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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO - SEPLAD


HOSPITAL OPHIR LOYOLA (HOL)
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÍVEIS
MÉDIO E SUPERIOR

CONCURSO PÚBLICO C-215

EDITAL N.º 01/SEPLAD-HOL, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2022.

GRADES DE RESPOSTA DAS PROVAS DISCURSIVAS

- Ao avaliar o texto, serão observadas as seguintes regras previstas no Edital n.º


01/SEPLAD- HOL, de 23 de dezembro de 2022.

Quando a Prova Discursiva fugir ao tema ou for escrita com grafia ilegível será
1
atribuída pontuação igual a 0 (zero) nos dois critérios de avaliação.
A Prova Discursiva consiste na elaboração de texto dissertativo e (ou)
argumentativo, com extensão mínima de 20 (vinte) linhas e máxima de 30
2
(trinta) linhas, com base em tema formulado pela banca examinadora, primando
pela clareza, precisão, consistência e concisão.
Somente será computada como linha aquela que apresente ao menos uma
3 palavra inteira, não se considerando fragmentos de palavras resultantes da
divisão silábica ao final da linha anterior.
A Folha de Redação não poderia ser assinada, rubricada nem conter, em outro
local que não o apropriado, qualquer palavra ou marca que a identifique, sob pena
4 de anulação da Prova Discursiva. Assim, a detecção de qualquer marca
identificadora no espaço destinado à transcrição do texto definitivo acarretará a
anulação da Prova.
O texto definitivo da Prova Discursiva deverá ter início na linha identificada com o
5 número 1 (um), na Folha de Redação da Prova Discursiva. A falta de observação
dessa orientação acarretará a anulação da prova do candidato.
O candidato deverá escrever a Prova Discursiva primando pelo uso das normas
do registro formal e culto da Língua Portuguesa (de acordo com o novo acordo
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ortográfico) e Coesão Textual e, ainda, demonstrar o domínio do Conteúdo e
Conhecimento do Tema.
A Prova Discursiva deverá respeitar o mínimo de 20 (vinte) linhas e o máximo de
30 (trinta) linhas, sob pena de perda na pontuação da mesma. Não serão
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corrigidas as Provas Discursivas com menos de 20 linhas, sendo atribuída nota 0
(zero) às mesmas.

- Todas as Provas Discursivas serão ainda avaliadas observando-se os seguintes


critérios e pontuações definidos a seguir, os quais foram retirados do Edital n.
01/SEPLAD-HOL, de 23 de dezembro de 2022.

TABELA DE AVALIAÇÃO DA PROVA DISCURSIVA


CRITÉRIOS PONTOS
Uso das normas do registro formal culto da Língua Portuguesa e Coesão
1) 5
Textual
1.1) Usa norma culta quanto aos aspectos gramaticais 1
1.2) Emprega coesão textual 1
1.3) Estrutura a frase adequadamente 1

1
1.4) Emprega pontuação corretamente 1
1.5) Utiliza ortografia e acentuação gráfica corretamente 1
2) Domínio do Conteúdo e Argumentação pertinente ao Tema 5
2.1) Apresenta adequação ao tema proposto 2
2.2) Demonstra adequação à tipologia textual: dissertação 2
Apresenta coerência textual – texto completo com início, desenvolvimento
2.3) 1
e fim, sem contradições
PONTUAÇÃO TOTAL DA PROVA DISCURSIVA 10

"15.13) Ao candidato que incorrer em erro na prova discursiva, será realizado o seguinte
desconto da pontuação da mesma:
a) 0,25 (vinte e cinco décimos) para cada erro referente aos critérios
previstos nos subitens de 1.1 até 1.5 da tabela do subitem 15.12;
b) 1,0 (um ponto) para o caso de haver tangenciamento ao tema proposto
no subitem 2.1 da tabela do subitem 15.12 ou para o caso de haver
apenas a expressão parcial ao solicitado nos subitens de 2.2 e 2.3 da
mesma tabela.
15.13.1) A falta de contemplação a qualquer dos critérios previstos nos subitens de 2.1
até 2.3 do subitem 15.12 acarretará pontuação igual à 0 (zero) ao critério
respectivo.
15.14) Será atribuída a pontuação integral a um dos critérios previstos nos subitens de
1.1 até 1.5 do subitem 15.12 quando o candidato não incorrer em qualquer erro
no respectivo critério.
15.15) Será atribuída a pontuação integral a um dos critérios previstos nos subitens de
2.1 até 2.3 do subitem 15.12 quando o candidato atender integralmente ao
critério proposto.
15.16) Quando a Prova Discursiva fugir ao tema ou estiver escrita com grafia ilegível
será atribuída pontuação igual a 0 (zero) nos dois critérios de avaliação."

- Para cada cargo a seguir discriminado serão ainda considerados os temas


respectivos:

CARGO 01: TÉCNICO DE ENFERMAGEM

O candidato deve explicar em seu texto que todos, na equipe, tem o seu papel no
manejo da Hipertensão Arterial e do Diabetes Mellitus. No protocolo de atenção à saúde
manejo da hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, apresenta-se as principais
atribuições de cada profissional em relação ao cuidado com os hipertensos e/ou
diabéticos. Em especial, no caso do Técnico de Enfermagem, são eles: identificação
dos fatores de risco, verificação de pressão arterial e glicemia capilar, reforço das
orientações de MEV Cadastro de pacientes (registro de todos os pacientes hipertensos
e diabéticos da área), coleta de dados antropométricos: peso, altura e circunferência
abdominal, além de medida de glicemia capilar.

CARGO 02: MÉDICO – ESPECIALIDADE: CLÍNICA MÉDICA

O candidato apresentar em seu texto a hipótese diagnóstica e a conduta adequada para


o caso do narrado no comando da questão. Em relação à hipótese diagnóstica, deve-
se indicar Acidente Vascular Encefálico Isquémico, em que a artéria cerebral médica é

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a mais comum em ser acometida. Como conduta adequada, listar TC de crânio sem
contraste. Espera-se encontrar uma TC normal nas primeiras 48h e ela servirá para
afastar a hipótese de AVE hemorrágico.

CARGO 03: FARMACÊUTICO

O candidato apresentar em seu texto o mecanismo de atuação das estatinas e do


evolocumabe, conforme descrição a seguir:
- as estatinas são os fármacos de primeira escolha para o tratamento da dislipidemia,
sendo muito efetivos e bem tolerados. Esses fármacos atuam como inibidores
competitivos da HMG-CoA redutase, que catalisa uma etapa inicial e limitante de
velocidade na biossíntese do colesterol. Também podem reduzir os níveis de
triglicerídeos causados pela elevação dos níveis de VLDL. O mecanismo de ação das
estatinas tem como efeito principal a redução dos níveis de LDL devido a uma porção
semelhante ao ácido mevalônico, inibindo competitivamente a HMG-CoA redutase. Ao
reduzir a conversão da HMG-CoA em mevalonato, as estatinas inibem uma etapa inicial
e limitante de velocidade na biossíntese do colesterol. As estatinas afetam os níveis
sanguíneos de colesterol ao inibir a síntese hepática de colesterol, resultando em
aumento da expressão do gene do receptor de LDL.
- o evolocumabe é um anticorpo monoclonal que apresenta como mecanismo de ação
a inibição da proteína PCSK9, na qual regula a quantidade de receptores de LDL
colesterol na superfície das células hepáticas. Sua principal função é se ligar aos
receptores de LDL colesterol nas células do fígado, fazendo com que sejam degradados
e, consequentemente, reduzindo a capacidade do fígado de remover o LDL colesterol
da corrente sanguínea.

CARGO 04: BIOMÉDICO

O candidato deve apresentar em seu texto uma das técnicas moleculares utilizadas para
o diagnóstico de infecções bacterianas, enfatizando suas características, vantagens e
desvantagens. No exemplo abaixo, lista-se a MALDI-TOF (Matrix-Assisted Laser
Desorption Ionization - Time of Flight). Na metodologia de ionização MALDI, a amostra
é depositada em uma placa junto com uma matriz. Após a cristalização dessa mistura,
a placa é bombardeada com um laser, e a energia é absorvida pela matriz, o que leva
à ionização da amostra. Em microbiologia, geralmente, coloca-se uma colônia do micro-
organismo a ser identificado e se usa ácido α-ciano-4-hidroxicinamico como matriz.
Essa metodologia leva a geração de íons predominantemente monovalentes. Após a
ionização, os íons são acelerados por meio de um campo eletrostático através de um
tubo submetido a vácuo, até colidirem com um detector no fim do tubo. O tempo
necessário até a colisão é chamado “tempo de voo”, ou Time of Flight (TOF), e depende
da relação massa/carga dos íons. Após a detecção, o equipamento gera um gráfico com
a relação massa/carga em um eixo e a quantidade de cada íon em outro. Como a
maioria dos íons gerados tem a mesma carga, o gráfico representa a distribuição das
proteínas do micro-organismo de acordo com sua massa, que é comumente chamado
de espetro. O espectro da amostra é então comparado com espectros de amostras de
referência em um banco de dados e uma lista das espécies mais relacionadas é gerada,
cada uma com um valor indicando o grau de confiabilidade da identificação.
Dentre as principais vantagens dessa metodologia sobre os métodos tradicionais, estão:
o menor tempo necessário para identificação de bactérias quanto à alta sensibilidade e
especificidade dessa identificação, a menor geração de resíduos e o menor custo por
análise. Entre as desvantagens, estão o alto custo de aquisição e manutenção e a
dificuldade de identificação de certas espécies.
O candidato pode ainda citar a PCR e suas variações (RT-PCR e qRT-PCR); FISH
(Fluorescent in situ hibridization) e Microarray.

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CARGO 05: TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS – PEDAGOGIA

O candidato deve apresentar em seu texto o processo de avaliação na educação a


distância, destacando o que deve nortear a tomada de decisões do educador no ato de
avaliar, como, por exemplo, que o processo de avaliação na educação a distância deve
considerar a conduta ética do educador, o foco no planejamento e nos objetivos do
processo educativo. São princípios que devem nortear a tomada de decisões do
educador no ato de avaliar na modalidade EaD:
a) planejar a avaliação baseada nos objetivos, nos meios tecnológicos disponíveis e nos
conteúdos programáticos abordados no curso;
b) considerar o que se quer alcançar e as possibilidades de realização por parte dos
educandos;
c) priorizar a aprendizagem dos educandos e não somente os resultados e os produtos
da avaliação;
d) reconhecer o resultado da avaliação com vistas a promover a autoaprendizagem e a
melhoria nos processos de ensino;
e) comunicar aos avaliados os critérios, os métodos, os instrumentos e as atividades da
avaliação prevista no curso;
f) socializar os resultados dos processos avaliativos com as partes envolvidas
(devolutiva ou feedback);
g) os resultados da avaliação devem servir de subsídios para se promover melhorias no
processo de ensino e aprendizagem e em ações formativas futuras.

CARGO 06: TÉCNICO EM GESTÃO DE INFRAESTRUTURA - ENGENHEIRO CIVIL

O candidato deve apresentar em seu texto como escolheria a quantidade de caminhões


por empresa de modo a obter o menor custo para essa operação de transporte de
material escavado e como calcularia o custo dessa operação.
Na escolha da quantidade de caminhões por empresa de modo a obter o menor custo
da operação, é necessário utilizar o máximo possível de caminhões com o menor custo
de transporte. Acontece que o custo de transporte não deve ser considerado pelos seus
valores absolutos informados no enunciado (R$ 400,00 / R$ 375,00 / R$ 450,00 /
R$ 300,00) e, sim, pelo custo/m³ transportado.
O custo/m³ de transporte da empresa A é de 400/20 = 20,00 R$/m³, valor obtido pela
divisão do custo do caminhão (R$ 400,00) pela sua capacidade de carga (20 m³). De
modo análogo, o custo de transporte da empresa B é de 375/15 = 25,00 R$/m³, o custo
de transporte da empresa C é de 450/25 = 18,00 R$/m³ e o custo de transporte da
empresa D é de 300/10 = 30,00 R$/m³.
Logo, o engenheiro deve utilizar, primeiramente, os caminhões da empresa C, mais
barata, em seguida, utilizar os caminhões da empresa A, depois os caminhões da
empresa B e, por último, os caminhões da empresa D (mais cara).
Os 6 caminhões da empresa C, com capacidade de carga de 25 m³ cada, conseguem
levar 150 m³; os 3 caminhões da empresa A, com capacidade de carga de 20 m³ cada,
conseguem levar 60 m³ (150 + 60 = 210 m³ no total); os 8 caminhões da empresa c,
com capacidade de carga de 15 m³ cada, conseguem levar 120 m³ (150 + 60 + 120 =
330 m³ no total).
Portanto, com a empresa D (mais cara), há necessidade de transportar somente (400 –
330 =) 70 m³ de material escavado. Como os caminhões dessa empresa tem
capacidade para transportar 10 m³, serão necessários 7 caminhões.

Portanto, o candidato deve dizer que para se obter o menor custo, serão utilizados os 3
caminhões da empresa A, os 8 caminhões da empresa B, os 6 caminhões da empresa
C e apenas 7 caminhões da empresa D.

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Em relação ao cálculo do custo da operação, ele é dado por:
Custo total = 3 x 400 + 8 x 375 + 6 x 450 + 7 x 300 = R$ 9.000,00 (que é a multiplicação
entre a quantidade de caminhões por empresa * o custo unitário do serviço de cada
caminhão). O candidato também pode sistematizar as informações em forma de tabela,
semelhante à tabela mostrada a seguir:

Empresa A B C D Total
N° de caminhões 3 8 6 10
Capacidade do caminhão 20 15 25 10
(m³)
Custo do caminhão (R$) 400,00 375,00 450,00 300,00
Custo por m³ (R$/m³) 20,00 25,00 18,00 30,00
Volume transportado (m³) 60 120 150 70* 400
Custo por empresa 900,00 3.000,00 2.700,00 2.100,00 9.000,00
* Basta transportar 70 m³ com a empresa D para que se chegue no volume total de 400

CARGO 07: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

O candidato deve apresentar em seu texto duas ferramentas/técnicas de gestão de risco


que podem ser aplicadas no ambiente de indústrias, destacando o conceito/descrição
da ferramenta, a metodologia e suas aplicações e limitações. Ele deve optar por duas
das três ferramentas seguintes: FMEA (Análise de Modos de Falha e Efeitos); HAZOP
(Estudo de Perigo e Operacionalidade); Análise Preliminar de Riscos – APR (ou Análise
Preliminar de Perigo).
Caso opte pela FMEA: A técnica considera as maneiras pelas quais cada componente
de um sistema pode falhar. O método pode ser seguido por uma análise de criticidade
que determina o significado de cada modo falha. A FMEA é uma metodologia
usualmente qualitativa, que, com base na disponibilidade de conhecimento e
informação, analisa os potenciais modos de falhas do sistema, auxiliando na
documentação e padronizando suas ações, com foco na redução dos riscos de falhas e
decisões relativos à segurança.
O sistema FMEA é dividido de forma sistemática em subsistemas sucessivos, até o
componente de nível mais básico, para uma compreensão adequada de suas funções,
descrevendo seu papel no sistema. Uma falha é a cessação, ou interrupção, da
capacidade de um componente, um subsistema ou o sistema para realizar uma das
funções para as quais foi projetado. O modo de falha é o modo pelo qual uma falha é
observada em um componente do sistema, geralmente, descrevendo como ocorreu.
A causa da falha é o que indica a razão da falha ter ocorrido e detecção é a forma
utilizada no controle do processo para evitar as falhas potenciais. A causa raiz da falha
pode ser resultado de fenômenos tecnológicos, físicos, químicos ou processos
biológicos, design ou deficiências construtivas, materiais inadequados ou de má
qualidade, falhas operacionais ou mesmo ações humanas, como sabotagem ou atos de
guerra. O efeito de falha é o impacto de um modo de falha em termos de desempenho
do sistema e de seus componentes e consiste em um conjunto de resultados associado
à perda de capacidade de um elemento para realizar uma função requerida.
Existe uma grande variedade de layouts dos formulários de FMEA acessíveis na
literatura, não existindo uma padronização. Eles são, usualmente, apresentados em
forma de planilha/ formulários, que abordam os seguintes itens:
- Identificação do sistema;
- Identificação dos subsistemas, componentes (ou elementos);
- Descrição da função dos componentes;
- Modo de falhas;
- Efeitos;

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- Causas;
- Controle;
- Índice de ocorrência (O) = probabilidade de a falha ocorrer;
- Índice de severidade (S) = impacto ou gravidade dos efeitos da falha;
- Índice de detecção (D) = eficiência (ou probabilidade) dos controles de detecção da
falha;
- Número de prioridade de risco (NPR ou RPN – Risk Priority Number) = produto dos
índices de ocorrência severidade (S), ocorrência (O) e detecção (D).

A priorização ou ordenação dos modos de falha pode ser realizada por duas formas:
pelo índice de criticalidade (produto da ocorrência e severidade) ou pelo NPR, produto
da ocorrência, severidade e detecção. O produto dessa interação dos três índices é o
cálculo do Número de Potencial de Risco (NPR), representado em uma matriz de risco
bidimensional, característica do modelo. Quanto maior o valor de RPN, menor a
tolerância para determinado evento, ou seja, maior deve ser a assertividade na resposta
e medidas imediatas devem sem implantadas. O Índice de Ocorrência (O) representa
a probabilidade da ocorrência da anomalia que resultará em uma falha, ou seja, a
frequência com que essas falhas podem ocorrer no período, variando de 1 a 10, quando
maior (O), maior será a probabilidade de ocorrência da falha. O Índice de Detecção (D)
considera a possibilidade de serem detectados novos modos de falha antes que elas
ocorram e varia em uma escala similar ao índice de ocorrência. O Índice de Severidade
(S) considera os impactos e danos resultantes da falha e varia em uma escala similar
aos índices anteriores, sendo que quanto maior a severidade, maior o dano associado.
O responsável pela condução da FMEA deve consultar fontes de informação como o
pessoal da montagem, manuais de operação e assim auxiliar na avaliação qualitativa.
O plano de ação estabelecido para o controle de cada causa pode ser desmembrado
em quantas atividades forem necessárias para que haja o controle do que está
causando determinada falha. O tipo de controle é, geralmente, definido como prevenção
e detecção. A prevenção refere-se às medidas que requerem um planejamento para
que ocorram e o envolvimento de uma equipe multidisciplinar para esta ação como, por
exemplo, as adequações de projeto. Já a detecção refere-se a atividades que devem
ser realizadas diretamente na estrutura e que não requerem grandes intervenções para
que sejam realizadas sendo, geralmente, as atividades de rotina já estabelecidas como
inspeção e monitoramento.
A técnica pode ser amplamente aplicada aos modos humano e técnico de sistemas,
procedimentos, softwares, identificando os modos de falha, suas causas e efeitos no
sistema e os apresenta em um formato fácil de leitura. Dentre as limitações pode-se
citar; o FMEA só pode ser usado para identificar modelos de falha única, não
combinações de modo de falha; o FMEA pode ser difícil e tedioso para sistemas
complexos de várias camadas; a menos que sejam adequadamente controlados e
direcionados, além disto, as análises podem ser demoradas e caras.

Caso opte pelo HAZOP: a técnica trata-se de um exame estruturado e sistemático de


um processo, procedimento ou sistema planejado ou existente que envolve a
identificação de possíveis desvios da intenção do projeto e o exame de suas possíveis
causas e consequências. A equipe de estudo concentra-se em pontos específicos do
processo, denominados nós de estudo, que são, normalmente, indicados pelo líder da
equipe de analistas, durante as reuniões. O exame de cada nó é feito a partir da
imposição de desvios hipotéticos às variáveis de controle a ele associadas. Os desvios
são introduzidos de maneira ordenada e sistemática, assegurando a cobertura
exaustiva de todos os desvios de processo em todos os nós. O líder da equipe,
geralmente um profissional com experiência em estudos de Hazop, orienta os demais
especialistas durante o exame do processo, usando um conjunto de palavras-guias. A
composição de palavras-guias com variáveis do processo produz os desvios dos
padrões operacionais associados a cada nó. Cada desvio é minuciosamente analisado

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quanto às suas causas e consequências. A partir das conseqüências, a equipe decide
se os desvios são insignificantes, se configuram problemas operacionais ou constituem
um perigo potencial. Quando as causas e consequências são indesejáveis e não
existem provisões de projeto (sistemas ou intervenções do operador) para evitar ou
limitar tais agentes e efeitos do desvio, a equipe propõe ações visando a melhoria do
processo e/ou da segurança. Tendo examinado completamente um nó do processo e
registrado todos os perigos potenciais ou considerações específicas a ele associados,
o estudo avança para focalizar a atenção no próximo nó. O exame é repetido do mesmo
modo até que todos os nós do processo tenham sido revisados. O registro do estudo é
feito em uma tabela, cujo formato padrão é, em geral, definido pelo líder da equipe antes
da realização do Hazop, segundo os objetivos específicos do estudo. A revisão em
equipe do processo oferece condições de induzir os membros participantes
(especialistas em segurança, operadores, projetistas etc.) a uma contribuição conjunta
com a experiência de cada um sobre a operação da planta e perigos específicos,
favorecendo, deste modo, a realização de um estudo variadamente amplo e
aprofundado, e o aproveitamento da experiência técnica disponível.
O método pode ser aplicado a qualquer tipo de planta ou operação, independentemente
do nível de complexidade, desde que a lista de palavras-guias seja adequadamente
escolhida. Quanto as limitações; uma análise detalhada pode ser demorada e, portanto,
cara; uma análise detalhada requer um alto nível de documentação ou processos e
especificações de procedimento.

Caso opte pela Análise Preliminar de Riscos – APR: A APR é um estudo que tem como
objetivo determinar os riscos que podem estar presentes na fase operacional de um
processo, ainda na fase de concepção ou desenvolvimento do sistema ou processo
A APR permite uma análise inicial qualitativa, na fase de projeto ou desenvolvimento de
qualquer processo, produto ou sistema, determinando os riscos e medidas preventivas
antes da fase operacional e permitindo que medidas de controle de riscos sejam
elencadas desde o início operacional do sistema. É de grande importância para
novos sistemas e sistemas existentes por possibilitar a revisão geral de aspectos de
segurança por meio de um formato padrão, levantando causas e efeitos de cada risco,
medidas de prevenção ou correção e categorização de riscos, auxiliando na priorização
de ações.
Os resultados da APR são descritos geralmente em uma planilha, em que para cada
processo, são registrados os perigos identificados, suas causas, efeitos potenciais, o
modo de detecção, categorias de frequência, severidade e risco, as medidas corretivas
e/ ou preventivas e o número do cenário. Inicialmente, deve haver uma descrição de
todos os riscos e a devida caracterização destes para o desenvolvimento de uma APR.
Com a descrição dos riscos, faz-se necessária a identificação das causas e dos efeitos
para permitir a elaboração de ações e medidas preventivas ou corretivas. Por fim,
prioriza-se as ações com base na caracterização dos riscos, iniciando-se pelos mais
prejudiciais. Eles devem ser caracterizados de acordo com o grau de severidade e de
acordo com frequência em que podem ocorrer. Assim, a APR permite quantificar a
magnitude dos riscos existentes, possibilitando a sua hierarquização prioritária para
eliminação ou correção. A execução da APR consiste em identificar os perigos, eventos
iniciadores em potencial, e outros eventos capazes de gerar consequências
indesejáveis.
A técnica pode ser aplicada em qualquer tipo de atividade dentro de uma empresa, na
qual se busque antecipar os riscos, no entanto, é importante que o profissional já esteja
ciente dos riscos que ocorrerá. Como a APR é destinada para basicamente para novos
projetos/processos e estes, geralmente, estão em constante atualização, a APR não
conseguirá cercar todos os pontos sobre a segurança daquele processo, isto é a análise
poderá ficar obsoleta, necessitando de restruturação devido as alterações no projeto.

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