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Energia

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1) Postes de iluminação fotovoltaicos


Fonte renovável de energia, sistema começa a ser aplicado como alternativa
para iluminação de vias públicas em áreas rurais e urbanas
Por Juliana Tourrucoo Alves
Edição 7 - Outubro/2011

Os sistemas de energia fotovoltaica, movidos à luz solar, podem ser uma


alternativa com boa relação custo-benefício e mínima manutenção para
gestão de postes de iluminação pública. No Brasil, a tecnologia já atende
às áreas remotas do País, onde é inviável o acesso do Sistema
Interligado Nacional (SIN) de energia, por meio de dois modelos. São
eles: fornecimento de luz autônoma (que consiste na instalação de um
poste equipado com módulo solar e demais itens que funcionam de
forma independente e sem fiação aérea) ou conexão com cabeamento
ligada à minirrede solar, configuração difundida no programa Nacional
de Universalização do Acesso da Energia Elétrica, Luz Para Todos, com
licitações prorrogadas até 2014. Conheça a tecnologia.

Clique aqui para ver infográfico

1) Projeto

Assim como qualquer outro projeto de iluminação pública, a execução de


redes de iluminação fotovoltaica prescinde de projeto básico executado
por profissional qualificado, orientado pelas normas técnicas vigentes, e
que determine índices apropriados de luminância, armazenamento de
energia (para suprir a demanda do sistema em dias de chuva) entre
outros critérios. Adicionalmente, projetos de energia fotovoltaica
exigem laudos de incidência solar conforme a movimentação da terra ao
longo do ano. Também se recomenda compor o sistema com produtos
etiquetados pelo Inmetro/Procel.

2) Conjunto fotovoltaico

O sistema de iluminação pública fotovoltaica é composto, no mínimo, por


quatro itens: módulo solar, controlador de carga, bateria (de
preferência, com vida útil superior a quatro anos) e inversor, além,
obviamente, do poste, geralmente fabricado em concreto ou ferro
galvanizado para proteção dos agentes atmosféricos. Em cada poste,
podem ser instalados, no máximo, dois módulos fotovoltaicos, gerando
uma potência total de 50 W a 290 W.

3) Módulo solar

O tipo de módulo solar mais comumente aplicado no Brasil se apresenta


como uma peça rígida quadrada ou retangular. Em sua face superior,
traz uma lâmina de vidro, seguida de células solares semicondutoras
fabricadas à base de silício (SiGS). Para sua melhor durabilidade, as
células ficam encapsuladas num plástico elástico chamado verniz
etilvinilacelato (EVA), seguido por uma lâmina plástica de poliéster.
Todas essas camadas são acopladas a uma moldura de alumínio, com
fechamento hermético. O painel é ligado ao controlador de carga,
conectado à bateria e ao inversor. A altura do módulo solar e sua
potência devem ser especificadas em projeto, a depender das
características locais.

4) Luminária

Para aplicação em módulos fotovoltaicos, há vários modelos disponíveis


no mercado, com diversas opções de dimensões, design e potência de
iluminância mínima, que atendem às particularidades em relação aos 11
tipos de malha viária (para carros e pedestres). Na escolha da lâmpada,
as mais eficientes em termos de relação lumens por watts são as de
sódio, LED ou fluorescente. O tempo de acendimento costuma ser
configurado em conjunto a um reator de partida.

5) Controlador de carga, inversor e bateria

O controlador de carga gerencia a energia que será levada à bateria. O


segundo transforma a energia de corrente contínua (CC) em energia de
corrente alternada (CA), que será usada para consumo. Todos esses
itens devem ser instalados próximos uns aos outros, prevendo, ao final,
o aterramento.

Conversão de energia solar em energia elétrica

Embutido em cada módulo solar, o silício é composto de uma camada final de material
tipo N e outra de maior espessura do tipo P. Separadas, ambas são neutras. No entanto,
quando expostas à luz solar, elas se unem gerando um campo elétrico devido aos
elétrons do silício N ocuparem as lacunas da estrutura do silício tipo P.
Lâmpadas de garrafas PET e
postes solares levam luz a
locais isolados
16-05-2018 de Leonardo Borges

Imagine sua vida sem energia elétrica. Nada de geladeira, microondas, televisão
ou mesmo banho quente durante os dias frios. Isso pode parecer bem diferente
de sua realidade, mas ainda é a maneira como um bilhão de pessoas que vivem
no mundo. Sem eletricidade!

Nos últimos anos a situação melhorou porque se proliferaram pequenos


sistemas de energia solar distribuída a clientes de baixa renda na África e na
Ásia, onde vivem pelo menos 95% da população mundial sem eletricidade. Entre
1990 e 2010, o número de pessoas com acesso à eletricidade cresceu 1,7 bilhão,
porém ter energia elétrica ainda é um privilégio.

É esta realidade que a organização sem fins lucrativos Litro de Luz quer mudar
com uma tecnologia simples, de baixo custo, sustentável e que empodere a
comunidade. A organização ensina às comunidades desfavorecidas como fazer
lâmpadas solares a partir de materiais locais, como garrafas de plástico.
Imagem: Reaproveitando

Embora tenha âmbito global, a iniciativa criada em 2011 nas Filipinas nasceu
inspirada pela ideia do mecânico brasileiro Alfredo Moser, que em 2002 usou
garrafas PET abastecidas com água e alvejante para solucionar o problema da
falta de luz dentro de casa.

Imagem: Voz das Comunidades

Desde então o projeto já foi implementado em mais de 20 países e conta com


alguns números impressionantes: 1.000.000 de lâmpadas diurnas instaladas,
25.000 lampiões e 3.000 postes instalados.
Imagem: Brazil Foundation

Ah…e todas as soluções são construídas em conjunto, pelos voluntários do Litro


de Luz e pelos moradores. A ideia é compartilhar a metodologia com os
moradores para que eles próprios possam fazer a manutenção e replicar a
tecnologia para outras comunidades.

Imagem: Litro de Luz


Mas como isso funciona?

Lâmpadas diurnas:
O dispositivo é simples: uma garrafa PET é preenchida com água e um pouco
de alvejante para inibir o crescimento de algas e encaixada em um buraco no
telhado. O dispositivo funciona como um prisma: durante o dia, a água dentro da
garrafa refrata a luz do sol, liberando tanta luz quanto uma lâmpada
incandescente de 40 a 60 watts para o ambiente. Vale lembrar que uma garrafa
solar instalada corretamente pode durar até 5 anos.

Postes:

Imagem: Litro de Luz

A estrutura do poste é toda montada com canos de PVC para facilitar a


colocação de cimento e fixação no solo, e possibilitar a passagem de fiação
elétrica. Dentro de uma caixa hermética fixada ao corpo do poste, coloca-se a
bateria e o circuito responsável pelo acionamento da lâmpada e pela
transferência da energia que é captada pela placa solar para recarga da bateria.
Finalmente, a placa solar é presa no topo e, para a proteção do LED, é utilizada
uma garrafa PET. A cada poste, 250 quilos de CO2 deixam de ir à atmosfera,
por ano.

Imagem: El País

Lampiões:
São feitos com canos de PVC, garrafas PET, placas solares e lâmpadas de LED.
Construídos da mesma forma que os postes, os lampiões oferecem maior
mobilidade, permitindo que os moradores os levem de um lugar ao outro.

Imagem: Litro de Luz

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