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GRUPO I

Um ofiólito representa uma sequência mais ou menos completa de rochas que formavam uma antiga
porção de crosta oceânica e de manto superior que, devido à sua maior densidade, aflora à superfície
terrestre.
O afloramento é originado por processos tectónicos de obducção (mecanismo compressivo oposto à
subducção), que ocorrem em condições muito especiais.
O complexo ofiolítico de Beja-Acebuches (COBA) constitui uma estreita faixa metamórfica de natureza
anfibolítica-serpentinítica, situada entre a zona de Ossa-Morena e a zona Sul Portuguesa. A sequência
estratigráfica interna apresenta uma secção de litosfera oceânica. Este complexo pode ser cartografado
como uma unidade contínua (com aproximadamente 1500 metros de espessura) desde a região do Torrão
- Ferreira do Alentejo, passando por Beja (Fig. 1) e Acebuches, nas vizinhanças de Aracena, até Almadén
de la Plata (Espanha). O COBA, deformado durante a sua instalação, originou uma inclinação para N-NE,
induzindo a recristalização das unidades basais em regime de alta temperatura. Este evento foi seguido por
uma segunda fase de deformação, correspondendo a um grau metamórfico entre a fácies dos xistos verdes
e a fácies anfibolítica em condições de baixa pressão, associada a um regime dúctil, gerando pressão
capaz de desmembrar a sequência original. O ofiólito é limitado a norte por deformações em regime mais
frágil, orientadas para SW, que colocaram litologias do complexo ígneo de Beja (CIB) sobre o COBA. Estes
acidentes colocaram igualmente, sobre o complexo ofiolítico, unidades da zona de Ossa-Morena que
incluem rochas do Proterozoico Superior de alto grau metamórfico aflorantes na estrutura de Serpa-
Brinches, e sequências câmbricas, igualmente afetadas pela primeira deformação e contemporânea do
metamorfismo regional. Todas estas unidades tectónicas foram intruídas pelo CIB que se instalou entre o
Devónico e o Carbónico, formado por uma unidade subvulcânica ácida, constituída por dacitos e riólitos de
idade carbónica.
A unidade dos serpentinitos é constituída por grandes corpos, dispersos tectonicamente, que
representam os componentes ultrabásicos das sequências ofiolíticas.
O grau metamórfico do COBA é variável, aumentando, em traços gerais de sul para norte, ou seja, do
topo para a base. A primeira fase de deformação está relacionada com a obducção e instalação alóctone
do COBA sobre a sequência autóctone da zona de Ossa-Morena. A segunda fase de deformação, de
inclinação para WNW-NW, afetou essencialmente as unidades superiores (metabasaltos) do COBA (na
fácies dos xistos verdes a anfibolítica). Este evento pode materializar um impulso mais tardio da instalação
do complexo ofiolítico, ao qual se associam falhas com direção WNW-ESE, que funcionaram como rampas
laterais responsáveis pelo desmembramento e afastamento das estruturas originais, permitindo a
justaposição e colocação lado a lado de rochas com graus metamórficos muito diferentes.

Figura 1 - Mapa geológico simplificado do complexo ofiolítico de Beja-Acebuches e pormenor junto ao vale do Guadiana.
1. O complexo metamórfico ofiolítico de Beja-Acebuches (COBA) é formado por…
A[…] rochas melanocratas com minerais félsicos.
B[…] xistos verdes, provenientes do metamorfismo de contacto.
C[…] rochas com minerais predominantemente máficos.
D[…] de rochas com minerais de anfíbolas, de cor clara.

2. Na segunda frase de deformação do COBA, correspondente a um grau de metamorfismo entre a fácies


dos xistos verdes e a fácies anfibolítica em condições de baixa pressão, surgiu um regime
A[…] dúctil, originando dobras.
B[…] dúctil, originando falhas.
C[…] frágil, originando dobras.
D[…] frágil, originando falhas.

3. O regime dúctil, que levou ao desmembramento da sequência original, colocou lado a lado diferentes fácies
litológico-metamórficas, pois…
A[…] tratou-se de uma subducção.
B[…] tratou-se de uma obducção.
C[…] uma dobra colocou o complexo ígneo de Beja sobre o complexo ofiolítico de Beja-Acebuches.
D[…] uma falha colocou o complexo ofiolítico de Beja-Acebuches sobre o complexo ígneo de Beja.

4. O ofiólito é limitado a norte por deformações originadas por forças em regime compressivo, que
A[…] são falhas normais, onde o teto desce em relação ao muro.
B[…] são falhas inversas, onde o teto sobe em relação ao muro.
C[…] incluem o soco Proterozoico superior de alto grau metamórfico, com fósseis.
D[…] incluem o soco Proterozoico superior, impossível de deformar.

5. Os processos geotectónicos que levaram à formação do COBA podem ser explicados numa perspetiva
_______, uma vez que a eles estão associados fenómenos _______, como a formação de dobras.
A[…] uniformitarista ... rápidos e violentos
B[…] uniformitarista ... lentos e graduais
C[…] catastrofista ... rápidos e violentos
D[…] catastrofista ... lentos e graduais

6. A intrusão causada pelo complexo ígneo de Beja origina …


A[…] rochas sedimentares, como o calcário.
B[…] metamorfismo regional, do qual resultam xistos verdes.
C[…] metamorfismo de contacto, do qual resultam rochas de textura não foliada.
D[…] deformação da rocha encaixante em regime de baixa temperatura.

7. Junto ao COBA, no terreno do Pulo do Lobo, localizam-se as minas de São Domingos, integradas na Faixa
Piritosa Ibérica, onde vários materiais foram explorados, entre os quais prata, ferro e cobre. Atualmente,
estas minas encontram-se abandonadas com os impactes negativos associados, nomeadamente com a
acidificação de lagoas. A produção agrícola na região reduziu, com a atividade mineira.
Explica, do ponto de vista ambiental, as dificuldades encontradas nas produções agrícolas.
GRUPO II
O fóssil de uma cobra «bebé», com cerca de 99 milhões de anos, foi encontrado preservado em âmbar,
em Myanmar (nome oficial da antiga Birmânia). Além de revelar que as cobras já viviam nas florestas
daquela região durante a era Mesozoica, no período Cretácico (145 Ma - 66 Ma), juntamente com
dinossauros, lagartos e insetos voadores, mostra que anatomicamente as cobras não evoluíram muito
significativamente até aos dias de hoje.
À espécie foi dado o nome Xiaophis myanmarensis, que significa «cobra do amanhecer de Myanmar».
A pequena cobra tem menos de cinco centímetros de comprimento. O esqueleto é composto por 97
vértebras, mais costelas. Porém, falta o crânio do animal, que não ficou preservado.
O réptil terá ficado preso na resina de uma árvore, que secou e se transformou em âmbar. «O âmbar é
totalmente único - o que quer que toque nele fica preservado no tempo», incluindo fragmentos de plantas e
insetos que permitiram confirmar que aquela espécie vivia, de facto, num ambiente florestal. Este é um
detalhe importante, uma vez que «quase todas as outras cobras conhecidas que viveram no Cretácico
Superior tinham adaptações aquáticas ou foram encontradas em sedimentos depositados perto de áreas
fluviais e costeiras».
Os restos ósseos desta cobra foram analisados através de tomografias computorizadas e,
posteriormente, comparados com as características anatómicas de cobras atuais com algumas
semelhanças (como a cobra asiática da espécie Cylindrophis ruffus). Esta pesquisa mostrou que, em quase
cem milhões de anos, a coluna vertebral das cobras praticamente não se desenvolveu, o que leva os
cientistas a acreditar que as cobras sobreviveram durante dezenas de milhões de anos num estado de
evolução primitivo.
De acordo com alguns investigadores, as cobras surgiram em florestas há cerca de 128,5 milhões de
anos.
A espécie mais antiga de que há conhecimento é a Eophis underwoodi, uma pequena cobra de 25
centímetros (que habitava em pântanos) proveniente do Reino Unido.
O estudo revelou a existência de uma inesperada diversidade de cobras, tanto nos ambientes terrestres
quanto nos aquáticos, durante o período Cretácico. A nova espécie providencia uma oportunidade sem
precedentes para observar aspetos da evolução do esqueleto das cobras, fornecendo conhecimentos
excecionais e inesperados sobre a evolução de um dos grupos de animais mais bem-sucedidos e icónicos
da Natureza.

1. O fóssil de cobra «bebé» descrito no texto corresponde a


A[…] impressões deixadas pelo ser vivo resultantes da sua atividade.
B[…] um molde externo da superfície externa das suas partes duras.
C[…] uma substituição da matéria orgânica do ser vivo por matéria mineral.
D[…] à preservação do organismo da sua totalidade em resina fóssil.

2. Os fósseis de cobras descritos podem ser considerados fósseis de


A[…] fácies, pois são bons indicadores do ambiente no Mesozoico.
B[…] idade, uma vez que permitem datar as rochas que os contêm.
C[…] fácies, pois provam a existência de florestas no Cretácico.
D[…] idade, pois as cobras mantiveram-se anatomicamente pouco alteradas.

3. A análise comparativa entre as cobras Xiaophis myanmarensis e Cylindrophis ruffus foi feita com base
em _______, tendo-se verificado que ocorreu evolução _______pouco significativa.
A[…] argumentos citológicos... divergente
B[…] argumentos anatómicos ... divergente
C[…] argumentos citológicos... convergente
D[…] argumentos anatómicos ... convergente

4. Nos insetos _______, não participa no transporte de gases respiratórios, pelo que estes animais
realizam as trocas gasosas por _______.
A[…] a hemolinfa ... difusão direta
B[…] o sangue ... difusão indireta
C[…] a hemolinfa ... difusão indireta
D[…] o sangue ... difusão direta
5. As afirmações que se seguem dizem respeito à influência das alterações ambientais na biodiversidade
de cobras durante a Era Mesozoica, segundo uma perspetiva evolucionista.

I. Populações de cobras da espécie Eophis underwoodi sujeitas a condições ambientais distintas podem
ter acumulado, ao longo do tempo, características genéticas diferentes.
II. A homogeneidade genética das populações de Cylindrophis ruffus aumenta a probabilidade de
sobrevivência perante alterações bruscas do ambiente.
III. O estudo revela que as cobras que viveram na Era Mesozoica devem ter vivido todas em ambientes
terrestres.

A[…] I e II são verdadeiras; III é falsa.


B[…] II é verdadeira; I e III são falsas.
C[…] I e III são verdadeiras; II é falsa.
D[…] I é verdadeira; II e III são falsas.

6. O recém-nascido fossilizado no âmbar, descrito no texto, desenvolveu-se a partir de sucessivas divisões


A[…] mitóticas e apresenta cariótipo igual aos dos seus progenitores.
B[…] meióticas e apresenta cariótipo diferente aos dos seus progenitores.
C[…] mitóticas e apresenta a mesma informação genética que os seus progenitores.
D[…] meóticas e apresenta a mesma informação genética que os seus progenitores.

7. Cylindrophis ruffus e Eophis underwoodi são espécies pertencentes à ordem Squamata.


É possível afirmar inequivocamente que estas são espécies
A[…] diferentes que pertencem ao mesmo género.
B[…] diferentes que partilham o mesmo restritivo específico.
C[…] que pertencem à mesma classe, mas não ao mesmo género.
D[…] que partilham a mesma família, mas não ao mesmo género.

8. Faz corresponder cada uma das expressões relativas à respiração nas cobras, constantes na coluna
A, ao número que lhe corresponde, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
a) Mecanismo aeróbio em que ocorre a oxidação completa da glicose. 1) Ciclo de Krebs
b) Série metabólica que se inicia por de uma fase de ativação. 2) Respiração celular
3) Glicólise
c) Processo de transporte dos gases através de superfícies respiratórias
4) Difusão indireta
vascularizadas. 5) Difusão direta

9. Com base na informação do texto, explique a reduzida evolução das cobras terrestes e a sua relação
com a variabilidade genética das cobras.
GRUPO III
Moçambique localiza-se a sudeste do continente africano. Do ponto de vista geotectónico, Moçambique é
composto por três fragmentos de placas litosféricas diferentes, que colidiram e se juntaram durante o Ciclo
Orogénico Pan-Africano (COPA). Durante o Jurássico e o Cretácico, fenómenos tectónicos de natureza
distensiva originaram a formação de sistemas de falhas de direção N-S, com marcadas características de
rifting, e a instalação de uma vasta gama de filões que intruíram as formações mais antigas. A região é rica
em depósitos minerais e não minerais, correspondendo o carvão a 93% das reservas nacionais.
A barragem de Cahora Bassa localiza-se em Moçambique, a sul do lago Niassa, na Província de Tete, que
separa o médio do baixo Zambeze. Este rio desagua num amplo delta de cerca de 7000 km2 de superfície.
O caudal médio do rio é estimado em 16 000 m3/s, transportando e depositando anualmente um volume de
aluviões de mais de 500 000 000 de toneladas.
Os principais afluentes do rio Zambeze, a montante da barragem de Cahora Bassa, atravessam áreas
urbanizadas, industriais e de desenvolvimento das atividades mineiras e agrícolas. A agroindústria
representa a maior parcela das atividades na bacia do Zambeze, particularmente no Zimbabwe, que requer
o uso extensivo de fertilizantes orgânicos e inorgânicos e pesticidas. O DDT, que é um pesticida, foi usado
extensivamente na agricultura e nas campanhas de erradicação da mosca tsé-tsé. No período de 1961 a
1991 foram usadas na área envolvente da bacia do Zambeze cerca de 127 toneladas de DDT. Este
composto afetou bastante a saúde das populações da bacia de Manyame e da vila de Kariba, e afetou
também as aves e os organismos aquáticos.

1. Apesar do intenso combate, com recurso a pesticidas como o DDT, a mosca tsé-tsé continua a afetar
as populações africanas. À luz do neodarwinismo, este facto pode ser explicado
A[…] pela resistência que estas moscas adquiriram ao DDT.
B[…] pela sobrevivência diferencial das moscas que foram sendo mais aptas.
C[…] pela indução de mutações, que tornam algumas moscas mais resistentes.
D[…] pelas variações naturais existentes na população de moscas tsé-tsé.

2. Nos sistemas de classificação de Woese e de Whittaker, a mosca tsé-tsé é classificada, respetivamente,


A[…] no domínio Eukarya e no reino Animalia, por ser multicelular e alimentar-se por ingestão.
B[…] no reino Archaea e no domínio Animalia, por ser eucarionte e alimentar-se por ingestão.
C[…] no domínio Eukarya e no reino Animalia, por apresentar nutrição semelhante às bactérias.
D[…] no reino Animalia e no domínio Eukarya, por ser um organismo eucarionte e multicelular.

3. O reconhecimento, no contexto apresentado, de que os filões são mais recentes, baseia-se


A[…] no princípio da sobreposição dos estratos.
B[…] na datação absoluta, por serem inferiores a 65 Ma.
C[…] no princípio da horizontalidade inicial dos estratos.
D[…] na datação relativa, pois intersetam as camadas preexistentes.

4. Na Província de Tete, podemos encontrar troncos de coníferas Dadoxylon nicoli seward e Dadoxylon
sp. do Pérmico fossilizados. Estes troncos encontram-se silicificados, pelo que sofreram um processo
de fossilização por…
A[…] incarbonização com enriquecimento dos troncos em carbono.
B[…] conservação total, uma vez que o tronco está preservado.
C[…] mineralização com substituição da matéria orgânica por mineral.
D[…] impressão uma vez que se obtém um molde do tronco.

5. Durante o Mesozoico, ocorreram fenómenos tectónicos que originaram a formação de falhas


A[…] normais de direção NW-SE, com marcadas características de rifting.
B[…] normais, devido à atuação de forças de natureza distensiva.
C[…] inversas que implicaram na subida do muro e descida do teto.
D[…] inversas porque não é possível identificar o rejeto da falha.
6. Colocou-se a hipótese de a grande quantidade de depósitos de carvão ter-se formado neste local devido
à conjugação de várias situações, entre as quais
A[…] a decomposição da celulose, a perda de hidrogénio e o enriquecimento em oxigénio.
B[…] o enriquecimento em carbono, devido ao efeito de estufa que se fazia sentir.
C[…] a deposição de vegetais em ambiente aquático de águas calmas eutrofizados.
D[…] a estabilidade tectónica, criando condições para a formação de turfeiras.

7. Do ponto de vista geodinâmico, o soco cristalino de Moçambique é composto por três fragmentos de
placas
litosféricas diferentes: Terreno do Gondwana Este, Terreno do Gondwana Oeste e Terreno do Gondwana
Sul, formados no COPA. Estes acontecimentos ocorreram …
A[…] durante o processo de rifting com fenómenos tectónicos de natureza distensiva.
B[…] no Jurássico e Cretácico com instalação de uma vasta gama de filões.
C[…] num processo de colisão de placas com elevação de cordilheiras montanhosas.
D[…] em rochas da mesma origem como gnaisses, mármores, gabros e granitos.

8. Ordena as expressões indicadas pelas letras A a E, de modo a reconstruir os fenómenos que


antecederam
a exposição do gnaisse à superfície na província de Tete, no terreno que corresponde à parte oriental do
antigo continente Gondwana.

A. Recristalização e formação de neominerais.


B. Condições de elevada pressão e elevada temperatura.
C. Formação de um plutonito granítico.
D. Erosão das camadas suprajacentes.
E. Fusão total dos materiais em profundidade.

9. O caudal médio do rio Zambeze deposita os sedimentos mais finos a jusante e os mais grosseiros são
depositados a montante. Apresente uma justificação para este facto.

10. Explica a capacidade erosiva do rio Zambeze, a jusante da barragem.


GRUPO IV
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente os idosos. Pode
existir na forma esporádica ou familiar. Trata-se de uma patologia que se manifesta pela perda maciça da
função sináptica e pela morte neuronal, observadas em certas regiões cerebrais geralmente responsáveis
pelas funções cognitivas, o que conduz a sintomas de demência.
A proteína precursora amiloide (APP), sintetizada pelo gene com o mesmo nome, localizado no
cromossoma 21, é uma proteína transmembranar encontrada preferencialmente nas terminações nervosas,
cuja função parece estar relacionada com a transmissão do impulso nervoso entre neurônios. No tecido
nervoso de pacientes com DA, a APP é anormalmente degradada formando depósitos de [J-amiloide -
molécula neurotóxica constituída por 42 aminoácidos - cuja agregação gera as placas senis dispersas entre
os neurônios, típicas da doença.
Na década de 1990, foi descoberto que a DA depende da produção de apolipoproteína E (ApoE). A ApoE
é codificada por um gene localizado no braço longo do cromossoma 19. O gene ApoE apresenta
polimorfismo, isto é, existem várias formas alélicas alternativas para o mesmo gene: os alelos e2, e3 e e4,
que diferem nos codogenes 112 e 158.
É justamente a presença do alelo e4 que tem sido associada a casos de DA esporádica. Vá rios estudos
demonstram uma correlação entre o aparecimento de DA e a expressão dos genes alelos e4. Recentemente
foi demonstrado que pessoas que possuem o alelo e2 têm maior probabilidade de se tornarem centenárias
do que aquelas com o alelo e3, que, por sua vez, parecem ter maior sobrevida que pessoas com o alelo e4
(figura 2). De forma semelhante, a sintomatologia associada à DA inicia-se mais precocemente quando o
paciente possui dois alelos e4, e alguns anos mais tarde quando apenas um dos alelos é o e4.
1. A transmissão do impulso nervoso _______ da APP, uma vez que esta proteína intervém no mecanismo
de _______
A[…] depende ... abertura dos canais de Na
B[…] depende ... sinapse química
C[…] não depende ... abertura dos canais de Na
D[…] não depende ... sinapse química

2. Tendo por base o código genético fornecido, os aminoácidos das posições 112 do alelo e4 e 158 do
alelo e2 são, respetivamente
A[…] arginina e cisteína.
B[…] arginina e arginina.
C[…] alanina e treonina.
D[…] alanina e alanina.

3. Quando um paciente com DA apresenta placas senis com agregados de p-amiloide, isto significa que
a APP foi _______, originando _______.
A[…] sintetizada ... água e peptídeos
B[…] hidrolisada ... água e peptídeos
C[…] sintetizada ... água e aminoácidos
D[…] hidrolisada ... água e aminoácidos

4. Na membrana plasmática dos neurónios, a _______ dos fosfolípidos possibilita a fluidez necessária
à__________ dos neurotransmissores.
A[…] mobilidade ... endocitose
B[…] mobilidade ... exocitose
C[…] localização... endocitose
D[…] localização ... exocitose

5. No estudo realizado, cujos resultados estão expressos na figura 2,


A[…] a variável dependente é a idade dos indivíduos.
B[…] o objetivo foi identificar a idade em que surge a DA.
C[…] o «tipo de alelo» é uma variável independente.
D[…] a probabilidade de não ser afetado não depende da idade.

6. Ordena as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos acontecimentos durante a


transmissão do impulso nervoso entre neurônios, em indivíduos saudáveis.
A. Envio de sinais químicos em direção à membrana pós-sináptica.
B. Intensa atividade mitocondrial no terminal da célula pré-sináptica.
C. Despolarização da membrana pós-sináptica.
D. Ligação do neurotransmissor ao recetor pós-sináptico.
E. Fusão de vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica.

7. Cada indivíduo é portador de dois alelos para o mesmo gene, localizados em cada um dos
cromossomas homólogos. Com base na informação fornecida no texto e na análise do gráfico da figura
2, explica por que razão indivíduos portadores do genótipo e2 e4 têm maior probabilidade de atingir uma
idade avançada sem doença do que indivíduos portadores do genótipo e4 e4.

8. Os estudos apontam para o aumento do risco de DA em indivíduos portadores dos alelos ApoE e4.
Explica em que medida a presença deste alelo pode servir de marcador no diagnóstico e tratamentos
precoces da doença de Alzheimer.

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