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INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA

ADMINISTRAÇÃO
DOCENTE Pr. Leonardo Monteiro Morada

Formação Acadêmica:
• Teologia (Curso Livre - CEFORTE)
• Teologia (Graduação – Faculdade Unida)
• Gestão Comercial (Universidade Estácio de Sá)
INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

ASSUNTOS
 A administração e suas perspectivas;
 Os primórdios da administração;
 Antecedentes históricos da administração;
 Abordagem clássica da administração_CAV
 Administração científica_CAV
 Teoria clássica da administração _CAV
INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA
ADMINISTRAÇÃO

A ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS


CONCEITOS

De acordo com (CHIAVENATO, 2003, p. 11), a palavra administração vem do


latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência) e
significa “aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, isto é,
aquele que presta um serviço a outro”.

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OUTROS CONCEITOS
Para (CERTO, 1994) administrar é o processo de alcançar objetivos pelo trabalho, através de
pessoas e outros recursos organizacionais.

Para (JAMES, R. e DANIEL, 1995) é o processo de planejar, organizar, liderar, e controlar o


trabalho dos membros da organização, utilizando os recursos disponíveis para alcançar
objetivos definidos.

De acordo com (RICHARD, 1993) é o alcance de objetivos organizacionais de maneira eficaz


e eficiente graças ao planejamento, à organização, à liderança e ao controle dos recursos.

Contudo (CHIAVENATO, 2003) diz que administrar é mais do que simplesmente planejar,
organizar, dirigir e controlar, requer fazer coisas através de pessoas, lidar com situações
complexas e múltiplas, deve buscar aproveitar as oportunidades e recursos e deve reunir
conceitos e ações.

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ESTADO ATUAL DA TGA

Mais recentemente, as novas abordagens trouxeram à tona a emergente


necessidade de competitividade das organizações em um mundo globalizado e
carregado de mudanças e transformações. Assim, cada uma dessas seis variáveis
tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade - provocou a
seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no
desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa privilegia ou enfatiza uma ou
mais dessas seis variáveis (CHIAVENATO, 2003).

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A ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE MODERNA

A administração é um fenômeno universal na modernidade. Em um cenário de concorrência


acirrada, as organizações buscam o alcance dos objetivos, a tomada de decisões, coordenação
de atividades, condução de pessoas (CHIAVENATO, 2003).

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AS PERSPECTIVAS FUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO
O mundo presenciará o fim das organizações como vistas hoje e o surgimento de organizações
adequadas às novas demandas. De acordo com (CHIAVENATO, 2003) essa previsão se
baseia no princípio evolucionário de cada época. Três aspectos dos sistemas organizacionais
atuais, serão se reverterão no condutor do fracasso de tais sistemas:

As mudanças que cada vez O crescimento e expansão As atividades que exigem


mais rápidas e inesperadas de organizações mais pessoas de competências
nos negócios, nos campos complexas e globalizadas. diversas e especializadas
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do conhecimento e da
explosão populacional.

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A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO

A Administração tornou-se fundamental na sociedade moderna. Ela não é um fim em si mesma,


mas um meio de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma, com o menor
custo e com a maior eficiência e eficácia. Esses conceitos serão discutidos mais adiante.

Dentro das organizações a administração faz se presente de um jeito ou de outro, algumas se


sobrepõe com o sucesso, outras deixam a desejar.

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O PERFIL DO ADMINISTRADOR

O administrador não é o executor, mas o responsável pelo trabalho das pessoas a


ele subordinadas, por esta razão não pode arriscar os resultados da organização.
Este é um profissional cuja formação é ampla: precisa conhecer diversas
disciplinas (Matemática, Direito, Psicologia, Sociologia, Estatística etc.); precisa
lidar com pessoas (executores de tarefas ou que planejam, organizam, controlam,
assessoram, pesquisam etc.); ele precisa estar alerta aos eventos do passado,
presente e às previsões futuras; precisa lidar com eventos internos e externos;
precisa ver mais longe que os outros (CHIAVENATO, 2003).

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INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA
ADMINISTRAÇÃO

OS PROMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO
OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO
A administração é uma ciência recente, tem pouco mais de cem anos e constitui o
resultado histórico e integrado da contribuição de vários precursores, filósofos,
físicos, economistas, estadistas e empresários que, no decorrer do tempo, cada qual
em seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando suas teorias. Por isso, a
moderna Administração utiliza conceitos e princípios das Ciências Matemáticas e
estatísticas, nas Ciências Humanas (como Psicologia, Sociologia, Biologia, Educação
etc.), nas Ciências Físicas (como Física, Química etc.), como também no Direito, na
Engenharia, na Tecnologia da Informação etc (CHIAVENATO, 2003).

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OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Historicamente se vê sinais de administração em...

No Egito Na Assíria

Na Mesopotâmia Na China
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INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA
ADMINISTRAÇÃO

ANTECEDENTES HISTÓRICOS
INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS
- Sócrates, filósofo grego (470 a.c. - 399 a.c.), defende a Administração como uma habilidade
pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência (CHIAVENATO, 2003).
- Platão (429 a.c. - 347 a.c.), filósofo grego, discípulo de Sócrates, em sua obra, “A República”
expõe a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos (CHIAVENATO,
2003).
- Aristóteles (384 a.c. - 322 a.c.), discípulo de Platão, no livro “Política”, que versa sobre a
organização do Estado, distingue as três formas de administração pública: 1) Monarquia ou
governo de um só (que pode redundar em tirania); 2) Aristocracia ou governo de uma elite (que
pode descambar em oligarquia); 3) Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em
anarquia) (CHIAVENATO, 2003).

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INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS
- Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês e fundador da Lógica Moderna, antecipou-
se ao princípio da prevalência do principal sobre o acessório (CHIAVENATO, 2003).
- René Descartes (1596-1650), filósofo, matemático e físico francês, considerado o fundador da
Filosofia Moderna, no “O Discurso do Método” no qual descreve seu método filosófico denominado
método cartesiano, cujos princípios são:
DÚVIDA SISTEMÁTICA ANÁLISE OU DE SÍNTESE OU DA ENUMERAÇÃO OU DA
OU DA EVIDÊNCIA DECOMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO VERIFICAÇÃO
Consiste em rejeitar como Consiste em decompor Consiste em conduzir nossos Consiste em fazer
verdadeira coisa alguma cada problema em tantas pensamentos, começando nos recontagens, verificações e
que não se evidencie partes quantas necessárias objetivos mais fáceis, para revisões tão gerais que se
claramente verdadeiro passarmos aos mais difíceis fique seguro de nada haver
à sua adequada solução
omitido ou deixado à parte

O método cartesiano teve influência decisiva na Administração: a Administração Científica, as Teorias Clássica e
Neoclássica tiveram muitos de seus princípios baseados na metodologia cartesiana (CHIAVENATO, 2003).
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INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS

René Descartes (1596-1650)


Filósofo, Matemático e físico

O método cartesiano teve influência decisiva na Administração: a


Administração Científica, as Teorias Clássica e Neoclássica tiveram
muitos de seus princípios baseados na metodologia cartesiana.
(CHIAVENATO, 2003).

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INFLUÊNCIAS DA IGREJA CATÓLICA

Como a organização hierárquica da Igreja católica


é simples e eficiente e permite que sua enorme
organização mundial possa operar sob o comando
de uma só cabeça executiva: o Papa. A estrutura
da organização eclesiástica serviu de modelo para
as demais organizações que, ávidas de
experiências bem-sucedidas, passaram a
incorporar os princípios e normas da Igreja
Católica (CHIAVENATO, 2003).
Obelisco da Praça de São Pedro e da Basílica
de São Pedro, no Vaticano.

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INFLUÊNCIAS DAS ORGANIZAÇÕES MILITARES

A organização militar influenciou o aparecimento das teorias da Administração. Há 2.500 anos,


Sun Tzu, um general filósofo chinês – escreveu um livro sobre a ARTE DA GUERRA no qual trata
da preparação dos planos, da guerra efetiva, da espada embainhada, das manobras, da variação
de táticas, do exército em marcha, do terreno, dos pontos fortes e fracos do inimigo e da
organização do exército. (CHIAVENATO, 2003).
Na época de Napoleão (1769-1821), cada general, ao chefiar seu exército, cuidava da
totalidade do campo de batalha. Com as guerras de maior alcance e de âmbito continental, o
comando das operações exigiu novos princípios de organização e planejamento e controle
centralizados em paralelo com operações descentralizadas, ou seja, passou-se à centralização do
comando e à descentralização da execução (CHIAVENATO, 2003).

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INFLUÊNCIA DA PRIMEIRA REVOLUÇÃ0 INDUSTRIAL
Foram quatro fases até alcançar o século XIX e acelerar com ímpeto, vejamos:
O aceleramento dos transportes e
Mecanização da indústria e Aplicação da força motriz à O desenvolvimento do sistema
das comunicações
da agricultura indústria fabril

No século XVIII, o surgimento: Com a aplicação do vapor às Fábricas e usinas baseadas na - A locomotiva a vapor foi
- da máquina de fiar máquinas, iniciam-se grandes divisão do trabalho. A migração de aperfeiçoada por Stephenson,
- do tear hidráulico transformações nas oficinas (que se grandes massas das áreas agrícolas surgindo à primeira estrada de ferro
- do tear mecânico converteram em fábricas), nos para as proximidades das fábricas na Inglaterra (1825) e logo depois nos
- do descaroçador de transportes, nas comunicações e na (urbanização). EUA (1829) e no Japão (1832).
algodão agricultura Graham Bell inventa o telefone
- do descaroçador de (1876).
algodão (mil libras de
algodão), no mesmo
tempo, um escravo
conseguia trabalhar
apenas (cinco libras).

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INFLUÊNCIA DA SEGUNDA REVOLUÇÃ0 INDUSTRIAL
Isso só ocorreu devido a três fatos importantes:

O aparecimento do
processo de fabricação
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do Aço (1856);
O aperfeiçoamento do
2
dínamo (1873) A invenção do motor a
combustão interna

3
(1873).

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INFLUÊNCIA DA SEGUNDA REVOLUÇÃ0 INDUSTRIAL
As características da 2ª Revolução Industrial são as seguintes:
•Substituição do ferro pelo aço como material industrial básico;
•Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes de energia;
•Substituição da força do animal ou do músculo humano pela potencial da máquina a
vapor;
•depois pelo motor elétrico, permitindo maior produção e economia.
•Desenvolvimento de máquinas automáticas e da especialização do trabalho.
•Crescente domínio da indústria pela ciência.
•Transformações radicais nos transportes e nas comunicações.
•Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista.
•Expansão da industrialização desde a Europa até o Extremo Oriente.
•Transferência da habilidade do artesão para a máquina.

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INFLUÊNCIA DOS PIONEIROS E EMPREENDEDORES
Os maiores negócios empresariais do início do século XIX, nos EUA, foram:
• As estradas de ferro - antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura
administrativa que exigisse os serviços de um administrador em tempo integral,
pois, em geral, as empresas industriais eram pequenas e familiares, exemplo: O
presidente era o tesoureiro, o comprador ou o vendedor e atendia aos agentes
comissionados.
• Em 1871, a Inglaterra era a maior potencia econômica mundial.
• Em 1865, John D. Rockefeller fundou a Standard Oil, Carnegie funda o truste de
aço, ultrapassando rapidamente a produção de toda a Inglaterra.
• Os “criadores de impérios” passaram a comprar e a integrar concorrentes,
fornecedores ou distribuidores para garantir seus interesses..

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INFLUÊNCIA DOS PROTESTANTES
• Vários ministros protestantes, liderados por Martinho Lutero (Alemanha) e João Calvino (França/Suíça),
começaram a desafiar algumas doutrinas católicas.
• Embora eles não fossem capitalistas, seus ensinamentos levaram a mudanças radicais – até no mundo
dos negócios - Lutero e Calvino desenvolveram então, a crença de que “Deus ajuda a quem se ajuda”, o
que passou a ser chamado de Ética Protestante ou Ética do Trabalho.
• Mais tarde, o sociólogo Max Weber afirma que a Ética Protestante teve grande impacto no
desenvolvimento do capitalismo, pois liberou as pessoas do estigma de fazer negócios e de lidar com o
comercio.
• Inúmeros corolários apareceram, apoiando a Ética Protestante, com, por exemplo: “Perda de tempo é
um pecado mortal” e “Quem não quiser trabalhar, também não deve comer”.

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ATIVIDADE 01_CAV
1) Pesquise e compare os conceitos de administração de três autores e indique qual
conceito você mais concorda, justifique.
2) Qual ou quais das teorias citadas melhor se adapta à realidade da sua igreja?
3) Utilizando os conceitos e teorias da administração, olhando para as projeções de
futuro desta ciência, pesquise qual o melhor perfil para o administrador eclesiástico do
futuro.
4) Pesquise os dez papeis do administrador e componha um quadro comparativo.
5) Aprofunde seu conhecimento sobre as influências sofridas pela TGA. Escolha cinco
influências sofridas pela TGA e monte um quadro demonstrativo.
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª edição. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
Pgs. 01-82

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FIM

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