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VOCAÇÃO

Você sabe a diferença entre ocupação, emprego, carreira e vocação? Talvez essa diferença
te ajude a responder sobre a razão do que você faz e a realização no que faz. Também
pode ajudar a cada um compreender que o dinheiro não é solução para tudo. Essa
explicação tomei emprestada de um líder, escritor e palestrante: Ed René Kivitz, em seu
livro Vivendo com Propósitos. Vamos então as definições. Ocupação é o que a gente faz
apenas por dinheiro. Ocupação é o que você faz porque precisa levar comida para casa.
Ocupação é qualquer atividade que você desenvolve em troca de remuneração, mesmo
que tal atividade não tenha nada a ver com seu gosto pessoal ou talento. Emprego é o
ambiente em que alugamos nossas competências, conhecimentos, experiências e talentos.
No emprego, cooperamos para que o empregador alcance seus objetivos em troca de uma
remuneração que nos permite correr atrás dos nossos objetivos após o expediente.
Carreira é o desenvolvimento de uma atividade compatível com nosso talento, num
contexto cujos objetivos estão alinhados com os nossos próprios objetivos. Carreira é o
talento exercido independentemente de remuneração. Mas e a vocação? Vocação é o que
você é, independentemente do que faz. Isso é vocação: um talento exercido todo o tempo,
em todo lugar, a serviço de todo mundo. Por isso é que a vocação é uma extensão do que
você é, e não apenas o que você faz. Você já pensou em qual desses paradigmas se
encontra? Há pessoas que não pensam em outra coisa além do dinheiro que cai na conta
no final ou início do mês. São ocupadas demais e não tem tempo para mais nada. Os
empregados contrastam com o volumoso número de desempregados existentes em
diferentes partes do mundo, que se prepararam para uma profissão durante anos, tem
competência, mas não encontrou uma oportunidade, uma chance de exercer e em troca
ser remunerado por isso. Ter uma carreira é algo mais elevado, pois seria “tirar a sorte
grande”. Estar no lugar certo, fazendo o que gosta e satisfeito com uma remuneração que
lhe dê um mínimo de conforto e dignidade. Mas a vocação é sublime e tem a ver com a
nossa identidade. Na religião seria o entendimento daquilo para o qual fomos chamados
por Deus e nos sentimos realizados em qualquer momento. Tudo flui e nos sentimos
coparticipantes de um projeto maior. Será que seguir a vocação é uma utopia? O amor
àquilo que fazemos tem influência sobre a realização pessoal e coletiva ou somente o
valor monetário é o que dá sentido e nos move enquanto pessoas a fazer alguma coisa?
Dependendo da resposta, isso explica muita coisa a respeito de você, de nós e do quadro
de nossa instituição. Existe uma máxima atribuída a Confúcio que diz: “Escolha um
trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida”.
2T QOCON Capelão Alvarenga

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