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Investigação, 15(4):83-90, 2016

REVISÃO DE LITERATURA | CLÍNICA E CIRURGIA DE


GRANDES ANIMAIS
PRINCIPAIS DOENÇAS PREPUCIAIS E
PENIANAS EM BOVINOS

Major Preputial and Penile Desiases in Cattle

1
Faculdade de Ciencias Agrárias e Veterinárias - UNESP, Jaboticabal, São Paulo, Brasil.
MV. MSc Karina Calciolari1*, MV. Vanessa Barroco1, MV. MSc. Dr. Kamila Gravena1, MV. MSc. Dr. Paulo A.
*
Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castelane, s/n - Vila Industrial, Jaboticabal - SP, 14884-900. e-mail: karinaveterinaria@yahoo.com
Canolla1.

RESUMO ABSTRACT
Inúmeras enfermidades acometem os bovinos, sendo as associadas ao sistema reprodutor, principalmente Numerous diseases affecting reproductive system of cattles, in especially the males. This diseases are responsible
masculino, responsáveis pela queda da eficiência reprodutiva, causando perdas econômicas tanto com o tratamento, for the decline of reproductive efficiency and consequently economic losses with the treatment as early loss of high
como perda precoce de animais de alto valor genético. Dentre as afecções que mais acometem o trato reprodutor genetic value animals. Reproductive diseases that most affect the bulls are related to foreskin (preputial prolapse,
masculino estão as prepuciais (prolapso prepucial, abscesso prepucial, divertículo prepucial, persistência do frênulo prepucial abscess, preputial diverticulum, persistent preputial frenulum and acropostite - phimosis) followed by penile
prepucial e acropostite-fimose) seguida das penianas (parafimose, desvios, fraturas e hematomas penianos além de (paraphimosis, deviations, penile fractures and bruises beyond fibropapillomatosis).
fibropapilomatose). Sabendo-se do grande valor econômico da bovinocultura no agrononégio no Brasil e a importância
de manter um rebanho saudavel essa revisão tem como objetivo descrever sobre a etiopatogenia dessas afecções Keywords: Reproductive system, male, cattle, reproduction.
assim como o tratamentos, indicações cirurgicas. Tais informações traz importantes aspéctos quanto a prevenção,
diagnóstico e tratamento correto das enfermidades no intuito de evitar perda de animais de grande valor zootécnico,
consequentemente diminuição dos prejuizos econômicos favorecendo assim o investimentos como no melhoramento
genético do rebanho.

Palavras-chave: Aparelho reprodutor, machos, bovinocultura, reprodução.

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INTRODUÇÃO
A bovinocultura tem grande importância no âmbito Diante desta problemática o objetivo desta revisão é (RABELO e SILVA, 2011). Mendonça (2009) por sua vez, afirmou
econômico brasileiro, dando ao pais o segundo maior rebanho abordar as principais afecções que acometem pênis e prepúcio que variações na atividade funcional dos músculos prepuciais
efetivo do mundo gerando em torno de 5,5 bilhões de dólares de bovinos assim como seu tratamento. também poderiam predispor ou prevenir a eversão da bainha
com as exportações de carne, calçados e couros. Tais índices interna do prepúcio, tendo em vista suas ações na elevação e
produtivos estão baseados principalmente na eficiência Prepúcio: Principais Afecções e Tratamento
fechamento parcial do óstio prepucial.
reprodutiva dos animais. Para alcançar esse alto desempenho Segundo Rabelo et al. (2012), dentre as enfermidades e
métodos de produção sofreram intensas modificações Animais que possuem prolapso devem ser manejados
anomalias que afetam o prepúcio, intimamente relacionadas às
tecnológicas nas últimas décadas em todo mundo. O Brasil apesar de forma diferenciada, principalmente quando a propriedade
características anatômicas, destacam-se o prolapso prepucial
da alta produção tem baixo índice de produtividade quando apresenta forma de manejo extensivo e não adota estação
crônico, abscesso prepucial, divertículo prepucial, persistência
relaciona-se a área produtiva e porcentagem de animais por de monta ou monta controlada. Os proprietários devem ser
do frênulo prepucial e fimose prepucial.
área, uma vez que a produção é basicamente extensiva, sendo alertados dos riscos as injúrias prepuciais, do custo elevado
apenas pequena porcentagem (3%) intensificada e terminada A lâmina interna do prepúcio, também conhecida como no tratamento destas injúrias e o período de repouso sexual
em confinamento (SILVA, 2015). Fatores genéticos, nutricionais folheto prepucial interno, permite que o pênis do touro ereto, durante a convalescença, além de possível descarte prematuro
e a sanidade dos animais são constantemente monitorados e o projete-se ao alcance da genitália da fêmea, demonstrando destes touros, mesmo com elevado valor zootécnico (RABELO e
emprego de biotecnologias e boas práticas de manejo veem para suma importância no ato da cópula (RABELO e SILVA, 2011). SILVA, 2011).
que se alcance o máximo da eficiência reprodutiva. Levando em Algumas raças, entretanto, possuem uma predisposição para
Weaver et al. (2005) citam tratamentos conservadores para
consideração que o lucro provém da produção e crescimento do o prolapso intermitente de prepúcio (prolapso desenvolvido
lesões recentes da mucosa prolapsada, como limpar as feridas
rebanho, as condições relacionadas ao aparelho reprodutor dos durante o movimento não erétil normal do pênis no interior da
com solução antisséptica não irritante diluída (iodopovidona),
animais tornam-se de grande importância (RABELO, 2009). cavidade prepucial), sendo esta alteração considerada normal
mergulhar o prepúcio lesado em solução contendo sulfato de
para as raças Hereford, Aberdeen Angus, Brahman e Santa
Doenças nos órgãos reprodutores de touros têm impacto magnésio 25% para redução do edema, utilizar de solução
Gertrudis (WEAVER et al. 2005). Esta característica é apontada
econômico tanto em relação ao custo com o tratamento, ou emoliente (pomada de zinco, óleo de rícino, entre outros) para
como uma das causas facilitadoras para o desenvolvimento
descartes precoce de reprodutores de alto valor zootécnico, desfazer a mucosa prolapsada, e manter o prepúcio protegido
de enfermidades como abscessos prepuciais, infestações por
quanto à falha ou ausência de coberturas resultando em fêmeas para evitar novos traumas. Intervenções cirúrgicas para remover
parasitas, acropostite-fimose, fibrose e consequente estenose
não gestantes (RABELO et al., 2006). o excesso de mucosa prolapsada (técnica de circuncisão
do óstio prepucial (RABELO et. al. 2012).
Inúmeras enfermidades podem alterar o funcionamento semelhante ao tratamento realizado para acropostite-fimose)
das estruturas reprodutivas em touros, sendo as afecções de Prolapso Prepucial Crônico podem ser realizadas, porém a mesma é sujeita a intercorrências
maior ocorrência no segmento distal da genitália, como o e o custo do tratamento mostra-se dispendioso.
Além do aspecto genético, citado anteriormente, existem
prolapso prepucial, abscesso prepucial, divertículo prepucial, alguns aspectos anatômicos relacionados ao prolapso prepucial Abscessos Prepuciais
parafimose, acropostite-fimose, desvios, fraturas e hematomas crônico, como diâmetro do óstio prepucial, tamanho do prepúcio,
penianos além de fibropapilomatose (RABELO et al., 2006, Os abscessos prepuciais se dão a partir de lesões diretas
e ausência ou inabilidade do músculo retrator do prepúcio
ASHDOWN, 2006, RABELO et al, 2008). relacionadas, por exemplo, à pastagens mal manejadas contendo

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plantas invasoras e sujidades, sendo acometidos principalmente pós-cirúrgicas nos caso de lesão iatrogênica aos músculos anatômica, é a alternativa mais correta devido a possibilidade
animais que possuem o prepúcio penduloso, o óstio prepucial prepuciais com comprometimento morfofuncional destes, além de perpetuação do problema.
aberto e vivem em manejo extensivo (RABELO e SILVA, 2011). de ineficácia na técnica de drenagem, onde a incisão efetuada
Para os animais portadores de divertículo prepucial anterior
Para Viu et al. (2002), é conveniente a eliminação dos animais permite o fechamento prematuro da ferida cutânea, sem que
a técnica consta de duas pinças de Kocher, equidistantes cinco
com prepúcio penduloso da reprodução, tendo em vista a alta haja a cura completa do animal, o que geralmente ocorre
centímetros da cicatriz umbilical, no sentido crânio-caudal,
herdabilidade genética dessa característica. quando a técnica cirúrgica não é executada como descrito acima
removendo um retalho de pele bilateralmente da região ântero-
(RABELO e SILVA, 2011).
A partir de lesões na lâmina prepucial interna e óstio lateral do prepúcio em formato de triângulo. Após remoção
prepucial, microrganismos como Actinomyces pyogenes Divertículo Prepucial destes segmentos, as bordas são suturadas empregando sutura
e o Corynebacterium renale, comumente habitados ou em padrão simples isolado, com fio de náilon, tracionando desta
Tem como característica a dificuldade do touro em expor
contaminantes do aparelho reprodutor, encontram meios forma o óstio prepucial em sentido anterior. Esta técnica deve
o pênis através do óstio prepucial, o que se traduz em perda de
favoráveis para formação de abscessos prepuciais (SILVA et al. ser realizada com extremo cuidado para não ocorrer lesão dos
eficiência ou mesmo incompetência na realização da cópula,
1998). Existe ainda uma característica anatômica importante músculos protratores e retratores do prepúcio, o que poderia
podendo se apresentar de duas formas: anterior e posterior
associada a isto, onde touros com idad média em torno de três inviabilizar o touro para funções reprodutivas (RABELO e SILVA,
(RABELO e SILVA, 2011). O divertículo prepucial anterior,
anos sofrem uma alteração no folheto interno do prepúcio, que 2011).
característica principal de touros zebuínos das raças Gir, Nelore
antes regulare e liso, desenvolvimento transformam-se numa
e Indubrasil por apresentarem o prepúcio muito alongado, é A correção cirúrgica para divertículo prepucial posterior
superfície com criptas longitudinais, tornando-se um ambiente
atribuído à dificuldade em elevar o óstio prepucial por ocasião consiste na realização da postoplastia, com o objetivo de
propício dos microrganismos citados anteriormente (RABELO et
da cópula, propiciando a formação de um fundo de saco, corrigir o direcionamento do pênis através do óstio prepucial. A
al. 2012).
anterior ao óstio. Já o divertículo prepucial posterior, também metodologia sugerida para esta técnica é semelhante a técnica
A drenagem cirúrgica é essencial para o tratamento destes fundamentada nas características anatômicas, é decorrente de circuncisão descrita no subtítulo referente à acropostite-
abscessos, respeitando-se é claro os princípios de higienização. de bezerros com prepúcio longo que durante a fase pós-natal fimose.
O animal, devidamente contido em local seguro e adequado, sofreram onfaloflebite ou traumatismo na região umbilical,
Persistência do Frênulo Prepucial
deverá passar por tricotomia ampla e antissepsia do local do desenvolvendo fibrose com elevação do orifício prepucial no
abscesso. O bloqueio regional deverá ser realizado distante da período pós-puberdade. No momento da cópula esta elevação O frênulo prepucial se trata de um fino feixe de tecido
área abscedada (pela possível mudança de pH), utilizando-se de do óstio dificulta a exposição do pênis, sendo o mesmo desviado conjuntivo que conecta a extremidade ventral do pênis ao
cloridrato de lidocaína 2%. A drenagem cirúrgica por sua vez, é em sentido ventral. Esta movimentação repetida desencadeia prepúcio. Por volta do quarto ao décimo mês de idade, com a
realizada com uma incisão na forma de “x” ou cruz na pele, até então a saculação ventral na face caudal da bainha prepucial puberdade, o ato de masturbação constante e exposição peniana
completa perfuração da capsula do abscesso. A lavagem local interna (RABELO et al. 2012). para micção, provocam uma tensão mecânica e rompimento
deste abscesso deverá ser realizada por no mínimo dez dias do fisiológico do frênulo (RABELO et al. 2012).
A abordagem cirúrgica em ambos os casos é recomendada,
pós-operatório, utilizando hipoclorito de sódio a 2% ou outro
porém segundo Viu et al. (2002) a seleção e descarte destes Em alguns animais isto, porém, não ocorre. A incidência
antisséptico de escolha para esta finalidade. Complicações
animais da reprodução, tendo em vista esta característica elevada de animais das raças zebuínas com a presença de frênulo

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persistente, em relação às taurinas é relatada devido ao menor do óstio prepucial voltando-se caudalmente, dor a palpação, por touros de alto libido na presença de vacas), utilização
libido dos zebuínos. Outro fator descrito para esta persistência, podendo haver retenção de urina. O pênis não consegue ser de ducha fria na região do prepúcio por até 20 minutos,
é a presença de um tecido de maior diâmetro margeado por exposto, podendo o animal apresentar sinais de estrangúria e higienização da mucosa prolapsada com água e sabão neutro,
um vaso sanguíneo, que é encontrado em animais acometidos disúria, urinando em jatos finos ou gotas. Esta urina localizada aplicação tópica de pomada anti-inflamatória, antibiótica
por esta patologia. Entretanto, a predisposição hereditária na cavidade interna da bainha desencadeia intensa reação e cicatrizantesdurante três dias (MARQUES et al. 1988). Silva
mesmo sendo citada, não possui nenhuma evidência científica inflamatória local, caracterizada por celulite, podendo levar a et al. (1998) recomendam medidas pré-operatórias de até
comprovando-a (RABELO e SILVA, 2011). danos da mucosa, tornando o touro inviável para a reprodução cinco dias, dependendo da gravidade da lesão, utilizando
(RABELO e SILVA, 2011). por via parenteral antibioticoterapia e anti-inflamatórios não
O tratamento para correção desta enfermidade consiste
esteroides e uso de pomadas após a assepsia do prepúcio.
na exposição completa do pênis e identificação do frênulo É ressaltado por Rabelo et al. (2012) que os tratamentos
Medidas estas com o intuito de favorecer o ato cirúrgico, pela
persistente. Após isto, deve ser realizada ligaduras das culminam quase em sua totalidade para a cirurgia, onde estes
diminuição da inflamação e melhora clínica.
extremidades proximais e distais do frênulo, prevenindo deste touros tem uma grande chance de não voltarem aos trabalhos
modo hemorragias tardias. O frênulo então é removido com a reprodutivos, ou terem sua vida útil reprodutiva diminuída. A técnica cirúrgica em si baseia-se na circuncisão prepucial
incisão cirúrgica de suas extremidades. Como complicações Por sua vez, Rabbers (2013) relata, que quando há danos à ou postoplastia com exérese da região anatômica lesionada.
desta técnica é descrito pequenas hemorragias tardias e lâmina interna do prepúcio, com risco considerável do tecido, o Várias técnicas são descritas na literatura especializada, sendo
granulomas (RABELO e SILVA, 2011). recomendado é o descarte do animal. os resultados e dificuldades na execução do procedimento,
proporcional a evolução clínica da enfermidade (RABELO
Acropostite-Fimose em Touros Kasariet et al. (1997) apontam vários fatores a serem levados
e SILVA, 2011). Ressalta-se que Turner e Mclwraith (1985)
em consideração antes da realização tanto do tratamento
Acropostite é caracterizada como processo inflamatório da observaram que a perda da membrana prepucial interna
clínico, quanto cirúrgico desta enfermidade. Dentre estes
extremidade prepucial, podendo levar a feridas, úlceras, edema, após a cirurgia poderá impedir uma exposição adequada do
fatores destacam-se os custos do tratamento e da manutenção
necrose, fibrose e mais comumente, o estreitamente do óstio pênis para a realização da cópula, principalmente em raças
deste touro durante o período de convalescência, a possível
prepucial associado (RABELO e SILVA, 2011). Para Viu et al. (2002) europeias.
diminuição do desempenho sexual do reprodutor após a
normalmente as lesões ocorrem durante a exposição peniana,
intervenção cirúrgica, o risco do insucesso, as complicações pós- A técnica descrita por Lazzeri (1969) (técnica de circuncisão,
acometendo a bainha prepucial interna, porém existem lesões
cirúrgicas que por ventura ocorram e que, consequentemente, remoção da área lesada e fixação da mucosa prepucial ao óstio
secundárias as quais podem ser causadas por prolapso crônico,
alterem os custos esperados e, por fim, a avaliação econômica por meio de sutura em padrão Wolf) consiste na circuncisão
rompimento de abscessos, divertículo prepucial e trauma
comparativa entre a realização do tratamento e a substituição efetuando-se descolamento da mucosa interna e retirada
mecânico. Essas lesões de caráter crônico podem levar a uma
do touro doente. de todo tecido e pele lesionados. Após este, são realizadas
necrose e estenose, culminando na total oclusão do orifício
quatro incisões longitudinais na lâmina prepucial interna,
prepucial. Algumas medidas preparatórias são indispensáveis
para eliminar a diferença de diâmetro entre o óstio da mucosa
ao paciente a ser submetido a cirurgia, sendo necessário
Animais com acropostite apresentam edema e necrose e pele, e sutura desta lâmina ao óstio a partir de pontos de
repouso sexual (isolamento do animal doente mesmo das
da mucosa prolapsada, aumento da temperatura, estenose Wolf com fio de algodão 000. Esta técnica é reconhecida por
fêmeas que não estão no cio, pela masturbação promovida

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apresentar apenas 4 pontos de fixação, deixando o restante do prepuciais, podendo prejudicar ou até mesmo impedir a cópula. de urina provocando irritação. O uso desses aventais ou
tecido livre para completa drenagem e ausente formação de bandagens devem ser permeáveis a urina, não causar tração
Silva et al. (1998) descreveram a técnica de Lazzeri
fundo de saco. excessiva, serem trocados diariamente durante a realização
(1969) de forma modificada, na qual quatro pinças de Kocher
dos curativos e associados a adequada antissepsia, evitando
Walker (1980) e Turner e Mclwraith (1985) por sua vez, são posicionadas equidistantes (cranial, laterais e caudal),
assim complicações como Lazzeri (1996) descreve (SILVA et al.,
relataram um método de circuncisão, no qual um anel plástico delimitando a área íntegra da lesionada. Uma linha imaginária
1994).
com várias perfurações em uma das extremidades é introduzido é traçada onde a pinça caudal é posicionada em torno de dois
pela cavidade prepucial até o local previsto para circuncisão, centímetros acima do ponto de fixação da pinça cranial, a fim Pênis: Principais Afecções e Tratamento
sendo realizadas suturas através das perfurações, obtendo- de promover uma incisão ligeiramente oblíqua, ampliando o
O pênis dos bovinos é constituído por tecido fibroelástico,
se efeito semelhante a um torniquete. Segundos os autores, diâmetro craniocaudal do óstio da pele e reduzindo os riscos
o que lhe da consistência firme e rígida independente da
aproximadamente dez dias após a intervenção, o anel é de estenose. Após a incisão, as pinças de Allis são posicionadas
ereção. Em animais adultos pode chegar a um metro de
tracionado sendo exposta a parte a ser removida. Porém Rabelo sobre as bordas do folheto prepucial interno, sobrepondo
comprimento, sendo sua raiz inserida nas partes laterais do
e Silva (2011) relatam algumas contraindicações por se tratar as de Kocher. As quatro incisões longitudinais são realizadas
arco isquiático a qual é coberta por dois músculos largos,
de um corpo estranho, a área na qual o dispositivo foi inserido assim como Silva et al. (1998), porém a sutura de coaptação
bulboesponjoso e isquiocavernoso. O corpo do pênis possui
temporariamente, mostra-se contaminada e edemaciada, (correspondente as pinças de Allis) para ligar a lâmina interna ao
em sua porção dorsal artérias, nervos e rico plexo venoso, na
podendo haver complicações e risco de insucesso devido óstio da pele é realizada em padrão Donatti, também com fio de
porção ventral está localizada a uretra e nas porções laterais
à isquemia e dificuldades de higienização do local, sendo algodão 000. O fechamento completo da ferida é realizado com
estão significativos plexos nervosos. A glande representa um
questionada sua eficácia quando comparado a outros métodos categute cromado n° 1 em sutura simples interrompida, unindo
décimo do tamanho peniano, sendo coberta por um tecido
de circuncisão mais efetivos. a mucosa ao tecido subcutâneo, com o intuito de prevenir
mole (coxim) o qual forma o bulbo da glande. A extremidade
possível irritação da mucosa prepucial.
Eurides et al. (1981) descreveram a técnica de circuncisão é pontiaguda onde se situa o óstio uretral. O pênis dos
com ressecção da pele em formato de “V” no óstio prepucial, Técnica semelhante à de Silva et al. (1998) foi utilizada por bovinos possui a flexura sigmoide (estrutura em formato de
reduzindo o diâmetro do óstio e facilitando a junção da mucosa Rabelo e Silva (2011), porém os autores adicionaram o emprego “S”), a qual pode compreender um quarto do seu tamanho,
prepucial interna ao óstio prepucial. Marques et al. (1988) de captons juntamente aos pontos de Donatti, o que amenizou localizado acima e atrás do escroto. No momento da cópula o
relataram técnica semelhante a de Eurides et al. (1981), porém traumas e isquemia promovidos pela sutura, resultando em músculo retrator do pênis, que tem origem nas duas últimas
com o “V” realizado na região caudal da mucosa prepucial e melhor cicatrização da ferida cirúrgica. Ducha com água fria vértebras caudais, ligado à segunda curva da flexura sigmoide,
não da pele, sendo que em cada vértice foi realizado um ponto sobre pressão foi indicado por Rabelo et al. (2015) como sofre relaxamento desfazendo a flexura e assim permitindo a
simples isolado com categute cromado n° 2. auxiliar na evolução do processo cicatricial. Silva et al. (1994) extensão do pênis. Toda a extensão peniana é recoberto pela
observou que o uso de aventais de algodão na região prepucial túnica albugínea formada de tecido fibroso branco e denso
Rabelo e Silva (2011) relataram que em ambas as técnicas
durante o pós operatório ser acessório prático e que diminui (KONIG e LIEBICH, 2004).
de Eurides et al. (1981) e Marques et al. (1988) foi observado
significativamente as complicações relacionadas ao contato da
tensão da sutura seguida de deiscência. Ressaltando ainda que Muitas enfermidades só são observadas com completo
ferida cirurgica com o solo, contradizendo a descrição de Lazzeri
na técnica de Eurides et al. (1981), com a realização do “V” na relaxamento e exposição do pênis, sendo imprescindível
(1969) o qual desaconselha tal procediento devido ao acúmulo
pele, há risco potencial de danos iatrogênicos aos músculos

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a realização de bloqueios anestésicos específicos Descrevem-se várias técnicas para correção desta prepucial também podem levar a dificuldade de recolhimento
(dessensibilização dos nervos pudendos, hemorroidais e do enfermidade, como emprego de suturas com fios orgânicos do pênis caracterizando a afecção (GARNERO e PERUSIA, 2006).
plexo sacral) facilitando a exposição do pênis para posterior absorvíveis, com o objetivo de fixar o ligamento apical sob a
A retração peniana em touros é auxiliada pelos músculos
inspeção (MASSONE, 2003; GARNERO e PERUSIA, 2006). túnica albugínea. Entretanto, o sucesso da técnica depende do
retratores que são inervados por fibras simpáticas dos nervos
tipo de desvio, a tensão do fio aplicada à sutura e a resistência
Desvio Prematuro do Pênis caudal e pudendo sendo que afecções nessas inervações
da túnica albugínea ao ser suturada (ASHDOWN e PEARSON,
podem evoluir para a exposição permanente do pênis
Traumas, dilacerações no corpo cavernoso, túnica 1973; WALKER, 1980).
(ASDHOWN, 2006). Relatam-se ainda casos de acropostite não
albugínea, ligamento apical do pênis e prepúcio podem resultar tratadas ou de diagnóstico tardio como fator predisponente a
Neste contexto, técnicas alternativas com o emprego
em desvio peniano, sendo uma das causas de impotência exposição peniana permanente (RABELO et al. 2015).
de biomateriais como implantes podem ser utilizadas em
em bovinos. A afecção tem etiologia relacionada a injúrias
substituição aos procedimentos tradicionais (SILVA et al. 2004;
no ligamento apical e o músculo retrator do pênis (RABELO Indica-se a associação de terapia clínica conservativa
BENTO, 2005; RABELO et al., 2008). Os materiais sintéticos como
et al. 2012). Apesar das características de herdabilidade não previamente ao tratamento cirúrgico, sendo as técnicas
borracha, telas de silicone, carbono e polipropileno, apresentam
estarem bem esclarecidas, relaciona-se o desvio prematuro à melhor descritas de ampliação do óstio prepucial, ou em casos
resultados diversos, dependendo da localização (pontos de
predisposição genética do defeito em alguns bovinos (BENTO, extremos, a amputação parcial do pênis (RABELO e SILVA,
fácil contaminação e rejeição) (RINGS, 1995). Já os materiais
2005). 2011).
biológicos como a fáscia a lata homóloga, cartilagem auricular
É uma enfermidade progressiva e de caráter degenerativo bovina e o retalho peniano homólogo, apresentam vantagens Hematoma Peniano (“Fratura Peniana”)
que ocorre em animais entre três a seis anos de idade. É sobre os materiais de origem sintética uma vez que causam A fratura peniana é uma afecção de ocorrência comum
classificada em graus variados, sendo que em casos graves menor rejeição. Os materiais biológicos favorecem a integração com prognóstico desfavorável em touros. Tem importância
dificulta ou até impede a cópula. Podem ser caracterizados do implante ao receptor e servem de suporte a proliferação de econômica considerável uma vez que normalmente leva o
como espiral, ventral ou em “S” estando em ordem de tecido conjuntivo fibroso (DALECK et al. 1988; EURIDES et al. descarte dos animais (RABELO, 2012). Ocorre normalmente
ocorrência. (ASHDOWN, 2006; RABELO et al. 2012). Estudos 1996; SILVA et al. 2004). em animais jovens, montas precoces e desordenadas ou ainda
relacionados à importância do ligamento apical nessa afecção incompatibilidade de altura dos touros com relação às fêmeas
Parafimose
observaram que após a secção transversa iatrogênica desse bovinas. Esses fatores culminam na dificuldade de introdução
ligamento os touros apresentavam desvios ventral e lateral A parafimose caracteriza-se pela incapacidade do animal correta do pênis na genitália feminina, resultando em lesões
incapacitando a cópula (RABELO et al. 2012).A causa primária em recolher o pênis à cavidade prepucial, levando a exposição na albugínea peniana (normalmente distal a flexura sigmoide),
da enfermidade deve ser devidamente diagnosticada para permanente do órgão (RABELO e SILVA, 2011). É um distúrbio ligamento apical dorsal do pênis, ruptura do corpo cavernoso
que animais com afecções de origem hereditária da doença adquirido relacionado a traumas e também as características resultando em desvio peniano adquirido ou fraturas podendo
sejam retirados da reprodução, tendo em vista o potencial de anatômicas do prepúcio (principalmente zebuínos) a qual ou não estar associados a ruptura uretral (BENTO, 2005; RABELO
transmissão dessa característica aos descendentes(RABELO et resulta na incapacidade do animal em recolhê-lo à bainha et al. 2006).
al. 2012). interna prepucial (BLANCHARD, 1994). Algumas características O tratamento para traumas leves é conservativo, com o
anatômicas quanto ao prepúcio como estenose do óstio uso de anti-inflamatórios, ducha, pomadas emolientes para

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evitar aderências e repouso sexual. Casos com ruptura do ocorrendo com frequência na flexura sigmoide (RIET-CORREA et tanto a glande como o prepúcio, infectando células basais
corpo cavernoso, hematomas entre outras causas que resultem al. 2008). do epitélio cutâneo e mucoso levando a formação de lesões
em disúria, estrangúria ou parafimose indica-se a amputação tumorais róseos, firmes, acinzentados ou esbranquiçados,
peniana, no qual a técnica recomendada a da secção do pênis Dentre as causas da urolitíase relata-se o fator nutricional,
semelhantes à couve-flor, localizado na glande ou no prepúcio
em “V” fixando a uretra ao pênis (RABELO et al. 2006). incriminando-se dietas desbalanceadas ricas em fósforo,
de touros, com dimensões variadas. Seu agravamento pode
magnésio e pobres em cálcio, baseada principalmente em grãos
evoluir para quadro de parafimose, decorrente de aumento
Urolitíase Peniana e subprodutos (RIET-CORREA et al. 2008). Outras causas como
de volume tumoral na glande, impossibilitando o retorno do
privação hídrica, ou estados mórbidos onde há alteração do pH
A urolitíase é uma afecção causada pela formação de pênis à bainha prepucial (RABELO e SILVA, 2011).
urinário, podem favorecer a precipitação de alguns minerais e a
cálculos, normalmente na pelve renal e vesícula urinária,
formação de urólitos (OZMEN, 2004; SACCO e LOPES, 2011). Tem caráter benigno, autolimitante, sendo somente em
a partir de precipitação de sólidos tendo comumenteum
casos especiais, evolui para malignidade (CLAUS et al. 2007;
núcleo formado por material orgânico (mucopolissacarídeo, A constituição dos urólitos, tanto nos grandes quantos
MEUTEN, 2002). O diagnóstico definitivo é dado pela biopsia
mucoproteína, leucócitos, fibrina, debris celulares e/ou nos pequenos ruminantes, é formada por estruvita, oxalatos,
e exame histopatológico associado ao histórico e exame
bactérias) e envolto por minerais precipitados na urina silicatos e carbonatos, sendo os dois primeiros mais comumente
clínico do rebanho (MEUTEN, 2002; RABELO e SILVA, 2011).
(HUXTABLE e CLARK, 1993; JONES et al. 2000; RIET-CORREA et observados em animais alimentados em regime de pasto, já os
O tratamento que apresentam melhores resultados são a
al. 2008). Dependendo das suas dimensões alcançam a uretra, compostos de carbonato de cálcio estão associados ao consumo
retirada cirúrgica e cauterização das lesões com nitrato de
podendo ser eliminados, ou então, obstruíem a passagem de de alimentos com elevado teor de cálcio e baixo em fósforo e
prata, descreve-se ainda o uso de vacina autógena (caráter
urina, o que leva a manifestação clínica da doença, denominada magnésio (SACCO e LOPES, 2011; OLIVEIRA et al. 2013).
curativo) e/ou auto-hemoterapia (MELO, 1996).
urolitíase obstrutiva (RIET-CORREA, 2008).
A técnica mais indicada para esses casos é a uretrostomia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A obstrução do fluxo urinário pode resultar em dilatação peniana, podendo em casos menos graves e/ou que se tem a
ou ruptura da uretra ou bexiga, uretrite, hidronefrose, intenção de manter o touro ativo como reprodutor realizar a Devido à importância econômica dada a bovinocultura no
hidroureter, uremia, cistite, nefrite, pielonefrite e peritonite uretrotomia. A uretrostomia pode ser realizada pelo acesso âmbito econômico brasileiro, no qual os índices produtivos são
química (uroperitôneo) (RIET-CORREA et al. 2008). perineal, uma vez que a maioria dos urólitos alojam-se no baseados principalmente na eficiência reprodutiva dos animais,
“S” peniano, porém, este tratamento acarreta na perda da traz grande enfoque a sanidade do sistema reprodutor dos
Tem importante impacto econômico sobre a
função reprodutora, mesmo assim, é o principal tratamento bovinos. Sendo assim, o conhecimento técnico das principais
bovinocultura, uma vez que atinge tanto animais de diferentes
recomendodo para bovinos de engorda (RIET-CORREA et al. enfermidades que acometem esse sistema, o tratamento
aptdões tanto de corte como de leite e seus reprodutores
2007). destas e principalmente a prevenção são indubitavelmente a
de alto valor zootécnico. Os urólitos uretrais desencadeiam
base do sucesso de uma propriedade.
maiores complicações nos machos do que em fêmeas devido Fibropapiloma Peniano
a à conformação anatômica do trato urinário masculino, que REFERÊNCIAS
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ISSN 21774080

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