12:8, este dom refere-se a aqueles


literalmente receberam de Deus uma capacitação de liderança e autoridade
para presidirem sobre outros, que por sua vez deve ser exercida com cuidado,
e com zelo. É um dom dado para aqueles que Deus escolheu para liderar
igrejas locais ou grupos.

Governo: Este dom é citado na listagem em 1 Coríntios 12, mais exatamente


no versículo 28, também pode ser chamado de dom de administrar. No grego,
a palavra utilizada é kubernesis, que segundo Oliveiro no seu livro sobre dons
ministeriais da Editora Reflexão, tal palavra denota a atividade de um timoneiro
de um navio, conduzindo a embarcação com segurança até o porto. Esta
administração é tanto de recursos humanos, como financeiros.

Misericórdia/socorros: É o último na lista em Romanos 12, porém, é tão


importante como os demais dons. Que por sua vez deve ser executado com
alegria. O portador do dom é mais levado pela compaixão da miséria alheia,
devido ao sentimento de empatia (se colocar no lugar do próximo) que o move
a ajudar a quem precisa.

Contribuir: O dom de contribuir, é utilizado para uma maior liberalidade para a


contribuição com o financiamento da obra do Senhor e com os irmãos
necessitados, o qual deve ser praticado com simplicidade e honestidade, nunca
por vanglória, sendo o amor a real motivação.

Hospitalidade: Vou transcrever ótima definição de Araújo: “O dom de


hospitalidade é a capacidade especial que o Espírito Santo concede a alguns discípulos,
capacitando-os a manter a sua casa e despensa abertas para receber, de forma calorosa,
pessoas que necessitam de hospedagem e alimentação. ” 4

Os dons espirituais são:

Palavra de sabedoria: A sabedoria é o uso correto do conhecimento, sendo


assim, aquele que recebe do Espírito Santo esse dom, não só recebe
condições de adquirir conhecimento, mas de aplica-lo em questões cotidianas
e decisões que podem mudar o rumo da vida de outros, sendo um dom muito
usado para aconselhamento e direcionamento rumo a maturidade.

Palavra de conhecimento: É um dom que atua em quem o recebeu dando-lhe


uma capacidade maior de absorver o conhecimento e passá-lo aos demais,
muito utilizado em pregações e ensino, levando pessoas ao conhecimento do
evangelho de Cristo, da salvação e de uma fé firma nas Escrituras, muito
similar aos dons ministeriais de ensino e de mestre.

Dom da fé: O dom da fé listado por Paulo dentro dos dons espirituais nada tem
a ver com a fé salvífica, pois ele atua em alguns já salvos e não levando o
portador do dom a salvação. É o dom de ter uma confiança maior no agir de
Deus em ações miraculosas.

Dons de curar: O portador do dom recebe de Deus um selo de ser escolhido


para ser quantitativamente mais usado em curas do que outros que não
receberam este dom. É um dom usado para trazer cura sobre os estão afligidos
por uma doença física ou até mesmo psicossomática.

Operação de maravilhas: É um dom que Deus concede a alguns para realizar


milagres que superem as leis da natureza, tal como ressuscitar mortos, mover
elementos da natureza (água, vento e etc.), e até mesmo outros tipos de
atuações do dom podem ser vistas, como por exemplo a expulsão de
demônios.

Dom de profecia: O dom de profecia (1 Co 12:10 e 14:3) difere do ministério


de profeta (1 Co 12: 28,29 / Efésios 4:11), pois ele não é dom de pregação

4
ARAÚJO, Carlos Alberto R. de. A Igreja dos Apóstolos; Rio de Janeiro; CPAD; 2012
exortativa como anteriormente explicado sobre o dom ministerial de profeta. O
dom de profecia é usado para revelar algo em oculto ou confirmar e explicar a
realidade um acontecimento na vida de alguém. A profecia só pode ser tomada
por verdade se for dentro dos parâmetros dos preceitos de Deus e da doutrina
neotestamentária, e sempre sendo a profecia para exortar, consolar e edificar.

Discernimento de espíritos: Este dom atua no cristão dando-lhe uma


capacidade maior de conhecer a natureza e intenção dos espíritos, ajudando a
discernir o falso do verdadeiro, o impuro do puro, o santo do pecado, além das
intenções do coração. Tanto que a palavra discernimento é diákrisis, que por
sua vez, significa um julgamento entre duas coisas. Este dom capacita os
cristãos a discernirem entre os verdadeiros e falsos mestres, para advertir a
Igreja sobre os falsos, pois a origem do ensino pode ser de Deus, do homem
ou diabólica.

Dom de variedade de línguas: Quando falamos em dom de línguas, é


necessário distinguirmos a manifestação de línguas idiomáticas em Atos 2, do
dom em 1 Coríntios 14. Em Atos 2, estava ocorrendo uma manifestação
idiomática, onde diversos idiomas estavam sendo falados. Zwinglio Rodrigues
comenta: “No dia de pentecostes, os crentes reunidos ficaram cheios do Espírito Santo e
passaram a falar em outras línguas (At 2:4). As línguas faladas pelos crentes eram dialektos,
idiomas estrangeiros usados para louvar a Deus (proclamação de Suas grandezas) e não para
evangelizar.”5

Já o dom de línguas, o qual é citado em 1 Coríntios 12 e descrito no


capítulo 14, é diferente daquela manifestação em Atos 2, pois é um dom, é
dado somente a alguns, e seu funcionamento também é diferente. O dom é
descrito como uma língua que não pode ser entendida pelos ouvintes, é algo
que somente Deus pode entender, tirando assim qualquer possibilidade de ser
um idioma terreno, pois o texto de 1 Coríntios 14:2 é claro em afirmar que esta
língua não é entendida pelos homens, independentemente de sua
nacionalidade, somente por Deus a entende (como o texto também deixa bem
claro), a não ser que o próprio portador do dom ou outro tenha o dom de
interpretar e passe o entendimento para os demais. É um dom de comunicação

5
RODRIGUES, Zwinglio. Falar em línguas – Um estudo sobre o fenômeno da glossolalia; São Paulo;
Editora Reflexão; 2016
direta a Deus em uma língua celestial, a qual não é língua de anjo, isso porque
se assim fosse, o texto não diria que somente Deus pode entendê-la, já que os
anjos também entenderiam, inclusive os anjos caídos (demônios). Além do
que, quando Paulo cita em 1 Coríntios 13 as línguas dos anjos, ele não diz que
ele ou outro ser humano tem acesso a tal, apenas está dizendo que mesmo
que ele falasse as línguas dos anjos, sem amor ao próximo nada teria proveito.
O apóstolo está enfatizando que não importa a capacitação espiritual que
alguém possa ter, sem amar o próximo nada disso fará alguém ser aprovado
diante de Deus, pois usaria o dom fora do modo correto, que é usar em amor
ao próximo, para servir ao próximo movido pelo amor.

Interpretação de línguas: O dom de interpretação de línguas capacita o


cristão a interpretar as línguas faladas por ele ou por outro, é um dom que
complementa outro, no caso, o de línguas, para que então, quando alguém
falar em línguas de maneira pública e audível aos que se encontram em sua
volta, todos possam entender o que está sendo falado e consequentemente ser
edificados por esta comunicação.

“Comunicação é definida como um processo que envolve a transmissão e a recepção de


mensagens entre uma fonte emissora e um destinatário receptor, no qual as informações,
transmitidas por intermédio de recursos físico (fala, audição, visão etc.) [...] Logo, não existe
comunicação se o receptor não receber a mensagem. ”6

6
SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder; Rio de Janeiro; CPAD; 2018

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