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CDU 001.8
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3 A CIÊNCIA E AS FONTES DE CONSULTA: CITAÇÕES E REFERÊNCIAS
3.1 Introdução
É importante lembrar que o referencial teórico não representa o trabalho por si só, não
gera as conclusões do trabalho. Esse é um momento de estudo e reflexões teóricas do
pesquisador sobre o tema em estudo, momento de atualização de conhecimento do autor
do trabalho, que ajuda a dar forma e consistência ao trabalho.
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3.2 Citações de textos
De acordo com Michel (2009, p. 125), “citações são falas, teorias, definições, trechos
retirados de bibliografias lidas e levados para o trabalho, dada a sua pertinência com o
assunto estudado, acompanhados de informações resumidas da fonte.” Essas citações
vão ajudar o autor a provar suas ideias, a dar consistência à sua argumentação,
oferecendo confiabilidade ao trabalho, além de apontar o “estado da arte” do tema
estudado.
Existem duas formas de fazer citações das pesquisas feitas no texto do trabalho que
está sendo preparado. As citações podem ser diretas ou indiretas.
As citações diretas ou literais (ipsis litteris) poderão ser curtas ou longas. As citações
com até três linhas de extensão são consideradas curtas e podem ser inseridas no
texto, devendo ficar entre aspas duplas. Entretanto, as citações longas devem ser
escritas em parágrafo próprio, ou seja, com um recuo de 4 cm da margem esquerda.
Neste caso, a citação não é escrita entre aspas, mas deve ser escrita com letras em
tamanho menor que as letras do texto e aparecer com espaço simples entre suas linhas
(MICHEL, 2009).
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b) O sobrenome do autor deve ser escrito em letras maiúsculas, quando
apresentado dentro de parênteses (no final da citação) e em letras minúsculas
quando apresentado no próprio texto (antes da citação).
De acordo com Brandão (1996, p.35), sem desejo o leitor não lê, não lê
porque nem sequer abriria o livro:
Citação
O gozo da leitura cria-se na relação material, textual
corporal e erótica do olho a olho do leitor e seu Longa.
texto. Texto necessariamente sedutor, pois se seu Sem
fascínio não fascina, o olho que lê e a mão que o
abre fecham-se e fecham-no. (grifo da autora)
aspas.
Caso o pesquisador queira “destacar” alguma
parte de uma citação direta, ele deve
necessariamente acrescentar no final da citação
“grifo do autor”.
O autor pode ainda escolher a citação não-textual, fazendo uma “paráfrase”, uma
interpretação da ideia do autor pesquisado. Essa citação indireta, também chamada livre,
deve guardar a fidelidade das ideias do autor, sem usar suas palavras. Na citação
indireta, o pesquisador demonstra que leu o texto original, o entendeu e foi capaz de
reproduzi-lo, sem alterar suas ideias, ou seja, demonstra leitura, compreensão da
mensagem e capacidade de reprodução do texto lido com suas palavras. Nesse caso,
deve-se informar quem é o autor da citação (mais o ano de publicação). Não há a
necessidade de colocar a página de onde foi retirada a ideia.
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Observe o exemplo da “citação indireta” apresentada a seguir:
Souza (2004, p. 3) afirma que “o sensoriamento remoto orbital tem sido apontado
como uma alternativa adequada para proporcionar informações sobre dados de
população urbana”.
Exemplo de Citação Direta Longa (texto recuado, sem aspas, com letra
menor)
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Citação indireta (Paráfrase) – Sem aspas
O redator faz uma “paráfrase” do texto original, ou seja, reescreve o texto com suas
palavras. Mas, mesmo assim, as ideias são de outro autor e não dele. Por isso, há a
necessidade de colocar o nome do autor e o ano da publicação do trabalho no texto
e as referências bibliográficas no final do trabalho.
Citação de citação:
A frase do exemplo acima citado foi proposta por Matos, mas o leitor não teve acesso
ao texto de Matos. Ele teve acesso à frase de Matos ao ler a página 20 do livro de
Oliveira. O importante é que ambos, autor da frase e autor que a publicou, sejam
mencionados, cada um com a sua responsabilidade.
Na citação de citação podem ser encontrados trabalhos que utilizam a expressão latina
“apud”, ou “citado por, conforme, segundo”.
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aspectos principais tratados no trabalho. Com a fundamentação teórica o autor se propõe
a reunir o conhecimento necessário, a base necessária para “interpretar os dados, criticar
a realidade, analisar objetivamente o assunto, possibilitando a obtenção de conclusões
lógicas, racionais, fundamentadas em teorias já comprovadas, e não um trabalho de
opinião.”
Após definir os assuntos que deverão fazer parte do referencial teórico, o autor deverá
ler e buscar na bibliografia informações dos assuntos que devem fazer parte do seu
trabalho. Normalmente esses assuntos estão relacionados a definições, conceitos,
históricos, metodologias, técnicas, exemplos etc. Realmente, os autores escolhidos para
fundamentar um trabalho vão dar sustentação à pesquisa como uma âncora ao navio. As
autoridades citadas vão legitimar as ideias, teses, teorias apresentadas.
Michel (2009, p. 125) elegeu alguns itens sobre esse levantamento teórico:
• Definição, conceituação;
• Levantamento das principais características e/ou propriedades;
• Análise ou recuperação da história, evolução, aspectos evolutivos;
• Identificação de vantagens, desvantagens do uso e implantação;
• Levantamento de problemas, dificuldades do uso e implantação;
• Discussão de possíveis aplicações, usos etc.
Para trabalhar com pesquisa, o uso frequente de citações de outros autores nos textos é
rotina na comunidade científica. Portanto, é de suma importância que o pesquisador
saiba transitar pelo uso dessas normas para que seu trabalho seja realizado conforme
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seus pares e no tempo necessário. São normas bem detalhadas, tendo casos específicos
para as diversas situações em que um pesquisador pode encontrar no seu dia a dia.
A ABNT possibilita que os autores utilizem dois sistemas de citação de textos em seus
trabalhos: a) autor e data e b) por número. Qualquer que seja o método adotado, este
deve ser seguido de modo consistente ao longo do trabalho, de modo que possa a
citação ser correlacionada com a lista de referências ou em notas de rodapé. No caso de
trabalhos a serem publicados no INPE, as normas devem ser as do relatório citado no
parágrafo anterior. Caso o trabalho seja preparado para ser apresentado em alguma
instituição fora do INPE/LIT, o autor deverá buscar os detalhes sobre como preparar a
lista de referências bibliográficas (normalmente são usadas as normas da ABNT).
A referência pode aparecer em notas de rodapé ou no fim de texto (ou capítulo), em lista
de referências ou no início de resumos, resenhas e recensões. Quando as referências
aparecem em listas, devem ser apresentadas em sequência padronizada, alinhadas
somente à margem esquerda, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.
A pontuação deve ser uniforme para todas as referências, seguindo padrões
internacionais, assim como o recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para
destacar o elemento título.
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bibliográfico não citado no texto, deve-se fazer uma lista própria sob o título:
Bibliografia Recomendada – NBR 1071 (ABNT, 1989).
Observe o Quadro 3.1, apresentado a seguir, que apresenta orientações sobre o trabalho
com as referências bibliográficas.
Orientações Gerais
Anotar a referência completa após consulta de qualquer documento para facilitar a
compilação da lista de referências.
Anotar o endereço eletrônico e a data do acesso de documentos obtidos na web.
Consultar bibliotecários de referência no caso de dúvidas para a elaboração de
referências.
Separar os nomes dos autores por ponto e vírgula e optar por colocar todos eles ou,
quando forem três ou mais autores, colocar o nome do primeiro seguido da
expressão latina “et al.”(sendo esta segunda forma a recomendada).
Para identificar uma referência repetida de mesmo(s) autor(es) e/ou mesmo trabalho,
pode ser usado o “sublinear” de seis toques; seu uso, no entanto, é opcional.
As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto, digitadas em
espaço simples e separadas entre si em espaço duplo, de forma a se identificar
individualmente cada documento.
Sendo utilizado o sistema alfabético, as referências devem ser reunidas no final do
trabalho, em uma única ordem alfabética.
Entrando por autor ou entidade, e existindo o título, este deve ficar em negrito. Nos
casos de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título. Nesse caso não usar
negrito – NBR 5023 (ABNT, 2002).
Os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de
publicação.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.
Fontes: ABNT-NBR (6023); INPE (2007).
3.4.1 Monografias
Inclui livros e/ou folheto (manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc.) e
trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, entre outros).
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